Um Mar de mim
Leia-me. Mas leia até o final (se é que em me existe final), leia todas as páginas com atenção e a intensidade que cada uma delas exige.
Não fique pela metade, não leia de qualquer jeito, leia-me com carinho, com calma.
Não tente saltar as páginas, todas elas são necessárias.
Prometo que vai ser bom, cativante e muito interessante, prometo-te altas risadas, momentos stressantes, mas não duradouros. Prometo que não vais-te arrepender. Leia-me por completo, leia-me de verdade. Mergulhe nas minhas águas, mas mergulhe de cabeça, sem medo. Não sirvo para quem só quer molhar os pés, não pense que sou rasa, isso não.
Tem que querer entrar, tem que saber entrar no oceano que eu sou, saber que nem sempre as minhas águas serão tranquilas, que por vezes a maré estará alta, ondas grandes e mar bravo. Mas também sei ser um rio tranquilo, de correnteza calma, de água-doce e cristalina.
For favor, não tenha medo pq é disso que eu preciso, de quem não tenha medo de me ler, de entrar nas minhas águas, de mergulhar na minha intensidade e de quem me entenda quando eu falar em reciprocidade. Pq se for para amar eu vou transbordar de amor.
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Não deu se quer "bom dia"
A pergunta parece que estava entalada, incomoda na sua garganta, assim que me viu, disse:
"Você parece que não precisa de mim. Por quê?"
Fiquei tentando processar, conhece a minha história, as minhas lutas, já acariciou cada cicatriz minha e pergunta por que?
Fiquei olhando seus olhos negros como a noite, eles pareciam ansiosos a minha resposta, os lábios se mexiam sem sair uma palavra ou som algum.
Eu amei este homem por tantos anos, tanto amor, risos, choros, angústias e percebo que ele não me conhece de verdade, chorei em seus braços, sorrir, compartilhei e ele não soube me ler, interpretar.
Criamos um novo CPF, compartilhamos nossos DNA e essa pessoa que eu rotulei como amor da minha vida, não me leu, me viu e não enxergou
Diante do meu silêncio, ele clama para que eu lembre da nossa história, do nosso amor, de tudo que vivemos, está mais ofegante, desesperado, promete pegar um voo ainda hoje, levanta, senta, mostra a mala. E eu só consigo pensar o que eu também não interpretei, ele repete "euteamo", sem tempo de pausa ou respiro, como se essa frase fosse nos salvar é tarde.
Está curta frase que sai da minha boca sem eu ter previsto, não é por impulso, é calma, serena, é tarde.
É tarde para remendar o que quebrou, para recomeçar, é, tarde mesmo para tirar o amor do pause. É tarde para que o plural ainda faça sentido
Não acabou o amor, só é tarde pra tentar mais uma vez...
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ah e os chamados 'casuals' também podem ir para o caralho, seja de que clube forem. Se mostram o vosso amor ao clube a agredir e mandar pedras a outras pessoas, fiquem em casa que literalmente ninguém precisa de vocês oh atrasados do caralho
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Eu aceito as indas e vindas, entendo a natureza e a física... Isso é sobre as ondas no mar, as marés. Eu não poderia prender entre os dedos cada gota de água, se eu feito a brisa me desfaço ao leve toque, mas não poderia seguir sem admitir que a neurose sussurra ao ouvido nas minhas noites intrusivas, entretanto o meu eu mais lúcido entende que pouco importa se a onda vai ou vem, o que importa é que tem água e a regra da natureza é universal, onde tiver água terá vida. Desde essa percepção tudo foi sobre reaprender a nadar, assim como toda a forma de vida da terra, sem medo de afogamentos, recomeçar de onde parei, o tipo de processo que é feito com calma, devagar, um pé de cada vez até a cintura, mexendo os braços e as pernas como quem tenta voar entre a densidade da água, até estar pronto para mergulhar de cabeça, e eu quero estar pronto... Ser corajoso diante das tempestades, entender toda a biodiversidade do sistema, estar ciente de toda a complexidade do clima, longos processos. Então pouco importa se as ondas vem e vão, se virão calmas e aconchegante, se quebrarão frias ou se não virão amanhã ou depois de amanhã, no fim vão estar onde a física permitir, existindo com ou sem mim, conferindo algum sentido a existência, e isso já basta, faz com que eu sinta que algo no mecanismo do mundo está certo. O que cabe a mim nesse contexto é aproveitar as ondas que vem e as que vão nos dias calmos, aceitar os tempestuosos e nos dias mais feios, admirar sentado da areia com a sensação nostálgica que abraça apenas quem já foi, em algum momento da vida, um coacervado.
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