Tumgik
#cabelos abaixo do ombro
littlegirlovhazz · 11 months
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Bad Boy? ❤️‍🔥
Oioi gostosinhas!
Muito obrigada por todo o amor que vocês deram a My property 🩵
Eu recebi esse plot nas asks e foi pedido que tivesse muito lactation e breeding kink, então aqui está, eu adaptei algumas coisa pro meu estilo. Temos Louis guitarrista com piercings e Harry professora delicadinha.
Avisos: Breeding kink (muito), lactation kink, spanking, ProfessoraxAluno, hinter, leve diferença de idade, desuso de camisinha, sexo dentro da faculdade.
Hazz: 26
Lou: 21
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Louis estava um pouco cansado, ele era um cara muito popular, extrovertido e fazia parte de uma fraternidade, eles eram uns mauricinhos, pegavam todas as líderes de torcida e as patricinhas da faculdade. Louis meio que odiava tudo isso, mas seu pai queria que ele entrasse, seu pai era um cara muito bom e ele lhe dava trabalho o suficente sendo totalmente diferente do que aquele homem que o criou, as tatuagens que cobriam seu corpo, os piercings em sua cara. Então ele fazia o papel de representar a fraternidade apenas causando confusão na faculdade, ele não entendia pq as pessoas ainda pareciam estar na escola, com toda rivalidade idiota e a perseguição pela popularidade e status.
Foda-se o que esse bando de gente achava dele, exceto por ela.
A nova professora estava na faculdade a menos de um mês, ela era novinha, com 26 anos e recém formada, era provavelmente a mulher mais gostosa que Louis já conheceu. A duas semanas atrás ele e os colegas planejaram uma pegadinha para dar boas vindas a nova professora, ele se arrependia amargamente, mas não podia voltar atras, não quando mesmo cheia de chantilly ela parecia tão apetitosa, com os olhos verdes em fúria, os peitos grandes lotado pelo doce. Louis queria que fosse sua porra.
A mulher de cabelos cacheados o abominava, apesar de ser um delinquente, o de olhos azuis era extremamente inteligente, com notas excelentes, e provavelmente era por isso que não tinha sido expulso, talvez seu pai ser parte do conselho também fosse um grande motivo. Desde o primeiro dia a professora tentou fazê-lo errar, na expectativa de uma detenção. Mas não conseguiu, apesar de saber que ele havia planejado a pegadinha do chantilly, ela não poderia afirmar, então ela o infernizava. Se ela soubesse o quanto seu pau ficava duro toda vez que ela o olhava com raiva, como se fosse bater em sua cara toda vez que ele dava uma resposta certa da matéria.
Mas Louis era um bom garoto e se ela o queria tanto na detenção, talvez ele devesse dar isso a ela.
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Harry o odiava, odiava com todo seu coração, mas seu corpo idiota não estava conversando com sua mente. Sua xotinha só faltava pingar quando via aqueles olhos azuis, o piercing na sobrancelha ou o no canto da boca que ele vivia prendendo entre os dentes ou as tatuagens nos braços definidos. Isso a deixava ainda mais puta, pq ela queria estapear sua cara tanto quanto queria se acabar em seu pau. Ela tinha se vestido um pouco diferente hoje, a saia curta era rodadinha e de couro marrom, sua blusa era branca de botões, como tecido era grosso não tinha um sutiã por baixo, seus peitos empinados estava livres, uma meia calça fio quinze cobria suas pernas e escarpins brancos estavam seus pés, era uma sexta, ela queria se sentir bonita. Seus cachos estavam bem definidos e acabavam um pouco abaixo de seus ombros, ela usava pouca maquiagem, apenas bastante rímel para que seus olhos ficassem destacados e os óculos com armação fininha e delicada, ela estava tendo um bom dia, até entrar em sua sala e se deparar com aquele inferno de garoto.
Louis usava uma tank top preta e jeans do mesmo tom, a tigelinha bagunçada e os olhos, a porra de seus olhos azuis elétricos a comiam com o olhar e a sobrancelha com o piercing arqueada em desafio, mas o maior problema era a guitarra, que ele tocava em pé em cima de sua mesa, era um rock muito pesado, mas os alunos pareciam se divertir. Após o episódio em que levou um balde de chantilly em sua cabeça e viu aquele sorriso debochado no rosto bonito, Harry sabia que ele seria problema, o tentou mandar diversas vezes para detenção, pq ela queria ensinar algumas coisas que seriam bem úteis para que o idiota usasse o cérebro, mas Louis a surpreendeu novamente, ele também era inteligente e falava com propriedade, isso fazia seu corpo se arrepiar ainda mais.
Os dedos do aluno tocavam rápido nas cordas, seus braços definidos eram destacados enquanto ele segurava a guitarra preta, o cabelo estava caído em seus olhos azuis que a devoravam com o olhar e ele tinha um sorriso com aquele maldito piercing que era leve e debochado, como se desafiasse Harry. Suas pernas estavam marcadas pela skinny apertada com uma corrente pendurada e coturnos pesados em cima da sua mesa, ele era a personificação de bad boy dos livros, chegava a ser ridículo. Ela deu passos tranquilos até a mesa e quando chegou perto, apenas levantou a mão em um sinal para ele parar, os outros alunos agora tinham se acovardado, mas claro que Louis não, ele apenas diminuiu a música para os acordes de stairway to heaven, essa era coincidentemente uma das músicas favoritas da professora de olhos verdes e parecia mesmo que o garoto poderia ser a escada pro paraíso, ou a barra para o inferno.
- Senhor Tomlinson, você pode descer? - Louis parou a guitarra e pulou para o chão, já que ele não era maluco de desobedecer alguém tão gostosa, então a mulher apenas lhe entregou o papel da detenção.
Harry não gritava e isso surpreendeu Louis, ele achava que a professora ficaria revoltada, mas esse não era seu jeito, a menos que estivesse sendo fodida, ela era calma e falava devagar. O garoto pegou o papel, o instrumento e se dirigiu para fora da sala, essa ao menos era sua aula, ele só precisava ver os olhos verdes cheios de ódio mas como ele era um idiota não calculou o fato de que ficaria o restante do dia de pau duro.
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Louis estava sentado na última cadeira do canto, existiam mais 6 pessoas na sala de detenção. Harry entrou vestindo aquela maldita saia, a meia calça delineava as pernas compridas e os sapatos de salto as deixavam ainda mais longas, ela era gostosa pra cacete, a camisa branca delineava os peitos gostosos, eles eras tão grandes e ele queria cobrir eles com o seu leite. Ela não colocou seus livros em cima da mesa e um outro professor entrou.
- Senhor Tomlinson, pode me acompanhar? - Ela disse com um tom doce e os pelos da nuca de Louis se arrepiaram, levantou de imediato pegando a mochila. - Como você é o único que eu coloquei na detenção, vai cumprir na minha sala.
Ele concordou rapidamente e Harry saiu rebolando na frente dele, o garoto a seguia como um cachorro pelo campus, babando por aquela bunda. A sala dela era uma graça, toda delicado, exatamente igual a ela, tinha uma mesa cheia de papéis e um sofá verde escuro no canto e um espelho a sua frente. Ela se debruçou exageradamente na mesa para poder colocar seus livros em cima e Louis teve a visão da polpa da sua bunda, ele não conseguiu segurar o riso, ela era tão oferecida.
- Acha algo engraçado, Senhor Tomlinson? - Ela disse se virando para olhar em seus olhos e apoiando a mão na mesa.
- Acho engraçado como você é oferecida, me deu uma detenção para se exibir pra mim? - As bochechas dela ficaram vermelhas mas ela não perdeu a postura, retirou os óculos e os pousou sobre a mesa. Louis estava bem perto dela agora e o tapa foi certeiro na bochecha dele, ela segurou o rosto do garoto surpreso com as unhas compridas pintadas de branco.
- Sabe Louis, acho que você precisa aprender uma lição, não sabia que garotos dessa idade eram tão mimados a ponto de necessitarem que sua professora os corrijam. - O sorriso no rosto do de olhos azuis era gingantesco, ela pagaria por aquele tapa, mas ele a deixaria sentir que estava no comando, ele ia destruí-la. - Queria saber o que se passa nessa cabecinha.
- Qual delas? - A covinha no rosto da professora era debochada. - Ambas só pensam em você e na sua bocetinha.
Louis olhou pra baixo e viu os biquinhos apontando no tecido grosso e a blusa estava manchada pelo leite que saia deles. A boca dele se encheu de saliva grossa, ele precisava mamar. Harry percebeu que os olhos azuis brilhavam para o leite manchando sua blusa, sempre que ela ficava muito excitada isso acontecia, a diferença era que ninguém tinha olhado para isso com vontade, geralmente o sentimento era de nojo.
- Você vai ficar quieto se eu te colocar pra mamar garotinho? - Ele voltou o olhar para o verde tão penetrante, seu pau pulsava na calça.
- Por favor gatinha.. - Louis implorou, ele não implorava, por nada, nunca.
Harry o puxou para o sofá e abriu os botões da camisa, liberando os peitinhos grandes, tão gostosos, a brisa fez com que seus biquinhos endurecessem mais e o aluno não pensou duas vez ao se sentar ao lado da professora e beijar seu pescoço, ela sentia o piercing gelado contrastar com o calor de sua boca, ele passou a mão pela barriga dela e chegou bem perto de seu ouvido.
- Você não tem um bebê, então por que seus peitinhos estão cheios de leite, me fala Hazz? - Ela choramingou quando o garoto pegou o biquinho direito entre os dedos e apertou, fazendo una gotinha de leite surgir na ponta.
- Eu.. eu fico assim quando estou excitada, eu vazo, por todos os lugares. - Ele lambeu uma faixa atrás de sua orelha.
- Uma vadia tão boa, o pacote completo. - Ele beijou o pescoço e distribuiu beijos até abocanhar o bico esquerdo, Harry gritou e foi a primeira vez que Louis escutou seu tom de voz alto, ele sugou com força, mamando forte até o gostinho doce invadir seu paladar, era a refeição mais gostosa que ele já havia provado, ele se esbaldou sugando cada gota, sentindo o leite escorrer até mesmo pra fora de seus lábios.
Sem parar de mamar, ele desceu a mão até a coxa coberta pela meia calça e acariciou até chegar no meio das pernas dela, onde a meia se encontrava encharcada então Louis sentiu o quão ela estava excitada, por que essa puta não usava o caralho de uma calcinha, bêbado do cheiro de pêssegos que ela emanava e pelo leite doce, ele rasgou a meia com apenas uma mão, para encontrar a boceta encharcada, ela estava tão molhada que o líquido escorreu em seus dedos quando ele a tocou.
- Você é uma vagabunda tão oferecida Harry, sem calcinha e dando aula pros seus alunos? - Ele disse parando de mamar e estimulando a xotinha dela, amassando seu clítoris entre os dedos. O tapa que ele deu no rosto dela foi tão forte que ficaria a marca de todos os dedos, ele segurou em seu queixo. - Abre a boca, Vadia.
Ela obedeceu, era como se um chave tivesse sido virada no momento que Louis tocou aquela boceta, a professora se tornava uma submissa, seu corpo estava mole e ela só queria obedecer. O Aluno cuspiu grosso dentro da sua boca e desferiu mais um tapa, sorrindo sádico e sentiu seus dedos molharem ainda mais quando ela gritou gozando.
- Agora sim Harry, uma professora boazinha. - Ele se levantou e Harry o olhou confusa, mas ele logo abriu o cinto e o zíper da calça, tirando seu pau pra fora, ela estava hipnotizada, era enorme, grosso, a cabeça arroxeada e as bolas pesadas, diversas veias cobriam seu pau e ele visivelmente pulsava. - Mama como uma boa vadia e eu vou te foder enquanto acabo com cada gota de leite desses peitos gostosos.
Harry tirou a blusa e a saia, se ajoelhando, ainda com a meia calça rasgada e os escarpins nos pés, ela estava de costas para o espelho, dando a porra de uma visão para o garoto, porra Louis achava cada pedaço do seu corpo uma perdição do caralho, ele estava com tanto tesão que seu corpo inteiro estava tenso, ele segurou os cabelos cacheados em uma mão só e deixou ela descer sozinha as primeiras vezes, ela babou em todo aquele pau, mamando devagar a cabecinha, sentindo o gosto de pré-gozo, até que ele passou a arrematar contra sua boca, era tão bom. O garoto era bruto, seu couro cabeludo estava ardendo, a garganta sendo massacrada pela cabeça macia e ele dava tapas em seu rosto, as lágrimas desciam por seus olhos sem permissão e isso parecia só incentivar seu aluno, sua xota pulsava e pingava no chão, seu leite escorria de seus biquinhos para toda sua barriga, ela estava uma bagunça do caralho.
- Caralho Harry, se eu soubesse que você era uma puta tão boa, eu teria pedido pela detenção, eu tinha colocado fogo na universidade pra poder foder essa boquinha. - Ele investiu mais 3 vezes antes de tirar seu pau, olhando para o rímel todo borrado e os olhos ainda mais verdes pelas lágrimas, ele cuspiu em sua boca e a viu engolir, batendo em seu rosto. - Boa garota.
Ele a levantou pelo pescoço, a jogando no sofá e nem perguntou, apenas alinhou seu pau na boceta molhada e meteu até o final.
- Louis! Porra, porra… Louissss. - Ela gritou e gemeu tão forte e delicioso, que o de olhos azuis sentiu seu pau pulsar, a boceta era tão apertada. - Fode, fode forte por favor.
- Oh baby, você é tão quente, meu pau encaixa tão bem em você. - Ele investiu tão forte, sentindo as paredes dela o apertando com tanta força, ele abocanhou novamente seu biquinho, mamando gostoso, fodendo ela sem parar. - Você vai gozar e eu vou te encher de porra e nem assim eu vou parar Harry, eu só vou parar quando eu tiver vontade, vou te encher de novo e de novo, olha pro espelho pra ver o quão gostosa você fica comigo te fodendo até o talo.
- Louis! Eu vou fazer xixi, para… por favor. - A boca sugando seu leite, os mamilos já sensíveis de tanto que aquela boca tomava, o leite escorria pela boca dele, o pau ia fundo na xota, era tão grande que ela sentia bater em seu útero, quando ela olhou pra baixo e viu a boca sair do bico e o leite escorre pelo queixo com a barba rala, o piercing reluzindo e os olhos azuis que a desafiavam, tudo explodiu.
Harry esguichou tão forte e gritou tão alto que provavelmente todos na faculdade ouviram que ela estava sendo comida por Louis, foi tão forte que expulsou o cacete de dentro, molhando o garoto e o sofá e nem assim ele parou, voltando a meter, sentindo seu baixo ventre esquentar ele acelerou até que a encheu de porra, gozando naquela boceta quente. Ele não perdeu tempo em chupar a xotinha, sentindo a mistura de sua porra e o gozo dela, sugando bem antes de beijar sua boca, cuspindo lá dentro e entrelaçando suas línguas, era sujo, obsceno e gostoso pra caralho.
- Louis.. amor.. goza mais, eu preciso de mais porra sua na minha bocetinha. - Harry implorou, ela amava isso, se sentir cheia de porra do seu macho.
Ele a levantou, a apoiando no espelho que havia enfrente ao sofá, em pé, a meia calça estava em pedaços, as coxas gostosas tremiam, mas o pau de Louis se recusava a amolecer, ele tinha tanto leite para encher ela ainda. Ele se esfregou na sua fenda, vendo o cuzinho piscar, mas ele deixaria pra foder ele com bastante tempo, gozar dentro e colocar um plug e fazer Harry dar aulas para os alunos babarem em cima dela enquanto era a sua porra presa naquele cuzinho. Isso fez uma chama de ciúmes subir no peito de Louis, como se lembrasse que essa era sua professora e provavelmente ela já havia fodido com alunos que não eram ele, com esse pensamento ele meteu dentro da boceta novamente.
- Com quantos você já fodeu, Harry? Quantos comeram o que agora é meu? - Ele segurava no cabelos cacheados e arrematava tão fortemente que o espelho tremia, segurou em seu peito com a mao enquanto beijava sua nuca.
- Ohh.. n-n-nenhum Lou, Caralho! Você foi o primeiro, e-eu não quero outro, só você me fode assim. - Isso encheu o ego de Louis e ele largou o cabelo dela para segurar nos dois peitinhos, maltratando com seus dedos enquando a segurava, o contraste das tatuagens e da pele branca, Harry em cima dos saltos e as pernas tremendo o deixam insano, falando que só ele a fodia assim.
- Você não vai foder com mais ninguém, nunca? - Ela concordou com a cabeça e ele deu um tapa em seu clítoris, o estimulando. - Grita Harry, grita o nome do teu dono! Você é minha puta particular.
- Louis! Você ta me fodendo tão forte… me enche de porra, me da todo o seu leite, eu quero sentir escorrendo. - Ela sentia o quão molhada estava e queria esquichar de novo, por que ele era tão bom, ele tocava cada cm do seu corpo, beijava sua nuca e falava em seu ouvido que ele era seu dono, como sua boceta era quente, gostosa e apertada.
- Ninguém levou meu pau tão bem, você foi moldada pro meu cacete. - Ele bateu forte em sua bunda, sentindo seu pau jorrar leite e ele continuou fodendo. - Olha o quão cheia você está Harry, to sentindo minha porra escorrer pelo meu pau de tão lotada de gozo que você está.
Isso mexeu com a cabeça de Harry, essa era coisa que ela mais amava quando fodida, estar cheia, sentir o leite quente em si, ela gozou tão forte, molhando suas pernas, Louis, o chão, o espelho. O Garoto a segurou pela cintura enquanto ela perdia a força, não parando de esguichar, seus olhos reviraram, seus peitos vazam leite, ela babava e o orgasmo atravessava seu corpo, parecia que eram 100 de uma vez só, ela ainda tremia quando Louis a deitou no sofá. Ela ainda se sentia em êxtase, quando desmaiou.
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Harry acordou quando Louis estava terminando de limpar seu corpo com uma camiseta que tinha na mochila, ela se sentia exausta, extremamente mole, sua bocetinha doía e seu corpo também.
- Ei princesinha, você esta bem? - Ele era tão bonito, tinha um rosto perfeito, ela amava seus piercings, ele colocou a mão quente em sua bochecha e acariciou, também fazendo carinho em seus cachos. - Você foi tão boa princesa, tão boa pra mim. Posso te levar pra casa?
Harry o puxou para um beijo, entrelaçando suas línguas, sentindo o gosto delicioso da boca de Louis, ele estava a tratando tão bem. Ela choramingou com o quão boa era sua boca.
- Lou, mama mais um pouquinho? Eles ainda estão tão cheios. - Ele sorriu e não perdeu tempo, deitando espremido com ela no sofá e abocanhando o biquinho, sugando todo o leite docinho de leve, sentindo o sabor em suas papilas gustativas. - Oh, tão bom.
- Você é minha Harry, só eu posso ter isso entendeu? - Ela concordou com a cabeça. - Só eu posso mamar, só eu posso te foder e se for preciso vou foder sua xota e seu cuzinho, mamar nesses peitos no meio da sala de aula para todos saberem que você me pertence, entendeu?
Ela estava hipnotizada com os olhos azuis elétricos e com a boca dele suja do seu leite, só sabia concordar e quando ele voltou a mamar permaneceu até que eles adormecessem apertados no sofá.
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Quem quer parte 2 deles fodendo na frente de todos na sala de aula?
Me deixem saber e espero que tenham gostado 💚
All the love,
Blue.
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sunshyni · 2 months
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on and on | jaehyun
let's make the party go on all night long. we can go on, on and on
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jeong jaehyun × fem!reader
w.c: 1.3 k
avisos: tá um tanto quanto sugestivo KKKKKK O finalzinho só, acho que esse é o máximo de sugestivo que consigo formular sem sentir muita vergonha 🫣
n.a: passar uma semana no RN me deixou com pensamentos na cachola 🥴 Daí resolvi escrever isso aqui, então acredito que esteja um tanto quanto br!au vibes, e no mais é isso!!! Espero que vocês curtam!!!
Boa leitura, docinhos!!! 🌵
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Você avistou Jaehyun pela primeira vez na recepção do hotel resort em que estava hospedada, ele claramente não parecia dalí, vestindo uma calça jeans folgada e um corta vento, além de um boné e um óculos de sol, enquanto lá estava você tomando aos poucos um drink de frutas vermelhas em roupas de praia tradicionais, bastou ele proferir sua primeira palavra para você ganhar uma confirmação. O inglês fluente entoado num tom de voz calmo, preencheu o ambiente rapidamente, e você se agradeceu pelos anos de estudo da língua que te fizeram entender todas as palavras que saiam da boca dele. Quietinha de pernas cruzadas em um dos sofás do lounge, você escutou o andar em que Jaehyun ficaria que ficava dois andares abaixo do seu, o que te deixou um tanto entristecida com o fato de que não poderiam se esbarrar casualmente no corredor dos apartamentos daquele andar em específico.
Por pouco você não se levantou discretamente para entrar no elevador de propósito apenas para comprimentá-lo, no entanto você felizmente se conteve, sugando o líquido do seu copo com o auxílio de um canudinho.
Entretanto o universo estava de bem com você e resolveu colocá-lo no seu caminho no dia seguinte ao ocorrido, Jaehyun e você participaram de um passeio turístico em que o guia se virava nos trinta para traduzir o que o homem dizia, e você se voluntariou como tradutora somente para ter a chance de ficar pelo resto do passeio ao lado dele. E deu certo, você utilizou o ombro dele de travesseiro durante algumas horinhas na volta para o hotel, e Jaehyun te levou sã e salva até a porta do seu apartamento, você até aproveitou a deixa para ensiná-lo como brasileiros costumavam se despedir e deixou um beijo ligeiro na bochecha dele, fazendo-o abrir um sorriso com direito a covinha e se distanciar do seu quarto, um tanto quanto incerto da sua decisão.
Então, simples assim, vocês se tornaram amigos de viagem, tomavam café da manhã juntos, aproveitavam a piscina juntos e Jaehyun até investira em te ensinar a surfar, embora esse fosse apenas um pretexto para que ele pudesse te tocar, na cintura, no cabelo para afastá-lo do rosto, nas mãos e nas costas para corrigir sua postura acima da prancha. Você esbanjava um sorriso de orelha a orelha, fingindo inocência a respeito das intenções bastante óbvias de Jaehyun, sobrepondo a própria mão por cima da dele sempre que tinha a chance, fazendo-o sorrir com os olhos.
Agora tinham acabado de participar de uma atividade do hotel, um karaokê no qual você obrigou Jaehyun a ir porque queria muito cantar alguma música romântica olhando-o nos olhos mesmo consciente de que ele não entenderia palavra alguma da letra da canção. Vocês dois resolveram se deitar no gramado próximo da piscina, com a mínima vontade de encerrarem a noite então usaram a desculpa convincente de que as estrelas brilhando no céu deveriam ser contempladas.
— Aquela senhorazinha 'tava dando em cima de mim, não é? — Jaehyun questionou, se virando no chão para ficar de frente para você, você aproveitou para admirá-lo em silêncio, correndo os olhos pela bermuda clara, a camisa de linho, as bochechas rosadas pelos drinks que vocês beberam num intervalo de tempo muito pequeno e finalmente chegando aos olhos.
— É claro que sim. Do lado do marido dela vale ressaltar — Você tocou na correntinha no pescoço dele que podia ser vista graças aos botões iniciais de camisa fora de suas casas, mexeu no acessório até o pingente permanecer numa posição agradável aos seus olhos — Mas a culpa é sua. Quem mandou ser lindo de morrer?
— Acho que você deveria discutir com os meus pais sobre.
— Discutir? — Foi a sua vez de perguntar, Jaehyun esboçou um sorriso na sua direção achando graça da sua expressão surpresa — Eu quero mais é agradecê-los.
As ondas da praia quebravam de forma bastante audível quando Jaehyun arrumou os fios do seu cabelo ou apenas fingiu arrumá-los para poder te tocar, você retribuiu o toque, pressionando a bochecha dele no ponto específico da covinha característica logo que ele esbanjou aquele sorrisinho celestial mais uma vez.
— Você comentou que partiria daqui dois dias... — Jaehyun começou, achegando o corpo para mais perto de você sem nem se dar conta do movimento — Amanhã a gente pode só ficar curtindo a piscina. Nada de buggys, dunas ou surfe. Só relaxar.
Seria muito difícil se despedir dele, você pensou enquanto balançava a cabeça em afirmação à proposta de Jaehyun, mas no que você estava prestando atenção mesmo era no rostinho levemente vermelho dele, consequência do sol quente e também devido ao álcool de algum tempo atrás. As pupilas dilatadas em união aos lábios rosados, como o efeito de um lip tint qualquer tornavam aquele homem ainda mais irresistível e perdidamente gostoso.
— Quero passar o máximo de tempo possível com você — Foi sincera ao dizer, seu corpo se arrepiando por inteiro quando ele capturou suas mãos sem rodeios, pressionando os lábios suavemente sobre os nós dos dedos. Jaehyun realmente gostava da sua companhia, mais do que ele já gostou da companhia de qualquer outra pessoa mais íntima, aquela era a primeira vez que tanto ele quanto você se sentiam tão conectados com uma pessoa que conheciam tão pouco.
— Eu não quero terminar nossa noite aqui — Ele disse sob as luzes artificiais da área da piscina e sob o brilho natural da lua, as ondas do mar quebrando suavemente atrás de vocês serviam como a trilha sonora perfeita do momento — Me deixa ir com você... Eu prometo que vou ser um bom garoto.
Jaehyun proferiu essas últimas palavras baixinho, num sussurro galante que provocou inquietação na sua barriga e no baixo ventre, o que te fez enroscar uma das pernas na dele, tornando a distância de vocês mínima e engrandecendo um desejo que nenhum de vocês sabia pontuar muito bem quando havia surgido.
Os olhos do homem diante de você carregavam um brilho que era impossível passar despercebido, tinham um ar de súplica e se assemelhavam com o olhar de um cachorrinho pidão, insinuando um sorrisinho em você de puro deleite a situação.
Em silêncio, Jaehyun entrelaçou os dedos aos seus e te conduziu até o elevador, você escolheu o último andar do hotel que coincidentemente era o andar do apartamento que você estava hospedada e quando abriu a porta, ele não esperou as luzes serem ligadas, apenas fez suas costas se encontrarem com a parede mais próxima e abaixou a cabeça um bocado para ir de encontro a sua boca, afundando a mão no seu pescoço e guiando o beijo com propriedade, a língua morna e molhada te conhecendo melhor enquanto a mão livre te apalpava sem brusquidão.
Você sentia que podia se desmanchar alí mesmo, com apenas um beijo, no entanto percebeu que teria de resistir um tantinho quando Jaehyun tateou seu corpo, elevando sua coxa até a altura da sua cintura e fazendo você senti-lo de forma completa, o que te fez arfar com o fato dos seus corpos quase se encaixarem perfeitamente por cima das roupas leves de verão.
Ele pôs uma das mãos entre seus corpos, invadindo e subindo o vestidinho que você utilizava para te ter nos dedos, o que te fez contrair ante ao toque terno dele, entretanto Jaehyun beijou seu pescoço, sussurrando no seu ouvido como se quisesse compartilhar um segredo.
— Não faz assim — Ele sorriu, fazendo entrar em cena a covinha adorável que você conseguiu vislumbrar devido a luz da lua que adentrava no quarto devido as portas da varanda abertas. Você o agarrou pela correntinha que residia no pescoço dele, aproximando sua boca na de Jaehyun numa tentativa notória de espalhar o calor para todo corpo já que no momento ele se concentrava num lugar sensível seu na parte inferior que ganhava toda atenção com a mão macia do Jeong.
Ele deixou um beijinho carinhoso na pontinha do seu nariz antes de dizer, os olhos semicerrados e um sorriso insistente que não deixava seu rosto de maneira alguma.
— Eu quero fazer essa festa durar a noite toda.
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11queensupreme11 · 5 months
Note
The comments about Poseidon impregnating Percy with eggs kind of reminded me of the movie Ponyo
I'm imagining the following: Poseidon decides to impregnate Percy in mer form, she now has an adorable and swollen belly full of dozens of eggs (in the same way as a normal fish, let's imagine he impregnated her with just a few dozen already This is her first pregnancy and it doesn't help that she's SO small)
She looks so cute pregnant, with her swollen belly and swimming so slowly due to the weight she is carrying, she gets tired easily so when she is not lying in bed Poseidon is without fail next to her holding or carrying her so that she, it's so It's cute that he has to slow down to match Parcy's slow swim
Do you know how pregnant women walk much slower and with their legs generally spread like a penguin? Well that's our Percy on land and when she's in the water she swims as slow as a manatee
(I totally didn't think of this after seeing a video of a pregnant mom humorously complaining about how her husband and daughter walk too far ahead of her leaving her behind only for her daughter to turn around and say it's because mommy is walking like a obese penguin, children's honesty is hilarious and cruel)
Now comes the film Ponyo:
No filme, Ponyo tem várias irmãs que são um pouco parecidas com girinos e todas ficam em uma cúpula que parece um berçário.
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That's where I imagine Percy and Poseidon's children would stay, this man will definitely order a magical nursery to be built (it would be impossible to keep track of almost 100 puppies if they were all scattered around the corners of the castle, the best alternative is to keep them all together in the same place), I know it looks like a fish tank like I confess I found it quite ironic to keep "fish" babies in an aquarium the same way you keep a human baby in a crib
Since she gave birth to the eggs, Percy spends most of her time in the nursery (aquarium) interacting with her babies, feeding, singing and cuddling and when the children are not (stuck) in the nursery they are playing and swimming in the shoal style with Percy while Poseidon lovingly watches
Do you remember that scene from the carriage ride where some fish swim through Poseidon's hair? Well, that's exactly how I imagine the little tadpoles (Percy's affectionate nickname) interacting with their father
Imagine só o gigante Poseidon sentado em seu trono gigantesco enquanto seus bebês correm pelos seus cabelos, brincam de deslizar em seu rabo, agarram-se em seus dedos enormes e brincam com as pontas dos tentáculos do monstro marinho abaixo do trono, talvez Percy esteja sentado em seu ombro vendo os babys brincarem ou talvez ela esteja deitada no seu colo enorme dormindo enquanto segura alguns babys sonolentos que já se cansaram de brincar
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Gosto de pensar que Percy (embora ela negue) tem um favoritismo em relação ao primeiro filhote que saiu do ovo, ela definitivamente a nomeou pessoalmente (ou talvez quem a nomeou tenha sido Poseidon, tenho certeza que no passado sendo nomeado por seu pai era uma honra e prova de reconhecimento paterno, especialmente se o bebê fosse "infelizmente" uma menina então ele ficaria ainda mais irritado ao saber que ela preferiu trocar o nome de uma divindade escolhido pessoalmente por um nome humano)
In this case I feel like the roles would be kind of reversed with Percy being in the role of Ponyo's father (a lovable tired loser who just wants to get his baby daughter back who ran away from home) and Poseidon being in the role of Ponyo's mother ( a beautiful and elegant deity, but our merciful and gentle Poseidon has nothing hahaha)
I can see Ponyo running away from home in search of adventure in the same way that in the film, Percy would secretly go in search of her (she doesn't want to warn Poseidon because she knows he won't show mercy to humans who are with her daughter, even that they are innocent and are helping her daughter), she managed to bring her daughter back home and tries to explain why they should stay at sea (because Poseidon is the most overprotective and possessive husband and father there is) but Just like in the film, Ponyo, with the help of her sisters, manages to escape and ends up spilling a potion that temporarily transforms her sisters into huge fish that cause a flood (so far the script remains reasonably the same)
It is at this moment that Poseidon is warned about the problems that his daughter is causing for his daughter-wife, first he has to fix things by turning the fish back into babies, then he has to organize the mess that the ponyo caused to the run away (maybe she accidentally released some sea monsters), his daughter-wife is desperate because all the babies have escaped from the nursery so he has to calm her down by promising to get all the babies back unharmed and finally he has to punish Ponyo ( and her sisters for helping her escape, we all know that the only daughter he accepts that causes trouble is Percy, rebellion in his other children is not tolerated, the only exception to his rule of total perfection is Percy therefore your other children must behave like proper gods)
Poseidon ficaria indignado ao saber todos os detalhes da fuga de Ponyo, saber que sua filha mais velha (depois de Percy) fugiu para viver no mundo humano é absolutamente nojento, quando ele chegar lá com certeza ficaria ofendido pela forma como Ponyo foi tratado inicialmente como um peixe comum e também a mera ideia de uma de suas filhas interagindo e aprendendo costumes bobos com um humano é nauseante
Ao contrário de sua contraparte no filme, ele não daria a Ponyo a oportunidade de se transformar em humano e muito menos estaria disposto a abrir mão de sua paternidade e entregar o título e os deveres de mãe de Ponyo a este humano (a simples ideia de remover o poder de Percy o título de mãe é mais do que ofensivo, quem esse humano pensa que ela é para agir de maneira tão maternal com sua filha!? Ela está tentando roubar o lugar de sua esposa como figura materna? Todos os envolvidos nessa bagunça deveriam ser punidos com a morte )
in fact I think he would even severely punish Ponyo for disobeying and causing her mother so much stress, he would also definitely force her to watch the humans she loves so much die by drowning (a punishment for her betrayal, how dare she run away from her home where she is pampered and protected!? Percy certainly spoiled this child too much to get to the point where she spits on all the love and dedication she received and goes after a human family, Percy will have to beg a lot for Poseidon not to crush the Ponyo between his fingers in his giant form, I feel like he would see the whole situation as a very serious insult and not as the result of a reckless child wanting to explore)
I feel like it would be a very sad ending for Ponyo since she would have to witness her father kills the boy she loves (Sosuke) his mother (Lisa) and the whole town all because of her, her mother is probably upset with her and will also be punished despite not being at fault, her father is seriously considering killing her (although I think Percy would beg for a punishment that doesn't result in death, she would offer anything to soften whatever punishment Poseidon chooses since Ponyo is still just a baby, she is just 5 years old), the her sisters were punished for helping her and any prospect of future freedom just disappeared as they are now permanently incarcerated in the castle (they will only come out when Poseidon decides that they should marry some nobleman of his choosing), she has just learned why the father is called the tyrant of the tides
And finally our Percy would also be punished for not being able to control the children as a proper mother should be able to do, she is sad that her daughter had such a traumatic experience
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I found this image while searching for images of Ponyo, I thought it was SO CUTE, I confess that I prefer to imagine that all the eggs are girls similar to Percy with hair that varies from light to dark brown but after seeing this image I'm not opposed to one small tadpole identical to Poseidon
THIS ASK MADE ME FLABBERGASTED
LIKE JAW DROPPED AND EVERYTHING
NO SERIOUSLY YOU GOT POSEIDON'S FATHERLY SKILLS DOWN TO A TEE 😭😭😭 this is exactly what he would be like with his kids (aside from his dearest daughter-wife of course!).
you even managed to accurately describe what he would be like with daughters 😭😭 like the part where you said "they will only come out when Poseidon decides that they should marry some nobleman of his choosing" IT IS 100000% WHAT POSEIDON WOULD DO 💀💀
and the fact that he was soooo offended for percy's sake when ponyo!daughter wanted to live as a human with a human family??? that's so him 💀💀
his inability to show mercy to even his own young children, the oldest being like five 💀💀💀 percy would be downright BEGGING him to spare their daughters she'd be like "please they're only children!!! they dont know any better, they're just kids!!!!" because its true! the sisters are just lil kids who wanna help their big sister out and ponyo!daughter is just a curious and naive child who thinks she's in love (when its mostly just a crush) but these poor girls learned the hard way how much their dad:
HATES disobedience
HATES humans
poor girls. daughter or son, none of poseidon's children are gonna have it easy. percy is quite literally the only exception 🥲
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markiefiles · 1 year
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Bigodin'arranha...
fem!reader, oral!fem, pussy!spank, apelidos fofos, palavras no diminutivo, br!au, mark lee paulista.
Spirit Fanfics
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Você enrola uma mecha de cabelo nos dedos, solta e o cheirinho de frutas vermelhas se intensifica. Passa a usar a mão todinha pra acarinhar os fios, enquanto Mark o marrentinho geme de satisfação.
Num desses finais de semana, finalzin' de tarde, Mark te chama pra ver um filme, comer besteira, você aceita. Te trata feito uma princesa, deixa as almofadas e uma coberta ali a disposição, muito educado apesar da marra, da vergonha a cada elogio que você esbanja pra ele.
Ele tá meio sonolentinho, com o rosto no teu colo, raspando vez ou outra a barba pra fazer contra sua pele e você gosta do áspero, Mark tá muito cheiroso, saiu do banho há pouco enquanto você explorava os aplicativos da Smart TV; mas não tá dormindo não, apenas gosta dos seu cafuné.
É que por baixo da marra, Mark era um cara carinhoso.
E ele desvia do seu pescoço, olha pra tua boca e meio confusa você pergunta "O que foi?", aperta as pernas sobre o corpo dele deitado no seu, ele sorri, beija tua bochecha e ele vê o repuxar dos teus lábios, satisfeita.
O cheiro dele te deixa meio tonta, você fecha os olhos e Mark passa o nariz na sua bochecha, logo depois sente os pelinhos ásperos contra seu rosto, você suspira.
— Cê gosta disso, gatinha? — Mark sussurra e tudo o que você pode fazer é levar os dedos pra cintura dele.
— Não fala assim comigo não, fico bobinha. — Você confessa e ele derrama um sorriso lindo, que te apaixona, te deixa toda molenga.
Aí, Mark Lee te beija. Lentinho, com calma, uma das mãos apoia o peso do corpo e a outra envolve seu pescoço. Lambe seus lábios, deixa que sua língua se enrosque na dele, geme contra sua boca e você faz igual. Quando se separa, te olha, com amor nos olhos, como ele mesmo diz "Minha mina, minha mulher."
— Papo amor, cê é linda demais. — Beija seus ombros, empurra a coberta pra baixo, as mãos agora nas tuas coxas e você deixa, porque é o Mark, a pegada do Mark Lee.
Você automaticamente abre as pernas sem muito o que dizer, mas Mark entende, ele até solta uma risadinha sacana, faz uma expressão desacreditada, contrapartida significa que não está surpreso.
Tira seu shortinho, fica entre suas pernas, beija a parte interna de suas coxas, a virilha e você solta um sorriso, um murmurar gostoso quando sente os pelinhos ásperos do rosto dele contra sua coxa.
— Gostosa… — Diz, coloca o tecido fino de lado, beija os lábios maiores e você geme contida, molhadinha. — Essa buceta é minha, todinha minha.
Mark diz, usa o polegar pra esfregar o buraquinho que se contraí, expele lubrificação, ele espalha pelo restante da bucetinha e você gosta de como as pontas dos dedos dele te enlouquecem.
Com cuidado ele retira sua calcinha, volta a te beijar, abaixo do umbigo, a virilha e finalmente, caí de boca ali. Se mela, faz uns barulhinhos de sucção que te fazem gemer e inconscientemente te fazem fechar as pernas, enquanto ele te chupa.
Você arqueia as costas, a língua dele não para, ela é quente demais, macia, se enfia no comeco do canalzinho estreito e tudo o que consegue pensar é que mal espera pra levar pau. Mas, Mark separa tuas pernas facilmente, prende o clitóris entre os dentes levemente e você solta um gritinho, quer chorar de tanto tesão que sente.
— Markie…! — Sua voz saí, manhosa, tu rebola na boca dele, mela a pontinha do nariz dele e, o moreno responde prontamente, passa a enfiar os dedos passivo-agressivo, passa a espancar a bucetinha, porque sabe que você gosta da dorzinha seguida do prazer.
E você pode sentir o bigodin' nas tuas dobras, tu rola os olhos pra cima, maluquinha, querendo que ele fique entre suas pernas pra sempre, melando sua bucetinha, te dando carinho.
Porque é nesses finais de tarde que você gosta, até prefere o Mark…
Com bigodin' arranha...
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thxverenlim · 2 months
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ⵌ ㅤ𝐕𝐄𝐑𝐄𝐍𝐀 𝐌𝐎𝐑𝐀𝐋𝐄𝐒ㅤ/ ㅤ𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒ㅤ.
mulher transgênero. vinte e cinco anos. filha de hefesto, residente do chale nove há três meses. está no nível i de suas habilidades gerais.
mapa do personagem:ㅤtasks .ㅤconexões .ㅤheadcannons .
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ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒
Signo: Leão Sexualidade: ( ? ) Relacionamento: Solteira Nascimento: 12 de Agosto de 1996
ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐅𝐀𝐌𝐈𝐋𝐘 𝐌𝐀𝐏
ⵌ   Filha de Mirian Diaz, grande atriz hispânica de fama internacional. É fato que, embora não pareçam desunidas aos olhos alheios, existe um grande limbo que as mantém distantes. ⵌ   Filha do deus Hefesto. Sobre homem que apareceu de repente feito brisa faceira, Verena não sabe o que pensar. Fica a se questionar como diabos isso aconteceu e gostaria de ter algumas conversas francas e longas com ele; espera que isso possa acontecer logo. ⵌ   Sobrinha de Hernesto Morales. É notável o quanto o adora, mas o contato sempre foi escasso por conta do desprezo de sua mãe pelas origens humildes que possui. Nos dias atuais, costumam conversar por vídeo e ela deseja muito visitar ele e sua calorosa família outra vez.
ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐃𝐄𝐓𝐀𝐈𝐋𝐒
Altura: 1.77cm Tatuagens: Uma frase no meio das costas e uma data atrás da orelha. Vestimenta: Está sempre bem vestida. Gosta de cores, variedade e adora sapatos se salto alto. Passatempos: Costurar, desenhar, pintar com aquarela, confeccionar pinturas terapêuticas com diamantes colantes, caça palavras. Aparência: Possui cabelos castanhos, lisos, um tanto abaixo dos ombros. Seus olhos, de castanho a avermelhado, são expressivos e quase sempre denotam o que sente.
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ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇
Tipo: Enfia Alinhamento moral: neutral good. Qualidades marcantes: genuína, criativa, carismática, carinhosa. Defeitos gritantes: auto crítica, cabeça dura, hiperativa, desastrada. Trejeitos: Costuma brincar com sua pulseira quando está distraída e é comum que estale os dedos quando tensa. Adora: chás, bolo, desenhar, flores, praia, costurar, dia de SPA, chuva, dançar, verão, torta de abóbora. Detesta: gritaria, ser ignorada intencionalmente, pessoas grosseiras, suflê de brócolis, refrigerante, comida amarga, paparazzis. Personalidade: De personalidade carismática e extrovertida, Revee se interessa pelo todo ao redor com facilidade. Gosta de liderar e trazer ânimo, e o seu lado dominante é repleto de altruísmo, empatia, bom humor e lealdade. Apesar disso, em suas sombras reside uma pessoa pessoa extremamente exigente, inquieta e cabeça dura. Curiosidades: ㅤㅤ𝒊. é ambidestra. ㅤㅤ𝒊𝒊. adora gelato de pistache. ㅤㅤ𝒊𝒊𝒊. O seu perfume é muito suave e discreto. ㅤㅤ𝒊𝒗. usa adjetivos carinhosos em espanhol para de referir as pessoas. ㅤㅤ 𝒗. sempre se comunicou com a mãe em espanhol, pois Mirian fazia questão que soubesse o idioma com perfeição. ㅤㅤ𝒗𝒊. não tem uma cor favorita, mas é encantada pela mescla de roxo, laranja e azul rosado do pôr do sol.
ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐂𝐀𝐌𝐏 𝐇𝐀𝐋𝐅 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃
Habilidades: vigor e agilidade sobre humanas.Maldição ou benção: nenhuma, até o momento.  Atividades no acampamento: Está na Equipe de Ferreiros, e participa do Clube de teatro e da Corrida de Pegasus. Poderes: Auriflama permite a Verena a capacidade de aquecer o próprio corpo a limites sobre humanos. Com isso, é possível que expanda a aura de calor e o maneje da forma que deseja (aquecendo ambientes, projetando em suas armas, ou mesmo acedendo fogueiras, entre outros). A aura também é capaz de causar em inimigos indisposição e fraqueza, enquanto que aos aliados proporciona vitalidade. Chegada: Hefesto a reclamou em presença no dia de seu desfile de estreia, e isso ocorreu logo após a discussão com sua mãe. No instante em que soube a verdade, seus poderes despertaram em descontrole e o deus se personificou e muito rapidamente alertou sobre os monstros que estavam a farejar e que rapidamente a localizariam. Acabaram chegando no acampamento ainda naquela madrugada. Arma: Se trata de um par de leques de guerra que ficam ocultos sob o disfarce de uma pulseira fina e prateada. Carinhosamente apelidada de Naserias, às armas gêmeas são feitas de bronze celestial e possuem cinco lâminas afiadas em sua estrutura. Nos ornamentos, desenhos delicados e tecido vermelho nobre se mesclam em misto de letalidade e elegância; no cabo do leque, recaem duas fitas de tecido que escondem pequenos dardos afiados. Ainda não os usa como deveria, mas as vezes consegue fazer bom uso.
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ㅤㅤㅤㅤ⟡﹕𝐁𝐀𝐂𝐊𝐆𝐑𝐎𝐔𝐍𝐃
!!ㅤO texto abaixo contêm gatilhos: tentativa de suicídio, menção a negligência e a problemas relacionados a figura materna. Prossiga com cuidado.
Desde o seu primeiro mês de vida, Verena foi criada por babás e, em meio a uma infância maquiada por presentes caros, cresceu em uma mansão cercada apenas pelos funcionários da família. Vivia bem, no mais alto conforto, todavia, era negligenciada pela mãe e só via uma vez a cada quinzena.
Dessa maneira, dias se tornaram anos. Logo entrou na pré-adolescência e assim a sua percepção a respeito do próprio gênero se tornou ainda mais clara.Sem ter onde se apoiar, tentou lidar consigo mesma em silêncio. Naquela época, não desejava expor-se para Mirian, pois creditava fielmente que se o fizesse levaria a fama que a mãe tanto prezava a ruína. Se anulou dia após dia, mas aos quinze sua tentativa de suicídio veio como uma explosão.
Quando acordou no hospital, Mirian não estava lá, mas enviou assistentes para cuidar de tudo. Nos dias em que ficou internada, conversaram brevemente através de chamadas de vídeo e Mirian, inesperadamente, a incentivou a começar seu processo de transição depois de se estabilizar na terapia. Verena tentou se apegar a tal fagulha na esperança de ter o olhar da mão sobre si pela primeira vez, todavia, aquela brasa logo se apagou quando as mudanças idealizadas não chegaram. Por isso, acabou viajando para passar algum tempo com o tio enquanto se recuperava.
As engrenagens do tempo continuaram a passar e aos poucos sua transição foi se concluindo. Estudava em um colégio interno e mal falava com a mãe, mas aprendeu a lidar com isso para sobreviver. Ela nunca esteve lá, afinal.
Por conta própria, criou sua marca de maquiagem e começou a crescer. Nas mídias sociais e até mesmo em revistas só se dizia o quanto filha até misteriosa de Mirian Diaz estava emergindo aos holofotes sem usufruir da fama mãe.Aos vinte e dois, tirou um ano longe da graduação em moda para realizar sua última intervenção cirúrgica. A redesignação ocorreu fora do país e Verena se recuperou sob os cuidados de pessoas pagas. Seis meses depois, voltou para França para terminar os estudos.
Quando estava prestes a se lançar oficialmente como estilista, no auge dos seus vinte e cinco anos, a sua mãe deu as caras no evento. Verena jurou que não seria afetada por ela outra vez, mas foi. A discussão das duas veio como um estrondo e verdades ocultas subiram à superfície pela primeira vez, e ali Verena enfim ouviu sobre a sua origem. No furor da briga, seus poderes adormecidos despertaram e ela só foi capaz de se acalmar por conta da presença de Hefesto. Ao acalmar da comoção, o deus que emergiu como o sol deu um alerta que deveria ser ouvido e com isso o curso de vida de Verena foi abruptamente alterado.
ATUALIDADE . . .ㅤㅤㅤVerena está tentando se adaptar a nova vida, mas ainda se sente como um peixe fora d'água. Anunciou uma pausa nas mídias e deixou a pequena empresa em crescimento nas mãos cuidadosas da gerência. Assim, passa parte do tempo tentando entender tudo e no restante sente falta da liberdade e do trabalho.
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girlneosworld · 10 months
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PAPAI.
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aqui eu coloco toda a minha vontade de ter o tae como maridinho e futuro pai de menina.
tw: altas doses de fofura e Lee Taeyong como um grande paizão.
No exato momento em que o sol deixava o céu e dava espaço para as nuvens alaranjadas e roxas darem a cor que refletia na janela do cômodo, foi o momento em que você tirava o excesso de tinta do pincel no pote d'água apoiado na mesa ao seu lado. Voltou sua atenção novamente para o quadro a sua frente, o lábio entre os dentes enquanto analisava seu mais recente poço de dedicação, uma vez que não saía mais trabalhar todos os dias.
Ouviu um pigarro e olhou na direção que o som vinha, dando um sorriso assim que viu Taeyong parado na batente da porta, um semblante cansado após um dia árduo de trabalho que logo foi substituído por uma expressão de carinho. Esperou que ele viesse até você e se inclinasse para deixar em selar singelo em sua testa. Ele tombou a cabeça para o lado.
— Está tendo sucesso no seu quadro? — O Lee perguntou observando sua pintura. Você deu de ombros, o mindinho afastando uma mecha de cabelo da frente do seu rosto.
— Hm, acho que sim. Mas ainda está pela metade. — Respondeu simplesmente enquanto tentava pegar outra aquarela, tendo um pouco de dificuldade pelo peso que vinha de seu abdômen. — Pretendo terminá-lo antes que sua filha nasça.
O homem riu e olhou diretamente para sua barriga enorme. Estava com 39 semanas exatas de gestação e mal podia aguentar o peso que carregava, mas o que te confortava era saber que a qualquer momento a neném de vocês viria ao mundo. Taeyong ficava completamente encantado, se já te achava linda antes, agora, grávida da filha dele, não conseguia simplesmente achar adjetivos que definissem como estava maravilhosa. E cenas como essa, você com um dos seus marcacões de moletom que começou a usar na gravidez, o rosto sujo de tinta e a luz da tarde ilumindo seu rosto, só contribuiam para que ele se apaixonasse por você outra vez, várias e várias vezes.
— E como está minha garotinha? — Se agachou a sua frente e deixou a mão descansar sobre sua barriga, um toque terno enquanto tentava sentir algum movimento vindo lá de dentro. O olhar do Lee era sempre tão carinhoso em sua direção que te deixava boba.
— Dando bastante trabalho. — Se apoiou no encosto da cadeira estofada, a voz com um pingo de cansaço — Está mais pesada do que nunca, não para de se mexer e está deixando minhas costas doloridas.
Ouviu o que pareceu ser uma risada soprada e arqueou uma das sobrancelhas.
— Você deveria ir descansar, seus pés estão parecendo pãezinhos de tão inchados. — Brincou lhe causando um riso nasal enquanto começava a organizar as coisas para fazer o que ele disse. — Deixe isso ai, eu arrumo. Vá tomar banho.
— Sempre tão prestativo, por isso engravidei de você. — Sorriu antes de deixar um beijinho nos lábios dele, se levantando com uma mão na base da coluna e a outra no topo da barriga. Taeyong logo te ajudou a ir até o corredor. — Sei andar sozinha, Tae. — Disse brincalhona.
— Claro que sabe, amor. Mas tenho medo que seus pés explodam se colocar muito peso neles. — Assim que chegaram na porta do banheiro de vocês, ele abriu a porta e sorriu — Não demore, eu já venho.
— Ok.
•••
Assistiu Taeyong abrir a porta do guarda-roupa e mexer em algumas coisas lá dentro. Estava deitada na grande cama de casal com dois travesseiros abaixo de sua cabeça. Sentiu vontade de rir quando percebeu que mesmo assim ainda não conseguia enxergar seus pés e nem nada que estivesse abaixo da sua virilha. Viu seu namorado voltar para perto de você com um vidro de creme em mãos e se sentar ao seu lado.
— Tenho que passar creme nessa barriguinha. — Ele disse enquanto abria seu roupão de banho. — Hoje é dia de conversar com essa pequenina aqui.
— Mas você fala com ela todos os dias. — Riu junto com ele, que deu de ombros concordando. Taeyong despejou um pouco do creme em suas mãos e começou a espalhar por toda circunferência de sua barriga. — Quem sabe ela fica quietinha se você conversar com ela.
— Ah, eu queria que ela mexesse. — Um bico se formou nos lábios do homem e você não pode evitar de achá-lo adorável. O Lee continuou passando as mãos pela pele dura e esticada quando aproximou o rosto e para sentir o perfume do creme.
— Porque não é em você que ela dança, 'né?!
— Minha linda, ela está apenas imitando o pai dela. Aposto que vai ser uma grande dançarina quando crescer. Não é, neném?
Você revirou os olhos.
— Filha, conta pro papai — Ele começou dizendo — Você vai parecer mais comigo ou com a mamãe quando estiver maior? Tomara que se pareça comigo.
— E por que ela não pode se parecer comigo? — Indagou rindo.
— Está doida? Imagina se ela fica bonita como você, com esse cabelo e esse rostinho? Vou passar por muita dor de cabeça. — Explicou gesticulando com as mãos antes de voltar a falar com sua barriga — Se bem que ela vai ser tão linda se vier igualzinha a você, vão ser as mulheres da minha vida.
— Eu queria que ela tivesse os seus olhos. — Você diz colocando uma das mãos ao lado da dele. — Filha, você vai vir igual ao papai, ou igual a mamãe?
Vocês dois ficaram uns segundos em silêncio, esperando alguma resposta da garotinha dentro de você. E então, como se ela realmente entendesse alguma coisa, ela chutou sua mão. Taeyong abriu um sorriso de orelha a orelha.
— Ah, eu vou sofrer pelo resto da minha vida — Choramingou fazendo drama — Em compensação, você vai ser a menina mais linda e perfeita desse mundo. — Ele deixou um beijinho sobre sua mão, já que era, aparentemente, onde a bebê estava.
Ele pegou mais um pouco de creme para espalhar em você antes de voltar a dizer:
— Mas sabe, filha, você já está ai a muito tempo, 'né? Acho que já está na hora de sair do forninho. — Voltou a passar as mãos na barriga — Sua mãe já está ficando cansada e com dor, acho que você já está grande demais para continuar na barriga da mamãe. E ficando sem espaço para dançar ai dentro. E o papai não vê a hora de ver o rostinho da minha princesinha, de pegar você no colo e sentir o seu cheirinho também. Você precisar sair daí logo para dançar com o papai aqui, e não dentro da sua mãe.
Enquanto ouvia tudo que ele dizia atentamente, você nem percebeu quando seus olhos ficaram aguados. Um sorriso espontâneo decorava o seu rosto com todo aquele amor que Taeyong transmitia e com o carinho que já tinha mesmo antes da bebê nascer. Quando descobriu sua gravidez, a nove meses atrás, não tinha dúvidas de que Lee Taeyong adoraria a notícia, e olhando para a cena que presenciava agora, não conseguia ter mais certeza disso.
— Meu amor, você está chorando? — Foi tirada de seus pensamentos com a voz macia de seu homem. Então notou que as lágrimas já estavam rolando pelas suas bochechas inchadas.
— Argh, são essas drogas desses hormônios. — Resmungou passando a mão pelo rosto. — Estou bem.
Taeyong fechou o vidro que estava sobre o cama e o deixou no móvel ao lado de vocês. O Lee se ajeitou deitando sobre seu busto, tomando cuidado para não deixar o peso em seus seios sensíveis e lotados de leite materno. Ele tornou a colocar as mãos em sua barriga enquanto falava com a voz mais baixa, você fazendo carinho nos cabelos rosa dele.
— Eu fico pensando, em qual o momento isso aconteceu. As vezes eu não sei como isso pode acontecer de uma para outra.
— Você quer mesmo que eu te diga como isso aconteceu? — Ele podia apostar que você estava com as sobrancelhas arqueadas agora e riu com esse pensamento.
— Claro que eu sei como você engravidou. Aliás, fui em quem colocou nossa neném em você. — Revirou os olhos quando ele riu outra vez. — Quero dizer que não sei como as coisas podem ser assim. A um ano atrás nós nem morávamos juntos ainda. As vezes, quando eu estou na sala de prática com o restante dos garotos, eu fico me perguntando: será que eu serei um bom pai?
— Tae, sinceramente, eu nem sei como você chega nesse questionamento. Você já tem um instinto de cuidar e zelar pelos outros, seja comigo, com os meninos do grupo ou com qualquer pessoa que você tenha o mínimo de carinho. Não consigo imaginar como seria diferente com nossa filha. Tenho certeza absoluta que você será o melhor pai do mundo para ela, vai amá-la incondicionalmente e fazer com que ela sinta orgulho de ser sua filha todos os dias.
— Eu te amo — ouviu ele dizer com a voz embargada enquanto se levantava para te beijar carinhosamente, as mãos agora em rosto. Assim que descolou os lábios do seus, ele ficou com o rosto ainda próximo, os narizes se tocando e olhos fechados. — Ah, e falando nos meninos, acabei de lembrar de uma coisa.
— O quê?
— Eles pediram para você ir até lá vê-los qualquer dia desses. Estão com saudades de você e querem te ver grávida antes que ela nasça. Palavras deles.
— Posso ir lá amanhã, se não tiver algum problema.
— Claro, problema nenhum. — Te beijou outra vez antes de você o empurrar repentinamente. — Yah, o que foi?
— Preciso fazer xixi. — Você foi até o banheiro o mais rápido que sua barriga permitia antes que fizesse tudo nas calças, deixando um Taeyong rindo na cama.
•••
Passaram pela porta da sala de prática da SMTOWN e logo uma explosão de comprimentos recebeu vocês. Taeyong estava segurando suas bolsas nas mãos, já que segundo ele, era melhor estar sempre prevenido e nunca se sabe quando você pode começar a entrar em trabalho de parto. Você estava vestindo um dos vestidos longos de alcinha e tecido leve que tinha ganhado ao longo da gravidez e estava com os cabelos soltos ao redor do rosto. Ouviu uma série de elogios do pai de sua filha antes de saírem de casa.
— Até que enfim você veio nos visitar. — Doyoung se aproximou de você e te deu um abraço. — A gente queria mesmo te ver antes da minha afilhada nascer.
— Yah, parece que você engoliu uma melancia — Ouviu Donghyuck dizer e semicerrou os olhos na direção dele enquanto abraçava o outro.
— Muito engraçado, Haechan. — Ironizou para ele.
Terminou de cumprimentar o restante dos meninos e agradeceu aos elogios de todos eles. Mesmo que tenha tido a oportunidade de conhecer os 23 garotos do grupo, com certeza tinha mais afinidade com os membros do Nct 127. Talvez por ser a unit que seu namorado fazia parte, não sabia ao certo, mas os considerava seus amigos também. Nunca se esquecia de como foi quando eles ficaram sabendo da gravidez, até hoje eles discutiam sobre quem seria o padrinho da bebê. Como estavam fazendo agora.
— Pare de chamá-la de afilhada, já sabemos que sou em quem vou ser o padrinho dela — Ouviu Taeil dizer em frente ao espelho da sala, o que causou um alvoroço com o restante dos membros — Sou o mais velho, tenho mais autonomia para cuidar de uma criança.
— Como assim? EU vou ser o padrinho dela, desencana disso ai — Foi a vez de Jaehyun dizer — Eu quem apresentou os dois, portanto, nada disso aconteceria se não fosse por mim.
— Mas eu sou o melhor amigo do pai. — Doyoung retrucou.
— E eu o melhor amigo da mãe. — Yuta cruzou os braços.
— Essa é claramente uma função para mim, quem vai conversar em inglês com essa criança? — Mark pergunta.
— Eu vou! — Johnny e Jaehyun dizem ao mesmo tempo.
— Mas eu fiquei sabendo da gravidez primeiro. — Jungwoo argumentou.
— Ah, parem com isso, ela nem saiu de dentro de mim ainda. — Você interrompeu a discussão, colocou a mão na coluna e fez uma careta. — Preciso sentar em algum lugar antes que a sobrinha de vocês me mate de escoliose.
— Vem cá, amor, senta aqui. — Taeyong te guiou até um dos sofás que havia ali, te colocando sentada confortável. Você soltou um suspiro de alívio quando encostou as costas no assento, mesmo que o desconforto não tenha passado.
— Você já sentou, como podemos notar — Haechan disse fazendo todos na sala rirem e você lhe lançar um gesto nada amigável com a mão. — Nossa, mas 'pra que isso.
O ignorando, você começou a acariciar sua barriga enquanto eles se distraiam com algum assunto que não prestou atenção em qual era, sentindo um incômodo no começo do abdômen. Antes que pudesse se questionar o que estava acontecendo, viu o Nakamoto se sentando ao seu lado.
— Como está? — Ele falou mais baixo, apoiando o rosto na mão. — Ansiosa com a chegada dela?
— Muito, na verdade. — Admitiu. Como ele mesmo já tinha dito anteriormente, Yuta realmente era seu melhor amigo entre todos. Mesmo que tivesse sido Jungwoo a ficar sabendo da gravidez antes de todos, foi o japonês quem te deu coragem a contar para o pai da criança. — Não vejo a hora dela sair daqui de dentro. Mesmo que eu ache que vou sentir falta da gravidez.
— Mas nada vai se comparar a conhecer finalmente a nova integrante da neo city. — Ele sorriu. — Estou muito feliz por você e pelo Taeyong. Certeza que vão ser pais incríveis para ela.
— Obrigada, Nayu. — Sorriu também, mas logo seu rosto foi tomado por uma expressão de dor. — Ah, merda.
— Hm? O que foi? — Yuta perguntou vendo você começar a ofegar.
Sentiu uma pontada de dor se alastrar desde seu ventre até suas costas, uma dor muito mais insuportável do que as que estava acostumada. Sentiu algumas cólicas durante a madrugada mas preferiu ignorar e não perturbar Taeyong com isso, mesmo que ele não se importasse nenhum pouco em te amparar durante a noite. Mas agora estava ficando impossível aguentar, ao ponto de você contorcer todos os músculos do seu corpo com a dor.
— Linda? O que foi? Está passando mal? — Taeyong correu até você quando ouviu seu gemido de dor, vendo que estava apertando os olhos e o estofado do sofá entre os dedos. Ele pegou sua mão a sentindo gelada, os meninos começando a olharem preocupados para você. — Amor, fala comigo.
— Lee Taeyong a sua filha está me dando muito trabalho. — Você gemeu outra vez, a dor ficando mais forte.
— Ok, fica calmo. — Ele sussurrou para si mesmo, um pouco perdido nos acontecimentos. O que ele tinha que fazer mesmo?
— Fica calmo o caralho. Eu te amo muito mas quero te esganar agora mesmo por ter me engravidado. — Colocou ambas as mãos na barriga enquanto os outros, menos Taeyong, riram pelo o que você tinha dito.
Até que, no meio de vários xingamentos e gemidos altos de dor, você sentiu algo escorrer entre suas pernas e molharem o sofá da sala de prática. No mesmo momento, direcionou seu olhar para Taeyong, que arregalou os olhos quando o líquido começou a pingar no chão.
— A bolsa estorou. — Você murmurou ainda estática.
— AH, MEU DEUS! A bolsa estorou! — Taeyong gritou exasperado e em pânico.
— Ah, meu Deus, o meu sofá!
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tecontos · 3 months
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Começo de um delicioso período letivo (2024)
By; Sonia
Sou morena, baixa de seios médios, bumbum pequeno e cabelo liso abaixo do ombro tenho 34 anos, me chamo Sonia, e ele Claudio.
Recentemente eu comecei a fazer a minha pós-graduação e conheci o professor que iria ministrar aulas no primeiro período do curso, logo ficamos encantados um pelo outro, mas não passou de uma relação de professor e aluna.
Vou fazer uma breve apresentação do professor, para que vocês possam visualizar como ele é fisicamente, ele é moreno, magro tem média de 1,75 de altura, ele tem 40 anos, cabelos lisos, pretos e curto, barba sempre aparadinha, ele é um gato e sempre gosta de contar piadas durante as aulas, e as alunas todas ficam muito animadinhas, e o que mais me chamou atenção nele foi o sorriso, ele tem boca carnuda, então já dar para imaginar ou ficar imaginando como seria o beijo dele, ou até mesmo como seria um oral desse professor.
Não demorou muito para começarmos a conversar e passou a ser um hábito os desejos de bom dia, todos os dias, mais teve um dia que a conversa avançou um pouco mais e então começamos a falar das nossas intimidades, quando ele me revelou que achava sexy, duas meninas ficando. Isso me deixou muito animada, pois eu já havia beijado umas meninas e para provocar, revolvi fazer essa revelação para ele.
Desse momento em diante faltou um passo, para começarmos a trocar nudes, eu nunca havia feito isso, mas ele me inspirou confiança e revolvi mandar um de forma tímida apenas para mostrar meus seios e parte muito discreta da minha bucetinha.
Nossas, conversas avançaram para outro nível, ao ponto de questionar se ele já havia se masturbado pensando em mim, mas para minhas surpresa ele não quis, fazer essa revelação, que me deixou muito frustrada.
Na semana seguinte, houve aula e por motivos arranjados propositalmente resolvi conversar com ele em sua sala, e para falar a verdade eu queria a resposta para a minha pergunta.
Quando cheguei lá, ele me convidou para sentar ao lado da mesa dele, conversamos o que tinha para conversar, mas a minha intenção era outra. Foi quando ele resolveu me revelar a resposta para minha pergunta, eu nem estava esperando, e de repente ele virou para mim e falou:
- “Sim eu já me masturbei pensando em vc”
Naquele momento eu senti um arrepio pelo corpo, e as coisas começaram a esquentar por baixo, comecei a ficar toda molhadinha, então eu olhei para o pau dele, e não me julguem, pois ele estava olhando para os meus seios, e então eu vi um pacote bem volumoso, fiquei muito excitada, e foi quando tive a ideia e fiz uma proposta para ele.
Ofereci mostrar meus peitinhos em troca de um beijo, não podia deixar passar essa oportunidade, ele aceitou na hora, ele trancou a porta da sala dele, caso alguém pudesse nos surpreender, fui tirando minha blusa e meu sutiã, ele olhou com tanta admiração, deixei ele bem animado, pois quando nos beijamos eu peguei no pau dele por cima da calça e estava duro como pedra, e o beijo dele superou minhas expectativas, aquelas boca carnuda beija muito bem e gostoso.
Havia uma cadeira, sentamos nela, e eu comecei a me esfregar no pau dele, estava tão louca de tesão, minha bucetinha estava muito molhadinha, e o sentia o pau dele duro, foi quando eu resolvi me levantar e abrir o zíper da calça dele, tirei o pau dele para fora, e perguntei a ele com cara de safada, “Posso chupar” ele só balançou a cabeça que sim, então eu comecei a chupar aquele pau gostoso dele, colocava todo na boca, me dava tanto tesão, o sabor do pau dele é uma delícia, eu sentia o pau dele pulsar na minha boca de tanto tesão que ele estava, eu chupava da cabeça até as bolas, deixei o pau dele todo ensopado com minha saliva.
Nesse momento ele me levantou e voltamos a nos beijar, ele então começou a me masturbar gostoso, com certeza ele percebeu o quanto minha bucetinha estava com tesão pois estava muito molhadinha, ele voltou a sentar na cadeira, e eu sentei logo em seguida em cima do pau dele, começamos a fazer sexo ali mesmo, ele chupava meus peitinhos enquanto eu me esfregava no pau dele, transamos tão gostoso, até ele gozar dentro de minha buceta.
Quando finalizamos, nos levantamos e fomos nos limpar, enquanto olhávamos um para o outro e sorríamos, era a química perfeita.
Depois desse dia estamos nos pegando todo dia agora.
Enviado ao Te Contos por Sonia
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little-big-fan · 6 months
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Um neném para o Idol. (Jungkook - BTS) Parte 2.
Parte 1.
n/a: Eu sei que o que ganhou na enquete foi a opção de ter um imagine diferente além das partes desse daqui, mas, como expliquei lá no outro tumblr, eu comecei um emprego novo essa semana e não consegui produzir nada, então, espero que gostem da continuação <3
Ajuda com os nomes:
Jungkook: Jeon, JK J-hope: Hobi, Hoseok Suga: Yoongi Taehyung: V Namjoon: RM (também chamei ele de "líder" em algumas partes) Jin: Seokjin Jimin: Chamei ele só de Jimin mesmo, mas fiquei com pena de deixar de fora da lista KKKKKKK
Jungkook's pov.
Ainda tentando não acreditar no óbvio, encarei a cena na minha frente. 
A garotinha que tinha feições iguais às minhas sorria no colo com homem loiro que a alimentava com naturalidade. 
Comendo no mesmo prato, usando o mesmo talher. 
Ele afastava os pimentões da comida antes de lhe oferecer. 
Assim como eu afastava da minha. 
— Papa, vai levar a Liz no parquinho amanhã? — Ela perguntou com a boca cheia. 
— É “vai me levar no parquinho”, querida. — Corrigiu com carinho, embrulhando o meu estômago. 
Papa.
Pela milésima vez fiz as contas na minha cabeça. Essa garotinha tem pelo menos três anos. Idade o suficiente para ser minha. 
Isso não pode ser uma coincidência.
O fato dela odiar pimentões, sua alergia a amendoim, as características físicas. 
Essa garota é uma miniatura minha, até mesmo alguém cego diria isso. 
O celular que estava em cima da mesa vibrou, e o loiro ergueu a tela, bufando em seguida.
— Preciso voltar para o hospital. — Encarou a garota que anos atrás quase foi minha. 
— Hospital? — Ouvi alguém perguntar. 
— Pac é cirurgião. — Hobi falou, enfiando uma batata frita na boca. 
Liguei os pontos mais uma vez. Hoseok sabia sobre Liz durante todos esses anos, e nunca disse sequer uma palavra. 
De todos nós, ele era o único que ela conhecia e tinha intimidade. 
Tomei um gole da minha cerveja, engolindo a insatisfação que se instalou com o meu amigo. 
— Não vai ler historinha? — Liz perguntou fazendo um beicinho.
— A mamãe pode ler. — S/N disse. 
— Os titios podem ler? — Perguntou dando um pulo no colo do cara, como se tivesse acabado de ter uma ideia brilhante. — A Liz tem um mooooonte de titios agora. 
Titio.
A palavra inocente me apunhalou com força. 
S/N encarou o namorado ou marido… e ele não parecia nada contente, mas apenas deu de ombros. 
— Se eles quiserem. — Disse por fim. 
Nos encarando com um par de olhinhos brilhantes, ela esperou uma resposta, e comemorou animada quando concordamos. 
Depois de terminarmos a refeição, e o cara que me encarava com ódio estampado sair, S/N levou Liz até seu quarto, vestido-a em um pijama cheio de bichinhos desenhados. 
Sentamos os sete ao redor da cama pequena e repleta de pelúcias, tomei lugar ao lado da cabeceira. 
— Que história você quer? — Hobi perguntou encarando a estante cheia de livrinhos infantis. 
— Da bela, titio. — Ela deu um tapinha na testa, fazendo com que todos nós sorrissemos. 
Cada um leu um parágrafo, passando o livro para o próximo. Liz estendeu uma das mãozinhas para mim, espalhando um calor que nunca havia sentido antes quando fechou os dedos envolta dos meus. 
Já em um sono profundo e tranquilo, ela ressoa baixinho, roncando de vez em quando. Observei em silêncio suas feições delicadas. 
Os cabelos escuros espalhados pelo travesseiro cor de rosa, os cílios cheios envolvendo os olhos redondinhos, as bochechas gordinhas e levemente coradas, a boca entreaberta sugando o ar com tranquilidade. Até mesmo a pintinha abaixo do lábio inferior era igual a minha.
Uma vontade estranha de chorar me atingiu.
— JK. — Jimin chamou baixinho. Virei o rosto, vendo a compressão nos olhos cobertos por lentes azuis. — Vamos deixar ela dormir. — Sussurrou, me fazendo notar que os outros já haviam deixado o quarto. 
— Quero ficar mais um pouco. — Falei com a voz engasgada. 
— Acha que ela pode ser sua? 
— Tem como não ser? — Voltei a olhar a obra perfeita. Me enchendo de sentimentos confusos. 
— Acho que você e a S/N precisam conversar. 
— Conversar? Ela escondeu a minha filha de mim, Hyung. — Respirei fundo, tentando me acalmar. 
— Ela deve ter tido os motivos dela. — Tentou ajudar.
— Que motivos? — Perguntei com desespero. — Hyung, a minha filha chama outro homem de pai. — Lamentei, deixando as primeiras lágrimas escorrerem.
Meu amigo colocou as mãos sobre os meus ombros, pressionando os músculos tensos. Chorei em silêncio, olhando para a garotinha adormecida. 
Depois de algum tempo, deixei que ele me convencesse a sair do quarto. 
Voltamos para a sala, encontrando apenas a mulher quieta sentada no sofá. 
— Eles foram na frente. — Disse baixo. 
— Acho melhor vocês dois conversarem. — Jimin falou me encarando antes de seguir caminho até a porta. 
Respirei fundo algumas vezes, controlando a raiva e a vontade de gritar. S\N encarava as mãos cruzadas sobre o próprio colo, seus ombros subiam e desciam em uma respiração desregulada. 
— Você pretendia me contar? — Perguntei baixo, fazendo com que ela finalmente me encarasse. — Não achou importante… sei lá, me dizer que eu tenho uma filha? — Destilei toda minha ironia. 
— Como é? — Se levantou, incrédula. — Você é algum tipo de psicopata? 
— Eu?! — Praticamente gritei. 
— Você vai acordar ela. — Avisou, apontando o indicador para o meu rosto. Encarei a porta entreaberta do quarto, Liz ainda dormia tranquila. — Não venha se fazer de vítima.
— Eu sou a porra da vítima. — Cuspi as palavras. — Você escondeu a minha filha de mim! 
— Ah, por favor, Jeon. — Pronunciou meu nome com nojo. — Você me ameaçou quando contei sobre a gravidez, achou mesmo que eu iria aparecer com a menina na sua frente?
— Você não me contou de gravidez nenhuma. — Enfiei os dedos entre meu cabelo, tentando diminuir a pressão que se formava na minha cabeça.
— Ah sim, as merdas que você me disse foram fruto da minha mente. — Mais uma vez usou a ironia como arma. 
— Eu acho que foram mesmo. — Empurrei a língua contra a bochecha, em mais uma tentativa de me acalmar. — Se você acha que não vou atrás dos meus direitos, está muito enganada. — Avisei.
— Direitos? — Falou incrédula. — Você perdeu qualquer direito quando me mandou sumir grávida! 
— Você é louca, garota? — S/N enfiou a mão no bolso de trás, sacando o telefone e passando os dedos com rapidez pela tela. — Vai chamar seu namoradinho? — Perguntei com ironia. 
— Aqui. — Me estendeu o aparelho. — Parece coisa da minha cabeça pra você? 
Com as mãos frias, peguei o celular. Um arrepio estranho e uma vontade de vomitar me atingiram. As mensagens anteriores deixavam claro que era mesmo uma conversa entre nós dois. Palavras duras e nojentas foram enviadas por “mim”. Mas eu nunca faria aquilo, nem com toda a raiva do mundo acusaria a garota por quem estava apaixonado de tentar me dar um golpe. Internamente assumi toda a responsabilidade no momento em que decidi transar sem camisinha com S/N. E quando ela simplesmente sumiu da Coreia, mudando de número, imaginei que não quisesse mais me ver e tivesse apenas seguido com a sua vida. 
— Eu não… S/N eu nunca mandei isso pra você. — A encarei, gaguejando. A garota soltou o ar pelo nariz, sorrindo incrédula.
— Sim, seu celular mandou sozinho. 
— Eu tô falando sério. — Cocei a nuca, tentando imaginar quem poderia ter pego o meu telefone e cometido aquela atrocidade. — Eu nunca diria isso, mesmo que odiasse você, não te deixaria grávida de um filho meu e desamparada. — Devolvi o telefone. 
— Então quem foi? — Ergueu as sobrancelhas, uma expressão de desafio.
— Eu não sei. — Admiti e ela riu com escárnio. 
— Você se arrependeu no momento em que viu como ela é perfeita, não é? 
— Eu não sabia sobre ela. — Insisti. — Eu juro.
— Não acredito em você. — Deu de ombros. — E se acha que vai tirar ela de mim, você está enganado. — Os olhos grandes se encheram de lágrimas. — Ela é minha. Fui eu quem carregou ela por nove meses, eu quem educou e criou nos últimos anos. Você não tem o direito de tirar ela de mim. 
— Ela também é minha. 
— Não é! — Apertou os lábios, deixando as lágrimas escorrerem. Pela primeira vez nas últimas horas, não encarei S/N com raiva. A mágoa estampada em seu rosto eram o suficiente para eu saber o quão difícil os últimos anos haviam sido. — Você não esteve aqui quando ela nasceu, não esteve nos primeiros passos, na primeira vez que ficou doente, quando disse a primeira palavra. Ela. não. é. sua.
— S/N. 
— Patrick é o pai dela. — Sua afirmação foi mais uma facada, acertada em cheio no meu coração. — Foi ele quem passou por todos esses momentos, foi ele quem se privou do sono, quem se dedicou e amou essa criança. Ele é o pai da Liz. 
Deixei mais uma vez que as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Um soluço dolorido escapou. Ela estava certa, tempo demais me foi roubado. Eu estava ausente em cada uma das fases mais importantes da primeira infância da minha filha. 
— Eu não sabia. — Murmurei sem forças. — Por que não me procurou e disse pessoalmente? 
— Você estava na Tailândia. — Deu de ombros. — E depois daquelas mensagens, eu não quis mais te ver. Você não a merecia. 
— Eu juro que não fui eu. Acredita em mim. — Implorei.
— Pra quê? — Encarou os meus olhos. — Você vai voltar para a Coreia e nós vamos ficar aqui. Realmente faz diferença agora?
— Você não está falando sério. — Falei incrédulo. — Ela é minha filha, é claro que faz diferença! Quero ser presente na vida dela. 
— É tarde demais. 
— Não é. — Afirmei.
Liz se moveu na cama, chamando a nossa atenção para lá. Ficamos em silêncio por alguns segundos, mas ela permanecia em sono profundo.
— Acho melhor você ir. — Me encarou. — Eu preciso descansar, amanhã eu tenho que trabalhar. 
— Nós não terminamos a nossa conversa. 
— É um assunto que não vai dar em nada. — Enfiou as mãos nos bolsos traseiros da calça. — Logo você vai voltar para a sua vida de popstar e vai esquecer dela.
— Você sabe que isso não é verdade. 
— Será mesmo? 
— Eu vou descobrir o que aconteceu. — Afirmei. — Vou descobrir quem foi que mandou essas coisas horríveis e provar para você a verdade.
— Já não faz mais diferença, Jeon. — Suspirou. 
— Faz pra mim. — Encarei seus olhos. — Essa garotinha é minha filha, e eu vou lutar para ser o pai que ela merece. 
— Ela já tem um. — Repetiu a afirmação que me matava mais um pouco.
— Eu sou o pai dela. — S/N suspirou. — Que horas você sai do trabalho?
— Por que? 
— Quer ver a minha filha. 
— Precisamos conversar sobre isso antes. — Cruzou os braços. — Mas você pode vir às 20h. — Assenti, encarando o quarto da pequena uma última vez antes de sair do apartamento. 
Cheguei no hotel me sentindo mais cansado que o normal. Entrei no quarto, tentando assimilar as milhares de informações das últimas horas. Tomei um banho rápido e troquei de roupa, saindo para o corredor em direção a outro quarto. Dei duas batidas na porta, que logo foi aberta.
— Imaginei que viesse. — Hobi hyung suspirou, dando um passo para trás, me dando passagem. 
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andrearicci · 5 months
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nome completo. andrea “seunghoon” ricci lee • parente olimpiano. apollo • idade. trinta e quatro anos • chalé. 7 • nível. III • tempo de estadia no acampamento. 20 anos • esporte. membro individual do arco e flecha • instrutor. combate corpo a corpo • altura. 181cm • cor dos olhos. castanho-claro • cor do cabelo. preto • porte físico. atlético • aparência. seria possível alguém ter uma aparência calorosa? iluminada? andrea é assim, parece que brilha o tempo todo e deixa o ambiente sempre quentinho, seus cabelos naturalmente pretos é contrário a característica física mais comum entre os filhos de apollo, mas isso não apaga, em nada, a visão iluminada de andrea, a pele é levemente bronzeada, mais pro dourado, dizem que é por pegar sol demais, mas também pode ser porque nasceu com esse aspecto praiano, os olhos castanhos quase beira o dourado de tão claros, ainda que sejam tão pequenos que desaparecem quando ele sorri. possui sardas na região dos ombros e seguindo até o peito, há pequenos sinais na região do nariz e das maçãs do rosto também, além de algumas pintinhas em várias partes do corpo. alto e com corpo bem atlético, ele gosta de manter o condicionamento físico, e isso parte pelo fato de querer ser um bom guerreiro para proteger seus irmãos e os demais semideuses, além de ser muito forte, mas isso é por causa da energia solar que corre em seu corpo.
traços de personalidade: 𝐈𝐍𝐓𝐉 + caloroso, autoconfiante. - teimoso, introvertido.
(mais informações abaixo)
RECANALIZAÇÃO SOLAR - Absorve a energia solar durante todo o período que estiver em contato com a luz do sol, dessa forma, é capaz de recanalizar essa energia absorvida para uma variedade de propósitos relacionados. Tem a força aumentada, pois as células são alimentadas com energia solar e isso aumenta a sua capacidade física, consequentemente possui uma resistência limitada, enquanto tiver energia solar correndo pelo seu corpo, possui proteção necessária que faz com que seja capaz de suportar o impacto de um caminhão de dezoito rodas. É capaz de projetar calor, podendo aumentar o calor do local, sendo capaz também de projetar ou absorver calor do corpo das pessoas. E como arma, ele pode fazer rajadas de energia solar sair de suas mãos com cerca de 20 toneladas de força, mas apenas enquanto houver energia solar correndo pelo seu corpo, isso mostra que a limitação do poder é que não dá pra usar o aumento de força e a rajada de energia ao mesmo tempo, é preciso escolher o que fazer, pois a energia solar em seu corpo, dependendo do ambiente e do clima que está, pode não ser suficiente. E por último, ele se torna imune a calor e, consequentemente, ao fogo, pois o seu metabolismo é todo adaptado para suportar a energia solar que é absorvida por ele.
HABILIDADES - força sobre-humana e fator de cura acima do normal.
ARCO ENERGIZADO E ALJAVA COM FLECHAS INFINITAS - Arco feito 100% da energia do sol, parece ser feito de ouro, possui apenas cabo, a corda se materializa quando uma flecha é colocada no mesmo, a flecha ganha o dobro de força e se torna flamejante independente do atributo. Aljava é leve e de tamanho médio, feito de prata azulada, contem flechas infinitas de raio, estas longas e mesmo depois de lançadas ainda brilham e conduzem luz solar.
FLECHAS ELEMENTAIS - são flechas de ouro imperial com funções diversas de acordo com os elementos minerais e naturais de água, terra, fogo e ar. Possui desde a função sonora, pontas explosivas, bomba de fumaça, gás lacrimogêneo, spray ácido, ventosa, cabo ou fio, cimento, bola, elétrica destruidora, líquida, foguete ou bumerangue, se modificam de acordo com a ponta escolhida, que é equipada na ponta de sua aljava.
BIOGRAFIA.
Tudo começou com uma criança deixada em um cesto na porta de um convento em Sirmione, o nome registrado na ficha de adoção era SeungHoon, um nome apenas, sem sobrenome e sem uma história por trás disso, mas era o que estava escrito em um pedaço de papel sobre o corpo desse bebê. Essa criança cresceu até os cinco anos fugindo do convento para ir de bicicleta até o Lago da Garda, aproveitar o azul brilhante das águas que só eram daquele jeito por causa do degelo dos Alpes, visitando as grutas de Catulo, que eram as ruínas que sobrou de uma cidade romana do começo do milênio. Ainda criança, tinha um forte interesse em história e uma paixão descomunal por deuses e seres mitológicos, ainda que tivesse uma dificuldade enorme de aprender, não conseguia manter a atenção e não conseguia aprender a ler de forma alguma.
A família Ricci Lee é formada por um casal de diplomatas que trabalhavam sempre envolvidos com países que estavam em conflito, mas que decidiu se afastar disso quando escolheram ser pais e adotaram dez crianças, de diferentes nacionalidades, nenhum biológico, todos filhos de pais desaparecidos ou mortos, que mereciam uma segunda chance na vida. Entre eles está Andrea com os seus cinco anos de idade, o nome foi escolhido por uma freira (que não conseguia pronunciar o nome coreano) e acabou sendo mantido pela família adotiva, porque era o único nome que ele conhecia. A história de Andrea começou no norte da Itália e terminou no Brasil, especificamente no nordeste do país, onde passou a viver com a família enquanto o pai adotivo trabalhava na capital do país, em Brasília, sendo essa a única ponte mantida entre os Ricci Lee, Aracaju e Brasília. Ali ficou até os seus catorze anos. Sendo a única criança sem uma história, sendo ela resumida apenas a criança deixada dentro de um cesto na porta de um convento, acabou sendo a mais desapegada a família. Também era a que mais causava problemas, recebeu o diagnóstico de dislexia e TDA, também começou a fazer terapia quando começou a contar histórias pros pais de seres mitológicos andando entre os humanos, como a história de um centauro no praia do refúgio ou um pégasos caminhando no pier do lago paranoá.
Com baixas notas na escola e sequentes visitas dos pais na escola, começou a ter várias punições e vivia de castigo, mas se esforçou tanto que conseguiu o seu tão sonhado presente: uma viagem aos Estados Unidos, um pacote que levaria ele aos museus e o levaria a tão sonhada ida até a Disney. Ainda era menor de idade, então a viagem dele teve que ter um adulto e a escolha foi de seu pai, que parecia animado de conhecer um pouco mais sobre o seu filho, mas um acidente acabou interrompendo tudo.
Foi em um brinquedo no parque do resort ao lado, que caiu e resultou na morte de cinco pessoas, Andrea foi visto como um pequeno milagre por ser o único sobrevivente e, consequentemente, ficou sozinho no país com o corpo de seu pai em um necrotério, o garoto recebeu a visita de um assistente social que não demorou para se mostrar como um sátiro, que explicou tudo sobre ele ser um semideus, filho de Apolo e que tinha um lugar seguro para ele no país, um acampamento, que não só cuidaria dele como também lhe ensinaria a lidar com os monstros que seriam frequentes. Quando a sua mãe chegou, tudo já estava preparado e foi aí que Andrea começou a frequentar o acampamento e compreender melhor a sua verdadeira história, se tornar adulto acabou lhe ajudando a simplesmente não ter mais que explicar o porquê de morar no Brasil e continuar frequentando um acampamento em Nova Iorque, o garoto inventou roupa, medalhas e muitas coisas que pudessem se assemelhar a imagem que os pais conheciam de um lugar como aquele, mal sabendo eles que estava se tornando um jovem guerreiro.
Quando terminou o ensino médio, fez o vestibular e conseguiu uma bolsa de atleta para a universidade de Nova Iorque, sendo essa a desculpa perfeita para simplesmente viver próximo do seu novo lar. Estava trabalhando em um museu quando recebeu o chamado de Dionísio, chegando no acampamento com uma mala e a sua pequena cacatua rosa. Agora Andrea não sabia quando poderia ver a sua família de novo, já fazia alguns anos que não tinha tanto contato com eles, ainda carregando o trauma do que realmente aconteceu naquele brinquedo, da figura daquele monstro e o que ele tinha feito com o corpo frágil de seu pai, sendo esse o motivo de ter se tornado mais próximo deles, e também mais protetor.
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babydolouist · 2 years
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🎀💌🌸 Mommy’s Care 🌸💌🎀
Hanna acaba sendo deixada pela ex namorada de forma inesperada, e sua mamãe Louise só quer cuidar de sua filhinha triste.
aviso: conteúdo +18, linguagem impropria, incesto, sexo sáfico, diferença de idade.
Hanna: 20
Louise: 37
Contem: Degradação, Smoking Burn (queimadura de cigarro), Spanking. (de formas leves).
Se você não se sentir confortável com os tópicos, não leia!!! Se der continuidade é por sua conta.
Lembrando que essa história não passa de uma mera ficção que não condiz com a realidade!!!!
Hanna suspirou ao olhar pra tela do celular pela vigésima vez. Era sempre a mesma coisa, Aurora adorava deixá-la esperando e a garota de olhos verdes estava exausta disso. Não deveria ser tão difícil gostar dela assim, ou era? sem se conter deixou um suspiro alto e impaciente escapar pelos lábios gordinhos e vermelhos fazendo Louise, sua mãe. olhá-la de forma preocupada.
“ O que houve, bebê?” Perguntou Louise ao se aproximar da filha ao perceber que havia algo errado acontecendo com a mesma. Hanna estava tão feliz em fazer um piquenique e agora a garota de cabelos achocolatados parecia cabisbaixa.
“Aurora me disse que viria e desde cedo não responde minhas mensagens.” Fez biquinho ao expor o que estava a deixando chateada.
“Bebê, pode ter acontecido algo com ela, espere mais um pouco, sim?” Louise se sentou do lado da filha, Hanna finalmente olhou pra sua mamãe e o que viu fez todos os seus pelos se eriçarem e pode sentir sua calcinha ficar úmida rapidamente.
“Mamãe que roupa é essa?” A garota estava sem reação. Louise riu pela pergunta e se levantou para mostrar a filha.
“Gostou, bebê? Eu sempre tive vontade me vestir assim e acabei encontrando numa loja no centro da cidade. O que você achou? acha que está feio?” Porra, feio é a última coisa que aquela roupa estaria nela, Louise estava vestida com um macacão de couro, ela estava toda de preto e com um cinto quase da mesma cor rodeando sua cintura fina, e a porra da roupa tinha um decote que ia até o começo de sua barriga deixando seus peitos extremamente volumosos e ainda mais espremidos pelo zíper que sustentava o fechamento, seus cabelos castanhos lisos iam até um pouco abaixo dos seus ombros. nos lábios tinha um batom vermelho e um delineado contornando os lindos olhos azuis da mulher. Hanna perdeu o ar ao olhar atentamente a cada detalhe de sua mamãe. porra ela estava tão gostosa naquelas roupas, sentia seu melzinho melar ainda mais suas coxas, mordeu os lábios ao pensar em reprimir seus pensamentos.
“ V-você tá tão linda, mamãe, ficou linda mesmo.” Hanna se sentia quente ao olhar sua mãe dessa forma. Mas não se importou de fato. elas sempre foram extremamente próximas e não via mal em pensar nela dessa forma, desde que não dissesse nada a ninguém sobre seus pensamentos sujos.
“Obrigada, minha princesa.” Louise piscou os olhos azuis em sua direção, deixou um beijinho no canto dos lábios vermelhinhos e afagou um cacho da filha. A garota se derreteu inteira, amava esse lado preocupado e carinhoso da sua mamãe. O toque do celular tocou fazendo a dar um pulinho de susto. Rapidamente atendeu e a voz do outro lado soou hesitante.
“ oi hanna… liguei porque vi várias mensagens suas e achei melhor conversarmos por ligação..”
“ oi aurora…pode falar, ‘tô ouvindo”.
“ eu….acho melhor terminamos Hanna, não é nada com você, sabe? eu sou complicada e acho que você merece mais…” Não dava pra acreditar que Aurora estava terminando com ela naquele momento, sentiu seu coração acelerar e rapidamente seus olhos umedeceram.
“ Hanna?…”
“Tudo bem….aurora.” Tentou limpar a garganta mas sua voz estava estranha e distante, ela mal conseguia se ouvir de tão nervosa que estava.
“ Ainda podemos ser amigas, né?”
“S-sim..claro.”
“ tudo bem..tchau, até mais.”
“até….” Desligou ainda meio paralisada, Louise a olhava com o semblante de preocupação e foi só ela levantar o olhar para si que não conseguiu conter o choro.
“Amor, vem cá, não chore.” Louise se aproximou da filha a puxando para um abraço apertado, sentindo a garota cair em um choro sofrido, seu coração se apertava toda vez ouvia Hanna chorar assim. Afagou as costas dela tentando a acalmar e logo sentiu sua princesa se remexer para deitar em seu colo igual como fazia quando era apenas um bebê.
“ Eu achava que poderia ter uma namorada, mamãe. achei que poderia apresentar vocês hoje, mas eu sabia que de alguma forma ela não gostava de mim.” Fez bico, Louise sorriu contida antes de acomoda-lá melhor sobre suas pernas.
“princesa, infelizmente essas coisas acontecem, aurora não te merecia. você é tão incrível meu amor. não fique assim, mamãe ama muito você. sou completamente apaixonada por você, filha.” Olhava pra garota de forma doce enquanto falava e fazia carinho em seu rosto, contornando os lábios gordinhos e foi pega de surpresa quando a garota entreabriu eles para sugar a pontinha do seu dedo.
“você pode mamar, amor.” Sorriu doce para a garota porque sabia que sua filha precisava disso naquele momento.
Pov Hanna.
Mamãe me olhava atentamente com seus olhos azuis. e eu não me contive em puxar uma parte do seu decote para o lado o suficiente para expor o seu seio e colocar seu biquinho rosado em minha boca para mamar como forma de me acalmar daqueles sentimentos tão tristes.
“Isso amor, você vai se sentir melhor minha princesa.” Fechei os olhos de forma manhosa e com minha outra mão segurei um dos seus peitos por dentro do decote, comecei a apertar e friccionar meus dedinhos em seu biquinho. Senti mamãe fazer um carinho leve em meu rosto e limpar as lágrimas quase secas pelo breve choro que tive. Gemi em satisfação ao sentir sua mão descer para fazer carinho em meu braço que estava segurando um dos seus seios.
“Minha princesa ainda é tão bebê, você não vai namorar tão cedo de novo, amor. Não suporto ver você tristinha, assim“. Mamãe ditou de forma tão possessiva mas com uma entonação tão leve que me fez sugar com um pouco mais de força seu biquinho, rodei minha língua em volta para chupar com mais vontade e abri os olhos bem na hora de assistir mamãe fechar seus olhos e jogar a cabeça para trás soltando um suspiro profundo.
“Devagar bebê, desse jeito a mamãe fica molhadinha, sim?” Gemi ao pensar nela molhada por causa dos meus lábios em volta dos seus mamilos e passei a pressionar com a língua e trabalhar numa leve sucção nele e acabei friccionando minhas pernas uma na outra como forma de me aliviar daquele incômodo que estava se fazendo presente na minha xotinha.
“ O que foi amor? está doendo sua florzinha?.” Assenti ainda de olhos fechados e senti sua mão descer para o meio da minha perna, seu dedo indicador pressionou no meu grelinho de forma gostosa por cima da calcinha e sem dizer nada a afastou para o lado e começou a passar os dedos nos meus lábios grandes fazendo uma espécie de massagem, levantei uma perna de modo que ficasse mais fácil para ela me tocar da forma que ela quisesse e sem mais nem menos penetrou dois dedinhos bem fundinho em mim de forma tão gostosa que raspei meus dentinhos de leve em seu peito.
“ Amor você está molhadinha em chupar os peitos da mamãe? bebê que atrevidinha você, olha como você tá escorrendo melzinho.” Olhei em seu rosto e mamãe me olhava de forma tão excitante, gemi abafado ao assistir seus dois dedos meladinhos do meu próprio mel ir em sua boca. Ela chupava com gosto seus dedos parecendo saborear meu gosto.
“Que delicia, amor. acho que nunca senti um gostinho tão bom feito o seu.” Me posicionei em seu colo sentadinha e empurrei seu corpo nos travesseiros para poder beija-la melhor. não tardei em colar nossos lábios e gememos juntas, mamãe me beijava de forma gostosa, nossas línguas se entrelaçavam e escorria saliva por nossos queixos. enquanto minhas mãos expuseram seus peitos volumosos para fora daquele decote apenas para massagear e apertar, me separei nossos lábios apenas para recolher nossas salivas de seu queixo, subi minha boca rende a sua para sussurrar.
“ Que tesão, mamãe..” Assim que proferir tais palavras, senti mamãe afastar com grosseria minhas pernas apenas para socar três dedos dentro da minha xotinha enquanto nós voltávamos a nos beijar de forma desesperada, eu rebola e sentava nos seus dedos enquanto sentia ela ir tão fundo e forte e ainda usava seu dedo polegar no meu grelinho em movimentos circulares me fazendo fechar os olhos com força, minhas pernas tremiam e eu estava me sentindo no ápice, tudo era tão excitante e o pensamento de que era minha mamãe ali, cuidando de mim de forma inapropriada me fazia escorrer ainda mais. Seus dedos se curvaram dentro de mim acertando no meu pontinho e antes que eu gozasse mamãe tirou seus dedos de forma brusca me fazendo gemer frustrada.
“Você é tão putinha, deveria ter te comido mais cedo se eu soubesse que você estava doida pra dar essa buceta gostosa pra mim”. Senti um tapa forte ser desferido na minha buceta que latejava de tão excitada que eu estava e a dor só deixou tudo ainda mais gostoso.
“m-mamãe” gemi inteiramente rendida.
“Sim, amor. mamãe está cuidando tão bem de você princesa. agora levanta e tira a sua roupa” Fiz exatamente o que ela mandou e não demorei em tirar minhas roupas pra estar nua em sua frente. Mamãe pegou seu cigarro no cinzeiro que estava dentro da cesta de frutas.
“Vem cá, bebê.” Me chamou para que eu deitasse próximo a ela. eu estava suada e minha xotinha latejava por sua atenção.
“ Quero experimentar uma coisa em você.” assistir mamãe acender seu cigarro e tragar próximo ao meu rosto, repetiu a mesma coisa mas antes de soltar a fumaça, me puxou colando nossos lábios e soltou dentro da minha boca. puxei a fumava soltando perto de seus lábios vermelhos. Ela fumava próximo a mim de um jeito tão erótico que gemi só de assisti-la. Eu estava deitada de lado, meu rosto rente aos seu peitos. meu corpo latejava de ansiedade em sentir suas mãos de novo. Perdida na sua imagem que acabei me assustando quando senti algo em meu quadril queimar me fazendo arrepiar de forma gostosa. Mordi os lábios e olhei incrédula para Louise.
“Você me queimou com o seu cigarro?.”
“ Ah, por favor, não me olhe com essa cara de santa, nós duas sabemos que você não passa de uma puta barata.” Engoli em seco por suas palavras, eu amava degradação e amava ainda mais smoking burn mas não imaginava que minha mãe tivesse consciência disso.
“C-como você s-soube?.” Eu estava paralisada enquanto a via tirar tirar a parte de cima de sua roupa ficando apenas com os seios livres de fora.
“Não é muito difícil saber algo seu quando você fica extremamente obcecada quando se interessa por algo, eu via nas suas pesquisas na internet.” ela deu de ombros e fez questão de aproximar o cigarro e queimar minha perna. Senti minha bucetinha latejar e gemi manhosa.
“ Caralho, sua puta, vem aqui chupar meus peitos, amor. estão com saudade da sua boquinha quentinha.” Passei a chupar mamãe de forma desesperada.
“ Isso, bebê, chupa assim, isso.” Senti mais uma queimação mas agora em minha bunda e Louise começou a me dar tapas extremamente fortes em minhas coxas e bunda. e eu tinha certeza que gozaria só de sentir suas mãos me batendo como se quisesse me punir por algo.
“ Você é uma vadiazinha, olha só como geme me mamando só por eu estar te fazendo sentir dor.” Meus olhinhos estavam cheios de lágrimas e senti meu corpo esquentar antes de sentir mais um tapa extremamente forte ser desferido na minha bunda, foi quando gozei e ao mesmo tempo mamãe socou dois dedos dentro do meu cuzinho.
“M-mamãe.” soprei baixinho rolando os olhos por puro tesão.
“ Esse corpinho é meu sua vagabunda, eu faço o que eu bem entender com ele, essa buceta é minha, esse cuzinho gostoso é meu, tudo em você é meu, estamos entendidas?.”
“Sim, mamãe.”
“ótimo, agora vem terminar de tirar minha roupa.” Prontamente fiz o que ela mandou, e enquanto descia por suas pernas vi um fio de lubrificação ligar sua xota gordinha com sua roupa. e aí que eu mandei aquela submissão toda pra casa do caralho. Tirei sua roupa rapidamente e a empurrei para deitar de volta no pano branco. abri suas pernas de forma brusca me posicionando entre elas ficando encima de seu corpo, nosso seios se encostavam e eu não pude deixar de notar o quanto mamãe era definitivamente a mulher mais gostosa que eu já provei. comecei a beijar seu pescoço dando mordidinhas e sentindo seu corpo dar leves espasmos sob meu toque.
“ Agora a puta barata aqui vai comer essa sua bucetinha, hoje você vai ser meu brinquedinho de foda, mamãe.” Louise me olhou de forma desdenhosa e eu apenas sorri em sua direção de forma mais inocente possível e sem ela ao menos esperar pus minha mão em volta do seu pescoço para que ela não se atrevesse atrapalhar meus planos.
“Entendeu, puta?.” Sussurrei no seu ouvido e sem esperar qualquer concordância de sua parte apenas encaixei nossas xotinhas meladas e comecei a balançar meu quadril esfregando nossos grelinhos fazendo nós duas gemer em sincronia. mamãe estava tão molhadinha que deslizava tão gostosinho e o barulho que fazia me deixava ainda mais excitada. O jeito que nossos quadris ondulavam uma contra a outra me fazia delirar. Louise estava de olhos semi abertos e a respiração descompassada. Abri mais suas pernas me afastando apenas para cuspir em cima da sua xoxotinha, voltei a me movimentar e porra, estava tão mas tão melado entre nossas bucetas que eu poderia facilmente ficar entre suas pernas pra sempre.
“Esfrega essa bucetinha na mamãe, você gosta disso não é? gosta de ser essa vadia, olha como você usa o corpinho da mamãe amor.” A forma com que ela falava só me fazia acelerar ainda mais meus movimentos. A puxei para um beijo delicioso, Senti meu ventre se contorcer indicando que eu ia gozar logo, fechei os olhos fortemente me deixando entregar aquelas sensações tão intensas. Notei meus peitinhos se movimentarem devido ao meu esforço e logo a ardência se fez presente aos dois, sorri ao experimentar aquela sensação que me dava ainda mais prazer se fosse possível. Mamãe dava tapas neles.
“C-caralho m-mamãe eu vou gozar!” Deixei uma gemido alto e desesperado escapar. Porra aquela foda ao ar livre estava sendo demais.
“Ainda não minha putinha, quero chupar sua bucetinha, antes.” Senti suas unhas cravarem em meu quadril parando meus movimentos encima de si e sentindo minhas pernas moles me deitei ao seu lado, Louise se reergueu indo direto me chupar. gemi dengosinha por sua boca ser tão quentinha, mamãe rodava sua língua no meu grelinho que estava tão sensível, meu corpo estava no máximo por todas aquelas sensações entre dor e prazer.
“Mamãe, eu não vou aguentar.” Avisei já sentindo meu corpo tremelicar.
“Goza, amor, goza pra mim.” Foi o estopim, a sensação foi tão forte que joguei a cabeça pra trás e fechei meus olhinhos enxergando apenas pontos pretos por trás das minhas pálpebras. Meu peito subia e descia rapidamente, e eu sorri ao sentir seus lábios pressionarem nos meus com meu próprio gostinho.
“Você é deliciosa, princesa, acho que estou viciada.” Ri levemente sentindo ela acariciar meus cabelos.
“ Que bom, mamãe, agora acho que quero sentir seu gostinho também.” Levantei me posicionando no meio de suas pernas, sentindo o cheiro daquela bucetinha gordinha.
“Porra que buceta gostosa.” Passei meu indicador recolhendo seu melzinho e experimentei deixando um tapa forte no seu grelinho antes de começar sugar levemente seu pontinho doce. Porra, senti minha boca salivar só de estar provando sua xota. abri mais suas pernas e me concentrei em lhe dar o melhor orgasmo da sua vida.
“ Princesa, não judia assim de mim.” Assistia mamãe apertar os próprios seios enquanto eu metia dois dedos fundo e forte nela, e quando ela gemeu mais alto sabia que tinha encontrado seu pontinho, ela pegou em meus cabelos e esfregava sua buceta na minha boca e eu apenas coloquei minha linguinha pra fora e deixei ela me usar para gozar.
“ Assim, tô gozando, filha, mamãe tá gozando na sua boquinha de vadia.” Seus movimentos foram parando lentamente e tenho certeza que ela estava apenas aproveitando seu orgasmo, subi para lhe beijar e nossas línguas se entrelaçavam, eu estava viciada nela. completamente. Rompemos o beijo com vários selinhos antes de me jogar em seus braços me aconchegando no seu corpo.
“Eu te amo muito, Hanna.” Mamãe sussurrou em meu ouvido.
“Eu também te amo, mamãe. promete que vai cuidar sempre de mim?”
“Claro, amor. você é minha, esqueceu?”
“sou sua sempre, sempre”.
Sorri sabendo que aqueles cuidados ainda iam acontecer várias vezes, e eu só esperava que fossem ainda melhores.
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leclerqueensainz · 1 year
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Uma Família de Três (C.L 16)
Parte. V- A culpa, a esperança e o medo.
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⚠️Avisos: Smut (+18), sexo oral (mulher recebendo), angústia, raiva, menção a embriaguez, Charles muito bravo quebrando as coisas. Esse cap pode conter gatilhos!
*lembrando novamente que nesta história, Jules Bianchi morreu em 2019, o que pode alterar a data de alguns acontecimentos*
Aproveitem a leitura!
Quantidade de palavras: 7.907
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18 de setembro de 2018 — Monte Carlo, Mônaco
Calor, é tudo o que eu consigo sentir. Muito calor.
Monte Carlo amanheceu no que eu posso chamar de Chamas do Inferno. Eu estou praticamente derretendo no apartamento de Charles, mesmo que o ar condicionado esteja ligado em 16 °C.
Jogada na cama, enquanto tenho a sensação que cada célula do meu corpo virou lava, que me queima de dentro para fora, escuto a voz suave e desafinada de Charles cantando ’Kids’do Current Joys, no chuveiro. Essa manhã em particular, ele acordou um pouco estranho, não sei dizer se posso considerar bom-humor matinal de fato como algo estranho, ou se estou apenas sendo uma pessoa amarga, mas pelo amor de deus! Quem acorda em um dia que está sendo uma verdadeira amostra grátis do inferno, tão animado?
— Ai que Inferno! — Tento me arrumar na cama, jogando os lençóis e cobertas para o lado vazio de Charles.
Eu odeio o calor, e mesmo que as pessoas na Europa chorem de felicidade quando acordam com raios de sol e passarinhos cantando na janela, eu acordo como se isso fosse presságio de um dia terrível que se seguirá. A chateação toma conta de cada parte do meu corpo e eu me sinto frustrada e menos produtiva durante todo dia.
Cansada de tentar achar uma posição em que eu me sinta mais fresca, eu decido tirar as poucas roupas que visto, sendo elas uma camiseta de Charles e shorts do meu pijama — que já está só pela misericórdia de tão velho-, ficando apenas de calcinha.
Escuto o barulho do chuveiro sendo desligado e em minutos um Charles, com uma toalha envolta na cintura e cabelo molhado, sai pela porta do banheiro. Ele fica parado e me encara com uma sobrancelha arqueada e um sorriso de canto adorna seus lábios. Se fosse qualquer outro dia eu estaria babando pela visão dele desse jeito.
— Pelo visto o dia vai ser melhor ainda do que eu imaginava.
— Só se for para você, Leclerc, porque para mim já começou péssimo. — Digo azeda.
Charles ri baixo e anda lentamente até a beirada da cama.
— Vamos querida, não seja assim. — Ele diz se curvando um pouco para pegar meu tornozelo direito.
— Não sei como você consegue acordar tão feliz com esse clima parecendo que jogaram nossa cama num vulcão.
Solto um suspiro baixo quando suas mãos começam a fazer uma leve pressão até meu pé.
— O dia está lindo, tomei um banho bem agradável para acordar e ao chegar aqui, dou de cara com a minha belíssima namorada jogada em cima da minha cama, fazendo um ‘topless’. — Ele beija o meu calcanhar e eu aperto os olhos aproveitando a sensação. — Tem como ser triste?
— Tem, quando você acorda com a sensação de estar sendo abraçada pelo capeta — Respondo e sinto as vibrações de sua risada silenciosa o meu pé.
Charles coloca minha perna em seu ombro e vai engatinhando na cama, arrastando beijos suaves pela minha pele, me dando arrepios.
— Precisamos melhorar esse seu humor, não é? — Ele diz baixinho, sua voz engrossando alguns tons.
Eu prendo meu lábio inferior entre meus dentes e agarro o lençol abaixo de mim. Sua voz e seu toque me causando diversas sensações diferentes em simultâneo. Seguro um gemido quando sinto os leves arranhões que sua barba rala vai deixando em minha pele macia.
— Não acredito que isso vai ser possível… Charles! — Uma mistura de grito e gemido deixa meus lábios, quando sinto seus dentes cravarem minha carne da coxa, o suficiente para deixar uma marca.
Para aliviar um pouco a dor, Charles põe a língua para fora e a passa lentamente pela pele sensível que ele mordeu.
— Porra… — Eu solto um gemido e jogo a cabeça para trás, totalmente perdida na sensação.
— O que você estava dizendo, meu amor? — Ele pergunta ficando totalmente entre minhas pernas, seu rosto a centímetros do lugar onde queimava por seu toque.
— Você é um desgraçado. — Digo e uma de minhas mãos vão até os seus fios molhados, minhas unhas se arrastam levemente pelo seu couro cabeludo o fazendo soltar suspiros baixos.
— Não seja uma megera, não quando eu estou tão disposto a te fazer gozar na minha boca. — E ele enfia a cara na minha intimidade vestida.
Mesmo com o tecido fino do algodão da calcinha, posso sentir o calor da sua língua molhada se arrastando lentamente por todo o caminho do meu clitóris até a minha abertura. Não conseguindo mais controlar deixo que um gemido alto e vulgar ecoe pelo quarto.
— Charles… — Chamo por ele, implorando para que acabe com a minha tortura.
Meus dedos se emaranham em seu cabelo e puxam os fios lisos, fazendo-o gemer e afundar ainda mais o rosto em mim.
— Eu vou acabar com a sua agonia, ma belle. — Ele diz e suga meu clitóris em sua boca.
— Foda-se! — Eu exclamo e sem controle do meu corpo, que parece estar pegando fogo por razões diferentes, meus quadris saem da cama e vão ao encontro do seu rosto.
— Ah! eu vou, mas antes quero sentir o seu gosto. — Charles aproveita meus quadris erguidos e engancha as mãos uma de cada lado da minha calcinha e a puxa para baixo. Suas unhas curtas arranhando levemente a minha pele por onde passa.
Quando ele finalmente se livra da peça intima a jogando no chão, seus lábios macios vão direto para o meu clitóris agora nu.
— Porra, Charles! — Minha voz soa alta e quebrada.
Eu afundo minha cabeça nos travesseiros macios, sentindo sua língua cobrir cada parte de mim. Charles começa um ritmo implacável com a boca na minha parte mais íntima. Ele alterna entre lambidas, chupões e as vezes posso sentir até mesmo os seus dentes roçarem levemente pelo meu botão sensível, me levando à loucura.
— Seu gosto é tão bom, Mon amour. Tão doce. — Ele geme e sinto as vibrações passarem pela minha intimidade, me causando ainda mais prazer e arrepios.
— Charles, e-eu vou… — Não consigo terminar a minha frase, pois sua língua ágil me invade e começa a fazer movimentos de vai e vem.
As mãos de Charles apertam meu quadril no colchão de uma forma bruta, me fazendo sentir seus dedos afundarem na minha pele e sei que ao decorrer do dia, sentirei suas digitais em mim.
— Vamos, querida. Se solta, vem para mim. Vem na minha boca, me deixe beber cada gota do seu prazer. — Ele exige e é tudo de mais.
Minha cabeça e meu corpo estão cheios de Charles. Sua boca, suas mãos fortes, seu cheiro, seu calor, é tudo demais. Tudo demais para ser suportado, tudo tão bom. E eu explodo.
Minha mente fica em branco enquanto gozo em sua boca. A sensação do orgasmo é tão devastadora e intensa que sinto meu corpo entrar em colapso, tremendo e se contraindo, enquanto minha boca solta os mais eróticos sons.
Quando finalmente desço da minha euforia, ainda com os ouvidos zumbindo pela força do orgasmo, sinto o corpo de Charles agora totalmente em cima de mim. Sua corrente batendo no meu queixo. Abro os meus olhos e o encaro preguiçosamente. Os olhos escuros de desejo e ele tem um sorriso convencido e sujo estampado nos lábios e com os cabelos selvagens pós-foda. Sua boca e queixo brilhando com o líquido do meu prazer e como se não bastasse eu quase gozar novamente só com a visão dele assim, sua língua sai de sua boca e passa pelos lábios, coletando o meu gozo. Porra…
— Seu humor está melhor, querida?
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29 de janeiro de 2023 — Monte Carlo, Mônaco.
Tudo cheira a Charles. Cada pequena molécula presente nesse quarto carrega o cheiro do meu ex, o banheiro, as cortinas, o closet — que mal consegui terminar de ajeitar minhas coisas, pelo cheiro dele estar me intoxicando — mas o pior era a cama. Aquela maldita cama, naquele maldito quarto, com aquele maldito cheiro. Eu estou enlouquecendo.
Há muitas memórias que foram geradas nesse quarto e nessa cama. Aqui foram nutridas esperanças de uma vida inteira ao lado do homem que eu amei, mas que agora por ironia do destino, a única razão pelo qual eu estou pisando novamente nesse cômodo, é devido as escolhas do acaso.
Eu balanço a minha cabeça e rio irônica. Vá se foder universo e suas escolhas filhas da puta! Vá se foder por me fazer acreditar precisar supera-lo e agora me fazer viver sob o mesmo teto que ele novamente! Se há um Deus, eu realmente espero que você esteja rindo muito agora! Divirta-se! Faça com que minha agonia e futura insanidade valha a pena!
Antes que eu possa perder totalmente as estribeiras, ouço o barulho de leves batidas na porta. Me ajeito na cama colando o lençol até a cintura, para cobrir a pele exposta que a camisola de seda deixa.
— Pode entrar, está aberta! — eu exclamo e logo a porta se abre apenas um pouco e a cabeça de Charles aparece.
— Mm… e-eu só queria saber se você conseguiu se instalar e se está confortável. — Ele pergunta desconcertado e se eu não estive a um passo de dar uma de coringa apenas a algum segundos atrás, eu riria do seu constrangimento.
— Eu estou bem, Charles. — Eu respondo tentando soar o mais doce possível. — Obrigado novamente pelo quarto. Você está confortável na sala de jogos? Nós podemos mudar se…
— Não! — Ele grita me assustando. — Desculpa. Eu só queria dizer que não há problema nenhum, você já fez muito se mudando para cá. — Ele entra um pouco mais para dentro do quarto, metade de seu corpo para ser mais exata.
— Nós precisamos soar convincentes para a assistente social, certo? — pergunto meio incerta. — Além disse, Vincenzo não pode ganhar uma família nova dividida. Ele precisa de estabilidade mais do que tudo, nesse momento.
— Sim, sim! Você tem razão, mas mesmo assim, sei que você deixou de muita coisa, então o mínimo que posso fazer é deixar você com o quarto principal. Essa é sua nova casa e quero que você se sinta o mais confortável possível. — Ele sorri e abaixa a cabeça por uns segundos.
Essa é sua nova casa. Por que caralhos isso soa tão bem saindo da boca dele?
— Nós dois renunciámos a algo, essa é a consequência de decidir criar uma criança com seu ou sua Ex. — Eu digo em uma tentativa falha de fazer uma piada, mas o sorriso no lábio de Charles vacila por um momento.
— Certo… — Ele sussurra com um olhar perdido em seus olhos antes de voltar a ficar totalmente em mim deitada em sua cama, que agora pertence me pertence — Sei que minhas roupas ainda estão no closet, mas é que ainda não instalei um armário novo no quarto, então tudo bem se eu tiver que vir pegar algumas coisas aqui durante o dia? Prometo que não vou ser um esquisito e vou sempre bater antes de entrar. — Ele diz rápido demais o que me faz rir.
— Está tudo bem. Você pode vir quando quiser, desde que bata antes, vai que eu estou pelada. — Eu tento, tranquiliza-lo com graça, mas novamente suponho que falhei. Porém, os olhos de Charles mudam para algo intenso e seu olhar viaja para minha parte superior.
A camisola que uso é de seda e um tanto quanto fina, não o suficiente para ser transparente, mas fina ao ponto de marcar meus seios sem a proteção de um sutiã. E é justo meus peitos que tomam a atenção de Charles. Eu me sinto quente sob seu olhar, quase derretendo. E quando ele passa a língua pelos lábios, sinto certas partes minhas apertarem.
Okay, chega!
— Vincenzo conseguiu dormir? — Pergunto tentando tirar a atenção dele dos meus seios.
Com a menção ao nome de Vincenzo, seu olhar se suaviza e volta para o meu rosto. As bochechas de Charles ficam vermelhas por um momento e ele pigarreia antes de dizer:
— Sim, ele pegou no sono rapidamente. Mal comecei a ler a história da ‘raposa morta’, e ele dormiu. Acredito que gastou toda a energia dele brincando no quarto novo, mais cedo. — Charles da de ombros e eu sinto minha sobrancelha franzir.
Ele disse raposa morta?
— Raposa morta? — pergunto confusa e ele sorri e da de ombros.
— Eu sei, é esquisito, mas é o livro favorito dele. Ele disse que a ‘Poposa’ é como Jules. — Meu coração esquenta e dói ao mesmo tempo, com a declaração de Charles.
—Oh! — É o único som que consigo fazer.
— Sim, Oh! — Ele me imita e caímos em um silêncio. Ambos pensando o quanto aquela situação era tragicamente adorável. — Enfim, só queria saber se estava bem e como já vi que está, vou dormir agora. Boa noite, Marie. — Ele se despede.
— Boa noite, Shal. — Eu o chamo do mesmo jeito que Vincenzo o chama, com um sorriso travesso no rosto.
Charles me encara com as covinhas aparecendo e um olhar divertido.
— Até amanhã, princesa. — Ele diz com um tom baixo e rouco e mais uma vez aquele olhar volta para seu rosto. Ele definitivamente não utilizou aquele apelido com a inocência de Vincenzo.
Charles sai e fecha a porta atrás de si rapidamente e eu quase caio de joelhos, agradecendo por ser antes de eu deixar um gemido totalmente constrangedor escapar da minha garganta.
Destino, você é um filho da puta!
30 de janeiro de 2023 — Monte Carlo, Mônaco.
— Então é só eu fazer assim e… Pronto! — Charles exclama feliz quando finalmente termina de arrumar o cabelo de Vincenzo.
— Fiquei bonito, Shal? — Vincenzo pergunta com olhos grandes.
— Você está lindo, campeão! Não é, Marie? — Eles se viram para mim que estou sentada na poltrona em frente aos dois, com charles em pé e Vincenzo sentado em uma das banquetas altas.
— Você está um charme, meu amor! Muito bonito! — Respondo para Vincenzo e suas covinhas surgem em seu rosto, que também cora um pouco.
— Obigado, Princesa! — Ele diz baixinho e puxa a camiseta de Charles para que fique na frente dele.
— Pelo visto alguém ficou envergonhado com o elogio, não é? — Charles cutuca a barriga dele com as pontas dos dedos o fazendo rir alto e eu solto uma risada baixa também.
— Para, Shal! Eu sinto cosguinhas! — Vincenzo diz as palavras erradas com aquela voz de criança e em meio a risos e eu quase explodo de tanta fofura.
— Certo, certo. Vou deixar as cócegas para depois, precisamos ir até o restaurante. Tudo bem? — Charles pergunta para Vincenzo e ele assente.
— Vamos conhecer a vovó e o vovô hoje, né Shal?
— Sim! Hoje é dia de conhecer os pais do seu papai Jules. Você está ansioso? — Charles pergunta e Vincenzo assente animado.
— Então vamos lá! Você está pronta, querida? — Charles se volta para mim e eu aceno me levantando da poltrona e pegando minha bolsa e a mochila do McQueen de Vincenzo que estavam em cima da mesa de centro.
— Ótimo! Então vamos, marquei às 12h com Christine e não quero atrasar. — Charles diz pegando Vincenzo no colo e pegando carteira e a chave do carro.
Andamos para a porta de entrada do apartamento e antes que charles abra a porta eu toco em seu ombro chamando sua atenção. Ele se vira para me encarar e Vincenzo também me olha curioso.
— Você acredita que eles vão reagir bem? — Pergunto me sentindo nervosa.
— Vai ser uma baita surpresa, assim como foi para nós, se não ainda mais intenso para eles. Não é fácil descobrir que tem um neto depois de quase quatro anos da morte do seu filho. — Charles responde e eu sinto meu estômago afundar em ansiedade.
— Vai dar tudo certo, Marie. Fique tranquila. — ele tenta me acalmar segurando firme, mas gentilmente a minha mão, e a ansiedade da lugar a pequenas borboletas em meu estômago.
Eu aceno novamente com a cabeça, me forçando a não parecer que seu toque de conforto me abalou.
— Eu vou proteger você, Princesa! — Diz Vincenzo sem ter muita noção do que realmente está acontecendo.
— Eu sei que você vai, meu amor! — Digo sorrindo com carinho.
[…]
Como se conta a alguém que de repente eles são avós de um filho do seu filho morto? É exatamente essa pergunta que venho me fazendo desde o momento em que entramos no carro de Charles e fomos para o restaurante nos encontrar com Christine e Philippe.
Pensei em diversas formas diferentes de lhes contar toda a história maluca a qual Charles e eu fomos submetidos nas últimas semanas, porém nenhuma parece ser razoável o suficiente para que não faça os pais de Jules sofrer um ataque cardíaco no meio da mesa.
Pensei em ser direta e simplesmente soltar tudo de uma vez, mas a possível imagem deles se engasgando com a comida, me fez desconsiderar isso rapidamente.
Esse assunto não é algo suave para ser dito tão diretamente. É necessário ter cautela e um bom preparo. Mas ai que está: há como estar preparado para uma notícia dessas? Não. Não há. Nenhuma preparação no mundo é o suficiente para evitar o choque de um assunto desses.
Charles se levantou e foi com Vincenzo ao banheiro, pois pelo visto tomar três caixinhas de suco é demais para a bexiga de um garotinho de 3 anos e alguns meses. Eu permaneço sentada à mesa que está em um canto mais afastado do restaurante.
— Com licença, senhorita. — A voz do garçom se faz presente e eu o encaro. — O Sr. e a Sra. Bianchi. — Ele anuncia e eu vejo que Christine e Philippe estão parados um pouco mais atrás dele. — Com licença. — Ele se retira.
Me levanto rapidamente e logo Christine vem em minha direção me dando um abraço apartado.
— Marie, minha querida! Como é bom ver você! — Ela diz esfregando minhas costas e eu retribuo o abraço apertado.
Fazia tanto tempo que eu não havia, e posso jurar que ela não mudou quase nada. Christine permanecia a mesma mulher elegante e adorável a qual eu cresci admirando. Nós nos soltamos, mas suas mãos permanecem nos meus ombros, ela me analisava de cima a baixo com um sorriso amável no rosto e olhos cheios de lágrimas. Não pude deixar de notar a diferença desse abraço com o da última vez, que havia sido no funeral de Jules.
— Christine, é muito bom rever você também. — Eu sorrio para ela o mais honestamente que consigo.
— Philippe, venha aqui! Olhe só para ela! Virou uma mulher muito linda. — Ela diz e se afasta para que seu esposo possa me ver.
Phillippe se aproxima e estende a mão para me cumprimentar, ele sempre foi mais formal e fechado do que a mãe de Jules, entretanto é um homem muito gentil e amoroso.
— Olá, menina! — Ele pega minha mão nas duas dele e aperta forte em um gesto carinhoso. Em seu rosto há um sorriso cansado, mas gentil.
— Também é um prazer revê-lo, Sr. Bianchi. — Digo e ele acena com a cabeça antes de soltar minha mão. — Por favor, sentem-se. Charles foi até o banheiro, mas logo estará de volta. — eu aponto para às duas cadeiras disponíveis que estão ao lado direito da mesa. Charles e eu ficamos acomodados ao lado esquerdo e o garçom nos trouxe uma cadeira para alimentação de crianças que está ao lado da de Charles.
— Como você vai, querida? Já faz muito tempo que não nos vimos, desde… — Christine para por um momento e percebo que seu sorriso cai por um momento.
Phillippe aperta levemente os ombros de Christine, tentando, reconforta-la, o que parece dar certo, pois ela sorri triste e sussurra um “tudo bem” para ele.
— Eu me mudei para a Itália, após sabe… tudo o que aconteceu. — Digo e volto meus olhos para a taça de vinho a minha frente. — Pensei que seria bom recomeçar do zero em outro lugar.
— Claro! E você estava totalmente certa. É sempre bom recomeçar a vida quando se tem a oportunidade. — Phillippe diz e vejo um pequeno lampejo de tristeza passar por seus olhos.
Eu tento imaginar o quão é difícil para ele poder falar de recomeço quando a pessoa quem ele mais amou na vida está morta.
— Você terminou a faculdade, sim? — Christine me pergunta e eu assinto.
— Sim, terminei na Universidade de Milão e hoje trabalho como curadora de artes. — Respondo dando um gole no meu vinho.
— Isso é ótimo! Mas pensei que você quisesse pintar. Lembro dos seus quadros, suas obras sempre foram maravilhosas. — Christine elogia.
— Eu pintava, mas não tive mais vocação depois que Jules… — Eu me interrompo quando percebo o significado das palavras que iriam sair da minha boca.
Olho rapidamente de Christine para Phillipe com meus olhos arregalados, ambos me encaram com um olhar triste, mas um sorriso gentil e reconfortante nos lábios.
— Me desculpem. — Eu me ajeito na cadeira, me sentindo desconfortável.
— Está tudo bem, menina. — Phillippe diz com um tom baixo. — A morte dele mudou algo em todos nós. É difícil aceitar que ele partiu, mas isso é o que é. — Ele e Christine se olham e depois voltam a me encarar.
Os meus olhos ardem com suas palavras. Realmente a morte de Jules mudou algo para cada um de nós, e talvez para pessoas ao redor do mundo inteiro. É difícil para todos os fãs de Fórmula 1 saber que não terão mais o ídolo competindo todo fim de semana de corrida. E para nós, seus amigos e família, é difícil ter que se acostumar com o vazio que ele deixou em nossos corações. É duro acreditar que ele não estará mais fazendo parte de nossas vidas.
— Mas sei que aonde quer que ele esteja, ele sempre estará olhando e torcendo por nós. Um dia de cada vez. — Christine diz e uma lágrima desce pelo seu rosto, que ela logo enxuga com o guardanapo de pano.
— Tenho certeza que sim. — é o que consigo responder para ela.
Ficamos em um silêncio por um momento, talvez apenas refletindo sobre o significado da imporá de Jules em nossas vidas.
— Princesa! Você não sabe o que nós descobrimos… hmm, olá? — A voz de Vincenzo se faz presente chamando a atenção de todos.
Christine e Phillippe encaram Vincenzo com olhos curiosos, o que o deixa tímido e o faz correr em minha direção. Eu afasto a cadeira e o pego colocando-o sentado em meu colo. Vincenzo esconde o rosto em meu pescoço e aperta minha camisa com a mãozinha.
— Vincenzo! Pelo amor de Deus, não me assusta mais desse jeito, eu quase tive um infarto com você correndo e… Oh! Oi! — Charles aparece na frente da mesa com os cabelos despenteados e o rosto preocupado. — Sr. e Sra. Bianchi, peço desculpas, me assustei com esse pequeno diabinho correndo. — Ele diz e cumprimenta Christine com um beijo no rosto e aperta a mão de Phillipe.
— Está tudo bem, querido. — Christine responde e seus olhos saem de Charles de volta para a criança em meu colo.
Charles se senta ao meu lado e sua mão vai protetoralmente até as costas de Vincenzo, fazendo um leve carinho ali.
— Quem é esse menino lindo? — Ela pergunta olhando para Vincenzo.
— Este é Vincenzo. Querido diga olá ao Sr. E Sra. Bianchi. — Sussurro para Vincenzo que enfia o rosto ainda mais no meu pescoço. — Vamos meu amor, é só um olá. — faço carinho em seu cabelo.
Vincenzo reluta por uns segundos, mas logo seu corpinho relaxa em meus braços e devagarinho ele tira o rosto de mim e se vira para seus avós com olhos curiosos, mas relutante.
— Oi. — Ele diz simples e os dois olham para ele o analisando firmemente.
—Oi, querido. Como você está? — Christine pergunta com um sorriso doce em seus lábios.
— Bem e você? — Ele pergunta educado.
— Estou bem, querido. — Ela responde.
Vincenzo olha para Phillippe que permanece calado apenas o observando cautelosamente.
— Não sabia que você tivera um menino. — Ele fala para mim, mas os olhos ainda estão cravados no garotinho no meu colo.
— Eu não tive. — Eu respondo e minhas mãos apertam um pouco mais Vincenzo.
— Então de quem ele é? — Phillippe me pergunta sério.
— Sr. Bianchi… — Charles o chama, mas antes que possa prosseguir o garçom se aproxima da mesa e nos pergunta se já queremos pedir.
Minha garganta parece apertada demais para querer comer qualquer coisa. Mas não tenho tempo de responder, pois Charles pede apenas mais um momento para que os nossos convidados possam verificar o cardápio e o garçom apenas acena com a cabeça e se retira.
O olhar que Phillippe lança sobre mim, é desconfortável, como se ele quisesse ler todos os meus pecados. O que eu nunca havia sentido antes. Ele está desconfiado.
— Nós precisamos falar algo para vocês e não é nada fácil de se compreender. — Charles começa atraindo a atenção dos dois. — Estamos adotando Vincenzo.
Eu engulo em seco e olho para Charles que me lança um rápido olhar antes de voltar para os pais de Jules.
— Isso é ótimo querido! Parabéns para vocês! Não sabia que voltaram! — Christine diz com um sorriso grande estampado em seu rosto.
— Nós não voltamos. — Eu digo insegura. — Na verdade, voltei para Mônaco apenas por Vincenzo, pois ele precisará de nós dois.
Os pais de Jules se entreolham confusos.
— Eu não entendendo, se vocês não estão juntos, por que estão construindo uma família? — ela pergunta confusa.
— Fomos meio que obrigados a isso. — Charles responde. — Não tivemos escolha, a mãe de Vincenzo apenas apareceu e nos reuniu em Nice, nos apresentou a ele e disse que não poderia mais cuidar dele, pois é uma dependente química.
— Meu Deus! Que horror, pobre menininho! — Christine olha para Vincenzo com olhos cheios de compaixão.
— Vocês a conhecem? — Dessa vez Phillippe quem pergunta, me encarando e eu nego com a cabeça.
— Não, nunca a tínhamos visto antes. — Charles responde.
— Então por que ela escolheu vocês para cuidar do menino? Pelo dinheiro? Ou fama de Charles? — Phillippe pergunta encarando Charles.
— Sim e não. — Charles responde. — Há um motivo maior que o dinheiro, pelo menos nós acreditamos que sim, não é? — ele me encara e eu aceno.
Minha garganta está tão seca que eu não consigo falar.
— E qual é o motivo? Se é que me permitem perguntar — Christine pergunta.
Eu e Charles apenas nos encaramos por um instante, nossos olhos conversando sobre como contar a eles toda aquela loucura. Eu respiro fundo e aperto um pouco mais Vincenzo.
— A mãe de Vincenzo queria que cuidássemos dele porque ela confiou em nós.
— Mas você disse que nunca a viram. — Christine interrompe Charles, ainda confusa.
— E nós nunca havíamos visto, mas ela meio que já nos conhecia. — Charles responde rápido.
A conversa está me deixando agoniada, como se algo muito pesado estivesse em cima do meu peito. Eu queria que aquilo acabasse logo de uma vez, como arrancar o band-aid de uma ferida. Charles deve ter percebido que eu estou a beira de um ataque de pânico, pois ele aperta a minha coxa levemente, tentando me reconfortar.
— Shal, você vai contar agora que eles são meus avós? — Vincenzo diz ingenuamente e minha respiração trava.
Há um choque estampado na expressão de todos na mesa. Meu coração parecendo ir explodir dentro do meu peito a qualquer minuto.
Eu não sabia o que dizer, estou totalmente travada sentada naquela cadeira, sem palavras.
— Meu Deus! — Christine põe às duas mãos sobre a boca, com olhos arregalados.
— O que você disse, garoto? — Phillippe pergunta para Vincenzo que olha para ele com um olhar incerto.
— Vocês são papais do meu papai Jules, não são? — Ele pergunta inocente e volta o olhar para mim como se estivesse com medo de ter dito algo errado.
— Do que é que ele está falando?! — Christine pergunta olhando entre mim e Charles.
— Tudo bem, aqui vai… — Charles começa a explicar tudo para os dois, desde as cartas até ao encontro com Cecília. Falou sobre a real causa da morte de Jules e sobre o processo de adoção estar em andamento e Vincenzo estar conosco.
A todo momento Christine chora e Phillippe apenas nos encara desacreditado, totalmente em choque. Mas para ser honesta, eu não os culpo. Se foi horrível para Charles e eu descobrimos tudo aquilo, imagina como não deve estar sendo reviver um inferno para eles. Entretanto, por mais que tenha sido como abrir feridas redescobrir coisas sobre a morte de Jules, também e esperançoso saber que ele havia deixado um pedaço dele para nós.
Quando Charles finalizou a história contando que Vincenzo está sobre nossa tutela provisória, Christine e Phillippe apenas ficaram lá por um tempo. Sentados, estáticos, processando tudo aquilo.
Ha tantas perguntas que rondam suas cabeças que somos capazes de lê-las em seus olhos.
— Sei que não é fácil para nenhum de vocês ouvirem isso, mas é toda a verdade. — Charles diz.
— E-eu não sei… não sei o que dizer. — Phillippe diz e seus olhos estão brilhando com lágrimas que ele se esforça para não deixar escorrer.
Eu apenas fico lá sentada, com minhas próprias lágrimas e garganta dolorida.
[…]
Voltamos para o apartamento cerca de duas horas depois. Depois de muito choro e palavras incompreensíveis, Phillippe se levantou e puxou sua esposa junto a ele para fora do restaurante. Charles tentou ir atrás deles, mas eu o puxei e disse para lhes dar tempo. Aquilo tudo parecia loucura e não me surpreendeu o fato deles terem saído daquele jeito, talvez se eu estivesse no lugar deles teria feito o mesmo.
Acalmar Vincenzo depois de seus avós terem saído, foi um processo mais difícil. O garotinho acreditou que eles não haviam gostado de si e que não o queriam por perto, o que fez meu coração apertar em um nível inimaginável, e eu e Charles o abraçamos fortemente o confortando e dizendo que eles apenas ficaram surpresos, mas que logo iriam nos visitar para conhecê-lo. Tentar explicar toda essa situação e sentimentos tão profundos de adultos para uma criança que nem havia completado 4 anos, era um processo muito mais complexo e intenso do que imaginávamos, então explicamos de uma maneira bem resumida e em palavras que ele fosse capaz de compreender.
Quando chegamos no apartamento, fui à cozinha preparar algo para comermos, pois, nem ao menos conseguimos almoçar depois de todo aquele alvoroço no restaurante.
Charles colocou o filme dos Carros em algum ‘streaming’, na tentativa de acalmar Vincenzo e se sentou ao lado dele que logo agarrou a camiseta dele o mais forte possível com suas mãozinhas, com medo que de que Charles fugisse também. Eu dei tudo de mim para não chorar ali na frente deles e corri para a cozinha.
Depois de algum tempo, enquanto corto os legumes, percebo a presença de Charles no cômodo.
— Ele dormiu. Tentei mantê-lo acordado, mas percebi que ele só se acalmaria se dormisse um pouco, então deixei que ele se entregasse ao sono. — Ele diz suspirando e se sentando na cadeira da mesa de jantar.
— Ele é muito pequeno para entender todos esses problemas de pessoas grandes. Tenho medo dele estar sofrendo e pensando que as pessoas não o querem. — Eu digo aflita
— Ei! Ele vai ficar bem e logo vera que os avós o amam muito. Que tudo isso foi apenas pelo choque. — Eu aceno com a cabeça e internamente rezo para que ele tenha razão.
— Julgo que seria bom se procurássemos um psicólogo para ele. — digo me virando para o fogão e mexendo o molho.
— Pensei nisso também. Não queria fazer isso logo de cara para não assusta-lo, mas pelo jeito que ele estava agarrando minha camiseta, com medo de que eu fugisse, acredito que não teremos outra escolha. — ele esfrega o rosto com a mão e suspira alto.
— É muita coisa para ele lidar, ainda mais sendo tão novo. Primeiro foi ser deixado pela mãe, depois ter que se mudar para um país novo com dois estranhos, e agora a reação negativa dos avós quando o conheceu. — Pego os pratos nos armários.
— Eu mal posso imaginar o que se passa na cabeça dele. Isso não é justo para nenhuma criança. — Charles de levanta e começa a me ajudar a colocar a pôr a mesa.
— Obrigado. — O agradeço quando ele pega os pratos da minha mão para colocá-los na mesa. — E você? Como está se sentindo?
— Impotente. — Charles responde. — Parece que nas últimas semanas, perdi totalmente o controle sobre minha vida. — Eu assinto em concordância.
— Para ser justa, realmente perdemos o controle de nossas vidas nas últimas semanas. — Eu dou risada e ele me acompanha.
— Sei que isso vai soar meio egoísta, mas fico feliz que eu não esteja passando por isso sozinho. Pelo menos tenho você ao meu lado dessa vez. — Ele diz pegando os talheres que eu havia estendido para ele.
Um sentimento amargo sobe pela minha garganta.
— Dessa vez? — Eu pergunto incerta.
— Desculpa, não deveria ter falado nada. Já tivemos emoções demais por hoje, vamos apenas comer em paz. — Ele diz colocando os talheres na mesa sem me encarar.
— Charles… — Eu o chamo. — Sei que eu não estive presente durante o seu processo de luto, mas eu estava passando por isso também. As vezes ainda sinto que estou presa naqueles dias. — Eu me aproximo dele. — Mas depois de tudo que aconteceu entre nós, eu não poderia simplesmente ficar perto de você e saber que… — Eu me interrompo.
— Saber que o quê? — Ele me encara. — Olha, eu não estou cobrando nada de você, Marie. E quando digo que você não esteve comigo após o que aconteceu com Jules, não é para você se sentir mal e nem culpada. É apenas porque foi tudo tão assustador e você é a única pessoa que poderia realmente entender o que eu estive passando. Só penso que talvez teria sido mais fácil se você estivesse aqui. — Ele diz e seus olhos voltam a encarar a mesa.
— E o quê você pensa que mudaria? — Pergunto mais ríspida do que gostaria. — Você terminou comigo meses antes, nós não nos falávamos, nem suportávamos estar no mesmo ambiente. Não acredito que a morte de Jules mudaria a forma como a qual nos sentíamos em relação ao outro.
— Mas isso não é sobre nós! Isso não é sobre o nosso relacionamento amoroso e sim sobre o companheirismo que construímos desde que nos conhecemos. — Ele soa com raiva e isso me deixa nervosa.
— Você tem razão. Isso não era sobre nós! Era sobre você! Sempre foi sobre você! — Eu explodo e ele arregala os olhos surpreso.
— Marie… — Ele tenta dizer, mas eu o interrompo.
— Você não se importou sobre como eu me sentiria se ficasse perto de você, ainda mais depois da morte de Jules! Você apenas se preocupou em não ter ninguém que te confortasse! — lágrimas de raiva começam a descer sobre meu rosto. — Isso nunca foi sobre ser mais fácil para nós, Charles, mas sim sobre ser mais fácil para você. — Eu rio irônica.
— Ei, ei, está tudo bem. Por favor, se acalma! — Ele tenta chegar mais perto de mim e eu me afasto com alguns passos para trás.
— Não me pede para me acalmar, porra! Eu tô cansada dessa merda! Tô cansada de me sentir culpada o tempo todo como se eu fosse a única quem errou, quando, na verdade eu só fui embora para me proteger! — Charles engole em seco e permanece parado.
— Eu não quis…
— Você terminou comigo, Jules morreu e eu fiquei sozinha! Não tinha ninguém, Charles. — Eu aperto minhas mãos em punhos. — Foi difícil para você? Foi e eu sinto muito mesmo, mas você ainda tinha sua família e seus amigos para te ajudarem a se reerguer, porém, o que eu tinha? Nada. Não tinha nada, porque até a porra dos amigos que fiz desde que vim para Mônaco, eram seus amigos primeiro! E eu sei que é foda querer alguém que você supõe que te entende para passar a mão na sua cabeça e dizer que tudo ficará bem, mas eu não podia ser essa pessoa. Não quando eu havia perdido você também!
Os meus soluços ficam altos e eu tento os controlar ao máximo com medo de acordar Vincenzo. Eu não queria que ele presenciasse toda essa cena, pelo menos não depois de tudo o que ele já havia passado hoje mais cedo.
— Eu sinto muito, Marie. — Charles diz com a voz baixa e mais uma vez seus olhos não conseguem me encarar.
Culpa? Vergonha? Eu não sabia, mas pela primeira vez não quero saber também. É a primeira vez que estou colocando meus sentimentos para fora, depois de todos esses anos. Estou me colocando acima de Charles e isso é assustador, mas também é bom para caralho!
Foi anos de toda angústia reprimida, de toda mágoa e dor de abandono, não que eu pense que Charles tivesse a obrigação de permanecer comigo, claro que não. Mas era sobre tudo ao meu redor ter sido sempre sobre ele ou sobre outras pessoas, sobre sempre ter que viver através de sombras de pessoas e ter esquecido de me colocar em primeiro lugar, sobre realmente ter deixado passar muito tempo da minha vida sem me encontrar.
Passei tanto tempo com medo de perder Charles e Jules, por os ter considerado a melhor coisa que já me aconteceu, que quando eu perdi os dois, percebi que nunca havia procurado nada para mim mesma. Não havia amigos, não havia família, não havia desejos e nem sonhos. Absolutamente nada que não os envolvesse.
Eu havia caído tão fundo na ilusão que sempre os teria, que esqueci de amarrar uma corda na superfície para que eu pudesse sair desse buraco caso as coisas dessem errado.
— Eu não queria que você se sentisse dessa forma. Não queria que se sentisse culpada, essa nunca foi minha intenção. — Ele brinca com os anéis em sua mão esquerda e eu solto outra risada irônica.
— Eu acreditaria muito nisso se essa fosse a primeira vez em que você me fez se sentir assim. — Eu digo seca e ele me encara confuso com as sobrancelhas arqueadas.
— O quê? Do que você está falando? — Ele para de brincar com os anéis e vejo que suas mãos se fecham em punhos.
Eu nego com a cabeça e tento desviar o olhar, me sentindo estupida por deixar aquelas palavras saírem da minha boca.
— Do que você está falando, Marie? — Ele pergunta agora incisivo.
Eu respiro fundo e cruzo os braços a frente do corpo.
— Sobre sua vitória em Monza, em 2019. — Respondo sentindo minha garganta arranhar mais fundo. Pelo menos sinto um pouco de alívio pelos soluços terem parado.
— O que isso tem a ver? — Sua voz está baixa e confusa.
— Você me ligou na madrugada, Charles. Você estava bêbado e nós tivemos uma discussão. — Digo o encarando séria. — Você estava bravo e quebrou coisas enquanto dizia não entender o porquê de eu ter te deixado.
Os olhos de Charles se arregalam em confusão e choque. Se eu ainda o conheço bem, ele deve estar dando tudo de si para puxar essa lembrança da memória.
— E-eu eu não lembro de nada disso. — Ele diz e eu aceno.
— Eu imaginei que não se lembraria. Afinal, você estava bêbado e depois esqueceria de tudo. Acontece que eu não estava e que infelizmente não pude esquecer. Suas palavras continuaram me assombrando durante todo esse tempo.
Charles me encara sem expressão.
— O que foi que eu te disse? — Ele pergunta e mesmo com seu rosto em branco, posso sentir o tom de preocupação e medo em sua voz.
— Você apenas confirmou o que eu imaginava. De uma forma diferente, mas mesmo assim confirmou.
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9 de setembro de 2019 — Milão, Itália
2h45 da manhã. Olho novamente para o horário marcado no visor do celular em letras minúsculas, logo abaixo vejo a tela continuar informando que estou recebendo uma ligação de Charles.
Meu coração acelera e eu não tenho certeza se é pelo susto de ter sido acordada de repente ou se é por ele estar me ligando, ainda mais nesse horário. Minha cabeça começa a funcionar a mil milhas por hora com diversos pensamentos dos motivos por trás daquela ligação. O meu estômago afunda com a sensação de medo e isso leva um arrepio por toda a minha espinha. Ele está bem? Aconteceu algo? Alguém mais morreu?
Após a morte de Jules, o pânico foi tão grande que passei a não aceitar mais ligações durante a madrugada, não importa quem fosse, depois das 00h eu não atenderia uma ligação se quer. Mas, é Charles quem está ligando.
O toque do telefone continua ecoando pela escuridão e vazio do quarto, assombrando minha mente e fazendo com que eu sinta meus ossos doerem.
Atenda, Marie! Se aconteceu algo você nunca vai se perdoar. Minha mente grita.
Com os dedos trêmulos deslizo o ícone de telefone na tela para atender.
Há um silêncio. Um silêncio pesado demais do outro lado da linha, o que não ajuda a aquietar meu coração e os pensamentos amargos que sobem através do meu estômago. Engulo a bile e suspiro, rezando a qualquer divindade, que não fosse nada do que eu estou pensando.
— A-alô? — Minha voz soa trêmula.
Ouço uma respiração descompensada através do aparelho pressionado no meu ouvido.
— Oi.— A voz de Charles se faz presente. Fraca e baixa.
Meu coração pula mais forte dentro do meu peito. Puxo todo o ar que consigo para dentro dos meus pulmões.
— Charles? Está tudo b-bem? — Aperto com força o lençol com a mão disponível. Por favor, diga que está tudo bem.
— Eu venci hoje, na verdade, ontem. Em Monza. — Ele responde com as palavras um pouco emboladas. Ele está bêbado?
Meu corpo relaxa, porém, meu peito se aperta ainda mais com o seu tom. A voz de Charles está embargada e melancólica.
— Eu sei, parabéns. — Engulo em seco para controlar a vontade imensurável de chorar que me invade.
— Eu venci em Monza, Marie. Venci em Monza pela Ferrari. E vocês não estavam lá. — A voz dele quebra e ele funga.
Não, não, não.
— Charles, eu-
— Venci sem acreditar que seria possível. Venci por Jules, pelo meu pai e por você. — Meu corpo gela. — E nenhum de vocês estavam lá. — Sua voz soa tão ferida que não posso mais segurar as lágrimas. — Jules e papai eu entendo, mas você? Por que você não estava lá?
A culpa é um sentimento obscuro que vai te consumindo até dilacerar. Ela dói, machuca, destrói, te envergonha e faz com que você queira conseguir voltar no tempo. A culpa te assombra, te faz sentir miserável, apenas pele e ossos ardendo. A angústia que ela causa vai dominando cada célula que compõe o corpo, invadindo o sono e te fazendo ter pesadelos, mas você não consegue acordar, não consegue escapar. Você procura todos os dias por um remédio que cure o remorso que sente, uns vão para álcool e drogas, outros recorrem ao sexo, ou qualquer outra coisa que possa preencher e substituir aquele buraco escuro que os domina. Entretanto, não há nada supérfluo que possa ocupar o lugar daquela ruína interminável de remorso. A verdade é que a única coisa capaz de curar uma pessoa que sofre com a doença da culpa, é o perdão. O perdão divino, ou perdão daqueles que se sentiram feridos, mas principalmente o de si mesmo. Não há autopiedade o suficiente que possa cicatrizar essas feridas, somente o perdão.
E no momento eu me sinto afogada naquele sentimento umbrífero. A culpa de ter fugido consumindo cegamente qualquer raciocínio lógico que meu cérebro tenta me entregar. É como se estivesse sendo engolida pelas águas salgadas em alto mar, a única civilização que eu possa correr para me salvar sendo um perdão que eu nem mesma sabia pelo quê ou de quem.
É algo irracional, pois sei que, querendo ou não, eu não devo nada a Charles. Ele quem terminou comigo meses antes da morte de Jules e no fim, eu fui a única quem ficou sozinha, pelo menos foi o que eu achei há algumas semanas enquanto fazia minha mala.
— Por que você está me ligando, Charles? — consigo dizer em meio a respiração descompensada — Você sabe que eu não poderia estar lá para você, eu não pertenço mais ao seu lado.
— Mas eu queria você lá! Era para você estar lá, Marie! Você não morreu, não é? Então por que eu tenho que te perder também? — ele explode em raiva.
Eu afasto o telefone do ouvido quando escuto seus gritos e barulho de coisas quebrando no fundo. Aperto meus olhos com força e torço para que tudo isso seja apenas mais um dos pesadelos que ando tendo.
— Eu não aguento mais perder todo mundo! Isso é tao injusto, porra! — Ele grita em meio a soluços e aperto fortemente o aparelho em minhas mãos.
— E-eu sinto muito, Charles. — sussurro mais para mim do que para ele.
A linha fica em silêncio por alguns segundos, sem gritos apenas o barulho da respiração pesada dele.
— Onde você está? Eu preciso te ver… por favor.
Não faça isso, ele está bêbado e confuso.
Eu coloco novamente o celular no ouvido e respiro o mais fundo que consigo, tomando o resto de coragem que me sobra.
Não posso dizer a Charles onde estou. Não posso dizer a ele que estamos no mesmo país, a poucos quilômetros de distância. Isso o quebraria ainda mais e faria com que todo o inferno que eu passei — e ainda passo — fosse em vão.
Acabou, Marie. Não há mais nada para vocês.
— Eu estou no Brasil, Charles. — A mentira sai lisa pelos meus lábios.
— O quê? No Brasil? Por que tão longe? — Sua voz falha e eu volto a apertar novamente o lençol.
— Porque eu não podia ficar perto… não depois de tudo. — Respondo.
Uma risada seca e vazia ressoa do outro lado da linha, um som de descrença e de mágoa, que faz com que outro choque passe pela minha espinha.
— Então você fugiu? É isso? — Ele pergunta seco.
— Sim. — respondo baixo. — É melhor assim, Charles. Não havia mais nada para mim em Mônaco.
— Você tinha a mim. — Ele responde rápido.
— Não, eu não tinha. Você terminou comigo, lembra? Você disse ser melhor se fôssemos apenas amigos.
— Porque eu não queria atrapalhar a sua vida! Você estava infeliz com toda a atenção, com todas as mensagens e perseguições! Você me disse que não queria viver na minha sombra!
— Nós dois sabemos que não foi apenas por isso, Charles! — Respondo ríspida. — Passei a minha vida toda na sombra de vocês. Claro que isso me incomodava, mas não foi esse o motivo pelo qual terminamos!
— Então qual foi?! — Ele pergunta com raiva.
— Você se apaixonou por ela!
E o silêncio se fez presente novamente. Meu coração quebrando quando eu finalmente soltei o que segurava a meses.
— V-você se apaixonou por ela, mas não teve coragem para me dizer. — Meus olhos ardem com as lágrimas e minha garganta queima com o gosto amargo das palavras.
— E-eu não… — Ele tenta dizer, mas eu sou rápida em interrompê-lo.
— Acabou, Charles. Não há mais nada de mim para você e vice-versa. A morte de Jules não muda o que já estava feito. — Eu soo firme. — Não há mais nós.
— Marie… — sua voz soa como se ele implorasse. — Por favor, me deixa explicar. Eu e ela nunca — Eu o interrompo novamente.
— Boa noite, Charles. Por favor, não me ligue novamente.
— Marie, espera…
Então eu desligo. Era isso, acabou. Respiro fundo e faço uma nota mental para trocar o meu número de telefone amanhã.
Talvez agora com esse ponto final, eu finalmente possa me libertar e seguir. Essa é uma promessa que faço para mim.
Acabou. Não há mais nós.
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Nota: OLHA EU AQUI DE NOVO! Peço desculpas pela demora e sei que prometi atualizar na semana passada, mas infelizmente não consegui. 😥 Mas o importante é que o cap novo chegou e com ele grandes emoções. Nesse capítulo eu resolvi desenvolver um pouco mais sobre o relacionamento e o passado de Charles e Marie, ainda há muitas coisas que precisarão ser mais desenvolvidas, como os sentimentos dos avós de Vincenzo em relação a essa grande descoberta e é exatamente o que eu pretendo explorar nos próximos capítulos, além de claro, mais do passado dos personagens principais com Jules e a adaptação de Vincenzo a sua nova vida.
Enfimmm, espero que tenham gostado! Me deixem saber! Até e próxima!
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botannx · 1 month
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Nick Jones - House of Wax
O frio me abraçou quase que imediatamente quando empurrei a dupla porta metálica que dava acesso ao exterior do ginásio. Abracei meus braços nus quando parei para varrer com os olhos aquele estacionamento, atrás de mim os ruídos abafados da música alta e conversas paralelas. Soltei um riso leve quando encontrei a figura a alguns metros, encostado no capô com os olhos para esse lado do local, era o único ali. Caminhei em sua direção sentindo minhas bochechas ganharem cor e uma timidez tomar conta de mim.
Perto o suficientes, Nick deu um último gole de sua long neck, deixando a garrafa vazia no banco passageiro, baixou o capuz da cabeça e esticou o braço na minha direção. "Hey baby" saudou me puxando para si, um braço contornou minha cintura enquanto sua outra mão alisou meu rosto delicado. "Achei que bailes não fossem sua praia" brinquei, minhas mãos espalmando seu tronco. "Eu tinha que ver se o Dalton estava se comportando bem" Ele sorriu de lado, os olhos presos em mim. Um frio serpenteou meu estômago mesmo que eu já estivesse quente "Atrevido, mas divertido. Dançamos muito, até com a Carly ele deu umas reboladinhas" Ri, ele negou com a cabeça, agora afagando meus cabelos. "E o Wade não ficou com ciúmes?" Perguntou, eu neguei rapidamente. "Wade sabe que não é preciso sentir ciúmes do Dalton" brinquei com as cordas do seu moletom preto. "Ajudei ele a cantar uma garota da turma da Paige antes de vir para cá, caso contrário ele me seguiria já que são inseparáveis" comentei, ele se inclinou para distribuir beijos abaixo da minha orelha, os fios de sua barba curta me causando arrepios.
Fechei os olhos brevemente. "Eu o colocaria para correr, afinal eu precisava ver você só mais uma vez" Franzi a testa, abrindo os olhos. "Você está incrível" emendou rapidamente, descendo os beijos molhados para meu pescoço. "Isso porque não me viu dançando" brinquei, ele soltou um leve riso conhecendo minha natureza levemente atrapalhada. "Daria tudo para ver isso" Afastou-se, os olhos escuros e brilhantes. "Mudando de assunto rapidamente, aconteceu alguma coisa entre vocês ou apenas com ele?" Perguntei, Nick ficou serio e olhou em volta do local que permanecia às moscas. Sua mudança de expressão obviamente era uma confirmação.
"Dalton parecia nervoso, ansioso, só melhorou depois de alguns goles" Acrescentei, ele deu de ombros voltando a sua expressão de antes. "Você não precisa se preocupar com isso, é o Dalton. Talvez tivesse ficado assim por saber que se houvesse um fio de cabelo seu fora do lugar…" O interrompi rapidamente, puxando seu ombro. "Não seja idiota" Ele riu e então finalmente beijou meus lábios. Nick beijou-me com uma certa urgência, uma que não vinha da excitação, mas sim de outra coisa, como se não quisesse arriscar perder tempo. Sua mão em minha nuca e a outra apertando minha cintura como se garantisse que não fosse embora, intensificaram tudo. Minhas pernas quase fraquejaram. "Nick…" Chamei, ele traçando a linha da minha mandíbula. Estavamos juntos a alguns meses, desde que o conheci sabia que ele era o gêmeo que não costumava falar sobre seus sentimentos, porém seus próprios olhos falavam por si e quando ele se afastou, eles disseram o quanto Nick gosta de mim.
"Eu tenho que ir" Engoliu em seco, seus olhos por um momento ficaram ansiosos. "Mas já? Está tão tarde assim?" Senti imediatamente falta de sua pele então me inclinei para eu mesma beijar seu pescoço. "Fica mais um pouco" Gemi manhosa, ele estremeceu e puxou minha cintura para mais perto. "Bem que eu queria, baby" Suspirou, me afastei o suficiente para beijá-lo na boca por mais alguns segundos. "A gente pode ir para o banco de trás" sussurei, ele intensificou o aperto. "Você não quer?" Perguntei inocentemente, afinal tudo bem para mim se isso fosse um problema. "Porra, tudo que posso pensar agora é foder você nesse carro. Mas estou pensando racionalmente…" Nick afastou meus cabelos do rosto, segurando em ambos lados da minha cabeça de forma que meus olhos focassem nos seus apenas em si.
"Penso em você todo dia, toda hora, acho que sabe o que significa. Talvez eu fique fora por um tempo, por isso quero que volte lá para dentro e divirta-se com a Carly" Nick esperou uma confirmação, mas tudo que podia pensar era confuso. "Está terminando comigo?" Segurei seus antebraços. "Eu fiz uma coisa errada, ok? Eu devia fazer isso, Carly sabe que eu sou ruim, mas fodasse. Sou egoísta o suficiente para dizer que não" Confessou, pisquei algumas vezes atônita, ele baixou sua cabeça quando meu rosto fora iluminado por luzes coloridas.
Talvez Nick tivesse pensando que com a mensagem passada, voltaria para casa para que evitasse que eu visse aquela cena, talvez eles teriam demorado um pouco para encontrá-lo, ele queria a solidão e a paz de enfrentar suas próprias decisões sem culpa. Mas todos disseram que ele havia sido burro quando decidiu ir ao colégio que frequentava com o carro roubado.
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cherrywritter · 2 months
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Invasor de Arkham - Background
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2ª semana de maio
- Por que está escondida aqui? – Conner adentrava meu quarto da Caverna com os olhos fixos nas telas de computador.
- É tão ruim assim quando fico no quarto dentro do quarto? – Zombei. Ambos sabíamos que era.
- Só costuma fazer isso quando está em uma missão solo. Uma em que só você pode se meter. – Diz se colocando atrás de mim e massageando meus ombros. – O que o senhor Wayne ordenou dessa vez?
- Ele não sabe que estou fazendo isso. É um caso meu.
- Por isso está vigiando o Espantalho? – Assenti. – Qual é o caso? – Questionou-me após pegar uma cadeira e se sentar ao meu lado.
- Crane disse que há um homem novo em Gotham que está passando informações para ele e que tem interesse no Batman. Ele sabia sobre o Coringa, sobre a morte e como ele foi exumado. Também disse que ele tem interesse em mim.
- Está querendo me causar ciúmes, senhorita Wayne? – Brincou.
- Talvez, senhor Kent. – Ri. – Talvez ele tenha interesse de me usar de isca ou de refém. Sou uma refém valiosa. Não consigo imaginar outra situação.
- E se ele sabe a identidade do Batman?
- Como isso seria possível? Luthor não vai perder essa carta e o único que sabia em Gotham está morto. Não faz sentido.
- Sua leitura mental ainda está ruim.
- Quase não a tenho. O pouco que tive foi usado quando meu irmão apareceu na mansão.
- Tentou falar com o Caçador? – Assenti. – Sinto muito.
Ficamos por horas observando as câmeras e as filmagens em busca de algum furo na estratégia do tal Cavaleiro de Arkham, mas ele realmente era perfeccionista. Não havia pistas em Arkham, aos arredores e nem mesmo abaixo. Não havia como sumir dessa forma. Sua leitura energética era horrível e descompensada. Muito difícil de identificar e rastrear. Talvez não fosse humano. Isso descartava muito mais opções de inimigos que meu pai acarretou em sua carreira.
- Vou andar pelos túneis de Gotham. Investigar se ele está se abrigando por lá ou os usando.
- Vai desperdiçar sua madrugada caçando esse cara?
- Realmente está enciumado? – O questiono ativando meu traje.
- Estou preocupado.
- Ele é uma ameaça até que saibamos o que está acontecendo. É a minha cidade que está em jogo e sem o Coringa no comando do crime, aquela guerra vai chegar aos civis. Se eu conseguir identificar quem ele é e o parar antes de algo ruim acontecer, será muito melhor!
- Então eu vou! – O encaro me sentindo incomodada. - Não é questão de não saber que você é capaz, você não sente a energia dele e essa é a base para você lutar, se lembra? Não importa saber mais de cem estilos de luta se você não sabe de onde está vindo. Sua visão é baseada na energia vital. Eu posso ver por você. – Abaixei a cabeça tomando noção da situação.
- Você está certo.
- E você, cansada. – Conner bate na lateral da bancada e tira duas seringas do compartimento que se abre. – Desativa o traje no braço. – O faço e ele injeta o líquido das duas seringas em mim. – Vai durar até sexta. Depois dos estágios, vamos investigar juntos.
- Não esperava por isso.
- Eu sei. – Ele sorriu se gabando. – Também dirijo dessa vez. – Disse pegando a chave da minha mão.
Ao chegarmos em Blackgate, adentramos pela batcaverna até acessarmos os túneis subterrâneos da cidade e das docas. Rondamos os locais por três semanas e nada. Nenhum resquício a não ser mesas jogadas, algumas mochilas pretas e copos de bebida junto a garrafas de whiskey. Encaixava em qualquer perfil. Qualquer cidadão ilegal que conhecia o submundo de Gotham.
- Decepcionada?
- Você me conhece. – Digo desativando o traje. – Acho que vou precisar mudar o visual.
- Está pensando em uma tattoo? Posso sugerir uma que ficaria linda nessas costas. – Diz passando os dedos por entre a linha da coluna. Sorrio com sua sugestão.
- Talvez eu possa avaliar sua sugestão, Superboy, mas…
- Sempre tem um ‘mas’.
- É sobre a conexão com a minha aparência. Talvez a cor do cabelo pode ser um bom álibi.
- Consegue manter? – Assenti. – Que tal branco? Combinaria com o símbolo do traje. Também ficaria sexy. – Diz retirando seu traje. – Está com medo?
- Um pouco.
- Sabe que vou respeitar sua decisão, mas vamos pensar um pouco mais antes dessa mudança, que tal? Você pode acabar dando bandeira se fizer isso agora.
- Faz semanas.
- Mesmo assim, se o Espantalho disse que ele está te vigiando, por mais que tenhamos coberto todos os nossos rastros, é um momento delicado. – Conner me abraça e acaricia meu cabelo. – Estou do seu lado sempre, meu amor. – Ele beija a aliança que me deu. – Pela eternidade. Esfria um pouco essa cabecinha. Amanhã tem um dia cheio de cirurgias, tenho uma missão bem chata para fazer e está na hora de dormirmos. São quatro da manhã e logo seu pai vai chegar. Não estou com espírito para tomar uma bronca dele.
- Não sei o que seria sem você.
- Uma garota sem limites que estaria um pouco perdida sem o namorado ao lado para a centrar. Vamos tomar um banho e deitar. O turno começa às nove.
- Andou vendo minhas escalas?
- Claro, sou o melhor namorado do mundo. Sexy, superforte, uma arma viva, dedicado, super-herói que cuida da namorada e se importa com cada segundo da vida dela. Eficiente, não acha?
- Perfeito, na verdade. – O beijo e sou carregada até o banheiro. – Me promete que jamais vai sair do meu lado? Que vai estar comigo mesmo quando eu enlouquecer, mesmo que eu cometa erros ou quando eu me sinta incapaz de salvar o dia? - Vou estar do seu lado mesmo que vire uma velha resmungona como o seu pai, senhorita Wayne. Agora chega de enrolação. Banho e cama.
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klimtjardin · 6 months
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Golden Age
NCT Fanfiction | Capítulo 11
{isso é ficção | atenção, esse capítulo tem: menção a relacionamento abusivo | recapitulando: você causou um pequeno caos na manhã dos seus amigos, e agora eles tem uma conversa para tentar colocar as coisas no lugar.}
Taeyong se acomoda sobre o braço do sofá, os modos não escapam do exame minucioso de Doyoung. Eles trocam olhares. É um silêncio diferente dos demais que já repartiram, tomado por um sentimento que há tempos Taeyong desconhece: a vergonha.
— Ah... — A mão encontra a própria testa mais uma vez, puxa a faixa que usa no cabelo de um lado para o outro. Aquilo pinica e coça; tudo pinica e coça e a luz parece brilhante demais aos seus olhos.
— Quer ficar sozinho? Foi bastante coisa pra um domingo de manhã.
— Não, não. Ficar sozinho agora vai fazer eu acender um cigarro. Não que eu não vá fazer isso assim que você sair...
— Você ficou triste? Pela Forest e tal?
Taeyong tem o lábio entredentes. Não quer admitir, mas arrisca dizer que está mais impactado por sua inesperada demissão do que pelo término - se é que assim pode chamar - com Forest. Logo na hora em que pareciam criar um vínculo... Aperta os olhos.
— Você sente que... — Deseja formular uma pergunta, mas mesmo isso o deixa envergonhado. — Por que você ainda é meu amigo, Doyoung?
Doyoung é um tanto arrebatado pelo questionamento. Esquadrinha a sala do apartamento. O sofá de couro bem polido onde o amigo está, a parede atrás dele, que divide a sala da cozinha, e a panela ao fundo esquecida sobre o fogão. Não tem resposta curta. Volta para o semblante dolorido de Taeyong.
— Você me acha idiota? Por causa das coisas que eu faço.
Doyoung segura o riso. Ah, Taeyong, sempre tão ingênuo...
— Às vezes, sim... O que isso tem a ver? Você também deve me achar um idiota às vezes. Nem sempre a gente precisa concordar.
Taeyong resfolega.
— Eu acho que- eu acho que sinto ciúmes seus com a sua amiga.
A vontade de rir de Doyoung retorna em dobro, mas ele segura por respeito. Admira a sinceridade de Taeyong. Jamais sairia com uma confissão dessas.
— Por que?! — Se faz de desentendido.
— Porque vocês são muito parecidos e eu- eu sou tipo o patinho feio.
Doyoung mantém o silêncio, depois concorda. Entende aonde o Lee quer chegar e não desvaloriza seus sentimentos.
— Taeyong, você passou por muita coisa. Relaxa.
— Eu sei! — Taeyong tem uma reação assertiva e de certa forma indignada. É isso mesmo que o envergonha. — Foi o que sua amiga me disse ontem, sabia? Ela é muito inteligente. Acho que é por isso que vocês se dão tão bem. Mas eu não acho que eu queira relaxar mais. Parece que depois que eu terminei com a Al- — Engole amargamente. — Com a Arrow, minha vida foi só ladeira abaixo.
— Por que você é tão duro assim consigo mesmo? — Doyoung se levanta e caminha até ele para ficarem frente a frente. Não gosta da postura evitativa de Taeyong diante do assunto. — Você passou por muita coisa, sim. E coisa pesada. Você devia era ir atrás da sua autoestima, que tá vagando por aí a milhas de distância... — Põe a mão nos ombros do rapaz. — Ei. Tudo bem se sentir perdido. É a sua primeira vez lidando com a vida. Mas pensa no seu futuro só um pouquinho. Você não quer sofrer igual a hoje de novo, quer? Então não repete esses comportamentos. Me conta, você gostava da moça?
— Eu- não sei. Eu queria saber onde ia dar, só isso. Achei que ela também. Mas terminar dessa forma, fez eu me sentir horrível. Ela parecia humilhada.
— Então não faz mais isso. Os erros tão aí pra gente aprender. Da próxima vez você deixa a pessoa saber, ou pergunta.
Taeyong não quer dizer, mas o que é ainda pior é sentir vergonha na frente do seu melhor amigo. Ainda existe um eco em seus pensamentos que teima em dar razão a tudo o que Arrow disse sobre ele no passado.
— Você precisa enterrar o fantasma dessa mulher. — Como se lesse pensamentos, Doyoung conclui. — Você não tem que se tornar o que ela acha melhor. E sim, o que você acha melhor. O que você sente orgulho de ser.
— Você parece meu pai falando.
— Amigos são pra isso... né?!
Após consolar Taeyong com seus sermões que sempre parecem a melhor coisa que o amigo poderia ouvir - mesmo que ele não siga o que Doyoung diz -, Doyoung parte para uma missão solo. A reação acalorada, de suor e palpitação, de quem parece pisar em terreno estrangeiro o acompanha durante todo o trajeto. Ele volta ao bistrô Renoir, desta vez, não para uma estreia. Não para um suave encontro de fim de tarde regado a cerveja, risadas e conversas fúteis com seus melhore amigos.
O rosto que lhe espera em uma das mesas é conhecido, porém.
A moça de beleza singela, longos cabelos castanhos e bochechas rosadas se levanta para cumprimentá-lo, esboçando um sorriso. Não é um sorriso de timidez, mas de conforto. Pensa que pelas próximas horas terão muitos pingos a serem colocados em muitos is e não esconde que espera por vírgulas ao invés de pontos finais.
Dawn é uma moça modesta, ela sempre foi assim, desde que chamou a atenção de Doyoung na livraria. Ele pensou que fosse ser como uma paixão platônica, vista uma vez e relembrada em fantasias, mas fadada ao fim. Porém, a vê-la na mesma livraria. Decidiu que aquele era um sinal para puxar uma conversa e em pouco menos de uma hora, tinham um encontro marcado.
Após tentar resolver os problemas de relacionamento de seu amigo, no entanto, Doyoung se encontra prestes a resolver os seus próprios. É óbvio que é muito mais fácil falar do que fazer, pois para isso é necessário se despir de bagagens. É necessário deixar morrer para nascer novamente.
Mas isto, embora demore, nossas personagens entenderão ao longo desta história.
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princekang · 9 months
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𝐀𝐋𝐓𝐎, 𝐐𝐔𝐄𝐌 𝐕𝐄𝐌 𝐋𝐀́? oh, é KANG HAEWON, o príncipe da coreia de VINTE E QUATRO ANOS, como é bom recebê-lo! está gostando da frança? tenho certeza que será muitíssimo bem tratado por nós aqui, sendo tão gentil e caloroso. só não deixe transparecer ser impulsivo e inconsequente que sua estadia será excelente. por favor, por aqui, estão todos lhe esperando!
𝐑𝐄𝐒𝐔𝐌𝐎.
Haewon era um príncipe fora dos padrões, ainda que sempre com o corpo coberto e elegantemente se apresentando a todos com a sua máscara de filho perfeito, as vezes com uma luva cobrindo uma única mão, ele já era colocado como rebelde só por ter dois piercings adornando o lábio, mal sabiam o que tinha por trás de tanto tecido. Não teve uma visão muito boa de seu pai quando foi encontrado por ele, usando apenas uma regata, suado e com uma mulher sobre ele fazendo coisas ruins demais para serem descritas, é, não foi isso que chocou o rei, mas a pele rabiscada da ponta dos dedos até o ombro, depois de um enorme discurso, ele enfim ouviu a sentença. “Você irá se casar…” Haewon achou que era piada, isso até receber uma carta da mãe de sua noiva, que coincidentemente era a sua prima, lógico que odiou a notícia, mas era algo que não tinha como fugir, já que o irmão mais velho também tinha esse destino desenhado para o seu futuro.
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(mais informações abaixo)
𝐈𝐍𝐅𝐎.
pronomes. ele/dele • gênero. homem-cis • nacionalidade. coreana • etnia. coreana • sexualidade. panssexual • aniversário. setembro, 1 • signo solar / lunar. virgem / leão • altura. 180cm • cor dos olhos. castanhos • cor do cabelo. preto • porte físico. atlético • roupa. em público, quase sempre elegante, roupas sociais e a roupa de evento militar, hanbok em momentos específicos, tudo preparado pelo estilista real, em momentos mais descontraídos, ele usa roupas mais focados na rebeldia, calças jeans, blusas lisas seja branca, preta ou cinza e jaquetas • acessórios. em público, ele usa uma luva para cobrir as tatuagens que tem na mão, além das jóias reais que são escolha de seu estilista, brincos não podem faltar, além de seus piercings duplos no canto do lábio, em momentos mais descontraídos os acessórios somem e ficam apenas os brincos e os piercings • sapatos. em público usa o que o estilista pede, quase sempre sapatos sociais de grandes marcas, mas nos momentos mais descontraídos ele usa botas e tênis all star.
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𝐁𝐈𝐎.
A história da Coreia já foi contada por outra pessoa, mas podemos reforçar. Dentro da família real, sempre tem aquele que não concorda como o andamento das coisas, e havia um homem que não aceitava uma mulher no poder, em outras dinastias houveram envenenamentos e assassinatos, porém, na atualidade, é mais fácil haver um golpe. A princípio é preciso entender que agora existe apenas uma Coreia, a junção aconteceu a muitos anos e o tratado é mantido desde então, logicamente que a monarquia foi a escolha para as decisões pacíficas entre os países, que famílias se unissem novamente, porém, a coroa trás problemas maiores. Na democracia, o povo escolhe o seu governante, não é o que acontece quando um rei ou uma rainha comanda tudo, é a linhagem que importa e as vezes, nem sempre é alguém que o povo gosta.
O pai de Haewon é um desses nomes menos afortunado de popularidade, um homem que decidiu tomar o poder de uma mulher, típico, claro. Junto dele veio a família, uma esposa fútil e que servia apenas de enfeite, e filhos, lógico, os homens eram os mais importantes ali. Na linhagem tem apenas dois, não foram feitos mais para que ela ficasse segura, então no auge de sua loucura e desespero, fez com que eles fossem enviados para longe do país e que fossem criados em segurança. Essa história já tinha acontecido antes na era Joseon, naturalmente que poderia ser repetida em um período tão obscuro, já que a origem daquela família envolvia tramas e traições. Haewon tinha apenas o seu irmão, então não se importava de estar longe e nem da forma como foram criados, sempre com guardas e pessoas ao redor, em ambientes distantes de qualquer vida humana, o rapaz se tornou rebelde por necessidade, quer dizer, um adolescente querendo explorar a vida sexual e não tinha ninguém para ensiná-lo a curtir? Naturalmente ele iria as festas escondido, transaria com algumas empregadas e empregados também, experimentaria bebidas e cigarros, faria tatuagens e colocaria piercings, porque ele queria viver o que estava sendo impedido de viver.
Haewon era um príncipe fora dos padrões, ainda que sempre com o corpo coberto e elegantemente se apresentando a todos com a sua máscara de filho perfeito, as vezes com uma luva cobrindo uma única mão, ele já era colocado como rebelde só por ter dois piercings adornando o lábio, mal sabiam o que tinha por trás de tanto tecido. Não teve uma visão muito boa de seu pai quando foi encontrado por ele, usando apenas uma regata, suado e com uma mulher sobre ele fazendo coisas ruins demais para serem descritas, é, não foi isso que chocou o rei, mas a pele rabiscada da ponta dos dedos até o ombro, depois de um enorme discurso, ele enfim ouviu a sentença. “Você irá se casar…” Haewon achou que era piada, isso até receber uma carta da mãe de sua noiva, que coincidentemente era a sua prima, lógico que odiou a notícia, mas era algo que não tinha como fugir, já que o irmão mais velho também tinha esse destino desenhado para o seu futuro.
Não conhece a futura esposa, não faz ideia de nada, só sabe que ela é mais velha e imagina que seja bem mais velha do que realmente é, a sua enorme falta de interesse só fez com que ele ignorasse até as cartas que recebia da família da mulher, não queria saber de nada, só teria a surpresa no altar, já que não tinha outra opção na vida. Por isso que foi surpreendido com roupas sendo jogadas na sua cara quando toda a corte viajou até a França para a seleção, é, ele foi o príncipe mais maltrapilho que chegou no país porque não sabia que tinha que viajar, acabou indo de pijama mesmo. Essa foi a primeira imagem que deu a França, ainda que ninguém tenha conseguido ver as suas tatuagens, recebeu mais um rótulo para a rebeldia já tão conhecida entre os nobres e a imprensa.
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ficjoelispunk · 9 months
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The coffee of Love - Capítulo 01 - Sábado.
Avisos da fic: Bom este é o primeiro episódio, aqui não há nada além de tensão, ansiedade, e mais tensão. E lógico, nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, e brincalhão.
PRÓLOGO.
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Resumo: Mais um dia comum em sua vida, se não fosse pela presença de um homem que você nunca viu na vida, mas que alterou a química do seu cérebro em segundos. Marcus o nome dele. Você não pode evitar ser atraída como um cachorrinho por ele.
A brisa do mar mediterrâneo é seu melhor despertador. Sua cama fica posicionada num local estratégico, e quando sua janela fica aberta, a brisa fresca da manhã entra no seu quarto sem pedir licença. É bem cedo ainda, mas você gosta de fazer as coisas no seu tempo, sem pressa, então quando sentiu o vendo fresco invadindo o quarto e refrescando seu corpo, você se espreguiçou. Esticou todos os músculos o máximo que pode, sentou-se ainda na cama, o sol ainda não tinha aparecido no céu.
Se arrastou até a beirada da cama, e levantou-se preguiçosa, levantando os braços acima da cabeça, e ficando nas pontas dos pés, se espreguiçando mais uma vez. Deu pulinhos até a sua janela, ela era grande, o pé direito do seu apartamento era alto, e a janela quase batia em suas canelas, do lado de fora, tinham flores que caíram por toda a lateral dela, como se fosse uma cortina natural, com flores rosa pink. Você se encostou no vidro aberto, observou o mar, as casinhas abaixo de você e sorriu. Feliz em estar ali, naquela pontinha de pedra europeia, olhando para a imensidão do mar mediterrâneo.
“Boungiorno” um casal de senhores que passaram pela viela gritou para você.
“Boungiorno” você acenou.
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Trocou de roupa, colocou um vestido lilás de alcinha, que fazia um decote simples em seu peito, não era vulgar, mas despertava desejo em quem tivesse interesse, nos pés um Oxford batido, mas confortável. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo desleixado, alguns fios ficavam soltos na frente do seu rosto, fazendo as ondas do cabelo contornarem suas bochechas. Não se importava muito com a roupa, porque chegando na cafeteria você teria que vestir o uniforme para trabalhar.
Colocou alguns itens essenciais numa bolsa de ombro, e desceu as escadas. O caminho para a cafeteria era tranquilo, você precisava descer algumas ruas, a volta para casa sempre era mais difícil, você precisava subir, e por passar muito tempo em pé, as pernas pesavam.
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Chegando na porta do Café, você vasculhou a bolsa pela chave, abriu a porta, e entrou. Como você era apegada aquele cantinho. Olhou no relógio, 7:20 a.m. Fechou a porta atrás de você, acendeu as luzes, e foi para a área de serviço trocar de roupa.
Lorenzo, já estava lá preparando todas as delícias que vocês vendiam na cafeteria, ele arremessou um Zeppole para você, enquanto você ainda estava distraída amarrando o avental.
“Ei!” você gritou, mas conseguiu segurar a tempo, analisou a obra de arte de Lorenzo em suas mãos.
“Bongiorno” Ele falou pra você rindo, e organizando as assadeiras.
“Bongiorno” você respondeu e mordeu um pedaço da rosquinha, “hmmmm” você mastigava de olhos fechados, “Eu te amo Lorenzo” você falou ainda enquanto mastigava e ergueu o Zeppole como um troféu. Lorenzo sorriu e balançou a cabeça revirando os olhos.
Quando chegou no salão, Sr. Francesco já estava posicionado na sua mesinha, ele morava em cima da cafeteria, então era só descer as escadas e já estava pronto para o trabalho.
“Bongiorno mia bella” Ele falou te olhando por cima dos óculos, com o jornal já aberto em sua frente.
Você sorriu, “Bongiorno Sr. Fran, quais as novidades no mundo?” você perguntou enquanto já agilizava o café para ele.
“O de sempre, empresários ficando mais ricos e destruindo mais o planeta, crianças com fome, e homens fazendo coisas estúpidas de homem.”
Você se aproximou da mesa, deixando a xícara de café para ele, e mudando a página, apontando para as chamadas rápidas das matérias, “Após decepção em lançamento de livro, escritor tem reviravolta graças à bondade de um completo estranho.” Apontou para outra “Estudo internacional com pele de tilápia auxilia em cirurgia de córneas de cachorros.”
Sr. Francesco olhou para você, e sorriu, você mostrou as palmas das mãos e sorriu também. “O mundo não te merece mia bella”. Você o escutou falando enquanto você andava em direção ao balcão, sorrindo.
“Ainda existe bondade no mundo sr. Fran”
“Você vê bondade porque você é bondosa.” Ele pontuou com uma frase de efeito, como sempre.
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O dia passava como todo e qualquer dia na cafeteria, você atendia os clientes da casa, e alguns outros que estavam só de passagem, desconhecidos. Era corrido, mas sempre havia um horário da manhã que ficava mais tranquilo, você aproveitava para sentar-se no banco atrás do caixa.
Você estava lendo um livro, l’Arte Italiana de Gloria Fossi, Mattia Reiche e Marco Bussagli, com as pernas cruzadas sob os joelhos, completamente imersa naquelas imagens incríveis que você gostaria de tatuar em seu cérebro. Era incrível como alguém conseguia construir catedrais, murais, vitrais, em desenhos perfeitos, aquilo era um superpoder?
Você foi sugada para o mundo real, quando alguém bateu sobre a caixa registradora te chamando a atenção. Você levantou a cabeça, e se deparou com uma arte?! Sua boca caiu levemente, enquanto olhava para o homem em sua frente. Cabelos castanhos levemente cacheado, alto, braços definidos, musculosos, barba um pouco desleixada, mas era um charme, lábios carnudos, um olhar profundo, ligado diretamente no seu olhar, e, uma covinha que apareceu quando ele começou a sorrir para você com as sobrancelhas arqueadas, tentando entender o que você estava pensando completamente congelada encarando-o.
Você lembrou de respirar. Soltou o ar com um sorriso, enquanto balançava a cabeça, tentando organizar as ideias, você não sabia nem seu nome se ele perguntasse.
“Desculpa eu...” você inspirou o ar pela boca, enchendo os pulmões, e olhou para o livro na sua mão “me distraí” balançando o livro pra ele ver.
Ele assentiu, ainda sorrindo meio torto, o que dificultava muito a sua vida. Você nunca tinha visto aquele homem. Era certeza absoluta, porque o efeito que ele causou em você, você iria se lembrar com certeza, se já tivesse o visto.
“Arte Italiana é realmente uma distração.” Ele falou com uma das mãos no bolso, enquanto a outra ainda estava descansando em cima da caixa registradora em sua frente, ele olhou para trás, e procurando por algo. A voz rouca e grossa, fez você sentir um frio na barriga. “Então...” ele falou se inclinando para você, com as sobrancelhas arqueadas novamente.
Foi quando você se lembrou que você estava numa cafeteria, e que você era garçonete, e que ele era um cliente, e estava na sua frente, querendo fazer um pedido.
“Oh” você se endireitou no banco como em um susto, descruzando as pernas, e pulando para o chão, deixou o livro cair, “droga”, você passou as mãos no avental para ajeitar e olhou para ele “Desculpa, como posso te ajudar? Temos espresso, descaffeinato, doppio, cappuccino, Latte macchiato” foi falando enquanto entregava o cardápio para ele, “se preferir escolher um lugar para se sentar, posso anotar seu pedido quando você escolher.”
Ele ficou te olhando com um sorriso, reparando na sua ansiedade e nervosismo, mas assentiu e escolheu a mesa ao lado do Sr. Francesco. As duas mesas eram posicionadas bem no canto da cafeteria, em frente a janela que dava uma visão da rua.
Depois que ele se sentou, abriu o cardápio e passou os olhos por todo o menu. Você estava ainda respirando de forma completamente irregular, com a boca aberta, enquanto encarava o homem, um formigamento no estomago, uma ansiedade descabível.
Sem pretensão, olhou de relance para o Sr. Francesco, que estava te olhando por cima dos óculos, as sobrancelhas unidas em rugas pela testa, completamente confuso, pois nunca havia visto você agir daquela maneira. Nem você sabia o que estava acontecendo. Ele se moveu para olhar por cima dos ombros, o homem sentado de costas para ele. Olhou de novo para você, e ergueu as sobrancelhas como quem perguntava “você gostou dele?” o que te fez sorrir e balançar a cabeça, desviando o olhar. Porque dentro da sua cabeça você estava, certo, meu Deus, o que está acontecendo? Eu gostei dele? Eu gostei dele. Ele é lindo. E tem olhos lindos, e um sorriso perfeito.
“Mia bella...” Sr. Francisco te chamou, te fazendo erguer a cabeça, e notar que o homem estava pronto para fazer o pedido.
Você assentiu com a cabeça. E se direcionou a mesa dele. “Posso ajudar?” você falou meio ofegante, o que te deixou meio sem graça.
Ele sorriu, e apontou para o cardápio “Vou querer um espresso duplo, e o que seria esse Bomboloni?”
“hmmm, boa escolha, Bomboloni é como se fosse um donuts,  mas sem o furo no meio...” ele não deixou você terminar.
“Perfeito, quero um Bomboloni” ele falou olhando para você e imitando seu jeito de falar o nome do alimento.
“Ok, eu volto em um minuto com seus Bomboloni” você falou imitando o jeito dele de falar. E sorriu enquanto anotava na comanda. O que te impediu de ver a forma como ele te olhava, de cima em baixo, como se quisesse gravar sua imagem no cérebro dele, como você queria tatuar as artes italianas no seu cérebro.
Marcus nunca tinha visto uma mulher como você. Você era lindíssima, traços fortes, jeito leve de se mover, mãos bonitas, cabelo perfeito, sorriso impecável, simpática, tinha algo em você que era diferente de tudo que ele já viu. A viagem dele era para esquecer um amor. Mas ele nunca pensou que poderia ser tão rápido, aquele era o primeiro lugar que ele tinha entrado assim que saiu do hotel. Mas ele agradeceu por nada ter dado certo, e por ter entrado na primeira cafeteria, e pelos seus olhos terem sido abençoados com sua imagem.
Você foi buscar o pedido dele. E fez todo o trabalho sorrindo, feito criança. Voltou para a mesa para servi-lo, com muita concentração, você estava um pouco distraída demais essa manhã. Quando terminou de colocar todos os itens na mesa, levantou o olhar para ele. Ele já estava te olhando. Estava te estudando, os olhos cravados no seu rosto, piscando lento, passou a língua nos lábios. Tombou a cabeça de lado.
Do jeito que você se inclinou para servir o pedido dele, vocês ficavam bem próximos, Marcus conseguia sentir o cheiro do seu perfume, Frutal, fazendo com que ele quase se inclinasse para respirar você com mais atenção. Você só se deu conta da proximidade de vocês quando endireitou o corpo, e reparou nele também. Você assentiu com a cabeça, e deu um sorriso.
“Algo mais?” Você perguntou baixinho. Se demorando mais tempo do que o comum para atendê-lo.
“Sim...” ele respondeu olhando para você, como se quisesse pedir algo sem saber como. Você tombou a cabeça para o lado e ergueu a sobrancelha. Ele abriu a boca, fechou, olhou para o café o Bomboloni na frente dele, balançou a cabeça “Não, é isso mesmo. Obrigado.”
Você mordeu o canto da bochecha, os braços cruzados atrás do seu corpo, você ficou na ponta dos pés enquanto assentiu para ele, e voltou para seu posto. Nesse meio tempo, várias pessoas entraram, tomaram cafés rápidos, comprar pães, doces, e o homem ainda lá. A sua sucessora chegou, e você foi trocar de roupa, colocou seu vestido lilás, prendeu o cabelo em um coque desajeitado. E saiu.
O homem não estava mais na mesa. Você chegou perto do Sr. Fran para se despedir, “Até amanhã sr. Fran, não esqueça de fazer o pedido dos queijos por favor, e amanhã chega os frios, vou chegar mais cedo...”
“Não, mia bella, pode deixar que eu recebo, bom descanso, e cuidado na rua, qualquer coisa grite.” Ele dizia enquanto segurava sua mão.
Marcus ficou observando você, e a forma como você se comportava. Sempre tão educada e gentil com todos. Carinhosa, e cuidadosa com esse senhor.
Você tombou a cabeça com curiosidade, e ele balançou a cabeça para trás. Mas você não entendeu. Colocou a mão no ombro dele. E assentiu. Quando se virou para trás, entendeu do que ele estava falando. O homem lindíssimo por quem você se derreteu em 5 segundos de convivência, por pura carência, estava atras de vocês segurando a porta para você. Um grande cavalheiro. Você pensou enquanto passava por ele, mordendo os lábios.
“Obrigada.” Você agradeceu quando já estava na rua.
“Por nada.” Ele deu um passo ao seu lado, e você parou para olhar.
“Sabe, esse livro que você está lendo, você não acha que seria muito melhor conhecer os lugares, e as obras pessoalmente, já que você já está aqui na Itália?” Ele perguntou enquanto fazia sinal para você seguir seu caminho porque ele iria te acompanhar. Você hesitou.
Quando olhou para trás, Sr. Fran estava de pé olhando pela janela da cafeteria, o que fez você querer sair correndo dali. Você só deu passos largos, para sumir do campo de visão dele. E quando percebeu que estava em uma distância segura, voltou sua atenção para a pergunta do homem.
“Meu nome é Marcus, por falar nisso.” Ele disse virando o corpo de frente para você e dando passos de costas pra rua.
“Eu adoraria conhecer pessoalmente, mas no momento os livros me satisfazem”. Você não iria assumir que era uma quebrada para ele.
Ele olhou para o céu e balançou a cabeça indignado. “Isso é besteira!” ele soltou os braços no corpo.
Ele iria atravessar a rua de costas, e quase foi atropelado por uma vespa, mas você segurou as laterais dos braços dele, em um movimento de urgência, e puxou ele para você, impedindo o acidente.
“Pazzo!!!” o piloto buzinou e gritou depois de passar a milímetros de corpo de Marcus.
O corpo de vocês estavam um ligado ao outro. Marcus era bem mais alto que você, e grande, as costas largas, os ombros delineados. Você o puxou segurando em seus bíceps, e suas mãos não conseguiam nem chegar no meio da circunferência do braço. O cheiro dele era inebriante, e o corpo quente.
Marcus passou os braços por você e segurou seus cotovelos, as mãos grandes seguravam as costas dos seus braços também, forte, firme. Ele estava olhando para o rapaz da vespa enquanto você estava perdida nele. “O que ele disse?” ele perguntou, mas você não conseguiu responder.
Você levantou sua cabeça para olhar para ele “Você está bem?” perguntou limpando a garganta.
Ele estava empurrando você gentilmente para trás, e sua voz o fez olhar diretamente em seus olhos.
“É, estou bem.” A distância era mínima entre seus rostos, você sentiu o hálito quente dele na sua cabeça. Sua respiração ficou irregular, seu corpo começou a formigar, não conseguia entender o que estava acontecendo, mas seu corpo estava reagindo a ele.
Querendo se livrar da confusão mental e corporal que ele estava te causando, você o empurrou devagar, fazendo com seus corpos se afastassem, você olhou para o chão, abaixando a cabeça, deu mais um passo para trás, se separando dele, segurando seus braços na frente do seu corpo.
“Isso” você falou indicando para a rua, “é besteira”.
Ele riu, e concordou balançando a cabeça. “De onde você é?” Ele perguntou, te olhando com as mãos no bolso.
O cara estava realmente querendo conversar com você. Você passou a mão abaixo dos olhos, para não estragar seu rímel, e sorriu, olhando para rua.
“Desculpa não queria ser chato, nem te importunar.” Ele falou abaixando a cabeça e se afastando.
“Não, tudo bem. Não está sendo chato. Eu sou daqui, moro aqui, trabalho na cafeteria caso você tenha se esquecido, e vivo aqui.” Sua mão ajeitou sua bolsa no ombro, estava pesada por conta do seu livro que estava lá dentro.
“Você estuda arte, ou algo assim?” Ele perguntou apontando para sua bolsa, indicando o livro.
“Não...” você fez uma pausa, se envergonhando um pouco por não ter uma graduação. Mas aproveitou a oportunidade por se tratar de um desconhecido, e sem ser audaciosa completou “Mas sou pintora, eu pinto telas.”
“Ual, estou diante de uma artista.” Ele falou sorrindo. O sorriso dele era contagiante, Marcus era expansivo, caloroso, charmoso, simpático, educado.
Você apontou para seguirem o caminho. Ele te acompanhou e estendeu a mão se oferecendo para segurar sua bolsa. Como não tinha nada a ser roubado ali, você entregou.
“E você? Está de passagem? O que faz para viver?” Perguntou dando uma chance para a oportunidade.
“Eu trabalho com Arte, moro em Washington e estou de férias.” Ele disse dando de ombros.
“Com arte?” Você se virou para ele, “O que você faz? Trabalha em museu ou algo assim?” perguntou com animação.
“Algo parecido com isso...” Ele não quis aprofundar. “Então, como você mora aqui, seria muita audácia pedir para que você me ensine o que fazer nesse lugar?”.
Vocês estavam quase chegando na sua casa, você parou um pouco antes das escadas, no seu apartamento, a escada de acesso era do lado de fora. Assim separava-se a casa de baixo, com a casa de cima.
Você suspirou. “Eu não posso, vai que você é um psicopata e me sequestra para tráfico de mulheres.”
Ele sorriu, “Eu jamais faria algo do tipo, a não ser que você quisesse.”
“Então você é um psicopata?” você perguntou encenando uma cara de medo.
“Não, eu sou um cara do bem. Posso provar.” Ele disse procurando algo no bolso.
“Se você vai me oferecer dinheiro, eu juro por Deus que vou socar a sua cara. Ou se você estiver armado, eu quero avisar que também estou.” Você falou em tom de brincadeira, mas se ele oferecesse você iria ficar realmente muito ofendida.
Ele tirou uma carteira, e mostrou o distintivo do FBI. E você gargalhou, jogando o corpo pra trás.
“É isso que você usa para seduzir as mulheres?” você estava rindo muito.
“Ei, isso aqui é de verdade” Ele disse enquanto conferia o distintivo para ver se era a mesma coisa que vocês dois estavam vendo.
“Você quase foi atropelado por uma vespa a minutos atras, que tipo de agente do FBI é você?”
“O tipo que cuida do setor de Artes” ele falou balançando o corpo na última palavra para enfatizar.
Você ainda estava sorrindo, colocou a mão sobre a boca, para se controlar e balançou a cabeça para dar um certo mérito a ele. “É, faz sentido, afinal, como poderia ser perigoso né? Alguém te atingir com um pincel.”
“ha ha ha, muito engraçadinha. Para seu governo, nós combatemos quadrilhas que roubam e matam por quadros, e vários artefatos de arte raríssimos, que valem fortunas.” Ele estava palestrando, e balançando o dedo como quem dá uma bronca.
“Certo, agente. Me perdoe, você realmente é um agente que combate o crime e salva a cultura de milhares de países.” Você falou séria. Tentando segurar o sorriso e o sarcasmo.
Ele te deu um empurrãozinho leve.
“Meu trabalho também é muito importante, eu mantenho pessoas sãs e felizes com doses de cafeínas, eu entendo a responsabilidade, por isso não consigo ser sua guia.” Você indicou o caminho atrás de vocês com a mão.
“Eu sei, e isso é maravilhoso. Mas você tem a tarde livre não tem? Não custa nada, um ou dois dias me mostrar o que tem de bom nessa cidade, embora eu acredite que já tenha visto.” Ele falou com os olhos maliciosos, escurecidos.  “E, eu corro perigo nas ruas desse lugar, se não fosse por você eu estaria esmagado no chão de Positano”
O jeito que ele falou fez seu estomago gelar, era estranho pensar ou supor que ele estava se referindo a você. Seus lábios se separam, e você piscava, como se estivesse enfeitiçada. Mas, voltou a si, e fechou os olhos, balançando a cabeça, ignorando o que você supôs ser uma cantada.
Você cruzou os braços, olhou para o chão, chutou o ar, e se rendeu. “Ok, eu saio da cafeteria...”
“14:15.” Ele te interrompeu.
Você ergueu as sobrancelhas em desdém, “Muito bem, sr. Agente do FBI” você pediu para ele a bolsa que estava pendurada nos ombros dele “esteja lá esse horário, e vista algo fresco, feliz, praiano.” Você se virou para subir as escadas.
“Você acha que eu não estou com roupas adequadas?” Ele esticou a camiseta abaixo dele para olhar.
Você fez um sinal com o dedo subindo e descendo pelo corpo dele, “Só se você quiser cozinhar embaixo dessa roupa de Agente que nunca tira férias.”
“Ai.” Ele respondeu como se estivesse com dor.
“Vejo você amanhã, tente não ser atropelado por nenhuma vespa”. Você estava entrando no apartamento.
“Tão engraçadinha.”
Você passou pela porta, encostou as costas nela. Jogou a bolsa no chão. E ficou olhando pro nada, repassando aqueles minutos que passou com Marcus o agente do FBI, que trabalha com artes. O mundo é completamente maluco. Você estava com um sorriso persistente no rosto, mordiscando as peles soltas do seu lábio. Vamos ver o que pode acontecer.
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