Tumgik
#hipersexualização
girlblogging9 · 2 years
Text
Vamos refletir
Bem pessoal,vou expor algumas questões que andei refletindo há um tempo e sei que outras pessoas atravessam situações similares e indagações semelhantes,eu não gosto muito de discutir com outras pessoas sobre isso prefiro apenas escrever e deixar registrado,então depois de um tempo eu volto a ler e vejo se algo mudou e acabo apagando algumas coisas quando algo mudou,seja uma reflexão ou opinião. Eu sempre digo que sou uma metamorfose ambulante,ou seja,sempre estou em constantes mudanças boas ou ruins,então o que eu sou hoje posso não ser amanhã.
Ao longo da minha vida eu conheci muitas pessoas,eu não tive muita sorte nestes aspectos a maioria delas aparentemente pareciam ser ótimas,mas ao longo do tempo eu vi a verdadeira face de cada uma e com essas experiências minha misantropia que tenho desde pequena com o tempo agravou-se,eu vi muitas coisas ao longo da minha vida e eu conheci o pior lado da humanidade e você os encontra principalmente em religiões,foi quando eu percebi que demônios não habitam no inferno e sim aqui e a maioria não é nada do que diz ser,usam máscaras o tempo todo. O inferno não está abaixo da terra como alguns pregam na verdade ele é exatamente aqui onde estamos.
Uma das coisas que mais sinto falta em relação a minha essência é minha inocência, esperança e amor que havia dentro da minha alma e foi roubada de mim por "demônios" que atravessaram meu caminho,o primeiro grande impacto negativo que sofri na minha vida e me gerou traumas foi em meados de 2014,nessa época parte de mim foi destruída por essas pessoas e eu não matei cada uma delas porquê na época não queria apodrecer em uma prisão mas era e ainda é o que cada um deles merecem,nenhuma delas reconheceram seus erros ou me pediram perdão por isso,então foi aí que comecei a perceber a podridão da minha espécie,Homo Sapiens. Comecei a me fechar para o mundo e às pessoas nessa época e me dedicar apenas aos meus estudos,foi então que minha jornada nos livros perpétuo até hoje e com o meu desenvolvimento intelectual fui percebendo e enxergando coisas que ninguém percebia e passei a ser incompreendida pela maioria e muitas coisas foram perdendo o sentido para mim.
Na verdade eu não espero um pedido de perdão de nenhuma dessas pessoas, porquê eu jamais às perdoaria,mas ao menos eu esperava de cada um deles a decência de cada um deles reconhecerem e assumirem seus erros,não me refiro apenas aos de meados de 2014 mas também os que vieram depois. Porquê a única coisas que todos eles fizeram até hoje foram se camuflar e esconder e denegrir a minha imagem com questões inverídicas,todos eles são criaturas covardes,dissimuladas,sádicas e mau-caráter. Então foi aí que aprendi que alguns nascem com um único propósito na vida, destruir,matar e roubar e aos domingos estão em uma igreja ou vivendo suas vidas como se nada tivesse acontecido ou qualquer outra coisa que o camufle.
Devido a todos os abusos que sofri ao longo da minha vida perdi a chance de ser uma pessoa comum e normal como a maioria,então parte da minha vida se resume a remédios e tratamentos,além do julgamento e condenação que sou obrigada a ouvir diariamente de ignorantes que nunca tiveram capacidade de estudar bons livros e se acham no direito de argumentar sobre coisas que não entendem,o famoso pseudointelectual.
Ao longo do tratamento e tempo tentei recuperar partes de mim que foram roubadas e destruídas, porquê eu realmente sinto falta do que eu era mas não consegui e meus médicos disseram que isso é impossível mas mesmo assim eu tentei ir contra o argumento deles,"fé no impossível"...E uma das consequências dos abusos que sofri desencadeou a hipersexualização que no fundo eu odeio mas é um fator das múltiplas personalidades que meu cérebro produz,parte do meu sistema neurológico digamos que foi destruído e a consequência são problemas de memórias,dores,problemas cognitivos,alta probabilidade de desenvolver doenças degenerativas mais cedo,tem cura? A resposta é não,dizendo de modo mais simples muitos neurônios importantes foram apagados para sempre.
No passado o meu sonho era construir uma família mas hoje em dia essa parte foi arrancada de mim,eu não consigo criar laços afetivos como antes e vivo no modo sobrevivência a maior parte do tempo,tenho fobia social e síndrome do pânico,PTSD,então quando vejo alguém que conseguiu ter a sua família eu fico feliz por elas porquê isso foi arrancado de mim,eu não me sinto sozinha pois me curei da dependência emocional que eu tinha no passado mas não é por esse fato que eu não sinta vontade de experimentar qual é a sensação de ter alguém do meu lado que realmente me ame,me respeite,me entenda e reconheça meu valor pois eu nunca tive isso e talvez eu realmente nunca tenha e morra sem viver isso.
E um dos fatos da minha decisão de viver em prol da solidão e dos livros é justamente pelo fato de eu ter me cansado da maioria das pessoas,de ouvir tantas críticas e julgamentos de pessoas que não sabem nada sobre mim ou minha vida ou o que atravessei até aqui e eu não tenho a mínima vontade de explicar tudo desde do início para elas,eu desperdicei tanto tempo da minha vida agradando e ajudando pessoas que nunca me respeitaram ou me trataram como eu realmente merecia que não sinto vontade alguma em criar laços.
Eu passei tanto tempo lutando e tentando construir às minhas coisas para de repente meu caminho cruzar com tantos assassinos e tudo o que era meu e me esforcei para ter ser roubado de mim,então hoje em dia não me importo com quase nada,talvez se eu ainda tiver 10 anos de vida terei sorte e será um milagre como ainda é um milagre eu ainda estar vivo depois de tudo o que fizeram comigo.
Eu não queria terminar como Nietzsche mas há uma probabilidade alta disso acontecer, infelizmente,mas quase nada me abala hoje em dia,para mim é quase tudo vazio e irrelevante,costumo ouvir de alguns que isso é falta de Deus mas foi justamente estudando todo esse livro que percebi o quão sozinhos estamos e o quanto somos insignificantes e fracos,a partir daí pensei comigo mesmo "Eu sou uma grão de areia insignificante,natureza frágil,e nada tem sentindo nessa existência." Eu não sinto amor por Deus ou Deuses,criaturas irrelevantes para mim.
Eu sempre tive muito amor dentro de mim mas às pessoas sugavam tudo o que havia dentro de mim e abusavam disso até não sobrar mais nada e depois disso me descartavam,até que passei a ser um monstro para algumas delas. Às vezes eu me sinto um pouco mal comigo mesmo porquê realmente acabo sendo rude com quem não merece isso,mas é um mecanismo de defesa que meu cérebro encontrou em meio ao inferno. A delicadeza não faz mais parte de mim,se alguém encontrar isso aqui terá sorte. Como alguém que passou tanto tempo sendo agredida como um animal ainda terá amor e delicadeza dentro de si? Se você consegue fazer isso nascer dentro de mim,por favor me ensine,eu realmente não gosto do que me tornei em determinados momentos. Mas de uma coisa eu sei, desperdiçar a minha luz com quem merece a minha escuridão jamais,um anjo e um demônio habita dentro de mim agora e cada um terá o que merece.
Para algumas pessoas que passaram pela minha vida eu pedi amor e em troca recebi às mais duras humilhações que um ser humano pode passar e assim tudo dentro de mim foi morrendo para nunca mais voltar e nessa época eu ainda era ingênua a ponto de perdoar e tratá-los bem me submeter,mas hoje em dia eu devolvo tudo na mesma moeda.
Conheço muitos homens mas nenhum deles são o que sonhei para mim porquê nenhum deles são verdadeiros,passatempos e ilusões passageiras e tudo o que eles querem é sexo e eu me envolvo com eles para fugir alguns minutos do inferno que vivo dentro de mim,na verdade nem sei o porquê faço isso, sei que estou fugindo de algo, porém, mesmo quando eu era uma "puritana moralista" eles se aproximavam de mim com o mesmo intuito,nada mudou. Neste universo do qual faço parte agora eu percebi o nível de hipocrisia da maioria deles e como eles mentem,não se engane com os moralistas e conservadores esses são realmente perigosos e possuem vida dupla,a maioria vive um castelo de aparências e tudo é um teatro. Os mesmo lábios que rezam estão chupando uma prostituta agora e consumindo pornografia,os mesmos olhos que olham para Cristo estão cobiçando outras mulheres agora enquanto suas esposas rezam por eles,os mesmos lábios que fizeram promessas em amar e respeitar na saúde e na doença,na pobreza e na riqueza são os primeiros a fugir do barco na primeira dificuldade e depois onde você irá encontrá-los? Atrás de máscaras sociais e templos e não iluda culpa e arrependimento é algo que eles não sentem,enquanto você chora ele está transando com outra,enquanto você reza ele está denegrindo você para enaltecer o ego dele e limpar a imagem dele,não reze por eles, amaldiçoe é o que eles merecem.
Talvez eu morra sem saber o que é um beijo com ternura,um abraço cheio de amor,um toque com respeito,talvez eu morra sem saber o que é o brilho da vida dentro de mim,mas eu realmente não me importo mais,uma certa vez abracei o homem que mais amei em toda minha vida e em troca recebi um soco no meio do rosto e tive meus ossos quebrados e fui humilhada como um lixo publicamente e depois disso eu percebi que a vida é injusta em todos os sentidos,e que amar pode destruí-la para sempre e que nesses jogo tudo é um risco sem garantia de nada,você não sabe quem realmente está ao seu lado e você também não sabe o que essa pessoa fará com você e se tornará um dia.
Mas mesmo assim,eu quero que a vida renasça dentro de mim um dia e eu encontre alguém que realmente me ame,me abrace,me beije,me diga coisas bonitas,na verdade eu conheço alguém assim e conversamos há algum tempo mas a distância geográfica impede a nossa união,ele mora em outro país,mas independente disso eu desejo que ele seja feliz mesmo que não seja comigo,mas nunca vou dizer a mim mesmo que não mereço ser feliz, porquê eu sei tudo o que suportei e o quanto eu mereço ser feliz.
8 notes · View notes
espelhodiversidade · 11 months
Text
Qual o papel da mídia na hipersexualização dos corpos negros?
Ao falarmos sobre a influência da mídia sobre a sexualização dos corpos negros, devemos lembrar que o discurso de inferioridade e as padronizações refletidas ali impactam diretamente na luta contra o racismo e contra o mito da democracia racial. Sendo assim, a sociedade foca na negação dos traços negros, tais como: alisamento dos cabelos, cor dos olhos, atributos corporais, entre outros, e, consequentemente, vão a favor de um embranquecimento da sociedade.
Além disso, nota-se as imposições feitas em publicações em jornais e redes sociais, mesmo que indiretas, da sexualização e erotização dos corpos negros, com esteriótipos advindos da comercialização que ocorria quando os colonizadores consideravam características de pessoas “bonitas” e “ideais”. Alguns pontos que eram levados em consideração remetem-se à desenvoltura corporal, como a força física e o tamanho das genitais, o último sendo mais destinado à homens negros.
Também deve-se levar em consideração o passado histórico dos escravizados, que além de outras coisas, eram abusados sexualmente e induzidos a odiarem seus próprios corpos, tornando “suja” a visão de sexualidade e de auto aceitação. Ademais, destaca-se longos períodos de branquitude promovendo a ideia de “feiura” dos negros e, ao mesmo tempo, hipersexualizando-os.
Ao debater sobre o corpo da mulher negra, principalmente no Brasil, relaciona-se a figura da mulata e do carnaval, já que nesses momentos ocorrem um endeusamento do corpo feminino negro e, em específico, o padrão de “Globeleza” e a “cor do pecado” internalizado na sociedade. Do mesmo modo, a sexualização torna-se muito maior para essas mulheres ao notarmos a falta de representatividade da negritude no dia a dia das mídias, aumentando cada vez mais as diferenças com pessoas brancas e, por conseguinte, o racismo enraizado.
Tendo isso em vista, podemos citar o autor Maffesoli (2010, p. 78), que argumenta: "O mundo não existe mais como tal, mas sim enquanto representado.” Podemos entender, dessa forma, que as representações, estereótipos e imagens construídas ao longo das nossas histórias de vida tornam-se realidades culturalmente estabelecidas e, infelizmente, aceitas pela grande maioria. Portanto, salienta-se o domínio que a mídia possui sobre a permanência do racismo e sobre a contínua hipersexualização dos corpos negros na sociedade.
Tumblr media
0 notes
apcomplexhq · 11 months
Text
Tumblr media
✦ Nome do personagem: Baek Nakyum. ✦ Faceclaim e função: Wooyoung - ATEEZ. ✦ Data de nascimento: 14/08/1999 ✦ Idade: 24 anos. ✦ Gênero e pronomes: Masculino, ele/dele. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, sul-coreano. ✦ Qualidades: Curioso, entusiasmado e Ambicioso. ✦ Defeitos: Disperso, imprevisível e dramático. ✦ Moradia: Elysian Fields. ✦ Ocupação: Atendente na Erostic e Camboy. ✦ Twitter: @EF99BN ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE, SMUT. ✦ Char como condômino: Nakyum logo quando se mudou e começou a trabalhar em casa não tinha lá seu quarto pra gravações com o isolamento acústico então os vizinhos acabavam por ouvir seus... sons. Vive recebendo multas também por suas festas no final de semana mas acaba sabendo contornar muito bem.
TW’s na bio: homofobia, abuso de drogas, agressão física e psicológica, hipersexualização e abuso sexual.
Biografia:
De simplicidade exposta e notável a olhos nus, o questionamento costumeiro sobre quem somos ou quem gostaríamos de ser rondam inúmeras conversas ordinárias, escapadas dos lábios com tanta facilidade em questionar quanto como da parte contrária, em respondê-la, mas para Nakyum nunca fora fácil; não sabia quem era porque justamente sabia quem gostaria de ser, e seu maior sonho era sua maior ruína, porque lhe deixava escondido ao vazio e jogado no nada, com perguntas demais para respostas que sequer sabia onde deveria buscar no seu interno. Mas questionamentos como esse não surgiam ao relento, sempre há uma fonte de onde tudo origina-se e no garoto em questão fora a própria descoberta, quando seu gosto passara a ser diferente daqueles que os pais lhe impunham, tentando adaptá-lo para um molde quadrado que, pessoalmente, odiava. A criança veio ao mundo adornada e com os melhores itens que o dinheiro poderiam comprar, mas não eram exatamente para si: sua mãe sonhava em ter uma menina e após algumas perdas, decidiu que não ansiaria em descobrir qual seria o gênero daquele gerado em seu ventre, mas carregando expectativas em realizar seus sonhos, preparou seu enxoval daquilo que acreditava combinar mais com seu ideal do feminino, e rezando para seu Deus que daquela vez pudesse ter tudo corretamente entregou nas mãos do próprio, ansiando para que tudo ocorresse como gostaria.
A benção cujo acreditava, recaíra sob seu ventre e sua gravidez fora tranquila, a emoção cristalina transbordando pelas orbes tornou-se um misto de sentimentos indefinidos quando a visão embaçada enxergou as palavras “menino” serpentearem pelos lábios do doutor responsável, a decepção inundando cada poro seu enquanto observava a felicidade irradiar na face de seu marido, feliz por ter alguém que confiaria para continuar seu legado, fossem esses legais ou não nas paredes clareadas do laboratório que lhe pertencia. A mãe idealizou seu sonho naquela criatura tão pequena, distorcendo a realidade que vivia para aquela que gostaria de viver, enfeitando e cuidando do filho como as bonecas que costumava brincar na infância, causando o crescimento enraizado da repulsa em Sangtae, o patriarca da família, cujo refletiam em brigas com a própria esposa cujo jurara amar e proteger por toda eternidade. Naky sempre fora acostumado a viver uma vida dupla: divertia-se maquiando a mãe, aprendendo os passos de ballet com a ex-bailarina, traços que o pai impunha como femininos e menosprezava, mas que para si eram parte de sua própria felicidade genuína; quando em encontro com o mais velho, escondia-se na casca, sob ternos caros e linhas frígidas ao contrário de sorrisos no rosto, sempre caminhando pelos escritórios da matriz em Gangnam e mesmo que não desejasse estar ali, era muito curioso e tentava descobrir todas as coisas que aconteciam no recinto. E descobriu.
A pressão constante de saber que o motivo dos roxos que vez ou outra a maquiagem da mãe não conseguia esconder eram, nada menos, que sua própria existência e personalidade foram refletindo no sofrimento interno de temer descobrir-se uma pessoa não favorável ao núcleo familiar pouco a pouco ia enchendo-lhe o cerne, até o momento que transbordou. Nakyum cada vez mais ia perdendo a chama dentro de si e entendendo menos quem, ou o que era, e encontrou conforto no lugar errado, sob falsas brilhantes num teto escuro e pessoas com sorrisos afiados demais. O pó que ofereceram-lhe era como se feito das estrelas no véu escuro e os feitios tão promissores quanto os pedidos que fazia para aquelas que caíam na terra, por mais que num passado soubesse o que era aquilo e as consequências, nada mais importava, só precisava sentir e descobrir-se, tendo momentaneamente o que queria. Na maior parte do tempo estava chapado, convivendo com pessoas que estimulavam o seu pior em todos os sentidos, e consequentemente atrapalhando o processo natural das coisas, quando havia recentemente se encontrado na própria sexualidade. Os homens com quem se deitava nunca eram bons para si e na maioria das vezes sequer satisfazia-se, mas assim como as toxinas em seu corpo, aquilo era um vício; Nakyum mal dormia, virava a noite nas ruas e diretamente ia auxiliar o pai na empresa, cada vez mais distante da mãe e mascarando todas suas dores quando em conjunto com o pai, mas ele sequer conseguia estar sóbrio o suficiente para sentir qualquer coisa que fosse, então de maneira simples, não ligava.
Quando se convive com uma pessoa por um longo período de tempo, é costumeiro e fácil notar mudanças e traços novos, ainda mais quando são vistos no próprio filho; a mudança foi notória mas, infelizmente, tardia: Kyungri só percebera o estrago quando encontrou o filho desmaiado no quarto, com pulso fraco e sem reação e só quando chegaram ao hospital, a matriarca descobrira do quadro clínico de seu filho, cujo havia tido uma overdose. A partir do momento que o unigênito teve alta, sua vida tornou-se um pesadelo ainda pior e difícil de acordar: os pais começaram a monitorá-lo e restringir suas visitas, Sangtae encarregou um de seus seguranças para ficar sob vigília do jovem, não contando que, o homem que colocara debaixo de seu teto nutria de intenções implícitas com o unigênito dos Baek, e para o próprio garoto era tão fácil de conseguir qualquer tipo de droga quando a própria empresa do pai as fornecia. Os dias foram se arrastando com os segredos que cada vez mais aumentavam junto com a própria incógnita, saturando o ar que permanecia na casa até que se ouvisse apenas o nada, e depois a explosão de um reverberar de um trovão no céu, anunciando o caos.
Numa tarde chuvosa, Sangtae decidira voltar mais cedo do trabalho e aproveitar para despender o tempo com a família quase perfeita antes que voltasse para a Tailândia à negócios, mas não esperava deparar-se com seu funcionário tão confiável entrelaçado com o próprio filho, imediatamente lhe ardendo a repulsa na garganta e embrulhando o estômago. O pai tão religioso e autoritário, jamais poderia aceitar que seu herdeiro se envolvesse com um mero funcionário, e muito menos com um homem, sem prestígio algum. E naquele fim de tarde, Nakyum sentiu na própria pele todas as coisas que a mãe passava sob o punho brando do pai, talvez tivesse morrido ali, ensanguentado sob a chuva e na porta de casa se a mulher não aparecesse, mais uma vez para salvá-lo. A progenitora ajudou a cuidar os machucados e lhe deu moradia, num apartamento que havia adquirido para emergências como aquela. Pouco tempo depois e por sorte acabara conseguindo emprego na Erostic, algo que combinava com a personalidade divertida de Kyum. Certo dia, numa brincadeira e influência de um amigo que trabalhava no ramo, abrira uma live em uma rede social, usando frases prontas em troca da monetização online, algo que não esperava bombar tanto como acabou acontecendo. O trabalho como atendente na Sex Shop do bairro movimentado e a popularidade que veio ganhando nas redes sociais, acabou despontando na mente a ideia de tentar fazer um dinheiro a mais e usufruir da confiança com o próprio corpo, quando recebeu a proposta de também vender conteúdo adulto. Em recentes duas primaveras, Nakyum vêm mantendo a vida dupla e levando o trabalho na Erostic como um hobby, visto o grande faturamento com as vendas online.
0 notes
boingboing-bunny · 11 months
Note
Uma coisa é você usar a Wonyoung como mascote e utilizar a imagem atual dela aqui. Outra coisa é usar esses gif icons que até são daquela apresentação HIPER sexualizada dela no produce. Enfim, o problema não é usar ela como mascote, o problema é usar a imagem dela, quando menor de idade e ainda esses gifs.
E onde eu coloquei gifs hipersexualizados dela?
Se você acha que sorrir e piscar é hipersexualização, então acho vou deixar aqui o trecho do significado que encontrei no google para você, viu? Obrigada.
"A sexualização, segundo a Associação Americana de Psicologia, acontece quando uma pessoa é vista como um objeto sexual e sua valorização se dá apenas por este apelo ou comportamento."
Quero realmente que me diga em qual momento eu fiz isso? Se você acha que só a menina respirando e ter um gif disso é sexualizar a imagem dela então, o problema não está no meu gif sendo que claramente, não há nada de erótico nele. Vocês gostam mesmo e de achar pêlo em ovo para encher alguém com baboseira.
Tumblr media
0 notes
Text
Carol veio com um papo de que os caras que eu saio me tratam meio mal porque eles são brancos e eu sou negra. Descarto essa hipótese? Claro que não, racismo estrutural taí pra isso, né? Mas é um tema muito sensível que eu no geral não abordo. Envolve muito racismo internalizado, traumas de infância, exposição a mídia e etc. São muitos fatores.
Eu sempre me interessei por brancos. Desde que eu me entendo por gente. A primeira menina que eu beijei era branca. Ou melhor, ela me beijou. Eu via os artistas na tv, todos brancos, e achava eles lindos. Quando eu era criança, eu dizia que quando eu crescesse eu teria olho azul. É uma questão com diversas camadas.
Quando eu era muito pequena minha mãe me botou pra tomar banho com o meu pai. Eu era muito nova e só lembro de ficar apavorada com aquele corpo estranho. Por algum motivo que eu não entendia, eu sabia que eu não deveria ver aquilo. O pênis já era assustador pra uma criança, sendo escuro daquele jeito só piorou. Meu pai obviamente é negro. Eu não sei se o meu interesse por brancos foi antes ou depois disso. Eu devia ter 3 ou 4 anos, era muito pequena. Não sei em qual nível isso me impactou, acho que em um bem alto pois quando eu penso no corpo de um homem negro me vem a memória o pênis escuro do meu pai. E isso me assusta. Me vem todas aquelas frases racistas horrorosas pra afastar da cabeça essa imagem. Não me julgo, mas é uma questão que eu não quero resolver. Não faz mal a ninguém o fato de eu sair com brancos. Mas pra Carol as coisas estão relacionadas, eles me tratam assim exatamente por isso. Tem todas as questões sobre objetificação e hipersexualização da mulher negra, a ideia de que mulheres negras aguentam mais dor que as brancas e etc... Sei bem essas idéias, mas sinceramente, eu não quero pensar sobre elas. Pra mim as pessoas que me machucam quando transam comigo, se não são declaradamente racistas, são apenas distraídas. Às vezes mal intencionadas, mas não porque eu sou negra, às vezes eu só acho que é apenas por quê eu sou mulher. Acho que a questão do gênero me perpassa muito mais do que a questão da cor. Eu ser mulher, pra mim, é mais complicado do que ser negra. Ser mulher E negra e só o agravante.
0 notes
lilithspade · 1 year
Text
Leitura 12 de 2023
Tumblr media
Kuroko no Basket vol 16
Tadatoshi Fujimaki
⭐️⭐️⭐️
Esse volume até começa bem, mas depois é só ladeira abaixo. Os primeiros 3 capítulos são o final do jogo contra o Touou e mantém a tensão e emoção até a última página.
É então que chegam os capítulos de transição que vão de mornos a bem meh. Fujimaki até tenta colocar um pouco de tensão por antecipação ou um pouco de humor, mas não tem jeito. E quando tudo isso falha ele apela para a hipersexualização de uma personagem que chega a dar revolta. Até porque Kuroko não costuma sexualizar a Riko então quando aparece outra personagem com quem ele faz isso destoa do resto dos capítulos próximos e chega até a ser um choque.
Agora lembro porque eu parei de ler Kuroko um ou dois volumes depois desse na minha primeira leitura.
0 notes
perplecta · 1 year
Text
hotd conseguiu não engajar em hipersexualização e ainda assim ser menos moralista q got.
got era mais conservador pq as personagens femininas q tentavam o mínimo de liberdade sexual sofriam uma punição moral por isso, fosse por fofoca e perda de credibilidade ou poder político, por castigo religioso ou uma punição divina, um evento externo não relacionado, quase uma Nemesis do sexo. O cúmulo de tudo era essa punição do destino recaindo sobre personagens por serem bonitas e desejadas. A hubris de cativar desejo nos homens
0 notes
Text
O Ansioso
Ele acaricia meus cachos Do jeito que ensinei a ele Me olha sorridente e parece feliz. Eu só o vejo dessa forma: Sorridente. Pergunto a mim mesma se sua felicidade É por minha causa Afinal, ele está do meu lado… Não, não exatamente do meu lado. Depende do dia, normalmente em cima de mim, As vezes ele me quer de quatro. Ele sussurra palavras bonitas Na verdade não as acho tão bonitas, mas as aceito Como um elogio. Tudo vindo dele parece um elogio. Acho que deveria me sentir grata pelo fato Dele sempre parecer muito ansioso pra tirar minha roupa. Ansioso demais. Deve ser a pressa pra voltar pra casa.
Ele sempre sorri quando se despede Não volta até estar… Ansioso, novamente. Na outra noite ele parou de sorrir Quando perguntei exatamente o que somos. Quando questionei sobre nosso relacionamento Ele parou de parecer tão feliz. Disse que não estava pronto, Que era: Jovem demais. Ocupado demais. Mas para mim, parecia ansioso demais Só que dessa vez, para se livrar da conversa. Ele foi. Não voltou. Fiquei sozinha Novamente. Esperando alguém ansioso aparecer. Pra me elogiar, enquanto tira meu short. Suspiro, recolhendo todos os cacos do chão.
— Vale tudo se eu não ficar sozinha.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
3 notes · View notes
leiamulheres · 5 years
Text
Tumblr media
Dennis Rodman usa vestidos e o Disney World comemora o Dia Gay menos por causa de progresso político do que por conveniência financeira. O mercado apoderou-se do multiculturalismo e da submissão ao gênero da mesma forma que se apoderou da cultura jovem em geral - não apenas como um nicho de mercado, mas como fonte de novas imagens carnavalescas.
os críticos radicais da mídia que clamaram por "representação" no início dos anos 90 praticamente cederam suas identidades coloridas aos mestres da marca para ser comercializadas.
A necessidade de maior diversidade - o grito de guerra de meus tempos de universidade - é agora não somente aceita pelas indústrias culturais, é o mantra do capital global. E a política da identidade, como foi praticada nos anos 90, não foi uma ameaça, foi uma mina de ouro.
Tumblr media
2 notes · View notes
ninaemsaopaulo · 7 years
Text
Ok, tudo bem: só saí um dia. E pelo menos a área do Pelourinho tá de parabéns. Todo mundo fantasiado bonitinho e apenas turistas estrangeiros cor da neve pagando aquele micão de usar turbante & "fantasia de índio".
Papais e mamães: fantasia de odalisca pra meninada não cabe mais, tá? Olha a hipersexualização. Tá cheio de maluco na rua. Cuidado.
1 note · View note
emillepires · 2 years
Text
Minha insegurança no amor surgiu das incontáveis vezes em que fui vista como amiga, mas nunca como o amor de alguém. Surgiu na presença da hipersexualização e na ausência dos afetos, dos gestos de carinho, dos sentimentos reais, das verdadeiras intenções.
- Emille Pires
69 notes · View notes
Text
Tudo aqui é so uma representação egóica da realidade, do meu eu narcísico e nada além disso. Ou o que chamamos, de "compartilhar só bons momentos". E você sabe distinguir quem é você?Fora desse "melhor de nós" o que no fundo não passam de personas. fora desse espelho irreal. Ou todos nós já nos perdemos em nossas personas?Fora dos filtros, quem é você? Fora do julgamento, fora desse arquétipo de perfeição, fora da hipersexualização, O que resta de nós? Quando estamos sozinhos em nossas camas, quando eu penso demais, quando eu sinto demais, quando eu quebro, quando nos olhamos no espelho e nos odiamos. Quem você seria quando não estivesse ninguém olhando? Frágil, Reprimido, alegre ou repulsivo? Me orgulho de ser essa alma, tão bela e remendada, tão frágil e ferida, tão forte e resistente. Mesmo se disséssemos que é errado sentir. Sentir é real! Reprimir é a nova regra? Quando vamos parar de temer o espelho da realidade? O que resta de real dentro de você. O que resta do meu eu dentro de mim?
-Lya
2 notes · View notes
terradearuanda · 3 years
Text
Interseccionalidade no movimento negro: luta da diversidade lgbtqia+
Tumblr media
A luta contra o racismo e homofobia se atravessam.
A presença negra nesses espaços é uma realidade bastante conhecida, como já adiantou um dos fundadores do Grupo Gay da Bahia. Agora, até que ponto a quantidade de pretos e pretas se traduz em protagonismo dentro dos movimentos de luta contra a homofobia? Há um ruído, uma constatação de afro-brasileiros sobre a dificuldade de emplacar pautas e debates que equilibrem a luta contra o racismo e discriminação por orientação sexual.
Ana, criadora do ‘Sapatão Amiga’, dá alguns exemplos ao falar sobre como os corpos de negros e negras são vistos por alguns membros da comunidade LGBTQI+.
"Eu não posso falar sobre as vivências dos homens negros GBTQIAP+, mas enquanto sapatão preta, sinto que essa hipersexualização nos corpos lésbicos negros aparece no sentido de retirar a nossa humanidade. Somos vistas como corpos animalizados onde as pessoas brancas querem buscar o prazer mas nunca nos enxergar como seres humanos que querem dar e receber afeto. A intelectual negra Lélia Gonzalez, em seu artigo ‘Racismo e Sexismo na Cultura do Brasil analisou os estereótipos que rondam as mulheres negras, ela identificou dois: a ‘mulata do samba” e ‘a mucama’, o racismo como ferramenta de manutenção do poder da branquitude, construiu esses estereótipos colocando mulheres negras sempre a serviço das vontades da branquitude: seja na parte da hiperssexualização ou de trabalhos domésticos. As lésbicas negras vem num outro ponto dessa narrativa porque dizemos não para relações afetivos-sexuais com homens cisgêneros. A partir disso, começa um enfrentamento para legitimar a nossa existência e desejo."
Tumblr media
Angela Davis fala em elo histórico entre luta antirracista e LGBT
Angela Davis, em artigo escrito no jornal Folha de São Paulo, reforçou o elo de ligação entre a luta dos negros e LGBTs. Segundo a escritora, ativista e professora da Universidade da Califórnia, “há um elo direto entre as lutas históricas por direitos civis para pessoas de ascendência africana nos EUA e as lutas contemporâneas por direitos civis para comunidades LGBTs. Isso significa que precisamos erguer a voz contra os esforços dos evangélicos negros que se recusam a reconhecer essas conexões”.
Luiz Mott destaca o pioneirismo do Grupo Gay da Bahia, que segundo ele percebeu desde cedo que a interseccionalidade era o caminho. O antropólogo, todavia, reconhece que, como adiantou Angela Davis, teve algumas falhas na conexão entre a luta contra o racismo e homofobia.
“Nós consideramos sim a importância do diálogo. Embora no início nunca tenhamos, reconheço isso com humildade e honestidade, considerado que a o combate à homofobia era impossível de ser feito sem o debate da luta contra o racismo”, pontua o fundador do Grupo Gay da Bahia.
Tumblr media
O racismo torna LGBTs mais vulneráveis ao preconceito e homofobia
O fundador do GGB destaca a criação ainda na década de 1990 do ‘Quimbanda Dudu’, de acordo com ele mais uma ponte em busca da interseccionalidade. “[O ‘Quimbanda Dudu’ foi criado] para fazer o levantamento da presença afro no movimento LGBT. Temos uma lista com quase uma centena de personagens históricos e contemporâneos. Pretendemos construir um diálogo com o movimento negro para erradicar a homofobia entre os negros e erradicar o racismo entre a população LGBT. Esse grupo, o ‘Quimbanda Dudu’, publicou seis boletins que conta toda a nossa história na luta contra a Aids”. Mott ressalta que a interseccionalidade era uma compreensão rara entre movimentos sociais do Brasil. “Nem o Movimento Negro achava que o combate à homofobia era fundamental na luta global contra o racismo”
Mott ressalta que a interseccionalidade era uma compreensão rara entre movimentos sociais do Brasil. “Nem o Movimento Negro achava que o combate à homofobia era fundamental na luta global contra o racismo”. É preciso respeitar a fala de Luiz Mott, importante figura de luta pela liberdade de orientação sexual e fundador há mais de 30 anos do Grupo Gay da Bahia. Ao mesmo tempo que se deve pontuar a insatisfação de muitas pessoas negras com o ambiente vivido dentro dos movimentos LGBTQI+.
“Dizer que todo um movimento é antirracista é uma generalização perigosa, acredito que seja melhor dizer que existem pessoas brancas LGBTQIAP+ que são antirracistas. Para mim foi importante porque pude mensurar as opressões que sempre me atingiram e eu nunca me deu conta, pontua Ana.
Tumblr media
“O Geledés, Fala Preta e outros, têm se manifestado favoravelmente ao que é defendido pelo movimento LGBTQI+“, diz Mott. Os ruídos estão presentes e cada vez mais expostos. A ideia de que a luta por diversidade abrange automaticamente todo o tipo de opressão está mais do que ultrapassada. A força das redes sociais e o crescente acesso ao ensino superior de pessoas pretas escancarou um abismo quando o papo é interseccionalidade. Afinal, o que significa ser branco e não hétero? E ser negro e ter uma orientação sexual diferente das hegemônicas?
Não se trata apenas de criticar ou fingir que tais debates não eram levantados por Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e a própria Angela Davis. Eram. E suas ideias ecoam na mente de jovens negros e negras que compreendem a máxima de que não há como viabilizar uma sociedade saudável sem lutar contra TODAS as opressões, inclusive o racismo e a homofobia. “O processo de desumanização é uma das ferramentas do racismo alinhado a LGBTQIAP+Fobia para aniquilar subjetividades que fogem da norma padrão: pessoas brancas- cisgêneras-heterossexuais. Além disso, uma vida ‘fora do armário” ainda não é uma possibilidade para muitas pessoas LGBTQIAP+ e quando estamos falando de corpos negros LGBTQIAP+ , o racismo também é uma ferramenta não apenas de impedir uma vida plena com as nossas sexualidade mas também de aniquilar nossas existências, seja pela morte física ou de nossas subjetividades”, sacramenta Ana Claudino.
19 notes · View notes
minutosvaliosos · 2 years
Text
Conexões Negras recebe Alan Costa, do Afrobapho, na sexta (25)
Conexões Negras recebe Alan Costa, do Afrobapho, na sexta (25)
Tem Conexões Negras na sexta-feira de carnaval, sim, senhor, e sim, senhora. O programa recebe Alan Costa, idealizador-fundador do Coletivo Afrobapho (@afrobapho) para uma conversa com o tema 'Corpos negros: entre a autonomia e a hipersexualização'. Além de fundador do Afrobapho, Alan Costa é ativista interseccional dos movimentos negro e LGBTQIA+. É formado em Letras Vernáculas pela…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes
jinkitos · 3 years
Text
a hipersexualização de mulheres (principalmente asiáticas) aqui no tumblr me incomoda tanto, e já foi falado sobre isso aqui várias vezes, mas vocês preferem não ouvir e continuar usando como aesthetic 😆
5 notes · View notes
Text
Indígenas debatem questões como violência, igualdade de direitos e hipersexualização. Elas afirmam que a Lei Maria da Penha não contempla suas especificidades.
Tumblr media
As mulheres estão na linha de frente da luta do movimento indígena e têm ganhado visibilidade e espaço como lideranças. Em 2018, 30 anos após a promulgação da Constituição Federal (1988), a primeira indígena foi eleita para representar o estado de Roraima no Congresso Nacional, a deputada Joênia Wapichana (Rede), e a líder indígena Sonia Guajajara concorreu como vice-presidente na chapa do candidato Guilherme Boulos (PSOL). Mas, apesar disso, é possível falar em um feminismo indígena? Quais são as suas reivindicações? Perguntamos a mulheres de diversas etnias quais são as pautas prioritárias na luta por direitos e igualdade.
Existe feminismo indígena? Seis mulheres dizem pelo que lutam
Potyra Tê Tupinambá
Tumblr media
“As feministas se unem e se apoiam, mas o indígena tem um olhar diferenciado que, talvez, só convivendo ou sendo indígena para entender. Ele não é sozinho, tem muitos atrás dele. Então, esse pertencimento e essa força fazem com que eu não me identifique com o feminismo.
Muitas vezes, as mulheres nas comunidades indígenas têm voz. As nossas lutas são tantas e são grandes. Primeiro, para existir, que é resistência. Depois, a gente briga por educação, saúde e demarcação do território. São tantas as lutas que a questão do direito da mulher fica para último plano. Se dentro da comunidade não tiver uma mulher com afinidade com o tema, ele vai sendo esquecido. Acho que a pauta principal é pensar espaços para a discussão das questões ligadas à mulher.
Uma segunda pauta seria a Lei Maria da Penha. Ela não nos atende. Sofremos tanto, lutamos contra esse sistema e vamos entregar um parente nosso a ele? A polícia não é nossa amiga, nós temos medo de quem incrimina as nossas lideranças. Então tentamos, enquanto movimento de mulheres, criar mecanismos internos dentro das comunidades para buscar soluções sem precisar acessar o sistema que nos oprime.
Eu acho que não existe um feminismo só. A mulher que mora na cidade está em um contexto diferente do nosso, que vivemos na aldeia. Assim como o nosso contexto é diferente daquele das indígenas que vivem no contexto urbano. Então, acho que a gente tem que falar de vários feminismos. Cada povo é diferente. Não podemos dizer que indígena é tudo igual.
Laís dos Santos
Tumblr media
“Eu não me identifico como feminista indígena. O movimento é de luta das mulheres indígenas. O feminismo não contempla as nossas pautas, dificilmente somos colocadas em debate. Nossa luta pelas mulheres indígenas é bem estabelecida. Acho que teria que ocorrer uma descolonização e ressignificação do feminismo muito grande para atrair os olhos em larga escala para nós.
A nossa principal pauta é a demarcação de terras. Não só das mulheres indígenas, mas do movimento indígena. Se não temos nosso território, não temos nada.
Além disso, tem a questão da violência contra a mulher indígena e de como isso se atrela ao racismo por causa da hipersexualização e do estereótipo. O estupro das indígenas é uma forma de dominação do não indígena, uma forma de deslegitimar, de desestruturar e desequilibrar toda a aldeia. Não é só uma violência física e psicológica, é uma forma de violência racial, que tem um caráter de superioridade do homem branco diante dos povos indígenas.
Em relação à violência doméstica, a gente destaca como a Lei Maria da Penha não elabora um diálogo com as nossas especificidades. É difícil contemplar e dialogar com nossos contextos dentro das aldeias. Hoje, há cartilhas sobre a Lei Maria da Penha traduzidas para a língua materna dos povos porque, além de não contemplar as nossas especificidades, ela não chegava às aldeias porque não havia tradução. E, dentro da aplicação da lei, tem a questão da discussão sobre respeitar a organização social do povo, de respeitar nossa autonomia.
Cacique Maria Arian Pataxó
Tumblr media
“Às vezes, as mulheres pensam que violência é só física, mas vários tipos de violência atingem as indígenas. Psicológica, física e moral. Tem a violência territorial e a educacional. Por ser uma liderança indígena, muitas pessoas que não conhecem os meus direitos querem impedir a minha luta. E pessoas que vêm de fora querem tomar nossos espaços dentro do nosso território.
A grande violência que eu, como mulher indígena, sofro é causada pelo homem branco por território. Nos ameaçam para sairmos das nossas áreas, que estão dentro da demarcação indígena.
Como cacique, a minha responsabilidade é sobre tudo que acontece na minha comunidade: educação, saúde, sustentabilidade e moradia. É para que as pessoas, que precisam de segurança, sejam respeitadas, possam sobreviver, ter o espaço delas, estudar. Terem sua terra demarcada, sua cultura, tradição e crenças garantidos. É por isso que eu luto e não me canso de lutar.”
Sonia Guajajara
Tumblr media
“A garantia dos territórios é a principal pauta dos povos indígenas. Nós, mulheres, não estamos desvinculadas desse processo. A defesa da biodiversidade é uma pauta nossa já que as mulheres são as guardiãs dos conhecimentos tradicionais. Quanto à sustentabilidade dos territórios, o que a gente fala como mulher é que, no contato interétnico, a sustentabilidade das famílias foi feita por nós, pois as lideranças masculinas fizeram a frente de contato direto.
Uma outra pauta é a discussão da violência vivida por nós e advinda do processo colonial, que desestruturou as organizações sociais, principalmente as regras internas de organização. A colonização trouxe a violência institucional que atinge principalmente as mulheres.
O maior obstáculo é a negação da identidade aos povos indígenas, todos, homens e mulheres. Isso afeta duplamente a mulher. Essa negação marginaliza a mulher, coloca o homem no topo, mas não é essa a nossa lógica. A nossa organização social é de complementariedade.”
Joênia Wapichana
Tumblr media
“Eu não acho que a luta das mulheres indígenas é separada da luta indígena. É lado a lado, são as mesmas preocupações. Só que, agora, as mulheres estão sendo protagonistas dos direitos indígenas. Eu vejo atualmente uma maior visibilidade delas.
Nos últimos anos, a gente tem visto as mulheres reivindicando cada vez mais, levantando a necessidade de políticas específicas. A Lei Maria da Penha não foi preparada para a indígena, ela foi feita em um contexto urbano. A lei pode auxiliar em situações de violência doméstica, mas não foi pensada para a mulher indígena.
É importante eu estar no Congresso Nacional para que, nós mulheres indígenas, vejamos que temos a capacidade de nos representar, de atuar e de mostrar mais uma vez que nós não somos inferiores. O que nos difere é a questão cultural. A minha presença é importante porque temos uma voz que pode fazer diferença em termos de proposições, de fiscalização e de posicionamento nas discussões. É provar que podemos falar de igual para igual e nos colocar por nós mesmos sem mediadores, ampliando a participação social das mulheres. Assim, podemos trabalhar contra os estereótipos sobre as mulheres e os povos indígenas.”
Maria Bárbara de Oliveira Silva
Tumblr media
“A palavra feminismo era muito estranha para mim. Ela significava ‘mulheres que não gostavam de homens’. Mas, hoje, eu sei que feminismo significa mulheres que lutam pelos mesmos direitos que os homens, pelo direito de participar, de ter voz nas reuniões, direito de salário igual e de lutar por igualdade.
Hoje, sei que a mulher feminista é aquela que se empodera, que não tem medo de ir em busca de seus objetivos. O homem não tem direito sobre as mulheres. Aqui na minha aldeia, muitas mulheres ainda são submissas aos homens, têm medo de se expressar e de lutar por seus direitos. Ainda está sendo muito difícil mostrar para elas que feminismo é lutar por direitos iguais aos do homem e que os dois devem estar sempre caminhando juntos, que nenhum é melhor que o outro. Hoje, eu me sinto uma mulher feminista, porque eu luto pelos meus direitos.
Depoimento completo disponível em:
4 notes · View notes