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#dia winchester
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17 anos da série mais importante da minha vida, o amor da minha vida, simplesmente a melhor coisa ja feita na história
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sailxdia · 1 month
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I want to commission fun moments between John Constantine and Dean Winchester so badly.
I ship them, but also let the magic hunter and mostly normal hunter interact please. Touch each others worlds. Talk about their demon experiences, annoyances with angels (they both got at least one that just) they both got hell experiences. Just let the two be total bastards together
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latinotiktok · 7 months
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Official list for "Canonize your blorbo as LATINO Tournament"/Lista oficial del Torneo "Canoniza tu blorbo como LATINO"/Lista oficial do Torneio "Canonize seu blorbo como LATINO"
Disclaimer: these are characters that have been voted more than once and have "propaganda" on why they are thought to be latino/latina/latine. 64 characters will be selected, there are still spots left. Tournament will began on October 9th/10th and the polls will be up for 24hs for the first round.
Aclaración: estos son personajes que han sido votados más de una vez y tienen "propaganda" sobre por qué se cree que son latinos/latinas/latines. Se seleccionarán 64 personajes, aún quedan lugares. El torneo comenzará el 9/10 de octubre y las encuestas estarán abiertas durante 24hs para la primera ronda.
Esclarecimento: são personagens que foram votados mais de uma vez e fazem “propaganda” sobre por que são considerados latinos/latinas/latinos. Serão selecionados 64 caracteres, ainda há vagas. O torneio começará no dia 9/10 de outubro e as votações ficarão abertas por 24 horas para o primeiro turno.
Shadow/Sonic
Leorio Paladiknight (hxh)
Tortugas ninja pero en especial Miguel Angel
varios personajes de Dorohedoro
Wei Wuxian (MDZS/The Untamed)
Wolfwood (Trigun)
Kung Lao (Mortal Kombat)
Naruto (Naruto)
El equipo Rocket/Team Rocket
Los locos Addams/Addam's family
Gojo (jjk)
Yuuji (jjk)
Peter Parker (Marvel)
Matt Murdock (Marvel)
Todos los Jojos pero en especial joseph joestar y narancia (JJBA)
Crowley (good omens)
Denji (chainsawman)
Jason Todd (DC)
Percy Jackson (Percy Jackson series)
El trio de evangelion pero en especial SHINJI (Evangelion)
Reigen (MP100)
Nishinoya (HQ!!)
Magnus Archives dudes pero en especial Martin (TMA)
Marceline (Hora de Aventura/Adventure time)
Leon s. Kennedy (Resident Evil)
Sanji (One piece)
Chell (Portal)
Simon Petrikov (Fionna and Cake/Adventure Time)
Lelouch lamperouge
the guys from Yakuza (Yakuza)
Dean Winchester (Supernatural)
Claude Von Riegan (Fire Emblem)
Link (Zelda games)
Ruggie Bucchi (Twisted Wonderland)
Jake el perro (Adventure time)
Utena Tenjou y Anthy Himemiya (revolutionary girl utena)
Vriska Serket (Homestuck)
Karkat Vantas (Homestuck)
Candy Candy (Candy Candy)
Murdoc Niccals (Gorillaz)
Michael Afton (FNAF games)
Godot (Ace Attorney)
JESUS FROM LIKE, THE BIBBLE
Catra (She-ra)
Hinata (HQ!!)
Rengoku (kny)
Shrek y Burro (doblaje latm)
Edward Elric (FMA/FMAB)
Hobie Brown (Marvel/ATSV)
Amatista (Steven Universe)
L (Death Note)
Heidi (Heidi anime)
Madotsuki (yumei nikki)
Koby (One piece)
Sasuke Uchiha (Naruto)
Pato Lucas/Duffy Duck (Looney Tunes)
Manuela Casagrande (Fire Emblem)
Hatsune Miku (Vocaloid)
Taylor Hebert (Worm)
Joker (Persona 5)
Yugi Muto >(Yu-Gi-Oh!)
Karamatsu Matsuno (Osomatsu-san)
Satsuki Kiryūin (Kill la Kill)
La piratería (sí, el concepto de la piratería)
Edit: been informed Taurus is already latine so I'm taking him out I'm sorry uwu
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mommabird1772 · 2 years
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Happy Witchcore Samantha Wednesday!
This week's moodboard is a collaboration with @cordellwinchesterwalker , who wanted to share her Mexican heritage with us and teach us about Dia De Los Muertos! She wants us to know that Dia De Los Muertos is an ancient Mexican festival, also known as The Day of the Dead. It is celebrated from October 28th-November 3rd, with each day having a significant meaning. Unlike Halloween, Dia De Los Muertos does not shy away from the concept of death or spirits, and is mainly a holiday to honor your lost loved ones and spend time celebrating their memory.
I had so much fun learning about this custom, and it makes me happy knowing by showcasing and honoring other cultures I can others feel seen and represented in their traditions. I hope everyone who celebrates has a wonderful Dia De Los Muertos!
*As with the rest of my moodboards, none of these pictures are my own, and I claim no credit for any art or design used, only for the concept created*
Tagging: @somethxng-angel @lord-kaira @hexlorde @regnumveritatis @need-that-sastiel-serotonin @ruinedsam @allieyourally @stemroses @eunoiastarz @wendibird @thewinchestersruinedmylife0924 @sassyfoxunknown @oh-no-its-danger-gays @heaven-ecologist @the-gray-ghosty @stuckysdaughter @clairenovak-winchester @moostiel @fandom-hoarder @magpie-wings @mxltivxrse2020 @hey-its-moss @fae-and-night @twobrothersoneheart @annoyingdinosaurnoises @kayla-sparrow @fangirlxwritesx67 @nvybloo @pastornovak @zwahkmuchoney @cordellwinchesterwalker @willgrahamscat @mychem1calbr0mance @chimerazodiac
(If anyone wants to be added to the weekly tag list, DM me and let me know! I'm also open to suggestions for moodboards that fit the cottagecore/witchcore theme, although I'd like to do an Indigenious moodboard for Thanksgiving- if anyone has any Native heritage and would like to share their traditions, let me know!)
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lol-jackles · 5 months
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https://deadline.com/2023/12/motorheads-drake-rodger-johnna-dias-watson-josh-macqueen-mia-healey-1235655979/
Looks like Drake's next job is at Amazon. Think he got that on his own or did Jensen put in a good word?
Link. Drake and his agent got him his next job. Jensen helped get his name out there through The Winchesters the same way Jared helped Gavin Casalegno get his name out there through Walker and he landed a role in The Summer I Turned Pretty on Amazon, which dethroned The Boys a few times (X).
From CW #1 show to...............Amazon #1 show.
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little-big-fan · 1 year
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Masterlist organizada do imagine mais antigo para o mais novo ✨ Aqueles marcados com ** são imagines hot!
Parte 1 e Parte 2 da masterlist
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Harry Styles (Aquele em que eles tem um bebê em segredo) Parte 1. Parte 2. Parte 3.
Harry Styles (Aquele em que sempre foram apaixonados) Parte 1. Parte 2. **
Sam Winchester (Aquele em que ela é filha do Bobby)
Zayn Malik (Aquele em que ele está anestesiado)
Dean Winchester (Aquele em que só tem uma cama) **
Niall Horan (Aquele em que tudo se acerta) **
Harry Styles (Aquele em que ele volta para casa) **
Timotheé Chalamet (Aquele em que ele tem nojo dela)
Zayn Malik (Aquele em que ela tem ciúmes)** - Especial de aniversário -
Charles Leclerc (Aquele em que acontece um mal entendido) - Especial de aniversário -
Henry Cavill (Aquele em que ele faz besteira) - Especial de aniversário -
Louis Tomlinson (Aquele em que eles se odeiam) - Especial de aniversário -
Harry Styles (Aquele em que ele é um príncipe) - Especial de aniversário -
Liam Payne (Aquele em que a mentira vira verdade) - Especial de aniversário -
Louis Tomlinson (Aquele em que o contrato não vale mais)
Harry Styles (Aquele em que ela vai de surpresa em um show)
Louis Tomlinson (Aquele em que eles têm uma rapidinha no banheiro) **
Lee Felix SKZ (Aquele em que ela não aguenta mais esconder)
Louis Tomlinson (Aquele em que ele precisa desestressar antes da premiere)
Niall Horan (Aquele em que ele finalmente assume o namoro)
Jeon Jungkook BTS (Aquele em que ele se arrepende)
Harry Styles (Aquele em que eles casam em Vegas)
Kim Taehyung BTS (Aquele em que eles são melhores amigos, mas se gostam)
Jeon Jungkook BTS (Aquele em ele descobre que tem uma filha) Parte 1. Parte 2. Parte 3. Parte 4. Parte 5. (EM ANDAMENTO)
Louis Tomlinson (Aquele em que eles se apaixonam no natal) - Especial fim de ano 2023 -
Park Jimin BTS (Aquele em que ele faz uma surpresa) - Especial fim de ano 2023 -
Min Yoongi BTS (Aquele em que ele tem o primeiro natal) - Especial fim de ano 2023 -
Niall Horan (Aquele em que eles tem um natal especial.) - Especial fim de ano 2023 -
*Atualizado dia 25/01/2024*
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fuiabarcelos · 8 months
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Champagne problems: Amar é sofrer?
Versão português Br
Ship: Sam Winchester x leitora.
Resumo: Ela queria casar, ele queria terminar. Ou isso foi apenas um mal entendido?
Bingo: Uma música de evermore - Champagne problems.
Gênero: Muita tristeza (o flashback é fofo) - 4600 palavras.
Avisos: Sam sem alma quebrando o coração da leitora, tentativa de suicídio, saúde mental, depressão, hospitalização psiquiátrica, família toxica, manipulação.
N/A: Isso é como eu imagino que seria o Sam sem alma se estivesse em um relacionamento. Eu considero a história um pouco pesada.
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Ele entrou na sala junto a Dean. Assim que seus olhos encontraram os dele, você sentiu seus ombros relaxarem e lembrou da sensação de ter um coração novamente, ele estava batendo como todas às vezes que via ele. É incrível como Sam conseguiu restaurar o amor de dentro de você apenas com sua presença.
Você correu para os braços dele e o abraçou o mais forte que podia, sentindo o seu cheiro. Estar perto dele restaurou os bons sentimentos que há muito tempo foram perdidos e você finalmente se permitiu lembrar do dia que tanto lutou para esquecer desde que ele se foi.
A lembrança do dia mais feliz da sua vida se tornou a mais dolorosa no último ano.
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— Não acredito que você me trouxe aqui novamente! — Você exclamou com felicidade. Vocês estavam no restaurante onde ele te pediu em namoro. Desde aquela noite vocês nunca mais voltaram a esse lugar.
Ele estava completamente reformado, você só o reconheceu pelo letreiro brilhante com o nome do restaurante e pelo garfo gigante em sua entrada.
— Pensei que poderíamos relembrar os velhos tempos. A comida não foi das melhores, mas aquela noite foi incrível.
— Eu me lembro perfeitamente de você elogiando a sobremesa por dias! — Sam fez uma expressão ofendida, como se estivesse sendo acusado de algo que ele não fez, quando, na verdade, os dois sabiam que o que você disse era verdade. Você riu antes de continuar a falar — Mas devo concordar, foi uma noite incrível.
A comida havia melhorado e Sam estava novamente elogiando a sobremesa.
— Por que não pede mais uma? — Você perguntou quando ele terminou de comer.
— É uma ótima ideia, mas eu tenho outros planos.
— Já sei! — Você disse enquanto pegava um guardanapo e retirava os resquícios de chocolate da boca dele — Vamos caminhar pelo parque.
— Como você adivinhou?
— Sam… Você pensa que eu não entendi o que está acontecendo aqui? Você está recriando o nosso primeiro encontro. Me trouxe a esse restaurante, pediu os mesmos pratos, as mesmas bebidas, sobremesas…
— Eu esqueci que você é uma garota esperta — Ele brincou — Vamos?
A noite estava calma e silenciosa. O céu estava totalmente iluminado por diversas estrelas que brilhavam incessantemente ao lado da lua que, por sua vez, refletia sua beleza no lago à frente de vocês.
— A noite está tão bela — Você suspirou aproveitando o silêncio e o calor das mãos de Sam nas suas.
— Assim como você — Quando olhou para Sam, os seus olhos estavam brilhando enquanto ele olhava para você. Esse tempo todo ele estava te admirando.
— Você ainda é aquele rapaz completamente apaixonado daquela noite.
— Sim, e apaixonado pela mesma mulher — Ele sorriu. Você sempre soube que esse sorriso, algum dia, seria o motivo do seu colapso. Ver Sam sorrir despertava em você uma felicidade inexplicável, como se nada mais no mundo importasse. Como se não houvesse nada mais belo.
E então vocês finalmente estavam no campo à beira do lago. Cheio de flores coloridas que pareciam as mesmas sob a luz do luar, mas você tinha a lembrança clara de como era estar aqui durante o dia. Esse lugar conseguia ser belo em ambos os turnos.
Não tão belo quanto Sam.
Você o observou enquanto caminhava sozinho em direção às flores, logo após pedir para que você aguardasse um momento. Seu corpo estava iluminado pelas estrelas, destacando-se no meio do campo de flores, e exalava a essência de sua natureza romântica e etérea. Era evidente para você que ele estava colhendo uma flor, assim como havia feito tantos anos atrás, um gesto que ecoava a admiração dele por você.
Não demorou muito para ele voltar, afastar o seu cabelo delicadamente (o que certamente lhe trouxe mais arrepios que o normal) e colocar a bela flor na sua orelha. Agora, vocês dois estavam sorrindo intensamente um para o outro, não querendo que esse momento acabasse.
Sam aproximou seus lábios da sua bochecha e a beijou suavemente algumas vezes. Ele sabia exatamente como demonstrar seu amor.
Os pensamentos de que você não merecia isso, não merecia todo esse amor explodiram em sua mente, você estava pronta para afastá-lo e pedir para ir embora. Ele e o amor dele a deixavam tão vulnerável e, ao mesmo tempo, tão feliz, isso te assusta!
— Foi aqui que você me pediu em namoro — Em vez de pedir para ir embora, você tentou expulsar os pensamentos e reviver as lembranças daquela noite perfeita — Você estava tão nervoso, mas conseguiu me fazer tão feliz.
— Eu espero mantê-la feliz pelo resto da minha vida — As mãos dele deslizaram para o bolso da calça, retirando uma caixa vermelha. Sam se ajoelhou no chão, sem se importar que a grama sujaria seu jeans. Você arregalou os olhos quando percebeu o que estava acontecendo e pensou que desmaiaria a qualquer momento — Eu estou há um tempo planejando isso porque queria que fosse perfeito. Você é a mulher que eu amo e quero amar pela eternidade, ter você como namorada durante todos esses anos foi a melhor coisa que me aconteceu, mas ainda é pouco para mim. S/n, eu quero colocar um anel no seu dedo, levá-la ao altar vestida de branco, beijá-la na frente de todos depois do sim e, finalmente, tê-la como minha esposa.
— Sam… Você não pode fazer isso — Seu rosto estava encharcado de tantas lágrimas. Havia pouco ar em seus pulmões e você estava tonta, muito tonta — Eu te amo e o que eu mais quero é passar o resto da minha vida com você, mas...
Sam já estava preparado para qualquer reação “negativa” que você tivesse, pois te conhecia há muitos anos e lutava com você para curá-la desse sentimento de que você não era digna de nenhum amor.
Ele sabia que o pedido de casamento traria de volta os seus traumas, traria as lembranças do seu pai espancando a sua mãe, da sua avó traindo o seu avô e ele ameaçando matá-la. Você ficou no meio desses casamentos fracassados, mas eles sempre afirmavam que isso era amor.
Amar para você é sofrer.
Por isso, Sam fez questão de reviver o dia que vocês saíram pela primeira vez e começaram a namorar, pois ele sabia que isso a traria conforto.
— S/n, meu amor — Ele disse, ainda ajoelhado — Já conversamos sobre isso, você merece sim ser amada, porque o amor não é nada daquilo que você presenciou. Você não precisa ter medo. Eu estarei aqui por você e nunca vou fazê-la sofrer.
— Eu não queria que meus problemas insignificantes estragassem esse momento, me perdoa.
— Você não estragou nada, não se preocupe, baby — Ele passou as mãos pelos cabelos antes de segurar a sua e olhar nos seus olhos — Então… Você aceita se casar comigo?
Você respirou fundo e se lembrou de toda a felicidade que Sam te trouxe desde que estiveram juntos. Ele estava falando a verdade quando disse que nunca te machucaria, você tem certeza disso.
— Sim, Sam! Eu aceito me tornar sua esposa.
Ele finalmente colocou o anel em seu dedo e a puxou para um beijo apaixonante e demorado. Vocês passaram a noite inteira escorados em uma árvore, com você sentada no colo de Sam enquanto contavam histórias e trocavam muitos e muitos beijos.
Você se casaria com o homem que pensou que não existia. Um homem romântico, respeitoso e extremamente lindo. Você se casaria com Sam Winchester.
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Agora ele finalmente estava aqui. Um ano depois de ele dizer sim a Lúcifer e cair na jaula.
Depois que Sam se foi, Dean seguiu o próprio caminho e foi tentar ter uma vida normal com Lisa e Ben, mesmo com a dor da perda do irmão, ele parecia estar contente com a vida que estava levando e você estava feliz por ele. Você os ajudou em algumas caçadas antes e sabia o quanto essa vida é difícil.
Quanto a você, depois que Sam caiu na jaula você se afastou de todos, pois sentia que precisava vivenciar seu luto sozinha. Sua família tentou manter contato, eventualmente ligando para saber o motivo do seu sumiço, mas você não deu nenhuma informação sobre o paradeiro seu e do seu noivo.
Todas as noites você sentia falta de Sam passando as mãos pelos seus cabelos antes de dormir enquanto contava como foi a última caçada, dos beijos e toques carinhosos dele. Você sentia que a melhor parte da sua vida foi arrancada a força e, o pior, seria para sempre.
Você pensou que seria para sempre.
Você esperou que ele a abraçasse de volta o mais apertado que conseguisse, afastasse seu cabelo, segurasse seu rosto e junta-se seus lábios no dele. Você finalmente poderia dizer o quanto sentiu falta dele, mas ele não fez nada disso. Sam ficou parado, olhando para você como se aquele abraço que você tanto sonhou em ter novamente, não significasse nada para ele.
— Ele está um pouco confuso, S/n — Dean disse — Sam passou um ano com lúcifer, vai demorar um pouco para ele ficar bem.
— Você está certo. Me desculpa, Sam — Você acredita no que Dean disse. Sam precisava de um pouco de espaço para entender e superar tudo o que aconteceu — Eu só… Senti muito a sua falta.
Sam concordou antes de dizer que precisava sair para tomar um banho.
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Ele finalmente estava a amando novamente. Foi um pouco mais bruto do que costumava ser, mas você sentiu que isso restaurou a conexão entre os dois. Os seus corpos estavam dando prazer e amor um para o outro.
Sam a beijava como se precisasse desesperadamente de você, e você sabia que ele estava pronto para continuar.
— Amor, eu estou cansada — Você disse, afastando os lábios dele dos seus para olhar em seu rosto. Você acariciou suas bochechas suavemente, sentindo agora que precisava daquele momento de carinho após um sexo intenso e após ficar sem ele por 1 ano — Nós podemos apenas ficar aqui por um tempo, conversando e dando carinho. Eu preciso desse momento com você depois de tudo o que aconteceu.
— Não estou interessado em fazer isso agora, talvez depois — Ele disse. A boca de Sam encontrou com seu pescoço onde ele deixou uma mordida intensa e desesperada. Certamente ficaria uma marca profunda depois.
Você ficou um pouco decepcionada, pois sentia falta daquele amor que durante muito tempo foi um medo e uma insegurança, mas depois do pedido de casamento se tornou o que você tinha de mais importante. Entretanto, você entendeu o lado de Sam e entendeu que ele precisava colocar a cabeça no lugar antes de estar vulnerável novamente para você.
— Sabe, eu estava pensando, agora que você voltou, podemos finalmente fazer o nosso jantar de noivado com a minha família. Para comemorar nosso futuro casamento e a sua volta.
— Tudo o que você quiser, desde que continue gemendo embaixo de mim.
Num misto de incerteza e desagrado, você se viu cedendo. Você não sabia se aquilo era chantagem ou uma forma de parecer sexy, mas abriu mais as pernas e esperou que ele entrasse em você novamente, mesmo já tendo o suficiente daquilo.
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Você passou semanas planejando o jantar de noivado perfeito. A ajuda de Sam foi necessária, mas ele não estava disposto a planejar isso, então você fez o trabalho todo sozinha e esperou que ele gostasse.
Sam não havia voltado ao normal ainda, depois que ele retornou da jaula ele não era mais o homem doce, romântico e fofo de antes. Agora ele é frio e você constantemente se pega exigindo a atenção dele. Às vezes você se sentiu egoísta por não gostar das atitudes dele e sentir que precisa entender o lado dele, afinal Sam esteve preso com Lúcifer durante 1 anos, é inevitável que isso tenha afetado a saúde mental dele.
Mas estava afetando a sua também.
Antes, você costumava ser muito instável mentalmente, todos os dias você acordava e esperava ansiosamente pela chegada da noite, pois enquanto dormia era o único momento que você não sentia dor. Sam estava lá por você, tentando alegrá-la e reacender a sua vontade de continuar. Você ainda se arrepende por fazer ele passar por tanto sofrimento quando decidiu tirar a sua própria vida, mas ele estava lá segurando a sua mão no hospital e cuidou de você como ninguém fez antes.
Você sentia que aquela sensação de desgosto pela vida estava voltando, mas que não podia contar com Sam dessa vez, não por que ele não se importava, mas por que ele já estava sofrendo demais.
— Eu estou tão animada! — Você disse quase dando pulinhos enquanto ajeitava a gravata de Sam — Nossa… Você está tão lindo, meu amor.
— Eu poderia dizer o mesmo, se me permitir mostrar o que posso fazer com você no quarto.
Você revirou os olhos, mas se arrependendo imediatamente. Não era para o seu descontentamento ficar tão explícito.
Parecia que Sam estava constantemente te chantageando para levá-la para cama. Você sentiu que sexo era a única coisa que importava para ele, que você só estava servindo para satisfazer os prazeres dele. Onde está todo aquele afeto que ele costumava lhe dar? Era como se o amor estivesse vindo apenas do seu lado…
Você balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos idiotas. É claro que Sam ainda te amava, ele só estava confuso. Levá-la para cama é a forma dele mostrar que te ama, certo?
— Temos um jantar à nossa espera, Sam. Podemos deixar isso para mais tarde — Sam não gostou da resposta.
— Prefere agradar a sua família idiota do que a mim? Eu pensei que você me amasse.
— Eu amo, amo muito. Mas eu planejei com tanto carinho nosso jantar de noivado, eu quero comemorar o nosso casamento — Você sorriu tentando acalmá-lo, suas mãos agora estavam no rosto dele esperando que ele entendesse seu lado — Nós vamos casar, Sam! Isso não é incrível? Poderemos transar quantas vezes quisermos.
Sam claramente não estava convencido, mas desistiu de argumentar. Você colocou a mão dele na sua e o guiou até a sala de jantar, onde estava sua família.
— S/n! — Sua avó gritou de felicidade quando a viu — Você está tão linda nesse vestido! — Rapidamente ela puxou você para um abraço — Sam, quanto tempo! — Ela chegou perto para abraçá-lo também, mas Sam se esquivou. Você ficou em choque com a reação dele e a sua avó extremamente desconfortável, ele percebeu o clima que havia deixado ali e tentou consertar.
— É ótimo vê-lo novamente — Ele disse estendendo a mão para cumprimentá-lo.
— Eu estou tão feliz por vocês, vocês são o casal mais fofo que eu já vi. Tenho certeza que esse casamento não terá nenhum problema.
Se ela pudesse ver além das aparências, saberia que vocês tinham diversos problemas. Que você não sabia mais se estava feliz.
A campainha tocou e você correu para atendê-la, deixando Sam sozinho para cumprimentar a sua família. Quando você abriu a porta, viu Dean parado com um sorriso no rosto.
— Que bom que você veio, Dean! Estava esperando por você.
— Eu não perderia isso por nada, estou aguardando esse dia há muito tempo. Eu trouxe isso — Ele lhe entregou uma garrafa de Dom Pérignon.
— Champanhe! Muito obrigada, Dean.
— Uma noite especial, merece uma bebida especial.
Durante todo o jantar a sua família elogiou o seu relacionamento com Sam, eles relembraram vários momentos entre vocês dois nos almoços em família. Era nítido que todos estavam felizes com a notícia do noivado, exceto uma pessoa… O noivo.
Você pediu para que todos se levantassem, pois finalmente tomou coragem para realizar o discurso que havia preparado.
— Sam e eu agradecemos muito a presença todos, é muito importante para nós termos todos aqui apoiando e celebrando essa nova fase na nossa vida — Você respirou fundo antes de olhar para o homem com quem desejava passar a eternidade, o homem que fizera juras de amor eterno a você — Nunca achei que chegaria a este ponto de anunciar para todos que vamos nos casar. Desde que te conheci, acendeu um amor dentro de mim que eu nem sabia que estava lá. Você trouxe felicidade para a minha vida e me amou do jeito que sou. Quero que saiba que sempre estarei ao seu lado, Sam, e mal posso esperar para usar um vestido branco e me casar com você — Você sorriu e secou as lágrimas solitárias que escorreu pela sua bochecha — Eu te amo tanto, amor.
Os seus familiares aplaudiram a cena e você esperou ver algum resquício de felicidade em Sam. Esperava que ele declarasse suas belas palavras de amor a você ou que falasse que ele te amava também. Ele não fez isso, apenas permaneceu com sua expressão descontente por estar ali.
— Você está bem, Sam? — Você sussurrou.
— Na verdade, não. Eu estou cansado de todo esse teatrinho. De fingir que eu me importo com você para consegui-la levar para a cama, só por que transar com você é bom para caralho — Todos ali estavam em choque com os gritos do seu noivo — Eu não me importo com você, S/n e nem a amo. Eu nem sei por que eu aceitei vir nesse jantar de merda com essa família que se acha perfeita quando, na verdade, se odeiam profundamente.
— Sam… Para com isso, por favor — Você implorou chorando.
— O que deu em você? — Dean gritou do outro lado da sala de jantar.
— Você é tão ingênua, S/n. Estava fazendo de tudo por mim achando que em algum momento eu retribuiria. Como pode pensar que eu amasse você ou que me casaria com você? — Em fúria, Sam retirou o seu anel de noivado e o jogou dentro de sua taça de champanhe — Já chega de tudo isso.
Ele bateu a porta antes de sair, ligar o seu carro e sumir na escuridão.
Ao fundo, tocava uma das músicas que você fez questão de colocar na playlist, pois era do cantor favorito de Sam: Blue Suede Shoes de Elvis Presley.
“One for the money, to for the show”
Eu não estava pronta para isso, então eu vejo você ir — Você pensou.
Sua cabeça doía descontroladamente com tanta informação, a sua família não calava a boca dizendo que Sam é um homem horrível e que você encontraria algo melhor.
— Ele seria um marido adorável, se não fosse fodido da cabeça — Disse a sua mãe.
Você não conseguiu se manter ali, no meio daquele caos. Então, minutos depois, você estava ajoelhada no chão da rua, enquanto suas lágrimas se misturavam com a chuva.
Você se entregou a um homem que prometeu lhe amar e nunca a machucar. Você se entregou ao homem que quebrou o seu coração. Sam Winchester arrancou seu coração de seu peito e o jogou no lixo.
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Sua depressão a havia consumido novamente. A fofoca de tudo o que aconteceu no jantar havia se espalhado pela cidade, pois sua família não conseguia segurar a própria língua. Sua mãe lhe ofereceu um quarto na casa dela por alguns dias, até que você se sentisse um pouco melhor, mas estar lá foi a pior decisão que você poderia tomar.
Todas as vezes que alguém te via chorando, você ouvia que não precisava ficar assim que logo você encontraria alguém melhor. Sua prima, que sempre gostava de se sentir superior a você, disse que isso não passava de problemas insignificantes e todos ao redor concordaram com ela. Você só queria se sentir acolhida.
Após perceber que sua família não ligava para o seu sofrimento, você sumiu. Você mudou de número, alugou um apartamento em um estado mais longe possível e deixou a depressão tomar conta.
Em uma noite, você fez novamente. Eram 11:45 pm quando o telefone da emergência tocou e eles ouviram suas súplicas por ajuda. Os paramédicos correram para tentar te socorrer, você estava caída no chão com cortes profundos nos pulsos e uma pilha de frascos de remédios vazios ao seu redor.
No hospital, quando você se recuperou um pouco, eles pediram explicações. Você havia tentado tirar sua própria vida novamente. Os médicos conversaram com você sobre te mandar para um hospital psiquiátrico. Você ficou com medo, mas aceitou, pois sabia que precisava de ajuda e sua família não estava lá por você… Nem Sam.
Como você sentia falta de Sam. O Sam que a levou àquele restaurante, a fez sorrir e, no fim da noite, te pediu para se tornar oficialmente dele. Do Sam que te amava assim como você amava ele.
E agora você está aqui, deitada em uma cama de um manicômio esperando o horário do seu próximo remédio.
— S/n, nós vamos fazer uma sessão de terapia em grupo para receber o novo paciente, você quer se juntar? — Uma das enfermeiras perguntou. Você estava entediada, então concordou. 
Você entrou na sala onde a terapia em grupo iria acontecer, chegando por último. Sentou-se e esperou o início, mas ao dar uma olhada ao redor procurando por rostos familiares, o arrependimento de ter concordado em vir se intensificou.
— Esse é o novo paciente, Sam. Nós decidimos fazer essa sessão para acolher ele, Sam está em um estado avançado de psicose e precisa se conectar com a realidade.
Sam estava péssimo. As olheiras escuras e profundas abaixo de seus olhos denunciavam que ele não dormia há dias, ele possuía diversos cortes em seu rosto e mãos e estava claramente exausto.
Ele não estava prestando atenção em nada que a psicóloga ou os outros pacientes falavam, os olhos dele estavam fixos nos seus. 
Sam queria abraçá-la e pedir desculpas por tudo o que aconteceu, porque ele finalmente se lembrava de todas as coisas ruins que fez quando estava sem alma. Ele sabia das suas questões psicológicas, mas não sabia que você havia ficado tão mal a ponto de ficar internada em um hospício.
Você não aguentou ficar mais um minuto naquela sala e correu de volta para o seu quarto, duas enfermeiras vieram atrás de você, pois achavam que se tratava de um surto depressivo, talvez elas estivessem certas. No ápice da angústia, você se jogou no chão, soltando gritos de dor e frustração que ecoaram pelas paredes. Suas mãos correram para os seus cabelos e você os puxou com força como se estivesse tentando extrair a agonia de dentro de si.
 As enfermeiras agiram rapidamente para conter o seu sofrimento físico e emocional, te conduzindo à cama e imobilizando-a para evitar que se machucasse ainda mais. Não demorou muito para você sentir a picada da medicação em seu braço e um sono profundo a consumir.
Agora, você está frente a frente com a psiquiatra que costuma te atender, ela está interessada em saber o que causou o seu último surto.
— Ele está aqui… O meu ex noivo.
— Isso explica muito coisa. Você está falando do novo paciente? Sam — Você concordou — Eu não sei quais foram as razões para ele ter agido tão rudemente com você, mas eu sei que vocês não conversaram depois de tudo. Eu posso levá-la até o quarto dele, porque eu sei que você ainda tem muitas dúvidas.
— Eu tenho medo de ele gritar aquelas coisas horríveis para mim de novo, ele não me ama… 
— Essa escolha é sua, desde que você chegou aqui você me contou que queria ter a chance de conversar com ele pela última vez, mas se não se sentir pronta para isso, está tudo bem.
— Alguém pode ficar perto?
— Claro, você não estará sozinha.
O percurso do seu quarto até o de Sam foi envolto em uma atmosfera sombria. Suas mãos tremulavam e a boca seca era uma manifestação do seu nervosismo. No entanto, você fechou os olhos por um momento, respirou profundamente e, reunindo coragem, adentrou no quarto dele.
A enfermeira ficou te esperando atrás da porta para dar privacidade aos dois, ela prometeu ficar atenta a qualquer sinal de alerta.
— Oi, Sam — Você disse baixinho e quase chorando.
— S/n! — Ele veio até você e a puxou para um abraço apertado. Não foi o mesmo abraço frio e sem afeto que ele lhe deu no dia que voltou da jaula. Havia carinho nesse abraço, mas você acreditava que isso era apenas sua cabeça te sabotando para fazê-la se sentir melhor. Em seguida, Sam depositou um beijo na sua testa antes de segurar o seu rosto e olhar em seus olhos — Eu senti tanto a sua falta.
— Foi você quem me afastou. Foi você quem disse que não me amava, que me humilhou na frente da minha família inteira! Você provavelmente é a causa de eu estar aqui! — Você o afastou e tentou não falar tão alto para a enfermeira não achar que estava tendo alguma briga e te tirar de lá antes de terminar essa conversa. 
— Eu sei, mas por favor, se acalme. Vamos conversar — Ele segurou a sua mão e a guiou para se sentar na cama — S/n, quando Castiel foi tentar me salvar, ele não conseguiria me tirar de lá com a minha alma. Eu voltei, mas minha alma continuou presa com Lúcifer, até agora.
— Então, você estava agindo daquele jeito por que estava sem sua alma?
— Sim, com a minha alma fora do meu corpo, não restou nenhum tipo de emoção. Eu fiz coisas horríveis que durante um tempo eu não me lembrei. Eu perguntava para Dean  constantemente o que havia acontecido com você e ele nunca me contou a verdade, até que um dia eu finalmente me lembrei. Eu te procurei para tentar me desculpar, mas não a encontrei em lugar nenhum.
— Por que você está aqui, Sam?
— Minha alma continua sendo torturada por Lúcifer. Ele estava sentado ali, rindo de nós dois — Ele aponta para uma cadeira isolada no canto do quarto, mas não havia nada lá. Não era psicose, mas Lúcifer atormentando Sam.
— Isso é... Horrível. Você não merece isso.
— Dean e Castiel estão procurando uma maneira de me curar — As lágrimas desciam por ambos os rostos, vocês estavam sofrendo por motivos diferentes, mas conseguiam entender os sentimentos um do outro.
— Minha família estava certa, eu tenho problemas insignificantes comparados a isso.
— Não diga isso. Sua família não sabe o que diz — Os olhos de Sam estavam fixos nos seus e você não conseguiu desviar o olhar daqueles olhos tão lindos, mas agora tão cheios de dor — Seus problemas não são insignificantes e eu estou feliz que você tenha procurado ajuda. Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz, S/n. Eu prometi que nunca a machucaria, que protegeria você para sempre, mas olha a onde eu te trouxe! Eu espero que um dia você possa me perdoar.
— Você se lembra quando ficamos hospedados naquele hotel velho e você disse que ele era um manicômio nos anos 90 e eu fiz uma piada: então ele foi feito para nós? — Você riu com a lembrança — Olha onde estamos agora.
— Você está certa — Ele riu com você. Quando ambos pararam de rir, vocês se olharam novamente — Eu sempre amei você e nunca desisti de levá-la para o altar — Os lábios dele estavam a centímetros do seu e você não poderia esperar mais nenhum minuto para beijá-lo novamente. Foi um beijo que carregava consigo toda a bagagem de suas emoções entrelaçadas. A princípio hesitante, mas logo se aprofundou em uma busca mútua por consolo e conexão.
— Eu preciso me curar primeiro, Sam. Eu não estou pronta para isso.
— Eu sei, e estou disposto a esperar o quanto for preciso. Eu não desistirei de você, porque você é a mulher da minha vida.
— A vida não foi justo conosco, mas eu espero que ela se arrependa e peça perdão. Eu preciso me curar antes de perdoar você, Sam.
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marcelllyn · 8 days
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Pedido inesperado.
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Acho que estou obcecada pelo Dean Winchester e não me culpo por isso, pq ele é tão.... Talvez isso vire uma fanfic com mais capítulos,depende do meu humor.
Idioma: Português/Brasil.
Sinopse: Colette é uma antiga amiga de Dean que está passando por uma crise de identidade. Ao reencontrar Dean em uma lanchonete, ele acaba fazendo uma proposta inesperada.
Avisos: Nada além de ser fofo. Revisão porca.
Eu estava ali sentada em uma lanchonete com cheiro de gordura velha, tomando o pior café da minha vida. Uma xícara de café e torradas murchas com uma geleia azeda. Observando as pessoas que passavam pela rua, cada vez que uma pessoa de terno ou vestida com algum uniforme de trabalho passava, meu peito afundava. Tudo parecia tão longe da realidade, como se eu fosse uma peça sobrando do quebra-cabeça da vida. E convenhamos que viver da herança do pai não ia ser uma boa para sempre.
Precisava de um emprego, apesar de que ser garçonete, atendente de lojas, lavadora de pratos, já estava ficando repetitivo, não era capaz de me manter em um emprego, como também não consegui terminar nenhuma das três faculdades que comecei, dinheiro mal gasto.
Focada na rua, bebendo pequenos goles do café, o mundo pareceu devagar quando um Impala preto estacionou na frente da lanchonete. Minha memória vagou por tempos mais simples. 
Fechei os olhos por alguns segundos, me recordando da memória de dirigir um Impala de um velho amigo, como seu rosto ficou desapontando quando arranhei um pouco do seu carro. Como pude me apaixonar perdidamente por alguém naquele dia.
Abri os olhos, tomei mais um gole daquele café engordurado, -Como ele deve estar hoje? -Pensei. Imagino que Sam, um de meus poucos amigos da escola, deve estar fazendo uma faculdade, agora seu irmão, a sensação de que ele mesmo querendo nunca conseguiria sair daquela vida. Vida na qual sempre me interessou, desde que conheci Sam comendo sozinho no refeitório quando ele tinha doze anos e convidava ele para biscoitos na minha casa quase todos os dias depois da escola. 
Quando ele e seu irmão sumiram após passar dois meses na cidade, me lembro de ter ficado desolada e de chorar por algumas semanas antes de superar que jamais iria os ver novamente. Bem, eu os vi novamente, cinco anos depois, quando me mudei.
Despertei do meu transe de memórias quando o sino da entrada tocou. Arregalei os olhos ao vê-lo, majestosamente bem, ajeitando a jaqueta de couro, passando a mão pelos cabelos loiros. Podia sentir meu queixo querendo pender, sua beleza sempre foi de cair o queixo, não é à toa que minha irmã já ficou com ele. Meu estomago deu um nó, talvez pelo café, talvez pela geleia estragada. 
Dean se apoiou no balcão, queria poder ir até lá dizer talvez um oi, mas ao menos sei se ele se lembra de mim, e mesmo que lembrasse, sobre o que iria falar? Minha vida não mudou muita coisa desde da última vez que nos vimos. A única grande mudança é que agora eu estava mais para algum tipo de nômade atual.
Olhei fixamente para xícara, me senti envergonhada de não ter nada inovador para falar. 
— Não posso acreditar. — Aquela voz charmosa e zombeira tomou conta de mim. 
Visualizei Dean, sorrindo como um bobo.
— Colette Schmidt!, ou melhor, Lety! — Ele se apoiou na mesa. — Eu poderia te reconhecer a mil metros de distância, com esse nariz enorme.
Bufei e acenei para que ele se sentasse na poltrona amarela a minha frente, e assim foi feito. Poderia abraçá-lo, mas sabia que ele nunca foi fã de abraços ou toques em geral.
Estreitei os olhos, observando cada ponto da sua beleza. 
— Está mais velho. — Comentei.
— E essa é a primeira coisa que você diz a um velho amigo? — Ele riu. — Continuo no meu auge.
— E quando não esteve? — Meu sorriso foi grande, ele podia me fazer sorrir como uma idiota apenas me olhando. — Por onde esteve?
— Por aí. — Sua resposta vaga me deixou insatisfeita, dei um chute de leve em sua panturrilha por baixo da mesa. — Estava andando com Baby pelos lugares, nada de mais, você sabe.
— Sam está com você?
— Estou indo ver ele na faculdade, acredita que ele realmente está fazendo faculdade? — Disse com uma leve carranca.
— Sam sempre foi esperto, era de se imaginar. — Tomei um gole. — Caçando? 
Ele enrugou o nariz e disse:
— Preciso responder? — Disse com tom ríspido.
Neguei com a cabeça.
— Qual o nome da faculdade? 
— Universidade de Stanford. — Ele me mediu com o olhar. — Deixou o cabelo crescer?
— E parei de alisar. — Poderia ter passado a mão pelos cachos se minha mão não estivesse tão engordurada.
— Ficou muito bonito. Com o que anda trabalhando?
Engoli seco, não deveria ter vergonha de expor minha situação para Dean, quer dizer, ele jamais poderia julgar, afinal, ele não está em posição para isso. Mas tinha medo de que ele me olhasse com desapontamento, do mesmo jeito que me olhou quando ele estava me ensinando a dirigir e eu arranhei a Baby por acidente, aquele olhar foi fatal. 
— Não estou fazendo nada, no momento. 
Dean gemeu de prazer quando a garçonete colocou seu prato de waffle com algumas frutas na mesa.
— E por qual motivo não está trabalhando? — Ele colocou um pedaço de morango na boca. 
— Não encontro nada do meu interesse, tudo parece fútil. Coisa de pessoa comum sabe? — Provoquei.
— Já tentou ser stripper? — Ele sorriu de boca cheia.
Soltei uma risada satisfatória, que estava guardada há muito tempo.
— Sabe que nem se eu quisesse iria conseguir, você já me viu dançando.
— Como seu par no baile, eu digo que você, além de se a primeira pessoa que me fez vestir um terno, foi a primeira que também conseguiu me fazer ir parar no hospital por pisar no meu pé.
— Imagine fazendo um giro em um bastão? — Assim que disse, Dean começou a olhar para o teto com cara de satisfação.
— E qual seria a lingerie que você estaria usando, detalhadamente? — Seus olhos se fecharam com força, enquanto ele mordia o lábio inferior.
Aproveitei para pegar um morango em seu prato.
— Uma calcinha do Scooby-Doo, o sutiã com imagem de cabeças decepadas. 
Ele me encarou feio.
— Estragou a fantasia, mesmo que a calcinha do Scooby-Doo não fosse a pior coisa. — Enfiou uma garfada de waffle para dentro. — Mas do jeito que você é, bem possível que acerte o rosto de algum inocente com seu salto.
Tentei pegar mais um morango e Dean me olhou como um cachorro raivoso e deu três tapinhas na minha mão. Ficamos em silêncio por alguns poucos minutos, seus olhos se estreitaram. Começou a ficar desconfortável o silêncio enquanto ele mastigava como uma criança faminta. 
— É esquisito, ver você assim, reencontrar você depois de cinco anos. — Comentou.
— Sim, é pensando que no passado bem é… Deixa para lá. — Ele balançou a cabeça, espantando os pensamentos.
Sabia em que ponto ele queria chegar, porem toda aquela coisa deveria ficar no passado. 
— Não mudei muita coisa além do cabelo e algumas tatuagens.
— Não foi bem isso que eu quis dizer. — Arregalou os olhos. — Calma, você disse tatuagens?
— Fiz algumas. — Levantei a manga da blusa. Mostrando uma tatuagem pequena da logo da banda Metálica. — É um pouco brega, mas gosto muito da banda.
Seu rosto ficou branco como se um fantasma tivesse acabado de passar por trás de mim, o que seria nocivo se não fosse o Dean Winchester.
— Quem é você e o que fez com a verdadeira Collete? �� Ele segurou meu braço gentilmente. — Você odiava Metálica!
Sorri como uma boba novamente. Sua mão não era exatamente macia, mas com certeza era uma sessão boa. 
— Eu era muito estranha.
Deixei que ele terminasse de comer, quanto mais ele ficava perto de terminar, mais um vazio foi surgindo no meu estômago, uma sensação de abandono. Preferia nunca mais o ver se fosse para ele ir embora no mesmo dia, na mesma manhã. Pelo menos da última vez, Dean bateu na minha porta às uma hora da manhã junto a Sam para se despedir. A segunda partida foi a que mais doeu, afinal eles haviam ficado ao meu lado por um ano inteiro, mas pelo visto o pai deles havia decidido sair às pressas da cidade. Ele limpou a boca no guardanapo assim que terminou. 
— Enfim, para onde vamos agora?
Meu olhar se iluminou. 
— O quê?
— Dar uma volta de carro, conversar até ficarmos cansados de tanto falar.
Ele se levanta deixando uma gorjeta ofensiva, e saímos daquela lanchonete nojenta.
Dean então fez algo inimaginável, abriu a porta carro para que eu pudesse entrar.
— Isso é novo. — Debochei.
— Não se acostume.
Entrei no carro, parecia que o tempo havia parado. Dean se sentou no banco e deu partida.
— Para onde quer ir?
— Não faço ideia. — Olhei para os bancos de trás. — Aquilo ali é uma calcinha?
— Juro que não é minha. — Ele segurou meu rosto e o virou para frente. — Não sabia que iria ter visitas hoje.
— Não teve tempo de esconder as calcinhas que suas amantes deixam de lembrança? — Zombei.
— Exato! — Ele colocou uma fita no rádio.
— Uau, você sabe que estamos nos anos 2000?
— Calada. — Sua mão tapa minha boca. — Quero ver onde você vive.
Olhei para ele desconfiada, ele sempre foi um mistério, nunca foi muito aberto, porém há coisas que nunca mudam.
— Dean. — Disse com desconfiança.
— Não seja assim. — Fez beicinho. — Só quero ver sua casa, sem segundas intenções. 
Concordei com a cabeça.
      ♡
Guiei-o até minha casa, um apartamento pequeno em uma área que mais parecia que o Batman seria assassinado se pisasse naquele lugar.
— Sem julgamentos. — Tapei os olhos dele, enquanto abria a porta. — E tire os sapatos.
— Esse corredor tem cheiro de tantas coisas. — Zombou.
Abri a porta e o cheiro de lavanda adentrou minhas narinas como uma bomba perfumada.
— Tudo tão arrumadinho. — Se jogou no sofá. — Uma sala com vista para Gotham, uma cozinha e um quarto.
— Não preciso de muita coisa. Nem passo tanto tempo aqui de qualquer forma.
Dean se levantou andando pelo pequeno corredor, ignorou o banheiro e foi diretamente para meu quarto.
— Quarto fofo. — Se joga na cama. 
— Dean, essas roupas sujas em cima da minha cama! — Resmunguei, me deitando ao seu lado. 
— Sua cama é mais desconfortável que o banco do meu carro.
— O sofá é mais confortável, admito. 
Ele me puxa para ele, apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo seu batimento cardíaco.
— Preparada para bomba de perguntas?
— Sempre… 
— Aluguel está em dia?
— Sim.
— Namorando? Ou algum amigo muito próximo?
— Não. — Isso era triste, todos meus amigos iam embora para longe ou morriam. 
— Você não tem um trabalho e nada que te prende aqui, por que simplesmente não vai embora?
— E para onde eu iria?
— Podia ir comigo até a faculdade de Sam e então ver se gosta de algo lá.
Me sentei na cama, piscando repetidamente rápido. 
— Você é louco.
— Achei que já sabia. — Riu. — Serio, seria boa sua companhia e eu odeio ver como você parece infeliz.
— Dean, faz quase cinco anos que não nos vemos e agora está pedindo para que eu largue tudo que tenho para ir viajar com você?
— Só se vive uma vez, e, aliás, poderíamos ficar sem nos ver por dez anos e mesmo assim, quando nos víssemos, seria igual à última vez.
— Mas isso é uma loucura. — Me sentei na cama. — Você é um caçador, e eu tenho uma vida, um apartamento.
— Lety, você tem um apartamento, mas não uma vida, isso é sobrevivência. — Bufou. — Vai saber, o destino, mesmo que eu não acredite nisso, pode ter me feito ir logo naquela lanchonete com cheiro de gordura velha só para reencontrar você.
— Isso foi a maior baboseira que já me disse.
— Eu sei. — Murmurou. — Aceita meu convite?
— Promete não caçar no caminho?
— Apenas em caso de urgência. — Ele se sentou na cama. — Por falar em caçar, ainda se lembra de algumas coisas que eu te ensinei?
— Claro que sim, é impossível esquecer. — Meu corpo se arrepia com as memórias. — Me lembro de tudo que já me ensinou. — Murmurei. — Preciso de um tempo para pensar na sua proposta.
— Só não demora muito, estou começando a ficar preocupado com a Baby.
Saltando da cama, ele começou a fuçar meu guarda-roupa. 
— Onde tem toalha aqui?
— Terceira gaveta. 
Ele abriu a terceira gaveta, e me olhou com um sorriso malicioso. 
— Pare de ficar olhando minhas calcinhas! 
Enquanto Dean tomava banho, minha mente trabalhava na possibilidade de ir com Dean, mas meu lado racional implorava para eu continuar minha vidinha medíocre. Como eu queria dizer sim, mas deixar todo um conforto para ir para outra cidade e depois ficar sem rumo parecia doideira.
O barulho do chuveiro cessou, Dean apareceu na minha frente sem camiseta, focado em colocar o cinto da calça jeans. Minha mente parecia estar travando, sua tatuagem amostra no peito, lembrei que tenho uma igual em meu peito. Por pura influência dele.
— Já se decidiu?
— Qual o motivo de querer visitar Sam?
— Coisa de família.
— O que vou fazer quando chegar lá?
— Terá coisas, acredite. Não se preocupe tanto.
— Que tipo de coisas?
Sua cara se fechou e ele suspirou profundamente.
— Só estou preocupada em não ter dinheiro o suficiente.
— Seu pai te deu uma grana preta, imagino, você vai se virar.
Suspirei. Queria ir com ele, queria muito. Amava a presença dele, seria bom passar um tempo com ele e Sam novamente.
— Acho que é isso. — Dei de ombros. — Eu vou, mas nada de dormir com mulheres no carro. Não dormirei no mesmo banco onde você fornicou.
— O carro é meu. — Zombou. — Nada de dirigir, nada de comer no carro.
— Mas e se você estiver com sono?
— Então vou parar para podermos dormir.
Abri um sorriso, olhando para sua barriga, senti um formigamento. Livrai-me dessa sensação o mais rápido possível.
— Me ajuda a arrumar minha bolsa, sou péssima em organização
— Infelizmente, como vou dirigir, tenho que tirar uma soneca. Então, quando terminar, me avise e certifique que a Baby está bem a cada cinco minutos,ok ?
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aspencovehq · 2 months
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se um dia quiserem voltar ao rp, serão recebidos de portas abertas!
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torifms · 3 months
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ei, aquele ali é ELIJAH HEWSON?     não, é só SAMUEL WINCHESTER, um personagem CANON de SUPERNATURAL.     ouvi dizer que ELE tem 23 ANOS, mora em aspen cove há SEIS MESES e é um ESTAGIÁRIO em RICHARDSON & FLINCH LAW.     ele TEM PARCIALMENTE suas memórias, o que pode justificar o fato dele ser um pouco ESFORÇADO e INFLUENCIÁVEL sempre que o vejo andando pela cidade.  
a vida agora.
samuel winchester é um prodígio. aos 16 anos já estava formado no high school e, apenas aos 18, matriculado em pré-direito na faculdade de stanford. se mudou para aspen cove para fazer estágio no escritório indicado por um de seus professores.
memórias.
sam se lembra da sua vida, porém distorcida. para ele, sua mãe nunca morreu, portanto seu pai nunca enlouqueceu pela morte da esposa e saiu com os dois filhos pelo país a caça da criatura que a matou... não, ele é bem feliz. tem uma família estruturada, uma casa de cerca branca, pais presentes e um irmão mais velho livre. no fundo, ele sabe disso, mas quando tenta se lembrar de memórias específicas (como o primeiro dia de aula na faculdade, jogos que assistiu com o pai e o irmão, ou mais simples, como pratos que sua mãe preparava para o almoço ou jantar), encontra uma dificuldade nunca sentida antes e simplesmente não consegue descrevê-las. é como se houvesse uma névoa na frente de seus olhos que borrasse a realidade.
poderes.
sonhos premonitórios.
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Diário do John Winchester
Dia 27/11
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misamy-art · 2 years
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🅶🆃 🅹🆄🅻🆈
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Dia 2 - Diferente Area
De acuerdo no tenía una idea concreta de que hacer así que hice algo que siempre quise, a mi pequeña siendo atrapada por el par de cazadores Winchester.
Sam prestatario gritando e insultando a Dean. Y me imagino al hombre diciendo algo como
"tiene una boca muy grande para alguien tan pequeña..."
Y Sam... Winchester jeje, solo mirando toda la escena incómodo.
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occasusooc · 9 months
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oi, gente! eu sou a yas, player do matt e da mary, e vim contar um pouquinho sobre eles:
o mateo castro é um queridíssimo neném de 23 anos que recentemente se descobriu caçador, e que anda bebendo um bom sangue de demônio pra ficar bem fortinho. ele se perdeu em ardare numa caçada com o irmão gêmeo e os primos dele, e teve que ligar pro papai vir buscar (o javi não tem um dia de paz). como eles estão sob um feitiço, não conseguem reconhecer um ao outro, então vem aí vários desencontros. ele é bem inspirado no sam winchester, então espere inteligência acadêmica, mas não muita inteligência emocional.
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temos também a mary beth carmichael, a bruxinha que cresceu num culto cristão. os poderes dela se manifestaram quando ela fez 21 anos, e então os pais dela fizeram uma denúncia para o reverendo que comandava o culto e a mary beth teve que sair fugida de lá. conseguiu chegar em ardore porque uma voz foi guiando ela, e a hel adotou essa pobi, dando casa, comida e treinamento. hoje, quase um ano depois que ela fugiu, ela trabalha no bar e adora conversar com todo mundo, bater papo, mega curiosa, mas ainda lida muito com a famosa culpa cristã que é uma constante.
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é isso! deixa um reply aqui se você gostaria de plotar com algum deles que eu te chamo no privado, ou pode me chamar direto no chat ou no discord. yay, muito animada <3
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autodestrutivaeu · 1 year
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PRAY
Dean Winchester × Castiel
Sinopse: Dean procura por seu anjo nos céus por meio de uma oração.
Notas: essa one-shot foi escrita numa madrugada por uma autora com altas doses de vinho nas veias. Se passa após o final de Supernatural. Originalmente postada no Wattpad (rayanneeleoterio).
Palavras: 3.517
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— Eu não sei se você pode me ouvir agora... — o homem fechou seus olhos esmeralda com força, ajoelhando-se no gramado verde à beira de um esplêndido lago azul, que refletia as nuvens e o brilho do sol no céu dos céus. Dean Winchester buscava seu anjo nos céus por meio de uma oração, como sempre fazia quando estava na Terra, ora em momentos desesperados, ora em momentos em que apenas queria vê-lo e apreciar a companhia do amigo. Ah, o caçador sentia em seu interior que chamar aquela relação de uma simples amizade era controverso, quando o que sentia era um desejo ardente, a chama de uma paixão que apenas crescia dentro de si, algo que pensou que não poderia sentir por outro alguém a não ser as mulheres pelas quais se apaixonou. Cassie, Lisa, Amara... não. Por um tempo Dean Winchester se recusou a admitir que aquele mesmo sentimento estava tomando força dentro dele, mas, desta vez, por um homem. O corpo de um homem, pelo menos. Castiel transcendia gêneros ou orientações sexuais, ele era um anjo, um anjo que havia se apaixonado perdidamente por ele. Foi naquele momento em que Castiel disse 'eu te amo', que as paredes dentro de Dean foram derrubadas. Tudo o que ele tinha que fazer era dizer aquelas três palavras de volta, mas ambos não tinham tempo. Aquelas três palavras ficaram presas em sua língua, nunca ditas, em silêncio, para o que o caçador achava que seria para sempre, até aquele momento. — Castiel, há tantas coisas que eu gostaria de te dizer, se eu tivesse a oportunidade...
Era incerto. Ah, como era incerto. Aquela dúvida pairava como uma nuvem na mente de Dean. Se Castiel estava ali, então por que não havia o encontrado ainda? Haviam tantas possibilidades, e uma delas era a de que talvez o anjo não quisesse o ver. Seres celestiais e seus caminhos tortuosos. Dean estava de saco cheio disso.
— Estou aqui — Dean não acreditou de início. Seus ouvidos deveriam estar o enganando. Não havia ninguém ali. Era delírio de sua cabeça. Aquela não era a voz grave e penetrante do anjo, do seu anjo. — Estou aqui, Dean. Diga o que precisa dizer.
Era sim.
Os joelhos do caçador vacilavam à ínfima insinuação de se levantar. Seus olhos contemplavam o lago azul límpido, incapaz de realizar um único movimento para trás e contemplar o oceano dos olhos de seu amado. Céus, era tão incomum pensar em Castiel desta forma, como seu amor.
Todo o corpo de Dean Winchester congelou. Não pela razão da sua escassez de forças para fazer algo tão simples. Mas, sim pelo toque que queimou em seu ombro esquerdo, um toque familiar. Os cinco dedos apertando sua carne num aperto firme, o mesmo aperto que um dia o tirou da perdição, o mesmo toque que manchou de sangue fresco sua jaqueta verde antes que o anjo proprietário dele — do toque — fosse levado pelo vazio, para o que o homem dos olhos esmeralda julgou ser para sempre, mas, então, o homem que houvera sido como um pai para ele durante toda uma vida, Bobby, disse que quem havia ajudado o novo todo-poderoso, Jack, a reimaginar e reconstruir o céu havia sido Castiel. Cas. Anjo. Seu anjo.
— Dean — Castiel o chamou. — Dean, olhe para mim.
O anjo não tinha ideia do que viria a seguir. Dean era uma incógnita quando queria, apesar das diversas vezes em que era tão previsível em seus mínimos detalhes, em suas falas e forma de agir, que Castiel tanto admirava, amava. O anjo rebelde já não tinha mais que reprimir o que sentia — céus, sentir, algo que sempre houvera julgado ser inviável para um ser celestial, para ele. Entretanto, ele não houvera sido apenas um anjo nos últimos tempos, houvera sido um ser humano também, houvera descoberto o que é sentir. E, uma vez que houvera descoberto isso, nunca mais poderia o desconhecer.
Da mesma forma como houvera surpreendido o homem aos seus pés, aquele mesmo homem o surpreendeu, ao tocar sua mão que apertava o ombro dele, segurando-a em um aperto delicado, entre seus dedos trêmulos, gélidos e suados, calejados pelo tempo.
Castiel se lembrou de que sua mão, seu corpo, não eram reais. Aquela era apenas uma semelhança de sua imagem na Terra. Era o corpo de Jimmy Novak — que também tinha seu espaço garantido ali no céu. O anjo sabia muito bem que o fiel devoto não se importava de dividir um rosto com ele. Jimmy sentia uma imensa honra, de fato.
Por mais que seu corpo não fosse real, os sentimentos remanesciam. Estavam marcados em seu ser. Eram parte de si, para toda uma eternidade. E, mais uma vez, Castiel repetia para si mesmo, em silêncio, em sua mente: nunca poderia desconhecê-los.
— Cas — aquelas simples três letras e ainda assim tão imensamente significantes quando saiam da boca de Dean Winchester, faziam o corpo celestial do anjo transcender e, tinha certeza disso, o núcleo de seu ser reluzente tinha aquele mesmo sentimento familiar de um coração apertando em peito, ou, borboletas em seu estômago.
Dean sentia que poderia morrer à qualquer instante — se é que aquilo era possível, já estava morto, não era? —. Sua mente era um caos, um pensamento atropelava o outro e, assim, não havia espaço para concretizar uma ideia. A pele àspera de sua mão calejada tocava a pele macia das costas da m��o de Castiel. Era isso. Era apenas isso que Dean sabia. E nada mais.
Eles eram reais. Era tudo o que sabiam. E aquele pequeno ato de toque de suas mãos os lembravam disso.
Castiel houvera aprendido muito com Dean nos últimos anos. Entre todas as coisas que aprendeu, uma delas houvera sido tomar iniciativas e nunca esperar que as coisas caíssem do céu. Lembrando-se disso, o anjo praticou o que havia aprendido. Ele segurou o braço esquerdo do caçador com sua outra mão e o puxou levemente, como um incentivo para que ele levantasse.
Dean não encontrava forças para fazer suas pernas funcionarem direito. Não soube como foi capaz de apoiar um pé após o outro, agarrando-se nos braços do anjo ao seu lado para se levantar.
Sua imagem refletia um pobre homem em redenção, encontrando suporte nos braços da pessoa amada, quando nada mais em si fazia sentido a não ser uma única coisa: o amor que havia em si, que era tamanho que poderia se desmanchar em um mar de solidão, quando a única pessoa que poderia o fazer por completo ainda não estava ao seu lado.
Então, o encontro de almas aconteceu. Elas pareciam dançar ao redor uma da outra, como duas auras sendo forçadas a lutarem contra as lufadas de ar gélido das noites frias, vindo de todos os lados. Era como uma corrida contra o tempo que se esgotava rapidamente — irônico, por que agora eles tinham toda a eternidade. Ainda assim, era como se eles estivessem naquela sala novamente.
Cada batida incessante na porta refletiam as batidas errantes do coração do caçador naquele momento. Os segundos indo embora e as palavras engasgando na garganta.
Eu poderia ter feito mais, pensava o Winchester. Na sua mente, ele poderia ter lutado mais por Castiel. Mesmo que fosse levado pelo vazio por toda a eternidade. Mesmo contra todas as possibilidades de saírem vivos dali. Ele deveria ter lutado.
Seria sua forma de dizer eu te...
— Dean — Castiel repetiu o nome dele, como numa adoração. Repetiria para sempre, se fosse assim necessário. Nunca se cansaria de proferir o nome do homem que amava.
— Não, me escute — Dean encontrou a força em sua voz, para dizer aquilo que tanto queria dizer. Não poderia aguentar mais um segundo sem libertar tudo o que estava preso em seu peito e em sua mente.
Eram tantas as perguntas, também. Mas, estas, ele deixaria para mais tarde, se tivesse a oportunidade de perguntá-las ao anjo.
— Eu... — a verdade era que o homem não sabia por onde começar. Seus olhos verdes nunca se desviavam do oceano azul das íris do anjo à sua frente. Suas mãos ainda se agarravam ao sobretudo bege, amassando o tecido entre seus dedos, que ainda tremiam pela ansiedade e nervosismo. Sentia-se como em seus primeiros dias de adolescência, quando ainda não tinha toda a confiança que carregava consigo. Poderia dizer aquelas três palavras, mas sentia a necessidade de se explicar antes. Precisava fazer isso. — Eu sinto muito, Cas. Eu sinto tanto, eu... — o homem suspirou, procurando as palavras certas em sua mente. Eram raras as vezes em que se expressava em palavras e não em ações diretas e específicas. — Naquele dia, eu sinto que poderia ter feito mais. Eu deveria ter feito mais. Billie, ela... ela não... — ar o faltava e se questionava como isso poderia ser possível. Não era hora de botar tudo à perder.
— Dean, você... — Castiel tentou falar, dizer que não era culpa do homem, mas sabia que o caçador era teimoso e isso se demonstrou a seguir, quando foi interrompido por ele.
— Quando você disse aquelas palavras, aquelas palavras das quais eu lembro de cada uma delas, Cas, saiba que eu... eu sinto o mesmo — as mãos do Winchester largaram as bordas das mangas do sobretudo para segurarem o colarinho, num ato desesperado, trazendo o anjo para mais perto de si, que até mesmo poderia sentir a respiração dele em seu rosto. — Você, Castiel, tirou as vendas dos meus olhos. Eu estava cego. Nunca fui um homem de acreditar, mesmo lutando contra o sobrenatural, eu me recusava a acreditar e você me fez acreditar em você, um anjo, o qual me ensinou muito mais do que você diz que eu te ensinei, Cas. Mesmo com todas as diferenças que tivemos nessa longa caminhada juntos, você me ensinou o que realmente é lealdade, quando você escolheu à mim, todas as vezes, e eu não valia à pena, mas isso nunca pareceu te importar, não é mesmo? — o caçador sorriu. — Não importava como. Você sempre acreditou em mim. E me ensinou a sempre lutar pelo o que acredito. E eu sinto muito por não ter lutado por você. Eu não sei o que me deu. Cas, você não merecia. Eu deveria ter ido no seu lugar. Eu. Não você. — o anjo ameaçou dizer algo, mas Dean não o permitiu, continuando sua fala. — E eu deveria ter dito que é você, Castiel, que desperta em mim algo toda vez que mencionam seu nome, ou que escuto sua voz. É o momento em que sou capaz de largar tudo e correr até você. Até mesmo quando penso em você, me pego sentindo algo que nunca senti antes, com ninguém. E você é meu amigo, cara, isso é algo que você sempre vai ser, mas... — essa última frase fez com que o brilho nos olhos de Castiel se apagassem drasticamente, temendo pelo que o homem à sua frente diria à seguir. —, mas não é apenas isso. Você nunca será apenas um amigo, Cas. Por que o que eu sinto é muito além de lealdade, ou, gratidão. É algo que me mata por dentro, que aperta meu peito e me deixa fraco. Nunca acreditei muito nessa coisa de pontos fracos, mas você é o meu. Você é real. E eu não posso deixar de dizer que... — Dean travou, as três palavras entaladas em sua garganta, enquanto ainda tinha seus olhos fixos nos de Castiel, que esperava ansiosamente, palavra após palavra, por aquele momento.
— Diga, Dean. Diga. Não tenha medo. — o anjo o incentivou, desesperadamente.
Dean Winchester se pegou lembrando de todos os momentos que o alertavam de como se sentia em relação à Castiel. Todas as vezes que se pegou o olhando. Todas as vezes em que manteve a postura ereta quando ele passava tão perto. Todas as vezes em que se viu incomodado quando o anjo conversava com outros. Todas as vezes que sentiu a falta dele e chorou por noites inteiras. Todas as vezes em que ficou de luto, como alguém que houvera perdido o grande alguém da sua vida. E todas as vezes em que se pegou olhando para aqueles lábios perfeitamente desenhados e levemente roseados, como estava fazendo naquele exato momento. Era incrível a forma como em um segundo estava olhando dentro dos olhos cristais do anjo e, num piscar de olhos, o seu olhar desviava para aqueles lábios, ora entreabertos, ora dizendo algo importante e, ora, queria tomá-los para si.
Pela primeira vez — era como se sentia, apesar de toda a sua experiência em relacionamentos anteriores — Dean soltou o sobretudo e tocou o queixo do anjo com seu polegar, massageando a pele coberta pela barba por fazer, sentindo-a espetar seu dedo. Castiel se permitiu fechar os olhos e apreciar o simples toque, que dentro de si causava uma explosão de sentimentos humanos.
— Eu imaginei, dia após dia, como seria se tivéssemos mais cinco minutos... — o homem murmurou para o anjo, passeando seu olhar por cada traço dos lábios dele, finalmente alcançando a carne macia com seus polegar, traçando cada canto daqueles lábios, como se estivesse memorizando. — Eu diria o quanto eu... ah, Cas, você me deixa em conflito comigo mesmo.
— Por favor, Dean — Castiel suplicou. Não aguentaria um segundo sequer à mais. Se o homem não agisse rápido, ele agiria.
— Eu amo você — as palavras saíram dos lábios de Dean Winchester pausadamente, como se estivesse manuseando o material mais frágil existente, e assim era dizer aquelas três palavras. Nunca diria para qualquer pessoa, mas sim para aquele o qual realmente merecesse ouví-las dele, e Castiel era merecedor daquelas palavras.
Dean poderia pensar e falar sem medo agora, o quanto amava Castiel, o seu anjo. Nada mais o impedia, nem ele mesmo.
O anjo abriu os olhos marejados pela emoção, refletindo o mar azul claro de suas íris. Encontrou os olhos igualmente marejados do seu protegido, refletindo todo o sentimento que havia em suas palavras. Aquelas três palavras ecoavam em sua mente, aquela voz rouca e profunda de seu amado, como num treinamento para que nunca se esquecesse delas.
— E eu amo você — Castiel repetiu as palavras que houvera dito ao caçador. Era sua reafirmação de sua eterna adoração por Dean Winchester.
Ainda com seu polegar passeando pelos contornos do rosto do anjo, Dean ansiou por uma conclusão física daquelas afirmações. Castiel havia alcançado seu limite, segurando o rosto do caçador com suas duas mãos nervosas e inseguras, sentindo a barba por fazer pinicar suas palmas, e selou seus lábios num beijo — não tinha uma grande experiência naquilo, mas o suficiente para tomar a iniciativa e concretizar aquele momento.
As mãos do Winchester voltaram a agarrar o sobretudo, aproximando ainda mais o corpo do anjo ao seu, sentindo o calor que emanava do ser celestial, envolvendo-o afetuosamente e deixando-o com as pernas fracas — quem nem sabia quando havia recuperado as forças — novamente. Assim, uma das suas mãos subiu para segurar no pescoço do anjo, que desceu uma de suas mãos para a cintura do homem, enlaçando-o e extinguindo qualquer espaço restante entre os dois. Os dois corpos, colados, estavam em estado de chamas. Castiel podia sentir o corpo do Winchester queimar contra o seu, despertando sentimentos ainda mais quentes em sua mente, mas, aquela não era a hora, não ainda. Eles teriam todo o tempo para descobrirem à si mesmos.
— Por favor, não vá — Dean pediu, contra os lábios do anjo. Tinha medo de que aquele fosse um momento único, e até mesmo duvidava de que tudo aquilo fosse real, torcendo para que não fosse uma tortura no inferno onde ele veria seu amado morrer em sua frente de novo e de novo, já não bastava todas as vezes em que reviveu aquela imagem em sua cabeça, todos os dias. Não queria que Castiel fosse embora novamente. Não iria deixá-lo escapar de seus braços.
— Eu não irei à lugar algum, Dean — Castiel afastou um pouco seu rosto para que pudesse encontrar os olhos esmeralda que tanto admirava e reafirmar suas palavras. — Eu estou aqui para ficar com você, ir com você para onde for. Ainda serei um servo dos céus, mas dedicarei o meu tempo à você. Você é minha religião, Dean. Por que eu só realmente à sinto quando estou com você. É você quem eu adorarei todos os meus dias.
Dean não tinha palavras. E não precisava ter. Castiel houvera aprendido a decifrar aquele homem apenas por seus olhares e ações. Ele sabia que era recíproco e amava isso sobre o loiro, assim como tudo sobre ele que amava também. Não havia uma parte de Dean Winchester que o anjo não amava — até mesmo os defeitos eram adorados aos olhos de Castiel.
Dean se sentia completo pela primeira vez em sua vida. Ele tinha tudo o que precisava bem ali com ele. Sam estava ali, seus pais, seus amigos e... bom, o amor da sua vida, Castiel — como era bom poder pensar isso sem sentir estar fora da caixinha.
— Eu deveria estar em um lugar agora — o Winchester disse, acariciando os cabelos castanhos e sempre bem aparados do anjo. Nos braços dele, se sentia seguro. — No Roadhouse. Estão dando uma grande festa lá para os amigos de longa data. E eu sei que parece um passo precipitado para se dar agora, mas, eu não me importo — o loiro balançou a cabeça em negação, com uma ideia em mente. — Cas, eu não quero passar a vida correndo de mim mesmo e das minhas escolhas. E 'tô pouco me fudendo 'pro que vão achar de mim, de nós dois. Você é a certeza mais certa que tive em um longo tempo da minha vida. Então — Dean esticou o canto dos lábios em um sorriso ladino. — o que acha da gente ir nessa festa? Rever os velhos amigos e tomar uma juntos?
— Eu compreendo o quanto isso deve ser novo e assustador para você, Dean, e não da mesma forma que é para mim, mas, pelo tempo que passei na Terra, compreendi a complexidade dos relacionamentos homoafetivos quanto à forma como eles são vistos pela sociedade e, eu digo que o que você quiser está bom para mim, desde que esteja confortável com essa decisão — Castiel disse, abrindo um pequeno sorriso, que foi capaz de encorajar ainda mais Dean em sua decisão.
— Então, você dirige — o loiro enfiou a mão no bolso da calça procurando as chaves da baby, que estava estacionada à poucos metros deles. Entregou as chaves na mão do anjo, piscando para ele e se afastando, indo em direção à seu carro.
Castiel abriu um sorriso ainda maior, apertando as chaves em sua mão e indo para o lado do motorista. Ambos entraram no carro, tendo sua primeira discussão como casal — como se já não houvesse tido muitas outras antes.
— É você quem sempre diz que o motorista escolhe a música — Castiel argumentou após Dean pegar a caixa de fitas cassete e procurar alguma banda ou cantor para servir de trilha sonora para a pequena viagem deles.
— A caranga é minha e eu disse pra você dirigir, deixa a música pra quem realmente entende do assunto! — resmungou o caçador, escolhendo nada menos do que uma mix-tape de músicas românticas de Robbie Willians, enquanto o anjo ao seu lado ainda tentava argumentar. Assim que Dean colocou a fita cassete para tocar, Castiel se calou. Ele já havia ouvido aquela música em algum lugar.
— Robbie Willians? — questionou o anjo, que demorou, mas lembrou-se de que aquela era uma das músicas presentes na mix-tape que havia ganhado de presente de Dean.
— É um clássico! — exclamou Dean, balançando levemente a cabeça para um lado e para o outro ao som dos primeiros acordes de Angels. Então, começou a cantar junto com a música, enquanto Castiel dava partida e pegava a estrada iluminada pelas chamas alaranjadas do sol que se punha ao horizonte.
Era como se toda uma vida o anjo rebelde e o humano falho houvessem contemplado aquela vertente do amor da qual desfrutavam. Nada havia mudado — a não ser pela troca de carícias e beijos e as palavras que sofriam para sair da boca de Dean, que era melhor em fazer do que falar. E foi esse pensamento que acompanhou o homem durante toda a curta viagem, ao som de Angels, repetidas vezes. O Winchester imaginava tudo o que pretendia fazer com seu anjo pela próxima eternidade, por que o que não lhes faltavam era tempo e ele pretendia aproveitar cada infinito segundo com o qual era agraciado à vida no além.
Dean amaria Castiel de todas as formas possíveis, como uma adoração e eterna lealdade e redenção ao anjo que o salvou e o enxergou de uma forma que nunca nenhum outro alguém poderia ter feito por ele — o anjo que, entre todos os universos e todas as histórias existentes, não se rendeu ao simples destino e suas regras distorcidas, os levando até ali, àquele exato momento.
E tudo por que amou um humano.
"Então, quando deito na minha cama
Pensamentos correm na minha mente
E eu sinto que o amor morreu
Estou amando anjos em vez de alguém"
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mommabird1772 · 2 years
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Happy Witchcore Samantha Wednesday!
For those of you who are new here, this orginally stemmed from my obsession with Sam Winchester and Sastiel in the Supernatural fandom, and in an attempt to provide Sam a better life, created an AU with a transgender MtF witchcore Samantha, a genderfluid cottagecore beekeeper/gardener Cas, and non-binary toddler Jack
New audiences call for a slight change in direction, and while Samantha, Cas, Jack, and I are still available to answer questions about the family, Witchcore Samantha Wednesdays will now be focusing on making moodboards that fit the cottagecore and witchcore vibe. Suggestions and prompts are always welcome, just shoot me an ask or a DM! Today's moodboard is dedicated to @lord-kaira, who suggested the theme of embroidery.
Also, a big THANK YOU to everyone who liked and reblogged my last two moodboards! The Samhain hit over 120 notes and the Dia De Los Muertos is pushing 250!!! Thank you for all your love and support!
As with the rest of my moodboards, none of these pictures are my own, and I claim no credit for any art or design used, only for the concept created
Tagging: @somethxng-angel @lord-kaira @hexlorde @regnumveritatis @need-that-sastiel-serotonin @ruinedsam @allieyourally @stemroses @eunoiastarz @wendibird @thewinchestersruinedmylife0924 @sassyfoxunknown @oh-no-its-danger-gays @heaven-ecologist @the-gray-ghosty @stuckysdaughter @clairenovak-winchester @moostiel @fandom-hoarder @magpie-wings @mxltivxrse2020 @hey-its-moss @fae-and-night @twobrothersoneheart @annoyingdinosaurnoises @kayla-sparrow @fangirlxwritesx67 @nvybloo @cowboyincest @zwahkmuchoney @cordellwinchesterwalker @willgrahamscat @mychem1calbr0mance @chimerazodiac
(If anyone wants to be added to/removed from the weekly tag list, DM me and let me know! I'm also open to suggestions for moodboards that fit the cottagecore/witchcore theme, although I'd like to do an Indigenious moodboard for Thanksgiving- if anyone has any Native heritage and would like to share their traditions, let me know!)
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lol-jackles · 4 months
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https://deadline.com/2023/12/motorheads-drake-rodger-johnna-dias-watson-josh-macqueen-mia-healey-1235655979/
This role seems to have a very John Winchester esque vibe, which is an odd choice considering he already tried and failed at that. Do you think this is a case of an actor trying to be something he’s not, or a chance to show that he can do well with better writing/direction?
"Rodger has been cast as Ray, Curtis’ charismatic (Uriah Shelton) brother who seems like a good guy but isn’t afraid to be on the wrong side of the law. He has a scary side that isn’t seen often, but when it is, it’s chilling"
I'm gonna be mad if Drake successfully pulls off a John Winchester in Motorheads, it will prove that Robbie Thompson screwed us out of the real John Winchester prequel we deserved.
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