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#tristeza sem motivo
leaquioficial · 1 month
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Tristeza ou alegria sem motivo: você já sentiu isso?
A tristeza ou a alegria às vezes chegam sem um motivo aparente e não entendemos poque nos sentimos assim.
Quando vem uma tristeza ou uma alegria sem um motivo aparente. “Quando, de repente, sentimos uma satisfação por viver, quando assoma em nós um prazer por tudo, que não sabemos de onde parte, isso é uma inspiração dos benfeitores espirituais, a nos induzir para a vida, nos ajudando, desta forma, a vencer os percalços dos caminhos. Até o materialista sente, vez por outra, esse estado de alma, de…
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soulcidium · 2 years
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Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. Ainda assim, há meses, há séculos que se arrastam deixando tudo adulto demais, morto demais, simples demais, exato e triste demais, eu sinto sua falta com se tivesse perdido meu braço direito.  Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo. Sinto falta da raiva, disfarçada em desprezo, que você tinha em nunca me fazer feliz, sinto falta da certeza de que tudo estava errado, mas do corpo sem forças para fugir, sinto falta do cheiro de morte que carregávamos enquanto ainda era possível velar seu corpo ao meu lado, sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.
Tati Bernardi
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 7
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Eu estive segurando este sentimento, e tenho algumas coisas para te dizer. Eu já vi de tudo, mas eu nunca vi ninguém brilhar do jeito que você brilha. O jeito como você caminha, o jeito como você fala, o jeito como você diz meu nome. É lindo, maravilhoso, nunca mude.
Tive que fazer algumas alterações pro capítulo não ficar enorme e dar tempo de revisar tudo para postar hoje, e ainda assim está maior do que eu esperava 🥹🩵, quero agradecer a todos pela compreensão de não ter postado domingo passado por causa das provas e pelas felicitações que me enviaram 😚💖espero que gostem do capítulo, e me digam o que acharam nos comentários. Boa leitura 🫶
Avisos: fluff, smut
Palavras: 9,6 k (Tenho que me controlar 🤡)
Dizer que você estava ansiosa, era pouco para expressar o seu entusiasmo com o encontro de sábado. Um encontro de verdade. Ele mesmo dissera isso, para firmar o compromisso e seriedade da situação. Você tenta não transbordar de alegria e se conter enquanto entra no carro, a caminho de casa. Não quer demonstrar e deixar tão exposto a quão feliz está na frente de seu cunhado. Não quer parecer uma garotinha apaixonada, que está saindo pela primeira vez com o namoradinho da escola. Mas é óbvio que ele nota o seu sorrisinho bobo e suspiros olhando para o nada.
- O que aconteceu? Você parece feliz – Pergunta desviando o olhar da estrada e o direcionando a você – E aposto que tem a ver com aquele menino que estava no estacionamento. – Conclui com um sorriso de lado.
Ele não dá tempo para que você responda, e já parte para a próxima pergunta, que pode virar um interrogatórioeventualmente, você pensa.
- É o mesmo daquele dia né? O seu namorado, quer dizer…seu colega – Se corrige rapidamente.
Você decide contar a Wagner o que aconteceu, bem, uma parte do que aconteceu, não queria revelar tudo, muito menos os detalhes mais íntimos.
- Ele pediu desculpas, e me chamou pra sair. Oficialmente agora. – Responde com os olhos brilhando e tocando as maçãs do rosto, tentando esconder o rubor nelas. – Acho que agora ele tá pronto para um relacionamento sério. – Divaga com ele.
- Que bom, fico feliz por você. Quando vai ser isso? – Questiona calmamente.
- Sábado, às sete – Responde contente, ainda sem acreditar nas próprias palavras, parece um devaneio distante que se tornou realidade.
- Pede para vir mais cedo, tenho que falar com ele. – Diz com uma voz mais séria e autoritária.
De repente a sua nuvem de alegria e fantasia se dissipa e é substituído por uma neblina de curiosidade, aflição e receio.
- O que? Sobre o que? – A confusão está estampada em seu rosto agora.
Simplesmente não consegue entender o que o mesmo teria para conversar com Matías, mas fosse o que fosse, duvidava que seria algo bom.
- Tenho que ver se ele é bom pra você, saber as intenções dele. – Declara, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
É inacreditável a força que você tem que fazer para não dizer nenhuma besteira com o que está escutando. Até alguns dias atrás, ele disse que confiava no seu julgamento, mas agora, está querendo avaliar se um cara, é ou não é bom o bastante para você? Você se sente uma criança agora, alguém que não pode tomar as próprias decisões e que precisa de ajuda para as coisas, e o pior, sente que seu cunhado perdeu a confiança em ti por algum motivo.
- Você não é meu pai. – Diz com a voz acusatória e ácida.
- Eu sei, mas como ele não está aqui, é meu trabalho saber que você está em boa companhia. – Rebate, ficando mais sério e mostrando que isso não está aberto a negociações.
Você quer retrucar, dizer que sabe se cuidar sozinha, e que não precisa de alguém para tomar conta de você. Mas será que é verdade? Há não muito tempo atrás você estava em ligação com sua irmã, aos prantos, por causa desse mesmo cara, em um estado de tristeza tão grande, que aceitou a ajuda dela para se sentir mais em casa e acolhida de novo. Ele nunca entrou no assunto com você sobre Matías, e quando tentou, você o afastou para longe, mas sabia que sua irmã devia ter contado o seu estado para ele. Seria injusto cobrar que ele tivesse uma imagem diferente de você, depois de seu comportamento. Só esperava que o mesmo já não tivesse uma impressão ruim do garoto, pois queria que os dois se gostassem.
- Tá bom, mas não assusta ele. – O avisa, querendo ao menos melhorar a situação o máximo que pudesse.
- Vou tentar. – Responde simplesmente.
E com isso, o silencio se instaura no carro, com você não querendo falar mais nada, e ele te dando o seu espaço. O pensamento de você estar parecendo uma adolescente revoltada e petulante, passa por sua cabeça, mas não é o suficiente para que faça você mudar seu comportamento. Simplesmente não consegue aceitar que está sendo obrigada a prestar contas suas para alguém. Você é uma adulta, e gostaria que te tratassem como tal.
Retornando para casa, vai direto para o quarto e tranca a porta, não querendo falar com ninguém, ou ser questionada sobre mais alguma coisa. Sabia que no momento que ele contasse a sua irmã (porque é óbvio que ele faria isso), seria apenas questão de tempo até ela vir e querer respostas também. Tenta se distrair com outras coisas para desestressar, e decide que a melhor forma, é procurando uma roupa para a ocasião que ainda está a dias de acontecer. Não que você estivesse ansiosa, é claro. Quando termina isso, satisfeita com sua escolha, relaxa e se prepara para o que está por vir.
Mais tarde, quando estão todos no jantar, e presentes à mesa, é óbvio que o tópico de discussão foi você e seu encontro, não te surpreendendo nenhum pouco.
- Então você vai sair com ele? - Pergunta sua irmã, enquanto se serve com mais salada. A mesma estava paranóica e com medo de engordar antes do casamento e dar problema com o vestido.
- Vocês podem por favor não fazer grande caso disso? A gente só vai ver um filme. - Diz chateada com a reação dos dois, e indo contra os seus próprios sentimentos, pois para você, era sim grande coisa, mas os mesmos não precisavam saber disso.
- Calma meu bem, já falei pra ela chamar ele aqui, pra conversarmos com ele primeiro. – Wagner diz em direção a sua noiva, a atualizando da situação.
- Acho bom, minha irmãzinha não pode ficar com qualquer um. – Acena com a cabeça, satisfeita com a iniciativa dele de ter uma conversa com o rapaz.
Você revira os olhos com isso. Eles falam como se você nem estivesse presente no mesmo ambiente e estivesse escutando tudo. Para ser sincera, nem sabia como tocar nesse assunto com Matías, não poderia simplesmente dizer: “então, eu te esculachei para minha irmã, que com certeza te esculachou também para o meu cunhado, e agora os dois querem te conhecer, legal né? Você prefere filme de terror ou ação?” O pensamento dessa simples conversa trazia os seus nervos a flor da pele, mas saberia que os dois não abririam mão disso. Só restava concordar:
- Eu gosto dele, muito mesmo. E acho bom não espantarem ele já no primeiro dia. – Avisa, esperando que isso os faça pegar mais leve.
- Calma gatinha, temos tudo sobre controle. – Seu cunhado diz e pisca para você.
Você solta um suspiro, e torce para que dê tudo certo, que o garoto os conquiste, da mesma forma que fez com você. Sabia que para esse relacionamento dar certo, um dos primeiros passos, era que sua família o aprovasse. Ele foi um idiota no começo, mas ele mudou agora. Você acreditava nisso de todo o coração e ninguém poderia te fazer mudar de ideia.
-- --
Os dias pareciam não passar de jeito nenhum, demorando cada vez mais, à medida que se aproximava da data combinada. Você e o garoto trocaram mensagens e acertaram os detalhes para sábado. Ele viria te buscar, e já haviam decidido o filme também. Ainda não tocou no assunto de ir conhecer sua família, e você esperava prolongar isso o máximo que pudesse.
Tirando você e o rapaz, ninguém mais tinha tocado nesse tópico. Sua irmã e cunhado pareceram entender que você não queria falar sobre isso e deixaram a poeira abaixar por um tempo. Mas depois de te dar um espaço, alguns dias depois, ela vem até seu quarto, e te questiona a respeito. Dá pequenas batidas na porta, e adentra o cômodo com um par de botas na mão, as mesmas que você havia emprestado um tempo atrás.
- Oi, vim te devolver, tomei cuidado com elas, prometo. – Diz já se defendendo, e as colocando encostadas em um canto perto do guarda-roupa, para que você guarde depois aonde for de sua preferência.
- Tudo bem. – Concorda, já sabendo a quão meticulosa ela é com tudo, e confiando nos cuidados da mesma.
Você está na cama deitada, com as pernas esticadas e lendo um livro. Não ergueu o olhar para respondê-la em momento algum, mas quando ela se aproxima, se sentando na beirada, e te encara com os olhos esperançosos e questionadores, você solta um bufo com isso, e abandona sua leitura, já irritada com a intromissão:
- O que foi? – Pergunta emburrada.
- Então, um encontro? – Começa dizendo com calma, e ignorando o seu mau humor, esperando mais informações, e pensando que talvez longe do olhar masculino de seu noivo, você poderia se abrir mais com a mesma, tendo um papo só de garotas.
- Não tem nada demais, ele me chamou e eu aceitei. – Resume os acontecimentos nessa única frase, deixando de fora todo o resto como se não fosse importante ou relevante de mencionar.
Ela suspira impaciente com isso:
- Eu só quero que tenha cuidado. Você estava tão cabisbaixa até esses dias, por causa desse mesmo rapaz, não quero que ele brinque com você. – Admite, mostrando preocupação com sua pessoa, e não tem como não sentir o seu coração mais quentinho com o gesto, mesmo te levando a loucura as vezes.
- Ele não está – Tranquiliza ela. – Nós conversamos, vamos levar as coisas a sério agora, sair algumas vezes e ver onde vai dar. Sem pressão, ou pressa, mas com comprometimento de ambas as partes. Prometo pra você. – Assegura a ela, tentando transmitir a maior confiança que consegue.
Ela acena com a cabeça, parecendo reconsiderar as coisas depois de suas palavras, talvez concordando com elas, ou simplesmente percebendo que não tem nada que ela diga que te faça desistir do garoto, não importa quantos avisos ela te dê.
Decidindo deixar isso de escanteio, ela abre um sorriso, ao se lembrar de algo:
- Eu estava pensando, o lugar de um acompanhante ainda tá reservado, caso você queira convidar alguém. – Lança um olhar sugestivo, sendo tão discreta quanto um pavão. - Claro, eu tenho que conhecer ele primeiro, não posso te deixar levar alguém que eu nem saiba se é decente antes, mas caso de tudo certo, pode convidá-lo pra festa, e apresenta-lo para o papai e a mamãe. – Diz animada, mas não sem lançar farpas ao menino, você nota com certo incômodo.
Mas meu Deus, vocês nem tiveram um primeiro encontro, e ela já quer que o apresente a sua família? Tudo bem que vocês fizeram tudo na ordem errada, primeiro transando para depois decidirem se conhecerem melhor, mas você quer ter um relacionamento sólido, e para isso, precisam ter calma e tempo para descobrir as coisas.
- Eu não sei, acho que é muito cedo. - Começa abaixando as expectativas dela - Falta um mês ainda pro casamento, vamos ver como as coisas andam até lá. – Concluí, não descartando completamente a sugestão da mesma, mas também não prometendo nada.
- Tudo bem então. – Concorda, resignada com sua escolha.
E após mais alguns minutos de conversa fiada, explicando qual era o cronograma para o final de semana, ela se retira de seu quarto, te deixando a mercê de seus pensamentos, e se perguntando a respeito do convite, considerando a ideia. Vocês tinham desperdiçado tanto tempo nesses últimos cinco meses, nunca aprofundando as coisas, empurrando tudo com a barriga, e vivendo um dia de cada vez, mas de alguma forma ainda parecia muito cedo para algo assim. Como iria apresentá-lo? Seu amigo? O cara com quem está saindo ultimamente? Seu ficante de algum tempo? Essa liste só está ficando cada vez pior e te dando dor de cabeça. Sabe que não pode resolver tudo agora, então decide começar por partes. A primeira delas, seria falar com ele a respeito de seu cunhado, e chega à conclusão que é melhor fazer isso pessoalmente.
Antes que possa mudar de ideia e se acovardar, pega sua bolsa, e diz a todos que vai sair e que logo estará de volta. No caminho até a casa do mesmo, coloca os fones de ouvido nas alturas, o que só te incentiva a ir com mais pressa, e quando menos espera, já se encontra na frente da faixada que conhece tão bem.
O porteiro te deixa subir como sempre, te perguntando até mesmo o porquê de não ter aparecido nos últimos dias. Ele era um senhorzinho, educado e te tratava como neta algumas vezes, sempre simpático e gentil. Você dá a desculpa de que estava doente, e que veio visitar os meninos. Após isso, se dirige ao elevador com o coração ainda batendo rápido, com emoção e expectativa em seu peito, esperando que só resulte coisas boas dessa conversa.
Assim que sai da estrutura metálicas, atravessando o corredor, e chegando na porta deles, não perde tempo em bater na mesma, esperando que eles a abram logo. Quando escuta o clique da tranca sendo solta, e a porta se abrindo, sente que o coração sai do peito, nem ao menos sabia que podia ficar tão ansiosa assim.
O garoto de olhos claros aparece em seu campo de visão, e parece surpreso em te ver ali. Provavelmente não esperava te encontrar tão cedo assim.
- Oi Fran, tud...
Ele te corta, já se jogando para um abraço e te girando no ar, semelhante como fez no posto a alguns dias trás. Ele era sempre tão carismático e carinhoso, você amava esse lado afetuoso dele. O mesmo te pousa no chão, mas continua com as mãos em tua cintura.
- Não que eu não tenha gostado, mas o que está fazendo aqui? – Pergunta, com o sorriso ainda sem deixar o rosto.
- Vim falar com o Matías, ele está? – O sorriso do garoto cai.
Ele tira as mãos de você e parece querer dizer alguma coisa, mas se cala e desiste da ideia.
- Sim, está sim. – Limpa a garganta e te dá espaço para entrar.
Antes que ele se afaste, você o segura e se aproxima de novo, o abraçando apertado por trás. Sabia que a situação era meio fodida. Ficaram semanas sem se falarem e a primeira vez que o encontra por vontade própria, era pra perguntar do Matías. Não é porque veio ver o garoto emburrado de sempre, que significava que tinha esquecido os outros, pelo contrário, sentia falta de todos, e queria se reconectar com os mesmos no tempo certo.
- Sabe que eu senti sua falta né? – Pergunta com a cabeça apoiada nas costas dele - Me perdoa por estar ausente nos últimos dias, fui uma droga de amiga – Se desculpa, e o mesmo se vira, ficando de frente com você, te abraçando de volta.
- É claro que eu te desculpo, ainda somos amigos certo? – Se afasta do conforto do abraço para te fitar, com expectativa e receio no olhar.
- Óbvio Fran, você sabe que é o meu favorito né? – Brinca com ele, para aliviar a tensão, e para que ele saiba que tem muito carinho por sua amizade.
- Espero que o Matías não tenha escutado isso – Te provoca, sabendo o quanto o garoto iria te atazanar se escutasse tal afirmação. Ele poderia ser muito territorial quando queria.
Você cora profundamente, ainda é estranho ter que se referir ao mesmo agora que seus amigos sabem que são um casal. Bem, quase um casal, mas agora definitivamente sabem que o sentimento é recíproco e que tinha alguma coisa acontecendo.
- Ele é diferente, você é meu amigo, e ele é... especial. – Termina, sem ter melhores palavras para descrever exatamente o que ele significava para você, mas antes que se aprofundem nisso, decide mudar de assunto e evitar o constrangimento:
– A gente pode marcar algo, vão fazer o que no final de semana? – Pergunta descontraidamente.
- Bom, nós até te chamaríamos para algo no sábado, mas o Matías não calava a boca falando do encontro de vocês, então não vou atrapalhar os pombinhos – Responde fazendo graça, não te deixando escapar do tópico principal, e te causando uma enorme vergonha, pode apostar neste momento que está corando em um nível alarmante. Não imaginou que ele estivesse falando de você para os amigos, não mais do que o necessário, mas gostou de saber que ele estava tão animado quanto você para o encontro. - Mas vamos ter uma noite de jogos no domingo, vai vir? - Questiona, já satisfeito com o quanto te constrangeu e te deixou sem graça, ficando mais comovido e seguindo a conversa á diante.
Era comum entre vocês se reunirem para beber e conversarem, no caso deles, espairecerem e fumar um pouco também. Estava mais do que estabelecido que toda a semana teria que ter algo em grupo, e todos levavam isso bem a sério. Às vezes, gostavam de relaxar e ver um filme em casa mesmo, ou diferenciar e jogarem alguma coisa. Videogame, boliche no shopping, cartas na sala do apartamento, etc..., mas é claro que eles sendo invocados e competitivos como eram, sempre tinha que estar valendo alguma coisa em troca. Para seu descontentamento, nunca era dinheiro, e sim um desafio constrangedor. Ainda se lembra de quando foi desafiada por Simon a ter que beijar Enzo na rodinha de amigos, o que resultou em um Matías carrancudo o resto da noite, junto com o melhor sexo vingativo de sua vida. O beijo foi algo bobo e sem significado é claro, estava mais para um selinho, e só aconteceu por causa de um desafio tonto. Sabia que Enzo só te via como uma boa amiga, no melhor dos casos uma irmã mais nova e desengonçada, com quem gostava de falar sobre tudo. Mas isso não foi o suficiente para acalmar Matías e seus ciúmes infundados.
- Só se você estiver pronto pra perder – O provoca, ambos sabendo que você é a mais peso leve ali, e dificilmente ganharia uma partida do que quer que fosse o jogo da vez, e terminaria a rodada tendo que cumprir sua penitência.
- Vai sonhando. – Te agarra novamente e começa a fazer cócegas em todo o seu corpo, se concentrando em suas áreas sensíveis. O qual é respondido por sua gargalhada alta e esperneio, tentando a qualquer custo se afastar de seu toque. Está tão concentrada tentando controlar seus espasmos e risos ao mero contato dos dedos do rapaz, que não nota alguém se aproximando:
- O que tá acontecendo aqui? – Um Matías sério, e de braços cruzados pergunta, encostado na parede, e parecendo muito descontente com a imagem à sua frente.
Ele fita os dois, arqueando a sobrancelha, esperando uma resposta. Você começa a se preocupar com o pensamento de ser indesejada no lugar. Talvez ele não tenha gostado de te ver aqui sem ter avisado ou dado um recado antes. Mas então segue o olhar dele mais atentamente, e percebe que ele se reveza entre encarar seus rostos e a mão do rapaz que por conta da brincadeira, acabaram em seu ombro e a outra na cintura. Você revira os olhos com o entendimento:
- Eu vim te ver – Responde ao mesmo com pressa.
Ele abre um sorriso com sua resposta, tirando a carranca do rosto e vindo em sua direção, te pegando pela mão, e te afastando rapidamente de Fran. Começam a trilhar o caminho que já conhecem tão bem, até o quarto do garoto, e você nem ao menos nota o olhar zangado que ele lança ao menino de olhos claros e o revirar de olhos do mesmo. Assim que a porta do quarto do mesmo se fecha, e ele a tranca no processo, se vira em sua direção com um uma expressão sugestiva no rosto:
- Não aguentou esperar até sábado linda? A saudade falou mais alto? – Zomba de você, se aproximando sorrateiramente querendo ter maior contato com seu corpo.
- Você é muito convencido Matías, se tinha alguém aqui com saudades era você – Mente descaradamente, pondo espaço entre os dois antes que ele venha com mais alguma gracinha – Eu vim aqui pra falar algo sério. – Declara com firmeza.
A expressão leve no rosto dele desaparece, dando lugar a uma extremamente preocupada e aflita:
- Você mudou de ideia, não é? Não quer mais sair comigo. – Pergunta e afirma ao mesmo tempo, parando seus avanços e ficando preso no lugar, sem coragem para fazer qualquer outra coisa. Você conseguia ver as engrenagens girando na cabeça dele, e sabia que ele estava pensando o pior dos casos agora. Mas você não mudou de ideia, nunca poderia e não iria, ele precisava saber disso.
- Não é isso, eu quero sair com você, muito. – O tranquiliza, mas ele não parece muito convencido – Na verdade, está sendo o ponto alto da minha semana, estou ansiosa e animada pra isso desde que você me convidou – Confessa envergonhada, mas vale a pena para que ele se convença do que está dizendo, e funciona, pois agora ele parece menos cético, tentando conter um pequeno sorriso de se formar nos lábios. - É que...não fica nervoso Ok? É meio idiota, mas...minha irmã e meu cunhado querem te conhecer. – Diz, e contraditoriamente do que acabou de pedir a ele, está completamente nervosa.
Você espera vários tipos de reações do mesmo. Uma negação rápida, uma risada debochada, um olhar afiado e venenoso, ou uma piada totalmente fora de hora e sem graça, mas com certeza não espera que o mesmo estivesse tranquilo, e aparentemente aliviado, ao ver que o assunto sério, se resumia apenas a conhecer sua irmã, e o cunhado com quem ele já se encontrou algumas vezes, todas em situações desagradáveis.
- Tudo bem, vai ser de boa. – Diz calmo - Quando?
- No sábado, chega uma meia hora mais cedo e conversa com eles – Instrui o rapaz – Sem pressão. – O acalma, não que ele aparente precisar, é claro.
- Tudo bem, fica tranquila, vou usar o meu charme, não tem como resistir a isso. – Retruca, e agora com a situação resolvida parcialmente, retoma de onde tinha parado, se aproximando e fechando a distância entre os dois, esperando que desta vez, você não se afaste.
- Você é um idiota Matías, mas espero que esteja certo. – Diz por fim.
Já parado em sua frente, ele traz as mãos a sua cintura lentamente, te dando a oportunidade de se esquivar ou se desvencilhar dele caso fosse sua vontade. Tem o olhar focado em seu rosto a cada momento, como se estivesse pedindo permissão e tomando cuidado para não ultrapassar os limites que você havia estabelecido antes e que o mesmo havia concordado.
- Posso te beijar? – Pede descendo o olhar até os seus lábios.
- Deve – Responde colocando as mãos no rosto do mesmo e o puxando para sua boca com avidez, como se fosses dois imãs se conectando, os quais não conseguem ficar muito longe um do outro e consequentemente voltam devido a atração que sentem. Não poderia negar que estava ansiosa por isso, desde que o mesmo a provocou alguns dias atrás na saída da biblioteca, te incitando e instigando, para depois se afastar e não te dar o que tanto queria, deixando ambos na vontade de uma conclusão.
Deixa as mãos descansarem no pescoço dele, correndo levemente os dedos no cabelo da nuca do rapaz, o acariciando na área sensível, o que fica satisfeita ao ver que causou arrepios no mesmo. Ele aproveita para te trazer para mais perto, intensificando o aperto em seu quadril, e começando a percorrer o seu corpo com as mãos habilidosas, te deixando arfando a cada toque coberto por desejo e necessidade neles. Ele tinha sentido sua falta, e essa era a forma do mesmo demonstrar isso. Mostrar que estava sedento por sua afeição, e que estava utilizando deste momento para saciar essa abstinência.
Quando a mão do garoto começa a percorrer perigosamente baixo demais, se aproximando de sua intimidade, te deixando vergonhosamente molhada e apertando as cochas uma na outra, com o beijo se tornando cada vez mais envolvente e desesperado, você começa a cair na real, se dando conta de onde está e o que estão fazendo. Não poderia cair tão facilmente assim nos encantos dele e esquecer das suas condições, queria fazer o mesmo sofrer um pouco antes de te ter de volta. Então corta o beijo antes que ele evolua, o mostrando que vai se manter firme em suas palavras.
Ele não parece entender no começo o que houve para que você interrompesse seus movimentos, ainda entorpecido pela sensação de seus lábios colado aos dele, mas então abrindo os olhos e recebendo um simples olhar seu, é o bastante para que a compreensão o atinja e ele se recorde de seu combinado. Não consegue evitar soltar um grunhido frustrado com isso, mas aceita a sua escolha e afrouxa o aperto em seu corpo, te soltando e a libertando de seus braços envolventes.
Ainda desacreditado e frustrado, o menino vai em direção a cama, e se senta trazendo as mãos ao rosto, tentando se acalmar, soltando suspiros no processo. Você quase se sente culpada. Quase. Mas a satisfação de ver como ele está sofrendo por você supera todo o demais. Finalmente, ele parece um pouco mais tranquilo, e retirando a mão do rosto, te encara, se ajustando em sua posição na beirada do colchão e deixando um espaço entre as pernas:
- Sabe, você disse que eu não poderia te tocar – Ele te lembra – Mas você pode me tocar se quiser – Diz, e terminando a frase, dá dois tapinhas no colo – Todo seu!
- Fala sério Matías!
A insinuação dele te deixa com vários humores: surpresa, indignada e irritada. Ele realmente pensou que esta desculpa iria funcionar? Que ridículo! Mas por mais que não goste de admitir, se excita com a ideia do que poderia acontecer se cedesse neste instante. Mas não vai dar ao mesmo este gostinho.
- To falando sério, to morrendo de saudades sua. E sei que sente o mesmo – Afirma com convicção.
- Você é muito convencido sabia? – Retruca com ironia.
- Não sou convencido, sou realista – Aponta – Aposto que você já está molhada, e se eu continuasse, rapidinho você estaria aqui – Dá dois tapinhas no colchão, para reafirmar o local - Gemendo como a putinha necessitada de sempre. – Conclui com um sorriso malicioso.
As palavras vulgares dele não fazem nada a não ser te deixarem em um estado ainda maior de excitação e raiva por ele estar sempre tão certo quando o assunto era você e seu corpo.
- Isso não vai acontecer – Diz com uma confiança que nem você acredita muito.
- Você disse o mesmo da última vez – A recorda com entusiasmo.
Flashbacks da última vez que esteve neste quarto voltam a sua cabeça. Foi há apenas alguns dias antes do jantar no restaurante. Estavam sozinhos neste mesmo quarto dando uns amassos, nada demais. Ele estava sozinho em casa, então não tinha risco de serem pegos, mas isso rapidamente mudou quando escutaram vozes vindo da sala, indicando que alguns dos rapazes havia chegado, junto com Fran. Obviamente você cessou os carinhos, e disseque precisariam parar antes que alguém os escutasse. Mas o garoto estava muito envolvido para se conter.
- Matías para! eles vão escutar a gente – Diz com relutância, sem realmente fazer esforços para o separar de você.
- É só ficar quietinha – Diz em seu ouvido, ao perceber que a televisão foi ligada e que os garotos iriam ficar por lá por um tempo. – Ninguém sabe que você tá aqui, a gente faz devagarinho, prometo. – Tenta te convencer espalhando beijos por seu pescoço.
- Isso não vai acontecer. – Retruca protestando.
Mas assim que ele leva a mão até seu seio, acariciando pontos estratégicos e te deitando com força na cama, tudo está perdido e cede as investidas dele, a procura de uma liberação em seu corpo. Em questão de minutos, você se encontra de quatro na cama do garoto, enquanto ele mete por trás, com as mãos apertadas em sua cintura, as usando para se firmar e ter mais estabilidade e profundidade em seus movimentos. Tudo o que você pode e consegue fazer neste momento é tentar abafar os gemidos, enterrando o rosto no travesseiro do garoto, torcendo para que seja bem-sucedida.
Mas o fato de fazerem isso em um momento tão inoportuno, só torna tudo mais excitante, e sabe que não vai demorar para que o mesmo venha, te levando junto no processo. E isso se concretiza, quando estremece, o apertando e se contraindo em volta de seu pau quando atinge o ápice, ele te acompanha segundos depois, te empurrando e saindo de você, a deixando completamente de bruços no colchão e se derramando em suas costas. Te fazendo sentir os vestígios da libertação dele em seu corpo. É um milagre que ninguém tenha escutado alguma coisa, fossem o som dos corpos se chocando ou o ranger da cama. Mais tarde, quando saem para encontrar os outros, o milagre se se justifica com o som ensurdecedor do videogame que os recebe. Todos estão tão entretidos no jogo idiota que nem notam nada de estranho. Pois é, “garotos e seus brinquedos” pensa consigo mesma.
Voltando ao presente, você se amaldiçoa por sempre ser tão mole e impotente quando se trata dele, e essa última lembrança só deixa mais evidente tudo isso.
- Sempre tão previsível, vem cá vem, eu cuido de você – Provoca, fazendo gestos para que se aproxime. – Sei que tá com saudade de levar pica, desesperada como sempre. – Diz com malícia, a olhando de cima a baixo.
De repente, a necessidade de provar que ele está enganado, e desinflar o ego do mesmo, se apossa de você. Te fazendo atravessar rapidamente pelo quarto, encurtando a distância entre os dois, e o empurrando na cama sem cuidado algum, arrancando um suspiro surpreso do garoto. Monta em cima dele, com cada uma das pernas de cada lado, e o corpo dele entre elas, o envolvendo em uma posição dominante, e se inclina para chegar próxima de seu ouvido:
- Aposto que você não duraria um minuto se entrasse em mim agora – Sussurra em um tom lento e sensual, avançando o quadril contra a protuberância já presente na calça dele – Ia gozar tão rápido que nem teria graça –Continua, e mordisca o lóbulo de sua orelha, o fazendo arfar. Mas assim que o som escapa, ele morde internamente as bochechas, determinado a não deixar escapar mais nenhum barulho, o que você está disposta a provar o contrário, e fazê-lo derreter com seus toques - É por isso que gosta de provocar, não é? Tá tão desesperado para que eu cuide de você – Afirma, parando brevemente os avanços contra sua virilha, e levantando sua parte superior, ficando com as costas retas e eretas, deixando ainda mais óbvio a sua dominância sobre ele. – Mas você precisa ser um bom garoto se quiser isso, vai ter que me cortejar primeiro – Explica, e aproveita o momento para pegar a mão direita dele, e trazê-la a sua cintura, não sem antes arrastá-la por suas cochas e as roçar em seu traseiro -Mostrar o quão bom você pode ser pra mim. – Finaliza com a voz rouca.
E com essas palavras ditas, sem vergonha alguma começa a ditar o ritmo de seus corpos, retornando com a fricção entre suas intimidades. Mesmo com a camada de roupa atrapalhando o contato direto, é bom o bastante por enquanto, e fica ainda melhor quando firma as mãos no peito dele, dando maior coordenação e direção. Agora você está usando disso para ter mais atrito em sua região íntima, o usando como um brinquedo sexual pessoal, unicamente e somente para o seu próprio prazer. O pensamento te leva as alturas, não conseguindo filtras suas próximas frases:
- Imagina tudo o que você vai poder fazer comigo – O incita, fechando os olhos querendo se perder na sensação – Eu vou estar tão molhada e apertada pra você – Promete, e ele solta um gemido com isso, só te dando ainda mais estímulos para continuar com suas investidas. Decide ir além, começando a ser mais vocal, sem mais palavras juradas, e sim lamentações e ruídos cuidadosamente pensados, sabendo como o mesmo gosta de te ouvir nestes momentos. Com os sons mais eróticos e pornográficos que consegue emitir, torna seu rebolar mais frenético, o fazendo dar um aperto forte em sua cintura, te apoiando na decisão. Os suspiros preenchem o quarto, deixando o ambiente corrompido com as atividades sujas dos dois. Sabe que não vai aguentar muito tempo, já estava encharcada antes de se jogar nele, e agora com todo esse joguinho, ficou ainda mais excitada, se esquecendo por um momento do porquê de ter começado e só querendo alcançar sua libertação a todo custo. Que piada, você realmente pensou que poderia vencê-lo em seu próprio jogo, mas está prestes a desistir, pedir para que ele te coma e faça o que quiser contigo, e que se dane o seu orgulho no processo.
Mas de repente, com as mãos ainda em sua cintura, ele te aperta mais, não para te favorecer ou encorajar, e sim para te prender no lugar, interrompendo seus movimentos.
- Para de se mexer – Pede em um tom sofrido e lânguido.
Perplexa com seu pedido, abre os olhos e finalmente nota de forma mais clara a situação a sua frente. O modo como ele está tenso, com o olhar franzido, e um certo sofrimento em sua feição, com a pele corada e respiração ofegante. Reconhece rapidamente os sinais, já o tendo visto nestas mesmas circunstâncias diversas vezes. Já sabe que ele está na beirada do precipício, mas se recusa a ceder desta forma. Vendo a oportunidade perfeita a sua frente, a toma com avidez, ignorando suas súplicas e mantendo seu rebolado constante, eficaz em proporcionar mais fricção e contato. O garoto fica mais desesperado e com a respiração mais falha, e você sabe que precisa de um último empurrão para que ele chegue lá, e também sabe qual é:
- Aposto que você se imaginou trepando comigo naquele banheiro, não é? E sabe o pior? Eu teria gostado. – Finaliza, se abaixando novamente e dando beijos no pescoço dele.
A tara do mesmo em atos sexuais nos lugares mais inusitados não era novidade para você, e com isso era fácil apertar os botões dele e o manusear como queria. E sem surpresa alguma, acontece o esperado. Ele se deixa levar pelo prazer e desaba embaixo de você, tremendo em espasmos e levantando o quadril, querendo se pressionar mais contra seu corpo, a procura de um último alívio. As palmas dele ainda prensadas em sua pele, em um aperto forte, que com certeza deixará marcas.
- Porra! – Diz em um sussurro em meio ao orgasmo.
Após isso, demora alguns minutos para que ele consiga se situar, tentando controlar a respiração, se empenhando em a deixar em um compasso menos agitado. Tirando as mãos de você apenas para passá-las na testa, a fim de limpar o suor que já se acumulava ali. Ele fica lindo assim, vulnerável e sem preocupação alguma, calmo e tranquilo, aproveitando a sensação até o fim. Mas é claro que isso teria que acabar em algum momento:
- Caralho! Não acredito – Exclama quando volta a realidade, descendo da nuvem de prazer.
Te tira de cima dele rápido, com raiva e envergonhado por ter se entregado tão facilmente assim. Se levanta da cama a procura de uma muda de roupa, praguejando por ter que se trocar depois de ter melado a que está vestindo. Começa a se despir da cintura para baixo, querendo limpar a bagunça, e abre a segunda gaveta da cômoda, agarrando uma caixa com lenços de papel, a qual você tenta não pensar no motivo dele ter isso tão perto. Desvia o olhar enquanto ele faz isso, não sabendo se resistira se o visse assim. Era dois passos até ele ficar completamente pelado e você também, e terminassem o que começaram ali mesmo.
- Isso não foi justo! – Se dirige a você pela primeira vez, a acusando com uma expressão ainda revoltada na cara, totalmente insatisfeito com sua proeza em desmontá-lo.
– Acho que não era eu quem estava tão desesperada né? –Devolve a provocação de mais cedo, com suas próprias palavras sendo usadas contra ele, e sai do quarto do mesmo, com um sorrisinho no rosto e o deixando sem palavras, embasbacado e coberto em seu próprio esperma.
Assim que sai da vista dele, para pôr um momento no corredor, e segue até a cozinha do apartamento, para se esconder e tentar assimilar o que acabou de acontecer. Mas é surpreendida e põe a melhor expressão que pode no rosto, quando reencontra Fran, que está tirando pipoca do micro-ondas e te encara preocupado:
- Tá tudo bem? – Te encara de cima a baixo, estranhando sua agitação.
-Sim – Responde curtamente, e antes que ele te pergunte mais alguma coisa, o interrompe - Pipoca? – Aponta para a tigela nas mãos dele.
- Sim, ia assistir um filme – Explica – Quer ver comigo? – Te convida timidamente, ainda incerto sobre a situação dos dois.
- É claro que eu quero – Concorda, e o segue até a sala.
Se acomoda ao lado dele no sofá e começam o filme. O qual foi facilmente esquecido, pois estavam mais conversando do que olhando para a tela. Depois que você soltou um comentário sarcástico a respeito de uma cena, foi o bastante para quebrar o gelo, e se iniciar um falatório incessante de assuntos diversos. Alguns bons minutos depois, Matías aparece e se junta ao dois. Sem dizer nada, se senta ao seu lado, e entrelaçando os dedos com o seu, como se fosse algo já comum do seu cotidiano, e te afeta mais do que gostaria de admitir. Fran nota as mãos dadas é claro, e só dá um sorriso com isso, não dizendo mais nada, provavelmente para não os deixarem acanhados.
Não sabe dizer exatamente quanto tempo passou lá, mas só percebe que tem que retornar quando recebe uma mensagem de sua irmã. E assim, se despede de ambos os rapazes com um abraço (para a infelicidade de Matías) e espera ansiosamente para que sábado chegue logo.
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Suas mãos estão suando, e você estrala os dedos pela centésima vez em sinal de nervosismo. Já se checou no espelho inúmeras vezes nos últimos dez minutos, não que precisasse, já que já estava pronta a no mínimo duas horas antes do horário combinado. O dia finalmente chegou, e você não poderia estar mais feliz e a beira de um colapso ao mesmo tempo. E se desse tudo errado? Sua irmã e cunhado o odiassem, e dissessem coisas horríveis a ele? Ou ele não se dando nem ao trabalho de aparecer? Ele tinha confirmado que ainda estava tudo certo pela manhã, mas ainda assim, e se ele mudasse de ideia?
- Você vai criar um buraco no chão se continuar andando em círculos desse jeito – Aponta sua cópia mais velha com um olhar crítico.
Isso faz com que você cesse seus passos imediatamente, parando estagnada no lugar e a encarando com nervosismo estampado no rosto. E quando estrala os dedos novamente, é o ponto crucial para que Wagner decida entrar na conversa:
- Calma gatinha, só queremos falar com ele. – Te conforta, e com essas palavras você consegue se aquietar um pouco, mas não demora muito para que essa sensação se esvaia do seu corpo assim que escuta o toque do interfone.
Corre para atender antes de todos, e com as mãos tremendo quase tanto quanto sua voz, permite a subida do rapaz. Isso vai acontecer, não tem mais volta. Sua irmã desliga a televisão da sala, a qual ninguém estava assistindo, mas a ligaram mesmo assim para preencher o silencio enquanto eles estavam no sofá e você dando voltas pelo cômodo.
Quando o som de alguém batendo na porta se anuncia, o seu coração de alguma forma erra as batidas, só para então começar a martelar ainda mais rápido em seu peito. Você engole em seco e se recompõe, indo abrir a mesma.
- Vou falar com ele primeiro rapidinho, e já entramos –Explica apressadamente, querendo um tempo a sós com o garoto. Abre a porta, e rapidamente dá meia volta, a fechando novamente. Larga a maçaneta com a mão tremendo e se vira, ficando paralisada e surpresa com o que vê. Um Matías arrumado e ainda mais bonito, com um buquê de flores nas mãos. Flores de verdade, em um buque de verdade, e você não consegue parar de olhar para as mesmas, fascinada com as cores e ainda mais com o fato dele ter trazido algo, com a expectativa lá em cima em pensar que seriam para você.
- Oi – Ele te cumprimenta, quebrando até então o silencio que tinha se instaurado ali. Você nem tinha percebido que não havia dito nada desde que o viu.
- Oi – Responde ainda atordoada.
- Para você – Gesticula com a cabeça para o arranjo, as apertando mais forte, e parecendo receoso em te presentear – Não sei se são o seu tipo, espero que sim, mas se não tiver gostado eu posso...
- São perfeitas, eu adorei – É rápida em acalmá-lo, por mais que esteja gostando e achando fofo o modo como ele está nervoso.
- Que bom – Suspira aliviado, relaxando os ombros - Se você não tivesse gostado eu teria que dar isso pra senhorinha do final do corredor que tem uma quedinha por mim. – Brinca e zoa com tua cara, ao mencionar sua vizinha, e você não consegue não soltar um riso com as palavras dele.
- Eu já disse Matías, ela só gosta de você porque você arrumou a lâmpada pra ela uma vez, nada demais. – Retruca com humor.
- Calma linda, não precisa ficar com ciúmes, sou todo seu, e as flores também. – Finalmente as estende em sua direção, mas quando você se aproxima para pegá-las, ele é rápido em tirá-las do caminho, e te puxar para o mesmo, se firmando a sua frente, e juntando seus lábios, roubando um selinho seu. E depois outro, e outro, e outro continuamente.
Você se cansa dos toques castos, e o puxa para você, matando a saudade dos últimos dias separados desde que o visitou, e aprofunda de vez o beijo. Sem pensar muito, ele te prensa contra a parede, ainda com cuidado por conta das flores, e te devora ali mesmo. E você deixa, com muita satisfação, já levando as mãos aos cabelos dele, o incentivando a continuar.
E em sua percepção, está tudo perfeito, até que são interrompidos pelo som grosseiro de alguém limpando a garganta, obviamente em uma tentativa de ser notado, e quando você vê de quem se trata, tem vontade de desmaiar na mesma hora:
- Acho que já está bom de “conversar”, vamos entrando. – Diz o seu cunhado, te fitando brevemente com uma advertência em seu olhar, e depois ao garoto. Os dois se encaram, como se fosse uma competição, nenhum se atrevendo a baixar ou desviar os olhos primeiro. Bufando, você os interrompe pegando o rapaz pela mão e o arrastando para dentro, totalmente corada pelo ocorrido. Vocês mal passam pela porta, quando o interrogatório começa:
- Quais as suas intenções com ela? - Wagner pergunta com os braços cruzados.
Você o lança um olhar bravo, esperando que ele recue e seja mais gentil, não bombardeando o garoto tão abruptamente. Até pensou que ele seria mais amigável, mas isso com certeza parece ter se dissolvido depois da cena que acabou de presenciar.
- Não sabia que era o pai dela – Retruca o garoto com sarcasmo, te lembrando da mesma reação que teve a alguns dias atrás no carro, com as mesmas palavras.
- Não sou pai dela, mas ainda posso me preocupar com ela moleque. – Rebate rapidamente, com muito menos calma do que fez quando foi com você.
- Ela está em boas mãos. – Afirma, sem se deixar abalar pelar palavras do mais velho.
- Isso sou eu quem decido – Replica com severidade, e autoritário.
Você está aflita e quase arrancando os cabelos, seus piores cenários estão se tornando realidade. Seu cunhado já está irritadiço e não vai desistir tão cedo da ideia de fazer esse julgamento do garoto, e por Deus! Matías podia ser muito bocudo e sem filtro quando queria, se continuasse assim, nada de bom sairia dessa conversa, que estava mais para uma troca de farpas.
- Escuta aqui... – Matías começa, pronto para já soltar a primeira ofensa que vem à cabeça.
- Já chega! Os dois – Sua irmã intervém, tornando sua presença conhecida.
É a primeira vez que o garoto se dá conta de que tem mais alguém ali, mas não pode culpá-lo, ele mal teve tempo de olhar para o lugar ates de seu cunhado o bombardear com questionamentos. Aproveita que sua irmã está repreendendo o noivo com o olhar e faz o mesmo com o mais novo.
- Matías, se comporta – Sussurra, e o lança um olhar zangado. Retira o buque que ainda estava na mão do mesmo, e as guarda cuidadosamente em uma mesinha no canto, antes que acabe o amassando em razão da raiva.
- Vamos começar de novo – Sua irmã interfere – Por que não se senta um pouco? – Pergunta apontando para o sofá, mas todos ali sabem que é mais uma ordem do que qualquer outra coisa - Quer beber alguma coisa? Uma água? Um suco? – Oferece sendo uma boa anfitriã.
- Não precisa, obrigado. – Diz se sentando junto com você no estofado, o que rende um olhar nada satisfeito de seu cunhado.
O início da conversa é marcado por um diálogo simples e tranquilo que sua irmã consegue administrar com destreza e leveza. Primeiro quer conhecê-lo melhor, saber o que ele faz, se estuda, trabalha, tem algum hobby, e coisas do tipo. Eles engatam em uma conversa bacana, e o clima começa a se aliviar.
Ele é engraçado, e a faz rir nos momentos certos, até mesmo a fazendo corar com o quão charmoso está sendo, dizendo que não parecia ser sua irmã mais velha, com a quão jovem e bonita era a mesma. Você só consegue morder o lábio com isso, levemente enciumada e se conforta ao ver que seu cunhado está do mesmo jeito. Era pra ele conquista sua irmã, mas não tanto assim você pensa com amargor.
Mas percebe o quanto está sendo ridícula quando ele a insere na conversa, dizendo o quanto gosta de você e ficou contente por ter concordado em sair com ele hoje. Prometendo que cuidaria de você, e faria o possível para te fazer feliz. O que faz com que ela o retribua com um sorriso, e sorria para você também.
Está contente pelos dois terem se dado bem, mas é com tristeza que nota que seu cunhado parece tê-lo odiado. Sabe que não tem muito o que possa fazer no momento, apenas aceitar e esperar para que as coisas mudem com o tempo.
Resignada com isso, se prepara para partir, mas assim que estão prestes a isso, o garoto te para:
- Não quer levar um casaco? está frio hoje. – Pergunta.
- Estou bem, não precisa. – Nega o tranquilizando.
- Depois você vai ficar com frio. – Retruca na ponta da língua.
- Eu já disse que to bem. – Rebate, já começando a se estressar.
Mas então o inimaginável acontece, e seu cunhado se intromete, dando razão ao rapaz: - Ele está certo, melhor levar um agasalho. – Concluí.
Não querendo ficar arrumando briga e prolongar o momento, decide acabar logo com isso, e se vira em direção ao quarto a procura de alguma peça. Mas antes, pega as flores que ficaram em cima da mesa, e as leva consigo, para guardá-las na mesa de cabeceira ao lado de sua cama, já sabendo que seria o seu item favorito nos próximos dias. No meio do trajeto, não consegue deixar de escutar a conversa que se inicia conforme se afasta:
- Já se acostuma, as vezes ela pode ser bem teimosa. – A voz de Wagner afirma.
- Ah eu sei muito bem! – Concorda Matías - Uma vez fiquei uma hora a convencendo a não ir de salto...
O resto da frase não é compreendido por você, se tornando ruídos por conta da distância. Entrando no seu quarto, deixa o buque na cama por enquanto, para guardá-lo com mais cuidado mais tarde, e vai rapidamente ao guarda-roupa e pega a primeira coisa que vê, sendo uma jaqueta que gostava e era o melhor que encontraria no momento. Retorna apressadamente para os dois, com medo do que encontraria, talvez uma gritaria, troca de ofensas, socos, risos...risos?
- E então ela ficou o resto da noite usando o meu tênis e me deixando descalço no meio de rolê – Matías conta, arrancando gargalhadas de seu cunhado.
- Não acredito! – Ele dá um aperto no ombro garoto, em sinal de companheirismo, como se já fossem amigos – É a cara dela fazer isso! – Afirma ao mesmo.
-E ainda reclama quando a gente avisa – Matías fala como se fosse o mais sensato ali.
- Nossa sim! O pior é quando...
- Já terminaram de falar mal de mim rapazes? – Os interrompe, deixando ambos sem graça e sua irmã tentando abafar o riso ao canto, cobrindo a boca com a mão e soltando uma tosse disfarçada.
- Pode me esperar lá fora Matías, eu já saio – O rapaz não se mexe – Rápido, antes que eu mude de ideia – Diz azeda, e o mesmo decide obedecer e se despede da sua família, abraçando sua irmã, e trocando um aperto de mão com seu cunhado, que o envia um olhar de força e boa sorte. Inacreditável.
Assim que o mesmo sai, se vira e encara os dois, esperando uma conclusão, pronta para escutar o que estivesse por vir:
- Eu o achei uma gracinha, educado e muito bonitinho. – Sua irmã diz, totalmente fascinada e já conquistada pelo mesmo.
Não é surpresa, depois da bajulação dele com ela, não poderia ser diferente, mas admite que está feliz pelo resultado obtido, e olha para o seu cunhado, esperando a resposta dele:
- Ele é firme, tenho que dar esse ponto pra ele, não se intimidou nem um pouco comigo – Começa - E se preocupa com o seu bem-estar, é o bastante por enquanto. – Termina, ainda cético, mas claramente mais tranquilo em relação ao mais novo.
Melhor do que nada, você pensa consigo mesma.
- Tá bom, eu tenho que ir, tchau – Finaliza o assunto e se despede, correndo para a porta, ansiosa para o resto de sua noite.
- Se divirta – Diz sua irmã.
- Mas não se divirta demais – Retruca seu cunhado a repreendendo.
Você só ignora os comentários e sai pela porta, onde o seu garoto te espera:
- Vamos? – Pergunta e estende a mão.
Nem ao menos consegue ficar brava pelo fato dele ter falado absurdos seus a alguns minutos atrás, mas já sabia que ele poderia ser uma boca de sacola, e gostava dele mesmo assim.
- Vamos. – Confirma e aceita a mão dele, em um aperto firme.
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Não tem como não notar as pequenas e sutis mudanças que ocorrem na dinâmica entre vocês. Obviamente já haviam saído juntos antes, mas essa seria a primeira vez que seria oficialmente um encontro, como se tivesse um aviso em neon na testa dos dois dizendo “ei, estou interessado em você, esquece a história de amizade com benefícios”. Ele segura em sua mão, algo que você notou com prazer que está se tornando um ato contínuo de afeto em público, e a envolve com a dele, fazendo pequenos movimentos com os dedos, as vezes apertando de leve quando fica apreensivo com algo, e o seu favorito, quando aproxima os lábios e beija a costa de sua mão. É tão galante da parte dele, e você nunca pesou que usaria essa palavra para se referir ao garoto. Não tem receio em passar o braço ao redor de sua cintura, te puxando para perto, querendo ficar próximo de seu corpo, porém tudo nos limites certos, te pedindo permissão com o olhar antes, e nunca presumindo nada. Com certeza ele recebeu o recado depois da lição que deu nele.
Compra os ingressos, pipoca e bebida, não te deixando pagar nada (até aí nada de novo) e te conduz para a sala com a mão perigosamente baixa em suas costas. Assim que estão acomodados em seus acentos, que se encontram no meio da sala, ele distribui as coisas, deixando tudo perfeitamente ao seu alcance, seja a pipoca ou o seu refrigerante favorito.
Para seu descontentamento, com os lugares sendo mais à frente, não tem uma privacidade tão grande como normalmente tem nos acentos dos fundos, o que sempre rendia alguns amassos e beijos furtivos, e você tenta se conformar com a ideia de que não terá nada disso está noite, quando traz a mão do rapaz a parte interna de sua coxa, e ele rapidamente tira, te oferecendo mais pipoca, nervoso com o seu gesto. Isso é estranho, ele nunca tinha negado toques seus, mas acha que ele ainda pode estar abalado por causa do incidente no quarto dele, então decide deixar isso quieto por enquanto.
Surpreendentemente o filme prende a atenção dos dois e fazem que nem perceba o tempo passando. Todo o momento compartilhado entre os dois são preciosos, seja as mãos entrelaçadas, ou os olhares entendedores trocados mesmo na sala escura.
A noite não se encerra quando o filme acaba. Após isso, ele te leva para tomar um sorvete, comer um doce, ou o que você quisesse segundo as palavras dele. Então dali seguem para o lugar mais próximo à procura do gelado, que só servia como uma desculpa para prolongar a noite. Conversam o tempo todo enquanto saboreiam a sobremesa refrescante, rindo e fazendo comentários sarcásticos de tudo. Quando terminam e vão em direção ao carro do mesmo, que está estacionado um pouco mais afastado, aproveita antes que ele ligue o veículo e o ataca, subindo em seu colo no acento do motorista.
- Eu sei que o “certo” é ir pra cama só depois do segundo encontro, mas… acho que posso abrir uma exceção. – Faz piada, brincando com a gola da camisa dele.
Quando ergue o olhar para encontrar o dele, se decepciona em não encontrar o fogo e excitação que esperava.
- Não precisa, é para ser uma noite especial, ela não vai ter menos significado só porque não dormimos juntos. – Contrapõe, se opondo a ideia. E isso te assusta, pois já é a segunda vez que ele te afasta, e antes desta noite, isso nunca tinha acontecido antes.
Mas não deixa se desanimar por isso, e continua insistindo:
- Eu sei, mas eu quero. – Afirma com convicção, trazendo as mãos ao rosto do rapaz, o acariciando e percorrendo os traços dele com delicadeza. - Quero te agradecer por ter sido tão bom pra mim hoje. – Ronrona sensualmente, querendo juntar seus lábios, mas ele te impede:
- Não quero que sinta que tenha que fazer algo pra me agradar, é sério. – Nega mais uma vez, te deixando mais perdida ainda.
Isso está começando a te irritar. Por que ele está sendo todo sensível bem agora? Você queria a versão safada e irônica dele de volta.
- Matias, eu amo como você foi romântico e atencioso, eu adorei a nossa noite, de verdade, assim como adorei todas as outras. – Justifica, o dando a validação que o mesmo parece estar procurando - Mas pode parar de fingir, eu quero que você me coma agora entendeu? Que que me foda tão forte que eu mal consiga andar amanhã, consegue fazer isso? - O encara profundamente, para que ele enxergue a seriedade de seu pedido.
Ele franze o rosto, parecendo ofendido com a sua pouca fé nos atos dele e retruca rapidamente:
- Não to fingindo nada, e também não quero transar com você. – Diz sério.
A rejeição te bate forte, a deixando sem palavras no mesmo instante. Você fez algo de errado? ele viu que você não era o que ele queria? se arrependeu de ter tentado? Independente do motivo, você só quer colocar a maior distancia que pode entre os dois agora, saindo do colo dele, antes que as lágrimas a de boas-vindas.
Ele nota o seu humor mudando, como ficou triste e desapontada. E quando sente que você quer sair de cima dele, só a segura mais forte, te impedindo:
- Eu me expressei errado, me desculpe – Traz as suas mãos ao peito dele - O que eu quis dizer é que... você está certa, tenho que te conquistar primeiro. Fazer as coisas direito, pelo menos uma vez – Te fita com ternura e sinceridade – Não foi fingimento, eu quis fazer tudo o que fizemos hoje: as flores, sua família, o encontro, tudo porque eu quis, não porque estava esperando uma transa no final da noite – Te explica com calma – Não que eu não queira, acho que isso ficou bem claro da última vez que nos vimos – A relembra, e ambos coram com a memória - A próxima vez que formos pra cama, vai ser como um casal, de verdade. – Diz por fim.
Se aproxima mais, e te envolve em um abraço apertado e terno. Com os braços em torno de sua figura, te engolindo em uma bolha de calor e conforto, preenchido pelo perfume acolhedor dele:
- A próxima vez que você gozar pra mim vai ser como minha namorada – Sussurra em sua nuca – E você vai amar a sensação. – Concluí, sabendo que a promessa é um fato.
E neste momento, você sabe que o ama, com toda a certeza do mundo.
Aaaaa, o nosso casal está finalmente acontecendo 👏, espero que tenha revisado tudo direitinho, mas já peço desculpas caso tenha tido algum erro 🥹✊ até o próximoo 😚💖
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babydoslilo · 1 year
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He had a good heart after all
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É.. mesmo que ele nunca tivesse pensado em Harry dessa forma, ele ainda não conseguia negar nada que a mais nova pedisse com os olhinhos brilhantes e reboladas sutis em seu pau. Ele tinha um bom coração afinal.
Essa oneshot contém: Incesto consanguíneo entre irmãos; Harry sendo uma mulher cis; Ltop; Harry virgemzinha implorando por pau e  Louis corrompendo ela; Não vai ter dinâmica BDSM.
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Com três anos Louis recebeu uma das melhores notícias da sua vida ao que sua mamãe, com os olhos azuis brilhantes pelas lágrimas insistentes em cair, se abaixou em sua frente e contou que como presente por ser um menino tão obediente e bonzinho ele iria ganhar uma irmã. O menino ficou muito feliz ainda que sem entender de verdade o que aquilo significava, ou mesmo como uma mini pessoinha estava dentro da barriga da sua mãe, quer dizer, porquê colocariam um bebê lá dentro quando brincar com ele no quintal era claramente mais legal?
Assim que sua irmãzinha Harry nasceu, ele, por ser o “homem da casa”, prometeu que iria cuidar dela e não deixar ninguém machucá-la. Dito e feito, o apego entre os dois era a coisa mais fofa que Caroline, sua mãe, poderia ter pedido a quem quer que estivesse lá em cima. As crianças brincavam, estudavam e faziam tudo que pudessem juntas, Louis via Harry como sua bonequinha e, inclusive, passou a chamá-la assim.
Aos 12 o apelido mudou e a mais nova passou a ser chamada de princesa, o que combinava com seus cachinhos marrons sempre soltos, os olhos verdes e as bochechas coradas que conquistavam todos ao seu redor. De fato uma princesinha. A menina era tímida e fofa, mas a curiosidade que despontava em seu olhar não enganava ninguém e, felizmente, um certo rapaz de olhos azuis, cabelos castanhos e o sorriso arteiro não conseguia lhe negar nada.
– Lou, aqueles brigadeiros são tão bonitos, não é? 
Eles estavam em um casamento de uma amiga da mãe deles, sentadinhos e comportados como Caroline pediu antes de saírem de casa, mas os olhos verdes que passearam por todo o lugar parou na mesa de doces e brilhou como se tivesse achado o pote de ouro no fim do arco íris.. não que dezenas de doces fosse algo distante disso pra uma criança de nove anos de qualquer forma.
– Sim princesa – o mais velho sorriu de lado já sabendo a intenção da menina, por isso adiantou – são lindos, mas a gente não pode pegar ainda tá bom?
Parecia até um pecado ver aquele sorriso diminuir e a carinha murchar como uma flor no inverno.
– Ah… tudo bem então. – o brilho que surgiu nos olhos agora era de uma tristeza tão penosa que conseguia chantagear qualquer um com um bom coração. A pequena sabia muito bem disso.
É claro que depois desse incentivo Louis se esgueirou por trás dos arranjos de flores e conseguiu furtar dois docinhos para eles. Ele tinha um bom coração afinal.
Quando Harry finalmente fez quinze anos foi a vez do brilho triste se apoderar da íris verde mais uma vez, só que por outro motivo. Louis tinha entrado na faculdade e estava de mudança para outra cidade.
O orgulho que ela e sua mãe sentiram foi enorme mas não conseguiu apagar a dor que a distância deixaria, afinal seu irmão, melhor amigo e confidente não estaria mais ali para quando Harry quisesse assistir um novo filme de terror e ficasse com medo de dormir sozinha, não estaria para ajudá-la a estudar pras provas e reclamar por ela se distrair fácil de mais e não estaria para quando ela sofresse com a maldade e pressão das colegas de classe, que não aceitavam seu jeito calmo e de quem não tinha pressa para vivenciar as aventuras adolescentes.
E era principalmente nesses momentos em que se sentia solitária e atrasada com relação às demais garotas da sua idade que ela sentia falta do colo quentinho e cafuné na cabeça enquanto palavras sábias saíam de um sorriso calmo:
–  Não precisa ter pressa princesa, tudo acontece no tempo certo e com a pessoa certa. Quer saber? Elas é que vão se arrepender depois quando só tiverem colecionado frustrações e arrependimentos. – ele tirou a mão que afagava seus achos, a usou pra levantar seu queixo e encarando seus olhos ele continuou – Não se preocupa com isso agora tá? Não tem nada errado com você e nem tem do que se envergonhar, eu garanto.
A questão é que ela ainda era aquela menina tímida e que não sentia vontade de sair beijando os meninos na escola ou quando ia em festas, sentia menos vontade ainda de explorar sua vida sexual quando ainda não tinha alguém confiável e que lhe deixasse confortável o suficiente pra isso. Por favor, a última vez que fez algo assim sem ter realmente vontade acabou com o lábio inchado e roxo da mordida de um menino que nem lembra o nome e que só beijou porque sua melhor amiga insistiu muito. Ela não quer passar por isso de novo ou até pior, por isso escolheu acreditar nas sábias palavras do irmão.
No entanto, a correria da vida adulta para Louis, tentando conciliar as obrigações do seu curso e não morrer de fome ou deixar o apartamento que morava sozinho virar um lixão, e o receio de Harry em mandar mensagem e acabar atrapalhando o irmão acabou afastando eles. Claro, eles não deixaram de fazer ligação pelo menos duas vezes por mês e nem deixaram de atualizar um ao outro sobre as novidades da escola da garota ou da rua em que eles moravam, mas era fácil notar a intimidade que eles tinham se esvaindo aos poucos. 
Com sorte isso durou pouco menos de três anos, pois com a aprovação de Harry na faculdade aos 18 anos de idade e sendo ela na mesma cidade em que o Louis estava, não tinha necessidade de alugar outro apartamento quando eles poderiam facilmente serem colegas de quarto e restabelecer toda a conexão perdida. A possibilidade de voltarem a viver sob o mesmo teto e compartilhar novamente uma rotina baseada em confidências e carinho pareceu devolver a vida aos olhos verdes e levar conforto e sensação de lar aos olhos azuis.
É assim que hoje a garota se encontra só de pijama rosa com mini corações vermelhos no sofá do pequeno apartamento que eles dividiam enquanto confere se está completa a lista de livros que vai precisar dali a alguns dias quando começar suas aulas. Finalmente suspira fundo soltando todo o ar dos pulmões quando nota que, diferente dos dias anteriores que foram de puro cansaço ao desfazer malas e caixas, ir no campus ajustar as matrículas e conhecer o prédio que teria aula, além de matar a saudade do irmão com o que restava de suas noites assistindo filmes abraçadinhos, agora ela poderia de fato relaxar e só esperar a vida adulta acontecer. 
– Então… os meninos estão marcando um barzinho pra hoje, mas eu não queria te deixar sozinha logo na primeira semana – Louis sai do quarto digitando algo no celular enquanto fala com ela – Anima ir com a gente? Por favorzinho? – ele levanta o rosto em sua direção e faz um biquinho. Ele sabe que ninguém em sã consciência seria capaz de lhe negar algo quando faz isso.
– Poxa Lou, eu só consegui sentar pra descansar agora. Prometo que na próxima eu vou tá?
– Olha, a gente faz assim então: nós vamos, ficamos em lugar mais calminho e se você ainda quiser vir embora eu mesmo te trago, ok? – ele nota o revirar de olhos da irmã e, antes que ela pense em negar, continua – Eu sempre falei tanto da minha princesinha pra eles e só queria que te conhecessem para verem como eu sou o homem mais sortudo por morar com a pessoa mais fofa do mundo… Mas tudo bem, a gente deixa pra próxima então. – ele vira as costas cabisbaixo, mas o sorriso de lado que escapa não engana ninguém.
Admitindo a derrota e em choque com a chantagem explícita que seu irmão estava fazendo, a menina corre e pula nas costas dele, ao mesmo tempo que bagunça seu cabelo e tenta fazer cócegas pelo pescoço e barriga do maior, ela se rende.
– Ok seu merdinha, eu vou! Mas que fique claro que estou indo contra minha vontade e que você vai ter que me mimar por uma semana pra compensar. – arrebitou o nariz e saiu desfilando para o quarto a fim de se arrumar. Louis sorriu vitorioso, ele sabia que assim como ele não resistia aos pedidos da mais nova, principalmente se tivesse um biquinho e olhos brilhantes envolvidos, Harry também não seria capaz de negar nada a ele. 
Como prometido eles realmente foram em uma espécie de pub mais calmo com arquitetura de madeira, algumas mesas dispostas pela calçada e lá dentro, próximo ao balcão onde serviam as bebidas, tinha uma banda local apresentando algo como voz e violão. O clima era bem intimista e relaxante, Harry não se arrependeu ao todo por ter se rendido a uma certa carinha bonita e olhos azuis. Bem, isso até um conhecido de Louis e que estava sentado na mesa ao lado tentar tirá-la pra dançar, o que ela prontamente aceitou afinal não lhe custava nada, mas o problema mesmo foi quando o homem, Dean era o nome dele, tentou beijá-la. 
Veja bem, ele não era feio nem nada mas a garota não estava interessada em ficar com ele, ou com qualquer outro na verdade, e quando ele insistiu e quis motivos para a recusa, ela de fato se sentiu incomodada. Por isso, assim que voltou a sentar na mesa em que Louis estava com os amigos e passou os olhos ao redor do local notou alguns casais dançando juntinhos, um deles estava aos amassos em um canto mais afastado debaixo de uma árvore que bloqueava parcialmente a iluminação, alguns tantos deixavam explícitos o mood da noite ao que seus olhares eram semelhantes a uma águia a procura de alimento. 
Vendo como era comum pras pessoas da sua faixa etária se relacionar momentaneamente com pessoas desconhecidas, Harry se sentiu cada vez mais estranha e deslocada, coisa que não passou despercebida por uma pessoa que jurou há muito tempo não deixar ninguém machucar aquela pequena boneca e, ainda que agora ela não fosse mais tão pequena assim e pudesse se defender sozinha, a promessa continua.
– Ok. Em quem eu vou precisar bater hoje? – Louis tenta fazer graça para desfazer o rosto abatido, mas o fundo de uma preocupação se faz presente. 
– Todo mundo sabe que você não bate nem em um ursinho de pelúcia Lou – ela fala com um risinho acompanhado por uma covinha graciosa do lado esquerdo da bochecha.
– Certo.. mas eu claramente apanharia pra proteger você – admite também sorrindo, mas logo toma uma postura mais séria – é sério Hazz, você sabe que pode me contar tudo né? Foi o Dean? O que ele fez? Eu juro que ele parecia um cara legal, Droga! Eu não deveria ter deixado voc – 
– Meu deus, respira! – ela o interrompe rindo. É incrível como em um par de segundos ela consegue relaxar e se sentir segura com Louis. Ela sentiu muita falta disso. – Não aconteceu nada de mais ok? Prometo que quando a gente chegar em casa eu explico tudo, mas não se preocupa – e quase num sussurro, ela finaliza – de qualquer forma parece que o problema está em mim. 
Se Louis escutou o final ele não demonstrou, mas assentiu em afirmação com a cabeça e um sorriso calmo na face e não saiu de perto da garota pelo resto da noite. Porém, quando finalmente chegam em casa, quase 2h da manhã, eles estão exaustos e vão cada um para seu quarto. Qualquer conversa teria que ficar para o próximo dia, por sorte seria um domingo regado a muita preguiça e expectativa para a semana que se inicia. 
°°°°°
Ao acordar no dia seguinte com os músculos das costas e pernas mais relaxados por dormir até meio dia, Harry nota o clima abafado na cidade e resolve ter um dia de beleza como há algum tempo sentia falta. Ela hidratou os belos cachos castanhos, que a essa altura batia pouco abaixo dos ombros, fez as unhas, usou óleo corporal por todo o corpo e passou pelo menos quarenta minutos no banho enquanto aproveitava a própria companhia e um apartamento inteiro para ela, já que Louis tinha saído para fazer alguma coisa que ela não prestou muita atenção e disse que voltaria mais tarde para eles terem a bendita conversa sobre o que aconteceu no dia anterior. Ela definitivamente não estava ansiosa para expor todas as suas inseguranças e pedir ajuda ao irmão mais velho, não mesmo. 
O lado positivo de estar sozinha e ter tempo para pensar é que ela refletiu sobre tudo que iria contar ao maior e como ela pediria ajuda, se é que ela teria coragem de pedir. Cogitou também todas as possibilidades de respostas que poderia receber, todas as reações e o mais complexo, todas as consequências. 
Por isso que após o longo banho ela vestiu apenas o pijama que era composto por um shortinho que mal chegava na poupa da bundinha branca e uma camisa de alça com o tecido bem molinho, ambos eram brancos com bolinha rosa, e para se sentir mais confortável, resolveu não usar nenhuma peça íntima por baixo. Assim, enquanto estava deitadinha, ela rolava os canais de TV e esperava o mais velho voltar para casa com seu discurso decorado na ponta da língua e um frio na barriga que fazia qualquer montanha russa ficar com inveja, mas, qual é, era apenas seu irmão. Ele faria tudo pra ajudar ela, certo? Nada ficaria estranho.
– Princesa? ta me ouvindo? – enquanto ela se perdia em pensamentos Louis entrou e sentou ao seu lado pousando uma mão em sua coxa descoberta na tentativa de ganhar a atenção – Eu só vou tomar um banho e já venho te fazer companhia ok? Você tá tristinha desde ontem e eu não tô gostando nada de te ver assim.
– Aceito a companhia se você trouxer aquele sorvete que está na geladeira quando vier – ela sorri arteira enquanto ele se levanta indo em direção ao banheiro e tirando as peças de roupa, mas franziu o cenho ao notar que estava encarando o caminho por onde Louis passou e não sabe porquê sua atenção fixou nas costas bronzeadas já que nunca tinha notado nada tão interessante antes.
Quando o maior volta com o pote de sorvete nas mãos, sem camisa e com uma bermuda de tecido molinho cor creme Harry tem certeza que algo mudou em sua mente para fazer com que as pequenas gotas que escorriam pelo pescoço até o peitoral magrinho virassem o alvo da sua atenção. Louis, notando que a mais nova estava dispersa novamente, resolve que o toque manteria ela no mundo real e por isso sentou ao seu lado e colocou as pernas branquinhas por cima das dele enquanto segura as mãos delicadas e com as unhas recém feitas.
– Pode falar meu bem, o que houve? No que você tanto pensa? – questiona de forma suave.
– Eu não sei se eu deveria falar sabe.. pode ser que seja só um problema meu e não tenha solução, não quero te preocupar com besteira Lou – a manha aparente em sua forma de falar não deixa opção para os olhos azuis que não seja resolver o possível problema.
– Lembra que você pode conversar sobre qualquer coisa comigo? Pode confiar em mim Hazz e a gente vai tentar resolver juntos – garante de forma amorosa. 
– Certo, eu vou falar mas você não pode rir de mim ou achar besteira! –  condiciona e ele imediatamente assente com a cabeça – É que.. você lembra como eu era tímida na escola e me disse que não tinha que ter pressa para fazer o que todas as outras garotas estavam fazendo e não tinha nada errado com isso? – ele assente novamente – Então.. eu meio que estava esperando aparecer alguém que eu tivesse vontade de.. você sabe.. mas até agora não apareceu e- eu juro que eu não ligava pra isso, mas ontem quando a gente saiu e eu vi todo mundo nesse clima de pegação eu percebi que – ela se interrompe fungando um pouco.
– O que você percebeu princesa? – falou quase em um suspiro para não afetar ainda mais a menina. 
– Q-que talvez eu nunca conheça alguém que eu confie 100% para fazer essas coisas ou que me desperte algum interesse. Eu não sou burra, ta? Não é como se eu acreditasse em príncipe encantado, mas eu não quero que seja com qualquer um e.. e.. - ela estava tão ofegante e desesperada que começou a se embolar enquanto falava. Por isso toma uma respiração bem funda e aperta mais forte a mão de Louis – Eu só não quero ficar para trás, entende? 
Vendo que a irmã estava abalada e numa tentativa de confortá-la, já sabendo que a garota tinha seus discursos decorados e, provavelmente, não ajudariam nesse momento, Louis a puxa pelas mãos até que ela esteja sentada em seu colo com uma perna em cada lado do quadril. O abraço que ela recebeu foi tão forte e apertado que tirou um pouco sua respiração e foco, mas aproveitando que seu rosto estava no pescoço do outro e ele não podia lhe ver, a menina tomou aqueles famosos três segundos de coragem e lançou baixinho ao pé do ouvido: 
– Você pode me ajudar Lou?
– Como assim Hazz? Você quer que eu te apresente alguém ou algo assim? Porque eu não sei se me sinto confortá– ele se afastou tentando encará-la mas não teve sucesso ao que sentiu ser abraçado com mais força, ao ponto de que todos os seus membros se tocavam em algum ponto.
– Não.. não é isso – cada vez mais envergonhada, interrompeu – Eu sempre quis uma pessoa que eu confiasse e tivesse certeza que cuidaria bem de mim, sabe… E você é a pessoa que mais confio no mundo todinho Lou, você faria isso? Cuidaria de mim?
Sem reação e sem ter certeza do que aquilo significava, o garoto ficou sem palavras e aproveitando desse momento para esclarecer o que queria, Harry se mexeu de forma sutil no colo do rapaz. Ele ficou tenso imediatamente e com todas as células do corpo gritando em alerta.
Era isso mesmo que sua princesinha, a menina mais doce e tímida que ele conhece, deu a entender?
– Lou… por favor? Eu preciso de você.. E- eu só confio em você – sem dar chances para o mais velho pensar em muitas alternativas, ela rebola mais uma vez, sentindo agora a vergonha dar espaço para a adrenalina quando o tecido fino da bermuda do rapaz revela que ele estava confortavelmente sem nada por baixo. Seria estranho notar esse fato sobre o próprio irmão se ela já não estivesse tão envolvida que sentia os próprios biquinhos dos seios ficando duros e sensíveis. Louis também percebeu.
– Espera só um,  hm, um pouco – ofegante e sem conseguir focar em nada além da menina montada em seu colo, além das pontinhas duras que pareciam querer furar seu próprio peito ao que ela se esfregava mais e mais procurando contato – bebê? – conseguiu afastá-la um pouco – me fala o que exatamente você quer que eu faça? Eu vou tentar ajudar, ok? Eu vou sempre te ajudar.
– Você pode, hm, é.. – completamente corada das bochechas até o pescoço, tomou uma respiração profunda – você pode, por favor, me mostrar como funciona.. você sabe.. – o encarou com os olhos brilhando em expectativa.
– Eu ainda não entendi amor – tendo a confirmação que precisava e sentindo que a umidade vinda do shortinho da menina melava seu próprio pau, ele sorriu ladino – você pode fazer melhor que isso, não pode? 
– Você pode – tomou uma respiração profunda e o encarou por baixo dos cílios – me foder? – Louis arqueou uma sobrancelha com o tom de voz sussurrado e quase inaudível da garota – p- por favor? 
Ainda sem acreditar que sua irmãzinha estava lhe pedindo algo que ele nunca cogitou, Louis tomou uns segundos para apreciar e realmente notar como aquela criança que ele conhecia tinha virado uma mulher linda, cada dia mais alta, com a pele pálida macia, os peitos cheinhos que pareciam querer pular da peça fina que vestia, a bunda pequena redondinha que não conseguia parar de se mexer e, principalmente, a bucetinha molhada que agora ele conseguia sentir perfeitamente através dos shorts que ambos vestiam e que, como se tivessem sido feitos para isso, encaixou seu pau cada vez mais duro e molhado entre as dobrinhas.
É.. mesmo que ele nunca tivesse pensado em Harry dessa forma, ele ainda não conseguia negar nada que a mais nova pedisse com os olhinhos brilhantes e reboladas sutis em seu pau. Ele tinha um bom coração afinal. 
Por isso levantou com a menina em seu colo e a levou para seu quarto. Se iria fazer isso, tinha que ser direito. Assim que deitou ela na cama e lhe deu um beijo profundo, sentiu como se precisassem disso para sobreviver e após esse primeiro contato para confirmar o rumo que as coisas seguiriam, os beijos se tomaram um ritmo cada vez mais rápido, mais molhado, ofegante e parecia não ser o suficiente.
Louis aproveitou da pausa entre os beijos para passar a mão em todo o corpo estirado abaixo dele, era até poético como Harry parecia acabada com os lábios vermelhos inchados e molhados, a blusinha que usaria pra dormir já estava embolada acima do umbigo e os cabelos bagunçados previam como suas vidas ficariam após essa noite. Uma obra de arte divinamente obscena, ele diria. 
O coração quase falhou e o pau com certeza pulsou quando a menina ficou completamente nua e exposta para si. Os peitos grandinhos com os mamilos amarronzados balançavam e esbarravam em seu rosto a cada beijo depositado sobre o tronco da menina enquanto descia cada vez mais em direção a grutinha molhada que o dava água na boca só de pensar em ser o primeiro a tocar ali, o primeiro a sentir a textura e o gosto. 
– L-lou , hm.. tá muito quente aqui em baixo na minha florzinha – ela se mexe inconscientemente enquanto agarra os lençóis da cama na tentativa de manter sua sanidade mental com todas aquelas novas sensações tão boas – f-az alguma coisa, por favor – choramingou e se sentiu mais molhada do que pensou ser possível.
– Calma princesa – falou rouco, beijando agora a parte interna das coxas branquinhas. Ele conseguia ver a bocetinha gordinha e com pelinhos ralos toda lambuzada e estava se segurando para não enfiar o rosto e se perder naquele paraíso totalmente pecaminoso – você precisa ficar quietinha pra eu te ajudar tá bom? Senão a gente vai ter que parar por aqu–
– Não! Não Lou, por favor eu - hm- eu prometo que vou ficar quietinha. – falou desesperada e com os olhos brilhantes enquanto tentava realmente manter suas pernas paradas, coisa que ambos sabiam não ser possível já que a menina estava cada vez mais barulhenta e agitada com tamanho prazer apenas em receber beijinhos perto da área mais sensível que implorava pela atenção do mais velho.
Não querendo mais maltratar a mais nova e tendo em vista que sua ereção estava dolorida e completamente ansiosa para se aquecer em lugar mais aconchegante do que a bermuda que ele ainda vestia, Louis deixou acumular saliva na ponta da língua e a passou de baixo para cima por toda a grutinha da garota.
– Oh porra! Louis! – o gemido saiu quase como um grito dos lábios cheinhos e ela estremeceu com a sensação que mal conheceu e já não podia se imaginar sem – f-faz de novo, por favor.. por favor – a garota implorava entre sussurros parecendo estar em transe.
Com a visão da garota se perdendo nas sensações que só ele proporciona, o maior rosnou e caiu de boca, deixando tudo o mais molhado possível e fazendo uma bagunça por todo o seu rosto. Não que ele se importasse com isso no momento. O garoto chupou tudo o que podia, enfiou a pontinha da língua na entrada molhadinha para ver qual seria a reação da menina e não deu tanto foco ao clitoris no intuito de fazer com que a cacheada tivesse uma bela surpresa depois.
Ao ver que a menina era só gemidos e estava mais que envolvida pelo momento, já sem muita paciência para esperar, Louis parou de chupá-la e antes que ela tomasse fôlego para protestar, ele já estava enfiando a língua em sua boca com o pretexto de dividir todo o melzinho com a dona dele. Harry ficou tão obcecada tentando definir o gosto que tinha enquanto aproveitava do que podia sentir pela boca do outro,  que não percebeu que o menor tinha conseguido, finalmente, tirar a bermuda e estava totalmente pelado em cima dela.
Quando sentiu o membro pesado, gordo e quente tocar a pele da sua barriga ela ofegou alto e não resistiu em olhar para baixo. A cabecinha vermelha por estar segurando o tesão por tanto tempo deixou escapar uma gota transparente de pré gozo e a menina sentiu a boca aguar com o interesse em descobrir se o gosto seria suave como seu melzinho ou mais salgado e quem sabe até amargo. Mas antes de ter a oportunidade de fazer qualquer coisa, estremeceu quando o mais velho segurou a própria base e arrastou bem devagar a ereção pelo clitoris inchado e vermelhinho.
– Lou!! Eu preciso.. mais.. eu preciso de mais – uma lágrima solitária escapou dos olhos verdes enquanto implorava. 
– Oh porra, hm, ok.. – respirou fundo tentando não gozar só de ouvir a irmãzinha implorando para ser fodida – você precisa relaxar, princesa, eu não quero te machucar.
– Vai doer muito? – arregalou os olhos e fez um biquinho manhoso – não, por favor, eu não quero sentir dor Lou.
– Eu vou colocar só a cabecinha bem devagar tá? – falou baixinho já direcionando o pau na entrada da menina que se apertava em nervosismo.
– T- ah! – se engasgou quando sentiu uma pressão no seu centro como se tivesse sendo rasgada e olhou em pânico pro irmão que parecia estar se segurando muito para não meter tudo de vez e acabar com essa tortura.
– Shh.. boneca, já vai passar tá? – assegurou dando beijinhos por todo o rosto corado.
Quando sentiu a resistência diminuir e a respiração da garota ficar mais pesada, ele passou a se mover tentando colocar, aos poucos e com calma, mais da sua extensão para dentro da entrada apertada e molhadinha. Louis ficou tão vidrado na sensação quente e sufocante no seu pau que só percebeu estar socando todo ele quando ouviu Harry gritar com a voz falha e rouca.
Por sorte a mais nova parecia reconhecer o prazer além da dor de ser invadida pela primeira vez e já amava se sentir preenchida totalmente pelo pau grosso e quente do irmão.
– Vem aqui boneca, quero te mostrar uma coisa – e como se ela fosse mesmo uma bonequinha fácil de manusear, Louis deitou na cama e colocou a menina agora sentada em seu colo. Porém, apesar de ter saído de dentro dela há poucos segundos, não deixaram de gemer novamente com o aperto ao que Harry desceu devagar pelo membro.
Ele a ajeitou em cima do seu quadril de forma que quando ela se movesse o clitoris iria entrar em atrito com a parte de cima da virilha do mais velho. De fato, Harry sentiu seu interior querer explodir e paralisar ao mesmo tempo quando testou rebolar de trás para frente. A sensação de roçar aquele pontinho mágico era quase indescritível e como a pequena insaciável que descobriu ser, não demorou para achar seu próprio ritmo e levar o garoto abaixo de si à loucura.
Louis chegou a conclusão que se ia pro inferno por estar desvirtuando a sua princesinha, então aquela vista que tinha agora definitivamente valia a pena. Deitado, conseguia ver os peitos pulando pesados enquanto intercalava em chupar um de cada vez e se contentava com as marquinhas que apareciam ali, bem como o rosto antes angelical e fofo, mas que agora exalava luxúria jogando a cabeça para trás com a boca aberta sem conseguir formular o gemido enquanto usa o corpo sob o seu para buscar o próprio prazer.
Louis definitivamente não ficaria chateado se Harry simplesmente montasse nele e o usasse como um brinquedinho para gozar sempre que quisesse. 
– E-eu acho que – respirava ofegante e tentava formular frases sem ser interrompida pelos gemidos manhosos, sem muito sucesso – Louis! Eu tô sentindo uma c-cois , ah, e-eu acho que-
O mais velho já sabendo que o orgasmo dela se aproximava e por não estar em uma situação diferente, usou uma das mãos para agarrar o quadril e com a outra espalmou e apertou a bunda ja vermelha pelo atrito causado cada vez que as bolas pesadas e cheias batiam ali, e ajudou a menina a rebolar cada vez mais rápido. Antes que pudesse ao menos tentar terminar a frase, Harry sentiu sua florzinha esquentar e um choque se espalhar por todo seu corpo.
– Louis! – talvez os novos vizinhos da garota não gostem tanto assim da sua mudança depois de ouvi-la gemer estridente.
Dos dedos dos pés curvados até os cabelos que foram puxados enquanto ela tremia em espasmos em cima de Louis, tal visão foi o gatilho para o maior sentir seu orgasmo mais forte enquanto abraçava o tronco da garota e enfiava mais da sua extensão na bocetinha como se pudessem se fundir em um só corpo. 
Após o que podia ter sido horas ou só alguns minutos ao passo que os dois desciam do ápice sentindo os efeitos do relaxamento que só um orgasmo pode proporcionar, Harry, ainda preenchida pela ereção que se recusava a amolecer e deixar todo o leitinho vazar pelas coxas, levanta o tronco para encarar o homem que fez toda a espera valer a pena.
– Obrigada Lou – como num passe de mágica, a face tímida está de volta e ela lhe dá um selinho como agradecimento – Eu não quero que você saia de mim nunca mais.. promete? – e lá estavam os olhos pidões e brilhantes que impedia Louis de negar.
Ele tinha um bom coração afinal. 
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hawkjames · 4 months
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electric touch.
Cause getting over you was the hardest thing I ever had to do. Por algum motivo, de tudo que foi falado, essa frase, dita ainda na festa, não descolou da mente de James depois que ele saiu da MoonPie, a confeitaria de Augustine. Um mundo novo tinha sido descortinado a partir daquele dia, da ciência disso, quase como se tivesse saído da caverna de Platão e pudesse, agora, enxergar a realidade como ela é. Contudo, por mais poderosa que tenha sido a experiência, a briga que teve com a esposa no hotel não foi uma batalha fácil de travar, Betty tomando a ausência dele como se fosse uma desfeita ao que ela vinha pedindo, aos seus anseios, aos planos de formar uma família. E, mesmo nesse momento, ela não parecia insegura, sustentava uma certeza de que James inevitavelmente chegaria a uma decisão sensata, o que era ao mesmo tempo desconcertante e sedutor. No dia seguinte, depois de terem dormido de costas um para o outro, ele anunciou que não voltaria com ela para NY, que ficaria para visitar seu pai no rancho, e Betty não resistiu. Fez as malas e pediu que ele a levasse até o local onde sairia o ônibus, só isso. Com as mãos nos bolsos, desconfortável, James a observou subir no veículo, o lenço quase ficando para trás, levado pelo vento, até a mão de Betty agarrá-lo lá de dentro em resgate, mais uma vez, firme e segura. Foi, então, que sentiu culpa dentro daquela nova realidade. Tinha beijado Augustine durante a madrugada. Tinha se livrado de Betty. Betty, que só queria uma família, nada mais. James deixou o carro na praça principal e deixou seus pés o levarem onde desejavam. Com os AirPods nos ouvidos, só parou de caminhar quando chegou na sua velha casa. Impossível esconder a tristeza ao ver o imóvel tão abandonado, como se fosse uma casa mal assombrada de um filme barato. Sem coragem de continuar, ele se sentou nas escadas da varanda e pegou o celular, digitando sem muito pensar.
[JAMES] to [DREW 2]: do you believe time can heal all wounds?
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idollete · 2 months
Note
diva, como vc acha q deve ser a leitora brasileira fazendo parte do cast durante a copa de 2022? mais especificamente durante o jogo cujo não falamos sobre (brasil X croácia)
mei deus o inominável foi mencionado 🖐🏻
começando dos mais fáceis
enzo e della corte - por motivos óbvios - não encheriam o saco da leitora e nem estariam se importando muito, na vdd, o agus iria consolar, dar um abraço bem apertado e dizer que daqui 4 anos eles tentam de novo. o enzo seria meio indiferente a todo o clima, mas daria um beijo no topo da cabeça da leitora e quando os meninos mais novos e argentinos provocassem, ele ia sussurrar um "não liga pra eles, chiquita"
pipe: ativou o modo adolescente atribulado desde o primeiro tempo, não deixa a leitora em paz nem por um segundo e fica zoando a cada erro que um jogador comete. enche o saco mesmo, pega pesado e no final ainda tem a coragem de dizer "viu, se torcesse pra argentina não tava passando por isso" e ainda pirraça a leitora junto com os outros
fernando contigiani: também vai pirraçar, é mais leve tho, mas quando percebe que ela tá triste de verdade ele muda completamente, vai dar um abraço também, dizer que sente muito e dizer que o brasil até que jogou um pouquinho bem (é mentira e ele não acredita nisso) e não deixa ngm além dele pirraçar ela
matías: fica cheio de gracinha também, nem é pela rivalidade em campo, é só porque ele é atentado mesmo, gosta de irritar por qualquer coisa. mas quando percebe que a leitora ficou puta e chateada de verdade, ele vai todo murcho, com o rabinho entre as pernas, perguntando se tá tudo bem e se ela quer um beijinho
fran: não poderia ligar menos, não torce, não vibra, mas assiste o jogo inteiro com ela, vai ficar chateado pela chateação dela também e vai ficar abraçado até a tristeza passar
simón: vai provocar? vai. torce contra? torce. esculacha o brasil? esculacha. mas no final ele fica meio sem graça pela tristeza da leitora, vai chegar perto dela coçando a nuca (morrendo de medo de lavar uma tapa pq sabe que ela é capaz) e dizer "é.......pelo menos não foi contra a argentina, né.........." achando que tá ABALANDO
esteban: fica genuinamente com pena da leitora, vai ficar triste com ela e não vai gostar quando os outros meninos pirraçam, vai dar uma "dura" neles e pedir pra pararem. no fim do jogo, faz um cafuné na leitora, mas não comenta nada, só fica lá com ela fazendo companhia
agustín pardella: ele também não liga muito, não viu. nem prestou atenção no jogo direito, mas ficou do lado da leitora fazendo companhia, só prestava atenção quando tomava susto com os gritos e palavrões em português que ela soltava. no final, ele suspira e diz "quer fumar um pra esquecer disso?"
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rotativa-mente · 7 months
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De repente o meu mundo simplesmente parou. Desânimo, tristeza, ansiedade, solidão. Por um instante eu me perdi em meio a tudo e só queria fazer tudo isso sumir.
Eu chorei, pedi ajuda, disse que sozinha não consigo. Estou sem forças pra me levantar. Mas ninguém me ouviu, ninguém quis me ajudar e cá estou eu. Destruída em todas versões possíveis e tendo que achar um motivo pra me agarrar e tentar me levantar. Mas a real verdade é que eu não consigo mais, não sozinha. A verdade é que eu preciso de ajuda, mas ninguém pode e nem vai me ouvir.
Eu não consigo mais…
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butvega · 8 months
Note
Veguinha, como você acha que os dreamies reagiriam se pensassem que você se arrependeu depois de ficarem/dormirem juntos pela primeira vez? Tipo você dá uma sumida por algum outro motivo e eles pensam que é porque você se arrependeu.
♡ dreamies achando que você se arrependeu da noite de vocês.
Tumblr media
contexto: vocês ficavam, já estavam se gostando bastante e em um caminho para namorarem. tem a primeira noite de vocês juntos, e depois que ele te deixa em casa, você não responde mais as mensagens dele.
Mark: ele ficaria arrasado. Teria dado o máximo de si na noite de vocês dois, e teria sido gostoso demais para ele. Quando ele te manda mensagem perguntando como você está, dizendo que amou a noite, e que 'tá gostando demais de você; você não o responde. Seu celular havia descarregado, e pelo cansaço não colocou para carregar.
No dia seguinte correu para faculdade, ainda sem celular, enquanto Mark se martirizava procurando mentalmente qual teria sido seu erro durante a transa. Teria te machucado? Falado algo? Mas quando você manda mensagem explicando a situação ele se tranquiliza, e até ri de si mesmo.
Renjun: iria mascarar a tristeza com a raiva. Depois de um encontro de vocês, acabaria rolando no seu apartamento mesmo. Havia sido ótimo para Renjun, logo, ele imaginava que para você também. No dia seguinte te manda uma mensagem carinhosa a chamando para se encontrarem de novo, mas você não responde. Durante o dia inteiro havia sido ignorado.
O rendimento no treino não foi bom, e nem nas gravações, porque ele a todo momento pegava o celular para ver se havia alguma mensagem sua. Nada. Quando você explica que ficou sem Internet em casa, ele concorda meio receoso, mas só estava inseguro mesmo.
Jeno: pecado fazer isso. Jeno é tímido, e carinhoso. Mandar as mensagens que ele mandou no pós sexo havia sido um sufoco. Dissertou sobre o quanto foi gostoso, e o quanto você fez bem. Esperava elogios de volta, mas recebeu silêncio.
Jeno ficaria magoado, demoraria um pouco a te responder também depois que você explicasse que não carregou o celular durante a noite.
Jaemin: ele vai fingir que não vai ligar. Na realidade, fingir não, ele realmente não vai ligar. Claro que ele vai se perguntar se fez algo de errado, afinal, ele ficaria horas falando com você de tão bobinho que ele ficou no pós transa.
Mas ele confia no próprio taco, vai imaginar milhares de possibilidades antes de pensar que você possa não ter gostado do momento de vocês. Depois de você avisar que ficou presa no trabalho, sem poder mexer no celular, ele vai suspirar aliviado, e já marcar a próxima.
Haechan: nossa, o mundo acabaria. Você pegaria o celular e teria umas cem mensagem que iriam de 0 à 1000.
— "tô doido p te ver dnv... foi tão gostoso, foi mt bom p mim. foi bom p vc?"
— "oiii, tô no ensaio, tá fazendo oq?"
E nas últimas, já estaria apelando:
— "eu fiz algo errado? sério, me responde, pf, eu tô todo ansioso, faz isso cmg n neguinha"
Quando você finalmente responde, explicando que sua mãe havia te deixado de castigo, ele suspira aliviado, pensando que não havia feito nada errado.
Chenle: pós transa, ele faria questão de te mandar flores e chocolate no dia seguinte. Não te mandaria mensagem, aguardaria você dissertar sobre os presentes que ele mandou. Quando você não fala nada, ele se sente acuado, pensando que você possa além de não ter gostado dos presentes, não ter gostado do sexo em si.
Quando você aparece na porta da casa dele explicando que seu celular quebrou, ele te puxa para dentro, te beija, e acabam tendo a segunda vez. No dia seguinte, um novo presente: desta vez um celular com o número dele já salvo.
Jisung: responde não pra ver! Capaz do menino chorar. Pra ele a noite teria sido tão bonita, tão mágica, tão gostosa... Ele te encheria de mensagens. Quando você demorou a responder, ele pediu conselhos à Jaemin, que disse para Jisung esperar mais um pouco. Nada. Jisung aparece na porta da sua cara com uma carinha de cachorro que caiu da mudança.
Você havia acabado de chegar da faculdade, e pede mil desculpas por tê-lo ignorado durante o dia inteiro. Erro seu.
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madorosenpai · 2 months
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Dia dos Namorados
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Summary: Não obstante, todos estavam bastante animados com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Notes: Apenas uma ideia que surgiu enquanto eu olhava algumas fan arts. Era pra esta fanfic ter sido postada no dia 14 de fevereiro porque como o próprio título aponta, seria o Dia dos Namorados. Eu sei que atrasei um tantinho, mas para todos os efeitos, vamos fingir que essa história foi postada no dia 14/02, sim?
Bom, sem mais delongas, boa leitura!
~*~
O clima não podia ser mais romântico na Easton. Com a chegada do Dia dos Namorados, todos os jovens estudantes estavam com os hormônios à flor da pele. Enquanto alguns criavam a coragem dentro de si para se declararem, outros ficavam na expectativa de terem seus sentimentos correspondidos. Não obstante, todos estavam bastante animados, com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Todo ano era a mesma coisa: tornava a se recordar do final trágico que teve sua mãe, o dia em que teve sua vida covardemente tirada pelas mãos de um necessitado faminto.
- No fim das contas eu também sou um fraco, afinal não pude salvar você... – Suspirou o albino em desolação ao encarar a pequena boneca que segurava em seus braços. Tudo o que mais desejava no momento era que o fatídico dia terminasse tão rápido quanto sua chegada.
- Seria incômodo eu te acompanhar em meio à melancolia? – Ao ouvir a pergunta, teve seu fluxo de pensamentos interrompido e virou-se para encarar o dono da voz.
Abyss esbanjava um sorriso terno em seu rosto enquanto aguardava a resposta de Abel à sua indagação, que não tardou a vir. A partir de um leve aceno do albino, o azulado teve sua confirmação e foi se aproximando timidamente do marionetista. Suas mãos pareciam esconder algo em suas costas.
- Sei bem como é. Certos acontecimentos nos fazem questionar a razão de nossa existência e o nosso valor como humanos. Será que vale à pena continuar vivendo? Eu honestamente acreditava que não até ter conhecido você...
Abel se sobressaltou com essa confissão. Sempre considerara o que fizera pelos integrantes do Magia Lupus o mínimo. Então, a sinceridade de Abyss aquecera seu coração. Era uma sensação aconchegante e acolhedora, que há muito não sentira e sequer cogitava fazer tanta falta a si. O azulado prosseguiu:
- Você não só me deu motivos para continuar existindo, como também me fez experimentar o que realmente significa estar vivo. Tudo pode ter começado como uma causa na nossa irmandade, mas é justamente ela que nos une como uma verdadeira família e por mais que tenhamos perdido a batalha, nada foi em vão. Quero que continuemos sendo uma família e que pudesse contar mais comigo nos momentos de vulnerabilidade... – Um rubor se instalou nas faces de ambos após proferir essas palavras.
- Somos humanos, Abel, temos nossos momentos de fragilidade e nada me dói mais do que não conseguir fazer nada a respeito. Não sou capaz de desfazer o ocorrido ou modificar suas memórias, mas ao menos, permita que eu seja seu esteio e a sua fonte de esperança inesgotável. – Após essa declaração, as mãos de Abyss deixaram suas costas revelando o que estivera escondendo até o presente momento: uma caixa de chocolates em formato de coração. Ao abri-la os inúmeros chocolates em formato de boneca contidos em seu interior foram revelados.
- Feliz Dia dos Namorados. – Disse enquanto levava uma boneca de chocolate até sua boca, deixando-a levemente presa aos seus lábios enquanto fechava seus olhos num convite discreto a um beijo.
Após captar a indireta lançada a si, os instintos mais primitivos de Abel pareceram despertar e não tardara a consumar aquele ato tão aguardado por ambos. No instante seguinte, seus lábios selaram-se levemente aos do azulado dando início a um beijo calmo, porém igualmente inebriante e repleto de significado. Todas as suas tristezas, medos, inseguranças e desabafos foram colocadas ali, abrindo espaço para que um novo e puro sentimento os preenchessem. 
Talvez o Dia dos Namorados não precisasse ser tão ruim assim. Enquanto tivessem um ao outro, não havia nada que não pudessem superar juntos.
~*~
Notes: Por mais que Abyss e Abel não sejam um casal canônico na obra original, a dinâmica existente entre os dois é tão maravilhosamente encantadora, que abre espaço para imaginarmos tantas possibilidades de cenários e interações entre eles.
Edit: @meinoart, sorry! I didn´t give the proper credits before! Dx
Found it on Pixiv quite sometime ago and didn´t remember the name of the artist, so I just put #credit to artist in the tags. I hope it´s not too late to give proper credits
Also, my other fanfics follow the same pattern. I´ll look again for the names of the artists and update the tags and the credits.
I´m really sorry :(
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ga-psicanalisando · 2 months
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Tenho comigo que ser humano é ser exatamente a medida da sua consciência. Porque é na medida da consciência, através da sua percepção sobre o mundo, sobre si e as outras pessoas é o que vai ditar até onde você consegue ir, o céu não é o limite, mas sua consciência sim. A maioria das pessoas agem como o restante da outra maioria, porque nossa cultura é construir indivíduos que sejam extensão dos pais, não indivíduos autênticos, construir indivíduos que se sintam mais seguros trabalhando para segundos, não autônomos. Vi esses dias uma frase falando sobre pessoas menos capacitadas ocupando lugares que nós deveríamos estar; isso é muito verdade, porque independente dessas pessoas serem o que são, elas pularam para fora da caixa (falo principalmente das que vieram de baixo), você olha e acha que ela não deveria estar lá, que não merece ou não sabe valorizar o que tem, mas você esteve arriscando em algum negócio ?, esteve planejando um breve ou futuro investimento ?, esteve investindo na sua auto realização usando o que está no seu alcance ?. Por um lado, você pode ser alguém que o contexto familiar te impede de pensar assim ou ter essa iniciativa, principalmente se você está enxergando o mundo com os olhos que seus familiares e/ou amigos te alienaram para ver; ou você está em uma fase onde só tem tempo para lutar pela sobrevivência e mantimentos básicos, o que de alguma forma te tira o ânimo para certas coisas, te coloca em procrastinação sobre coisas importantes ou impactos como esses que tem a síndrome de Burnout como fim, entre outros. Existem muitas realidades distintas e quero deixar claro que considero cada uma delas e seus desafios particulares, contando não apenas com meus estudos e observações, mas com o lembrete de que também sou humano e já passei, como também passo por desafios semelhantes. Meu objetivo é ressaltar que a mínima oportunidade que você tiver de investir na sua meta de vida, no seu sonho, naquilo que é importante para você, seja qual for o nome que você dá, sendo sua auto realização, invista nisso, se sua família tem uma cultura, estilo de vida, crenças que você não se enquadra e a única saída aparente é seguir os mesmos passos, tenha em mente como meta não se permitir permanecer nisso toda sua vida, quando você estabelecer um pulo, um investimento, um objetivo, algo que realmente prende uma corda no que você quer até às suas mãos, não vai ser fácil, mas você vai pensar que essa corda é viva, vai ser como uma força, um ímã que te puxa, te inspira, te dá idéias, te provoca a querer ir além das comparações, além da procrastinação, além da melancolia, além da tristeza, além da frustração, e além de muito mais se você dispuser sua consciência para experimentar e vivenciar disso.
Porém, também sei que, por vezes não é fácil fazer por nós mesmos, dar o primeiro passo nem sempre envolve uma opção como "eu quero ir", "eu quero ficar", mas envolve que uma mão te puxe, alimente sua mente, sua vitalidade, suas razões e seus motivos para se mover, senão, você continuará ali, vivenciei isso que estou falando, compreendo se você estiver lendo isso agora e estiver assim. Por isso me lancei naquilo que estava ao meu alcance e poderia me ajudar a chegar em pessoas sem força; com força mas sem autoestima; com autoestima mas ansiosas; não ansiosas mas depressivas; ansiosas e depressivas; daí em diante. Resolvi ser a voz que grita e faz ecoar pelos corredores da vida e os muros dos labirintos da vida: VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ !
✨Faça seu agendamento✨
[Me chame com #SOS se precisar conversar urgentemente]
Fale comigo:(21)97038-9124
Valor social🏳️
Primeira sessão por conta da casa🤍
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1dpreferencesbr · 9 months
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Imagine com Louis Tomlinson
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How can I be in love like this?
n/a: Mais um imagine com nosso Tommo! Muito obrigado Anon pelo pedido! Adorei demais fazer ele! 💕
Diálogos: Por que você tem uma foto minha? / Não sabia que você usava óculos
Lista de diálogos Masterlist
Contagem de palavras: 1,766
— Bom dia, linda. — Falei sorrindo para a imagem em minha tela. Uma S/N sonolenta estica o corpo por baixo do edredom. 
— Bom dia. — Disse com a voz arrastada, o sotaque ainda presente deixando-a ainda mais fofa. — Você dormiu bem?
— Muito, e você? 
— Quase não dormi. — Fecha os olhos lentamente, ainda tomada pelo sono. — Estou muito ansiosa pela viagem. 
— Amanhã nessa hora você estará em solo inglês! — Brinco, arrancando um sorriso da boca bonita. 
— Finalmente. 
— Queria poder mudar a minha agenda para te ver. — Finjo tristeza. S/N desmancha um pouco o sorriso, o que me dá vontade de contar toda a verdade. Mas não, vou me segurar e manter a surpresa que preparei. 
Depois de mais alguns minutos conversando, a brasileira se despediu. Ela precisava se arrumar para ir para o aeroporto e embarcar em sua viagem dos sonhos. 
Conheci S/N durante uma madrugada, pagando um desafio de um jogo idiota. Mesmo completamente bêbado, senti o coração parar ao ver a garota linda no outro lado da tela. Depois daquilo, passei madrugadas inteiras tentando encontrá-la naquele mesmo site de estrangeiros, até finalmente dar de cara com o sorriso que desgraçou o meu coração. 
As horas parecem minutos durante a nossa conversa, e fiquei muito mais do que aliviado quando ela concordou em passar seu número de telefone. 
S/N usava o site para exercitar seu inglês, se preparando para a viagem até a Inglaterra. Depois de alguns dias, praticamente grudados ao telefone, ela admitiu que já me conhecia e que era fã da minha música. Um sentimento de orgulho preencheu todo o meu corpo. Aquela garota me conhecia, gostava do meu trabalho. Mas conversava comigo como um velho amigo. Ela conversava com o Louis pessoa, e não o cantor. 
S/N tinha pouco mais de dez dias na Inglaterra antes de seguir para os EUA, onde ficaria por mais uma semana. Era um espaço curto de tempo, e se ela deixasse, gostaria de ficar cada segundo grudado a ela. 
Foi como voltar à adolescência. Sorrir para a tela de um celular, ficar feliz com mensagens de bom dia e boa noite, qualquer migalha de atenção que ela me desse era motivo para fazer o meu dia se tornar muito melhor. Ela era a primeira coisa em que pensava ao abrir os olhos, e a última antes de adormecer. 
Já tinha escutado todo tipo de piada sobre estar apaixonado por alguém que sequer havia visto pessoalmente. Tentei negar muitas vezes. Mas já estava fodido. Completamente de quatro por alguém que só conhecia pelo telefone. 
O dia se arrastou como se não tivesse fim. Dentro de um quarto de hotel, esperando a mensagem que me avisasse que ela tinha chegado. 
Não sei quantos círculos fiz pelo tapete, andando de um lado para o outro. 
Fiquei mais calmo ao receber uma foto dela, jogada na cama do hotel e com um sorriso gigantesco nos lábios. Precisei me segurar para não ir até lá. Já havia ficado em um hotel diferente exatamente porque sabia que não conseguiria me manter longe por muito tempo. 
Conversamos por algumas horas, até que ela pegasse no sono pelo cansaço da viagem. 
Quase não dormi. A ansiedade me deixando quase desesperado, inquieto demais para conseguir fechar os olhos e pegar no sono. 
E se ela não gostasse de me ver do nada? 
Se ficasse incomodada por eu aparecer sem um aviso?
E se eu não for o que ela espera? 
Okay, está na hora. 
Respira, Louis. Vai dar certo. Você vai ver a sua amiga e vai dar tudo certo. Ela vai ficar feliz, você vai ficar feliz e finalmente depois de quase um ano, vai apertar muito essa garota nos seus braços. 
Recebi uma foto dela em frente ao London Eye. Sabia que ela estaria por lá, sabia todo o cronograma da viagem minuciosamente planejado pela garota. 
Meu coração deu um salto gigantesco quando de longe reconheci a garota pequena. Como uma típica turista, S/N fotografava tudo que via, sorria de orelha a orelha. 
Muito mais linda do que minha mente ousou imaginar. Dentro de um casaco preto, botas de frio e um conjunto de gorro e cachecol rosa clarinho. Diferente de todas as fotos que me mandou e as chamadas de vídeo, em seu rosto havia um óculos. A armação preta e delicada ornando perfeitamente com ela. 
Tirei o celular do bolso, digitando rápido as palavras que denunciariam a minha presença. 
“Não sabia que você usava óculos” 
Vi a expressão de confusão tomar seu rosto, os olhos arregalando por trás das lentes. A garota virou a cabeça para os dois lados, até finalmente me encontrar. Parado, congelado há apenas alguns passos. Um sorriso enorme se abriu e eu abri os braços. 
Como nos meus sonhos, S/N correu em minha direção. Sem ligar para quem estivesse nos vendo e comentando ela se jogou nos meus braços. 
A apertei contra mim com força. Inalando pela primeira vez o cheiro maravilhoso que emanava do cabelo. Era surreal. 
— Ai meu deus. — Ela sussurrou diversas vezes, me segurando com força. Talvez sentindo medo que o sonho acabasse, assim como eu. 
— Me deixa te ver. — Sussurrei, com dificuldade pelo coração que batia forte demais. Afastei o tronco o suficiente para observar seu rosto, ainda sentindo seus braços rodeando a minha cintura. — Meu deus, como você é linda. — Um tom rosado tomou suas bochechas, ficando ainda mais fofa. 
— Não acredito que você realmente está aqui. — Confessa. 
— Surpresa! — A abracei mais um pouco. — Não achou mesmo que estaria tanto tempo por perto e eu não viria te ver, achou? 
— Eu não queria atrapalhar a sua agenda, sei que é concorrida. 
— Ela está livre para você. Por toda a viagem. — Admito. 
— Está falando sério? — Sua animação me contagia e eu assinto com a cabeça. — Meu deus! — Sem se segurar, ela pula em mim mais uma vez, agora passando os braços pelo meu pescoço. Preciso me curvar pela diferença de altura, mas, porra, ficaria a minha vida inteira assim. 
Eu realmente estou fodido. Se antes estava apaixonado, agora estou completamente obcecado por essa garota. 
É como o paraíso. Como um sonho que eu não quero acordar nunca mais. 
S/N sorri enquanto fala, move as mãos com frequência, sua risada me contagia e sinto que posso ter um ataque cardíaco cada vez que ela me olha. 
Três dias se passaram como três minutos. Ficamos grudados a maior parte do tempo, nos encontrando cedo para visitar o maior número de lugares possíveis e finalizando o dia no Lobby de seu hotel quase de madrugada. 
— Quer comer alguma coisa? — Pergunto quando o sol já se foi, dando lugar à lua, iluminando o rosto da minha garota com a luz fria. 
— Quero. — Ela sorri. 
Estamos lado a lado, esperando pelo jantar. S/N observa as pessoas caminhando lá fora pela janela quando seu celular vibra em cima da mesa. A tela se acende revelando uma das minhas fotos logo após acordar como fundo. Sorrio como um idiota. 
— Por que tem uma foto minha? — Pergunto, fazendo-a me olhar com as sobrancelhas franzidas. Aperto o botão de power do aparelho, me fazendo aparecer mais uma vez. O vermelho toma o rosto dela todo de uma vez. 
— Eu… — Ela fecha os olhos e suspira. Sussurra uma palavra em português que eu imagino ser um palavrão. 
— Você não precisa ficar com vergonha por isso. — Provoco, deixando-a ainda mais vermelha. Tiro meu próprio celular no bolso, mostrando a ela a minha foto de fundo. Ela, parada em frente à London Eye, logo antes do nosso encontro. 
A comida chega, e pela primeira vez estamos em silêncio. S/N empurra as almôndegas em seu prato com o garfo, perdida em seus pensamentos. 
É agora. 
Por favor, que ela sinta o mesmo. 
— Você tem alguém no Brasil?
— Alguém? — Ela leva um pouco de macarrão à boca. 
— É… um namorado, amigo colorida… essas coisas. 
— Eu tinha, mas acabou quando… — As palavras morrem, me deixando ainda mais nervoso. 
— Quando? — Incentivo . 
— Quando começamos a conversar. — Suspira. — É vergonhoso, mas ele me fez escolher entre vocês dois. 
— E você me escolheu? — Ela assente. 
Porra. 
SIM. SIM. SIM. SIM. SIM.
Fogos de artifício estouram em minha mente no mesmo ritmo desgovernado do meu coração. 
O silêncio volta. 
Faz alguma coisa, cara! Porra. Descongela! 
— S/A. — Sussurro o apelido que ela precisou repetir pelo menos dez vezes até que eu pronunciasse certo. Ela me encara, os lábios avermelhados entreabertos, os olhos fixos em mim. Ela está sem os óculos, optou pelas lentes hoje, me deixando encarar as duas joias que mexem comigo de forma descomunal. 
Não posso mais esperar. Por todos esses dias, sua presença foi o suficiente, mas não hoje, não agora. 
Engulo a saliva que se acumula e umedeço os lábios. Me aproximo devagarzinho, captando cada reação. S/N descia os olhos dos meus para a minha boca. Seguro uma das bochechas com a minha mão trêmula e ela prende a respiração. A brasileira fecha os olhos em antecipação. É isso, ela também quer. 
Um raio me atinge em cheio quando finalmente toco os lábios cheios. Aproveito a sensação, tento controlar o meu coração. Sinto o tecido da minha camiseta ser levemente puxado e um suspiro escapa dela. Sorrio. Porra, é melhor do que em sonho. 
Empurro a língua contra sua boca, e se não estivesse sentado minhas pernas com certeza cederiam agora. 
É tudo perfeito, como se essa boca fosse feita para beijar a minha. Passo o braço livre em sua cintura, puxando-a para mais perto. Sua língua envolve a minha, explora. Ela morde e suga meu lábio inferior. Porra, nenhum beijo nunca encaixou dessa forma. Posso beijar essa mulher o resto da vida que não vou me cansar nunca.  
Meu peito arde com a falta de ar. Deixo um monte de beijinhos por sua boca, sentindo-a sorrir contra mim, me obrigando a sorrir também. Acaricio seu nariz com o meu, S/N ainda está com os olhos fechados.
— Estou apaixonado por você. — Sussurro a confissão. — É loucura, mas eu estou. E muito. — A garota afasta o rosto, me encarando com os olhos arregalados. 
— É loucura mesmo. — Ela suspira e o meu coração afunda. — Mas… Acho que estou ficando louca. — Sorri. — Também estou apaixonada por você, Louis, muito.
O mundo pode desabar agora que eu vou seguir feliz. Grudo minha boca na sua em um beijo de comemoração, fazendo-a soltar uma risadinha. 
Vai ser difícil, eu sei que vai. S/N ainda mora um oceano de distância. Mas eu vou dar um jeito nisso. Nós vamos dar. 
Sou louco por essa mulher e vou até o fim do mundo se for necessário.
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macsoul · 10 months
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Entre a loucura e a tristeza
Prefiro ser uma louca que acha graça do que mais ninguém vê do que deixar a tristeza levar tudo de mim.
Ela continua aqui, sombreando toda a minha vida, sabotando todas as minhas chances, matando minhas capacidades e drenando minha vida, mas estou exausta de tanto pesar, tão exausta que chega a dar raiva de ter que carregar tanta tristeza sem poder me livrar, por vezes tenho que me render a ela tamanho é seu peso, mas me viro pro outro lado de mim e tem uma louca que rir enquanto chora e se nega a se entregar a algo tão vazio e sem propósito digno, pois que propósito há em morrer de tristeza?
Porque sinto que se me demorar nela cederei e morrerei como uma tentativa de salvar a mim mesma, de arrancar tamanha tristeza de mim, porque sinto que sou mais que isso, mas por causa disso não consigo ser toda eu, ainda assim recuso-me a morrer por mãos tão frias, é por muito pouco, mas ainda resisto, rezando para que essa louca tome conta de mim e corte com risadas a sombra que me cega, ainda sinto uma vontade imensa de ser inocente de novo, aquela inocência que faz uma criança ser feliz sem nenhum motivo aparente, no fundo eu só quero ser forte o suficiente pra não me render ao que me mata e corajosa o suficiente para ser a louca adorável que mora em mim e insiste para eu não desistir, nem dela, nem de mim.
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bombmine · 4 months
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𝐜𝐨𝐧𝐫𝐚𝐝 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐞𝐫 é filho de 𝐡𝐞𝐟𝐞𝐬𝐭𝐨 do chalé 𝐧𝐮́𝐦𝐞𝐫𝐨 𝟗 e tem 𝐯𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐨𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐧𝐨𝐬. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no 𝐧𝐢́𝐯𝐞𝐥 𝐢𝐢𝐢 𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫 por estar no acampamento há 𝟐𝟎 𝐚𝐧𝐨𝐬, sabia?
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𝐩𝐨𝐬𝐢𝐭𝐢𝐯𝐞𝐬: corajoso, dedicado, detalhista, concentrado. 𝐧𝐞𝐠𝐚𝐭𝐢𝐯𝐞𝐬: pessimista, solitário, desconfiado.
o recém-nascido foi deixado às pressas nas portas do orfanato, cautelosamente o suficiente para não ser percebido no meio da noite. o seu cheiro, inebriante e que poderia o denunciar aos monstros presentes, era escondido pela neve que caía vigorosamente. a progenitora não temia que o bebê morresse de frio; o corpo era quente o bastante para derreter a neve que se aproximava, tornando suas vestes úmidas. conrad porter (nome que dizia na pequena pulseira de papel em seu punho) fora encontrado apenas no dia seguinte, pela desesperada senhora responsável pelo local.
ser abandonado na infância é um evento traumático que torna-se presente em inúmeros detalhes de sua vida, especialmente quando trata-se de um garoto particularmente solitário e cético. conrad nunca fez muito barulho ou bagunça (exceto pelos acidentes com as pequenas bombas que criou com um espirro, que foram confundidas com estalinhos), diferente de muitas das crianças do orfanato, mas estranhamente trazia alguns assuntos à tona que a sua cuidadora não sabia como lidar; como por exemplo, porquê o motorista do ônibus escolar tinha três olhos, ou o porquê a moça da cantina tinha olhos de ave. devido ao seu comportamento diferenciado, não possuía muitas pessoas próximas de si.
aos oito anos, porter recebeu uma visita inesperada. uma figura tão imponente que tornava-se difícil manter o olhar prolongado em sua direção - estonteante. "você... é nova aqui?" a voz fraca questionou, rouca de tão pouco que era usada. conrad poderia passar dias sem falar com ninguém, e por algum motivo sentia-se inclinado para comunicar-se com ela. parecia jovem, ao menos o suficiente para não ser considerada uma adulta em busca de uma criança em adoção. "conrad porter. jovem semideus, irmão de minha caçadora." pela sua expressão firme, parecia esperar que o menino soubesse do que ela estava falando. após o silêncio, ela arqueou uma sobrancelha. "é você, não?" conrad timidamente concordou, sem ao menos ter certeza de quem ele era naquele momento. quando a estranha o indicou para que a seguisse, não pensou duas vezes; algo o dizia que era melhor não questionar.
ser resgatado pela sua irmã desconhecida é um evento traumático que torna-se presente em inúmeros detalhes de sua vida. como por exemplo, o constante quesionamento do porquê ela foi cuidada por sua mãe enquanto conrad foi deixado em pleno inverno numa calçada, e porquê conrad não poderia estar junto da única familiar que ele já avistou. descobrir que era filho de hefesto e que deuses olimpianos existiam aos oito anos parecia mais um episódio de série de televisão do que um dia normal - para fechar com chave de ouro, sua irmã havia jurado lealdade e companhia à uma deusa que nunca ficava por perto (para variar). conrad chorou de alívio e tristeza na mesma noite, nas sombras das árvores do acampamento meio-sangue.
sua primeira profecia chegou aos quatorze anos. a demigod shall return to where he belonged; to rescue an heir of the god of the sun; with the bravery to face the monsters of the past; they shall fail if mistrust beheads their quest. a perspectiva de falha não aterrorizava conrad, e sim a seleção de companheiros de missão. não é como ele tivesse relações ruins com os outros semideuses, mas podia contar nas mãos quantos eram seus amigos de fato. e, de uma forma meio triste, nem neles confiava tanto assim. o resultado da missão provou a ele que deveria continuar sendo cético quanto aos companheiros, se não até mais; o resgate de um filho de apolo que havia sido preso numa ilha vulcânica chegou à um fim trágico quando seu companheiro de missão não respeitou sua estratégia e fez com que as bombas instantâneas de conrad explodissem antecipadamente, ceifando a vida do semideus. desde então, porter carrega a culpa de não tê-lo salvado, além de nunca mais aceitar ir numa missão com alguém - ele mantinha-se sozinho.
aos dezoito anos, alistou-se ao exército. era forçado a trabalhar em equipe, mas ao menos no mundo mortal as pessoas eram mais fáceis de serem evitadas fora do trabalho. calhou de seu poder ser altamente útil em sua função mortal, por mais que não compreendessem muito bem como poderia criar aquelas bombas. conrad tornou-se mais metódico do que já era e frequentava cada vez menos ao acampamento durante suas folgas. já aos vinte e cinco, conrad deixou o militarismo para ser engenheiro, com sua expertise em armas de guerra. estava trabalhando quando recebeu o chamado de dionísio, o que fazia retornar ao acampamento pela primeira vez após cinco anos.
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𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫𝐞𝐬: bombas instantâneas - conrad pode mentalizar bombas e dispará-las quando desejar, ou definir seus gatilhos mentalmente. quando mais novo, conrad criava pequeninas bombas que mais faziam barulho do que de fato explodiam, como estalinhos. no nível ii de poder, a habilidade foi aprimorada para controlar melhor o momento de pequena explosão e a mentalizar mais precisamente o local da bomba.
𝐡𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬: força sobre-humana e vigor sobre-humano.
𝐚𝐫𝐦𝐚: conrad tem como arma preferida as suas próprias: explosivos gerados mentalmente, além de um machado de corte duplo que esquenta em suas mãos, aumentando o impacto do corte. ele é forjado em bronze celestial.
𝐚𝐭𝐢𝐯��𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬: porter faz parte do time azul de esgrima.
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𝐰𝐚𝐧𝐭𝐞𝐝 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬
nobody like u: as pessoas mais próximas de conrad são aqueles com quem ele é completamente aberto e consegue ser honesto, independente do assunto. ele não é uma pessoa fácil de agradar, mas valoriza àqueles que tem ao seu lado... mesmo quando não confia neles 100%. (0/4)
enemies: muse 1 quebrou a confiança de conrad, tornando-se assim um inimigo jurado dele. por outro lado, muse 2 não gosta dessa atitude fechada de conrad e, por consequência, considera-o inimigo também. (0/3)
not on the same page: o relacionamento amoroso entre conrad e muse não durou, por qualquer que seja o motivo (e olha que porter pode oferecer vários, especialmente o fato dele não se comprometer). (female, 0/1)
(not) blood brothers: os irmãos de conrad, filhos de hefesto, são as pessoas que mais conhecem porter. suas relações variam entre bons irmãos, irmãos implicantes, irmãos protetores! (para todos os filhos de hefesto)
getting under my skin: muse é alguém que agita conrad. ele não consegue entender muito bem, e por isso a julga como uma incógnita, mas ela definitivamente desperta algo em si... seja irritação ou amor, as palpitações em seu peito são reais. (female, 0/1)
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girlneosworld · 8 months
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Mateus 12:36–37
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“De toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.”
tw: sugestivo e aquela tristeza/melancolia de sempre, vômito, menção a morte, tiro. acho que só.
oi, lindezas. nesse capítulo ainda estamos no mesmo corte de tempo do anterior, ok? esse serve mais como um conectivo e, pelos meus cálculos, purgatório terá 5 capítulos, isso quer dizer que estamos exatamente na metade. espero que estejam gostando e me perdoem qualquer erro. um beijo!
O pé que bate no chão incessantemente te ajuda a controlar a ansiedade que sente só em estar onde está. As paredes do tom alaranjado fazem seus olhos doerem e o piso de madeira faz um barulho muito irritante, mas nada disso te deixa mais nauseda do que a incerteza acerca do motivo que lhe traz ali. O crachá que está ao redor do seu pescoço parece te enforcar.
Finalmente, depois de minutos que pareceram mais uma eternidade, ouve seu nome sendo chamado pela voz eletrônica e levanta num salto, atravessando o corredor na velocidade da luz.
Vê Jaemin na porta de uma das salas e o abraça apertado, o rapaz procura qualquer sinal que pudesse indicar que está ferida e suspira aliviado quando percebe que você está bem. Fisicamente bem, pelo menos. Ele respira fundo e segura seu rosto com as mãos geladas.
— Desculpa ter ligado tão de repente — ele começa dizendo, os olhos passam por todo o seu rosto coberto. O Na cola suas testas e você sente o hálito cafeínado que sai da boca dele — Tava com tanta saudade.
Você concorda com a cabeça diversas vezes e abre o que seria a ideia de um sorriso mesmo que ele não conseguisse ver por causa da máscara cirúrgica que usavam.
— Eu também, amor — acaricia o braço malhado dele — Você volta pra casa hoje?
Vê quando Jaemin vacila por meio segundo e percebe ali que tem alguma coisa errada. Vocês estavam há cinco dias sem se verem com ele muito atarefado no batalhão, só conversando por mensagem quando você estava dispensada do estágio e sem ir a faculdade por recomendações superiores. Então, algumas horas cedo – enquanto você limpava o apartamento pelo quinta vez na semama –, recebe uma ligação do rapaz pedindo para que fosse até o Centro Acadêmico de Segurança de Daegu o mais rápido possível. E era por isso que estava ali.
— Além de ter que fazer alguns exames, preciso que veja uma coisa — ele diz depois de um tempo. Jaemin morde o lábio e pega um walkie-talkie no bolso da calça — Te pedi pra vir até aqui pra isso. Tem outra coisa também, na verdade, mas primeiro o que está dentro dessa sala.
Você franze o cenho e estranha aquele papo todo. Na Jaemin não é de fazer mistério, e se ele está tendo toda essa cautela é porque algo definitivamente não está certo. Tendo consciência disso, sua ansiedade só aumenta.
— Ok... e o que exatamente tem dentro dessa sala, Jaemin? — pergunta.
Ele não diz mais nada a você, apenas abaixa a própria máscara e deixa um selar em sua testa. Então, antes de abrir a porta, murmura um "estamos entrando" para o aparelho em sua mão e gira a maçaneta, te dando espaço para entrar.
Lá dentro, repara ser uma espécie de enfermaria, exceto pelo fato de ser bem mais espaçosa e estar cheia de pessoas fardadas carregando fuzis enormes. No centro uma maca abriga a mesma figura que viu dias antes. Dessa vez, contida por correntes e com diversos acessos em seus braços. No rosto, uma máscara de couro que mais parecia uma focinheira cobria os lábios rasgados e sangrentos e os dentes que batiam na tentativa de morder alguma coisa. O corpo se contorce e tenta escapar, gemendo e rugindo alto.
Você para no lugar onde está, os pés grudados no chão e os olhos arregalados. Se assusta quando sente uma mão em seu ombro, se vira e vê Jaemin te olhando preocupado.
— Achamos que era justo que a visse enquanto ela ainda está... não sei se posso chamar isso de estar viva, mas antes que ela morra de vez.
— O que? Não vão conseguir salvá-la?
Ele nega. Se aproxima de você e olha na direção da maca. Você repete o ato dele.
— O vírus já evoluiu para o estágio mais agressivo. Ocupou mais que 80% do sistema nervoso dela, a essa altura é impossível fazer qualquer coisa a respeito — um dos guardas explica, a voz abafada pelo capacete — Por isso é uma infecção tão delicada. Uma vez que o infectado sacia sua fome, o vírus começa a se desenvolver muito rápido e dificulta a cura.
Ouvir aquilo embrulha seu estômago e mareja seus olhos. Sabe muito bem como aquela fome foi saciada, tinha a cena bem vivida na sua cabeça e era assombrada por ela todas as noites. Não conseguia fechar o olhos e não ver Sae Bom morta em seus piores pesadelos. Sente a bile subir a garganta.
— E já sabem como a infecção está se propagando? — se esforça para perguntar.
— O palpite mais aceito até agora é que seja pela água e por alimentos vindos de lugares em que a água esteja infectada.
Assente sem saber exatamente responder e não consegue mais ficar naquele lugar sem sentir uma vontade absurda de vomitar, por isso pede licença e corre até o banheiro mais próximo e coloca tudo que comeu no dia para fora. Não bastasse toda aquela situação horrorosa ainda precisava lidar com os hormônios da gravidez. "Sei que é péssimo, mas você precisa ajudar a mamãe" murmura com a cabeça deitada sobre a tampa da privada depois de apertar a descarga. "Assim que chegarmos em casa eu peço seu pai para fazer um chá de limão para nós, okay, neném? Ele ficou craque em chá de limão, a Bomie adorava".
Sua voz embarga no meio da frase. Se escora na parede e funga. Estava falando sozinha e chorando num banheiro. Era tudo uma merda mesmo. Chega até a rir, desacreditada.
Depois de se recompor, lavar o rosto e beber um pouco de água, você se prepara para voltar para a sala e pedir a Jaemin que fossem para casa. Que fizesse os exames outro dia. Mas quando está pronta para abrir a porta, pega o final de uma conversa que presume que não era para ter ouvido.
— A viatura vai buscá-los amanhã às seis da amanhã. Estejam prontos — a mesma voz abafada de antes diz e você franze o cenho — Levem o que julgarem necessário.
— Não podem esperar mais alguns dias? Sae Bom faleceu a menos de uma semana, tá tudo muito recente — agora é Jaemin quem fala — E... eu ainda não contei a ela.
— Já te demos tempo o suficiente, tenente Na. Vamos fazer o nosso melhor para manter a segurança de vocês e, para isso, precisam deixar o apartamento amanhã. O aviso da Lei Marcial será transmitido durante a tarde.
Confusa, você se afasta da porta e aperta as mãos. Sente uma pontada no peito e queria mesmo poder culpar a gestação pela visão embaçada, mas não pode. E quando a porta se abre e Jaemin a vê com a respiração errática ele até tenta se aproximar, mas você ergue o indicador entre vocês dois. O rapaz se desarma e as sobrancelhas se juntam. Ele então percebe, e antes que algo fosse falado, você dá as costas e sai dali imediatamente.
— Sabe que não pode me ignorar pra sempre.
Mesmo que não veja, sente a presença de Jaemin em seu encalço para todo lugar que vai. Está segurando uma caixa de papelão entre os braços e joga tudo que vê pela frente ali dentro. Não o responde e completa suas ações sem olhá-lo, em completo silêncio.
— Caramba, eu ia te contar, ok? — a voz angustiada dele diz — Eu juro que ia. Só tinha esperança de conseguir adiar isso mais um pouco. Poxa, amor. Não faz isso comigo. Por favor.
Ouví-lo tende a deixar a situação mais difícil porque sabe que ele não tem motivos para mentir. Mas isso, infelizmente, não diminui sua chateação. Então, deixa a caixa sobre a cama e se vira para ele. Cruza os braços e ergue os ombros, o ar deixando o peito de forma quase dolorida. Jaemin entende como um sinal para continuar falando.
— Essa praga tá se espalhando feito uma maldição, só tô pensando na nossa segurança. Na de nós três — o olhar dele desce para sua barriga e você imediatamente coloca as mãos sobre ela — É uma cabana perto da divisa, vai ter tudo que precisarmos para passar umas semanas. Comida, cobertores, remédios. Água tratada.
"É difícil pra mim também. Moramos aqui desde sempre. Desde que eu e você somos eu e você, e isso tem tempo. Mas não tenho escolha. Ninguém sabe até quando a situação vai estar controlada, os infectados estão começando a sair do controle. O condomínio vai ser interditado e o batalhão vai se dispersar. Eu quero cuidar de vocês, mas eu tô morrendo de medo. Eu sinto muito medo, meu amor. E tudo que preciso é de você ao meu lado porque sozinho eu não consigo. Você só tem que confiar em mim."
A essa altura, os olhos marejados de Jaemin são o suficiente para toda sua resistência ir ralo a abaixa e se sente horrível só de ver que fez seu amor chorar. Quebra seu coração o tom angustiado em que ele fala e ver as mãos grande dele tremendo. O Na abre a boca duas vezes e o pomo de adão dele sobe e desce, o peito faz o mesmo movimento antes de dizer:
— Você não confia em mim? — e quando a voz dele vacila no fim da frase que você perde as estribeiras.
— Claro que eu confio em você. Céus — o puxa para se sentarem juntos na cama e enxuga o rosto molhado pelas lágrimas. Sorri para ele, na intenção de passar algum conforto — Confio em você de olhos fechados e talvez até mais do que confio em mim mesma, e não ligo se acha que isso não é saudável. É a verdade.
Jaemin funga e assente.
— Vamos fazer com que dê certo. Eu prometo — ele diz antes de colar os lábios nos seus e te apertar em seus braços. Jaemin te beija como se estivesse com saudade; e realmente estava, sentia saudade mesmo que estivessem a apenas meia hora longe um do outro. Enquanto uma das mãos segura a lateral do seu rosto, a outra desce e para dentro da blusa de malha que você usava e seus pelos todos se arrepiam quando sente os dedos gelados dele entrando em contato com a pele quente da sua cintura. Te puxa para o colo dele, abraça seu corpo e você joga o boné preto longe para emaranhar as falanges entre os fios escuros e macios do cabelo dele. O quadril dele vai de encontro ao seu algumas vezes e sente quando a respiração de Jaemin vacila, te causando um sorriso entre os selares cada vez mais urgentes. E, ao te ver sorrir de seu estado necessitado, o garoto arquea uma sobrancelha e ri soprado. Te vira e num único movimento você está deitada no colchão, sob o corpo alto dele. Agora é a vez do outro de sorrir de lado antes de voltar a beijá-la.
Momentos depois, quando o quarto já está escuro e silencioso, vocês dois estão suados e ofegantes embaixo do lençol, você se deita de lado e observa Jaemin olhando para o teto. Morde o lábio inferior e usa o indicador para desenhar formas imaginárias no peito nú dele. Virando apenas a cabeça, os olhos escuros dele te encaram silenciosamente.
— Vou poder levar minha coleção de sutiãs de renda? — pergunta de repente e ouve a risada grave reverberar pelo cômodo — Tô falando sério, seu babaca. Sabe que eu tenho apego emocional à Sevage X Fenty.
— Então vai precisar tomar decisões difíceis — ele dá de ombros ainda sorrindo.
— Ok. De qual você mais gosta? — o olha com as sobrancelhas levantadas e a próxima coisa que sente é o impacto do travesseiro batendo no seu rosto.
Ver a cidade não passando de borrões e ter aquela maldita viatura balançando não ajuda em nada com os hormônios rabugentos da sua gravidez. Ainda não era nem oito da manhã e seu humor era semelhante ao de uma porta. Não importa que a viatura fosse grande e espaçosa, você ainda se sentia sufocada mesmo com a janela aberta e o vento batendo no seu rosto cansado. Estava cansada, definitivamente. Nem mesmo a mão entrelaçada a sua era o suficiente para fazer com que se sentisse menos desamparada. Mais cedo, quando deu a hora de saírem do apartamento, Jaemin se surpreendeu com sua frieza em sair do lugar que passaram os últimos anos da vida de vocês. Saiu impassível, em passos firmes e sem olhar para trás.
A única coisa ouvida ali além dos ruídos da estrada eram as instruções que viam do rádio. Não se dava o trabalho de entender o que era, muito focada em olhar o dia cinza do lado de fora. Até que algo chama sua atenção e seu corpo se ergue de imediato.
— Para o carro — diz em alto e bom som, mas não recebe reação nenhuma além dos olhos de Jaemin em você. Então, troca a abordagem — Para a droga do carro ou eu vou vomitar nesse estofado inteiro.
Agora, a atenção está em você. Satisfeita, volta o corpo para a posição anterior.
— Meu amor, está se sentindo bem? — seu namorado pergunta enquanto a velocidade do carro diminui.
— É só que viagens embrulham meu estômago — murmura e solta a mão dele — Coisa de grávida, sabe como é. Será que eu posso sair rapidinho antes que eu bote tudo para fora aqui mesmo?
Os dois policiais nos bancos da frente se entreolham e olham para Jaemin pelo retrovisor. E então, assentem e param a viatura no acostamento. Você sorri e destrava o cinto de segurança.
— Quer que eu vá com você? — preocupado, o Na pergunta. Mas você nega com a cabeça e abre a porta.
— Preciso de privacidade pra vomitar, querido — pisca pra ele e pega discretamente seu celular, o guardando no bolso traseiro da calça.
Com isso, sai da viatura e bate a porta. Entretanto, diferentemente do que disse, não abaixa o corpo para expulsar tudo que comeu na noite anterior, não. Ao invés disso, aproveita o vidro escuro da parte de trás do veículo e sai, subindo a pequena colina daquele pedaço da estrada. Olha para trás algumas vezes e tenta aumentar a velocidade, não querendo demorar muito para não levantar suspeitas. Só para de correr quando vê os grandes portões e o letreiro em letras garrafais bem acima de sua cabeça. "Cemitério de Daegu", é o que ele diz.
Depois de se familiarizar com o lugar quieto; vasto e mórbido, finalmente acha o que procurava. Sua garganta fecha, os olhos ardem. Com as pernas vacilantes você se agacha diante do túmulo de pedra e coloca a mão esquerda sobre a escritura em prata, a direita tampa sua boca para abafar o choro que chega.
"Kim Sae Bom. 2016 - 2023"
— Meu amor... — sussurra — Me perdoa. Me perdoa, me perdoa. Me perdoa, meu amor — diz entre os soluços — Eu queria ter vindo falar com você antes, falar uma última vez. Sinto muita saudade, todos os dias. O Jaemin não sabe, mas as vezes eu paro o carro em frente a sua escolhinha, fico lá por horas e horas, esperando pra te ver pulando até mim, pra te dar um abraço bem apertado e te levar pra tomar chá de limão comigo e o Nana. Os chás de limão dele agora estão mais doces do que azedos, igual você pedia. O mundo não é o mesmo sem seu sorriso banguela pra alegrar meus dias mais sombrios. E tudo tem sido tão sombrio desde que você se foi. O neném, o nosso neném, ele está saudável e crescendo bem. Estamos nos mudando agora, então só vou saber se é seu irmãozinho ou sua irmãzinha quando nascer. Bomie, eu vi sua mamãe. Não consegui olhar pra ela e pensar que... que foi ela que...
Não consegue terminar de falar, o choro engata e fica cada vez mais alto, dolorido. Deita a cabeça no túmulo da sua menina, nunca se sentiu tão vulnerável antes. Ali, sente tanto medo de perder mais alguém. Tanto medo de perder seu brotinho. Tanto medo de perder Jaemin. Seria a mais sofrida de suas dores, ficar sem ele ao seu lado. Sabe que nunca aguentaria mais aquela perda, seria demais para você. E só pensar na possibilidade de, algum dia, ficar sem Jaemin, faz seu peito doer. As lágrimas escorrem pelo seu rosto e pingam na pedra, deixando marcada toda sua tristeza.
Abre o zíper de seu casaco e tira o peludinho de lá, beija a pelúcia branca e a deixa sobre o túmulo.
— Agora eu vou voltar, o Nana já deve estar vindo atrás de mim — suspira — Bomie, eu...
Para de falar quando ouve um grunido, parecido com aqueles que ouviu naquela sala no dia anterior. Entrando em alerta, você olha para os arredores e aperta os olhos quando enxerga uma figura entre os outros túmulos, um pouco distante e de costas. Aquilo faz seu coração acelerar e sua mente começa a trabalhar no automático.
Com toda a cautela que conseguia, você se levanta sem desviar o olhar do corpo que se contorce e geme, usando todo seu autocontrole para respirar de forma silenciosa. Teria dado passos rápidos para trás se, assim que o corpo estava completamente ereto, não tivesse ouvido o toque do seu celular no bolso da calça, ecoando por todo o espaço. O som foi alto o bastante para fazer com que o infectado ouvisse, te visse e, imediatamente começasse a correr na em sua direção.
— Merda.
Sua única reação é correr também, o mais rápido que consegue e que seu fôlego escasso permite. A adrenalina faz com que suas pernas sejam o mais ágeis possível, o seu instinto de sobrevivência fala mais alto que sua garganta queimando por ar. Entende, ali, o porquê de assemelharem aquela praga a doença da raiva, vendo a velocidade em que é perseguida.
Comete o erro de olhar para trás e conferir a distância que te separa da praga e, ao constatar que estão mais perto do que o seguro, não vê o relevo dos paralelepípedos abaixo de você e tropeça. Seu corpo cai e seu rosto se arrasta no chão, mas não há espaço para a dor física quando tudo que sente e desespero. Até tentaria se levantar, voltar a correr, mas não adiantaria, não. Trava no chão quando percebe que já estava praticamente cara a cara com aquela coisa que corria faminta de encontro a você. Aperta os olhos, coloca as mãos na frente do corpo, mas ouve um disparo alto e seco, e então sente um peso caindo sobre você.
Grita, assustada e tenta tirar aquilo de cima de você, não aguento sentir aquele cheiro forte e podre. Agora sim, se vira para o lado e vomita bastante, tremendo dos pés a cabeça. Vê Jaemin parado com um revólver em mãos e entende que o disparo veio dele. Se prepara para suspirar aliviada e agradecê-lo por salvar sua vida, mas é impedida quando olha para o rosto dele. Nos olhos bonitos que tanto é apaixonada, não tem amor agora. Eles estão cheios de um sentimento que não deseja ver nunca mais. Escuros, profundos.
Então, aqueles olhos sombrios olham para você. E acaba por ter certeza que nem um tiro da arma nas mãos dele doeriam tanto quanto doeu sentir todo aquele ódio sendo sendo progetado em sua direção.
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rabisqueisentimento · 4 months
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Chegou o final do ano e eu não tenho mais nem um pouco de energia para interagir e socializar com ninguém. Jamais pensei que sorrir e conversar seria tão incomodo.
Esse ano foi extremamente difícil e os dias estão longos. E pior que eu não tenho expectativa de melhora pro futuro.
É como se eu só enxergasse o tempo inteiro as coisas ruins e os problemas e não consigo nenhum motivo pra eu me animar; vivendo em um ciclo de tristeza e de ansiedade sem fim.
Gostaria de não pensar tanto o tempo todo. Estou muito cansada de tudo isso. De carregar pesos maiores do que sou capaz, de pegar os problemas dos outros como se fossem meus e querer resolvê-los imediatamente, me frustrando por não conseguir ser boa e eficiente como eu acho que deveria. Não consigo descansar em nenhum momento porquê estou o tempo todo me cobrando.
- Rabisquei sentimento
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hillotrbl · 4 months
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“Meu namorado é uma superestrela”
StarStruck: 920 Mil Beijos, a resenha
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autor: kogayu
nota: ★★★★★ + ♡
eu nunca assisti starstruck e talvez a pessoa que fez essa capa venha me bater por isso, mas essa fanfic é tão boa que me deu vontade de assistir!! eu como boa apaixonada nos filmes antigos da disney posso dizer que essa heejake deu o seu nome na comédia romântica, mesmo que de acordo com a autora, esse tipo de gênero não seja o seu forte (numa entrevista para a nossa equipe ela revelou que prefere mais 'Fica de tendinites', o que pode ser traduzido livremente do suzelenês como fanfics tristes onde o casal não fica junto no final). assim como o filme starstruck, a fanfic reúne o melhor dos mundos das fanfics: a celebridade cantora superhipermega famosa e que todo mundo gosta e aquela pessoa superhipermega comum que detesta essa mesma celebridade mais do que qualquer coisa, sem motivo aparente. heeseung, ou melhor, ethan lee é essa celebridade do sorriso canalha, e jake é o cara de personalidade "i'm not like the other girls", e é essa dupla meio dinâmica e uma portada na cabeça que vai criar o romance que a gente tanto gosta!
jake e seu querido ethan lee vão se conhecer justamente em um dos shows do astro, no qual jake só está pois foi coagido pela própria irmãzinha, eunchae (que inclusive é a minha personagem favorita), a ir junto com ela, ao que aparece uma oportunidade única na vida deles de conhecer o cantor, mas a noite tão especial vai por água abaixo quando jake é brutalmente agredido pelo próprio ethan lee, acho que já dá pra rolar um processo ou no mínimo um cancelamento no twitter vius? mas exageros a parte, ele só levou bem na testa uma porta que foi aberta pelo lee, que não hesitou em levá-lo ao hospital por conta própria tal qual galã de cinema, mas dá pra ter uma ideia de que o jake tava odiando tudo isso, né? com aquele papo todo de odiar o cara famoso e o seu sorriso canalha, ele queria tudo, menos estar com o ethan naquele momento. aí você me pergunta: com esse ódio todo no coraçãozinho, como que um amor vai surgir daí? mas essa pergunta você mesmo tem que se responder indo ler a fanfic! essa história virou uma super queridinha minha, então não poderia deixar de recomendar a todo mundo, principalmente a quem tá procurando um romancinho que faz você dar gritinhos histéricos e chutinhos no ar, com certeza um romance bem disney channel que eu amo! a escrita boa, simples e gostosa da autora também colabora na fluidez e na dinâmica da leitura, tornando a fanfic mais divertida e mais envolvente de se ler. sem falar o tanto de sensações que ela faz você sentir: alegria, em alguns momentos tristeza e MUITA raiva dos personagens e das coisas que eles fazem (você ainda me paga, ethan lee), mas do início ao fim é garantido que você irá rir e se divertir muito com os heejake, e principalmente celebrar o final da história deles. ah, e claro, não podia deixar de mencionar que essa fic tem um bônus, ou seja, SÓ MOTIVOS PRA LER, LEIAM LEIAM LEIAM!! pra essa fanfic eu só tenho elogios: ao plot e à capa (feitos pela maravilhosa da hany hyunsukie), ao planejamento, desenvolvimento e escrita que a autora não deixa momento algum a desejar, aos personagens, ao enredo, TUDO, simplesmente tudo é bom e não é a toa que agora está na minha lista de fanfics favoritas do enhypen 💓 eu só tenho elogios e agradecimentos a quem fez essa nascer e eu não poderia ficar mais feliz por ter lido, com certeza um dos maiores tesouros do site🩷
p.s.: espero que o jake nunca termine de pagar a dívida dele 🙏
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