Tumgik
#minhas escritas
soprodemar · 1 year
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Não há cálculos suficientes pra contar quantas vezes eu quis me desfazer da minha pele e abandonar meu próprio corpo.
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viena-sla · 6 months
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Penso. Sinto. Respiro algo que não identifico. Meu foco e sentimentos estão em coisas que morreram a muito tempo. Não entendo o por que eu estou pensando em coisas do tipo ainda.
Sou um anjo por amar quem amo?
Ou um demônio por odiar quem odeio?
Não sei a resposta para a maioria das perguntas que faço.
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naquelamesa · 1 year
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“Mesmo que esteja bem com as mazelas do passado, em algum momento, seja ele qual for, elas irão te assombrar.”
Patrick Gomes da Silva
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ingridques · 2 years
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Eu sabia que você não ia ficar, mas doeu tanto.
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Eu não penso nas consequências, eu apenas sou, apenas vivo e apenas amo.
Alba Baptista
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sieanityr · 20 days
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Sobre caminhos
Eu amo a paisagem da passagem, para então amar o destino
Eu amo admirar-te, para então amar teu beijo
Eu amo a sensação da saudade, para então amar o reencontro
Acho que é sobre isso
Amar cada caminhada
Amar cada detalhe, para então amar o todo
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la-tuacantante · 1 month
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Tumblr media
Deja vu,
Meu coração parou enquanto você se aproximava.
Senti teu coração bater desenfreado em meu peito como se estivesse batendo por dois.
Seus olhos continuam me dizendo tudo o que sua boca não diz.
Mas que tão de errado eu fiz pra nunca mais poder olhar dentro deles ?
A pausa
O suspiro
O encontro dos lábios
A tua certeza não é mais incerta.
Teu beijo me faz perceber que a gravidade é ilusão.
Nossos narizes dançam enquanto nossos olhos observam o que a vida poderia ser.
Suas mãos não estavam frias.
Você toca meu corpo e cada detalhe em mim te espera como a seca espera a chuva.
Você nunca parece surpreso em perceber que eu sou sua e eu me levo na ilusão de pensar que você é meu também.
Eu estou sempre pronta, certa e tranquila, porque ter você dentro de mim é uma sensação imensurável.
Mas já se vai...
Agora que seu rosto não foge meus carinhos
Que seus cabelos estão mais perfeitos que nunca cobrindo meu corpo
Se vai
Agora que não tira meus dedos entrelaçando dos seus
Que cheira meu corpo pra guardar na memória oq você sabe que nunca mais vai esquecer
Que suas mãos estão tão quentes quanto seu corpo
Se vai
Agora que me olha nos olhos e beija minha boca com cuidado
Agora que repousa a cabeça em meu peito para descansar o seu ápice
Se vai
E agora a gravidade me derruba nesse concreto frio e duro
E meu corpo grita de abstinência
E meu coração partido tenta continuar batendo
E eu penso, "acabou" ?
E de novo, a mesma sensação de sempre...
De que toda vez você tem que ir e parece não querer
E ... Toda vez eu fico, querendo ter ido com você.
Deja vu
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umundomeu · 1 year
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Estou viciado em você. Eu provei a sua mente, e agora eu não consigo esquecer o seu sabor.”
- desconhecido
Hortelã.
Você tinha gosto de hortelã, baby.
Era única coisa que eu conseguia pensar depois de termos passado alguns minutos nos beijando. Eu não conseguia tirar o sorriso dos meus lábios. Eu só queria fazer aquilo, de novo e de novo. E de novo.
Droga! Eu poderia passar o resto da minha vida te beijando.
(Aposto que esse foi o melhor beijo da sua vida, haha)
Eu não via a hora de te beijar novamente, aliás de fazer muitas coisas com você.
Mas você gostava de me torturar as vezes amor, aliás sempre gostou. Estava me ensinando a ser paciente com essa distância para ter esse beijo de novo.
Em dias comuns me lembrava de como os seus olhos me chamaram naquele primeiro dia. O quanto aquele olhar intenso e cheio de mistérios me fez querer mergulhar em você para saber como funciona tudo aí dentro.
Eles me fitaram de uma forma que não consigo descrever a sensação.
Lembrar do seu beijo é como me derreter ao som apaixonante de Ed Sheeran em suas canções profundas onde ele fala : Eu poderia cair ou eu poderia voar
Aqui em seu avião
E eu poderia viver, eu poderia morrer
Me segurando nas palavras que você diz
E eu sou conhecido por dar tudo de mim
E mergulhar com mais força do que
Dez mil pedras no lago
E aredito que naquele dia eu percebi que estava em seu avião, sem saber qual a direção ou destino que iria me levar mas eu mergulhei.
-umundomeu
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filipemduarte · 2 years
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O Observador de Pessoas.
    Se existe algo que me intriga e me causa uma curiosidade inconcebível são as pessoas, mas não qualquer pessoa. Existem incontáveis pessoas pelo mundo, pessoas cujas rotinas mudam e variam todos os dias, sem contar com as milhares de linhas de pensamentos, raciocínio e reflexões que os seus cérebros tinham todos os dias. Se eu pudesse ter um poder para ter desde o berço de meu nascimento, eu definitivamente teria escolhido a capacidade de ler a mente de outras pessoas. Não por motivos suspeitos ou pervertidos, de forma alguma, mas existem certas pessoas cujos pensamentos parecem ser tão nublados, misteriosos e únicos que ter a capacidade de conhece-los seria como ler um bom livro, entretanto, também há fato de que o mistério é metade da diversão quando se encontra uma dessas pessoas. Eu posso concordar com o fato de que observar o comportamento de alguém, a maneira como essa pessoa interage com os outros e como os outro interagem com ela, é uma parte da diversão de ser um observador de pessoas – o que eu me considero.
    Antes de começar de fato, devo assumir que o meu pequeno passatempo de observar pessoas pode parecer um pouco sinistro e até suspeito às vezes, por isso eu peço perdão, mas eu não trajo nenhuma má intenção com os meus atos e se algum dia eu percebi que isso incomodava a pessoa cujas atenções de meus olhos e pensamentos estavam sendo voltadas, ou até mesmo minhas ações causavam algum mal, eu parei o que fazia quando estava fazendo. Mas devo também assumir que, a maioria nunca percebe que está sendo observada.
    Em toda a minha adolescência, eu sempre amei observar pessoas e isso começou desde a minha infância, quando, sozinho em casa, tudo que eu podia fazer era ver as pessoas que andavam pelas ruas lotadas do lado de fora. E a vida de uma criança que cresceu em uma cidade grande é entediante quando não se quer nem estudar ou brincar, passei a fazer jogos para mim mesmo, tentando descobrir o que aquela pessoa fazia, como era a vida dela e o que ela pensava. Este jogo ficou tão intrínseco em minha mente que eu passei a fazer isso todo o tempo, e assumo, era divertido no começo, depois apenas passou a se tornar maçante e entediante. Todas as pessoas pareciam ser iguais: monótonas, cinzentas, iguais, medíocres e com pensamentos e comportamentos comuns. Quando eu finalmente entendi o ritmo que a maioria das pessoas seguia eu entendi o quão entediante o mundo pode ser, as pessoas não eram interessantes, elas eram todas iguais. Todas seguiam o mesmo ritmo e pensamento como se fosse algo padronizado produzido em uma fábrica e vendido aos montes em lojas de departamento. Pensamentos passaram a ser fabricados e padronizados, comportamentos eram repetidos à exaustão e ninguém parecia perceber que algo havia de errado! Era aterrorizante e depois, se tornou tedioso.
    Eu não lembro quem foi a primeira pessoa interessante que eu encontrei depois de tanto tempo de desilusão, mas eu lembro que eu acabei descobrindo que algumas pessoas podem quebrar essas baixas expectativas que eu tinha. E eu não digo isso por que as pessoas que eu julgo “interessantes” são extravagantes ou especiais de alguma forma, não. Para os olhos do mundo, muitas dessas pessoas são pessoas comuns, vivendo as suas vidas as vezes soturnamente e as vezes normalmente, o que as difere do resto da humanidade é o curso de seus pensamentos que refletem em seus mais sutis comportamentos e conversas. Geralmente demora um tempo para eu perceber que alguém é dessa forma, requer certa análise. Eu usualmente começo percebendo algum traço comum: um comportamento soturno, uma pessoa solitária, um leitor ou alguém que gosta de rabiscar sozinho, uma pessoa que encara o céu nublado ou alguém bem organizado, entre outros. Depois eu começo a observar como ela reage a certas coisas e como ela se comporta no dia-a-dia dela e por aí vai. Essa forma de observar só funciona se eu frequentar rotineiramente o mesmo local da pessoa que eu estiver observando e é claro, ela não saber que está sendo observada. E como eu disse anteriormente, geralmente demora um tempo para eu perceber que alguém pode vir a ser interessante e as vezes até mesmo a minha análise inicial cai por terra, mas... Isso foi diferente com uma pessoa, um garoto. Eu notei imediatamente que havia algo de especial naquele garoto que se sentava na carteira no fim da classe e foi graças a ele também que eu decidi abandonar completamente o meu passatempo de observar pessoas e agora... Bem, agora as pessoas me causam um terror absoluto.
    Assim como muitos outros, nós frequentávamos uma escola preparatória integral que ficava relativamente afastada da cidade. Dormíamos por lá e durante os finais de semana podíamos escolher ficar na escola ou voltar para casa para descansarmos. O local era relativamente interessante e não tinha nada digno de nota, nunca chegava a atrair muitas pessoas muito interessantes ou especiais, especialmente na minha classe onde a maior parte das pessoas eram extremamente previsíveis: frequentadores de festas, adolescentes que queriam beber para se sentirem adultos e bajuladores. Este último era o que mais me entediava, alguém que não tinha nem mesmo uma personalidade e buscava se encontrar na dos outros, eu devia mesmo é acreditar em Maquiavel e seguir com o meu dia a partir daí. Porém, quando eu notei aquele garoto pela primeira vez eu percebi algo diferente nele. Não chegava a ser paixão ou obsessão, mas se eu pudesse classificar o meu sentimento inicial pela primeira vez seria o de um interesse profundo, como se um cientista tivesse acabado de encontrar o espécime perfeito. E não vou mentir, estávamos no segundo mês do último ano que eu iria frequentar aquela escola e eu nunca tinha percebido aquele garoto no fim da sala, na carteira ao lado da grande janela marcada pelo tempo. Apenas o modo como os olhos dele se deleitavam sob o céu de um dia nublado, cujo olho comum apenas via uma imensidão branca, aquilo foi o suficiente para eu saber que os pensamentos dele não estavam no céu nublado ou no mundo que o cercava, mas sim no seu próprio mundo de reflexões e pesares, os seus olhos não demonstravam tristeza ou euforia, apenas a plena e pura reflexão. A sua mão apoiada no queixo segurando a cabeça no lugar e as suas pernas cruzadas enquanto apenas o seu caderno estava em cima da carteira, ignorando por completo a aula à sua frente, foi tudo o que consegui ver de primeira análise. Me encantei, o que eu não entregaria de mim para ter aquela tão sonhada capacidade de invadir os seus pensamentos com um intruso curioso, para dissecar suas reflexões e deleitar-me sob as suas palavras não faladas.
    Mais tarde no ano, descobri que o seu nome era Nathan Carver, que ele era um garoto soturno e que tinha entrado no começo do ano para a nossa classe. Ele era tão silencioso e invisível que poucos também tinham notado a sua presença. Ele não era mal-educado ou evasivo quando as pessoas falavam com ele, mas ninguém realmente parecia estar interessado em falar com ele. Suas respostas eram curtas e sempre que se iniciava uma conversa, parecia que se entrava em um beco sem saída, onde as suas respostas pareciam sempre dar uma finalidade ao assunto e ele voltava a encarar o horizonte dos corredores ou da sala onde se encontrava. Seus olhos eram cinzentos, sem cor e para todos os outros propósitos, ele era para ser um garoto entediante e sem graça. Então por que eu o achava tão intrigante? Será que o meu cérebro tinha pregado pessoas em mim e me enganado? Foi alguns dos pensamentos que correram através da minha mente através de algumas semanas quando minha desilusão com Nathan pareceu crescer, mas algo aconteceu que mudou isso totalmente.
    Durante uma semana, as provas se aproximavam e eu estava extremamente atrasado em muitos conteúdos. A minha obsessão em observar os mais minuciosos e simples comportamentos de Nathan me custaram a atenção que eu costumava voltar às aulas. Eu conversei com os meus pais e eles concordaram em me permitir ficar na escola durante os finais de semana para eu esforçar-me em meus estudos. Eu nunca realmente tinha ficado nos finais de semana na escola, então era uma experiência nova para mim e excitante no começo, mas a única diferença era que a escola ficava extremamente mais vazia e silenciosa, durante a noite tínhamos como escolher qualquer dormitório se quiséssemos, apesar de sempre acabar gravitando na direção do nosso próprio, e podíamos escutar quase qualquer som nos corredores quando anoitecia. Foi esse último fato que me fez acordar durante uma das madrugadas sonolento e cansado, com a minha mente ainda flutuando ao entorno de equações matemáticas dos estudos ainda recentes e frescos. Eu escutei a voz de alguém reclamando e batendo contra algum objeto pequeno no corredor, foi quando me esgueirei para espiar e vi Nathan Carver tentando fazer uma lanterna funcionar e depois de alguns sussurros irritados e batidas na lanterna, ele conseguiu. Ele estava totalmente vestido, com calça e botas, carregava consigo também, além da lanterna, um buquê que flores. Admito que, naquele momento, as chamas que haviam se apagado da curiosidade por Nathan tinham sido acesas subitamente como uma grande fogueira cerimonial, porém, até que eu me vestisse e me arrumasse para segui-lo, o que eu imaginei que, pela sua vestimenta, ele estaria indo para fora da escola, eu já tê-lo-ia perdido de vista. Na outra noite, era segunda-feira e apesar de eu esperar ansiosamente, Nathan não veio.
    Decidi novamente ficar outro final de semana na escola, mesmo depois das provas já terem passado, arrumei alguma desculpa para com meus pais e fiquei esperando, mais preparado, na fresta da minha porta daquela vez. Até que escutei os passos e vi Nathan passando, novamente com outro buquê de flores e uma lanterna, a mesma lanterna falha de sempre. Só que dessa vez, eu o segui. Acompanhei-o furtivamente pelos corredores, pelos jardins da escola, pelo pátio e até fora dos campos da escola, onde um monte repleto de grama descia para um bosque de pinheiros que parecia interminável e extremamente sinistro durante a noite. Nathan entrou no bosque sem titubear, mas eu hesitei. Estava sem luz e já quase tinha tropeçado várias vezes em solo plano, imagine no meio de um bosque, sem contar com o fato de que nada parecia mais suspeito do que aquilo. Meu medo me segurou naquela noite e eu voltei, mas fiquei com um sentimento de arrependimento, no final, a curiosidade venceu-me outra vez e me encontrei acompanhando Nathan no outro final de semana, mas dessa vez, eu adentrei no bosque junto dele. Nos dias anteriores, eu tinha me arriscado de fazer esse caminho durante o dia para saber quaisquer largas pedras ou raízes no caminho. A baixa luz da lanterna de Nathan me auxiliava e com uma furtividade que eu não sabia que tinha, eu acompanhei Nathan até que eu consegui ver luzes mais a frente: era uma estrada, Nathan olhou para os dois lados com cuidado e atravessou, entrando no bosque do outro lado. Na minha ansiedade eu não olhei e apenas atravessei, entrei no bosque também e continuei a segui-lo, até alcançarmos o que parecia ser o objetivo de Nathan desde o início, um cemitério abandonado.
    Eu sabia que era arriscado e inconsequente, seguir alguém desconhecido durante a noite através de um bosque e acabar em um cemitério abandonado, mas admito que naquele momento, eu era um investigador, um observador curioso que estava prestes a ter uma grande revelação. Nenhum cientista ou pesquisador deixa de ficar ansioso quando está prestes a ter uma grande pista em seu projeto de meses, por que eu pensaria racionalmente? Mas admito que quando chegamos ao cemitério, alguma ficha caiu e eu comecei a hesitar, porém, já estava lá e o que eu podia fazer era observar. Juro por tudo que, naquele momento, se eu tivesse simplesmente me virado para ir embora, as coisas seriam diferentes.
    Nathan começou a andar pelo cemitério, à passos curtos e acostumados. A lanterna fraquejou e ele sussurrou algumas palavras de reclamação com o objeto antes de voltar a se dirigir à um túmulo, mas antes, ele parou e olhou com um olhar feio e medroso para um dos túmulos a sua direita, eu fiquei intrigado, mas ele apenas passou reto e evitou olhar para ele pelo resto do seu tempo ali. Em seguida, o garoto ajoelhou-se na frente de outro dos túmulos, sujando a sua calça de terra úmida, colocou delicadamente o buquê sobre o túmulo e começou a sussurrar algo, como a curiosidade me abateu! Eu precisava saber, que precisava ouvir o que ele estava falando então eu dei a volta, circundando o cemitério por fora até passar pela mureta baixa e me esconder atrás de um mausoléu abandonado, onde pude apenas escutar as últimas palavras da voz baixa de Nathan falando: “Desculpe-me, foi culpa minha.”. Então ele levantou-se e partiu, reclamando da lanterna uma última vez e tentando evitar olhar o túmulo que ele tinha olhado estranho na ida.
    Eu fiquei atônito, por um momento tive medo e por outro, tive certa decepção. Será que Nathan Carver apenas vinha aqui para lamentar a morte de um conhecido e eu estava bisbilhotando a sua vida pessoa tão profundamente assim? Será que eu tinha finalmente entendido a culpa de Nathan sobre algum evento que ele se julgava culpado e tinha entrado em algo mais deprimente e pessoal? Me senti culpado e decidi partir, até mesmo a minha curiosidade para saber de quem era o túmulo das flores tinha se esvaído antes de eu começar a me perguntar as coisas mais óbvias: Por que ele não tinha aqui durante o dia? Por que vir estritamente à essa hora da noite? Talvez fosse mais fácil sair da escola durante a noite, mas mesmo assim, valia a pena o risco? Foi então que os meus olhos e atraíram para o túmulo que ele olhara estranho antes de entrar e antes de sair. Minhas pernas tremeram e algo perfurou o meu peito com tamanha intensidade que a minha respiração hesitou. Eu empalideci e comecei a tremer violentamente quando li as palavras velhas inscritas no antigo túmulo: “Nathan Carver. Falecido em um acidente de carro.”
    Nathan Carver? Morto? Então quem era aquele Nathan Carver que eu estive observando por meses? Quem era aquele garoto que eu tinha seguido e que a curiosidade tinha me forçado a esgueirar-me para fora da escola durante a noite para dentro de um bosque? De quem era aquela voz calma e silenciosa? Isso me atingiu como um raio e logo eu corri para ver o túmulo das flores ainda pensando como aquilo podia ser uma pegadinha muito bem elaborada. Talvez ele não tenha gostado o fato de que eu estava observando-o e decidiu pregar uma peça em mim, sabendo que eu era curioso talvez tenha passado pelo meu quarto de propósito... E então eu li o que estava escrito no túmulo onde as flores estavam postas, não deve ser surpresa nenhuma saber que ali estava escrito o meu nome onde eu também tinha morrido em um acidente de carro. O mais cômico de tudo era que a data era daquela exata noite.
    No começo eu me aterrorizei, assumo. Achei que eu estava vivendo um verdadeiro horror até começar a pensar em como aquilo era uma pegadinha muito bem elaborada. Eu chutei s flores irritado e comecei a partir à passos apressados para fora do cemitério, para fora do bosque o mais rápido que pude. Meu coração palpitava e eu começava a perder a concentração dos meus arredores, perdido em pensamentos rápidos que variavam entre medo e raiva. Eu nem percebi que estava atravessando a estrada antes de ouvir a buzina nos meus ouvidos e as luzes do farol ofuscando a minha visão. Por pouco eu não fui acertado pelo carro em alta velocidade, eu me senti sendo puxado para fora do caminho e de repente eu estava no chão, com o coração ainda mais rápido. Olhei para o lado e não tinha ninguém, quem me puxara? Ou fora apenas uma sensação estranha? O carro parou e alguém começou a descer, mas mais pensamentos entraram na minha mente, como o fato de que estar me esgueirando para fora da escola, eu não podia ser visto então eu corri para dentro do bosque apenas para ouvir a voz do homem do carro: “Garoto? Você está bem? Garoto!”, a sua voz desapareceu na distância enquanto eu corria pelo bosque. Meus pensamentos nunca deixavam de correr de um lado para o outro, como eu quase realmente morri naquele momento e como eu nunca tinha percebido, sem a luz de Nathan para me guiar, como o bosque era escuro e como aquela estrada também era mal iluminada.
    Voltei para a escola onde não encontrei mais Nathan Carver e nem pretendo ainda. Hoje é domingo e amanhã voltam as aulas. Não mais ficarei observando Nathan, mas se um dia eu encontrar a oportunidade, irei confrontá-lo. Já é relativamente tarde da noite, mas ainda me encontro ansioso demais para dormir, por isso decidi escrever isso, talvez para que estes pensamentos saiam da minha cabeça e entrem para sempre num papel, onde ficarão presos longe de mim. Eu nunca notei como esse lugar é realmente silencioso, como é frio e como as pessoas podem ser assustadoras.
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rinconliterario · 10 months
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"É lindo coexistir entre tantos com alguém que vê a vida como uma arte e que a arte é tudo. É lindo a arte de coexistir e coincidir com alguém que compartilha o mesmo olhar no ambiente. Olhares recíprocos testemunhas dessa cumplicidade."
Michelle Buletti 
(click aquí para conocer mis redes)
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soprodemar · 1 year
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fecho meus olhos e vejo os teus.
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viena-sla · 6 months
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“Me frusto por situações que sei que posso melhorar. Com mais paciência, tempo, e prática. Eu só não consigo parar de pensar que tudo isso é um erro…”
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naquelamesa · 8 months
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DOS LIVRAMENTOS DA VIDA
"Agora entendo porque estou sozinho. As pessoas não estão se livrando de mim, me jogando de escanteio, ou coisa do tipo.. mas estão me livrando delas mesmas, e de suas maldades."
Patrick Gomes da Silva
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fannyink · 2 years
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É que, sou um pouco pessimista. Não acredito que as coisas possam dar certo pra mim.
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Você sempre soube me encorajar, sempre me fez sentir como se eu fosse imbatível, você só não me ensinou a agir quando o problema a combater era você.
TN.
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demonizando · 2 years
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meu peito queima como quem toca uma pedra de gelo e deixa a mão ali por alguns segundos; talvez eu derreta, talvez eu entre em combustão. mas viva será impossível
- meu suicídio silencioso.
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