Tumgik
#rph br
aluaescreve · 8 months
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♡ google docs template: VERSION UP
pt-br: Eu fiz esse template pra usar no meu blog de muses e já quis aproveitar pra compartilhar ele aqui. É bem simplesinho, porque é literalmente o primeiro template de docs que eu já fiz, ele é de uma página (se você escrever o suficiente pra passar de uma página, vai ficar estranho) para um personagem só. Para usar é só ir em arquivo > fazer uma cópia. E para trocar a imagem, é só clicar com botão direito > substituir imagem. Não remova os créditos. E, por favor, deixe seu like e reblog, caso vá usar.
eng: I made this template for my muses blog, and now I'm sharing it. It's very simple, because it's the first template I've ever made. It's a single-page single-muse template (if you write more than one page, it'll look weird). To use it, just click on file > make a copy. And to change the picture right click > replace image. Don't remove the credits. And, please, like and reblog if you're using it.
DOWNLOAD HERE (or click the source link)
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gwldcnz · 4 months
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ꗃ ╰ 𝐔𝐍𝐋𝐎𝐂𝐊𝐄𝐃 ⸻ MASTERLIST DE EXPRESSÕES FACIAIS!
pra tornar a escrita um pouco mais fluida ao interpretar o seu personagem e evitar utilizar termos “engessados” que sequer transparecem a real intenção e sentimento que o seu personagem deseja demonstrar naquele momento, segue abaixo +100 expressões faciais divididas conforme um ser humano as demonstra em seu rosto (relacionadas às sobrancelhas e olhos, nariz, boca, mudança local de tonalidade de pele, face inteira). não esqueçam de checar as minhas masterlists de hábitos, manias e trejeitos e a de maus hábitos! espero que gostem!
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OLHOS E SOBRANCELHAS
seus olhos se arregalaram suas pálpebras caíram sobre os olhos seus olhos se estreitaram seus olhos brilharam seus olhos dispararam ele semicerrou os olhos ela piscou ele espiou seus olhos ardiam com / por causa (…) seus olhos brilharam com / por causa (…) (...) brilhou em seus olhos os cantos dos olhos dele enrugaram ela revirou os olhos lágrimas encheram seus olhos seus olhos se encheram de lágrimas seus olhos nadaram em lágrimas seus olhos estavam molhados seus olhos brilharam de lágrimas lágrimas brilharam em seus olhos lágrimas brotaram de seus olhos seus olhos estavam brilhantes ele estava lutando contra as lágrimas lágrimas escorreram por seu rosto seus olhos se fecharam ela apertou os olhos ele fechou os olhos seus cílios tremularam sua testa enrugou sua testa franziu uma linha apareceu entre suas sobrancelhas suas sobrancelhas se juntaram suas sobrancelhas se ergueram ela levantou uma sobrancelha seus olhos a avaliaram os olhos dela perfuraram ele seus olhos examinaram seus olhos estudaram ela ficou boquiaberta olhou maliciosamente suas pupilas (estavam) dilatadas suas pupilas tremularam
NARIZ
seu nariz enrugou suas narinas dilataram ela empinou o nariz no ar ele cheirou ela fungou ele franziu o nariz ao sentir o cheiro
BOCA
ela sorriu sua boca se curvou em um sorriso os cantos de sua boca se levantaram o canto da boca dele se curvou um canto de sua boca se elevou sua boca se contraiu ele deu um meio sorriso ela deu um sorriso torto ele estampou um sorriso no rosto ela forçou um sorriso ele fingiu um sorriso o sorriso desapareceu o sorriso escorregou de seus lábios ele franziu os lábios ela fez beicinho sua boca se fechou ela uniu os lábios num pequeno bico sua boca formou uma linha dura ele apertou os lábios ela mordeu o lábio ele prendeu o lábio inferior entre os dentes ela mordiscou o lábio inferior ele mordeu o lábio inferior cerrou sua mandíbula sua mandíbula se tornou ainda mais definida sua mandíbula se contraiu ele cerrou o queixo seus lábios recuaram em um rosnado sua boca se abriu em surpresa ele semicerrou os lábios ele cerrou os dentes seus dentes rangeram seu lábio inferior tremia seus lábios tremiam seu lábio inferior tremulou seus dentes arranharam seus lábios
PELE
ela empalideceu sua pele encaneceu ela branqueou a cor desapareceu de seu rosto seu rosto ficou vermelho suas bochechas ficaram rosadas seu rosto adquiriu um tom avermelhado ele corou o rosto dele ficou avermelhado seu rosto ficou escarlate um rubor subiu em seu rosto
ROSTO INTEIRO
ele fez uma careta os músculos do rosto se franziram sua expressão estremeceu a expressão carrancuda veio à tona todo o seu rosto se iluminou sua face se abrilhantou sua expressão era indecifrável seu rosto se contorceu sua expressão se fechou sua expressão endureceu a admiração transformou seu rosto o medo cruzou seu rosto tristeza nublou suas feições o terror tomou conta de seu rosto o reconhecimento surgiu em sua face a desconfiança desenhou-se em seu rosto
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winterhelps · 1 year
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✧ 。 —  angst starters, part III
( part I ) ( part II )
❝ You don't care, you never did. ❞
❝ Stop pretending that you care about me. ❞
❝ I don't care about you/us. ❞
❝ Why do you care? ❞
❝ Why do you have to be so harsh? ❞
❝ What the hell are we doing? ❞
❝ I'm just trying to do the right thing. ❞
❝ So... you're leaving. ❞
❝ It's not easy, but you have to let me go. ❞
❝ Please, just leave me alone. ❞
❝ Fuck this, fuck you. ❞
❝ Why did you make me think that you loved me? ❞
❝ I thought you were the one... I guess I was wrong. ❞
❝ How can you act like nothing happened? ❞
❝ Because nothing happened. ❞
❝ Why are we still arguing about this? ❞
❝ This's bullshit. ❞
❝ I didn't think you'd have the nerve of coming here after all you've done. ❞
❝ I thought I knew you. ❞
❝ You never really knew me. ❞
❝ You left. ❞
❝ What did you expect me to do? ❞
❝ I waited for you. ❞
❝ I didn't wait for you. ❞
❝ We weren't meant to be. ❞
❝ It was always you. ❞
❝ How could you do this to me/us? ❞
❝ We were kids, we didn't know what we were doing. ❞
❝ How about we start over? ❞
❝ I can't pretend this didn't happen. ❞
❝ I never forgot. ❞
❝ Why me? ❞
❝ I thought you hated me. ❞
❝ I've always loved you, even when I hated you. ❞
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yeagrist · 7 months
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♡      𝗧𝗔𝗭  𝗦𝗞𝗬𝗟𝗔𝗥  𝗚𝗜𝗙  𝗣𝗔𝗖𝗞    ﹔      by      clicking      on      the      source      you’ll      find      #195      gifs      (      268      x      150      )      of      the      actor      taz  skylar    (      1995      )      as      sanji    in  one  piece    (      2023      )      ,      episodes  5  &  6          .      all      of      the      gifs      were      made      from      scratch      by      me      .      please      ,      like      or      reblog      if      you      plan      on      using      or      found      this      helpful      .      you      may      edit      these      into      gif      icons      for      personal      use      .      please      ,      don’t      claim      it      as      your      own      .            content      warning      :      fighting  ,  smoking  ,  partial  nudity    .            
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sequencegifs · 3 months
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ㅤ 𝐑𝐄𝐍𝐄́𝐄 𝐑𝐀𝐏𝐏 𝐆𝐈𝐅 𝐏𝐀𝐂𝐊 .
ㅤ ♡ㅤ in the source link you’ll find a payhip page with 224 gifs of renée rapp in various videos. all of the items were made from scratch by me, so check my /rules to see what you can and can’t do with my gifs. if you liked these, give it a reblog because it helps me out a lot.
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sakurajjam · 6 months
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COMO SE ORGANIZAR PARA RESPONDER UM TURNO!
Sinto que esse título pode ser meio estranho, porque todos sabem como responder um turno, ao menos, é o que estou garantindo aqui. Mas vou dar uma situação: você recebeu a resposta do turno, mas não sabe como começar a responder, de fato, abre o post e fica lendo e lendo, a criatividade não parece estar muito em alta… O que fazer? 
A ideia veio em uma conversa com um amigo, onde citamos a dificuldade em escrever as respostas das threads de forma “rápida”, que, às vezes, é possível demorar alguns dias para sair algo que nos agrade realmente, ou temos a vontade de responder, mas existe a falta de criatividade para tal. E não é um caso isolado, porque já escutei reclamações semelhantes e é por isso que estamos aqui, espero conseguir ajudar. Avisando que esse guia está cheio de cores, se te incomodar durante a leitura, me avise.
Os turnos aqui são curtos, bem bobos e não condizem com qualquer personagem que tenho por aí, ou seja, não passam de exemplos.
PASSO UM: LENDO A THREAD QUE RECEBEMOS.
Jasper tinha os fios curtos e colados em seu rosto, tudo por conta do suor que escorria devido ao sol forte contra sua cabeça, mesmo que coberta pelo chapéu, aquele calor infernal não estava contribuindo para sua vida naquele momento. Segurava o timão com força, tentando manter o barco firme no mar, seu pai contava consigo para levar a tripulação para o píer e todos seguirem juntos. “Almirante Adonias, nós precisamos de provisões para os próximos dias. A tripulação que está com meu pai é complicada.” Referiu-se aos homens mais velhos, aqueles que queriam comer ou beber até o mundo acabar. Os olhos miraram o garoto loiro ao fundo do convés, o reflexo dos óculos alheios quase atrapalhando sua visão. “Você consegue cuidar disso, por favor! Chame Niming se precisar de ajuda.”
PASSO DOIS: JUNTANDO OS PONTOS CHAVES.
Agora que o turno foi lido (independente de quantas vezes o fez), vamos pegar os pontos chaves que podem ajudar na resposta. “Como assim pontos chaves, Rinn?” Simples, se você não sabe como responder o que tem, junte detalhes que chamem sua atenção antes de sair escrevendo.
Qual a situação? Em qual situação estamos inseridos, onde o turno está se passando e tudo que acontece.
No exemplo: estamos em um barco, no mar e prestes a chegar em um píer. Não sabemos quanto tempo vai demorar ou a distância em si, mas sabemos onde estamos e podemos usar desses artifícios para criar o cenários.
Quem tá sendo citado? Para quem é a resposta e quais são as outras citações?
No exemplo: a resposta vai para Jasper (a capitã? a filha do capitão? o que ela é?), quais outras pessoas são citadas? O pai da mesma, o possível capitão. A tripulação. E temos uma nova citação “Niming”, quem é Niming? Você tem liberdade de dar uma função, um traço e até criar esse NPC, visto que a outra pessoa não lhe deu mais informações. 
Qual a posição do seu personagem no contexto da thread? Qual a relação entre eles? O que seu char é ali, qual sua relação com o outro personagem e por aí vai. Seja no 1x1 ou em uma comunidade, qual a relação entre os personagens?
No exemplo: Jasper e Adonias podem ser amigos, parentes ou apenas capitã e marujo. Você determina isso antes, na conexão/plot que fechou com o partner! Dependendo da relação, você pode escrever como o char se sente em relação a pessoa, veja abaixo.
O esfregão passava contra a madeira com afinco, querendo tirar uma mancha de óleo que constava ali. Era o tipo de coisa que muitos não gostavam de fazer, mas o loiro até que gostava, preferia manter tudo limpo ao seu redor. Conhecia Jasper desde os cinco anos, seus pais serviram juntos no exército e até fizeram parte da mesma tripulação, logo os filhos iam ser amigos de longa data e Adonias era muito agradecido por ser parte da tripulação da moça, ela sempre a salvou em todas as situações imagináveis, era sua melhor amiga, quase sua irmã de outra mãe. 
Vejam bem, foi relatado que Adonias e Jasper se conhecem desde pequenos, por isso, ele consegue falar com tanto carinho sobre a moça. Colocar coisas pessoais, sentimentos do char pelo outro e lembranças é uma boa forma de “encher linguiça” para que a thread não fique pequena ou coisa assim. 
O que vamos responder? Como fazer os diálogos? O que vai ser respondido de um char para outro?
Creio que as respostas sejam óbvias quando chegamos na questão do diálogo, basicamente só ler e colocar uma frase “aleatória” ali, mas que condiz com o que está sendo dito. Mas acho importante trabalharmos esse tópico também, principalmente para continuar o dinamismo do turno e não fazer o negócio morrer na praia, porque é complicado quando a gente manda recebe um turno e não temos uma continuação, uma outra fala para criar um novo diálogo. Meu intuito aqui é dar aberturas para que quando a Jasper responder, ela não se prender apenas no que começou. Vejamos o que foi dito no exemplo:
“Almirante Adonias, nós precisamos de provisões para os próximos dias. A tripulação que está com meu pai é complicada.” 
“Você consegue cuidar disso, por favor! Chame Niming se precisar de ajuda.”
Temos dois diálogos abertos, um sobre buscar provisões e outro que envolve um NPC, o que podemos responder? Existe algo que vai gerar mais diálogos? Podemos escrever mais? Todas as respostas dependem da nossa vontade na hora, vou dar duas opções de respostas, uma só respondendo o necessário e mantendo a conversa apenas nessa roda e a outra vai envolver o que já temos disponível + uma nova linha de conversa. 
PRIMEIRA OPÇÃO:
“Claro, capitã Jasper! Vou providenciar tudo que for necessário”.
“Vou chamar sim, porque toda ajuda é precisa para alimentar toda a tripulação… A nossa come bem, a dos nossos pais é ainda pior.”
Simples e usando apenas o que temos no primeiro turno, ou seja, o primeiro e o segundo diálogo. Quando a pessoa for responder, tem como continuar a conversa e aumentar, caso o partner deseje (acho importante, porque esse diálogo é muito simples e pode acabar com mais duas linhas, terminando a thread por aí mesmo, se não tiver mais movimento), é bom para todo mundo! Com “bom”, estou querendo dizer porque a) você respondeu b) tem espaço para seu partner continuar.
SEGUNDA OPÇÃO:
“Claro, capitã Jasper! Vou providenciar tudo que for necessário”.
“Vou chamar sim, porque toda ajuda é precisa para alimentar toda a tripulação… A nossa come bem, a dos nossos pais é ainda pior.”
“Inclusive, vamos usar outro barco? Acho que nossa doce Brisa Tropicana não vai aguentar um monte de gente”.
“Verdade. Estava esquecendo, parece que o Ycaro vai ficar no píer dessa vez, problemas familiares ou coisa assim. Ele já falou contigo?”
Temos as respostas da primeira opção e duas novas, que podem ajudar a sustentar a thread por mais tempo. Usei as mesmas cores, laranja e vermelho, para mostrar que correspondem aos dois diálogos que temos em aberto no jogo. Invés de esperar abrir um espaço para fazer tais comentários, optei por colocar de uma vez para que o diálogo entre Adonias e Jasper não morra na praia. Pensando no partner que pode ficar sem criatividade para continuar a “única conversa” presente no texto, por que não colocar mais falas? Por que não deixar seu personagem falar tudo que quiser, mas que, claro, se mantenha dentro do contexto que estão inseridos? 
Penso que ao adicionarmos mais diálogos em uma cena temos um leque de oportunidades, dentre elas, quero destacar: ideias para threads futuras, usando nosso exemplo inicial, a relação dos dois x os pais; a chance da thread durar muito mais e desenvolver ambos os chars, porque se não evoluirmos a cena, infelizmente, a thread vai ficar cansativa e monótona até que um dos lados queira encerrar e abrir uma nova, criando uma pequena bola de neve que pode incomodar, em determinado momento; e o mais importante disso tudo, você acaba desenvolvendo mais seu personagem, fazendo ele falar de vários “assuntos” e mantendo uma dinâmica confortável. Creio que ajude também na otimização de tempo, por que esperar sua vez de responder, de novo, para adicionar outro diálogo, quando se pode fazer enquanto for sua vez. Isso pode ajudar até seu partner a ter mais musing para responder em seguida! 
Nada mais justo que mostrar o turno final para vocês, visto que o comecei e fiquei empolgada em escrever. Estarei usando a segunda opção de diálogos, pois gosto de fazer muitas conversas em uma única resposta. 
O esfregão passava contra a madeira com afinco, querendo tirar uma mancha de óleo que constava ali. Era o tipo de coisa que muitos não gostavam de fazer, mas o loiro até que gostava, preferia manter tudo limpo ao seu redor. Conhecia Jasper desde os cinco anos, seus pais serviram juntos no exército e até fizeram parte da mesma tripulação, logo os filhos iam ser amigos de longa data e Adonias era muito agradecido por ser parte da tripulação da moça, ela sempre a salvou em todas as situações imagináveis, era sua melhor amiga, quase sua irmã de outra mãe. “Claro, capitã Jasper! Vou providenciar tudo que for necessário”. Garantiu sorridente, apoiando o queixo contra a base do esfregão, a citação da tripulação mais velha o fez suspirar, teriam trabalho mesmo até chegarem ao destino final. “Vou chamar sim, porque toda ajuda é precisa para alimentar toda a tripulação… A nossa come bem, a dos nossos pais é ainda pior.” Brincou rindo, quase gargalhando antes de voltar o que fazia, esfregando o restante do espaço ou quase isso, porque voltou a olhar a amiga, muitas ideias e dúvidas. “Inclusive, vamos usar outro barco? Acho que nossa doce Brisa Tropicana não vai aguentar um monte de gente”. Bateu a destra, delicadamente, sobre a borda de madeira, amava aquele barco com sua vida já que foi o primeiro que a jovem tripulação conquistou e que o rapaz cuidava com tanto amor. “Verdade. Estava esquecendo, parece que o Ycaro vai ficar no píer dessa vez, problemas familiares ou coisa assim. Ele já falou contigo?”
PASSO TRÊS: CONSIDERAÇÕES FINAIS E MUITO BLAH BLAH.
Antes de continuar, quero reforçar que não estou impondo regras para como você deve responder seu turno, mas creio que ter uma base/ajuda para traçar o pensamento da resposta pode ajudar; pessoalmente, ia adorar ter algo assim quando comecei na tag e tinha problemas em responder os jogos. 
Esse é um método simples para te ajudar a pensar e elaborar uma resposta que te agrade, se for mais ou menos é seu critério; não se force a responder quando não tem pique para tal, porque é muito comum fazermos respostas no automático e depois de arrepender, claro que podemos alterar após o envio, mas se não der tempo, vai se lamentar, um pouco, sobre não ter pensado melhor ou feito de outra forma. 
Agora que as dicas foram dadas, vamos recapitular os pontos importantes, como um mini roteiro para te ajudar a responder seus jogos. Do fundo do coração, espero que esse guia ajude alguém a responder uma thread! Mas vamos recapitular, recebemos o turno, mas a criatividade faltou, então vamos salvar em algum lugar ou marcar que temos um turno para responder - caso seja no discord ou dm, porque se for no tumblr, você pode colocar nos rascunhos. Leia o turno de novo, quantas vezes for necessário para que algumas ideias surjam em sua mente. Na administração, temos um termo chamado BRAINSTORMING, que é uma chuva de ideias que são lançadas em uma discussão e você pode ter isso ao ler uma thread; quando acontecer, anote o que está pensando. “Posso colocar essa frase, enaltecer esse detalhe” e por aí vai, se achou interessante, anote! Mesmo que descarte ou altere depois. Mas vamos fazer um roteiro com tudo que aprendemos.
Após ler e fazer algumas anotações, pense qual a situação que o turno está ocorrendo. Qual o local? Como ele é? Existe alguma distância de um espaço para outro? Existem outros locais, que ainda não foram explorados? Perguntas nesse estilo podem ajudar a verificar a situação que os personagens estão.
Além do seu char e do parceiro, temos outras pessoas sendo citadas? Seja em um comentário, contando algo que ficou sabendo de fulano, até uma aparição breve de ciclano no espaço. É um NPC e é muito bom utilizarmos deles para construir uma cena.
Qual a relação entre os personagens? Eles são conhecidos, amantes, amigos de longa data, desconhecidos, etc. Me diga, o que são um para o outro? Quais os sentimentos do seu char sobre aquele que está junto? (É uma boa forma de “encher linguiça” e fazer um turno maior, mas que, ainda assim, dê um desenvolvimento legal e não pareça tudo jogado ali).
Quais são os diálogos apresentados no texto base (enviado pelo partner)? Como você pode continuar a conversa? Rascunhar ideias de resposta pode ser muito útil, talvez você não use nenhuma delas por ter uma nova ideia na hora de responder, mas é bom ter opções.
Outro ponto: saber quando acabar um diálogo e começar um novo, ou até retomar algo de outras threads (se já tem mais que uma). Ter essa flexibilidade e tato sobre as conversas do seu jogo, não insistir em algo que vai ser robótico. 
Sei que anotar tudo pode ser cansativo, até inútil, porque é só ir lá e responder invés de ficar pensando, mas um turno é quase como uma cena de filme/série, onde existe um roteiro. Nós podemos negar esse ponto, mas quando respondemos algo, acabamos pensando com antecedência antes de escrever… Apagamos, mudamos palavras, caçamos termos novos. Isso não é fazer um roteiro? Rascunhos existem e sei que muitos fazem, não é regra, mas isso pode ajudar muito na hora de escrever. Não só para joguinhos em um rpg, pra vida mesmo, uma redação, um artigo científico ou o que for, ter um rascunho é ótimo, porque você consegue mudar até estar satisfeito. Livros não são escritos de uma vez, os autores fazem inúmeros rascunhos, um capítulo pode demorar meses para ficar agradável e chegar na versão que é impressa, então, me digam com sinceridade, por que os turnos precisam ser diferentes? Por que precisam ser tão imediatos? Recebeu e respondeu. Não tem problema gostar disso, eu mesma já fiz inúmeras vezes, mas não sem fazer um breve rascunho, ao menos, um mini roteiro do que vou colocar ali. 
Parece surreal estar falando isso, porque parece que estou falando coisas fora da caixinha ou que rolam apenas no meu pessoal… Mas quero trazer uma nova visão para quem desejar aceitar. Já tive muitos problemas com meus turnos, tinha vergonha e raramente ficava satisfeita… Tenho threads que nem gosto de ler novamente, por vergonha, por saber que podia ter escrito melhor e ter dado mais abertura para meu partner. Tudo que estou falando é para mostrar um caminho de aprimoramento, não na escrita ou na organização, isso vai de cada um e no seu tempo, o aprimoramento é mental, da minha ‘neura’ em saber que podia ter feito melhor; seguindo isso, de um jeito ou de outro, vou acabar satisfeita. 
Eu bati muito na tecla sobre os diálogos e sinto que pode abrir a discussão de turnos grandes x médios x pequenos. Isso não importa muito, como o meu amigo @hwares já mostrou em seu guia, menos pode ser mais! Muitos diálogos ou ações não vão tirar seu estilo de turno, tem como fazer algo pequeno/mediano com muitos diálogos e poucas ações (um face to face/f2f, por exemplo), assim como é possível fazer as famosas bíblias com muitas ações e poucos diálogos, ou vice versa, talvez até algo balanceado entre ambos os polos. Inúmeras possibilidades, basta tentarmos, dar o primeiro passo. Existe beleza nos menores e maiores jardins!
E acabamos por aqui, espero mesmo ter sido útil e chat/inbox estão sempre abertos para vocês. Qualquer coisa que surgiu enquanto lia esse guia, por favor, me deixe saber, se concorda ou discorda do que foi dito, pode me falar. Eu curto receber feedback. 
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grandsiliato · 10 months
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TEMPLATE SET GLAMOROUS
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⠀⠀⠀If in doubt, send me a DM ⠀⠀⠀Qualquer dúvida, me mande uma DM ⠀⠀ENGLISH ——— IMPORTANT 1. don’t repost/reupload 2. don't reuse my resources 3. don't claim it as yours 4. personal use only 5. credit is MANDATORY ⠀⠀⠀⠀⠀@GRANDSILIATO on twitter ⠀⠀ENGLISH ——— INCLUDES 1. 1 icon template ( different elements ) 2. 1 header template 3. 5 textures 4. PSD COLORING EMERALD by GRANDSILIATO ⠀⠀DOWNLOAD ⠀⠀⠀ Buy it on PAYHIP ⠀⠀⠀ Se você for BR, me mande uma DM no Twitter. ⠀⠀⠀ ( é gr*tu*to )
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hwares · 6 months
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#001 | O Mais no Menos: um guia para turnos pequenos!
Hala, forasteiros! Vocês sabem qual a diferença entre turnos pequenos e turnos grandes? Pois eu irei te contar… nenhuma! Ou melhor, só uma: preferência.
Um turno nunca deve ser adjetivado em bom ou ruim baseado em seu tamanho. Sinceramente, escrita nenhuma deve ser considerada boa ou ruim baseada na quantidade de caracteres que possui. Como escritores e players, é importante sabermos disso: tamanho é somente questão de estilo. Alguns precisam de mais caracteres para se expressar, outros menos. Contudo, os clichês estavam certos, tamanho não importa!
Há outros detalhes que devemos prestar atenção quando estamos escrevendo. E é isto que iremos explorar hoje: como fazer mais em menos.
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Prefaciarei este guia — ou extenso palpite, como preferir — com a seguinte mensagem: não estou tentando ditar regras sobre como jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)!  Minha única intenção com este guia é oferecer algumas dicas e mostrar que você pode escrever pouco se quiser: não precisa se descabelar ou pensar que seu turno é ruim só porque o fantasma de Victor Hugo não o agraciou numa madrugada de natal. Da mesma forma, não precisa pensar que seu turno é ruim só porque você escreveu Os Miseráveis versão de colecionador. Toda escrita é válida.
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INTRODUÇÃO
Às vezes nos remoemos pensando que nossos turnos estão ruins ou “pouco elaborados” porque não atingimos aquela lauda de 1200 caracteres. Mas vou contar uma verdade: algumas de minhas interações favoritas aconteceram com turnos pequenos! Uma delas, inclusive, é uma thread com turnos de menos de 600 caracteres! Não há vergonha nenhuma ou menos mérito em um turno pequeno. 
Honestamente, sou daqueles que não consegue calar a boca quando começa a escrever. Meus turnos costumam se estender por parágrafos e parágrafos; entretanto, há vezes em que escrever muito não é palatável. Seja porque a proposta da interação não abre espaço para discorrer ou porque não estou a fim — saber escrever muito em pouco é uma habilidade que todos deveríamos ter. 
Mas como fazemos isso? Primeiro, vamos começar definindo o que são threads. 
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AS DEFINIÇÕES
Acho que todos podemos concordar que threads seguem uma estrutura que pode ser resumida em ação e reação. O primeiro turno de uma thread sempre conterá a ação principal — o acontecimento que irá engatilhar a interação —, enquanto as repostas conterão as reações: as consequências daquela primeira ação e suas ramificações. 
Seguindo esse raciocínio, e emprestando (e brincando com) termos técnicos, podemos pensar em threads como cenas e turnos como beats. Simplificando, beat é uma unidade usada em roteiros para marcar pedaços onde há progresso numa cena — turnos possuem a mesma função. Todo turno que escrevemos movem a cena (ou a thread) de, pouquinho em pouquinho, em direção a um objetivo. Vamos chamar esse progresso de desenvolvimento. E, por sua vez, definiremos um turno bom como aquele que nos rende desenvolvimento. Ou seja, o bom turno é aquele onde conseguimos mover a cena para frente. 
E como fazemos isso? É importante lembrarmos que roleplay não se joga sozinho. Logo, “render desenvolvimento” significa que nossos turnos conseguem explorar nossas muses, dão margem para que nossos partners desenvolvam as deles e, também, desenvolvem a dinâmica e relacionamento entre as muses. 
São muitas definições, mas pensar dessa maneira nos ajudará a estabelecer uma base para dissecarmos os turnos e observar os elementos que os formam e, como consequência, compreender como podemos nos certificar que nossos turnos pequenos (e até os grandes!) são bons. 
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OS ELEMENTOS
Há três elementos essenciais em um turno e dois opcionais. Vamos começar pelos essenciais:
(01) AÇÃO
Como mencionado, threads são estruturas de ação e reação; logo, não há como ter turnos sem ações. Isso é óbvio, eu sei. Mas, precisamos pensar em quais ações são indispensáveis para turnos. Posso escrever que minha muse comprou um pão, mas será que isso atribuirá em alguma coisa?  Sempre iremos precisar de dois tipos de ação em nossos turnos: as que instigam reações (reativas) e as que movem a cena (funcionais). Elas podem se interligar, mas são diferentes.  Ações reativas são aquelas que servem para interagir, diretamente, com as muses de nossos partners. São movimentos que envolvem a outra muse, que pedem por sua reação. É um olhar na direção da muse, pegar em sua mão, oferecer um objeto, etc.  Ações funcionais irão movimentar a cena. Mas o que isso significa? Significa que são as ações que nossas muses tem com o ambiente onde estão inseridas, ações que demonstram suas caracterizações. Pense que (para não dizer nunca), raramente, estamos parados apenas ouvindo outra pessoa falar, por exemplo — estamos mexendo na barra da camisa, observando o chão, sentindo o cheiro de um pãozinho. Você pode não perceber, mas esses movimentos além das interações com a outra muse ajudam a fluir o turno.  Nossos partners podem, também, reagir às ações funcionais. Eles podem notar movimentos que nossas muses fazem e, eventualmente, as ações funcionais irão ocasionar ações reativas. 
(02) NARRAÇÃO 
Lembra o cheiro do pãozinho que nossa muse sentiu? É na narração que iremos dizer que aquilo resultou em um estômago roncando, ou que nossa muse, na verdade, odeia pão. São os sentimentos, detalhes e, mais importante, são as reações. É na narração que lidaremos com as ações reativas que nossos partners escreveram! Sim, os elementos se misturam e se interligam: você pode (e terá!) ações dentro da narração e do diálogo, assim como diálogo dentro da narração e vice-versa. É muito importante lembrar disto. 
(03) DIÁLOGO
Por fim, temos os diálogos! Os diálogos são a junção de ambos os elementos acima: eles servem para estabelecer e desenvolver relações. É muito importante mantermos em mente que diálogos são uma espécie de ações reativas — precisamos projetar em nossas mentes, até um certo ponto, como as muses irão responder a eles quando os escrevemos. Posso escrever um diálogo onde minha muse diz “Meu pai morreu” em resposta a um “Tudo bem?”, entretanto, se o meu muse e o de meu partner não possuírem nenhuma conexão… como a muse dele poderá responder? Entende?  Quando escrevemos pedaços de diálogos em nossos turnos, é necessário que consideremos as conexões estabelecidas, o fluxo da interação, onde a cena está localizada e para onde ela está indo.
Os elementos opcionais, por outro lado, são:
(04) DESCRIÇÃO
São aquelas partes que dedicamos a descrever os ambientes, as aparências de nossas muses, etc.
(05) EXPOSIÇÃO
Lembra que nossa muse odeia pão? Então, é na exposição que contaremos o porquê (ela teve intoxicação alimentar aos doze anos por causa de um peito de peru fora da validade). São os detalhes que adicionamos para oferecer maior caracterização ou desenvolver os pensamentos de nossas muses, justificar suas ações, discorrer sobre características… enfim. Serve de muitos propósitos, mas não são essenciais em todo turno — ou são, se esse for seu estilo! E não há problema nenhum.
Agora que pensamos nos elementos que compõem um turno, vamos observar alguns detalhes para entendê-los melhor e conversar, propriamente, sobre como podemos utilizá-los de maneira a definir um turno como bom.
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OS EXEMPLOS E AS DICAS
(*) Esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia. Assim perdão se estiverem meio… sabe. lmao.
Para referência: Ação / Narração / Diálogo / Descrição / Exposição.
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Escondido nas sombras do beco, Mangi aguardou os homens com distintivos sumirem na esquina antes de caminhar para a rua principal. Canalhas persistentes. Cuspiu no chão, expelindo o azedume que a presença deles causavam em seu ser. Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar. Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos. Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário. Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.
Como podemos ver, os elementos se interligaram bastante: temos ações dentro da narração no princípio, então narração dentro das ações ao meio. Este é o turno inicial. Perceba que, mesmo diálogo sendo um elemento essencial, ele não apareceu — algumas vezes eles podem ser substituídos por ações reativas! Mas são em casos bem específicos. Por esse ser o primeiro turno da thread, em vez de iniciar a interação com um diálogo, optei por iniciar usando reação reativa e narração. Como? Vamos analisar por partes.
[Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar], [Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário.] Essas são ações funcionais. Como pode ver, elas estão movimentando a cena, assim como agregando à ambientação onde a interação irá ocorrer. Essa segunda também poderia servir como uma ação reativa caso a muse de meu partner (que não existe) estiveses sentada dentro do bar (mas veremos que não está…).
[Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos.] A exposição nos dá uma informação que não é necessária para a cena em questão, mas justifica e incrementa a ação anterior.
[Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. ] Aqui a narração serviu para incluir um detalhe importante sobre o personagem: é um procurado.
[Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.] Esta é uma ação reativa que serve para engatilhar a interação. Coloquei o personagem num ponto fixo, o dei um movimento que pode ser interceptado ou reparado.
Vamos ver uma resposta para esse turno.
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Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente, abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto. Naquele horário, haviam restado somente os regulares sentados às mesas. Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. Bebiam em silêncio, com mãos curvadas nas bordas das mesas, prontas para alcançar as armas em suas cinturas. Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. Ou era atrevido ou estúpido — embora não houvesse muita diferença naquelas bandas. “Hora, não é sempre que temos forasteiros.”Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”
[Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. ] Como podemos ver, esta narração está reagindo à ação reativa do primeiro turno! Joong está ouvindo o momento em que Mangi entra no bar, embora não saiba disso.
[Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente], [Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. ]. Ações funcionais, aproximam e o inserem na cena.
[abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto.] Viu como é um elemento não necessária mas adiciona uma informação interessante? Nos faz pensar o que era aquela fotografia, porque ele a deixou ali, porque estava queimada… esse fato pode ser retomado mais tarde, ou pode ser mais elaborado! E é este ponto que quero reforçar: a exposição é a parte que desenvolvemos mais quando queremos "elaborar mais" nossos turnos. Mas, obviamente, é uma coisa relativa: se aumentamos a quantidade de exposição, também aumentamos as ações reativas. Vamos explorar isso mais ao fim do guia.
[Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. ] Ação reativa. Joong está reagindo a presença de Mangi (e perdoem o god-modding mas eu precisava de um exemplo, haha).
[“Hora, não é sempre que temos forasteiros.” Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”] Por fim, vemos o diálogo! É uma pergunta simples e conta com uma ação funcional.
Agora, vamos observar outras duas respostas. Mas, dessa vez, tente você reconhecer os elementos!
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Virou sua bebida em um gole, terminando-a. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia; não precisava de mais. Balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, ainda não o olhando.
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“Infelizmente para você, sou eu quem decido isso.” Joong sorriu de escanteio, apoiando a cintura contra o balcão. “E, nesse momento, você me parece com alguém que procura problemas.” Similarmente ao outro, virou sua bebida em um único gole. Então, colocou o copo sobre o balcão e gesticulou para que a bartender fosse para os fundos, ignorando o estranho. “Não vou repetir minha pergunta.” Disse, a mão deslizando para a arma em seu quadril.
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Se você analisou como acima, percebeu que somente há narração, ação e diálogo nessas respostas. Veja, mesmo sendo mais curtas, elas continuam a manter o dinamismo e desenvolvimento da cena.
E, graças aos elementos adicionados anteriormente, possuímos um ambiente inteiro para explorar! Por exemplo, algumas opções de desenvolvimento que poderia ocorrer em seguida são:
Mangi colocar seu copo sobre o balcão com um suspiro derrotado por perceber que não conseguirá ficar em paz ali e, por fim, responder a pergunta.
Mangi reagir alcançando a própria arma e, Joong, por sua vez, retomar em sua resposta os outros regulares do bar se levantando ou sacando as próprias armas em sua defesa.
Mangi acabar por encarar Joong e esse perceber que é o foragido que está no pôster!
O mais legal? Todas essas três opções podem ser exploradas unicamente através de narração, ação e diálogo. No fim, o importante não é o tamanho, é a presença desses elementos que vão determinar se uma cena irá fluir e se desenvolver. Percebem que possuir apenas três elementos e pouquíssimos caracteres não tirou o mérito da interação? Ela ainda está servindo para o desenvolvimento das muses!
Mas vamos supor que você realmente quer dar aquela incrementada no seu turno, adicionar umas coisinhas… como faria isso? A maneira mais fácil de fazer isso seria adicionando mais exposição; a mais elaborada adicionando ambas exposição e descrição. Mas, como dito anteriormente, você não pode fazer isso sem aumentar a quantidade de ações: tanto as reativas quanto as funcionais. Assim como a narração e o diálogo! Lembre-se, esses três elementos são essenciais! Vamos modificar um dos exemplo. Novamente, quero que você mesmo marque os elementos.
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. Continuou a fitar o balcão, reparando na poeira e nódoas em diferentes colorações que acumulavam nas rachaduras da madeira refletindo a idade e higiene do local. Torceu o nariz, retornando sua atenção ao seu copo. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Respondeu com amenidade. Virou o álcool em seu copo num único gole, não se dando tempo para pensar demais nas marcas no fundo do vidro. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia. Hoyun aparecera no momento certo naquela manhã para salvar sua bunda de ser apreendida. Não sabia como os policiais haviam descoberto que estava se abrigando na estalagem, embora imaginasse que Young pudesse ter algo a ver com isso — nunca devia ter penhorado o relógio que roubara de Hojong com ele. O homem possuía uma boca tão grande quanto a lista de crimes de Mangi. Com um suspiro, balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, recusando a encará-lo. A figura do outro estava borrada em sua visão periférica, mas conseguia notar o suficiente para decifrar que era o big boss do pedaço. Conseguia ver as expressões ansiosas dos outros regulares sentados próximos do bar, a maneira como encaravam o outro com expectativa. Aguardavam uma ordem, um julgamento. Deixou um suspiro exasperado escapar seus lábios. Esperava que Hoyun não demorasse muito. “Pode me chamar de Hojong.”
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Conseguiu percebê-los? Ainda está pequeno, entretanto, vê como adicionar mais exposição ajuda a expandir a dimensão do turno? Entretanto, se adicionarmos exposição demais podemos acabar por esquecer de oferecer margem e gatilhos para nossos partners explorarem também — assim, tome cuidado!
Se quiser, como exercício, você pode tentar expandir a segunda resposta do Joong! Eu adoraria ver!
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E assim, concluo este tutorial de turnos pequenos que ficou… grande. Como disse uma querida amiga "ironia do destino"! Espero que tenha ajudado ou contribuído de alguma forma em sua jornada rpgística!
Sem mais delongas,
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fruitaes · 11 months
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plots baseados em taylor swift : lover !
aproveitando a vinda da maior de todas para o brasil e minha incapacidade de comprar ingresso para o show ( estão ouvindo meu choro ? ) criei uma lista com seis plots baseados na era lover da loirinha ! todos os plots tem como fonte : vozes da minha cabeça . por isso podem soar aleatórios em alguns momentos . mesmo assim , espero que possam gostar , utilizar e se divertir com as ideias aqui escritas ! caso achem uteis , irei pedir apenas para darem like e reblogarem , se puderem , é claro ❤️
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cruel summer — após o término de um namoro , muse a é apoiado a superar todas suas mágoas com muse b , com qual mantém uma amizade de anos . entretanto o que se inicia com idas em boates e criação de perfis no tinder , termina com beijos e amassos no banco de traz de um carro . muse a sempre foi alguém romântico , o tipo de pessoa que sentia tudo profundamente , mas muse b era o seu completo oposto , saindo com pessoas diferentes a cada semana , sem uma visão definida de relacionamento . mesmo assim , houve um acordo explicito : ninguém iria se apegar ao que tinham , eles não eram nada a mais que uma curtição , pois logo poderia acabar . mas era possível resistir aos encantos de muse b ? não para muse a . a cada dia que se passava , sentia que estava se afundando mais em um buraco de não poderia sair tão cedo e o combinado que outrora haviam feito , estava se perdendo em meio aos momentos que viviam .
lover — em uma noite de dezembro , muse a , que está no inicio de sua carreira na musica , é parado por muse b após um show em um bar vazio . embora nunca estivessem estado frente a frente , muse b admite que esteve durante o último mês acompanhando cada show de muse a naquele bar e convida para tomar uma bebida consigo . de corações vazios e ocos à cheios de romantismo e esperança , toda a noite passa em um piscar de olhos , terminando com conexões mais intensas do que qualquer um dos dois haviam sentido anteriormente . porém muse a não ficará na cidade por muito mais tempo e se planeja mudar ao iniciar de um novo ano , afim de iniciar uma vida nova , com mais oportunidades para sua carreira . e é em um momento de loucura e romantismo onde se pergunta : muse b iria consigo nessa viagem sem rumo ?
the archer — traumas são o bastante para destruir uma pessoa . se alguém sabe que o mundo não perdoa ninguém , essa era muse a . sempre lutando para sobreviver , sua vida era o completo oposto de muse b , a quem nunca precisou implorar por nada em nenhum de seus anos lembrados . por isso , quando o relacionamento começa , quase claro que as brigas são geradas pela incompatibilidade de ambos . muse a não consegue crer em uma relação descomplicada e simples , não consegue acreditar poder ser amada , não consegue sobreviver sem buscar alguma falha em muse b , afinal o que lhe ensinaram era aquilo : todos tinham seus lados sombrios . já muse b acredita em amores fáceis , sentimentos intensos e duradouros . não consegue se ver deixando muse a , nem durante os momentos mais difíceis , nem durante as brigas mais intensas . e por isso , sem estarem dispostos a abandonar um ao outro , precisam achar uma forma de sobreviver sem permitir que as inseguranças destruam o que tentam construir .
miss americana & the heartbreak prince — muse a e muse b se conheceram ainda no tempo da escola . conhecidos como rei e rainha do baile , os dois possuíam o tipo de romance que todos invejavam e desejavam ter , o tipo de romance que iria durar para sempre . e de fato , por um tempo durou . muse a virou uma modelo reconhecida , sempre pousando para os flashs nas melhores revistas e muse b se tornou um jogador de grande time de futebol . o casal desejado da escola se tornou o casal desejado do publico . mas a vida de ambos era corrida , sem que nenhum quisesse abrir mão de seus sonhos . e , é claro , quando se estão tão afastados um do outro , é quase óbvio que boatos vão surgir . afinal , todo mundo viu quando muse a foi para aquela festa com um ator que começava a ganhar reconhecimento , não é ? os tabloides não perdoam ninguém , fofocas cruéis começam a se espalhar . como muse b não viu o que estava para acontecer ? as mentiras ganham mais forças que a verdade , o afastamento de ambos é quase instantâneo . muse a não o traiu . mas se todos falam uma mentira , parece que ela começa a se tornar verdade . e agora , com uma confiança abalada , muse a e muse b precisam buscar formas de se reestabelecerem e recuperarem o amor de anos que agora se encontra machucado .
afterglow — muse a não sabe amar alguém destruir . não importa o que faça , o quanto tente , nunca foi capaz de construir algo sem machucar a outra parte . muse b é o tipo de pessoa que se apega facilmente , construindo uma dependência pouco saudável em seus relacionamentos . não são os tipos de pessoas que deveriam se envolver . mas como se a água chamasse pelo fogo , eles se conheceram e se encontraram , e então muse b estava pronto para ser consumido por muse a . aos primeiros encontros , sentiam que poderiam sobreviver toda uma vida juntos tendo somente um ao outro ali . entretanto o sentimento doce logo foi se tornando amargo , criado através de brigas e desavenças , lágrimas grossas e palavras amargas . mas em meio a toxicidade , muse a vê algum sentimento diferente ser criado em seu peito e , durante mais uma briga , decide que não quer perder muse b . por isso , se vê então disposto a mudar toda a sua história , enfrentar seus defeitos para que assim consiga se manter firme naquela relação .
paper rings — muse a faz parte da alta sociedade , sempre usufruindo dos desejos mais restritos , comparecendo as melhores festas e utilizando das melhores marcas . muse b é artista de rua , nunca conheceu metade dos luxos de muse a , suas roupas são de segunda mão , suas festas são em bares de esquinas em sua rua e prefere restringir os seus prazeres pelos dos outros . durante um bico de segurança , muse b acaba esbarrando com muse a que fica completamente fissurada pela aparência alheia . após noites em claro de pesquisas no instagram , consegue localizar o perfil que equivale a muse b . não demora tanto para que mande uma mensagem , ignorando tudo que sempre havia sido ensinada . o problema é que muse b não faz ideia de quem seja muse a ! ou , pelo menos , finge não saber durante as primeiras interações . veja , não é somente muse a que se encanta no primeiro esbarrar . é então que , primeiros encontros em locais ilegais , saídas em carros baratos e grafites em muros particulares se tornam o tipo de vida que estão dispostos a ter . muse a se vê disposta a abrir mão de tudo que tem por muse b , mas será que isso é mesmo necessário ?
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claricelispctor · 1 year
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GUIA DO SOBRENATURAL: criaturas não-humanas e como explorá-las.
TEMA DO POST: bruxas.
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Oi, pessoal! Me foi pedido no particular sobre dicas de criaturas que não fossem vampiros, lobisomens ou qualquer coisa do gênero para desenvolver, tanto em real life quanto em roleplays e escritas naturalmente sobrenaturais. Por isso, decidi fazer uma coleção com esse tema aqui no meu blog e vou estar atualizando conforme for possível. Vocês podem deixar dicas, sugestões ou até pedidos na minha inbox que serão atendidos. Junto com os temas abordados, vou deixar também links de fácil leitura e acesso para que possam aprender um pouco mais, bem vibe pesquisa da oitava série, até os mais complexos. Ah, e se for útil de alguma maneira, não se esqueça de reblogar e deixar o like para atingir mais pessoas.
I. O QUE SÃO BRUXAS.
As bruxas ficaram populares na Idade Média quando, com a Santa Inquisição, a igreja Católica passou a perseguir diversas mulheres acusando-as de serem contra a vontade de Deus por fazerem poções curativas, impedindo o curso natural da morte e até mesmo por suas aparências, deficiências e menstruação. Absurdo? Sim, mas é o que regime até então comandado por homens e glorificando o gênero cis-masculino como o único puro e possível para governar avançava. Com isso, as mulheres foram assassinadas por meios de enforcamento, linchamento, afogamento e a famosa fogueira, muito popular especialmente em contos e em histórias reais como na cidade de Salem, nos Estados Unidos.
Apesar da história trágica por detrás, as bruxas passaram a ser exaltadas e celebradas pela sociedade moderna através da literatura, música, cinema e televisão, mostrando ambos os lados do que são as bruxas no mundo fictício, especialmente com os movimentos Iluminismo e Humanismo. Ambos trouxeram a questão científica como verdade e trouxeram discussões filosóficas intensas que enterraram a questão de bruxas serem algo de má-fé, mas algo da ciência, medicina e fé puras.
Espiritualmente, as bruxas geralmente são politeístas, acreditando em vários deuses que cumprem com seus pedidos e bençãos, ou simplesmente são as próprias deusas. Como exemplo, temos as deusas Circe e Hécate (mitologia grega), Gullveig (mitologia nórdica), Yuki-oona (lenda japonesa), Baba Yaga (lenda polonesa) e deusa Ísis (mitologia egípcia).
Em qualquer situação, são sempre vistas em um coven, ou seja, clã, onde há uma entidade central (sendo a bruxa ou uma divindade) e seus seguidores, servindo às magias diferenciadas, podendo ser estes seguidores amigos da feitiçaria e bruxaria ou domadores dos poderes.
II. MAGIA DA LUZ E ESCURIDÃO.
As magias da luz e escuridão são as que mais são usadas pelas bruxas na literatura, sendo consideradas do bem e do mal. Ambas são de diversas utilidades para o que se propõe, e podem ser antagonistas de si mesma, como por exemplo: curar doenças ou causar doenças.
DICA DE OURO: Nos termos da tradução literal, black magic acabou sendo magia negra, mas devemos com urgência parar de usar esse termo uma vez que se torna um tanto pejorativo na língua portuguesa e, de fato, é associado às religiões de matriz negra que sofrem perseguição e preconceitos severos no Brasil. É claro que no mundo afora há menos situações, mas várias sátiras já foram realizadas como no seriado Todo Mundo Odeia O Chris (descrição da cena dita por Rochelle, mãe do protagonista, quando seu filho do meio se interessa por praticar ilusionismo inspirado em um mágico do qual é fã: “Não quero saber de magia negra, apenas da boa e velha magia branca.”). Deu pra entender? ;)
Voltando às explicações, aqui vão algumas adaptações que encontrei na internet:
��� MAGIA DA ESCURIDÃO:
Usa do manejo de forças sobrenaturais com intenções e processos malévolos. É qualquer tipo de magia que se utiliza da sombra, e não da luz, para alcançar seus objetivos. O manejo dessas forças é realizado de várias maneiras por aqueles que creem em sua possibilidade e eficácia, que vão desde a performance de rituais, complexos cerimoniais quanto a gestos.
Na terminologia dualística conhecida como caminho da mão esquerda e caminho da mão direita ou via sinistrae e via dexterae, respectivamente, a magia da escuridão seria a simbólica "mão esquerda". Não raro, alguns críticos hoje concluem que o termo magia negra é mais utilizado como um pejorativo para qualquer prática mágica que um determinado indivíduo ou grupo que pratica magia desaprovam.
FONTE: Religião Contemporânea Satânica: uma crítica antológica, por Jesper Petersen (via Wikipédia).
↝ MAGIA DA LUZ:
Magia branca tradicionalmente faz referência ao uso de poderes sobrenaturais ou magia para fins bons e altruístas. No que diz respeito à filosofia das vias esotéricas, a magia branca é o lado benevolente contra o lado maléfico da magia da escuridão. Por causa de seus laços com o tradicional culto pagão à natureza, a magia branca também é frequentemente referida como "magia natural."
Muitas das tradições da magia branca ao culto inicial dos "deuses e deusas da fertilidade e da vegetação que eram geralmente adorados em templos no topo de colinas" e eram "atrativos para uma raça nômade estabelecendo-se a uma vida agrícola". Enfoca em particular nas tribos nômades de língua hebraica e sugere que os primeiros judeus viram o culto de divindades mais em termos de atavismo do que ao mal. Foi somente quando o Império Romano, politeísta e pagão, começou a se expandir que os líderes judeus começaram a se manifestar contra essas ideias.
FONTE: A História da Magia Branca, por Gareth Knight (via Wikipédia).
III. OBJETOS E MAGIAS.
VASSOURAS: é conhecido que as bruxas se transportam por vassouras e vemos isso em diversos filmes e outros retratos que englobam o mundo bruxo. Segundo o Mega Curioso, a razão pela qual as bruxas aparecem voando sobre vassouras, basicamente, tem a ver com o uso de substâncias alucinógenas. As bruxas costumavam fazer preparados com várias ervas que as deixavam muito alteradas (que também é como descobriam as propriedades dos produtos naturais que usavam), e misturavam suas receitas que vamos falar mais sobre abaixo.
POÇÕES: como dito, as poções eram na verdade as medicinas criadas pelas mulheres bruxas. Na verdade, as propriedades eram intencionalmente medicinais e até mesmo curiosas, mas sabemos que a toxicologia de algumas coisas como fungos, plantas podem ser bastante alucinógenas e até mesmo fatais. Através de lendas e histórias, as poções foram se consolidando como algo das bruxas, podendo ser para bem ou mal.
COLARES E ACESSÓRIOS: os colares de bruxas sempre são representados como um símbolo de proteção, ameaça ou até mesmo louvor para o deus que seguem. As bruxas foram se tornando cada vez mais vaidosas com os retratos ao longo dos tempos, mas a verdade é que os acessórios sempre são assegurados de alguma pedra sagrada, feitiço, e servem de muita utilidade. É claro que não tem o menor problema serem destinados unicamente por vaidade.
APARÊNCIA: bruxas sempre são retratadas como excêntricas, diferentes, atípicas. Tudo isso puxa a conversa de cima, que inicialmente eram mal vistas no geral por serem fora do padrão de beleza. Até mesmo uma cicatriz poderia classificar uma mulher como bruxa na Idade Média, e por isso há uma certa construção de que bruxas são tão atraentes, traiçoeiras ou até mesmo assustadoras para enfatizar a história.
LIVROS: eu acharia ridículo ver uma bruxa que não tem o mínimo de conhecimento culto ou uma pilha de livros de cunho religioso, feitiçaria ou até mesmo de anotações dos próprios feitiços, receitas e o que quer que fosse. É muito dito que as receitas de medicamentos e afins eram escritos, obviamente, e por isso isso se tornou outra marca importante das bruxas.
NATUREZA: como é fato, as bruxas foram classificadas como bruxas porque utilizavam de elementos da natureza para criar seus próprios produtos. É muito forte a conexão de bruxas com qualquer elemento da natureza, podendo ser um dos quatro (terra, ar, fogo e água) ou simplesmente o que vem delas (fungos, plantas, pedras).
VARINHAS: não é obrigatório, mas é um bom meio de controle de magia. Usar de uma varinha poderia aperfeiçoar ou melhorar os feitiços. Ter uma varinha, porém, não se difere muito de evocar um feitiço das próprias mãos, afinal, é preciso ter a magia para fazê-la acontecer. Portanto, uma bruxa poderia simplesmente agir com os próprios dedos, mente e corpo, ou utilizar de uma ferramenta que protegeria sua integridade.
OUTROS: caldeirões, maletas de ervas, baús de vestes protetoras, simbolismos protetores e agressivos, cristais, bolas de cristal (se sua bruxa for clarividente), pentagramas.
IV. HABILIDADES.
Sua bruxa poderia ter qualquer habilidade possível. Alguns exemplos são clarividência e premonição (prever o futuro por bolas de cristal ou folhas de chá), dominância de elementos naturais, conjuração (de feitiços, entidades?)... Aqui vai uma lista completa de poderes que se adequariam perfeitamente para a utilidade bruxa.
V. DIA DAS BRUXAS.
Popularmente conhecido como Halloween por todo o mundo, teve origem com o povo celta, que celebrava o festival de Samhain, ocasião em que se acreditava no retorno dos mortos à Terra. A celebração se iniciava no dia 31 de outubro e durava três dias. Para afastar os espíritos, as pessoas acendiam fogueiras e muitos utilizavam máscaras para não serem reconhecidas.
Segundo estudiosos, como era uma festa pagã, no século VIII o papa Gregório III alterou o calendário na tentativa de atribuir à festa o caráter religioso, através da mistura das datas. Assim, o Dia de Todos os Santos, antes comemorado no dia 13 de maio, passou a ser no dia 1 de novembro, antecedendo o que passou a ser All Hallows' Eve. O termo Halloween então é resultado da junção das palavras hallow e eve, que significam respectivamente “santo” e “véspera”.
VI. APLICANDO.
Acredito eu que seja mais decente aplicar a bruxaria em real life não utilizando muito da magia extraordinária. Premonições, clarividência, visões... Esses são pontos mais ‘comuns’ e que seriam de melhor exploração dentro de uma comunidade e/ou livro que foque no real life. É claro que nada impede de que feitiços ou magias sejam feitos! Desde que não seja absurdo.
No roleplay ou escrita de fantasia, tudo vale de acordo com o plot. Basta fazer escolhas sábias sem aderir todos os elementos para não ficar confuso, abusivo e cansativo de se explorar e até mesmo negligenciar.
VII. INSPIRAÇÕES.
É claro que não poderia deixar de fora algumas dicas de filmes, livros e outros para que vocês possam entender melhor como são as bruxas, poderes e até mesmo tirar inspirações na hora do desenvolvimento. São meus favoritos (não disse que são bons...) e vou colocar onde se encontram disponíveis para acessar.
Twitches — As Bruxinhas Gêmeas (Disney).
Abracadabra (Disney).
O Mundo Sombrio de Sabrina (Netflix).
A Bruxinha Sabrina (Amazon Prime).
João e Maria: Caçadores de Bruxas (Amazon Prime, aluguel).
Da Magia à Sedução (HBO Max).
Bruxa Onilda (livro).
Dezesseis Luas (livro).
A Bruxa (Amazon Prime).
O Sétimo Filho (Amazon Prime, aluguel).
Época das Bruxas (Amazon Prime).
Constatine (HBO Max).
Premonição 3 (só porque é meu favorito, infelizmente sem streaming).
A Descoberta das Bruxas (Globoplay).
VIII. EXTRAS.
Escrevendo a magia (artigo).
Bruxas (artigo).
Gatos pretos e bruxas (artigo).
75 nomes de bruxas (lista).
O Martelo das Bruxas (livro traduzido, obrigada USP).
Satanismo e bruxaria (livro para compra).
Como escrever bruxaria (artigo em inglês).
Playlist.
IX. CRÉDITOS.
Portal R7.
USP.
Mega Curioso.
Writer’s Digest.
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twentysnoir · 3 months
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Vamos jogar? — Lista de plots
Quer um plot, mas não sabe qual fazer? Abaixo eu vou deixar uma listinha com alguns plots, tanto individuais quanto com mais de uma pessoa, que você pode fazer para tornar seu jogo mais divertido. Mais uma vez, está escrito no masculino para facilitar a escrita, mas pode ser adaptável a qualquer gênero.
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Muse A chegou no país há pouco tempo e não sabe falar o idioma, então precisa se comunicar por gestos e vocabulário básico.
Muse A sempre gostou de Muse B, mas nunca teve coragem de contar. Após um intercâmbio, ao voltar para o país, descobriu que Muse B está namorando Muse C, seu irmão.
Muse A e Muse B são irmãos gêmeos não idênticos, porém não sabem. Após a separação dos pais, cada um decidiu ficar com um dos filhos (inspirado em Operação Cupido).
Muse A é um nepobaby, mas não quer crescer às custas da família. Para isso, utiliza um nome falso (ou outro nome e sobrenome dos que possui, caso tenha 4 nomes) para divulgar seu trabalho.
Muse A e Muse B eram melhores amigos, mas a amizade acabou quando os dois se apaixonaram por Muse C. Muse C e Muse B namoraram, mas o namoro não acabou nada bem, agora Muse B tenta recuperar a amizade de Muse A.
Muse A perdeu tudo! Após um golpe, todo seu dinheiro, que tinha desde que nasceu, acabou. Tendo que viver a vida humilde pela primeira vez, Muse A experimenta trabalhar, sofrer para pagar os boletos e cartão de crédito estourado pela primeira vez.
Muse A ganhou na loteria! Vindo de uma família de classe muito baixa, chega ao mundo dos ricos sem a menor noção de como comportar-se.
Muse A recebeu uma herança muito grande de um tio que nem sabia que existia, porém com uma condição: Muse A precisa casar-se com Muse B, um cafajeste que é filho de um amigo de seu tio, em até 3 meses. Muse B, no entanto, não é nem um pouco fã de casamentos. Assim sendo, Muse A tenta conquistar Muse B para convencê-lo a casar-se a todo custo.
Muse A e Muse B tinham um casamento arranjado, mas Muse A sempre gostou de Muse C. Após os pais de Muse A morrerem, Muse A decide ir atrás de Muse C, seu verdadeiro amor, mas Muse C tem ressalvas por não querer magoar Muse B.
Muse A, um expert em tecnologia, roubou um banco. Agora foragido, Muse A tem que viver sob um nome falso e evitando deixar rastros para a polícia.
Muse A sempre gostou de cozinhar, mas seus pratos sempre foram péssimos. Ainda assim, juntou algum dinheiro para abrir um restaurante, que está a beira da falência pelo sabor nada apetitoso.
O sonho de Muse A era ser um cantor, mas nunca teve talento. Apesar de viver uma vida comum fora dos holofotes, continua seguindo atrás de seu sonho, sempre sendo rejeitado.
Muse A era considerado muito feio fisicamente. Seu pai, sendo cirurgião plástico, não podia aceitar, então mudou o rosto inteiro de Muse A assim que ele tinha idade para isso. Agora Muse A fica se vangloriando de sua aparência, recusando-se a admitir que fez cirurgias plásticas.
Muse A era considerado muito feio fisicamente. Seu pai, sendo cirurgião plástico, não podia aceitar, então mudou o rosto inteiro de Muse A assim que ele tinha idade para isso. Muse A, por ter feito as cirurgias contra sua vontade, abomina os padrões de beleza, embora se encaixe perfeitamente neles.
Muse A e Muse B conversam online por anos, sendo apaixonados um pelo outro, mesmo sem se verem. Quando eles finalmente se encontram, vem a grande surpresa: Muse B era quem fazia bullying com Muse A na escola.
Muse A terminou com Muse B, porque se tornou um jogador de e-sports em outro país. Após uma lesão na mão, Muse A não poderia mais jogar profissionalmente e tenta conseguir o amor de Muse B de volta.
Muse A e Muse B se conheceram em um navio, enquanto saíam ilegalmente de um país. Como o caminho de um imigrante ilegal não é nada fácil, cada um seguiu seu caminho para um local diferente. Anos depois, Muse A e Muse B se reencontram.
Muse A, Muse B e Muse C eram um trio de amigos. Muse A, com ciúmes da proximidade entre Muse B e Muse C, inventou que um falava mal do outro, acabando com o trio de amizade. Anos depois, Muse B e Muse C descobrem que a amizade que tinham na escola se acabou por fofocas de Muse A.
Muse A rejeitou Muse B por ser muito feio. O tempo passou e, após a puberdade, Muse B ficou belíssimo. Muse A, arrependido, agora quer Muse B.
Muse A tem dificuldade em confiar em pessoas. Muse B quer mostrar a Muse A que é uma boa pessoa e conseguir sua confiança.
Muse A vive de golpes, conquistando pessoas apenas para conseguir seu dinheiro. Um belo dia, se vê apaixonado por Muse B, uma de suas "vítimas".
Muse A vive de golpes. É só isso, Muse A é um grande de um trambiqueiro.
Muse A finge que lê o futuro das pessoas, conseguindo dinheiro através disso, mesmo que seja uma fraude e apenas fale as coisas mais genéricas possíveis.
Muse A era o único herdeiro de uma grande empresa. Quando seu pai faleceu, Muse A descobriu que ele deixou toda a fortuna para instituições de caridade.
Muse A e Muse B são gêmeos não-idênticos criados em famílias diferentes. O motivo? A família de Muse A era muito pobre e precisava de dinheiro, então vendeu o filho para uma família mais rica.
Muse A foi traficado ainda quando bebê para uma família muito rica. Após descobrir que não é filho biológico de seus pais e de todo o trambique feito para chegar até eles, decide ir atrás de sua verdadeira família.
Muse A ganha uma renda extra como camboy. A única coisa que não esperava era que um de seus clientes era Muse B, seu chefe em seu emprego regular, que é casado.
Muse A queria muito ser famoso, inclusive estava tentando, quando teve que trabalhar para ajudar a sustentar a família em um emprego regular, desistindo de seu sonho.
Muse A nunca quis ser famoso, mas foi forçado por seus pais, que queriam ganhar dinheiro a todo custo.
Muse A sempre teve desprezo por pessoas de classe econômica inferior. Para ensinar-lhe uma lição, seus pais lhe desafiaram: Muse A teria que passar um ano sem receber um tostão da família para que recebesse sua herança.
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aluaescreve · 6 months
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♡ canva template: TWITTER
pt-br: Esse é um template no canva que imita o twitter/x. Ele vem com duas versões, light e dark mode. Ele é bem simples de customizar e você provavelmente não vai ter que mudar nada de lugar exceto o símbolo de verificado (de acordo com o tamanho do nome que você colocar) e o nome/verificado/user no tweet (de novo, de acordo com o tamanho do nome e do user). Qualquer dúvida e sugestões de templates no canva que vocês querem ver, é só mandar uma mensagem. Se gostou e/ou pretende usar, por favor reblogue.
eng: This is a canva template of twitter/x. It comes with two versions, light and dark mode. It's quite simple to customize and you probably won't have to move anything on the template except the verified symbol (according to the length of the name) and the name/verified symbol/username on the tweet. If you have any questions and/or suggestions of canva templates you'd like to see, just send me a message. If you like it and/or plan on using it, please reblog this post.
TEMPLATE HERE (or on the source link)
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gwldcnz · 8 months
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oi, brotinhos! pra quem não me conhece, eu sou a calie! recentemente respondi uma ask fazendo um desabafo sobre o quanto acho que os nossos creators brasileiros são desvalorizados de diversas formas e pra minha surpresa, inúmeras pessoas concordaram comigo, então me surgiu a ideia de criar um server no discord que seja exclusivamente voltado não somente pra divulgação dos conteúdos dos coleguinhas brazucas, mas que servisse, de alguma forma, como um cantinho em que possamos conversar, pedir opiniões e ajudar uns aos outros. o texto é um pouquinho longo, então siga o "read more".
percebi que inúmeras possibilidades surgiram diante dessa ideia central: se os creators estiverem dispostos a ajudar os menos experientes ou até mesmo pessoas totalmente sem experiência que queiram aprender a fazer os próprios conteúdos, seria algo melhor ainda! assim não somente os creators fariam parte do server, mas também pessoas que queiram aprender qualquer coisa nessa área, helpers em geral, quem procura/precisa de ajuda/conteúdo e os trackers (aqueles que apenas reblogam), com a condição de que todos, sem exceção, realmente se comprometerão em dar reblogue no conteúdo do colega desde que seja voltado pro rp, claro (gifs, prompts/plots, guias, templates, ajuda em escrita, etc). quem sabe até mesmo podermos fazer shoutout's de rps?! eu já tenho o esqueleto do server pronto, mas antes de criá-lo de fato, pra ter certeza de que será algo bem ativo devido a contribuição de todos que participarem e não somente minha e da outra creator que tem me ajudado (até porque não temos como cuidar de um server e mantê-lo ativo sozinhas), tô jogando aqui nas tags antes de criar ele.
enfim, peço a opinião sincerona de vocês pra saber quem está comprometido a fazer isso funcionar, então não esqueçam de responder a enquete (duração de 1 semana), reblogar, dar um likezinho e a comentar aqui no post se você é helper, creator, tracker, etc, porque isso vai me ajudar a estipular quais tipos de pessoas estão interessadas no server e assim limitar ou aumentar suas possibilidades, que foram citadas acima. todas as ideias são bem vindas, afinal, seria um trabalho aberto pra contribuição de todos os participantes. qualquer coisa é só chamar em privado ou enviar ask!
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hoziesr · 10 months
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Olá, tag! Finalmente eu trouxe o primeiro guia sobre crimes. Nele, eu vou falar como funciona um processo criminal comum, passo a passo. É importante que se entenda como isso funciona e porque é tão longo. Alguns processos duram poucos meses, para casos mais simples, mas outros se estendem por muitos anos e trazem muitos sentimentos ruins para quem tá lidando com isso. Deu um trabalho danado pra simplificar as coisas, evitando que isso aqui virasse o capítulo de um livro, então deixa o like e o reblogue se você achar útil de alguma forma, combinado? Além disso, minha ask tá aberta pra dúvidas.
Disclaimer rápido: eu tentei fazer tudo da forma mais simplificada possível. Por isso, não vai ter um monte de citação de artigos de lei e afins. Além disso, o processo é muito mais complexo, mas toda essa complexidade só precisa ser entendida por quem está dentro de um na vida real. Por isso, se você tiver interesse em saber mais a fundo sobre, eu vou deixar recomendações no final do guia.
Outro ponto: saibam, desde já, que esse guia foi escrito por alguém que tem uma visão específica do Direito Penal. Eu, Foxes, sou marxista-leninista. Isso significa que, quando eu tô falando de Direito Penal, eu tô falando a partir dessa visão. Nesse sentido, sou, também, abolicionista penal. Isso significa que eu quero que o Direito Penal seja extinto, que eu não acredito que ele funciona e que eu acredito que a solução para os problemas que a gente tem no sistema, hoje, é simplesmente acabar com ele. Não acho que o sistema penitenciário funcione, nem as cadeias e nada que derive delas. Infelizmente, é nesse sistema que eu trabalho hoje e eu tô aqui tentando destruí-lo por dentro.
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⌕ㅤㅤparte umㅤㅤ𑁧ㅤㅤos efeitos de um processo criminal.
Vamos lá, então. Antes de tudo, eu quero deixar claro aqui os danos que passar por um processo podem causar numa pessoa e quem está ao redor dela. Eu vou falar especialmente sobre o acusado. Desde o primeiro momento, os dedos estão apontados pra você, é uma máquina inteira, um sistema completo e complexo contra você. A imparcialidade do Ministério Público e do juiz não existe, a forma com que o processo é feito já é danoso. Imaginem ficar meses e meses passando por um procedimento, onde o resultado final pode ser, e na maioria das vezes é, ser mandado para o inferno. A questão não é só a privação de liberdade, é onde essa privação vai acontecer. Todo o sistema criminal é muito cruel. Sem falar das vítimas, que precisam ter uma violência sofrida remoída por meses e meses. Como um grande exemplo desse dano, eu recomendo que vocês se interem sobre o caso do Salvatore Anello. Ele é um homem que estava num cruzeiro com a família quando deixou, sem querer, é óbvio, sua neta de 18 meses cair do 11º andar do navio, e ela faleceu na hora. Ele foi processado pelo Estado de Porto Rico e se declarou culpado mais de um ano depois da morte da neta, porque não aguentava mais passar pelo processo, nem fazer com que sua família passasse por ele. Anello foi sentenciado à três anos de serviço comunitário, independentemente da dor que ele e a família passaram, além da dor que o processo os fez passar. É isso que o processo faz e é por isso que é importante entendê-lo, mas também ter tudo isso em mente quando abordá-lo numa história. É sempre muito cruel. Dito tudo isso, vamos ao passo a passo de um processo criminal comum. O processo criminal comum é o que abarca quase todos os crimes, exceto aqueles que são de competência do Tribunal do Júri, que eu vou falar sobre no próximo guia.
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⌕ㅤㅤparte doisㅤㅤ𑁧ㅤㅤo processo.
Antes de tudo, é preciso que exista um crime. Um crime só é assim considerado quando ele está expresso no nosso Código Penal, além de outras legislações especiais que também falem sobre tipos penais. Por exemplo, a Lei de Drogas, Lei Maria da Penha, Lei da Organização Criminosa, etc. Todas falam sobre crimes e só é considerada crime uma ação que esteja explicitamente elencada num artigo dessas leis. Uma vez que alguém comete um crime, o procedimento se inicia quando a autoridade policial toma conhecimento dele. Isso ocorre principalmente através de denúncia e de flagrante, ou seja, quando alguém denuncia um crime para a polícia ou quando a própria pega alguém cometendo o crime bem na hora. Depois disso, começa o INQUÉRIO POLICIAL, que é quando a polícia investiga um crime. Nesse momento, é necessário que se descubra qual foi o crime, quem o cometeu, quem é a vítima (quando tem vítima), a ordem dos acontecimentos, como que aconteceu, essas coisas. Quanto mais detalhes, nesse momento, melhor. Quando o inquérito policial se encerra, é o Ministério Público quem analisa tudo o que foi investigado pela polícia e, ai, decide se vai oferecer uma DENÚNCIA. Se for entendido que não houve crime ou que não há motivo suficiente para oferecer a denúncia, o processo é arquivado. 
Aqui é importante dizer que o Processo Penal é a ultima ratio do sistema, ou seja, é o último recurso. Se uma ação pode ser punida civilmente, através de multa, por exemplo, ou a partir de qualquer outra área jurídica, é por ela que deve passar, e não pelo Direito Penal. Mais do que isso, é preciso que o fato criminoso seja relevante. Ai existe uma discussão muito extensa. Eu, por exemplo, acho uma vergonha que o Ministério Público ofereça denúncia contra pessoas que furtam um pacote de comida no supermercado, porque isso não é juridicamente relevante para o Direito Penal, ou, pelo menos, não deveria ser. Também não acho que ser pego numa balada com um cigarro de maconha seja relevante. Existem vários pequenos delitos que chegam até uma condenação, mas não deveriam nem ter chegado à denúncia, e esses são o maior volume de processos no nosso sistema atualmente. Mas essa é uma discussão extensa demais pra esse guia. Por enquanto, seguimos.
Se o Ministério Público considera que o inquérito policial chegou até algum lugar que interessa ao Estado punir uma pessoa, ele oferece uma denúncia. Isso, no geral, nada mais é do que contar toda a história do crime, apontar alguém para ser acusado e, quando há, uma vítima. Se existe um crime, mas não se sabe quem é que o cometeu, não é possível oferecer denúncia, porque todo o objetivo é punir quem fez aquilo. Feita a denúncia, cabe ao juiz receber ou rejeitar a denúncia. As causas de rejeição estão no artigo 395 do Código de Processo Penal e são:
Inépcia da denúncia  ↝  Quando ela não tem a descrição dos fatos, a qualificação do acusado (nome, data de nascimento, documentos, endereços, tudo o que for relevante para que se identifique o acusado), a classificação do crime (em qual artigo do Código Penal ou das leis especiais a ação se encaixa) e, quando tiver, as testemunhas do crime.
Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal  ↝  Ou seja, se tiver alguma irregularidade no procedimento, se não for comprovado que existiu um crime ou que há qualquer indício de que aquela pessoa denunciada é a autora do crime, etc.
Justa causa  ↝  O motivo mais amplo e que engloba, inclusive, o que eu disse ali em cima, sobre aquele ato ser relevante o suficiente para que exista um processo. É pela falta de justa causa que tantos processos não deviam nem existir.
Depois de aceita a denúncia, se inicia a ação penal. A primeira coisa que se faz é CITAR O RÉU, isto é, notificar a pessoa de que ela está sendo acusada por um crime e é parte de um processo que já se iniciou. Existem muitas formas de se citar uma pessoa, mas é preferível que se faça a citação por mandado, quando um oficial de justiça vai até a casa da pessoa, explica algumas informações para o acusado e pede para que ele assine um termo sabendo que está sendo acusado. Muitas vezes, essa citação não acontece. Pode ser que não se encontre o acusado no endereço que seria da casa dele, por ele ter se mudado, estar fugindo da intimação, entre outros motivos.
Aqui, de novo, eu vou fazer meu papel de advogada criminalista e dizer que as pessoas que estão inseridas num contexto de criminalidade não tem a vida parecida com a nossa. Elas não tem o mesmo endereço por anos, por um milhão de razões, desde viver de favor até a impossibilidade de se manter muito tempo numa casa alugada, e diversos outros fatores que impedem que achá-la seja fácil. Se alguém não é encontrado de forma alguma, o processo é suspenso até que se encontre a pessoa.
Outra coisa que acontece é a citação ficta. Nesse caso, se publica a citação da pessoa num edital do sistema judiciário. Eu te pergunto: quantas vezes você já procurou seu nome em editais de citação do sistema judiciário? Eu mesma, nunca o fiz e a esmagadora maioria da população também não o faz. Por isso ela é ficta, se faz essa publicação e o processo entende que aquela pessoa foi citada, seguindo sem ela. Isso é um problema gigante que, de novo, dá uma discussão que não cabe nesse guia. Após a citação do acusado, ele precisa constituir um advogado particular ou, quando não tem condições, é nomeado um Defensor Público ou um advogado dativo. Defensor Público é um cargo concursado, de alguém que integra a Defensoria Pública do Estado, e que atua basicamente como um advogado, mas para pessoas hipossuficientes. O advogado dativo, por sua vez, é um advogado que está inscrito numa listinha do Tribunal de Justiça e que é pago por este, de acordo com uma tabela, para atuar na defesa da pessoa que não pode pagar por um advogado particular.
De novo, aqui é importante ressaltar que toda pessoa tem direito à defesa no Processo Penal. Mais do que isso, um processo não segue sem a defesa, por princípios que estão na nossa Constituição. É por isso que o sistema se movimenta para conseguir a defesa para quem não consegue pagar por uma, especialmente pela Defensoria Pública, que faz um papel absurdamente importante no nosso sistema. Fica aqui a recomendação: apoiem e sigam a Defensoria Pública dos estados de vocês nas redes sociais. Além da área criminal, ela é a instituição que, num geral, é responsável e atua pela defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Eu amo essa instituição e não vejo a hora de me apresentar como Defensora Pública, não mais como advogada.
Continuando. Após a citação do acusado e a constituição de defesa, é hora de apresentar uma RESPOSTA À ACUSAÇÃO. Nela, a defesa apresenta argumentos para tentar fazer com que o processo não siga, bem como atuar no interesse do acusado, requerendo a realização de perícias, apresentando algumas provas, apontando testemunhas, tudo para ajudar o réu. Em alguns casos, é nesse momento que o acusado já é absolvido. Ou seja, ele é considerado inocente antes do processo seguir até o momento da sentença mesmo. A absolvição sumária pode acontecer porque:
Existe uma excludente de ilicitude  ↝  Excludente de ilicitude é quando se reconhece o crime, mas é considerado que ele não é ilícito. O maior exemplo é a legítima defesa, mas também pode ser por estado de necessidade, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de um direito. Para a aplicação desses excludentes, existem vários requisitos e a gente sempre analisa o caso concreto.
Eu vou dar um exemplo pra ficar mais fácil. Aqui fica o aviso de gatilho: meu exemplo envolve violência doméstica e homicídio.
Digamos que uma mulher sofre violência doméstica há anos. O marido bebe e, quando chega em casa, a agride. Num dia, esse marido chega bêbado em casa e, em vez de agredir a mulher novamente, cai bêbado no sofá e dorme. Aproveitando desse momento, a mulher pega uma faca na cozinha e esfaqueia o homem quinze vezes. Aqui, a legítima defesa não é aplicada. Embora ela sofra com essa agressão há anos, entende o judiciário que, naquele momento, não havia uma agressão atual nem iminente, isto é, ele não estava a agredindo e não demonstrava que pretendia fazê-lo. Além disso, não houve o uso moderado do meio que impediria uma agressão. Quinze facadas não só impedem que alguém pare de te agredir, mas mate a pessoa.
Agora, usando do mesmo exemplo. Digamos que esse homem chegue em casa bêbado e, novamente, comece a agredir sua esposa. Ela, desesperada, corre para a cozinha e, antes que ele a socasse novamente, dá uma facada no braço dele e sai correndo para fora da casa, para pedir ajuda. Aqui, fica mais do que comprovada a legítima defesa. A agressão estava acontecendo e a facada desferida contra o homem foi necessária para que ele parasse de agredir a mulher.
Existe uma excludente de culpabilidade  ↝  Quando não se pode culpar o acusado por ter cometido o crime. As excludentes de culpabilidade são: (1) ter uma doença mental que, no momento do crime, impedisse o acusado de entender o que estava fazendo; (2) ser menor de 18 anos; (3) estar acometido por embriaguez completa, involuntária e fortuita; e (4) coação moral irresistível, quando a pessoa é coagida a cometer um crime e não tinha outra opção senão seguir essa coação.
É importante dizer que isso não significa, necessariamente, que a pessoa não vai passar por uma pena. As pessoas menores de 18 anos que cometem crimes são, sim, incluídas no sistema. Tecnicamente, os crimes são transformados em atos infracionais e a pena se transforma em serviços à comunidade de caráter educativo ou internamento em instituições como a Fundação CASA.
Já para a pessoa que tenha doença mental, a pena se transforma em tratamento ambulatorial no CAPES ou em internamento em hospitais penitenciários. Se você acha que um presídio é ruim, não queira nem imaginar como é o tratamento nesses hospitais. Existem denúncias sobre remédios psiquiátricos vencidos sendo dados para as pessoas, falta de acompanhamento de profissionais da saúde, tortura, entre outras questões que são problema em penitenciárias, mas se potencializam em hospitais penitenciários. Ser presidiário é ruim, mas ser um presidiário esquizofrênico é muito pior.
O fato narrado na denúncia não constitui crime.
Extinção da punibilidade  ↝  Existem motivos que fazem com que o acusado não possa mais ser punido, que são: (1) a morte do acusado; (2) anistia, graça ou indulto; (3) uma nova lei que não entenda mais aquela ação como criminosa; (4) prescrição, quando já passou muito tempo desde o crime e não haja mais direito do Estado de punir a pessoa; (5) retratação do acusado, quando a lei permite; (6) perdão judicial; e (7) quando a vítima, quando possível, desiste de seguir com o processo.
Finalmente, se não houver essa absolvição, o processo segue para a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Nela, o juiz escuta as partes do processo uma última vez antes da sentença. A ordem é sempre a mesma, de acordo com a lei, e segue o seguinte:
declaração da vítima, quando houver vítima; 
ouvida das testemunhas, primeiro da acusação e depois da defesa; 
esclarecimentos dos peritos, se houver; 
acareações, se houver, onde se conforta as versões oferecidas pelas pessoas que foram ouvidas até então; 
reconhecimento de pessoas e de coisas;
e por fim, o interrogatório do acusado. 
Sendo ouvidas todas essas pessoas, nessa mesma audiência, podem ser feitas as ALEGAÇÕES FINAIS, onde, primeiro o Ministério Público e depois a defesa, fazem as últimas alegações técnicas. Geralmente, o Ministério Público oferece todos os argumentos do porquê a pessoa deve ser sentenciada e a defesa apresenta todos os argumentos do porquê não deve ou, se for, porque a pena tem que ser a mínima possível. Quando o juiz entende que o caso é complexo, ele dá alguns dias para que essas alegações finais sejam apresentadas de forma escrita. As alegações finais são a parte mais importante de todas, onde a defesa apresenta tudo o que pode, todos os argumentos, analisa provas, passa pelos depoimentos, faz de tudo para que consiga demonstrar a inocência do acusado. São os últimos suspiros de esperança antes da sentença. E ai, finalmente, chega o momento da SENTENÇA. É quando o juiz decide se a pessoa é culpada ou não. Se for considerado que, sim, é culpada, é quando apresenta quanto de pena que ela vai cumprir, o que será um tema para um próximo guia.
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⌕ㅤㅤparte trêsㅤㅤ𑁧ㅤㅤos recursos.
Esse negócio já tá gigante, então eu não vou me aprofundar nos recursos. Sobre eles, basta saber que se o Ministério Público ou a defesa não fica feliz com a sentença e tem argumentos para oferecer um recurso, eles podem fazer. Existem vários níveis de recurso que passam pelo próprio juiz que proferiu a sentença, por um órgão colegiado de magistrados do Tribunal de Justiça e pode ir até o STJ e o STF. Um dos problemas é que a reforma da sentença por esses outros órgãos pode acabar aumentando a pena que foi dada anteriormente. Num geral, não tem muitos criminalistas nos Tribunais, STJ e STF e, quando tem, eles são voto vencido pelos demais ou, pior ainda, são tão ou mais punitivistas do que o resto. Conseguir a reforma de uma sentença em benefício de um réu é difícil, mas não impossível.
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⌕ㅤㅤparte quatroㅤㅤ𑁧ㅤㅤrecomendações.
Para quem quiser entender mais sobre tudo isso que falei até aqui e quiser se revoltar um pouco com o nosso sistema, eu tenho algumas recomendações que são interessantes e nada técnicas.
Podcast Crime e Castigo, da Rádio Novelo.
Os documentários Justiça (2004) e Juízo (2008), dirigidos por Maria Augusta Ramos, ambos disponíveis na Netflix.
O documentário Bagatela (2010), dirigido por Clara Ramos, disponível no Youtube.
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⌕ㅤㅤparte cincoㅤㅤ𑁧ㅤㅤfontes técnicas.
Já para quem quer recomendações de livros mais técnicos, eu recomendo:
Direito Penal - Parte Geral, do Juarez Cirino dos Santos.
Direito Processual Penal, do Aury Lopes Jr.
Manual de Direito Penal, do Eugenio Raúl Zaffaroni e José Henrique Pierangeli.
Caso queiram mais recomendações, eu posso oferecer, junto com plataformas para ler também.
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Eu acho que é isso! Mais guias sobre o assunto serão feitos se esse aqui for bem recebido. O guia foi feito principalmente para dar um panorama geral do que uma pessoa enfrenta num processo criminal, e, assim, poder ajudar vocês na escrita de personagens que estejam passando por isso, que já tenham passado, ou que tenham familiares inseridos nesse contexto. Além disso, eu recebi mais de uma mensagem falando como isso seria bom a título de curiosidade pessoal mesmo ou para entender algumas mídias. Enfim, espero que isso tenha ajudado mesmo e que, se tiverem surgido dúvidas, eu tô aqui pra tentar responder. Quanto mais a gente sabe sobre o sistema judiciário, principalmente no âmbito criminal, menos a gente o entende, e mais raiva a gente vai criando dele. Espero ter plantado essa sementinha de ódio em alguém. Nos vemos no próximo guia!
graphic credits @llillards
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yeagrist · 7 months
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                     ♡   𝙐𝙋𝘿𝘼𝙏𝙀   !  𝗧𝗔𝗭   𝗦𝗞𝗬𝗟𝗔𝗥   𝗚𝗜𝗙   𝗣𝗔𝗖𝗞      ﹔   by   clicking   on   the   source   you’ll   find   that   i   have   added   +70      gifs   (   268   x   150   )   of   the   actor   taz   skylar   (   1995   )   as   sanji   in   one   piece   (   2023   )   ,  episodes   7   &   8   to   this   gif   pack   ,   totalizing   #195   .   all   of   the   gifs   were   made   from   scratch   by   me   .   please   ,   like   or   reblog   if   you   plan   on   using   or   found   this   helpful   .   you   may   edit   these   into   gif   icons   for   personal   use   .   please   ,   don’t   claim   it   as   your   own   .      content   warning   :   fighting   ,   smoking   ,   partial   nudity   .      
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sequencegifs · 3 months
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ㅤ 𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀 𝐏𝐀𝐈𝐕𝐀 𝐆𝐈𝐅 𝐏𝐀𝐂𝐊 .
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