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#pequenos acontecimentos
annalegend · 2 years
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Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
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groupieaesthetic · 9 days
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Aliança na mão, calcinha vai pro chão!
!!! Pra mim nem todo mundo do elenco ia seguir a linha de aliança no dedo pra demonstrar o amor que sente pela amada!!
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Enzo: Uma coisa que só você, ele e um tatuador muito simpático de Montevidéu sabem é a tatuagem que você e Enzo fizeram como maneira de demonstrar o amor entre vocês. COM TODA A CERTEZA, essa tatuagem foi algo na qual vocês pensaram muito antes de fazer, pesquisaram os melhores tatuadores da cidade e somente depois de ter 100% de certeza que queriam aquilo e que o tatuador guardaria sigilo foram em frente com o plano.
Um desenho simples e pequeno. Em Enzo estava presente no tornozelo (um lugar fácil de esconder e que não iria interferir em nada em nenhum futuro projeto dele). Em você estava na parte de trás do pescoço.
add: mesmo querendo total sigilo Enzo posta somente o esboço do desenho ainda no papel em um story no Instagram.
Kuku: Após perceberem que nenhuma aliança agradava vocês, os dois resolveram a questão de uma maneira simples. Em uma viagem pelas praia do Brasil pediram para um moço que vendia sua arte se seria possível eles fazer duas pulseiras para vocês. O rapaz sorriu para o casal e mandou um "claro casal bonito". Em alguns minutos os dois tinham duas pulseiras em seus pulsos. Esteban escolheu como seria a sua, e você ajudou a confeccionar a dele. Nenhum dos dois jamais se arrependeu da escolha tomada.
add: no casamento de vocês sem você saber ele de alguma maneira ENCONTROU O MOÇO DA PRAIA e pediu para que ele fizesse novas pulseiras, mas dessa vez "para o dia mais importante da vida dele".
Matías: Por favor não me matem mas só consigo ver uma coisa para o Matías: piercing microdermal.
Óbvio, vocês pesquisaram e mesmo sabendo dos riscos resolveram fazer. Não preciso nem falar que na hora os dois estavam quase desmaiando com medo das agulhas, furos e tudo mais. Mas ocorreu tudo bem.
Mas o final da história foi: nenhum dos dois cuidou muito bem e o Matías QUASE teve que passar por procedimento médico por conta do piercing.
Por conta disso optaram por uma opção melhor (que deveria ter sido a primeira!). Vocês compraram um par de brincos bem no estilo daqueles pretinhos com uma cruz e ficou um pra cada.
add: um dia o Matías te viu sem e ficou o resto do dia falando "se soubesse que seria assim então nem teria comprado" *emoji bravo*
Simon: Após horas de ensaio para o próximo projeto Simon chegou na sua casa com uma cara que te fez pensar: "esse aí fez merda". Mas antes que você pudesse perguntar ele começou:
"ME PERDOA AMOR EU PERDI A MINHA ALIANÇA! EU TIVE QUE TIRAR PRO TESTE DE FIGURINO E PERDI! ME PERDOA MULHER!"
Você ficou olhando pra ele por no mínimo 2 minutos enquanto ele te olhava com uma cara de "topa tudo por buceta e por perdão".
Após dois dias desse acontecimento enquanto assistia vídeos no Tiktok uma solução apareceu.
Simon estranhou quando te viu passar do quarto pra cozinha e depois da cozinha pro quarto segurando uma tesoura. Minutos depois você apareceu do lado dele no sofá sorrindo.
"Lembra que você perdeu nossa aliança?"
"Como que eu esqueço mulher, você me lembra a cada 15 minutos"
Revirando os olhos você pega o pulso dele e coloca a "pulseira".
Ele te olha com cara de poucas idéias esperando uma resposta da onde 'ce' tirou isso.
"É a alça do meu sutiã que eu usei a primeira vez que a gente transou. Vê se não perde"
Preciso nem dizer que ele AMOU aquilo e antes mesmo de você chegar no quarto ele ja tava atrás de você te puxando pela cintura dando beijos no seu pescoço.
"Deixa eu retribuir o presente vai..."
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marrziy · 3 months
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Brahms Heelshire x Male Reader
"Os bonequinhos de Brahms"
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• Filme: Boneco do Mal (2016)
• Gêneros: terror/dark
• Sinopse: finalmente, você descobre onde sua irmã está enfurnada depois de sumir e não dizer para onde foi. Sem ter noção do que lhe aguarda, ao pisar naquele chão profano, você assina um contrato inquebrável com o destino, ignorando as letras miúdas que detalham com exatidão as horas, dias e semanas infernais que vêm junto da estadia.
• Avisos: descrição de violência, sequestro e toque indesejado.
• Palavras: 1.6k
3° pessoa - presente/passado
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De longe, era possível avistar a fumaça saindo de uma das várias chaminés no telhado vermelho, quase invisível no céu cinzento e de percepção nula quando diluída entre os pinheiros altos. O vislumbre da grande residência, mesmo que limitado, convidava a dar meia volta. Se não fosse a preocupação que guiava seus passos no pedregulho, você já teria redirecionado os calcanhares.
Você parou diante da arquitetura antiga. Seu tênis esmagava a grama verde e a presença arrepiante da mansão fazia o mesmo com você, tornando-o pequeno naquele cenário, onde você não passava de uma vítima da magnitude.
Seu corpo estava agasalhado, imune ao frio, diferente do seu rosto, nu e vulnerável, presa do vento fantasmagórico, que sem razão lógica, era mais cruel naquela região estranha.
Com o passar dos segundos reflexivos, você caminhou lentamente em direção à entrada, e conforme se aproximava da madeira cinzenta, ouvia a algazarra que se estendia de dentro para fora, ecoando da mansão.
A gritaria aumentava à medida que seu andar se transformava em correria.
Chamando por Greta, você atravessou a varanda. Mesmo com a perna tremendo, desesperado para fugir daquela redoma anormal, você pisou na madeira interna, atravessando a porta com o direito antes do esquerdo.
Tremendo como nunca antes, você acompanhou o barulho, arrastando os pés no corredor mal iluminado, chamando pela irmã com a voz morta.
Um bolo inchava na garganta e a confusão mental por não saber onde estava e não ter noção do que ocorria no desconhecido, te tirava o ar.
Lhe restou ofegar.
Não tinha porta no cômodo, não houve uma pausa antes da imagem envenenar seus sentidos.
Era uma sala de jantar. Um buraco enorme na parede destruía a boa organização ao redor, cacos de vidro bagunçavam o chão e no centro, um crime sujava o carpete.
Um homem engasgava com o próprio sangue enquanto outro, de face mascarada, afundava o que restou da face de um boneco na carne vulnerável. A cerâmica rasgava o pescoço da vítima, desunindo a pele e as veias. O sangue esguichava do corpo morto, que você reconheceu ser de Cole, ex da sua irmã.
E lá estava ela, no canto da sala. Ambos compartilham do mesmo pavor, aquele que gela a espinha e mareja os olhos. — Corra! — gritou Greta no instante em que suas pupilas se cruzaram.
Essa foi a última coisa que você ouviu antes de despertar.
Saber que são lembranças, e não um pesadelo qualquer, lhe gera um misto de repulsa, lástima e pânico, que se propaga do cérebro medroso para o coração ansioso e termina na pele trêmula.
Uma terrível dor de cabeça assola seus nervos, mas isso, nem seu corpo dormente, te impede de agir. Você tem os últimos acontecimentos reprisados e seu instinto clama por fuga.
Não há tempo a perder...
Entretanto, seu destino já foi selado, reescrevê-lo requer mais do que vontade.
Ao tentar dar o primeiro passo, que seria levantar daquela cama, uma pressão nos pulsos informa que seu limite de liberdade é a borda do colchão gasto.
Uma corda de fiapos rebeldes te une à cabeceira, tão apertada que a pele ao redor está vermelha. Os fios são muito finos e incomodam quando você se movimenta. Ela é curta e não te possibilita ficar de pé.
— Merda! — o resmungo vem junto da dor. Seu pulso arde após uma tentativa idiota de usar a força bruta como última alternativa.
Estar cativo permite que você observe e sinta os arredores e a si mesmo.
Algo úmido escorre da sua testa. Você leva o dedo e ele volta vermelho. A dor de cabeça está explicada...
Você lembra que acertou o cara da máscara com o atiçador da lareira. A ponta do ferro perfurou as costas dele, mas ao cair, ele agarrou o seu tornozelo e puxou. A sua cabeça colidiu com algum móvel, você apagou e acordou aqui.
O lugar parece uma zona bombardeada, mas é um quartinho. O cheiro de mofo irrita o nariz. Uma lâmpada ligada no teto baixo, quase inútil de tão fraca, ilumina parte daquele ambiente asqueroso. Seu olhar vagueia de um canto ao outro, captando paredes frágeis, móveis em estado crítico e uma bagunça que mataria qualquer perfeccionista. O outro lado do quarto permanece uma incógnita, já que você não completa o giro. Seu pescoço trava no meio do caminho quando uma presença é sentida.
Está no canto da parede, coberta pelo breu da extremidade...
A sua visão periférica embaça o corpo que te encara. Tudo nele está escondido na escuridão, exceto a máscara, que rebate a luz da lâmpada e cintila todo o horror moldado na face de cerâmica.
A quietude é cruel e parece durar uma eternidade.
Suor frio escorre da sua testa. Os músculos estão tensos, os punhos cerrados e as unhas machucam as palmas das mãos. Os olhos acumulam lágrimas, sem piscar por longos segundos, focados em um ponto qualquer na parede, paralisados diante da última imagem vista antes do chão desabar.
Você deseja perder a visão do olho direito, apenas para não ter aquele rosto pálido te assombrando.
Em pouco tempo, o barulho da sua respiração é o único som dentro das paredes. O ar que enche os pulmões parece insuficiente e a saliva atola na garganta.
Você queria que fosse um fantasma, mas é pior.
A presença é viva, é gente e não é boa.
O homem se aproxima da cama, e o único passo que ele dá faz você pular o mais distante possível. — Para! Fica longe! — você grita com a voz falha. A cama range devido aos seus movimentos, e você acaba com as costas apoiadas na cabeceira. Suas pernas estão unidas à frente do corpo, e você abraça os joelhos, desejando sumir conforme se encolhe.
Seu grito o assusta, e por três ou quatro segundos, ele obedece, permanecendo imóvel antes de voltar a andar em sua direção.
Você aperta as pálpebras no instante em que a aparência intimidadora do estranho fica nítida e quase grita quando sente movimentos no colchão.
Ele está tão perto...
Você o viu transformar o pescoço de um cara em patê, sem contar a máscara bizarra e o físico intimidador. Toda a razão está ao seu lado quando você leva as mãos para frente do rosto, se protegendo de algo que não vem.
A voz infantil soa e te conduz a espiar — Você tá machucado... deixa Brahms te ajudar! — a voz dele é mansa, mas não acalma, só adiciona mais à lista de esquisitices do dia.
Você até olha para os lados, procurando por uma criança antes de ter certeza que a voz vem do corpulento sentado na beira do colchão.
— Cadê a minha irmã? Cadê a Greta? — o medo de perder quem você veio buscar transforma seu coração em uma uva, passível de ser esmagado em questão de segundos por uma frase.
— Minha Greta tá dormindo em outro quarto. — Brahms umedece um tecido e prepara uma gaze.
Mesmo torcendo o nariz com a forma que a frase veio, saber que sua irmã está bem te alivia. — Quem é você? Por que tá fazendo isso?
Brahms não responde. Ele se curva em sua direção com o pano molhado em mãos. Sentindo-se acuado e propenso a rejeitar tudo o que vem dele, você afasta a mão de Brahms com um tapa. Seus movimentos estão limitados, o contato é mínimo, mas o mascarado estremece com o toque, denunciando seu repúdio à imprevisibilidade.
Ele não aceita negação e insiste, investindo novamente na aproximação. Dessa vez, você reage com um chute, atingindo o peitoral duro do homem maior. — Quem é você? Que lugar é esse? O que você quer? — não saber de nada é sufocante. Sua cabeça já não dói devido ao corte, mas sim por estar vazia de substância e cheia de suposições. — Me responde, caralho!
O medo aos poucos se torna coadjuvante da angústia, mas antes de se concretizar, você sente um último calafrio com os olhos do diabo te fitando através dos buracos na cerâmica.
— Eu falei pra me deixar te ajudar! — o tom é outro, já não se ouve mais os resquícios doces na voz de Brahms.
Quando ele rasteja até você, sua primeira reação é se encolher, mas no momento em que ele agarra o seu tornozelo, sirenes ecoam em seu interior. — Me solta! Não toca em mim! — você se debate no colchão, principalmente usando as pernas como mecanismo de defesa, mas aos poucos você se vê mais e mais rendido.
Brahms se enfia entre as suas pernas, afastando-as para os lados. Ele pressiona o corpo contra o seu, obrigando-o a ficar quieto. Você até tenta desviar a cabeça, mas a mão pesada de Brahms rodeia o seu pescoço, mantendo seu rosto imóvel enquanto ele limpa o sangue da sua testa. O pano está meio seco, então o Heelshire umedece o tecido com as lágrimas que vazam dos seus olhos.
O toque no seu ferimento é suave, ao contrário do aperto forte no seu pescoço e da pressão intensa do corpo grande de Brahms sobre o seu.
— Greta é a namorada de Brahms, mas Brahms também quer um namorado... por isso você tá aqui. Essa é a sua casa agora.
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hwares · 6 months
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#001 | O Mais no Menos: um guia para turnos pequenos!
Hala, forasteiros! Vocês sabem qual a diferença entre turnos pequenos e turnos grandes? Pois eu irei te contar… nenhuma! Ou melhor, só uma: preferência.
Um turno nunca deve ser adjetivado em bom ou ruim baseado em seu tamanho. Sinceramente, escrita nenhuma deve ser considerada boa ou ruim baseada na quantidade de caracteres que possui. Como escritores e players, é importante sabermos disso: tamanho é somente questão de estilo. Alguns precisam de mais caracteres para se expressar, outros menos. Contudo, os clichês estavam certos, tamanho não importa!
Há outros detalhes que devemos prestar atenção quando estamos escrevendo. E é isto que iremos explorar hoje: como fazer mais em menos.
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Prefaciarei este guia — ou extenso palpite, como preferir — com a seguinte mensagem: não estou tentando ditar regras sobre como jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)!  Minha única intenção com este guia é oferecer algumas dicas e mostrar que você pode escrever pouco se quiser: não precisa se descabelar ou pensar que seu turno é ruim só porque o fantasma de Victor Hugo não o agraciou numa madrugada de natal. Da mesma forma, não precisa pensar que seu turno é ruim só porque você escreveu Os Miseráveis versão de colecionador. Toda escrita é válida.
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INTRODUÇÃO
Às vezes nos remoemos pensando que nossos turnos estão ruins ou “pouco elaborados” porque não atingimos aquela lauda de 1200 caracteres. Mas vou contar uma verdade: algumas de minhas interações favoritas aconteceram com turnos pequenos! Uma delas, inclusive, é uma thread com turnos de menos de 600 caracteres! Não há vergonha nenhuma ou menos mérito em um turno pequeno. 
Honestamente, sou daqueles que não consegue calar a boca quando começa a escrever. Meus turnos costumam se estender por parágrafos e parágrafos; entretanto, há vezes em que escrever muito não é palatável. Seja porque a proposta da interação não abre espaço para discorrer ou porque não estou a fim — saber escrever muito em pouco é uma habilidade que todos deveríamos ter. 
Mas como fazemos isso? Primeiro, vamos começar definindo o que são threads. 
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AS DEFINIÇÕES
Acho que todos podemos concordar que threads seguem uma estrutura que pode ser resumida em ação e reação. O primeiro turno de uma thread sempre conterá a ação principal — o acontecimento que irá engatilhar a interação —, enquanto as repostas conterão as reações: as consequências daquela primeira ação e suas ramificações. 
Seguindo esse raciocínio, e emprestando (e brincando com) termos técnicos, podemos pensar em threads como cenas e turnos como beats. Simplificando, beat é uma unidade usada em roteiros para marcar pedaços onde há progresso numa cena — turnos possuem a mesma função. Todo turno que escrevemos movem a cena (ou a thread) de, pouquinho em pouquinho, em direção a um objetivo. Vamos chamar esse progresso de desenvolvimento. E, por sua vez, definiremos um turno bom como aquele que nos rende desenvolvimento. Ou seja, o bom turno é aquele onde conseguimos mover a cena para frente. 
E como fazemos isso? É importante lembrarmos que roleplay não se joga sozinho. Logo, “render desenvolvimento” significa que nossos turnos conseguem explorar nossas muses, dão margem para que nossos partners desenvolvam as deles e, também, desenvolvem a dinâmica e relacionamento entre as muses. 
São muitas definições, mas pensar dessa maneira nos ajudará a estabelecer uma base para dissecarmos os turnos e observar os elementos que os formam e, como consequência, compreender como podemos nos certificar que nossos turnos pequenos (e até os grandes!) são bons. 
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OS ELEMENTOS
Há três elementos essenciais em um turno e dois opcionais. Vamos começar pelos essenciais:
(01) AÇÃO
Como mencionado, threads são estruturas de ação e reação; logo, não há como ter turnos sem ações. Isso é óbvio, eu sei. Mas, precisamos pensar em quais ações são indispensáveis para turnos. Posso escrever que minha muse comprou um pão, mas será que isso atribuirá em alguma coisa?  Sempre iremos precisar de dois tipos de ação em nossos turnos: as que instigam reações (reativas) e as que movem a cena (funcionais). Elas podem se interligar, mas são diferentes.  Ações reativas são aquelas que servem para interagir, diretamente, com as muses de nossos partners. São movimentos que envolvem a outra muse, que pedem por sua reação. É um olhar na direção da muse, pegar em sua mão, oferecer um objeto, etc.  Ações funcionais irão movimentar a cena. Mas o que isso significa? Significa que são as ações que nossas muses tem com o ambiente onde estão inseridas, ações que demonstram suas caracterizações. Pense que (para não dizer nunca), raramente, estamos parados apenas ouvindo outra pessoa falar, por exemplo — estamos mexendo na barra da camisa, observando o chão, sentindo o cheiro de um pãozinho. Você pode não perceber, mas esses movimentos além das interações com a outra muse ajudam a fluir o turno.  Nossos partners podem, também, reagir às ações funcionais. Eles podem notar movimentos que nossas muses fazem e, eventualmente, as ações funcionais irão ocasionar ações reativas. 
(02) NARRAÇÃO 
Lembra o cheiro do pãozinho que nossa muse sentiu? É na narração que iremos dizer que aquilo resultou em um estômago roncando, ou que nossa muse, na verdade, odeia pão. São os sentimentos, detalhes e, mais importante, são as reações. É na narração que lidaremos com as ações reativas que nossos partners escreveram! Sim, os elementos se misturam e se interligam: você pode (e terá!) ações dentro da narração e do diálogo, assim como diálogo dentro da narração e vice-versa. É muito importante lembrar disto. 
(03) DIÁLOGO
Por fim, temos os diálogos! Os diálogos são a junção de ambos os elementos acima: eles servem para estabelecer e desenvolver relações. É muito importante mantermos em mente que diálogos são uma espécie de ações reativas — precisamos projetar em nossas mentes, até um certo ponto, como as muses irão responder a eles quando os escrevemos. Posso escrever um diálogo onde minha muse diz “Meu pai morreu” em resposta a um “Tudo bem?”, entretanto, se o meu muse e o de meu partner não possuírem nenhuma conexão… como a muse dele poderá responder? Entende?  Quando escrevemos pedaços de diálogos em nossos turnos, é necessário que consideremos as conexões estabelecidas, o fluxo da interação, onde a cena está localizada e para onde ela está indo.
Os elementos opcionais, por outro lado, são:
(04) DESCRIÇÃO
São aquelas partes que dedicamos a descrever os ambientes, as aparências de nossas muses, etc.
(05) EXPOSIÇÃO
Lembra que nossa muse odeia pão? Então, é na exposição que contaremos o porquê (ela teve intoxicação alimentar aos doze anos por causa de um peito de peru fora da validade). São os detalhes que adicionamos para oferecer maior caracterização ou desenvolver os pensamentos de nossas muses, justificar suas ações, discorrer sobre características… enfim. Serve de muitos propósitos, mas não são essenciais em todo turno — ou são, se esse for seu estilo! E não há problema nenhum.
Agora que pensamos nos elementos que compõem um turno, vamos observar alguns detalhes para entendê-los melhor e conversar, propriamente, sobre como podemos utilizá-los de maneira a definir um turno como bom.
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OS EXEMPLOS E AS DICAS
(*) Esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia. Assim perdão se estiverem meio… sabe. lmao.
Para referência: Ação / Narração / Diálogo / Descrição / Exposição.
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Escondido nas sombras do beco, Mangi aguardou os homens com distintivos sumirem na esquina antes de caminhar para a rua principal. Canalhas persistentes. Cuspiu no chão, expelindo o azedume que a presença deles causavam em seu ser. Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar. Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos. Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário. Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.
Como podemos ver, os elementos se interligaram bastante: temos ações dentro da narração no princípio, então narração dentro das ações ao meio. Este é o turno inicial. Perceba que, mesmo diálogo sendo um elemento essencial, ele não apareceu — algumas vezes eles podem ser substituídos por ações reativas! Mas são em casos bem específicos. Por esse ser o primeiro turno da thread, em vez de iniciar a interação com um diálogo, optei por iniciar usando reação reativa e narração. Como? Vamos analisar por partes.
[Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar], [Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário.] Essas são ações funcionais. Como pode ver, elas estão movimentando a cena, assim como agregando à ambientação onde a interação irá ocorrer. Essa segunda também poderia servir como uma ação reativa caso a muse de meu partner (que não existe) estiveses sentada dentro do bar (mas veremos que não está…).
[Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos.] A exposição nos dá uma informação que não é necessária para a cena em questão, mas justifica e incrementa a ação anterior.
[Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. ] Aqui a narração serviu para incluir um detalhe importante sobre o personagem: é um procurado.
[Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.] Esta é uma ação reativa que serve para engatilhar a interação. Coloquei o personagem num ponto fixo, o dei um movimento que pode ser interceptado ou reparado.
Vamos ver uma resposta para esse turno.
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Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente, abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto. Naquele horário, haviam restado somente os regulares sentados às mesas. Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. Bebiam em silêncio, com mãos curvadas nas bordas das mesas, prontas para alcançar as armas em suas cinturas. Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. Ou era atrevido ou estúpido — embora não houvesse muita diferença naquelas bandas. “Hora, não é sempre que temos forasteiros.”Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”
[Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. ] Como podemos ver, esta narração está reagindo à ação reativa do primeiro turno! Joong está ouvindo o momento em que Mangi entra no bar, embora não saiba disso.
[Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente], [Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. ]. Ações funcionais, aproximam e o inserem na cena.
[abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto.] Viu como é um elemento não necessária mas adiciona uma informação interessante? Nos faz pensar o que era aquela fotografia, porque ele a deixou ali, porque estava queimada… esse fato pode ser retomado mais tarde, ou pode ser mais elaborado! E é este ponto que quero reforçar: a exposição é a parte que desenvolvemos mais quando queremos "elaborar mais" nossos turnos. Mas, obviamente, é uma coisa relativa: se aumentamos a quantidade de exposição, também aumentamos as ações reativas. Vamos explorar isso mais ao fim do guia.
[Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. ] Ação reativa. Joong está reagindo a presença de Mangi (e perdoem o god-modding mas eu precisava de um exemplo, haha).
[“Hora, não é sempre que temos forasteiros.” Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”] Por fim, vemos o diálogo! É uma pergunta simples e conta com uma ação funcional.
Agora, vamos observar outras duas respostas. Mas, dessa vez, tente você reconhecer os elementos!
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Virou sua bebida em um gole, terminando-a. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia; não precisava de mais. Balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, ainda não o olhando.
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“Infelizmente para você, sou eu quem decido isso.” Joong sorriu de escanteio, apoiando a cintura contra o balcão. “E, nesse momento, você me parece com alguém que procura problemas.” Similarmente ao outro, virou sua bebida em um único gole. Então, colocou o copo sobre o balcão e gesticulou para que a bartender fosse para os fundos, ignorando o estranho. “Não vou repetir minha pergunta.” Disse, a mão deslizando para a arma em seu quadril.
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Se você analisou como acima, percebeu que somente há narração, ação e diálogo nessas respostas. Veja, mesmo sendo mais curtas, elas continuam a manter o dinamismo e desenvolvimento da cena.
E, graças aos elementos adicionados anteriormente, possuímos um ambiente inteiro para explorar! Por exemplo, algumas opções de desenvolvimento que poderia ocorrer em seguida são:
Mangi colocar seu copo sobre o balcão com um suspiro derrotado por perceber que não conseguirá ficar em paz ali e, por fim, responder a pergunta.
Mangi reagir alcançando a própria arma e, Joong, por sua vez, retomar em sua resposta os outros regulares do bar se levantando ou sacando as próprias armas em sua defesa.
Mangi acabar por encarar Joong e esse perceber que é o foragido que está no pôster!
O mais legal? Todas essas três opções podem ser exploradas unicamente através de narração, ação e diálogo. No fim, o importante não é o tamanho, é a presença desses elementos que vão determinar se uma cena irá fluir e se desenvolver. Percebem que possuir apenas três elementos e pouquíssimos caracteres não tirou o mérito da interação? Ela ainda está servindo para o desenvolvimento das muses!
Mas vamos supor que você realmente quer dar aquela incrementada no seu turno, adicionar umas coisinhas… como faria isso? A maneira mais fácil de fazer isso seria adicionando mais exposição; a mais elaborada adicionando ambas exposição e descrição. Mas, como dito anteriormente, você não pode fazer isso sem aumentar a quantidade de ações: tanto as reativas quanto as funcionais. Assim como a narração e o diálogo! Lembre-se, esses três elementos são essenciais! Vamos modificar um dos exemplo. Novamente, quero que você mesmo marque os elementos.
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. Continuou a fitar o balcão, reparando na poeira e nódoas em diferentes colorações que acumulavam nas rachaduras da madeira refletindo a idade e higiene do local. Torceu o nariz, retornando sua atenção ao seu copo. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Respondeu com amenidade. Virou o álcool em seu copo num único gole, não se dando tempo para pensar demais nas marcas no fundo do vidro. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia. Hoyun aparecera no momento certo naquela manhã para salvar sua bunda de ser apreendida. Não sabia como os policiais haviam descoberto que estava se abrigando na estalagem, embora imaginasse que Young pudesse ter algo a ver com isso — nunca devia ter penhorado o relógio que roubara de Hojong com ele. O homem possuía uma boca tão grande quanto a lista de crimes de Mangi. Com um suspiro, balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, recusando a encará-lo. A figura do outro estava borrada em sua visão periférica, mas conseguia notar o suficiente para decifrar que era o big boss do pedaço. Conseguia ver as expressões ansiosas dos outros regulares sentados próximos do bar, a maneira como encaravam o outro com expectativa. Aguardavam uma ordem, um julgamento. Deixou um suspiro exasperado escapar seus lábios. Esperava que Hoyun não demorasse muito. “Pode me chamar de Hojong.”
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Conseguiu percebê-los? Ainda está pequeno, entretanto, vê como adicionar mais exposição ajuda a expandir a dimensão do turno? Entretanto, se adicionarmos exposição demais podemos acabar por esquecer de oferecer margem e gatilhos para nossos partners explorarem também — assim, tome cuidado!
Se quiser, como exercício, você pode tentar expandir a segunda resposta do Joong! Eu adoraria ver!
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E assim, concluo este tutorial de turnos pequenos que ficou… grande. Como disse uma querida amiga "ironia do destino"! Espero que tenha ajudado ou contribuído de alguma forma em sua jornada rpgística!
Sem mais delongas,
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66 notes · View notes
satannael · 19 days
Note
Como funciona a polícia no universo da cabana? Eles não interligam os desaparecimentos e os assassinatos? A maioria dos desaparecidos tiveram acontecimentos parecidos até né, do tipo, vou usar o exemplo do pai do X. Que falava pra ele não sair d casa e bla bla, a polícia chegou a saber disso? Algm nesse universo já interligou os casos?
Claro que interligam, estamos falando de um mundo que ainda existe um pouco de “realidade” dentro dessas insalubridades sobrenaturais. A cabana é apenas um pequeno ramo do enorme galho que compõe essa “árvore” que chamamos de Slenderman/Operador.
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Os ataques podem acontecer de forma simultânea nos mais diversos lugares pelo mundo, tendo os mais diversos métodos de “matar” vindos dos proxies. A polícia interliga esses assassinatos nas regiões mais próximas, mas a dificuldade começa onde a similaridade bate. Todas as vítimas no fim possuem a simbologia do “O” com o “X” no centro, sendo a marca registrada não só do Operador, mas dos peões que o servem. Então a polícia associa esses crimes sempre com as mesmas pessoas, sim, pessoas. Uma vez que ocorre em diversos lugares no MUNDO, é impossível se tratar de um único indivíduo, claro. O problema é que os peões (proxies) não deixam rastros e os outros rastros que ficam não levam a nenhum lugar. Dão em pessoas desaparecidas, mortas ou sequer registradas no banco de dados geral.
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Os que tem conhecimento do Operador e querem impedir que o pior aconteça não procuram a polícia, porque no fim não adiantaria. No caso do Dimitri, não havia o que ser feito, o pai queria poupá-lo e não daria em nada.
Como explicaria num b.o que você está sendo perseguido por uma entidade ambígua sem rosto?
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Algumas unidades policiais desistiram ao ver que é mais um caso do “bola com X no centro”, pois não dará em lugar algum. Isso não é uma >REGRA<, por isso digo ALGUMAS. Há unidades policiais e forças investigativas que ainda procuram esses grupos. O lado verdadeiramente ruim disso tudo não é a polícia coletar material e traçar casos e registros, mas sim os Profetas. Muitos seguidores ativos de Zalgo conseguem se infiltrar ou simplesmente trabalham nessa área para benefício próprio de seu “Senhor”. Para meros humanos não é nada, mas para um culto forte que ativamente caça proxies no intuito de servir sua entidade e dar a ela mais conhecimento da entidade que é o Operador.
Diferente dos proxies, Profetas de Zalgo se mesclam na sociedade. Muitos das oferendas (assassinatos) feitas pelos profetas somam na conta dos proxies, pois eles abusam da simbologia para despistar o foco.
Proxies que não são mais úteis para o Operador são deixados à mercê da própria sorte nas cenas dos crimes. Alguns estão presos, outros se matam após ser pegos, pois enfim estão “livres”.
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Espero que dê pra entender um pouquinho!
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babydoslilo · 4 months
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Pequeno spoiler da próxima história
(Tudo sem revisão, então ignorem os erros e palavras repetidas)
Sinopse
Em Sob Holofotes, acompanhamos a trajetória de dois jovens extraordinários cujas vidas colidem em uma sessão fotográfica para uma renomada revista. Um é um talentoso cantor que trocou a agitação de Londres por uma busca musical nos Estados Unidos, enquanto o outro, um deslumbrante modelo com raízes americanas, cresceu entre os encantos britânicos devido ao trabalho.
O enredo se desdobra quando a oportunidade de uma colaboração fotográfica surge, levando-os a encenar um namoro falso para ganhar visibilidade na internet. Enquanto ambos enfrentam suas próprias jornadas pessoais, suas vidas se entrelaçam em uma trama de flashes e melodias. 
A fachada de um romance falso se torna o ponto de partida para reflexões mais profundas sobre identidade, amor e a complexidade das relações na era das redes sociais. Uma trama que revela os desafios por trás da imagem pública, enquanto os protagonistas descobrem que, por trás das câmeras e dos holofotes, as verdadeiras melodias da vida continuam a ecoar.
(....)
As câmeras rodavam pelo local capturando as modelos que giravam e se penduravam no pole dance de uma maneira que dava inveja, além dos demais figurantes que bebiam e jogavam dinheiro cenográfico em cima dos corpos quase desnudos. Enquanto Harry passeava elegante pelo local e sentava em outras mesas com vários homens, Louis era gravado andando pela balada, com a feição séria à procura de alguém. No próximo take ele já estava em uma mesa que tinha um sofá vermelho como assento, uma garrafa de wiskey muito caro em sua frente e um certo modelo desfilava em sua direção, os passos confiantes e prontos para seduzir quem quer que assistisse aquilo. 
O diretor da filmagem indicou que Harry sentasse ao seu lado, com as pernas jogadas em seu colo e um cigarro entre os lábios, ao passo que Louis recitava baixinho a letra da própria música que tocava ao fundo. Na luz vermelha os olhos verdes ficavam ainda mais bonitos e Louis podia jurar que os cílios do modelo pareciam pintados e maiores de tão perto. O próximo movimento que deveriam fazer lhe deixou um tanto inseguro, Harry estava sentado em seu colo, com os lábios quase colados aos seus e lhe passando toda a fumaça que tinha prendido nos pulmões. Louis não era um bom ator, mas foi meio que automático entreabrir a boca e se deixar inspirar aquela névoa. 
O máximo de contato que tiveram durante essa primeira etapa das filmagens foi esse, o resto se perdeu em cenas sozinhos e de olhares que diziam muito. Mas ao anoitecer daquele mesmo dia, em um quarto alugado, eles tiveram de terminar o clipe com as últimas cenas que faltavam. Agora era a hora de retratar o casal que o protagonista conhecia, a maneira que eles viviam antes de ter descoberto o outro lado do companheiro. As cenas entre o quarto e a boate seriam intercaladas no final e dariam aquela impressão fascinante de lembrança do passado em choque com os acontecimentos do presente, independentemente da ordem em que foram gravadas.
– As luzes e câmeras estão posicionadas, garotos. Quando vocês estiverem prontos. – o diretor do clipe avisou. Ele era bons anos mais velho e tinha duas assistentes que ficavam sempre passeando pelo quarto para garantir que tudo saísse conforme o planejado.
O quarto era bem básico, tinha uma TV de modelo antigo sobre uma cômoda, uma cama grande com a cabeceira de madeira e lençóis claros, um espelho retangular bem acima e alguns quadros na mesma paleta de cor preenchendo a parede ao lado. Louis vestia uma blusa cinza que facilmente passaria por um pijama e uma calça de tecido leve no mesmo tom. Já Harry vestia uma blusa larga demais para si na cor branca, de maneira que chegava até o topo das coxas e não mostrava a boxer também branca que usava por baixo. Ambos tiveram seus cabelos minuciosamente bagunçados pela equipe de produção e nenhuma maquiagem foi passada, na tentativa de mostrar a comodidade e intimidade de quem dormia e acordava juntos. 
– Tudo bem pra você, Harry? A gente pode falar com ele se for muito desconfortável, sabe.. – Louis falou baixinho para o rapaz ao seu lado na cama, em cima dos tecidos propositalmente bagunçados. Eles tinham lido o roteiro há pouco tempo e sabiam muito bem como teriam que agir agora, o que explicava as faces um tanto coradas. 
– Tá tranquilo, eu acho. Não deve ser mais constrangedor do que se trocar na mesma sala que diversos outros modelos julgando os corpos uns dos outros. – deu um risinho sincero, ele realmente acreditava que nada seria pior que aquilo, mas era compreensível que o outro estivesse tenso. Sendo um homem gay prestes a encenar uma pegação forte com um cara hetero, apesar de não ter certeza sobre esse fato, era até fofo que o outro queira lhe deixar confortável.
– É.. ok, estamos prontos então. – Louis disse ao diretor, que rapidamente soltou mais uma vez a música que, de tanto ouvirem, parecia ter se infiltrado no cérebro de todos ali presentes, e iniciou a gravação. 
O ambiente, por ser mais calmo e íntimo, dava um ar diferente das cenas anteriores. Não tinham luzes piscando, nem máscara ou gente dançando e gritando. Na verdade, as luzes amareladas eram aconchegantes e claras ao ponto de Harry conseguir enxergar cada mínima sarda que apontava nas bochechas de Louis, e que ele não pôde perceber antes. 
O modelo estava mais uma vez no colo do cantor, com menos vergonha do que da última vez, já que não tinham muitas pessoas no ambiente no momento, apenas o pessoal necessário para cuidar das câmeras e luzes, e eles dois. Ainda era estranho ouvir uma voz mais grave e rouca gritando para que Louis passasse as mãos devagar pelas suas pernas nuas, e ele estava um pouco vermelho e arrepiado depois de repetir o mesmo movimento mais duas vezes para que gravassem de ângulos diferentes. 
No próximo momento eles foram direcionados a se deitarem de uma forma que Louis ficasse por cima, tentando a todo custo não depositar todo o peso sobre si, segurando uma das suas pernas para cima e fazendo-a descansar nas costas alheias. A virada, no entanto, teve que ser gravada pelo menos três vezes por que na primeira Harry caiu em cima do próprio braço, na segunda Louis se enroscou um pouco e não conseguiu virá-los no tempo certo, o que ocasionou uma crise de riso nos dois, e na terceira tentativa o joelho do maior acabou acertando sem querer uma área muito sensível do cantor, mas ele pediu desculpas logo após. 
Após esses momentos que ajudaram a dar leveza ao clima, eles finalmente acertaram o movimento e foi lindo como o encaixe pareceu na câmera. O diretor até abaixou o tom de voz quando mandou que Louis raspasse os lábios nos vermelhos de Harry, para não quebrar a atmosfera e química que eles estavam criando juntos. O menor viu o momento exato em que a língua de Harry deixou um rastro molhado pelo próprio lábio inferior, um segundo antes de Louis se inclinar devagar e deslizar a boca entreaberta por ali, decidindo ousar e fazer o que não foi pedido quando agarrou aquela carne macia entre os dentes pontudos e puxou de leve. Ele sentiu a respiração de Harry ser solta de uma só vez pouco antes de uma das assistentes soprar algo como “isso foi muito bom, Louis”. 
Eles não estavam com os corpos colados, ainda tinha um resquício de espaço pessoal resguardado entre eles, mas quando Harry teve que deslizar o tecido cinza pelas costas do mais velho, esse espaço precisou diminuir. Sua coxa direita estava mais uma vez apoiada sobre o quadril do outro, mas agora ele conseguia sentir uma pequena parte da pele quente que lhe pressionava na cama enquanto Louis sussurrava a letra da música próximo ao seu ouvido e pescoço, Harry não lembra em que momento fechou os olhos para apreciar o momento.
(....)
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maryflorlovyblog · 11 months
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Felicidade quando é demais inunda a alma, e transborda pelos olhos. Sejas ambicioso, busques sempre a felicidade, lambuze-se de amor, de paz interior e transborde-se de DEUS em seu coração.
É na magia dos pequenos acontecimentos que a felicidade transborda.
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misshcrror · 26 days
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              𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's point of view ;
Anyone can start again. Not through love but through revenge. Through the fire, we're born again. Peace by vengeance brings the end.
Quando Yasemin acordou, imaginou que fosse acordar na Grécia ou até mesmo em Paris, mas o cheiro, o barulho e o ambiente lhe lembraram imediatamente do seu lar. Estava de volta ao acampamento. Tentou se recordar dos últimos acontecimentos. Paris. Zoológico. Leão de Nemeia. Amazona Morta. Sangue. Muito sangue. Uma fonte. Então tudo escuro. 
Ela ergueu o tronco da cama, se sentando e sentindo uma pontada de dor ao mover os músculos doloridos. A lembrança da batalha com o Leão de Nemeia inundou sua mente e a mão foi diretamente no olho esquerdo. Felizmente estava enxergando, mas o problema era que sentiu em seus dedos a cicatriz. Delineou a cicatriz com os dedos do começo ao fim para sentir as garras do leão ali. Acima da sobrancelha e descia até os lábios. A outra era um pouco menor e felizmente havia só duas ao invés de quatro. Finalmente deu atenção ao redor para notar que Kaito também estava ali, se recuperando de seus ferimentos, mas estava vivo. Um alívio passou por Yasemin ao vê-lo aparentemente bem, embora se lembrar da batalha a fez se recordar também da perda da amazona. Mais ao fundo também pode ver as amazonas descansando, com exceção, claro, da que havia partido. 
Logo um filho de Apolo encostou ali e Yasemin inundou ele de perguntas para checar se realmente os amigos estavam bem. Soube que Andrina não ficou por muito tempo, tinha ferimentos mais leves e ficou aliviada. Ela descobriu que ficou mais de um dia totalmente apagada e que haviam chegado ali com a ajuda das amazonas e através das irmãs cinzentas, o que foi rápido e a enfermaria prestou todo o socorro necessário para todos. Ao todo, ela havia fraturado quatro costelas, quebrado uma vértebra, o tornozelo luxado, alguns cortes pequenos e a cicatriz no rosto devido as garras do leão. Sua recuperação estava sendo relativamente boa devido a habilidade de cura de alguns, e o néctar e a ambrosia ajudando. O filho de Apolo explicou que era possível que a visão de Yasemin do lado esquerdo sofresse por alguns dias devido a brutalidade, mas que com a benção de Poseidon, o ferimento foi amenizado e ela estava com a visão em 85%. Não era perfeita, mas não foi um grande dano no final. Se ela não tivesse a cura aquática, era possível que realmente tivesse perdido a visão. Felizmente foi sortuda. Mentalmente anotou que deveria fazer uma oferenda para Poseidon o mais rápido possível. 
Passar um tempo na enfermaria não era ruim, porém não era o melhor ambiente. Pouco a pouco notou que o local estava infestado de pessoas voltando de suas missões, se perguntando se mais alguém havia falhado. Era de uma tremenda frustração que nem haviam pisado na Grécia. Certamente iria implorar para seguirem com a missão após a recuperação embora duvidasse que realmente iriam deixar. Uma morte e uma falha. Yasemin sentiu uma inquietude crescer dentro dela. As conversas de poucos amigos vindo saber se ela estava bem a ajudavam a distrair. A principal sendo com Elói lhe aconselhando de vez a assumir o cargo de conselheira, principalmente depois de uma missão com uma baixa. 
E por falar em morte… Ela não podia ficar deitada enquanto uma de suas companheiras de batalha estava sendo preparada para o último adeus. A amazona caída merecia uma despedida adequada e Yasemin sentiu que devia estar presente para honrar sua memória. Sabia que precisava de repouso para se recuperar completamente, que deveria permanecer na enfermaria, descansando e permitindo que seu corpo se curasse, mas ignorou toda a ajuda dada para passar em seu chalé e vestir roupas apropriadas. Ela se vestiu com cuidado e saiu, determinada a comparecer ao velório da amazona. Sequer a conhecia, mas certamente foi uma das últimas a ver a mulher viva e deveria estar ali. Haviam enfrentado ciclopes para tirá-la com vida, uma pena que deu tudo errado no caminho. O velório foi pequeno, com as amazonas, Kaito, Andrina e mais um pequeno grupo de semideuses junto de Quíron. Um evento solene apenas para se despedir. Yasemin observou em silêncio enquanto a mortalha da amazona era colocada em uma pira funerária, pronta para ser consumida pelas chamas. O fogo dançou ao redor do corpo, envolvendo-o em uma aura de calor. Sentiu um aperto no peito ao ver o último adeus à garota caída. Enquanto as chamas consumiam a mortalha, ela enfiou a mão nos bolsos e se perguntou se poderia ter feito mais para evitar a tragédia, se poderia ter sido mais rápida, mais forte, mais esperta, mais qualquer coisa. Yas se perguntou se era digna de estar ali e a amazona não. Com tantos pensamentos na cabeça, ela não disse uma palavra com ninguém até o fim do velório, mas pensou muito a respeito da missão e do comportamento dos deuses nos últimos meses.
Depois do velório, Yasemin deveria voltar para a enfermaria. Mas ela preferiu se dirigir à praia. Mesmo de roupa deixou as ondas suaves do mar banharem seu corpo cansado. A ruiva se deixou flutuar na água salgada, sentindo a cura aquática envolvê-la e acalmar suas dores. Era como se o oceano estivesse lhe oferecendo conforto e renovação, lavando suas preocupações e incertezas. Com a mente clareada pela água do mar, Yasemin não soube quanto tempo ficou ali. Talvez o suficiente para firmar um pensamento em sua mente. Se tinha o que era preciso para liderar e proteger seus irmãos semideuses. Se ela não tivesse, passaria a ter. Ela não era apenas filha de Deimos, era uma Solak também e assim como sua mãe, não abaixaria a cabeça para nada. 
Yasemin procurou por Quíron. Ela sabia que era hora de aceitar sua proposta de ser conselheira de chalé, de assumir a responsabilidade que vinha com esse papel. Ela estava pronta a fazer justiça à memória da amazona caída, a nunca mais deixar que alguém morresse em seu turno novamente. E principalmente protegeria seus irmãos com toda a força que tinha. Com passos decididos, Yasemin se aproximou do centauro. Estava toda molhada e trouxe alguns olhares desconfiados para si, mas parada de frente a Quíron e com os punhos cerrados, ela assentiu. 
❝ Eu quero. Vou ser conselheira do 32.❞
semideuses citados: @kaitoflames, @andrvna & @maximeloi
@silencehq.
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imagines-1directioner · 11 months
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Wish You The Best - with Niall Horan
Situação: namorado!ex namorado!amigo! x Leitora
Contagem de palavras: 2242
Sinopse: imagine baseado na música ‘Wish You The Best - Lewis Capaldi’
N/A: Como de costume, mais uma história baseada na música que estou viciada no momento hahahaha. E nada mais justo que o principal do elenco ser o amigo do cantor da vez. Essa canção é muito boa e no segundo que escutei quis escrever algo nessa linha. Espero que gostem do imagine assim como eu gostei enquanto escrevia 🤍
curte e reblogue o post para me ajudar 🫶
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Niall, cantor em ascensão, carreira solo decolando, novo jurado do maior reality show vocal dos últimos tempos, álbum importante em andamento, shows e turnês em vista. Resumindo: uma agenda lotada com pouco tempo até mesmo para respirar.
Sequer essa foi uma mudança que virou uma reclamação em sua vida. Ele gostava da correria, de ter o que fazer, de exercitar o cérebro fazendo o que gosta e sabe fazer de melhor, que é a música. Horan estava bem, alegre, animado e feliz apesar de todo estresse dos últimos acontecimentos. Bem, isso até a namorada jogar um balde de água fria enquanto o corpo dele ainda estava quente e fora da realidade compartilhada.
Flashback On*
- Oi.. - S/N disse após bater na porta do porão que virara um pequeno studio de criação, encontrando o namorado sentado no puff cinza com um violão preto em mãos e um maço de folhas amarelas no colo com alguns versos escritos. - Atrapalho?
- Você nunca me atrapalha. - sorriu fofo e ela retribuiu, porém com menos entusiasmo. Observando-a adentrando ao cômodo Niall notou que os ombros da garota estavam tensos, sua feição era estranha, preocupada, inquieta com as mãos que remexiam sem parar. Logo ele percebeu que havia algo errado. - Aconteceu alguma coisa? - indagou preocupado.
- Precisamos conversar. - Niall concordou sem ter muita opção e deixou o instrumento de lado, dando total atenção a namorada sentada na cadeira que puxou para perto do rapaz. - Quero saber se você também sentiu que nossa relação esfriou. - imediatamente Horan franziu a testa, respondendo a pergunta dela sem abrir a boca. E a negação com a cabeça apenas reforçou o que ela já sabia. - Claro.. - suspirou, esfregando as mãos uma na outra e desviando o olhar.
- Por que acha isso?
- Eu não acho, eu sinto. - afirmou, encarando-o com os olhos marejados. - E só sinto porque está acontecendo diretamente comigo.
- O que foi que eu fiz?
- Na verdade foi o que você não fez, Niall. - falou sem enrolação. - Entendo que está passando por uma fase importante e proveitosa da sua carreira, e eu estou completamente orgulhosa. Mas.. - S/N não queria ser dura com as palavras e então pensava duas, três vezes para que nada saísse do controle. Além do mais, ela não gostava de estar na posição que estava. Era difícil. - Mas você me deixou de lado.
- Claro que não. - ele não admitiria mesmo que no fundo soubesse que estava um pouco distante.
- Você esqueceu meu aniversário, Niall.. - os olhos arregalaram assim que a afirmação foi dita. O moreno não podia acreditar.
- O quê? Seu aniversário é daqui duas semanas.
- Meu aniversário foi anteontem. - a constatação foi como um tapa estalado em seu rosto, pegando-o totalmente de surpresa. Silêncio era tudo que ele pôde dar, e a passada de uma das mãos pelo cabelo e rosto pasmo indicava que a ficha havia caído. Ele percebeu da pior forma o quão desligado e dentro do seu próprio mundo estava.
- Amor, me perdoa. De verdade, eu jurava que era daqui alguns dias.
- Você está distante de mim, do meu cotidiano, da minha vida. - comentou chateada. - Nós não temos um tempo a sós, sinto que tem me evitado.
- Não é verdade.
- Pode ser que não tenha sido sua intenção, e acredito nisso. Mas você me esqueceu, mesmo que sem querer.
- Me desculpa..
- Acho que agora é um pouco tarde pra isso.
Flashback Off *
Haviam se passado quatro meses desde o término. Término esse que até agora Niall entendia mas não compreendia. Todo santo dia ele se culpava por ter perdido a mulher da sua vida que, por mais que ele implorasse, e ele implorou, S/N não deu uma chance dele se redimir. Afinal ela conheceu, ou melhor, se aproximou de alguém que dava a atenção que Niall deixou de oferecer.
Dez dias depois do término até que amigável, respeitando o fim do ciclo de seis anos e pretendendo continuar a relação agora como amigos, Niall soube por um amigo em comum dele e de S/N que a ex estava saindo com um amigo de infância. Ele não quis saber o nome do indivíduo. Na verdade o moreno achou que, pela rapidez em superar uma história de anos, S/N havia traído-o com esse tal amigo, mas no fundo ele sabia que ela não era capaz de fazer isso. Ela era perfeita, e só agora ele entendia.
Embora já tivesse passado um tempo considerável, o coração do moreno acelerou como se estivesse correndo uma maratona quando enxergou de longe a figura que ainda amava, no estacionamento do mercado. Era até bizarro como os carros estacionados estavam próximos um do outro sem mesmo eles terem percebido. Foi como um sinal para que o encontro tivesse que acontecer.
Niall acenou e ela retribuiu com um sorriso agradável que fez a chama da esperança acender no coração do irlandês. E quando a moça veio ao seu encontro, dando-lhe um abraço apertado e dizendo que era muito bom vê-lo de novo o rapaz pensou na possibilidade de voltarem. Mas a ideia foi embora quando viu a aliança enorme no dedo dela. S/N não queria voltar. Ela só estava sendo simpática, como sempre fora.
- Como você está? - ela perguntou.
- Levando. - deu uma risada sem graça, coçando a nuca. Ele não queria demonstrar que estava no fundo do poço.
- Topa tomar um café comigo?
- Pode ser.. - respondeu confuso, sem saber as intenções da ex mas ainda sim acompanhando-a até o café do outro lado da rua. Eles sentaram na parte de fora e logo foram atendidos.
- Queria ter te encontrado antes.
- Você? Por quê?
- Sei lá.. imagino que saiba do Aaron.. - mesmo não conhecendo a pessoa ele ligou os pontos.
- O tal amigo de infância?
- Ele mesmo. - riu sem graça ao saber que a notícia havia se espalhado. - Queria me explicar pra você antes que pense besteira.
- Sabe que não precisa me dar satisfação de nada.
- Acho que te devo pelo menos uma explicação. - ele negou.
- Sabe, refletindo bastante cheguei a conclusão que acho que perdi o que passava pela sua cabeça. Minha empolgação com o meu trabalho voltando ao normal não me deixou perceber que eu estava te perdendo. - ela assentiu. - Hoje eu sinto falta de ouvir como foi seu dia, sinto falta da sua risada, do seu carinho.. do seu abraço. - Niall olhou para o chão, desapontado com si mesmo. - E eu sei que agora não vale de nada o que eu te disser. - deu de ombros. - Só quero que saiba que eu me arrependo. Me arrependo muito.
- Consigo sentir isso em você. - falou dando um pequeno sorriso compreensivo, juntando as mãos nas dele, em cima da mesa, e fazendo uma leva carícia. Observando a atitude Horan engoliu o choro em seco quando fitou aquela aliança, diferente da que um dia deu para S/N, em volta do dedo.
- No dia que terminou comigo eu estava muito atônito e sinceramente não quis saber o que te fez querer botar um ponto final em tudo sem ao menos ter me dado uma chance de me redimir. - ela assentiu. - Você acha que poderia me contar tudo? - S/N suspirou.
- Sim.. não vai ser fácil, mas eu consigo.
- Antes de começar, só queria te pedir uma coisa.
- E o que é?
- Pode deixar de fora as partes sobre ele? - Niall não escondeu e nem queria esconder que sentia ciúmes e estava indignado que perdeu seu amor para outro homem, que deu à ex o que ele não deu, e que foi para ela o que ele não foi.
- Como quiser. - S/N traçou uma linha cronológica desde o primeiro momento que se sentiu deixada de lado pelo namorado, contando como se sentia quando ele a rejeitava em um final de semana, trocando planos pessoais já marcados por outros envolvendo trabalho, esquecimento de datas importantes e até mesmo deixando de demonstrar o amor pela garota, nem que fossem pequenas atitudes, sendo que ela fazia isso por ele. - Eu não tive escolha, entende? - ele concordou com a cabeça. - Então para eu não fazer nenhuma besteira, precisei terminar. Mas quero deixar claro que não foi uma decisão fácil que tomei do dia pra noite. Eu sofri cada segundo antes de te contar e finalmente tomar coragem, porque uma parte de mim te amava e sempre vai te amar. - novamente o coração dele palpitou, mas rapidamente se dava conta de que perdeu S/N para sempre, principalmente agora que conseguia visualizar que o brilho voltou a habitar os olhos da garota. E ele não era o responsável por isso. Era como se estivessem em uma tempestade de verão, contudo S/N já estava no meio do oceano, curtindo a brisa, aproveitando a calmaria depois de ter enfrentado a tempestade. Enquanto Niall ainda estava preso na chuva.
- Talvez fosse para ser assim. - o moreno deu de ombros, tentando ao máximo fazer com que ele mesmo aceitasse o fato. E S/N percebeu isso.
- Não acho que foi o destino que nos separou. - dava para sentir a tristeza através das palavras e olhar dela. -
- Eu queria mesmo dizer que sinto falta do verde nos seus olhos. - confessou.
- E por que não pode?
- Porque eu te perdi.. não tenho esse direito de tentar te trazer de volta quando fui eu que te magoei.
- Você foi uma pessoa importante pra mim, Niall. Só que as circunstâncias me levaram para outra direção que não a sua. - ele entendeu que ela se referia ao atual namorado.
- Bem, não posso deixar de notar que agora você parece mais feliz do que nunca. - ela sorriu fraco. - Consigo ver que está apaixonada.
- Não vou mentir pra você, eu me sinto melhor, mais valorizada, mais amada..
- Sinto muito por ter feito isso com você. De alguma forma parece que o problema era eu.
- Saber que você não fez por mal já me tranquiliza.
- Eu nunca, em toda minha vida, faria algo pra te machucar de propósito. A verdade é que eu não percebi que estava acabando com o nosso relacionamento. Talvez eu só tenha te magoado.
- Mas eu não carrego só as partes ruins comigo. Nós vivemos muitos momentos bons, que se sobressaem sobre os ruins. E é por isso, pela consideração e amor que sinto por você que quero te ter na minha vida. - Horan respirou fundo tentando controlar o sentimento gritante em seu peito.
- Sabe quando disse que poderíamos ser amigos? - ela fez que sim com a cabeça. - Eu acho que menti. - S/N surpreendeu-se. - Eu ainda te amo, S/A. - afirmou sem medo. - Quero dizer, sem você sinto que tudo na minha vida está errado. Você era tudo que eu precisava o tempo inteiro. E eu gostaria que você não fosse embora, gostaria mesmo. Mas eu sei que fui o único culpado nisso tudo. Sei também que você encontrou em outra pessoa o que eu não estava te dando, e peço mil desculpas por estragar o nosso relacionamento e te magoar tanto. - inspirou profundamente. - Assim como você foi sincera consigo eu preciso fazer o mesmo, isso significa me afastar de você porque, me desculpa mas eu não consigo te ver com outra pessoa, não agora.. eu não suporto saber que te perdi por algo tão bobo e ao mesmo tempo completamente significante.
- Se você tivesse tido esse estalo lá atrás.. - falou como se desejasse que tudo fosse diferente. - Mas o sentimento só muda quando nos damos conta que perdemos.
- É o preço que estou pagando por ter priorizado a minha carreira do que o meu amor.
- Não quero que se martirize por isso. Eu não estou brava com você. Sua carreira tem sua importância.
- Mas não mais que você. - completou deixando S/N sem graça e com o coração partido. - Vai demorar para que eu encarre a realidade. Pode ser que o processo acelere se nos afastarmos de fato. - ela concordou, não porque queria mas sabia que era o certo e o melhor para ambos. - Gostaria de poder dizer para continuarmos amigos, mas espero que você seja feliz, com ou sem mim. - soltou um pequeno sorriso. - E de novo, gostaria que você nunca tivesse ido embora.. mas em vez disso eu só te desejo o melhor.
- E aí? - Lewis indagou curioso e atento a história que o amigo contava sobre o acontecimento de três dias atrás.
- Foi isso.. ela entendeu, demos um abraço forte que até pude ouvi-lá fungar, provavelmente prendendo o choro e daí fomos embora.
- Caralho, irmão.. sinto muito mesmo. - o rapaz acariciou o ombro do amigo.
- É, tô na merda. - riu da própria desgraça.
- Eu entendo.. mas sempre podemos tirar algo bom de situações ruins.
- Não vejo o lado bom nisso tudo.
- Vamos fazer o que você faz de melhor. - encarou o amigo indo até o piano no canto da sala, e logo Niall entendeu.
- Não queria que ela soubesse que fiz uma música sobre o que aconteceu. Vai parecer que estou preso nisso.
- Mas você está. - ambos riram.
- Mas não quero que ela saiba disso.
- Voce não precisa cantar.. - sugeriu levantando uma das sobrancelhas. - Só desabafe que eu expresso a sua dor com a minha voz. - o moreno riu.
- Se ela estourar, posso ficar com parte do lucro?
- Aí você já tá querendo demais. - brincou, tentando levantar o ânimo de Niall.
- Porra, estou te oferecendo a minha história de desilusão amorosa que é digna de hit e não vou ter direito a grana?
- Se estourar, metade é teu. - disse decidido fazendo Horan levantar do sofá.
- Já tenho até o nome.
- Qual é?
- Te desejo o melhor.
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xoxo
Ju
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trmacademy · 7 months
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Coisas assombrosas começam a acontecer sem explicação. Tudo começa com um arrepio na espinha, uma sensação ruim... É Outubro e com isso, o espírito de Jack sente-se finalmente, horripilantemente, disposto a fazer maldades.
001: Era um dia como qualquer outro, principalmente para quem usufruía de um momento na piscina! Bom, mas estamos falando do mês de Outubro na academia! Não poderia ser mais um banho agradável de piscina. O ar mudou, sem aviso prévio, tornou-se gélido e assustador. Mas quem estava na área quase não deu bola para o acontecimento, não até que o nível da água da piscina começou a subir, subir, subir… Quem estava nadando correu para fora da piscina, sem conseguir acreditar no que estava acontecendo. A pessoa mais próxima da porta correu em direção a ela, mas bam! Estava trancada e parecia ser por fora, o que levantava inúmeras suspeitas. Uma gargalhada ecoou pelo âmbito, mas não havia formas por perto. A questão a ser pensada e com urgência, é uma só: como vocês sairão daí antes que a água os afogue?
Kennedy ( @kennedynorth ) e Skye ( @skyeween )
002: O silêncio que fazia-se na biblioteca era natural, um ambiente que fazia-se necessário a ausência de sons para que as pessoas se concentrassem em suas leituras ou pesquisas. Mas ao fundo, um barulho de livro caindo ecoou. Ninguém se assustou-se, certamente tinha algum desastrado no lugar. Outro barulho: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete…Os livros caiam de todas as estantes; os livros que estavam nas estantes mais altas pareciam tijolos enquanto despencavam no ar livre e atingiam o solo. As pessoas corriam no meio do caos de livros enquanto eram atingidas, amontoados de livros como avalanches, soterrando quem estivesse no caminho. E não era só isso, mesmo quem estivesse mais distantes das estantes, ainda sim, era atingido; os livros haviam ganhado vida própria! Agora eles tinham olhos, boca, asas e dentes! Estavam famintos atrás de um pedaço de carne humana. 
Belladonna  ( @bolladonnas ) e Verena ( @vwestergaard )
003: Há uma lei em todo o universo, você crente nela ou não, que é: se algo for dar errado, não tem como evitar, vai dar errado! Enquanto as pessoas estavam sentadas no refeitório, ninguém conseguiria imaginar que em alguns instantes, todo o ambiente seria atingido por uma grande confusão. Uma pessoa no canto esquerdo gritou: “Minha batata está viva! Socorro!” e as demais pessoas riram, porque não era possível. Era? Sim, era! Quando você piscou e olhou novamente para o seu prato, estava sendo atacado por um macarrão com almôndegas! A pessoa do seu lado oposto, estava travando uma batalha com um pedaço de pizza e estava perdendo feio! Das portas que separavam o refeitório da cozinha, alimentos passaram marchando, cantando algo como “Vamos a vingança, vamos espetar, vamos devorar!” Haviam tomates, repolhos, pequenos grãos de feijão…Estavam indo a guerra e vocês eram os alvos! 
Nemaya ( @nemcya ) e Seamus ( @seamusteach )
004: Todo mundo sente fome durante a madrugada, não tem como evitar. Os corredores estavam vazios, todos pareciam estar em seus quartos, aproveitando suas camas. Ótimo, não seria necessário dar explicações a ninguém caso fosse pego. Para sua surpresa a cozinha não estava vazia, você tinha companhia e esta, já estava com a cabeça enfiada na geladeira, buscando algo para comer. No entanto, no instante em que a porta do lugar fechou-se, fora como uma girada de chave; todos os objetos presentes ali começaram a sacudir, parecia um terremoto mas o chão estava estável. Houve uma pequena explosão! Talheres voaram na sua direção, garfo, faca…Você protegeu-se com uma assadeira, mas ela também parecia viva. Sua companhia estava enfrentando problemas, a geladeira a agarrava pelo pescoço, tentando matá-la. No teto da cozinha apareceu a seguinte palavra “Morte” porque era isso que todos aqueles eletrodomésticos e utensílios queriam: a cabeça de vocês.
Luna ( @brilhclaluna ) e Derin ( @devillvesteprada )
Observação: as duplas foram distribuídas por sorteio!
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trindad2k · 30 days
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Nightmares
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Sam Carpenter x Gn!Reader
● Sam só consegue dormir ao seu lado.
Palavras: 450
Gatilhos: Menção a assassinato, facas e sangue, pesadelos, insônia, e um fluff no finalzinho :)
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Os olhos de Samantha pesavam a cada segundo que passava, o barulho irritante das engrenagens do relógio em sua parede era o único barulho que ela escutava pelas últimas três horas. Essa era mais uma das madrugadas em que ela não conseguia dormir.
Junto com os sonhos vinham a lembrança dos gritos, o sangue escorrendo pelo chão, a adrenalina a flor da pele, um sentimento de falha, caos, perdição. É assim que ela se sentia, perdida no meio de tantas tragédias acontecendo todos os dias, sem ninguém para oferecer ajuda.
Todos a julgavam, lembravam de acontecimentos passados, traziam consigo as memórias nada agradáveis que ela se esforçava tanto para esquecer mas que sempre voltavam para assombrar sua mente todas as noites. Se sua visão focasse em um canto específico Sam jurava que podia ver uma figura coberta por um manto preto da cabeça aos pés, segurando uma faca que brilhava com o leve fecho de luz que saia da janela que ela nunca mais pensou em abrir.
Ela sentia que aquela figura chegaria mais perto, tão perto ao ponto de ficar cara a cara com a vítima, e a esfaquearia sem piedade alguma, arrancaria sua cabeça, faria todos os tipos de maldade possíveis e sairia ileso, assim como os outros, em direção aos outros cômodos.
Ela imaginava a criatura entrando em seu quarto, deixando sua cabeceira branca decorada com respingos vermelhos. Samantha não aguentava mais, ela não era capaz de ficar sozinha naquela cama, apenas acompanhada dos seus própios pensamentos terríveis, abraçada ao seu travesseiro molhado de lágrimas como uma criança assustada.
Suando frio, Sam se levanta em direção a porta e sai do seu pequeno inferno, trancando a porta inúmeras vezes. Ela anda com dificuldade pelo corredor até chegar em seu quarto e adentra o local com pressa.
Você dormia calmamente, Sam andou até o seu lado e olhou para seus olhos fechados de maneira delicada, como se você vivesse em um mundo paralelo ao dela.
— Ei… Acorda… — Ela sussurra, observando quando você abre os olhos logo em seguida, se deparando com uma latina de olhos inchados ao seu lado. — Posso dormir aqui? — Você confessava que era estranho ver uma mulher tão valente parecendo tão frágil ao seu lado, com mãos trêmulas apontando para o outro lado da cama.
Sem dizer uma palavra sequer você se move sobre o lençol, deixando um espaço para que Sam deitasse confortavelmente. Sem pensar duas vezes ela entra debaixo da coberta e se aconchega em seu peito, escutando apenas as batidas do seu coração.
Não tinham mais figuras, gritos, sangue ou o barulho irritante do relógio. A verdade é que tempo parava quando ela estava com você, no lugar que deveria estar.
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A/N: Oioi! Perdão por qqlr erro, eu escrevi bem rapidão antes q eu esquecesse a ideia.
Caso algm ache algo parecido por ai isso foi inspirado num one-shot da Deanerys!! (não é tradução nem adaptação viu)
Qqlr ideia só mandar aqui :))
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somaisumsemideus · 2 months
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Há 10 anos...
Héktor estava em seu modesto chalé bem encaixado por entre os demais. O ambiente era acolhedor, com o crepitar reconfortante da lenha em chamas preenchendo o ar com um calor suave e aconchegante. A luz do sol filtrava-se pelas nuvens quase densas e janelas, pintando padrões embaçados no chão de madeira gasta. Ele estava sentado à mesa de carvalho maciço e sua mente absorta em antigos pergaminhos de magia. Ao seu redor a mesa estava ocupada, repletas de livros velhos -- que pegou no mesmo dia mais cedo na biblioteca da Casa Grande -- que continham ensinamenos de séculos de práticas mágicas.
Desde pequeno, Héktor se orgulha da facilidade que possui para o rápido aprendizado e ser autodidata não era uma coisa ruim, já que tantos acontecimentos se desenrolavam de uma hora para outra. Estar preparado era uma necessidade.
Após horas de estudo da teoria, Héktor partiu para a floresta. O caminho sinuoso que levava ao coração da floresta estava coberto de folhas secas e musgo macio, criando um tapete natural que amortecia seus passos. O ar estava impregnado com o perfume fresco da vegetação em volta, enquanto os sons da natureza ecoavam ao seu redor.
Aos poucos a tarde foi se tornando nebulosa, enquanto ele encontrava-se na clareira da floresta, onde a luz do sol relutava-se através das copas das árvores, lançando sombras dançantes ao seu redor. Com uma concentração intensa, ele estendia as mãos, sentindo a energia mágica pulsar através de seus dedos. Seu objetivo era aperfeiçoar seu controle sobre a magia que ele invocava, uma habilidade que ele estava detemrinado a dominar para proteger quem fosse preciso.
Enquanto murmurava encantamentos antigos em mescla com gestos de mãos variados, sua energia dançava ao redor das suas mãos, obedecendo à sua vontade. Héktor sorriu com o desenrolar do seu treino, mas então algo estranho aconteceu. Uma sensação de vazio começou a se espalhar por seu peito, como se a própria essência da sua magia estivesse escorrendo de suas veias.
-- O que está acontecendo comigo? - Ele murmurou, sua voz vacilando de medo e confusão. Héktor tentou se concentrar ainda mais, desesperado achando ter sido um lápso de falta de atenção, ou talvez esgotando o seu corpo pelo uso contínuo, mas seus esforços foram em vão embora o corpo não sentisse sinais de exaustão. A energia branca azulada quase transparente que antes dançava obediente em suas mãos e por entre os dedos agora se estinguiram abruptamente, deixando-o em total escuridão. Héktor sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma sensação de desamparo e desespero que o fez tremer.
- Não, não, não… - Sussurrou para si mesmo a medida que o coração disparou, ao prostrar-se joelhos tateando o solo terroso da clareira. Os dígitos se fecharam na grama verde e folhas secas, na tentativa de sentir novamente a energia da natureza… Porém nada acontecia. Ergueu os olhos assustados e desesperados olhando em volta a procura de tudo, mas ao mesmo tempo de nada já que não teria ninguém por perto. Sua respiração se tornou exasperada quase compassada com os fortes batimentos do coração. - Não sinto nada!
-- Não pode ser... Não pode ser... - Estentou as mãos mais uma vez, ainda de joelhos sobre a grama, tentando respirar mais calma e compassadamente e acalmar os batimentos, mas de novo nada aconteceu. Seus olhos marejaram. - O que está acontecendo? - Ele estava desarmado, privado da sua magia tão repentimanete quanto um raio em uma noite tempestuosa.
Com a voz trêmula, ele sussurrou - Meus... Meus poderes. O que houve? - Mas o silêncio da floresta foi sua única resposta. Uma onda de choque o atingiu enquanto percebia a extensão total da sua perda. Os olhos que antes estavam apenas marejados, agora escorriam o líquido salgado pelas maçãs do seu rosto. Se sentiu tão pequeno quanto o grão de terra gritado em sua palma. Encarava suas mãos caídas sobre a coxa que a pouco era o seu maior símbolo de poder. Ele não podia mais manipular a energia mágica ao seu redor e muito menos sentir, estava vulnerável e exposto. - Vamos Héktor. Foco! - Tornou novamente a brandir as mãos, como feito em outroras vezes, mas sua magia não se acendeu em suas palmas.
Desorientado e assustado, Héktor recuou, sua mente girando com uma torrente de perguntas e incertezas. - Por que isso está acontecendo comigo? - Ele murmurou para si mesmo entre soluços, suas palavras ecoando no vazio da floresta. - O que eu fiz de errado? - Implorou ao universo, sua voz cheia de desespero e confusão. Uma sensação de isolamento e impotência o envolveu enquanto ele contemplava o vazio em suas mãos. - Mãe… - Chamou. A voz embebida de dor e desamparo, o timbre falho devido ao choro enquanto os castanhos olhos procuravam por ela nos céus. -…se estiver aí, me ajuda. - Pediu com súplica, mas quando percebeu que não teria uma resposta, se deixou levar pelo medo, pelo desespero e pela onda de choque que o derrubou com o silêncio da deusa.
Perdido em seus pensamentos, Héktor permaneceu imóvel ajoelhado na clareira da floresta encarando as mãos, olhando-as com fixação enquanto o choro era sua única forma de externalizar a confusão e o desamparo. O sol estava se pondo lentamente, tingindo o orizonte com tons de laranja e vermelho, mas para ele tudo, tudo parecia sombrio sem cor e sem esperança.
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hipermnesia · 7 months
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eu faço das pequenas coisas grandes acontecimentos.
eu atribuo aos pequenos detalhes, grandes significados.
(expectativas?)
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3nightss · 8 days
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♡ it's a kindness, highness. crumbs enough for everyone. old and young are welcome to the meal.
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PRÍNCIPE DEREK cresceu no reino de allarch, mas isso nunca o limitou de se aventurar por outras terras. apesar das desventuras que lhe ocorreram até encontrar o seu feliz para sempre, ele tem uma grande afeição por todos seus súditos. é espirituoso e aventureiro, levando-o a ser uma figura conhecida por onde passa, afinal esta inteirado em negócios entre os reinos e seu titulo real o acompanha ( o que dizer sobre a nobreza e seu grande impacto, né? ) tem uma enorme curiosidade para os diversos tipos de magia e suas aplicações e estava em constantemente expedições entre reinos até se fixar no reino dos perdidos. conto: o lago dos cisnes.
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sobre o ENDLOS MOTEL e pequenos hcs!
quando um quarto não é só um quarto e descanso não é a prioridade, você com certeza está se referindo ao ENDLOS MOTEL! o que é melhor do que uma pequena aventura no desconhecido? com uma estrutura luxuosa e tapeçarias que se alteram toda vez que se passa no ambiente, você encontrará um corredor de quartos onde, dependendo da energia do local, será possível entrar por uma porta e sair por outra, voltando ao corredor. às vezes, é realmente difícil encontrar seus aposentos, mas se você tem um número, decerto encontrará o que deseja. o objetivo principal, no entanto, é magia e excentricidade. talvez um quarto que é um jardim, talvez uma caverna inexplorada. tudo depende do tipo de magia que foi canalizada ali — acontecendo com ajuda de seres mágicos capazes de fazê-la e que a transferiram temporariamente para o estabelecimento. cada quarto tem uma peculiaridade, tanto boas quanto ruins, afinal magia não é magia se não há risco.
tem um quarto vinculado com a freakland e, se você estiver por lá, poderá acabar no motel ( o que é consideravelmente melhor, se você preserva sua saúde mental e tem a agradável recepção do proprietário — derek at your absolute service ).
os seres responsáveis pela magia do local têm suas identidades preservadas, sendo a responsabilidade dos acontecimentos (potencialmente perigosos) todos de derek.
a estadia tem valor simbólico, sempre de acordo com o que a pessoa pode pagar. é um negócio bastante lucrativo, mas essencialmente idealizado para seu próprio entretenimento.
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anyyzz · 11 months
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Como desenvolver seu enredo:
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Iniciar uma história por si só já é uma dádiva para muitos escritores e ao longo desse caminho algumas dificuldades surgem, e uma delas que sempre, sempre mesmo, estará em nosso encosto é o temido desenvolvimento. 
Desenvolver um enredo é um porre, sabemos disso, até mesmo falar dele é complicado, mas neste post vim mostrar para vocês que o desenvolvimento não é um bicho de sete cabeças. 
Para desenvolver uma história usamos alguns fatores cruciais para que isso ocorra de forma natural e bem feita. E, claro, tendo isso em mente, eu mesma desenvolvi um pequeno questionário para você escritor fazer a si mesmo em relação ao que escreve. 
1. O que esses personagens farão de relevante e por quê? 
É muito importante você se perguntar isso, porque é muito fácil escrever todo um capítulo e não colocar cenas e fragmentos que de fato terão relevância. Coloque cenas relevantes, que farão o seu protagonista se aproximar da "linha de chegada", e claro, se pergunte o porquê disso estar acontecendo. 
Se a sua resposta for "não sei" ou algo semelhante, tenho uma má notícia, você está andando em círculos. 
2. O que causará a crise e por quê?
Como já vimos em diversas histórias por aí, sempre há um momento onde nós pensamos que tudo dará errado, os momentos de crise, os conflitos e as complicações. Esta parte é crucial para o desenvolvimento tanto pessoal do personagem quanto do enredo, é neste ponto que a história começará a se aproximar do clímax. 
Se pergunte o que causará tudo isso e o porquê, é importante que isso seja bem trabalhado, pois ajudará bastante no corpo da sua história. 
3. O que fará a história voltar aos trilhos novamente e por quê?
Por último e não menos importante, é como todos esses acontecimentos irão mudar após o clímax, esse será o momento da virada de chave e resolução de problemas. 
É o momento onde o protagonista consegue superar os problemas e resolver (ou não) todos os desafios da trama, e claro, não se esqueça de se perguntar o porquê disso estar acontecendo e se isso se encaixa no enredo. 
Lembre-se que todos esses fatores estão relacionados com a "jornada do herói", estude sobre e aprimore a forma como você irá desenvolver toda a sua trama. 
Espero mesmo tê-los ajudado de alguma forma, aguardo vocês no próximo post.
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angclo · 4 months
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ADRIAN OJVINDSSON? Não! É apenas ANGELO, ele é filho de SELENE do chalé 38 e tem 25 ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL I por estar no Acampamento há UM MÊS, sabia? E se lá estiver certo, ANGEL é bastante SAGAZ mas também dizem que ele é IMPULSIVO. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
gênero: cis-gênero masculino. pronomes: ele/dele. signo: peixes. sexualidade: bissexual.
links úteis: headcanons 🌑 conexões 🌑 pov 🌑 task
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A pequena aberração foi deixada na entrada da lona do circo Spettacolo Magico em uma noite chuvosa. O choro do bebê acordou os artistas e os atraiu para o meio da tempestade. A criança envolta em um pano fino vermelho com o capuz cobrindo sua cabeça assustou àqueles que a avistaram, era um acontecimento incomum, afinal. No entanto, esse susto apenas se transformou em horror quando pegaram o bebê e notaram pequenos nódulos em suas costas. Estranho. A situação piorava quando o menino abriu os olhos e eram de um azul tão pálido que parecia branco. Ele é cego? Perguntou o equilibrista. Ninguém sabia ainda.
Apesar de não parecerem compreender como a criança foi parar ali, decidiram acolher o menino. Não era a primeira vez que isso acontecia, um dos artistas também cresceu no circo justamente por ter sido abandonado quando criança. Foi ele quem decidiu que iria cuidar do bebezinho. Embora não soubessem, a criança era filho de um deles ali dentro, uma aventura passageira com uma deusa que sequer se importou de explicar ao verdadeiro pai a origem do menino.
E talvez esse tenha sido o maior problema já que aos cinco anos, a criança despertou aos berros. O choro alto de agonia dava boas vindas ao par de asas prateadas em suas costas. Aqueles nódulos que lhe acompanhavam desde seu nascimento agora davam espaço para as asas com penas prata. Todos temeram e repudiaram o pequeno, chamavam-o de aberração. E a partir desse deslize, sua história realmente começa.
Não era mais tratado como uma criança, sequer como um humano. Aquele que lhe acolheu para criar já não chegava perto de si, todos lhe temiam. A criança não entendia, mas sofria dia e noite pelo pesadelo que sua vida se tornou. O dono do circo decidiu então que se aquela aberração iria continuar com eles, teriam que conseguir algo com isso. Eles tinham um achado único, afinal. Uma criança com asas? Todos iriam pagar para ver isso! Eram um circo pequeno, então não havia fama no nome mas rodaram a Itália com a nova atração.
Os anos se seguiram assim, a aberração era mantida em cativeiro e exposta nas atrações noturnas. Suas asas cresciam de acordo com o que ele crescia também então era uma criatura etérea. Os maus tratos acumulavam dentro do semideus, porém, uma onda de raiva. De ódio. Essa era praticamente toda a vida que conhecia. No circo inteiro, apenas uma pessoa começou a lhe tratar com dignidade. Uma jovem de olhos gentis que entrou para a equipe após ver uma de suas apresentações. A garota se dizia mágica e os truques eram realmente tão bons que encantavam a aberração. Foi ela que lhe chamou de Angelo, deu-lhe um nome pois segundo a garota não era justo que lhe chamassem daquela outra forma tão errada.
A amizade dos dois se fortalecia e a jovem moça resolveu começar a contar histórias sobre um lugar onde as pessoas estranhas podiam estar seguras. Pessoas que tinham poderes e que lutavam contra monstros. No dia que ela perguntou se Angelo gostaria de ir para lá, ele nem sequer hesitou em concordar. O plano para fugir foi então armado… pena que, no momento em que colocariam em prática, foram pegos. O dono do circo apareceu para impedir a saída de ambos e a algazarra começou. Alguns artistas apareceram para ajudar a impedir aquela fuga e foi nesse instante que todo o ódio e raiva de Angelo por aquelas pessoas fez com que seu poder se manifestasse a primeira vez.
Esferas prateadas surgiram de suas mãos, pareciam minúsculas luas brilhosas. Assim que encostavam em uma das pessoas que tentava lhe impedir de fugir, eles caíam sem vida no chão. Um a um, eles morreram. A garota ao seu lado estava atônita com a situação e Angelo parecia esgotado. Sequer conseguia voar. Eles fugiram dali deixando os corpos para trás e aquele passado seria enterrado, ambos prometendo nunca mais tocarem no assunto.
No meio do caminho para o chamado Acampamento Meio-Sangue, o chamado de Dionísio impediu o caminho dos dois. A semideusa ao seu lado pareceu nervosa, mas eles apressaram o trajeto com um carro fantasmagórico desgovernado que os deixou na entrada do acampamento. Angel podia ter perdido o dia da profecia, mas presenciou o ataque que se seguiu.
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PODER: Esferas lunares: Angel é capaz de invocar duas esferas pequenas que sugam a energia vital das pessoas que encostam nelas. Como ele não tem um pingo de controle e só usou o poder uma vez, isso acaba exigindo muita energia de si, o deixa drenado.
HABILIDADES: Agilidade sobre-humana e reflexos sobre-humanos.
ARMA: Ainda não possui.
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