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nara-tb · 3 months
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ONDE VOCÊ ESTÁ?
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Onde você está? Quando estou correndo e passeando, às vezes, pensando e sentindo que já o vi. Te encontrar é o meu maior desejo e me pego pensando, eu cheguei realmente a ter um vislumbre, vi sua sombra passar através da janela, pensei que cheguei a tocar perto de sua alma, de sentir o cheiro, o peso de seu perfume. Por que você não me encontra logo? E desfaz o mal das coisas que estou pensando enquanto não te vejo.
Quem sabe estou esperando e procurando pelo muito, quando sou eu quem sou o raso? Estou cansada, querido. Estou tão angustiada e triste, tentando colocar todos esses pratos sobre a mesa, poderias estar aqui comigo. Estou carregando tantos fardos sozinha, e não é tão mal nisto, eu os suporto, mas penso em como estaria a saúde de meus ossos com essa novidade. Não vivo para esperar por isto, mas me encaro no espelho a procura de alguém que não sei, que conheço com sutileza a franqueza e atração. De um brilhar de olhos que irá me enveredar inteira, por quem minha alma irá suspirar em planície elevada, pelos quais meus pés correrão a dizer “é este o pacífico de minha causa! É este o lar e conforto que tanto busquei”. Que serão a ânsia dos meus braços a ir, aonde irei me confortar, em um peito como escudo, só meu. 
No entanto, também penso que isto tudo pode ser fruto de perspectivas irrealistas, de tristezas mal curadas, de exagero de temor. Bem, não parece certo às vezes, parece distante. Meus arrependimentos já estão marcados, devo esperar por este ou há outro? Meu tempo passa que nem fumaça e eu sinto aos arredores a correria de uma vida manchada pelo desespero do querer. Da qualificação de meus ossos? Estão manchados, ancorados por uma possível enfermidade, queira eu que seja apenas psicológica!
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nara-tb · 7 months
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Em Vão
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Estou entregue a este desespero, pois não, entre, não tem sabor de mel (se bem que, minhas papilas gustativas não se deliciam tanto com o fazer das abelhas; é isto! Não tem gosto de nada!) Se olhar em volta, é uma casa sem paredes, nem cores, não é escuro e nem nebuloso, é realmente fora de clichê, é uma curva inquietante, é a total desesperança ligada ao passado medonho.
Quem me dirá que isto é bom? Quem me dirá que realmente isto me fará crescer? Estou presa nesta joça, sendo torturada pelo ardor das tentativas, todas falhas e enfileiradas num filete de sorriso. E está ao fundo, observando tudo, será que move pelo menos um pouco de seu dedo? Em minha direção? Apenas para desgraças, e recapitulo que desgraças em vão. Não posso nem ser subserviente a uma causa que há tempos me abomina, misturando tudo que brilha nesta cerração, misturando tudo de bom com o mau, onde está a diferença afinal?
Não me julgo ao jugo, mas é porque nesta estalagem o tempo é este que queima, que destila, não há um coach que possa me alinhar, não estando na minha carne, compartilhando de meus ossos e da dilatação de minhas veias e sangue. Minhas lágrimas repousam e eu as bebo agora, não servem para nada. Nada nesta vida está servindo para alguma coisa! Vivi quase que em vão, procurando encontrar o ponto fixo, não do sucesso, mas da transformação, da boa influência, do arguir. E tenho encontrado a postergação mais incandescente, mais dilacerante do que qualquer dor que já experimentei. Dizem que não estou abandonada, nesta casa sem janelas e portas. Devo estar num experimento cientifico, pois seria uma única menção a uma boa proposta, quem sabe o tempo seja honroso? E meu bem, voto que ele nunca é. Tenho sido enganada, há um torturador em meu encalço e suas promessas são sempre SIM-SIM. VÁ EMBORA ESPERANÇA! Você me ilude e deixa com fome! Me deixa passar necessidade no básico. 
Tem gente que sai e volta, mas eu permaneço, nem para um lado e nem para o outro, apenas sendo chocalho, brinquedo e passarela dos outros. Dirão que isto é honroso, pra quem? A vida é um literal sistema de castas, sinto muito se você não caiu no harém. 
Me desculpe, estou na minha pior desgraça.E não, não está tudo bem.
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nara-tb · 8 months
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Iluminado
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A imaginação é minha porta contra a exigência… ou para a exigência, é certamente um protesto. Os inquilinos ao lado, realidade e responsabilidade pedem que eu me porte a todo momento. A existência em mim é algo a se avaliar com meu tempo, mas a finura da excelência do cobrar, deixa trave pesada a todo momento.
Quem me dera fugir desta ilusão! Quem me dera saber as respostas, ter como prova, se haverá desilusão. E que pesado ter que apoiar a cabeça no chão quadrado pela dor de estar extasiada ao nada novamente. Se a alegria permite construções de pontes, tenho as erguido e derrubado postumamente, repetidamente, quase semanalmente, quinzenalmente, sem exageros. Não consigo chegar do outro lado. Por que a única coisa que não é passageira é a minha dor? De não concluir, de não dar certo, seja a minha perspectiva ou a Suprema, suposta. 
Queria que me dessem o céu, e como fico muito tempo na minha mente, considero que suas delícias, em parte filosófica no mundo sensível, seria o que eu gostaria de provar. Porém, é tanto tempo arquitetando, colocando a imaginação para funcionar como escape da dor, como segurança para um não bloqueio subversivo e irreversível, que já nem faço mais com toda a criatividade de criança. Eu me deito e imagino, eu ando e me iludo, eu falo e ninguém escuta, pois está tudo aqui dentro. Aqui eu sou feliz, e mesmo quando não sou, não me sinto sozinha, não me sinto amargurada por muito tempo, há resolução de sentimentos, porque acabo sendo boa comigo mesma. Mas do lado de fora há muita solidão, posso dizer que é uma maravilha de solitude, todavia acredito que exista um certo equilíbrio nesta paráfrase, este tem sido meu estado de estar há muito tempo. 
Se um dia eu acordar, ainda que não sei ou espere que seja completamente(já que não há um gancho a me manter na realidade), espero proclamar ao final que a vida é boa, que existem obras nela que são inconcebíveis a olho nu. Espero ter medo do novo (nem tanto, o qual tanto sonhei), por uma noite e meia, sentir frio na barriga (que combino com uma ansiedade dilacerante) por meia dúzia também, e que seja tão magnifico que eu me contente com o não planejamento, que me surpreenda com o rasar do vento. Espero que tenha saúde em si, e para os meus ossos. Desejo que retire esta minha sequidão do deserto, que me arraste a terras férteis, mas do brejo (do qual sei que um dia pode não haver tanta chuva, nem tanto verde, mas que continuam sendo, primeiramente, terras férteis). E nisso eu espero tanta coisa… é que quando imagino a felicidade preparada, quem sabe maior do que alguém jamais viu?! Posso ser completamente otimista, positiva, seja lá uma palavra com conotação a fé e esperança! De um futuro melhor, mais aprendido do que com nossos pais, e menos doído também. Melhorado por nossas novas escolhas, repleto de amor e compaixão e interesse genuíno pela história do outro, comprometido com o outro, ardendo não só em paixão, mas um tipo de cumplicidade de almas gêmeas (esqueça os clichês disso!) O encontro de almas é profundo, gera uma amizade tão forte, que conecta luta, vitória, caminho e horizonte com um sem-segundo, que não vai lhe deixar, que assinará contratos celestiais por você e com você, do qual estará tão imperturbado, tão seguro que os assinará também do mesmo jeito, de jeito a um melhor amigo que passearia com você através dos seus sonhos e vice-versa. Não seria egoísta, não seria depredador.
Agora me calo, foi mais do que falei. Prevejo encontrar, um dia, este tipo de amor.
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nara-tb · 8 months
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O que nunca cheguei a ser
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Quando eu era campeão, ouvia os povos da terra proclamarem-me, todavia isto não pesava ao lustro de minha espada. As cores do mundo transcorriam sobre mim, mesmo assim minha alma transbordava a um único modus característico, o prazer da vida em harmonia.
Quando eu era valente, os pássaros me cercavam pelas montanhas, os selvagens tentavam me empilhar em sua ignorância, porém não havia nada neste implante que me fizesse transcorrer desta esperança.
Sendo ainda sonhador, voava nas asas do amor inabalável, o tempo de precioso, era incomparável, afinal, era como rito de criança que não precisa transcorrer da tristeza de estrategiar das horas, todo momento era todo momento!
Quando fui para a batalha, e me entregava de todo o coração, era a única coisa que sabia e conhecia. Os arquipélagos todos, conhecia. Não haveria nada que eu não transportasse um sentido, nada de melancolia. 
Ainda, sim, quando pisaram meus sonhos, eu parti sem ira, quando jogaram fora minha pureza, me rendi sem agonia, quando quereriam desprezar e queimar minha essência, de pedra me fiz e poli o ambiente ao meu redor.
Não foi sutileza que a isto me devolveu, não foi o extraordinário que me acometeu, foi o lúdico, enganoso e protetor que ainda arquiteta para as coisas que eu sou.
Porque quando eu era, na verdade, nunca cheguei a ser… e espero de verdade, algum dia poder te responder.
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nara-tb · 10 months
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CARTA COMPULSÓRIA
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Estou com raiva e tenho uma dívida a reclamar!
Aqui não está a simples liberdade de abrir as vísceras para os mil enxames de ditames e regras gerais de uma mente filantrópica e bem despontada em contento? Eu vou olhá-la como vítima (digo, eu), mas se me coloco neste estado, me sinto péssima. Quero sempre ganhar nesta parte, sempre ser forte, mas quero que sintam pena de mim! Oh, Não! Não quero isto, quando olho de fora, não desejo. Desejo sempre ser imponente, desejo ser sempre poderosa, dona de mim. Mas pobrezinha de mim, misericórdia eu grito Senhor! Não tenho eu defraudado a dor de alguém? Tenho eu menosprezado os desejos mais afeiçoados? Tenho eu virado as costas aos necessitados de ombro amigo? Arranjei eu desembaraço com raiva e pudor aqueles que me trataram mal? Por isso digo que não adianta! NÃO VALE A PENA SER ASSIM! NÃO VALE A PENA SER EU! Tenho muito me corrigido, guardado e em vão, para água que fora! 
Terminei nesta noite solitária e vazia, terminei neste vão putrefato, neste lixo inaudito e nesta miséria. Pobre de mim! Ninguém liga, nem mesmo o Senhor! E daí? Se aos porcos fui lançada e porca me encontro… e daí? Do que adianta toda esta pompa, todo este linguajar, todo este folheto de bom mocismo? Não me serviu de nada, não há nenhuma diferença para lá ou para cá, não há nenhuma recompensa, não há nenhuma paz! À aqueles que nasceram em um lugar bem-apessoado desejo meus sinceros sentimentos, queria e muito, vocês parecem ter das melhores dádivas, do cumprimento da estima. Queria eu também poder receber destes bons benefícios, mas meu lugar é ao lado dos porcos. Sorvendo dos vômitos dos felizes e infelizes, não há felicidade alta ou tristeza que me leve daqui para a morte(finalmente). Me sobrou o meio-termo e me mandaram saciar daqui. Gritam felicidade! E eu não sei, pra quem é que estão pronunciando isso? Aqui é como na divisão da classe da Índia, e Tim Maia estava certo, tem gente que nasce para ser feliz enquanto outros vivem para chorar. Isto, sim, é escolher (sem escolher) ser infeliz.
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nara-tb · 10 months
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se eu o soltasse...
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Posso dizer que quero deixar este “dragão” sair e cuspir fogo em tudo! Desejo deixar queimar tudo; se espalhar chamas por todo lugar! Apenas vá, saía da coleira que o coloquei, saía das amarras que implantei, desbote suas patas do concreto fincado que as acudi. Acorde e fique livre! Vá em frente! Pode, basta ir! Liberdade, liberdade! Deixe esta terra seca sentir o seu calor, deixe esta terra seca sangrar e tecer, deixa ela provar da água e da enchente, deixe ela se saciar com o calor do sol e com o frio da chuva, deixa-a apanhar da variedade dessas chamas! Mas ela sentirá, oh! Esta será a primeira vez que isso acontecerá.
Mas dói, dói muito de chorar. Querer segurar o dragão aqui, o dragão
em mim, é doloroso. Preciso ter mais cautela, seu fogo é um perigo que se espalha sem cerimônia e, se atingir o domínio, não há um único território que não se aqueça. Mas não sou louca de deixá-lo passar se alastrando comigo, se está dentro de mim, que seu incêndio seja um fim em si e não em mim. Desejo a libertação dele, pois ele é livre e está gritando dentro de mim! Ele está rasgando o meu peito com suas unhas, berrando e chorando todos os dias, enquanto oscila e balança a cauda como um louco. E eu não sou louca, mas já estou enlouquecendo. Ele era amistoso até duas semanas atrás e, agora, está tentando descumprir as minhas ordens, o que é insuportável.
Dragão, tenho receio de estar perdendo o meu tempo e não posso deixá-lo prosseguir sem ter uma base sólida. Se arrasar a minha terra sem esta esperança, será um fogo sem fim e não quero mais sofrer pelo mesmo descaso. Não quero me sentir tão insignificante, perdendo todo o meu tempo, me dedicando ao vento. E quando digo isto o dragão se acalma, mais chora muito e chora baixinho. Ele quer soltar todo o seu fogo sem parar. Gostaria de deixar que o amor fluísse livremente e agarrasse tudo o que pode… mas não posso… essa terra é meu coração. Se o destruir em fogo estranho, não terei outro lugar para voltar.
Imagens:
Leviathan's Storm, Unforgiving Sea and Inferno's Embrace: Dragon of the Volcano by OdysseyOrigins (DevianArt)
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nara-tb · 1 year
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Quero alguém para Amar
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No momento… No momento? Não consigo mais escrever. É depressa, ou sem demora que estou tentando me esconder. Meu julgamento, minha cabeça e meu tempo, vão embora mesmo sem eu querer. Mas sei que é profundo, a angústia e o desejo que só eu sei por quê. (de verdade é que é abstrato, e minha mente no raso não consegue captar o completo porquê). Sei que tudo vai muito rápido, é maneira do Krónos levar consigo a juventude do bem-querer. Sim, quero viver minhas vontades, mas sei que isto é se colocar sobre um benigno lugar, mal e bom, as apetências da alma, se sempre atendidas, levam a prisão... porém se quero tanto é porque anseio e se passei tanto tempo lutando é porque preciso. Será que ninguém humano pode ver? É verdade. Será que o Ser Espiritual não pode contemplar? sei que não é vaidade.
Mesmo que me digam que o amor se transforma com o tempo, isto não será suficiente, se estou apreendo sobre meu próprio domínio, posso cuidar da gente. Qual explicação ou caminho posso tomar? Seja qual o passo do destino, o meu quero alcançar! Me sinto tão abandonada e ferida como se ninguém realmente quisesse se importar. No momento onde a dor do sucesso de vida se resume no quanto de beleza você tem para dar. Quero alcançar grandes voos e fazer o bem aos outros, aperfeiçoar-me para mim mesma alcançar. É um sabor que anseio, um sonho que perseguirei e uma vida que quero viver sem desviar. Contudo, o amor é meu fascínio, sonho tanto com seu carinho, só o imaginar tira o fôlego! Não quero mais ficar sozinha, não consigo mais fingir ser tão minha, eu quero alguém para amar.
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nara-tb · 1 year
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Esporas de ranço
Se alguém me dissesse que consegue afugentar seus demônios, eu diria, este é um professor de sua própria vida, um mestre de sua própria alma. Pois pela viseira dos artifícios eu sempre acabo parando na estrada. As vozes interiores falam comigo, ainda naquele plano da emoção, e negá-las não parece nada difícil, dependendo da dicotomia com que pese para o lado da razão. Quando me isolo da moderação, quando olho muito ao para-brisa, vejo elas, vejo o visor e aceito, bem devagarzinho, e aquilo até faz sentido. Vai tomando logo peito e coração, vai tomando na raça a consciência, sem esperar que o efeito se desenrole dias a fio, através da putrefação dos ossos imediata. Então sei que sou aquelas vozes, é a velha eu se chamando novamente para o controle, num descarrego carnal e emocionado, endividado pelo prazer e loucura. Se ela toma espaço, não há muita coisa que me possa aferir daqui, sou objeto jogado na imundície, sou premissa de um tempo escuro. Esqueço da lanterna e dos momentos fraternos, meus ossos se enveredam pela poluição, que eu era má? Não imaginava que tanto enquanto meus olhos estavam desenfaixados. H�� um erro enorme em sempre procurar ser amado. Um desafio pequeno na reconquista; largar o local em que está caído, voltar ao brio da beira de estrada, retomar o volante do carro paralisado, rumar pelo escaldo desta tão longa vida. Se retornar falo, no momento não vejo saída. É interessante o fato de eu estar sempre nesta mesma dicotomia.
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nara-tb · 2 years
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Em termos comuns #2
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Rasguei mesmo estas minhas dúvidas cruéis e agora me rasgo em dor. Desperdicei mesmo o meu tempo conjurando amor e agora sangro pelo tormento. A resposta que precisava não era a mesma que queria, ganhei silêncio e queria balburdia, queria barulho, qualquer tipo de bagunça. Queria um estado sério de ansiedade que proporcionasse o tão esperado frio na barriga da saída deste lugar de igualdade; pois ainda estou igual à minha amargura, parecida com minha agonia e tão perdida quanto minha razão e elas me lembraram, elas me salientaram sobre o não fazer, mas repito nesta lida, precisava que isto se deixasse acontecer. 
Fui presumida, e sempre fiz isto, planejei bastante e queria tanto receber um sorriso… alguém no mundo pode ter misericórdia de mim? Alguém no planeta pode me estender um abraço carinhoso? Alguém em todo este verbo pode me dizer que isto não foi em vão? Por que esperança? Por que você me deixou desamparada? Por que me deixou tentar tão-tão longe?
Não faço mais acordos comigo mesma, deixarei que as renúncias falem mais alto, deixarei que os tropeços que der ganhem, percebi que de qualquer jeito eu retorno ao passado, de qualquer jeito eu não sobrepujo o gigante. Que coisa cruel de se acontecer, depois da confiança e coragem vem o quê? Eu sou a quase prova de que bati com a porta na cara, de que testei da tentativa dos expositivos, que me banhei com a energia do: um dia a morte pega, o arrependimento nunca é tão distante. E agora, o que faço com a possível rejeição? Em que esquina me entrego para apodrecer em solidão? Por que não me estendeu a mão?
É tão terrível assim que eu possa ser amada? É tão impossível assim que eu seja querida, almejada, escolhida? É tão impossível assim que eu seja correspondida?
Fujo por medo e retorno ao mesmo lugar, minha terra do coração de sofrimento e lágrimas desenfreadas que já não lavam mais nada, são reciclos que me parecem eternos, são lágrimas que repetidamente choro, são choros de temas já repetitivos. O que me falta? O que eu não tenho por dentro e por fora? AHHH! Eu só queria ser amada, é tão difícil assim ser correspondida? Eu que sou racional caí para o sentimentalismo, ele é realmente forte e quase imperecível. escutem este meu conselho sobre ele, destes termos nada comuns: não brinquem, por favor, em sua roda de amigos.
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nara-tb · 2 years
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Em termos comuns
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Em termos comuns estou realmente incomodada com o que você tem a me dizer. Sua decisão e minha decisão estão quase juntas em linha única, sem tracejado que me faça recorrer a outra cláusula. Em termos mesmo de contrato, eu os forneci em minha história, eu os ampliei perante meus planos, eu os disputei comigo mesma e agora não devo passar por cima de minhas etapas, portanto, responda-me ser humano.
Se a coragem de que preciso não pode ser antecipada sem um teor diretivo para convencimento, se as teorias de emoção e tempo perdido não me causam tanto ardor sobre decisões tomadas a flor da pele; sobre a parte que sobra do após dizer tudo aquilo que queria,
tudo aquilo que sentia, se expressar e não receber nada em troca (nos ditames da reciprocidade), eu me pergunto, por que fazer isso então? Se não é certo o meu sim (e também o meu não) quais são mesmo as desvantagens de permanecer no lugar-comum? E digo isto depois de estabelecer regras comigo mesma, mas é que preciso mesmo da aprovação humana, preciso mesmo de uma consulta, preciso mesmo de uma sabedoria de fora, não aos emocionados e autocratas do tempo que não deve ser perdido, estes não! São ótimos para excitar a carne e aguçar parte de nossas ilusões, digo, o que penso que pode acontecer é sempre em sentido positivo, e quem me garantirá o aval deste pressentimento? No final posso estar sozinha com o arrependimento de ter agido para poupar o tempo, mas nas pontilhadas grito: E quem me prestará o serviço de superar a dor, a rejeição, os porquês e a dinastia da prostração sobre qualquer nova luta, não mais querer se levantar com certeza ou não, pela lide da conquista?
É que o depois do ato de coragem, quando não bem-sucedido, é dificilmente contado, ancorado e posto no pedestal de modelo. A recolha dos sentimentos entregues é por certo humilhante, trágico e inerciante. Saudamos aos grandes corajosos! Os damos honra porque lhes precede a isto. Mas “nós”, os reguladores de nosso ritmo, amigos do cuidado, adquiridos da potência da timidez que nos impede por vezes de nos atirar a fluidez do agir (que por um bom lado nos exila mais como observadores do que agentes), ressalto, façamos nossos termos. Responda-me Ser Humano!
Posso dizer tudo isto segurando meus arquivos, posso me apoiar sobre a racionalidade, no entanto, me embaraço pela vontade, pela impavidez daqueles que se capacitam a resposta negativa, pelos que embatem isto para seguir em frente, para perceber que apoiar a esperança nestas promessas de pressentimentos bons (que estão apenas na mente) se provem ou aludam. Oh como os estimo verdadeiramente! Queria rasgar estas minhas maneiras, queimar estes termos comuns. Mas Oh! O medo do arrependimento me prende, é a modificação, como voltar no passado, uma vez mudado tudo a volta se modificará, como o efeito borboleta. O presente é tão perigoso como o carregamento do ambiente de um jogo, a área onde estamos dispostos em colorido e em volta velado em cinza, a medida que andamos ela se abre, se colore e nós a enveredamos em sua forma. E se eu modificar o em cinza, e se eu tocar e abrir ampliação há áreas quietas? Como posso me garantir que sairá tudo bem? Mesmo que não aconteça como espero? Tudo estará assustadoramente embaraçado e modificado no a volta e eu terei que conviver com as áreas desbloqueadas.
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nara-tb · 2 years
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Como antes #2
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O alarme soou cedo e este é totalmente cronológico e tem mais a ver com a vida do que qualquer outra coisa. Eu não estava mais completamente despedaçada como nas noites anteriores (ou as últimas) estava reerguida pelo processo da dor, e cada manhã é um novo esforço.
Então… eu sei que tem alguma coisa me seguindo; repetindo todas as minhas ações e me arrastando através de novas perguntas. É como um monstro ou parece, porque quer me fazer desacreditar. 
Eu sei que é porque comecei a impor limites. Logo que declarei a mim mesma e fiz as pazes, imediatamente que disse que seria paciente e não haveria mais comparações. Então quando o alarme soou, eu senti a perseguição no início de meus passos, entendi que não era solidão ou dor, era um estranho arrependimento com uma pitada de desencorajamento. Eu devo lutar contra isto, eu sei que é um objeto estranho em meu corpo. Devo expeli-lo antes que ele se aplique e se espalhe, matando a nova aurora em mim ainda pequena, ainda sem certa raiz. 
Também devo reconhecer, que isto faz parte de uma prova, será minha nova batalha e eu preciso exercer esta minha nova estância. Eu já perdi para ela por longas vezes, é sempre um recomeço para ambos os lados. Posteriormente ao iniciar uma nova jornada e para em seguida perder a minha inconclusa base, quando este objeto estranho vem e me vence e mata. E o que há de bom em reconhecer isto agora? Sei que é ele, vindo de novo, falando meus problemas bem alto, repercutindo minhas frases antigas quando eu bem mal levantei, quando ainda é de dia. Minando em mim a decepção de acreditar na mudança. 
Eu conheço meu adversário a longo prazo, eu não posso deixar ele se instalar em mim. Eu preciso vencê-lo desta vez. Não vou me culpar, mas isto será meu combustível... tento imaginar se todas às vezes que eu me reergui de novo, se eu tivesse conseguido concluir todo o passo a passo antes de ser destruída; como estaria minha vida agora? Como eu agiria? Afinal reconheço toda a minha trajetória de dor, sei que faz parte de mim, de quem sou. Este é o meu processo vivo e cru. Esta é a minha aderência, faz tanto sentido quanto os meus momentos de tristeza e alegria. 
Posso conseguir. Eu quero muito conseguir.
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nara-tb · 2 years
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Como antes
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Quando vou ser escolhida? Eu sei que essa frase torna tudo subjetivo, mas... Em que momento irá chegar essa minha vez?
Antes de deixar tudo de lado, como em todo horário fixado da noite, onde o sono é a desculpa perfeita para largar as tarefas (julgando que você tenha insônia), mas uma espécie de inquietação da mente mesmo. É hora de encerrar o tempo produtivo, você ouve o alarme ecoar. Também é certo que a dor não é de toda improdutiva, mas o tipo que minero vai além do transbordamento. Está ligado em minhas juntas e veia, lado a lado com meu sangue, se esvaindo por meus ossos.
Igualmente, conheço que não devo ficar aqui ou assim, mas a ventania que vem depressa me traz essa dúvida irredutível. E o desejo nem é mais por querer tanto assim ser notada, nem por querer tanto alcançar do topo do amor. Não somos mais tão adolescentes de mente, nem tampouco maturados como Piaget desejaria para ilustrar suas solidificações desse conceito abstrato desta nossa dúvida. Você não a conhece. Se sabe e tem tanta certeza assim, então me diga seu nome? 
Pois é, eu também não sei. Não sei por certo qual é essa sede, sei que provém de um desejo. Repito, quando chegará a minha vez? 
― Mas a vez de quê?
 Às vezes quando tenho coragem me retruco. É que são jogados em meu ser tantos artifícios de planos que nem sabia estarem guardados ali dentro, local que deixei como nome oculto. “Eu não preciso disso agora, a vida é outra coisa e além”. São terra, são panos para me redimir de meus desejos, para encobri-los sobre uma frase corajosa e bem feita. 
Você já a escutou, normal? Mas quando bate o relógio e eu já não consigo me sustentar, sei que é a hora da dor bater. Por que nunca fui eu? (ou ainda não e, por quê?) Se sei que não é tão necessário, por que então penso tanto nisso? 
― Ora isso! Constate o ambiente, ele transforma o sujeito. 
Certo consciente racionalista, mas já tirei tudo, fiz crise de abstinência. Nada de redes sociais, filmes e séries, qualquer outro meio de instigação banal, sem aderência. E isto tudo pra deixar um mês ou mais como alguém realmente vencedor e produtivo, um monopólio único de sentimento, do bom e que faz sentido. Tudo isso para estar encoberto de novo, sobre terra enterrado, sobre panos escondido.
Eu sei que está lá. Não importa o quanto me enganem e eu me deixe enganar. Não importa o quanto eu minta. Nós distribuímos isto em nossos posts, nós deixamos isto extravasar em nossas canções independentes e autoproclamadas, promocionais de uma singularidade solitária e sólida. Mas só por hoje eu não terei medo de falar. Quando serei eu? Quando chegará a minha vez? Ó Deus e Pai que estás no céu! Sabes que isto não é um completo arrombo da minha mente, sabe melhor que eu que meus sentimentos são sinceros (só não sei ainda se são seguros). 
Quando chegará o que tanto espero, a minha maturação prevista? Nesta parte Vygotsky que quero, quem sabe uma interação me perpasse esta resposta, o sentido da minha dúvida raiz.
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nara-tb · 2 years
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Uma carta no meio da Noite #2
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Steve qualquer dia penso em lhe fazer uma visita, para jogar conversa fora. Temos temas em comum para desabafar, espero que isto aconteça antes que um de nós desabe. Em verdade eu estou a frente de romper em primeiro momento do que você.
Não é que eu não preze a vida, eu estou bastante atarefada, mas esqueceram de colocar um pouco de sal nesta minha labuta. Tudo parece sem gosto, meus estímulos acabam mais cedo do que eu imaginava e venho gastando muito mais energia do que eu queria. Como seria bom ouvir uma boa notícia outra vez, mas desta, uma que eu realmente espere. No meio da minha lista de 30 coisas, há 3 que aguardo há anos Steve. Tanto que confesso que já me cansei de esperar que elas realmente aconteçam. Eu me envergonho em dizer meu querido amigo, não acredito que irão.
Não quero despejar este balde de desilusão em você sobre mim, nem tão pouco é do meu fetio fazer tal coisa. Porém, a forma que você escreveu, me deixando relatar o que tinha por dentro... Obrigado por isso, Steve. Acho que por todo este tempo eu não tenho falado muito, mas escutado bastante dos outros. Senti falta de alguém se oferecendo para me escutar, mas parece que ninguém liga muito pra isto, não que eles não liguem para os meus sentimentos, no entanto, sinto falta disto.
Sempre fui um pouco solitária, acredito que no princípio não muito. Apesar disso aprendi a gostar, há uma boa solitude, porém vira solidão quando os problemas retornam a minha mente, tão fortes e barulhentos que não consigo disfarçá-los. Então me sinto com um buraco imenso no peito. Quem foi que fez isto Steve? Posso culpar o tempo e a minha desordem. Se eu pudesse... se eu tentasse concretizar consertos maiores e melhores nesta construção, o arrombo poderia ter sido menor. Penso nisto.
Estou me concentrando também sobre minha raiva, como um sepulcro caiado. Guardando diversas palavras, não as soltando de forma nenhuma. Com o armazenamento cheio e a ponto de explodir. E eu não gosto disto, e de acessos de raiva. Por isso me permito mesmo guardar o quanto for possível. Quero ser diferente Steve, eu não quero descontar ou brigar com as pessoas pelos seus defeitos. Isto soa bonito, mas realmente alguém que viveu um pedaço conturbado jamais quer repetir os mesmos adereços grotescos que presenciou e sentiu na pele.
Ah!? Steve... se a minha mente voltasse para o lugar, o que acha que eu pediria? Uma cama. Acredito que você não tenha chutado esta resposta. Desejo dormir em um colchão onde eu possa realmente cruzar esta ação, e não me laboriar mais e realmente descansar, tento fazer isto mais meu cérebro emenda todas as crueldades, todos os atos falhos e todas as impossibilidades. É verdade Steve, nem estou mais lutando contra isto. Eu comecei, mas parei há alguns anos.
Querido amigo, se você encontrar a lanterna primeiro do que eu, volte para me contar. Estou esperando ainda, com ansiedade para me ver para fora desta caverna.
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nara-tb · 2 years
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Se renda antes Mirabbel #2
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Julgo que jamais estive em mais deserta relva. É um completo calabouço que criei nesta parte, pensando que um dia seria usado, passando o lado do meu eu complexo e estranho que deixava gerar minhas dores. Boa e má Mirabbel, onde é que as pontes se interligam? Na relva não há água, portanto não existe meu reflexo. Não sei se poderia jogar a culpa na má Mirabbel, posso dizer que ela existe, certo? Se assim me mirasse e a encontrasse ali ou se encararia a Mirabbel boa, com o pesado jugo de cravar o eu, este mesmo que me ajuda a prejudicar-me mais ainda e que não tem ligamento entre ladrilhos, é apenas um só, Mirabbel. Com todas as suas dores e mágoas mal ajustadas e acumuladas, mais perdida do que nunca, como uma noite na névoa tão pesada e densa, e com uma dor intransponível e aguda.
Ó! Mirabbel, que narra em terceira pessoa. Como você gostaria que alguém que nunca veio viesse para ti. Que corresse para você tão rápido quanto o vento, que lhe laçasse por completo. No entanto, é certo não haver ninguém, ninguém humano que se encaixe. É péssimo desde então.
As últimas notas que ressoam deste seu mundo em ruínas, soam tão alto que se tornam ensurdecedoras, é você destruindo a fundação destas paredes, é você causando o terremoto por dentro. Porém, pare por um instante, é uma completa destruição ou apenas um ótimo gracejo para retornar a reconstrução?
Mirabbel se conhece bem, ela sabe algumas de suas respostas conscientes. O fazer-se normal é o que mais deseja, e o mundo ali dentro não se compara com o mundo lá fora. Por que ali ela é normal, sem julgamentos, porque só há ela e só a ela tem suas próprias regras e preconceitos tão duros contra si que com a cor mudada do céu passa mesmo a duvidar se ali seria o melhor lugar para se estar.
Não há realmente volta? Olhando do meio da escuridão da névoa, onde estaria a lua? O tempo passa tão rápido entre a fina e a espessa tristeza que é difícil adequar onde está doendo mais no peito. Se eu ficar aqui sozinha dentro de mim, quem é que terá coragem de entrar e me salvar? Todos dizem que não querem ser salvos, mas digo, eu grito, eu quero ser salva sim! Eu quero ser amada sim! Eu quero ser protegida sim! Eu quero ser querida sim! Eu quero este normal. Eu imploro, desejo ser salva.
Por que eu predefini quem faria isto? Seria mais fácil elaborar uma cópia de chave livre que pudesse ser comprada em qualquer banca de jornal. Ainda sim, lá fui eu, esculpir uma tenra chave única escondida e em charada por um super mapa. Um tesouro que leva diretamente a uma imagem vermelha e pulsante, ardente e clamante. Quem entraria nesta aventura por uma simples chave? Quem, Mirabbel, gastaria seu tempo interpretando as charadas de significado duplo? Quem mais, além de você, entenderia? Por que fez isso Mirabbel?
Agora fico fechada aqui, esperando o alguém que não vai vir. Que foi lhe dado um mapa muito surrado, difícil de perceber as pistas e intepretá-las, foi-lhe confiado sem sua percepção ou consentimento um bem muito valioso. Apesar de todas essas mínimas especificações, ele foi considerado o único que poderia atravessar estas aventuras. E ele não virá.
Não tem porque ainda esperá-lo, acredito que só estou passando tempo aqui. Não desejo atrapalhar a vida de ninguém. Eu apenas queria...
deixa pra lá
Na verdade, se permanecerei aqui, que pelo menos meu último sussurro seja ouvido! EU TE AMO! Amo-te sem precedentes, e ter esse sentimento não era o que eu esperava, pois, me sinto péssima, e uma péssima pessoa. Por que não esqueço? Por que não largo? Tento, insistentemente, mas sempre volta, volta tão forte quanto antes. Não há como decretar minha liberdade.
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nara-tb · 2 years
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Uma carta no meio da Noite
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Não. Não sei como você se sente, olhando a partir desta neblina. Meus dias não são mais os mesmos desde que pensei ter me encontrado de novo. Deste que parei de me procurar, que agarrei num pequeno galho, fraco, opaco e vertiginoso. Sua camada era mesmo tão deslizante que não entendo como mantive minhas mãos firmes por tanto tempo ali.
Segurando sem pressa,
segurando pensando que chegaria em algum ponto.
Vejamos, eu não usei aquele desfibrilador do medo que você me pediu, eu o deixei em qualquer canto, pensei, Dextier não necessita disto. Burrada!
Não. Não sabe o quanto passei chorando pelos cantos de uma casa sem porta e nem janela, cogitando olhar para fora e para dentro de mim esperando uma resposta que acreditava constatar na vida de outras pessoas.
Todos parecem tão interditos em seus próprios lugares de pertencimento, eles sabem para onde estão indo, e no meio desta minha noite eu me pergunto, por que eu não? Por que não sei descravar meus pés daqui, deste mesmo lugar? Ainda que tenha que contar inúmeras vezes que já rodei este quarto, Steve! Meu mais engenhoso e novo amigo. Que péssimo ler isto de uma pessoa que você mal criou laços, mas agora eu desejo contar isto para você, yes! Antes que nos tornemos muito mais amigáveis, antes que os laços se estreitem e eu fique receosa ou mesmo paranoica em lhe contar detalhes que pensarei que você não poderia suportar, ou que de alguma forma seriam desinteressantes a você.
Sim. Foi minha ideia criar este meu mundo, e como você, fiz para desencanar do ambiente a volta. Imagine se pudesse ter o poder de mudar as situações deprimentes e quentes que fazem as paredes vibrarem, fazem o chão queimar? Faz-me lembrar de novo em como fui colocada nesta parte da casa sem janelas ou portas. Eu não pedi para ficar aqui! Estou voltando para o mesmo lugar a tanto tempo. Nem sinto ou sei o gosto real da fartura de uma estação que apenas recordo, de uma alegria da infância, de uma inocência desmedida, de uma esperança angular. Aquela que não é interferida vez em quando por um medo de dar tudo errado, do futuro ser incerto pra caramba e eu me encontrar grisalha e com um monte de arrependimentos grotescos.
Eu odeio pensar sobre o futuro. E eu realmente quero deixá-lo lá. Mas você sabe Steve; em verdade, não. Não sei se você sabe. Há muitas experiências por aí, e elas me dão certo medo, um que eu ainda não tinha na superfície de meu entendimento. Que o futuro é incerto Steve, que o futuro não é meu! (não de certa maneira, da qual eu pudesse controlar, igual o mundo na minha mente, igual na sua).
É deverás um cérebro barulhento! Quase não o suporto, se não estivesse também tão acostumada a ele.
De volta as experiências antes que eu esqueça... E se eu me arrepender, e se a lista for interminável? Eu tento algumas coisas (ou posso dizer que finjo tentar), eu estou esperando diariamente (ou posso dizer que as espero cair do céu), Steve, tenho muito medo. Medo de perder o que não sei se poderia ser meu. Medo de chegar perto do fim da vida, e ter arrependimentos tão pesados que minha consciência não me deixe mais levantar da cama sem sentir todas as dores da velhice, todas as dores da tristeza e todas as dores do arrependimento, do “e se”. E parece que quando se é velho se tem uma certeza de que iria conseguir, se fosse mais corajosa, se lutasse um pouco mais, se esgotasse esse tempo contado!
Steve, e se eu perder pra vida?
....
Vou continuar sobrevivendo por enquanto, até parar de rodar em círculos (ainda tenho esperança). Me envie sua carta por favor. Se não enviar saberei que se assustou e quer fugir de mim (e sim, eu sei que isto parece uma ameaça). Não ligo muito agora, será que no futuro irei ligar?
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nara-tb · 2 years
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Se renda antes Mirabbel
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Quando vi meu amor bater a porta; eu estava louca! Lutava contra a interferência de meus pensamentos, lutava contra a sede insaciável de permanecer ali parada enquanto os outros se encolhiam a minha volta e chamavam o meu nome. Eu os escutava cintilar entre cada sílaba: — Volte Mirabbel, este é o seu lugar, apenas volte.
Eu já não poderia saciar daquela dor, olhar para trás e notar um estranho desprendimento, um vazio que parecia se associar tanto do lado de fora, perto dos meus, quanto do lado de dentro, perto de mim. Então fiz minha escolha. Corri para o portal que me desprendia deste lugar de desilusão, antes eu precisava estar viva o tempo todo, então quando meu corpo se esfriava eu o aquecia com variadas batidas.
Mantinha meus horários e problemas perto de meus olhos o quanto os pudesse guiar, a tracejar pelos lados quando os tivesse concluído. Como marcar um “V” para menos um da lista, tudo começou com meu acesso de rapidez! Sim, todos, acho, tem isto, não quero me sentir a única estranha que deixou proclamar tamanha ânsia por não suportar mais a espera.
Meu amor, por favor fique comigo! E, ao mesmo tempo que digo isto, estou sendo terrivelmente mentirosa. Eu fiz a escolha, mas nesta eu não o coloquei, ele aqui onde estou não é real. É péssimo admitir que no real ele não saberia direito onde me encontrar porque na realidade, ele não está me procurando, e na realidade eu estou fugindo dele. Tudo é tão claro, mas não desejo admitir! Seria apelar demais e a lucidez errônea tomará conta. Estou infrutífera nesta terra, estou arrasada por dentro e é tudo culpa minha. Do amor que eu não posso conquistar, da ânsia e garra que eu não posso suspender, e de uma luz que procuro a todo instante. Mesmo que depois de um tempo de corrida pelo portal, ainda que esteja com os pés cansados eu caía e fique ali de joelhos olhando para o chão e minhas mãos entrelaçadas uma a outra e a meu próprio ego.
Gritaria: “Por favor, como faço para sair daqui?”. Olho para trás e já não vejo meus companheiros me gritarem, estou bem longe na neblina de minha escuridão. A ilusão é um aconchego que parece quente, quando na verdade é um pequeno resquício como um restinho de fogo que para alguém que caminhou muito e passou bastante frio se aponta como um grande fogaréu, na verdade, só parece. A vista de longe é de apenas uma pequena madeira a pegar fogo, quase a apagar. E então você se ilude ainda mais com isso.
No mais profundo do meu ser até onde caminhei, vibrada e ajoelhada na frente daquele mísero fogo, chorando sem alegria, chorando pela loucura do vício. Por amar a imaginação, mas fazer dela um refúgio para os meus delitos e delírios, tristezas e falta de suporte da realidade. Queria parar de recorrer ao vício de voltar aqui, tão longe da superfície, tão longe de quem eu realmente deveria ser, tão longe do céu, tão longe de meus pés.
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