Tumgik
#bosque perdido
voltaje-torrante · 2 months
Text
Muy buenas gente bonita de tumblr✌🏽
Acabo de publicar esta canción, está disponible en todas las plataformas digitales. Espero les guste ✌🏽
12 notes · View notes
redcomunitaria · 6 months
Text
Tumblr media
Todavía en la muerte te amaré,
En tus amaneceres estaré,
Y cuando no estés te pensaré,
Por que incluso perdidos,
Todo contigo es divertido,
Mi amor por ti es infinito.
Chica-desastreinestable
15 notes · View notes
zerochancool · 9 months
Text
Tumblr media
Lost in the Woods...
4 notes · View notes
idionauta · 1 year
Text
Tumblr media
4 notes · View notes
fantasywordsblog · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
En algún lugar perdido del mundo....
2 notes · View notes
piponbl · 1 year
Photo
Tumblr media
En el Salto del Agua en Placilla 💦 No cachaba que para bajar había que hacerlo con cuerdas 😅 Solo íbamos a un paseo tranquilo y terminamos llenos de polvo 🤣 #saltodelagua #placilla #quintaregion #chile #tranquedelaluz #calor #summer #vacaciones #love #loveyourself #loveislove #cansado #tierra #paseo #bosque #perdido #tarantula #escalada #sinfiltro #caida #heridas #amor #amorpropio #lindo #picoftheday #recuerdo #pareja #apañe (en Salto del Agua) https://www.instagram.com/p/CnLGMB2MiPa/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
caostalgia · 6 months
Text
Corría,
Corría tan rápido que mis pulmones se agotaban,
Corría como si mi vida dependiera de ello,
Corría sin cuestionar porque era lo único que sabía hacer,
Hasta que un día
Me detuve de golpe…
Sentía que estaba empezando a recapacitar
Ante mi accionar,
Como si no tuviera sentido mi marcha,
Preguntándome si realmente valía la pena
Mi esfuerzo;
De repente
No tenía fuerzas,
No tenía coraje,
No sentía nada,
Todo se ponía más lento,
Todo lo que me impulsaba seguir fue arrebatado;
Sentía que había perdido mi enfoque,
Me sentía perdida,
Como si me fueran borrado los recuerdos
De la razón de mi afán,
Y pase de correr a caminar,
De caminar a dar tres pasos
Y de dar tres pasos a quedarme inmóvil;
Aún no recuerdo porqué corría,
Aún no recuerdo qué me generaba adrenalina para hacerlo,
Aún no recuerdo nada
Y cada vez se pone peor,
Solo sé que estoy estancada
En un frondoso bosque donde no veo salida.
-Ay, Carolina.
127 notes · View notes
moonlezn · 7 months
Text
The Story Of Us IV
— Um amor proibido, Jaehyun Jung. Segundo Ato: Tolerate It.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
notas: sofri demais. nem acredito que estamos chegando na reta final de tsou, temos só mais um ex antes do retorno do tal amor. conseguem adivinhar quem é? até semana que vem.
Tumblr media
Desde que Jaehyun te fez dele a primeira vez, como uma substância ilícita, ele transformou os seus sentidos com a dependência. Nada faz mais sentido se não estiver envolvida nele, conversando com ele, pensando nele. Em tudo você vê Jaehyun, e isso preocupa Kun. 
Óbvio que você sabe o quão perigoso e proibido isso é, por isso passa a mentir. Foge para o apartamento do menino durante os horários de almoço apenas para receber uma dose forte, deixando seu corpo ser marcado por ele inúmeras vezes. Quando volta com as bochechas ardendo em vermelho, desconversa com a desculpa de que saiu para correr. 
Não é só pela tarde que se encontram, mas durante certos horários da noite, também escapam para o bosque aos finais de semana. Sempre correndo, sempre amando tão intensamente que você acredita na ideia de que em breve Jae será livre e inteiramente seu. 
Por fora, você tenta passar a confiança de que poderia parar a qualquer instante. Por dentro, está tão seduzida que basta uma mensagem para que vá até ele. 
Tudo parece tão sólido, tão concreto, tão real. No entanto, Kun adora derrubar o seu castelo de cartas, especialmente quando o perigo começa a apertar. Os encontros outrora confortáveis passam a ser dentro do carro em estacionamentos vazios quando as ruas estão desertas, impedindo que a desconfiança da terceira parte aumente. 
— Eu não acredito que você ainda se submete assim. Esse cara não te ama como ele diz, ele não vai terminar, e você tá fazendo uma coisa horrível. — o menino exclama após te ver chegar tarde em casa, indo para o seu apartamento continuar a bronca que começou no corredor. — Acorda, você merece muito mais que isso! Você não é essa pessoa! 
É o mesmo discurso de sempre, não te machuca mais. Porém, ainda sente a pontada de culpa no peito bem aberta todas as vezes que escuta as palavras. 
— Não sei o que você quer que eu fale, Kun. — você declara, a indiferença é dolorosa. Acha uma posição confortável no sofá, observando Kun em pé. 
— Eu quero que você se permita viver como merece. — ele descansa uma das mãos na cintura, a outra afaga o rosto com cansaço. — Fica esse final de semana sem encontrar com ele. 
É um desafio.
O vizinho se ajoelha na sua frente apenas para encontrar os seus olhos perdidos. Os dedos deslizam pela sua bochecha e colocam uma mecha atrás da sua orelha delicadamente. 
— Por favor. 
Não seria muito difícil cumprir o desafio porque o casamento do seu primo mais velho está chegando, então no próximo Sábado você estará na sua cidade natal, bem longe daqui. 
— Tudo bem, eu vou tentar. — sela a promessa com um sorriso fraco e um pequeno beijo na palma da mão do amigo. 
Ele sorri aliviado, a tensão dando uma trégua aos ombros. Porém, pelo horário, ele volta para casa e se prepara para a rotina do dia seguinte. Sozinha, você passa um tempo sob a água quente do chuveiro deixando as lágrimas culpadas e carentes rolarem. A vida não parece mais como deve ser. 
O sítio onde a cerimônia e a festa acontecerão é enorme, nunca tinha ido lá, mas conhecia de nome. Encontrou-se com sua mãe e pegaram a estrada até o lugar tão encantador, já podendo observar as barracas e as decorações quase finalizadas ao alcançarem o destino.
O evento seria em algumas horas, e vocês ainda precisam cumprimentar toda a família e começar a se arrumar. Os parentes celebram a chegada das duas com muito carinho e abraços, apontando as direções logo depois. 
Enquanto se arrumam no quarto duplo reservado para vocês, sua mãe decide iniciar a conversa que adiou desde que haviam se encontrado. 
— Filha, como andam as coisas da vida? — ela indaga como quem não quer nada, selando a base com pó compacto, prevendo que se emocionaria no casamento.
Sente um frio na espinha, ajeita a postura, pensando rápido no que dizer. Não pode contar a sua mãe que está apaixonada por um cara comprometido. 
— Tudo tranquilo, mãe. Trabalho, casa, fotografia, o mesmo de sempre… nada demais. — inventa após hesitar um pouco, segurando o batom nude nos dedos nervosos. Odeia mentir para ela porque as mães sempre sabem de tudo. 
— Mas e o coração? — pronta, a mulher se aproxima e te abraça por trás enquanto você termina de aplicar a maquiagem. 
Você faz uma careta, e ela solta uma risada gostosa. Por um segundo, tudo no mundo parece ser pequeno demais para que haja tanta preocupação. 
— Aquele seu chefe, acho ele bom partido. Não rola? 
Sua mãe admira seu reflexo ao passo que você pondera. Nunca havia pensado em Kun dessa forma, para ser sincera. Você balança a cabeça, estalando os lábios. 
— Não, somos só amigos. 
— Já ouvi essa história algumas vezes. — ela tenta arrancar alguma reação, mas você só deixa um pouco de ar escapar pelo nariz.
O ambiente lá embaixo está completamente caótico, você espia da janela. Descem com cuidado por causa dos saltos e logo se separam, suas tias alugaram a companhia de sua mãe. Decide ir atrás dos primos que não vê há tempos. 
Victoria nota sua presença assim que põe o pé no quintal, berrando agudo e correndo para te dar um abraço. Os irmãos dela e mais primos distantes se misturam um pouco mais à frente, para onde ela te leva.
— Ai, prima… — Vic tem a expressão de fofoca no rosto. — O irmão da noiva é gato demais, mas tem namorada. Será que ela tem ciúme? 
Você ri da piada idiota da prima, estapeando a garota no braço levemente em repreensão. Como se você não estivesse fazendo a mesma coisa… A voz da sua consciência nunca te deixa impune. 
Antes que pudessem continuar o assunto, seus primos te cumprimentaram com comoção. Levantaram seu corpo do chão num laço apertado, cheio de saudades. 
— Nossa priminha tá tão mulherona da cidade grande. — Johnny debocha ao mesmo tempo que elogia, os olhos estão quase fechados de tanto que sorri.
No meio da conversa alta entre os primos, você sente uma sensação estranha de estar sendo observada. Ainda rindo de uma das piadas de Johnny, procura com o olhar a confirmação do sentimento esquisito que te aflige. O que menos esperava era a cena que encontra.
Jaehyun de olhos arregalados te encara, parece congelado. Você, ao perceber que realmente é ele, tem a mesma expressão no rosto. A situação se agrava quando vê que o braço direito do menino está ocupado, entrelaçado na cintura de uma mulher lindíssima e elegante. A namorada. 
— ALGUÉM VIU O IRMÃO DA NOIVA, PELO AMOR DE DEUS? 
A fotógrafa exasperada questiona, e só então partem o olhar porque Jaehyun levanta a mão. O choque é tão grande que ele mal consegue se mover, e você o fita caminhar para o outro lado do sítio, vez ou outra virando para trás para checar se não está maluco. 
Infelizmente não está. 
Não dá para descrever os seus pensamentos. Vergonha, surpresa, decepção. Ao mesmo tempo que quer sair correndo para se esconder, uma enjoo forte te impede de fazê-lo. Tenta mascarar tudo e sorrir para entrar na conversa outra vez, porém, a vontade de chorar se torna difícil de ignorar.
Inspira fundo algumas vezes para mandar embora a tensão que contrai cada músculo do seu corpo, em vão. Em silêncio, para não ser notada, se retira da roda e caminha sem destino pelo sítio, aflita e ansiosa. Apenas se permite chorar quando encontra um pequeno labirinto de arbustos, se enfiando pelos caminhos sem nem saber em qual direção segue.
Seu corpo inteiro treme pelo pranto, sua cabeça nunca esteve tão cheia. Vários flashbacks de vocês dois juntos, dos conselhos de Kun, do sorriso da sua mãe, das vezes em que se sentiu verdadeiramente amada por Renjun… Você se agacha, sem aguentar a avalanche de emoções que empenhou-se em não sentir nos últimos meses te atingindo em cheio.
Tenta se recompor ao ouvir passos próximos, e perde a postura novamente ao ver Jaehyun ali. Ele processa sua figura com dó, respirando ofegante por ter corrido. Sua primeira reação é borbulhar de raiva, por isso levanta as mãos para estapear o peito do homem, que a impede rapidamente. Jae segura os seus punhos com mais brandura possível, abrindo e fechando a boca na intenção de te acalmar, contudo, não é capaz de proferir uma palavra sequer. 
Num reflexo, te envolve num abraço apertado. Ele se martiriza por ter permitido um capricho dele chegar a esse ponto. Antes não tivesse duvidado dos sentimentos dele pela namorada, antes não tivesse se deixado encantar pela sua inocência que o cumprimentou bem no dia que a confusão sobre o futuro do relacionamento dele floresceu. 
— Você me quebrou inteira, Jae… — odeia o fato de estar soluçando de chorar na frente dele. 
Preocupado, põe as mãos sobre o seu rosto. E como na primeira vez em que te amou, seca suas lágrimas, mirando seus olhos bem daquele jeito que te faz estremecer. 
— Eu não tenho como consertar tudo isso, eu sei. — Jaehyun suspira frustrado, entristecido, arrependido. — Mas eu te amo, linda. 
O pior de tudo é que, outra vez, acredita. Acredita porque o beijo melancólico que ele planta nos seus lábios lacra o segredo que você jurava ser uma promessa. 
— Me perdoa… 
O homem não espera sua resposta, nem dá explicação alguma. Assiste-o partir, te deixando sozinha. 
A mente dá um nó, tão embaralhada que demora a se lembrar que uma cerimônia está prestes a acontecer. No modo automático, começa a traçar de volta o trajeto que tinha feito, submersa no próprio interior. Inspirar e expirar devagar te ajuda a controlar o nervosismo de ter que lidar com o problema pelo resto do dia.
— PRIMA! 
Victoria te encontra, por fim. Estava te procurando por bons minutos, a possibilidade de você ter se perdido não era mais tão engraçada. Ela entrelaça os dedos nos seus e narra o que tinha perdido nesse meio tempo em que esteve escondida, sem notar que não presta atenção em nada. 
O sorriso que veste é convincente o suficiente para enganar a todos, menos a si mesma. Naquele fim de tarde, uma chave vira e você consegue perceber que havia se tornado uma telespectadora da própria história. Apenas assiste tudo se desenrolar, não participa efetivamente porque tinha aceitado qualquer coisa de alguém. Desse modo, tomar decisões parecia uma realidade distante, o que te deixou presa no mesmo lugar todo esse tempo.
Não mais. 
Por ironia, cai em si enquanto assiste Jaehyun e a namorada sendo felizes ao cumprimentarem os parentes, tirando fotos e dançando sob os olhares apaixonados um do outro. 
De certa forma foi bom ter levado um choque de realidade. Na estrada de volta para casa, pensando com mais clareza, decide-se: daria a ele uma única chance de redenção, de escolha. 
Ao voltar para a realidade, no entanto, passa alguns dias isolada no seu apartamento. É difícil encontrar coragem para impor o ultimato, ao mesmo tempo que se sente tão suja que não tem forças para enfrentar a situação de frente. Retornou à estaca zero, sofrendo tudo outra vez. Quase se arrepende de ter ido atrás de um novo hobby.
Kun percebe que há algo errado assim que dá de cara contigo chegando de viagem, porém respeita seu espaço. Até que os dias passam, mas sua expressão triste e cansada não muda. Ele sente que precisa intervir, o instinto de cuidar de você grita ao te ver chorar escondida atrás do bebedouro. A carona para casa daquele dia é mais silenciosa do que o normal, visto que o menino não tenta engatar um assunto como nos outros dias. 
— Tá tudo bem? — você pergunta baixinho antes de pôr a chave na fechadura. Sentiu falta da voz dele pelo caminho. 
— Comigo tá, né. — ele suspira, girando o corpo, apoiando-se com a mão direita na parede ao lado. — Mas contigo… quer conversar? 
— Eu fiz lasanha, quer jantar? — devolve a questão, bagunçando com total foco o molho de chaves entre os dedos. 
— Você cozinhou? — Kun finge um choque exagerado porque sabia que o convite era um sim disfarçado. — Então é sério mesmo. 
Começa a esquentar a comida e arrumar a mesa enquanto ele te observa, esperando que você iniciasse o assunto, mas nunca acontecia. No final do jantar, cuidadosamente segura sua mão na dele, deixando um carinho reconfortante na palma. 
— O que aconteceu, hein?
Ali, sob o olhar tão atento e carinhoso do vizinho, desaba mais uma vez. Conta tudo entre as lágrimas pesadas que molham o seu rosto e também os dedos de Kun, que tinha se aproximado para ficar bem ao seu lado. 
— Você não merece isso, meu bem. — ele reclina sua cabeça sobre o próprio peito. — Ele começou, mas quem tem que parar é você.
— Eu vou chamar ele pra conversar essa semana e… — levanta-se, espantando algumas lágrimas ainda restantes e fungando. — vou dar uma última chance pra ele. 
— Como é que é? 
O cenho franzido não significa boa coisa, Kun está irado. Tudo tem limite. 
— Você não vê que precisa terminar com ele? Ele não te quer! — dispara com raiva.
Não é possível que você não esteja vendo a verdade bem na sua frente. Jaehyun sabe bem o que está fazendo, o que só piora. Ele é mau caráter e ponto. 
— Kun, eu… — tenta se explicar, porém ele te corta.
— Não. Você tá sendo…
— Não me interrompe!
Por que ele está falando assim com você? Por que estão brigando? Por que tudo tem que acontecer ao mesmo tempo? 
— Eu preciso saber se ele vai escolher a ela ou a mim. 
Kun ri com escárnio, desacreditado das suas palavras. 
— Isso já tá mais do que claro. Você não é burra! 
Apenas se entreolham, a atmosfera tão tensa que não consegue respondê-lo. Não esperava um conflito justo com ele, o seu refúgio, seu amigo. 
— Quer saber? — ele quebra o silêncio, levantando-se e ajeitando a cadeira de qualquer jeito. — Não vou dizer mais nada. Você é adulta, pode decidir o melhor pra si mesma. 
Ao ouvir a porta se fechar, recolhe-se na cadeira com o pior sentimento do mundo, o de estar completamente sozinha. 
Noite afora reflete sobre o tal melhor para si que precisa escolher, reconhecendo que Kun está certo, sempre esteve. Só que a esperança de ser amada ainda não havia se dissipado, por isso, num breve segundo de coragem, abre a conversa de Jaehyun. 
você: a gente precisa conversar 
Ignora todas as outras quarenta e duas mensagens que ele havia mandado. Logo ouve a notificação, estranhando a resposta tão rápida. Não contava que ele estivesse acordado às duas da manhã. 
Jaehyun: eu tô disponível qualquer hora pra você
você: quinta à noite na casa do seu avô? 
Jaehyun: tudo bemJaehyun: mas olha… eu não vou poder te buscar dessa vez 
Por causa dela, e isso dói mais do que antes. Conhecendo o sorriso e a beleza da mulher, dói muito mais. 
Jaehyun: tem uma chave reserva escondida no terceiro degrau da varandaJaehyun: te encontro lá
Os dois dias que antecedem o encontro definitivo se arrastam em horas cruéis e acinzentadas como uma espécie de tortura, especialmente porque Kun ainda não está muito conversativo. 
A raiva que nutre fica maior a cada escama que cai de seus olhos, mas não é maior do que o medo de perder a companhia e a segurança de ter alguém que te deseja. 
Piora quando, na Quinta, começa a rever as incontáveis fotos que tirou dele, dos encontros, dos segredos. Agora tudo parece tão gritante, você se perdeu quase completamente nessa história fodida de amor. Fez do Jaehyun seu templo, seu céu, seu tudo para enterrar algo que era tão seu e escapou, apenas para acabar implorando para não ser a segunda, as letras pequenas do rodapé que ninguém lê. 
Ainda assim, se prepara com o mesmo perfume frutado que o agrada e veste as roupas com as cores favoritas da paleta dele. 
Na rota que o motorista faz até o bosque, reflete sobre como chegou até ali. Na verdade, pensa sobre possibilidades demais. Se tivesse sumido de vez, ele teria feito algo? Se nunca o tivesse conhecido, estaria feliz? Teria se conhecido melhor? Se tudo acabar, será capaz de aceitar o amor novamente, ou confundiria com tolerância como agora?
Ao reconhecer as árvores altas que rodeiam a pequena casa de madeira, o vento gélido sopra mais forte entre as folhas agora dançantes. Parte sua deseja com toda força que Jaehyun apareça ali com aquele sorriso inconfundível adornado de covinhas que a faria esquecer que para ele aquela não é a prioridade, nem a realidade. A outra parte quer acabar com tudo logo, como remover a faca da ferida para assistir tudo desmoronar e virar ruínas.
Já passa das seis quando você destranca a porta, entrando para se proteger do frio, mas deixa a casa aberta. Mal pode se conter, mesmo tentando se distrair, checa a entrada a cada dez minutos. A espera consome cada célula do seu corpo com uma inquietação assustadora. 
O calor te abraça, então você decide tomar um ar num quintal. Os ouvidos se tornam ainda mais atentos, à espera dos faróis fortes que iluminariam a escuridão da noite ainda mais fria agora. Os passos tomados em volta do solo terroso fazem o tempo passar mais rápido, parece. É incomum que Jaehyun se atrase, mas não se preocupa muito, deve ser o trânsito caótico antes da estrada vazia para o bosque. 
À medida que a hora avança, o frio se torna imperdoável. Decide entrar novamente, checando o celular. Nenhuma notícia, ligação ou mensagem. Estranho. 
Mais sessenta minutos. 
Você decide sentar na cadeira de balanço velha ao canto da varanda para esperar. O ranger da madeira é a melodia que embala os seus pensamentos altos demais quando, ao perceber que já são nove horas, entende tudo, por fim. 
Ele não vem. Covarde. 
Anda até a sala outra vez com raiva, batendo os pés rancorosos para encontrar o telefone na mesa. Desta vez, vibrando sem parar. 
Jaehyun postou um novo story
Cinco notificações anunciando a mesma coisa. Seis, sete… 
Desbloqueia o aparelho com indignação, e também curiosa. Espera carregar com impaciência, o sinal é péssimo ali. 
Ao processar a primeira foto, seus joelhos enfraquecem, te fazendo segurar no encosto da cadeira para não cair. 
A mão de Jaehyun está entrelaçada com uma menor, as duas alianças nos anelares brilham em ouro branco. A feminina brilha ainda mais, o diamante branco e solitário é estonteante. A legenda: ela disse sim. para o resto da vida. 
Parece que seu coração está sendo completamente triturado. Não é possível. 
Passa para o story seguinte, é um vídeo repostado. O melhor amigo de Jaehyun filma à distância a reação dela ao pedido tradicional, com direito a joelho no chão e palmas da família inteira, presente em peso. 
Entender o que está acontecendo parece impossível, nunca achou que sentiria tanta dor. Sem forças, encaminha um dos stories para Kun e fita o nada. Pouquíssimos minutos depois, recebe uma ligação do vizinho. 
— Onde você está? — o desespero na voz dele compete com o que fere seu peito. — ONDE VOCÊ TÁ? 
Finalmente se permite chorar, mas esconde os soluços para respondê-lo. 
— Vou te mandar… a localização… 
— Eu vou te buscar. — ele anuncia, dá para perceber que está correndo. — Não sai daí, por favor. — ouve o ronco do motor do carro ao fundo. Você assente sem que ele possa ver. — Tenta não… Só me espera, por favor.
Obviamente atenderia ao pedido de Kun, não consegue se mexer. Está completamente destruída. Antes que pudesse você mesma remover a faca, Jaehyun a girou e te machucou ainda mais. 
Sentada, você termina de ver os outros stories.
A última memória que teria dessa história seria esta. Você sendo telespectadora pela última vez, sentada e assistindo… 
70 notes · View notes
jorgema · 1 year
Text
Tumblr media Tumblr media
Era ya media tarde de un abril primaveral. El viento soplaba con delicadeza y el cielo mostraba un escenario digno de una pintura. El sonido del viento acariciando los árboles con tranquilidad y, a medida que nos adentrábamos en ese bosque, hacía que el alboroto de la urbe desapareciera a cada paso.
No era la primera vez que nos veíamos ella y yo, ni tampoco era la primera vez que notaba ese sentimiento entre latido y latido. No era la primera vez que hacíamos algo solos los dos, ni era nuestra primera caminata juntos en ese místico lugar. Ella y yo, nos conocimos hace varias historias atrás, después de varias desilusiones y varios corazones rotos en el pasado.
Ella es la mujer más hermosa que han visto mis ojos y la mujer más inteligente que mi razón quiere escuchar toda la vida. Siempre tiene una cálida sonrisa en su rostro y unas cuantas lágrimas atorada en el alma para cuando sea necesario usarlas. Ama una buena historia y se enoja con los personajes cuando hacen cosas sin sentido, les habla y les pregunta: «¿No te das cuenta de lo que haces?, ¿acaso eres tonto o qué?» Y luego ríe como una niña, porque sabe que no la pueden escuchar. Y su mirada (suspiros) ¡oh Dios, su mirada! Para ella no hay palabras en esta realidad ni en ninguna otra, que puedan describir con certeza lo hermosa y única que es. Al verte con esos ojos profundos como la noche, te abraza sin tocarte, te hace ver la verdad y la solución en un parpadeo, y te dice todo lo que necesitas escuchar para sentirte en casa.
— Ella es poesía, epifanía y algo hermosamente sublime.
Y yo, bueno, soy el hombre que está enamorado con locura de ella y que se enamora una y otra vez tras cada amanecer. Y ese día, después de muchos donde me acobardé, me volví el hombre más valiente al tomarle la mano y decirle: «Estoy perdidamente enamorado de ti. No solo me gustas, no solo te quiero, te amo, con todo lo que eso implica y con todo lo que eso representa».
La tomé de ambas manos, y en ese momento ella se percató de que me temblaba hasta el alma mientras confesaba aquello que ya era obvio en mi vida. Respiré hondo, y mientras lo hacía ella, con delicadeza y dulzura, sin soltarme las manos, me acercó y sonrió como lo haría alguien que han puesto libertad. Mi corazón moría y renacía al mismo tiempo en ese instante. Mis heridas del pasado me gritaban que saliera corriendo, mi mente me suplicaba que la besara, mientras que mis piernas sentían que llevaban el peso del mundo en mis hombros, pero sus ojos me miraron profundamente y vieron la verdad que mis torpes palabras trataban de expresar.
Y cuando estaba listo para decir algo más, ella, sin dudarlo ni pensarlo, me besó. Mi alma abandonó este mundo y tocó el cielo en menos de un segundo. Mi cuerpo sintió viajar al futuro y regresar al presente, mientras el cálido abrazo del romance me hizo sentir más vivo que nunca, todo sin soltar sus manos que me anclaban a esta realidad irrefutable.
Sus labios, cálidos y perfectos, se sentían como mi hogar y yo, después de estar perdido por tanto tiempo, finalmente había regresado a él.
— Y así fue, como nos dimos nuestro primer beso, uno que nunca olvidaré.
Tumblr media
— Cuentos y relatos cortos || @jorgema
155 notes · View notes
las-microfisuras · 2 months
Text
Carta de Victoria Ocampo a Eduardo Mallea
Tumblr media
Los árboles de Supervielle me gustan sin entusiasmarme. Podrían decirse tantas otras cosas. Esa música de los troncos, de las ramas, de las hojas ha acompañado mi vida de tal modo, la ha iluminado con tanta constancia, que me fastidian los poetas que no saben decirla lo mejor posible.
Cuando yo tenía siete años (o seis) fui por primera vez a un bosque en Francia. Debe de haber sido otoño, a juzgar por el olor que recuerdo, y sé que iba caminando. Mi encantamiento y felicidad, mi sorpresa y mi avidez ante esta cosa inimaginable que me entraba por los ojos, la nariz, los pies, duran todavía. Yo no conocía esta forma de la naturaleza. Sólo sabía de llanuras de agua y de tierra. Pero esto era como si la naturaleza me hubiera encerrado con llave en su propia habitación. Se volvía palpable y concentrada en torno de mi pequeñez. Se estrechaba contra mí y no me dejaba más ese espacio, ese vacío alrededor que me había habituado a considerarla un poco como otro cielo.
Una vez te hablé de esos momentos tan raros en que uno ve, oye y comprende a un nivel por encima del nuestro. Permanecemos entonces inmóviles, casi sin respiración, aunque no nos falte el aire. En una especie de gran silencio interior que semeja la página en blanco, preparada para recibir cualquier palabra imprevisible. Es de ese modo como he sentido el bosque. Como yo si naciera al entrar en él. Como si el uso de mis sentidos me viniera de él. Nunca más lo volví a ver así. Pero ese día se prolonga en mí. Siempre estoy cayendo desde ese día, desde esos instantes, sin encontrar jamás tierra o agua que detenga mi caída. Caigo con una columna de humo (estas palabras, estas explicaciones opacas) que se inscribe y desaparece detrás de mí; testimonio perecedero de un imperecedero incendio.
Mi encuentro con el bosque tuvo lugar, creo, la primera vez que penetré en él.
Pero mi encuentro con el Río de la Plata se ha producido de otro modo, acaso más extraño, porque yo lo veía todos los días sin saber que él me espiaba, que estaba allí, que tenía tantas cosas para decirme y que iba a esperarme todo el tiempo que fuera necesario. ¡Pero el bosque!
Puede ser que sea por eso que la primera frase pronunciada -cantada- en Pelléas y Mélisande por Golaud, cuando el telón se levanta: "¡Nunca podré salir de este bosque!" siempre me ha producido (aparte de la música que la exalta) un efecto hechizante. Yo tampoco saldré jamás de este bosque, porque un día se me apareció de tal manera que tuve que quedarme. Y me quedé porque había desaparecido: desapareció desde el momento en que me fue revelado. Está en mí, pero lo he perdido fuera de mí: no puedo distinguirlo dentro. Es como si no tuviera espejo para mi propio rostro. No es el rostro lo que he perdido, sino la visión del rostro.
El bosque estaba mucho más cerca de mis sentidos, los afectaba mucho más que el Río de la Plata. Era una felicidad más que una alegría. Pero todo eso (los árboles, las flores, las semillitas), todo eso estalla a veces ante nosotros como una palabra que buscábamos para no dejar escapar lo que queríamos decir. Porque la palabra fija y su función -según mi experiencia- es puramente fijadora. Los árboles, las flores, las semillitas son palabras sin Petit Larousse que las explique. A veces uno imagina que las ha comprendido, que ha descubierto el sentido de esos gritos que son el agua que corre, el bosque donde los brotes verdean milagrosamente. A veces no se oye más nada y casi ni siquiera el eco de aquello que se había escuchado.
Victoria Ocampo - Villa Victoria (Mar del Plata).
18 notes · View notes
persepolisph · 7 months
Text
ULTIMA CARTA DE PIZARNIK A SILVINA OCAMPO.
Tristísimo día en que te telefoneé para no escuchar sino voces espúreas, indignas, originarias de criaturas que los hacedores de golems hacían frente a los espejos.
Pero vos, mi amor, no me desmemories. Vos sabés cuánto y sobre todo sufro. Acaso las dos sepamos que te estoy buscando. Sea como fuere, aquí hay un bosque musical para dos niñas fieles: S. y A.
Escribime, la muy querida. Necesito de la bella certidumbre de tu estar aquí, aquí abajo; sin embargo, yo traduzco sin ganas, mi asma es impresionante (para festejarme descubrí que a Martha le molesta el ruido de mi respiración de enferma). ¿Por qué, Silvina adorada, cualquier mierda respira bien y yo me quedo encerrada y soy Fedra y soy Ana Frank?
El sábado, en Bécquar, corrí en moto y choqué. Me duele todo (no me dolería si me tocaras –y esto no es una frase zalamera). Como no quise alarmar a los de la casa, nada dije. Me eché al sol. Me desmayé pero por suerte nadie lo supo. Me gusta contarte estas gansadas porque sólo vos me las escuchás. ¿Y tu libro? El mío acaba de salir. Formato precioso. Te lo envío a Posadas 1650, quien, por ser amante de Quintana, se lo transmitirá entre escogencia y escogencia.
Les envié así un cuaderniyo venezolano con un no sé qué de degutante [desagradable] (como dicen Ellos). Pero que te editen en 15 días.
Oh Sylvette, si estuvieras. Claro es que te besaría una mano y lloraría, pero sos mi paraíso perdido. Vuelto a encontrar y perdido. Al carajo los greco-romanos. Yo adoro tu cara. Y tus piernas y tus manos que llevan a la casa del recuerdo-sueños, urdida en un más allá del pasado verdadero.
Silvine, mi vida (en el sentido literal) le escribí a Adolfito para que nuestra amistad no se duerma. Me atreví a rogarle que te bese (poco: 5 o 6 veces) de mi parte y creo que se dio cuenta de que te amo sin fondo. A él lo amo pero es distinto, vos sabés, ¿no? Además lo admiro y es tan dulce y aristocrático y simple. Pero no es vos. Te dejo: me muero de fiebre y tengo frío. Quisiera que estuvieras desnuda, a mi lado, leyendo tus poemas en voz viva. Sylvette, pronto te escribiré. Sylv, yo sé lo que es esta carta. Pero te tengo confianza mística. Además la muerte tan cercana a mí, tan lozana, me oprime. Sylvette, no es una calentura, es un re-conocimiento infinito de que sos maravillosa, genial y adorable. Haceme un lugarcito en vos, no te molestaré. Pero te quiero, oh no imaginás cómo me estremezco al recordar tus manos que jamás volveré a tocar si no te complace puesto que ya lo ves lo sexual es un “tercero” por añadidura. En fin, no sigo. Les mando los 2 librejos de poemas póstumos –cosa seria—. Te beso como yo sé, a la rusa (con variantes francesas y de Córcega). O no te beso sino que te saludo, según tus gustos, como quieras.
Me someto. Siempre dije no para un día decir mejor sí.
Sylvette, sos la única. Pero es necesario decirlo: nunca encontrarás a nadie como yo. Y eso lo sabés (todo). Y ahora estoy llorando. Sylvette, curame, ayudame, no es posible ser tamaña supliciada, Sylvette, curame, no hagas que tenga que morir, ya…
Tuya:
Alejandra.
43 notes · View notes
redcomunitaria · 2 months
Text
Querido tío,
Espero que esta carta te encuentre en buen estado y con una sonrisa de oreja a oreja, ¡porque ya casi estoy listo para aterrizar en ese paraíso playero que llamas hogar! Sé que puede sonar un poco loco, ¿verdad? Yo, uno completo desconocido, apareciendo de la nada y pidiendo alojamiento en tu refugio costero. Pero, ¿sabes qué? ¡La vida está llena de sorpresas!
Déjame contarte un poco sobre mí para que puedas reconocerme cuando llegue al aeropuerto. No voy a hablar sobre el color de mi cabello o mis ojos, porque eso sería imposible que lo vieras. Quiero que me veas más allá de lo superficial, tal cual lo haces con tus gafas especiales.
Para empezar, soy un alma inquieta, siempre buscando nuevas aventuras y emociones. Soy como un perrito callejero curioso, oliendo cada esquina y persiguiendo cada destello de luz. ¿Recuerdas ese cachorro juguetón que solía rondar por el vecindario? Bueno, ese sería yo.
Tengo una pasión desenfrenada por la naturaleza y por la escritura. A veces me desconecto del mundo en lugares como playas o bosques para inspirarme y tomar las palabras que vuela en lo etéreo y escribirlas en mi intento por ser eterno. Me siento más vivo cuando estoy bajo el sol, con los pies en la arena o perdido en un bosque espeso. No necesito lujos ni comodidades extravagantes; solo dame un paisaje impresionante y estaré en mi elemento.
Además, soy un gran amante de las historias. No importa si son libros, películas o simplemente anécdotas que, como dice mi amiga Irene, son las patoaventuras de la vida cotiiana, siempre estoy ávido de más. Soy como un cuervo que colecciona palabras en lugar de objetos brillantes. Las historias son mi tesoro más preciado.
Ah, y no puedo olvidar mencionar mi amor por la comida. Soy un explorador culinario, siempre dispuesto a probar platos exóticos y sabores desconocidos. Para mí, cada comida es una aventura en sí misma, y cada bocado es un nuevo descubrimiento.
En cuanto a mis habilidades, bueno, digamos que soy un poco como una mezcla de Bob el constructor y Dr. House. Puedo arreglar casi cualquier cosa con cinta adhesiva y un poco de ingenio. No soy el tipo de persona que se rinde fácilmente ante un desafío; más bien, lo veo como una oportunidad para demostrar mi creatividad.
Así que, tío, cuando nos veas llegar al aeropuerto, solo busca a alguien con la chispa de la aventura en los ojos, el olor a sal en la piel y una sonrisa ansiosa por explorar lo desconocido. Esa seré yo, listo para sumergirme en la maravilla de tu mundo costero.
¡Nos vemos pronto!
Con cariño,
Mario
P.D. ¡Te quiero!
Don Ggatto
22 notes · View notes
yuzuyom · 11 months
Text
Shhh, es un secreto
Tumblr media
PAREJA: Neteyam x Reader
ADVERTENCIA: escritura oscura | obscenidad | violencia física | muerte | mención de suicidio | sangre | fluidos | triste.
capitulo 11
~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~
Capitulo 12
" TIEMPO "
Neteyam por primera vez en su vida quedó paralizado. No supo que hacer cuando aquel Na'vi te llevaba lejos de él en su ikran. Nunca pensó que lo harían elegir entre su hermanita y tú.
Cuando vio a Tuk caer y escuchó tu voz gritar el nombre de su padre estaba dispuesto a ir detrás de ti en su ikran, de no ser porque su madre lo retuvo y lo empujó hacia la carpa del Tsahik dónde estaban llevando a su pequeña hermana. Se quedó tan quieto como nunca antes, mirando a la nada pensando que en realidad había sido demasiada sangre la que había perdido Tuk. A los pocos segundos llegó Norm, quién hablaba algo de transfusión de sangre.
Y Neteyam seguía en la nubes, rogándole a Eywa que te mantuviera a salvo y que su pequeña hermana sobreviviera al ataque.
¿Cómo? ¿Porqué?
Porqué Eywa hacía lo posible para alejarte de su lado.
Una hora.
Una hora donde simplemente estuvo sentado sin hacer absolutamente nada. Lo'ak peleaba con su padre diciendo que debían ir a buscarte, que no sabían dónde estabas o de qué sería capaz aquel Na'vi. Y Jake estaba tan renuente a qué te buscarán, que Neteyam se sentía entre la espada y la pared.
Quería tanto correr a buscarte, necesitaba ser egoísta por una vez en su vida, pero sino estabas a su lado no sabía cómo serlo.
---¡Quema, quema mucho! ---- gritaba Tuk desde dentro.
Neteyam por primera vez en toda la noche corrió hacía la carpa donde tenían a su pequeña hermana. Neteyam cubrió su boca al ver cómo de la herida comenzaba a salir líquido negro.
----¿Que le sucede? ¿¡Que está pasando!? ¡maJake! ---- gritó su madre intentando acercarse a su pequeña.
Neteyam corrió hacia Tuk, reteniendo sus brazos para que la pequeña no se moviera. Kiri ya estaba preparando un cuenco para hurgar en la herida.
---- Tuk, necesitamos que seas fuerte, ¿Lo entiendes? Va a doler ----. Intentó tranquilizar tomando sus manos con fuerza ---- pero, te prometo que después va a desaparecer todo dolor.
----¡Quema, Neteyam, quema!
El asintió observando como Lo'ak tomaba las piernas de su hermanita. Entonces Mo'at adentro sus dedos en la herida.
----¡Ahhhh, duele! ¡Basta, me duele! ---- Tuk se removia desesperada en sus manos ----. ¡Sa'nu me duele! ¡Diles que paren!
Neteyam cerró los ojos con fuerza, escuchando a su madre llorar en los brazos de su padre. Podía oír los dedos de su abuela remover en la herida de Tuk y eso le traía recuerdos de tu persona hurgando en su herida.
----Lo tengo.
Una pequeña punta de daga estaba en las manos de su abuela. Neteyam asintió preparándose para ver a su abuela comenzar a succionar en la herida y sacar todo el veneno posible, la pequeña Tuk se desmayó debido al dolor. Cuando todo el veneno fue sacado de su sistema comenzaron a limpiar la herida de cuchillo, cosiendo su pequeño abdomen para retener todo y comenzar con las transfusiones de sangre.
Neteyam estuvo tranquilo al saber que su pequeña hermana ya estaba a salvo.
No miró atrás cuando su padre lo llamó, tampoco hizo caso a su madre gritando su nombre. El llamó a su ikran y emprendió vuelo sin dudar, comenzando a volar por todo el bosque en tu búsqueda.
En pocos segundos Lo'ak ya estaba detrás de él, ambos recorrieron los cielos toda la noche y tú simplemente ya no estabas. Habías desaparecido por completo y él supo que no debió haber perdido tiempo, pero era su hermana. Su pequeña Tuk, no podía simplemente irse aún sabiendo que su hermana podría morir en cualquier momento.
----Neteyam, debemos volver ----. Murmuró su hermano a su lado.
El Na'vi negó tomando las riendas con fuerza.
---- Aún no, ella debería estar cerca de aquí.
Escuchó a Lo'ak suspirar a su lado.
----Tienes ojeras, ni siquiera haz dormido bien desde que ella... Ya sabes, debes descansar Neteyam.
Volvió a negar.
----No puedo, Lo'ak yo-
----Lo sé, hermano, lo sé ---- su hermanito le sonrió suavemente ----. Te prometo que si duermes un poco volveremos a buscarla. Pero ella te necesita alerta, cien por ciento alerta, hermano.
Neteyam asintió, ya llevaban horas volando hacia la nada, ya estaba apunto de amanecer y de ti no había ningún rastro. Cómo si ellos nunca hubieran llegado a la aldea, cómo si tu no existieras en este mundo y solo hubieras sido un sueño de Neteyam.
El Na'vi regresó a casa junto a su hermano, un viaje que tomó más de cuatro horas y en esas cuatro horas sus ojos no dejaron de vagar por todos lados esperando, buscando algo que le dijera que estabas ahí. Algún rastro que le hiciera saber que tú eras real.
Llegó a casa siendo recibido por su madre quien revisó su rostro preocupada.
----¿Qué fue eso? ¿¡Cómo te atreves a huir simplemente así!?
Neteyam miró al suelo sintiéndose destrozado. No había bebido agua, no había comido, ni dormido y estaba seguro que no tenía fuerzas para escuchar a su madre.
---Necesitaba buscarla ----. Murmuró con lágrimas en los ojos.
-----¿Buscarla? ---- su madre tomó sus hombros ----. Neteyam, ella ya tiene a quien pertenecer, no tienes porqué buscarla. Tú lo oíste, están unidos ante Eywa.
Neteyam se safó de su agarre, porque por primera vez quería romper el silencio.
----¡Y tú viste como la trató! ---- recriminó Neteyam ---- Ella es mi pareja, madre. Me he estado apareando con ella desde que llegó.
Su madre negó dando pasos hacia atrás. Jake la tomó de los hombros esperando a que Neytiri pudiera controlarse.
----¡No, Neteyam, no! ¿Cómo? ¡Skxáwng! !eso es lo que eres! ---- gritó su madre ----. ¡es una humana! ¡Una humana, Neteyam! ¿Lo entiendes?
El miró al suelo, sintiendo como las lágrimas comenzaban a bajar por sus mejillas.
---- Yo... No sé, es que ella... Ella me enseñó a ser yo y simplemente no podía dejarla ir, madre ----. Sollozó, intentando limpiar sus lágrimas.
Neytiri miró a su pequeño, el joven lloraba y se volvía pedazos frente a ella. Neteyam se hincó, sus rodillas rasparon el suelo mientras que sus lágrimas caían y caían. Neytiri lo sabía, pero oírlo de la boca de su hijo era tan chocante que simplemente le irritaba. Cómo es posible, que siempre su familia terminará envuelta en un problema con los humanos, ¿Porque simplemente no podía tener paz?
Ella se acercó, abrazándolo para brindarle un poco de paz a su pequeño corazón roto.
----Está bien, está bien, Neteyam. Estoy aquí.
Él lloró tanto en los brazos de su madre que simplemente no paró en todo lo que quedaba de amanecer. Su padre lo llevó a tu carpa junto a su hermano, Neteyam se hizo un ovillo con uno de tus vestidos en su mano dejándose llevar por el sueño, arrullando a su dolido corazón con tu aroma.
El Na'vi te vio en sus sueños, una sonrisa estaba en tu rostro y aquello te hacía ver tan hermosa a sus ojos, tus manos tomaban con suavidad las suyas y susurrabas pequeñas palabras de amor que hacían a su corazón sentirse cálido. Neteyam estaba seguro de que sonreía entre sueños, dejando que las lágrimas se desbordaran ante tu recuerdo.
Podía repetir una y otra vez las noches que pasearon en el bosque, se dejaba atrapar por el recuerdo de tu pequeño cuerpo debajo de él, sonreía ante las imágenes de sus pláticas nocturnas.
Neteyam había caído tan profundo por ti, que podía vivir eternamente en este sueño con tal de verte y escuchar tu voz.
----Neteyam... Debes despertar ---- susurraste acariciando su rostro.
Él negó.
----Estoy bien aquí... Me gusta estar contigo ---- murmuró el Na'vi cerrando los ojos ante tu contacto.
----Pero te necesito afuera, yo todavía te espero, Neteyam ----. Sollozaste suplicante.
Neteyam se levantó de tus muslos, comenzando a limpiar tus lágrimas con cuidado.
----Ey, Ey, estoy aquí bebé, ¿Qué sucede? ---- preguntó mientras su corazón se apretaba debido a tus lágrimas ----. Puedes contarme, sigo aquí.
----Perdóname, Neteyam. Aún te veo, lo prometo ---- lloraste mirando sus ojos ----. Lo estoy intentando. Ven rápido, Neteyam.
----Te lo prometo, querida ---. Neteyam junto su frente suavemente con la tuya ---. Ya voy por ti, te lo juro.
Sus ojos se abrieron de golpe observó aquel techo de tela y sus ojos miraron el vestido que descansaba en su mano, lo apretó con fuerza dándose ánimos y en cuestión de segundo el Na'vi ya estaba de pie. Salió de la carpa dispuesto a llamar a su ikran y salir nuevamente en tu búsqueda de no ser porque las manos de su padre ya estaban en sus hombros.
----¿ A dónde crees que vas, muchacho?---- preguntó su padre, enfrente de él.
Neteyam lo miró con ojos serios.
---- A buscarla.
---- Oiste a tu madre. ---- Neteyam lo miró a los ojos, esperando paciente ----. Ella ya tiene un lugar al cuál pertenece.
Neteyam negó.
----Tú viste como la trata, tú viste todo lo que ella pasó cuando estuvo con nosotros ---- Neteyam se safó del agarre ----. ¡Ella ni siquiera quería ir con él!
----Neteyam ----. Advirtió su padre.
----¡No! ---- se negó a calmarse --- Tú dijiste que me apoyarías, dijiste que estarías de mi lado aunque tomara una decisión incorrecta.
Neteyam observó a su padre soltar un suspiro ante eso.
----Y aún si te niegas a dejarme ir, iré ----. Pasó por un lado de su padre, llamando a su ikran quién ya había respondido a su llamado.
Lo'ak ya estaba a su lado, asintiendo dejando en claro que lo acompañaría.
----¡Neteyam, Lo'ak! ---- gritó su padre caminando hacia ellos.
---- tal vez debamos correr al bosque ----. Susurró su hermano ganándose un asentimiento.
Cuando los dos giraron Neytiri estaba frente a ellos, mirándolos fijamente molesta, con su cola levantada debido a su ira.
----Ninguno va a moverse de aquí.
Neteyam rodó los ojos, porque sinceramente esto era ridículo.
---- Esto es estúpido ----. Soltó el Na'vi ganándose un siseo de su madre ----. Voy a ir, les guste o no.
----¿Cuál es esa necesidad? Neteyam, ella está casada, tuvo hijos. ¡Ya está unida a alguien más de por vida ante Eywa!.
Neteyam negó molesto, ignorando cualquier palabra que saliera de sus bocas.
---- ¡Es parte de nosotros, apoyó a cada uno de sus hijos cuando ustedes simplemente trataban de alejarla! ---- gritó Lo'ak de vuelta ---- ¡Salvó a Tuk! Evitó que ese demente se la llevara a quién sabe donde.
-----Eso no quita que sea una humana, Lo'ak.
Neteyam ya estaba dispuesto a levantar su arco contra sus padres de no ser por qué una pequeña atokirina comenzó a flotar frente él.
---- Una medusa...
Susurró tu voz en sus recuerdos.
----Voy a ir por ella, mamá ----. Prometió Neteyam. Observando a Neytiri quién lo miraba con ojos abiertos ----. porque es mi pareja ----. Murmuró Neteyam, notando como más atokirina comenzaban a volar a su alrededor ----. Porque prometimos estar juntos hasta el fin de nuestras vidas y en nuestras próximas.
----Eywa... --- Susurró su padre a su lado.
Neytiri guardó silencio, suspirando resignada ante la clara señal de Eywa y su extraña fascinación por los humanos débiles.
----Bien, ¿entonces cómo vamos por ella? ---- preguntó Lo'ak.
Jake dio un paso al frente.
---- Norm me puede enviar la información por el intercomunicador, puedo hacer que los guerreros se preparen.
----¿Los guerreros? ---- preguntó Lo'ak extrañado.
Jake asintió.
---- Este Na'vi no solo se ha llevado a (T/N), sino que ha destruido aldeas Na'vi. Se ha levantado contra Pandora y ha dañado el equilibrio de Eywa. Ha decidido iniciar una guerra.
-----Entonces, ¿qué esperan? ¡Muevánse! ---- gritó Neytiri comenzando a hacer llamados.
Neteyam miró la atokirina, sintiendo la adrenalina recorrer cada centímetro de su cuerpo al ver cómo estás pequeñas almas comenzaban a formar un camino, iban a hacer de guías.
Cuando emprendieron vuelo Neteyam sentía que sus manos temblaban debido a la incertidumbre.
----¡Escuchen, necesito un escuadrón de sigilo que vaya por el cielo y el otro irá por tierra! ---- gritaba su padre ---- ¡No olvidemos a quién nos enfrentamos! ¡El mejor guerrero¡ ¡con la tribu más sangrienta que puede tener Pandora! Que madre Eywa nos proteja de esta bestia.
----- Padre, el veneno.
----¡Sus armas tienen veneno, quien sea herido con alguna flecha y comience a sentir un ardor no dude en correr al pequeño centro de curación!
----¡Si, señor! ---- gritaron todos al unísono.
Neteyam miró al frente todo el camino, no deseando perder de vista a las pequeñas atokirina que flotaban en frente de ellos, guiando a quién sabe dónde. Neteyam apretó los labios cuando salieron del bosque comenzando a traspasar el mar y eso hizo a Neteyam dudar. Cómo habías llegado hasta su bosque si tú hogar atravesaba por el mar, entonces a lo lejos pudo ver un gran volcán, un volcán que era rodeado por un inmenso bosque.
Neteyam soltó un suspiro tembloroso ante la expectativa. La expectativa de tenerte tan cerca y poder abrazarte.
Cuando estuvieron a la orilla del mar fueron siguiendo un caudal, un caudal que dentro del bosque se volvió en un río.
Las atokirina seguían el río y cuando Neteyam sintió que caminaban por horas por el inmenso bosque las pequeñas almas puras desaparecieron. Neteyam movió sus orejas alerta escuchando a los lejos el ligero sonido de un canto. Jake dio instrucciones, el escuadrón de vuelo despegó y los de tierra comenzaron a avanzar cuidadosos.
----Toruk Makto lo tenemos. Es un clan, están en su árbol de espíritus, están en una especie de ritual.
La cola de Neteyam se movió ansiosa y el no evitó formar una sonrisa de emoción, sintió a su hermano moverse a su lado.
----¿Que esperamos? ¡Andando! ---- pidió Lo'ak tomando su mano ----. ¡La hemos encontrado, hermano!
----Loak, espera- ¡Cuidado!
Neteyam se lanzó a su hermano en cuento escuchó a su padre gritar. El sonido de algo clavándose en el árbol lo hizo girarse, eran flechas envenenadas. Él respiró intranquilo, sintiéndose rodeado debido a que si había una trampa, significa que habría más.
----¿Estás bien? ---- preguntó Neteyam a Lo'ak quién solo asintió.
----¡No seas impaciente, cabezón! ---- regañó Jake golpeando la cabeza de su hermano.
----Perdón, señor.
Entonces comenzaron a caminar cuidadosos, mirando a todos lados con su arco listo para disparar. Neteyam se detuvo cuando una atokirina comenzó a flotar en una dirección y el canto se volvió mucho más fuerte. Se escondió detrás de un árbol observando cómo varios guerreros de su clan comenzaban a escalar los grandes árboles. Neteyam miró hacia abajo, porque el hogar estaba en un enorme crater de donde el árbol de los espíritus se levantaba orgulloso. Neteyam miró a todos los que estaban reunidos observando como miraban en una sola dirección.
Y finalmente, sus ojos amarillos te miraron hecha ovillo frente al Tsahik todo a tu alrededor se movía con cuidado, como si palpitara. Neteyam levantó su arco dispuesto a disparar a Ska'anekx de no ser porque su madre lo detuvo.
----¡No! Algo pasa ---- Neteyam la miró extrañado ----. Atokirina.
Neteyam miró por encima de ti cómo las pequeñas criaturas te cubrían de su flecha.
----¿Solo esperamos?---- su madre asintió ----. ¿Que tal si le sucede algo?
----¿Qué tal si tú flecha le hace algo? Sé paciente.
Neteyam asintió. Sus ojos miraron al cielo, la noche estaba cayendo sobre ellos y tú seguías hecha ovillo. Entonces, después de una hora te vieron moverte. El Na'vi macho lanzó gritos de emoción siendo seguido por toda su tribu Neteyam pudo escuchar al Tsahik anunciar.
----¡Esta hecho!
----¿Alguien tiene idea de lo que está pasando? ---- preguntó Lo'ak por el intercomunicador.
Todos miraron atentos cómo entregaban sus manos al Tsahik y este derramaba la sangre en los cuencos. Neteyam prestó atención cuando Ska'anekx tomaba su trenza y tú levantabas tu cabello dejando que el Na'vi llevara la punta a tu nuca. Neteyam sintió un dolor en su pecho cuando vio que la trenza de Ska'anekx se quedó quieta en ese lugar.
---- ¿Qué cojones? ---- Susurró Lo'ak ---- ¿Cómo mierda ese Na'vi puede tener una conexión con ella?
Neteyam sentía que comenzaba a hiperventilar, porque él nunca notó algo distinto en tu nuca.
---- La estaban entregando a Eywa... ---- Susurró su madre.
----¿Qué? Madre, ¿qué significa eso? ---- preguntó Neteyam desesperado.
----¡La están haciendo reina! ---- gritó Neytiri ---- ¡Que no beba del cuenco!
Entonces Neteyam levantó el arco y con exactitud soltó la flecha tirando el cuenco de tus manos.
El clan comenzó a gritar y pudo ver cómo tú te quedaste quieta en tu lugar siendo jalada por un pequeño Na'vi al cuál no dudaste en seguir.
El escuadrón aéreo salió del cielo, comenzando a lanzar flechas a los guerreros que comenzaban a salir de las carpas. Una batalla campal se formó en cuestión de segundos. Neteyam no dudó de lanzarse a buscarte y sacarte de este maldito lugar.
Cuando miraste la flecha y murmuraste su nombre varios ikran salieron del cielo disparando a los guerreros que ya estaban apuntando para atacar. Miltu tomó tu mano haciéndote correr para buscar escondite podías ver a tu alrededor como Na'vi caían al suelo heridos y como Na'vi del clan Omaticaya saltaban del bosque para comenzar a atacar a los guerreros que defendían su hogar. Entonces los oíste, los disparos significaban que Toruk Makto estaba aquí con su escuadrón humano.
Lanzaste un pequeño grito cuando una flecha casi te da podías ver cómo comenzaba a dejar salir líquido negro de la punta. Miraste hacia atrás, Ska'anekx te miraba iracundo. Parecía demente con la pintura negra por toda su cara. Moviste tus pies lo más rápido que podías, sintiendo como tus costillas y coxis comenzaban a doler, las mordidas comenzaban a arder con cualquier movimiento y tu miedo comenzaba a volver torpes tus piernas.
Cuando el sonido de una flecha fue captado por tu oído tomaste al niño y te lanzaste a un lado. Ambos rodaron por el suelo, tus sentidos te dijeron que te levantarás rápido porque este Na'vi estaba dispuesto a dejarte parapléjica con tal de mantenerte a su lado. Obligaste al niño a qué se levantara, sintiendo como tus piernas se negaban a avanzar debido al miedo, la frase quedate quieta y no te irá tan mal se repetía en tu cabeza como disco rallado, comenzaste a golpear tus piernas siendo jalada por el pequeño Miltu quién no quería abandonarte.
----¡Muevánse malditas piernas estúpidas!---- maldijiste, Ska'anekx ya estaba levantando una flecha ----. ¡Miltu, corre por favor debes huir! ¡Corre!
----¡No, no, no! ---- se negó el niño siguiendo jalando de tu mano ----. ¡No me voy a ir sin ti!
Volviste a mirar hacia atrás, el seguía caminando y estabas segura de lanzaría la flecha.
----¡Miltu, corre-
Las palabras se quedaron en tu boca cuando viste al niño ser atravesado por una flecha. Tus ojos aterrados lo miraron caer al suelo, causando que todo tu cuerpo comenzará a temblar debido al terror.
----¡NO! ¡NO, NO, NO!---- Gritaste tomando al niño en tus brazos temblorosos ---- ¡POR FAVOR, NO! ¡TÚ NO, POR FAVOR!
Gritaste del dolor en tu corazón aferrandose a su pequeño cuerpecito que ya estaba sin vida. Entonces tus oídos captaron el sonido del arco, lo miraste nuevamente apretando a Miltu contra tu pecho.
----¡MONSTRUO, ESO ES LO QUE ERES!---- gritaste entre llantos.
Cuando la flecha estaba a punto de ser disparada él fue tirado. Neteyam estaba encima suyo golpeando su rostro con todo lo que podía. Los machos se alejaron el uno del otro y Neteyam sin mirarte gritó.
----¡Corre! ¡Vete de aquí!
Tomaste al pequeño cadáver en tus brazos y sin dudarlo corriste lo más lejos de ellos, dando pequeñas miradas hacia atrás observando como ellos peleaban con cuchillo en mano, haciendo lo posible para que ninguno tocará el cuerpo del otro.
Te ocultaste detrás de un árbol lejos de todo el esc��ndalo y aún así podías escuchar el sonido de disparos y gritos Na'vi. Cerraste los ojos con fuerza, abrazando a Miltu quién ya no hacía ningún movimiento.
Tus ojos lo miraron, la flecha atravesaba su pecho y aquello te causó que el llanto incrementara.
----Perdóname, Miltu... Perdón, por favor. Perdóname.
Besaste su frente, ocultándolo entre las hojas para que ningún animal se lo lleve, estabas dispuesta a darle un entierro digno al pequeño príncipe... A tu pequeño ikran.
Comenzaste a tomar bocanadas de aire, intentando calmar tu cuerpo para lo siguiente que harías.
Neteyam no podría solo contra Ska'anekx. Ska'anekx era un sádico, un tipo que acababa con tres Na'vi a la vez, el tipo que peleaba aunque tuviera cincuenta flechas clavadas en la espalda. El tipo que se inyectaba su propio veneno para ser tolerante a él, el asesino de humanos, el mejor guerrero de todos dicho por diferentes clanes.
Soltaste un suspiro rogándole a la madre Eywa que te dé la fuerza, que te permita recordar la primera guerra, porqué estabas aquí, qué te había traído aquí, cuáles eran tus mejores puntos.
Eras un soldado, actúa como tal.
Un soldado, un soldado.
----¡Atención, soldados! ---- gritó la voz de tu comandante.
Te levantaste del suelo manchando tus ojos de pintura negra. Descargaste el tocado Na'vi de tu cabello dejando nada más que el traje que te daba libertad de movimiento.
----¡Hoy es vivir o morir y está en sus manos decidir! ---- tomaste la flecha que estaba en el pecho de Miltu, rezaste a Eywa porque dejara descansar su alma ----. ¡Son guerreros y hoy quiero la victoria! ¡Deben vivir, sobrevivan a pesar de todo, soldados!
---- Si, señor.
Entonces corriste de vuelta al cráter. Tu mano tomó un arco de un cadáver y sin dudar robaste las flechas. Ska'anekx te había enseñado un poco, solo un poco y esperabas que tus dedos hicieran caso a tus recuerdos.
Sabías que una flecha no sería suficiente para los Na'vi del clan Tormakticaya. Ellos fueron entrenados para recibir veneno, eran máquinas puras de matar. No al menos que des directo a su cabeza, como un viejo juego de zombies.
Reíste ante tu recuerdo bobo, dejando salir una flecha cuando un guerrero Tormakticaya te miró. Directo a la cabeza.
Te escondiste detrás de un árbol al ver a Ska'anekx y Neteyam, ambos seguían peleando entre ellos y podías ver a Neteyam apretando los dientes, pues ya tenía varias heridas en su torso, Ska'anekx estaba igual pero menos herido. Tomaste aire, preparando una flecha para soltarla en dirección al Na'vi de ojos verdes.
----¡Hey! ---- llamaste saliendo de detrás del árbol, Ska'anekx te miró cuando una flecha se clavó en su costado.
----¡Kawtu! ---- gritó iracundo ditrayendose del ataque de Neteyam quién no desaprovechó la oportunidad.
Se podría decir que cubrías la espalda de Neteyam, cuando un Na'vi tormakticayo se intentaba acercar a Neteyam tú atacabas. Las flechas comenzaban a acabarse y podías ver seis flechas en el cuerpo de Ska'anekx y él simplemente seguía peleando a pesar de las heridas de cuchillo de neteyam y las flechas clavadas por todo su cuerpo.
Era impresionante.
Siempre lo habías pensado. Que Ska'anekx era increíble.
----¡Neteyam, abajo! ---- gritaste soltando una flecha.
El Na'vi no dudó en hacerte caso, rodando hacia un lado para atacar por la espalda, tú flecha se clavó directamente en su vientre y aquello hizo enfurecer a Ska'anekx.
----¡Qué mierda pasa contigo!---- exclamó el Na'vi de ojos verdes ----. ¡Me perteneces a mi, no a él!
Todas las personas que perdieron la vida por ser de él llegarían a tu mente. El pequeño Miltu quién se quedó a tu lado hasta su último momento, tu pequeño bebé que perdió la vida por culpa de Ska'anekx. Levantaste nuevamente una flecha, la ira se expresaba en todo tu rostro, cuánto lo odiabas, cuánto deseabas regresar el tiempo y olvidarte de su existencia.
Dejaste ir la flecha. Esta se clavó en su omóplato izquierdo, justo donde estaba su corazón.
----- Que Eywa te haga arder.
----¡(T/N), cuidado! ---- advirtió Neteyam.
Tus ojos miraron a tu lado un Na'vi con su arco arriba te apuntaba e iba a disparar de no ser porque una flecha con una pluma amarilla lo atravesó. Tus ojos miraron a Neytiri quién te miraba fijamente, ambas se asintieron volviendo a sus tareas de acabar con el clan Tormakticaya. Tu última flecha fue hacia Ska'anekx y sorprendentemente el Na'vi aún seguía peleando. Maldijiste al quedarte sin flechas para cubrir a Neteyam. Tus pies corrieron hacia el cadáver de un Na'vi sin notar cómo alguien en su ikran estaba siguiéndote.
----¡Hey, (T/N)! ---- alzaste la mirada, Jake apuntaba detrás tuyo haciendo que te agacharas.
Su arma disparó y en poco tiempo observaste como un ikran rodaba por el suelo con su dueño muerto.
---- Arriba, niña ----. Jake te ayudó a levantarte, en tus manos dejó un arma.
----¿Sabes usarla?
Tus manos se movieron en automático, viendo cuántas balas tenía y recargandola siendo preparada para usarla.
----Si, señor ---- afirmaste ganándote una sonrisa.
Se sentía bien volver a tener una de esas en tus manos.
Ambos se separaron y tú volviste hacia Neteyam, disparando a cualquiera que se pusiera en tu camino. Podía ver flechas conocidas cubriéndote la espalda, el arma quedó sin balas y tú maldijiste porque recordaste la frase de tu comandante.
"Eres temeraria, pero idiota"
Reíste porque tenía razón, tus ojos captaron a Ska'anekx encima de Neteyam. Estabas segura que el Na'vi de ojos verdes intentaba clavar su cuchillo, entonces sin dudar, sin pensar ni un segundo brincaste a su espalda usando tu arma como retén en su cuello, el Na'vi cayó de espaldas cuando tus pies se enredaron en su pecho, las flechas lo hacían incómodo pero en este momento no estabas pensando en nada más que proteger a Neteyam.
Su gran mano comenzó a apretar tu muñeca y sabías que estaba a punto de romperla. Hasta que Neteyam se puso encima de él y te soltó, está vez Neteyam era el que intentaba clavar el cuchillo en su pecho y las manos de Ska'anekx hacían lo posible para que eso no ocurriera.
----S-son dos... Y-y no pueden contra mi ---- murmuró con orgullo.
Arrugaste tu entrecejo furiosa, apretando más el arma contra su cuello.
Entonces, hiciste lo que Ska'anekx te enseñó a hacer.
---- Neteyam, te veo ---- hablaste haciendo que Ska'anekx dudara en su agarre.
Sin embargo, eso también distrajo a Neteyam. Tus manos soltaron el arma con rapidez tomando las manos de Neteyam para que con todas tus fuerzas se clavara en el pecho de Ska'anekx.
Soltaste un suspiro cuando el Na'vi debajo de Neteyam soltó un jadeo.
Tus ojos miraron fijamente a los verdes observando como estos no dejaban de mirar tu rostro. Sus manos se alejaron del cuchillo cuando de su boca comenzó a salir líquido negro debido al veneno, entonces el tocó suavemente tus mejillas acariciando con cuidado como nunca antes lo había hecho y aquello te hizo lagrimear.
----En verdad... En verdad llegué a amarte.
Apretaste los labios con fuerza negando cuando sus ojos perdieron el brillo.
Y sin saber porqué comenzaste a sollozar, tus manos tomaron con suavidad su rostro.
---- hey, hery cariño está bien... ---- murmuró Neteyam acariciando tu rostro. Colocándote detrás tuyo para sostenerte en sus brazos ---- está bien, estoy aquí.
----Mmm ngh.. ---- comenzaste a sollozar, entonces un alarido de dolor salió de tu boca.
Los Na'vi que quedaban en pie se detuvieron, mirando en tu dirección al ver a su líder en el suelo.
----Ska'anekx... Perdóname, lo siento... ---- Sollozaste acariciando su cara.
Los sobrevivientes del clan Tormakticaya comenzaron a rodear al cadáver de su Olo'eyktan. Todos se arrodillaron frente a ustedes y con lentitud clavaron sus dagas en el pecho.
----¿Qué? ---- soltó Neteyam perplejo ---- ¿Qué hacen? ¡Basta!
Sollozaste volviendo a mirar el cadáver de Ska'anekx, acariciando con cariño su rostro. Escuchando como las mujeres y niños comenzaban a golpear contra el suelo del cráter. Un suicidio colectivo al perder a su Olo'eyktan y al heredero.
Un suicidio por la vergüenza de sus actos, por la desgracias que su líder cometió.
----- ¿Q-qué hacen? ---- preguntó Jake paralizado.
----¡Basta! ¡Detengan esto! ---- gritó Lo'ak al ver a los niños golpear el suelo.
----No van a parar...--- murmuraste mirando fijamente sus ojos verdes apagados.
Neteyam te abrazó con fuerza.
----¿Porqué... P-porqué hacen esto?
Lo miraste con ojos llorosos, sintiendo como tu pecho se mojaba debido a tus lágrimas.
---- Porque ya no les queda nada... Porque su líder hizo atrocidades y ahora ellos tendrían que cargar con eso.
Tus manos acariciaron una última vez a Ska'anekx y sin ayuda de nadie te levantaste comenzando a llevar a los cadáveres a los pies del árbol de los espíritus.
----¡Todos, ayuden a llevar a nuestro hermanos a las raíces del árbol!
Todos obedecieron, llevando en silencio a cada Na'vi.
Guerreros, mujeres, niños y ancianos, todos fueron puesto juntos excepto uno.
Ska'anekx, el líder del clan Tormakticaya. El cazador de humanos. El padre de Miltu.
----¿Quieres que yo lo lleve? ---- preguntó Neteyam a tu lado.
Tú negaste. Miraste al pequeño Miltu quién parecía que estaba tomando una pequeña siesta. Lo pusiste en las raíces, al lado del Tsahik quién era su abuelo, dejaste un pequeño beso en la frente del niño y sin más te alejaste, pidiendo a Eywa que acoja a cada alma en sus brazos.
Tu última parada fue con Ska'anekx, tus ojos miraron fijamente su cadáver inerte, observando esos ojos verdes que ya carecían de cualquier brillo que demostrará vida.
No pudiste evitar comenzar a sollozar, Neteyam quién estaba a tu lado tomó con fuerza tu mano observando como poco a poco te dejabas caer de rodillas al suelo. Tu mano cubrió tu boca, intentando retener cualquier gritó que quisiera salir de tu boca, porque no era justo. No era justo que lloraras por él cuando destruyó toda tu vida.
----Está bien, bebé... Suéltalo ---- susurró Neteyam ---- déjalo ir todo. Yo seguiré aquí.
---- No.. no, no, no---- te aferraste a su mano, comenzando a gritar mientras las lágrimas nublaban tu vista ---- ¡Por favor, no! ¡Por favor, no!
Era tan injusto. Que sintieras un poco de pena por él, que tú corazón llorara por alguien que definitivamente no valía la pena.
Pero habían tenido tantos momentos, Ska'anekx fue lo único que te sostuvo en un tiempo, fue lo único que conociste. Fue un recuerdo que se impregnó en tu memoria de manera cruel y ahora ya no estaría.
Él ya formaba parte de tu vida, estaba viviendo en tu memoria como un pequeño parásito.
Así que lloraste porque estabas intentando dejar ir todo. Al fin eras libre de este Na'vi y no sabías qué sentir.
Neteyam te llevó en brazos a casa, porque tú no pudiste ponerte de pie. Porque no dejabas de llorar ni un segundo hasta caer dormida en sus brazos.
52 notes · View notes
inufaiya · 6 months
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
La primera parte de un mini comic de cuando Meta se cuenta a Dedede perdido y asustado en el bosque
Segunda parte.... aqui
32 notes · View notes
la-semillera · 25 days
Text
HELENA ALMEIDA & REBECCA SOLNIT
Tumblr media
En una célebre noche del solsticio de invierno de 1817, el poeta John Keats iba charlando con unos amigos de regreso a casa y «en mi mente se enlazaron varias cosas y de pronto comprendí qué cualidad es aquella que, especialmente en literatura, contribuye a formar un hombre de mérito […]. Me refiero a la “capacidad negativa”, es decir, a la virtud que puede tener un hombre de encontrarse sumergido en incertidumbres, misterios y dudas sin sentirse irritado por conocer las razones ni los hechos».[1] De una forma u otra, esta idea aparece una y otra vez, como los lugares ”“señalados como «Terra Incógnita» en los mapas antiguos.
«Desorientarse en la ciudad […] puede ser muy poco interesante, lo necesario es tener tan solo desconocimiento y nada más —dice el filósofo y ensayista del siglo XX Walter Benjamin—. Mas de verdad perderse en la ciudad —como te puedes perder dentro de un bosque— requiere bien distinto aprendizaje». Perderse: una rendición placentera, como si quedaras envuelto en unos brazos, embelesado, absolutamente absorto en lo presente de tal forma que lo demás se desdibuja. Según la concepción de Benjamin, perderse es estar plenamente presente, y estar plenamente presente es ser capaz de encontrarse sumergido en la incertidumbre y el misterio. Y no es acabar perdido, sino perderse, lo cual implica que se trata de una elección consciente, una rendición voluntaria, un estado psíquico al que se accede a través de la geografía.
Aquello cuya naturaleza desconoces por completo suele ser lo “que necesitas encontrar, y encontrarlo es cuestión de perderse. La palabra lost, «perdido», viene de la voz los del nórdico antiguo, que significa la disolución de un ejército. Este origen evoca la imagen de un grupo de soldados rompiendo filas para volver a casa, una tregua con el ancho mundo. Algo que me preocupa hoy en día es que muchas personas nunca disuelven sus ejércitos, nunca van más allá de aquello que conocen. La publicidad, las noticias alarmistas, la tecnología, el ajetreado ritmo de vida y el diseño del espacio público y privado se confabulan para que así sea. En un artículo reciente sobre el regreso de los animales salvajes a los barrios residenciales de las afueras de las ciudades se hablaba de jardines nevados que están llenos de huellas de animales y en los que no hay presencia alguna de huellas de niños. Para los animales, estos barrios son un paisaje abandonado, así que deambulan por ellos con total tranquilidad. Los niños rara vez deambulan, ni “siquiera en los lugares más seguros. A causa del miedo de sus padres a las cosas espantosas que podrían ocurrir (y que es verdad que ocurren, pero muy de vez en cuando), quedan privados de las cosas maravillosas que ocurren siempre. En mi caso, ese deambular durante la infancia fue lo que me hizo desarrollar la independencia, el sentido de la orientación y la aventura, la imaginación, las ganas de explorar, la capacidad de perderme un poco y después encontrar el camino de vuelta. Me pregunto cuáles serán las consecuencias de tener a esta generación bajo arresto domiciliario.
[1] John Keats, Cartas, Barcelona: Editorial Juventud, 1994, traducción de Concepción Vázquez de Castro, p. 29.
_ Una guía sobre el arte de perderse, Rebecca Solnit. Capitán SwingEditorial, 2020, MADRID. Traducción por Clara Ministral.
_ Helena Almeida, «Estudo para um enriquecimento interior» 1977-78 tinta acrílica sobre fotografía.
8 notes · View notes
journaldelacouronne · 6 months
Text
O FAMOSO HALLOWEEN DO PALÁCIO
Por: Sophie Boulanger
DISCLAIMER: Essa é uma leitura IC, com a coluna postada dentro do Jornal Oficial da Coroa. Muitos dos convidados do castelo não entendem o porquê da França ter um Halloween diferente, e muito menos porquê não ser televisionado/transmitido. Não influência no plot da central, mas pode ajudar a compreender. Enfim, aproveitem!
Anualmente, ao longo de séculos, exalta-se a grandiosidade da festa de Halloween promovida pela monarquia francesa, que atrai elogios por sua impecável decoração, seu requintado cardápio e, claro, pelas fofocas que escapam sorrateiramente aos ouvidos do público. E, a cada ano, persistem os mesmos questionamentos incansáveis: "Quem são os escolhidos para os cobiçados convites?", "Qual será a atração surpresa preparada para esta edição?". Contudo, a pergunta de maior relevância permanece incólume: "Por que essa celebração é realizada atrás de portões fechados, envolta em sigilo?". O véu do segredo é hábil em ocultar qualquer vestígio de informação assim que as imponentes portas do salão de festas se cerram, mergulhando os presentes em um enigma encoberto pela escuridão, misticismo e terror. Apesar da magnitude desse evento anual, é consenso entre os frequentadores que a atmosfera enigmática está intimamente entrelaçada com a fábula do Halloween, que teve seu início em 2101.
A atual celebração tem raízes na antiga celebração celta, conhecida como Samhain, que ocorria no final de Outubro. Os celtas, que habitavam áreas da Irlanda, Reino Unido e França há mais de 3.000 anos, acreditavam que nessa data o mundo dos vivos e dos mortos se sobrepunha, permitindo que os espíritos dos falecidos voltassem à terra. Para afastar esses espíritos e evitar serem assombrados, os celtas usavam máscaras e acendiam fogueiras.
Conta-se que há séculos atrás, durante uma noite sombria de outono, quando as folhas dançavam em espirais ao sopro do vento, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava tênue. Nessa noite mágica, os espíritos dos falecidos emergiam de suas sepulturas para vagar pela Terra mais uma vez. Pessoas relatavam que no meio do outono, nas noites mais escuras, escutavam vozes de pessoas queridas falecidas, sempre as chamando para segui-las para um lugar não determinado. Algumas até chegaram a ver essas pessoas, mas elas estavam sempre vestidas de branco, carregando nos braços as mais diversas riquezas materiais, que seriam da pessoa se ela apenas seguisse consigo...
Imediatamente após uma enfermidade que assolou a população de uma região no interior da França, os moradores de uma vila começaram a sofrer de diversos súbitos desaparecimentos. Isso foi imediatamente associado às pessoas começando a seguir seus entes queridos recém perdidos, seduzidos pela oferta não apenas de vê-los novamente, mas também de conseguir os luxos que ofereciam. Em busca das riquezas dos espíritos dos familiares, uma figura encapuzada, trajando apenas consigo uma foice, apareceu pela vila com a intenção de saquear as riquezas dos espíritos. Para alcançar seu objetivo, espreitava pelos bosques, aguardando por quem passasse por ela. Diziam que a figura não era humana, e, portanto, solitária. Como a figura não era capaz de possuir um próprio ente para saquear, ceifava as vidas dos membros do vilarejo, mergulhando-os em um destino desconhecido e tenebroso em troca das preciosidades que ofereceriam. A figura ficou conhecida como o Ceifador de Almas.
A aldeia, amedrontada e determinada a proteger-se, recorreu a algo novo e nunca experimentado: máscaras feitas de penas de animais. Estas, feitas com partes de animais que consumiam na vila, possuíam o poder de ocultar a identidade daqueles que as usassem, protegendo-os da lâmina aterrorizante do Ceifador.
À medida que a noite caía e as sombras se alongavam, os moradores da aldeia se reuniam em torno de uma grande fogueira, entoando cânticos ancestrais para invocar a proteção dos antigos deuses contra o Encapuzado. As máscaras adornavam seus rostos, transformando-os em seres misteriosos e impenetráveis aos olhos dos espíritos errantes. No crepúsculo, quando o véu entre os mundos enfim se dissolvia, os vivos e os mortos dançavam juntos em uma valsa enigmática, com os semblantes ocultos sob as máscaras encantadas. O Ceifador de Almas, confuso e incapaz de reconhecer suas presas habituais, recuava, sua sombra esvanecendo-se de volta a escuridão, pensando que naquela vila não haviam mais almas vivas que pudesse utilizar como sacrifício, e que entre aqueles mortos não haviam mais riquezas.
Como agradecimento pelo descanso das almas, os deuses permitiram que os entes queridos deixassem para os vivos os pertences de ouro e prata para suas famílias, permitindo que descansassem. Da noite para o dia, de uma região que foi assolada pela doença e morte nasceu uma vila que brilhava em saúde e finanças, sendo capaz de ajudar toda a região... E justamente essa região que tanto cresceu e tornou-se próspera é o que hoje conhecemos como Fontenay.
E assim, a tradição das máscaras no Halloween perdura ao longo dos séculos, lembrando a todos os habitantes do reino a importância de proteger suas identidades contra os espíritos malignos que vagam na noite de Samhain. Os franceses, com suas máscaras adornadas, celebram não apenas uma festa, mas a preservação de suas almas contra as garras do mundo além-túmulo.
18 notes · View notes