Os 110 anos da ruptura de Carl Jung com Sigmund Freud e os caminhos que levaram a “Um mito moderno sobre coisas vistas no céu”
“A Idade Média, a Antiguidade e a Pré-História ainda não estão extintas, como muitos ‘esclarecidos’ pensam, mas continuam alegremente vivas, em segmentos significativos da população. As mais antigas mitologias e magias continuam, como sempre, prosperando em nossos meios e só são ignoradas por alguns poucos que se distanciaram do seu estado original, através da sua educação racionalista.”
(Carl Gustav Jung in Um mito moderno sobre coisas vistas no céu, Vozes, p.55)
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
O psiquiatra e psicanalista suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), filho de um pastor protestante e de uma mãe afeita ao espiritismo, de 1895 a 1899 praticou experimentos espiritualistas com uma prima materna que costumava cair em transes. Sua dissertação de conclusão do curso de Medicina, sob a orientação deu conterrâneo, o psiquiatra Eugen Bleuler (1857-1939), intitulada Sobre a psicologia e a patologia dos assim chamados fenômenos ocultos, publicada em 1902, versava sobre esses experimentos. Talvez este teria sido o gérmen para o seu interesse pelo Fenômeno OVNI que culminaria, em 1958, apenas três anos antes de sua morte, com o livro Um mito moderno sobre coisas vistas no céu, um marco para a ufologia, bem como para suas especulações místicas e religiosas.
Foi em 1900 que pela primeira vez entrou em contato com a obra de Freud por meio da leitura de A Interpretação dos Sonhos, mas só sete anos depois é que o conheceria pessoalmente. Conversaram animadamente durante nada menos do que treze horas seguidas, ao que se seguiu uma intensa colaboração científica. Juntos, desbravaram os campos inexplorados do inconsciente para estabelecer as primeiras teorias psicológicas a respeito. Freud o considerava seu sucessor, sem saber que Jung ia cada vez mais além e se distanciava em conceitos básicos, como a religião e a sexualidade, mormente no que tangia à teoria da libido.
Sigmund Freud, G. Stanley Hall, C.G. Jung, A.A. Brill, Ernest Jones e Sándor Ferenczi posam para foto na Clark University, Worcester, Massachusetts, em setembro de 1909. Fonte: Library of Congress/Smithsonian.
A inevitável e dolorosa ruptura com o seu “pai adotivo” e pai da psicanálise ocorre em 1912, um ano depois de Jung publicar seu Transformações e símbolos da libido, mais tarde revisada e intitulada Símbolos de transformação, no qual interpreta as fantasias de Miss Miller, uma jovem norte-americana que sofrera um surto psicótico. O conteúdo mitológico das fantasias de Miss Miller acabou servindo de base à teoria de Jung para a existência de um psiquismo impessoal e universal: o inconsciente coletivo, concebido como um repositório de todas as experiências humanas desde as origens. Essas forças inconscientes ou tendências instintivas formariam representações, os arquétipos, “imagens primordiais” que, atinou Jung, existem pré-conscientemente e compõem as “dominantes estruturais” de todos os seres vivos a determinar a sua “índole específica”.
Freud sente-se traído e Jung fica literalmente sem chão e em apuros, vendo conhecidos e amigos o abandonarem. Inicia-se aí o período mais difícil e delicado de sua vida, repleto de incertezas e desorientações que o levaram a abandonar as atividades acadêmicas e partir para uma jornada solitária terrível em busca do autoconhecimento, a um decisivo confronto com o inconsciente que se estenderá por seis anos, durante os quais tudo de essencial lhe seria decidido.
Possuído por imagens profundas e premido por um intenso tumulto interior, sonhos de morte e renascimento o perturbavam. Foi então que pela primeira vez pintaria uma mandala, uma representação circular do cosmos em conexão com os poderes divinos, que Jung reconhece como uma representação do processo psíquico de individuação, regido pelo self, um princípio ordenador central e total, capaz de reintegrar a personalidade.
O isolamento de Jung só seria interrompido quando o sinólogo, teólogo e missionário alemão Richard Wilhelm (1873-1930), tradutor e introdutor no Ocidente do antiquíssimo oráculo chinês I Ching – O Livro das mutações, entregou a Jung um exemplar do manuscrito O Segredo da Flor de Ouro, acompanhado do pedido para que escrevesse um comentário psicológico sobre o texto. Wilhelm, convicto de que Jung mobilizara conceitos que se aproximavam daqueles da sabedoria chinesa, pretendia estabelecer paralelos entre a psicanálise e os ensinamentos do oráculo. Jung passou então a estudar também a tradição alquímica e a sua imagem central, a do opus, que representa a busca sagrada de um valor supremo. Jung via no esforço da individuação a mesma busca dos alquimistas em desvendar o segredo capaz de transformar a matéria grosseira em ouro, ou encontrar a “pedra filosofal”.
Richard Wilhelm
A proposta analítica-terapêutica de Jung, por sua notável abrangência e alcance, se afigura como um desafio pessoal ao autoconhecimento e à autotranscendência, um desvelamento ao profundo mistério da existência, um chamado da jornada interior para o reencontro consigo mesmo e à realização pessoal. O legado de Jung, reunido em 18 volumes, expandiu exponencialmente o conhecimento sobre o homem e a natureza humana, sendo referência na arte, história, religião, mitologia, filosofia, espiritualidade e até na física quântica. Contudo, compreensivelmente, Jung sempre foi considerado um tanto místico por grande parte dos psicólogos, e suas ideias, ainda mal digeridas, são renegadas e relegadas a uma importância secundária nas cátedras acadêmicas.
Um dos conceitos mais notáveis cunhados por Jung, ele que já havia nos legado os de self, individuação, sombra, anima e animus, é o de sincronicidade, acontecimentos que se relacionam por significado e não por causalidade, referendado pela primeira vez em 1929, embora só 21 anos depois concluísse a obra Sincronicidade: um princípio de conexões acausais.
Comuns a todos, tais coincidências, bastante significativas e absolutamente únicas e efêmeras, não podem ser compreendidas dentro do princípio da causalidade, situando-se dentro dos limites da probabilidade, assim como os OVNIs.
OVNIs que, para Jung, eram projeções inconscientes motivados por um intenso anseio coletivo de salvação num momento crucial de desespero, uma compensação pela unilateralidade de nossa era tecnológica de tendência preponderadamente cientificista. As luzes e imagens circulares no céu seriam a mais antiga e acabada representação simbólica do arquétipo da unificação, equilíbrio e totalidade psíquica: o círculo mandálico, evocação do mito do salvador, do próprio Messias.
Os OVNIs como um fenômeno concreto e real
Jung chamou a atenção também para os relatos de sonhos de seus pacientes, nos quais comumente aparecia a costumeira forma lenticular ou de charuto, que aludia à dos primeiros dirigíveis. A interpretação psicanalítica correlacionou a forma de gota dos OVNIs a um símbolo feminino, e a do charuto a um masculino. Os substratos psíquicos arcaicos traduzem o desconhecido ou o incompleto por vias instintivas, o que levou Freud a propor que as formas redondas ou ocas são de cunho feminino, e as longitudinais, masculino. Jung procurava analisar os símbolos oníricos como mecanismos psíquicos regulatórios e até mesmo premonitórios, portadores de mensagens e avisos.
Se as teorias junguianas por si mesmas são insuficientes para explicar o Fenômeno OVNI como um todo, por outro lado alargaram sobremaneira o seu campo epistemológico e o equipararam a um fenômeno religioso e místico, uma das manifestações mais pungentes das profundezas do inconsciente coletivo.
Em seu Um mito moderno sobre coisas vistas no céu, Jung não se restringe, porém, ao caráter metafísico de tais “coisas vistas no céu”, pois reconhece a materialidade e a inteligência atribuída a esses objetos numinosos providos de forças míticas, especialmente quando reportados por testemunhas abalizadas como pilotos, controladores de voo e oficias de alto escalão.
Uma carta escrita por Jung em 1957, posta em leilão pela Swann Auction Galleries no início de 2013, revela que o psicanalista suíço estava pessoalmente interessado no Fenômeno OVNI, e não apenas do ponto de vista profissional. A carta foi encaminhada ao jornal New Republic de Washington e é uma resposta ao pedido de Gilbert Harrison, o editor do jornal, para que escrevesse um artigo sobre os OVNIs a propósito do livro Um mito moderno do próprio Jung, que estava preste a ser lançado.
Dadas as fortes implicações psicológicas do fenômeno na mitologia moderna, Jung lamenta que, “afinal, os OVNIs pareçam reais”.
Em vez de especular sobre sua suposta origem extraterrestre, Jung se pergunta qual o significado desses fenômenos, reais ou imaginários, para a humanidade em um momento como este, quando se sente ameaçado como nunca antes em sua história. De acordo com Jung, os OVNIs devem ser considerados como um fenômeno descrito na forma do “mito moderno”.
Eis a íntegra da carta:
“Caro Sr. Harrison,
O problema dos OVNIs é, como você disse com razão, muito fascinante, mas ao mesmo tempo também é desconcertante, pois, apesar de todas as observações que me são conhecidas, não há certeza sobre sua natureza.
Por outro lado, há um material esmagador que aponta para sua natureza mítica ou mitológica. É um fato que o aspecto psicológico do fenômeno é tão fundamental, que é quase lamentável que os OVNIs pareçam reais, afinal de contas.
Acompanhei o fenômeno o máximo possível e, na verdade, parece que algo foi visto e confirmado também por radares, mas ninguém sabe exatamente o que está vendo.”
Como indicado na carta, embora Jung estivesse interessado principalmente no aspecto psicológico do problema, ele havia feito extensas pesquisas para entender se o fato mitológico era baseado em um evento físico.
A partir de uma revisão dos dados objetivos disponíveis sobre o fenômeno e da análise de seus traços nos sonhos e obras dos artistas, Jung conclui que são imagens unificadoras produzidas pelo inconsciente com uma função de reafirmação diante de um estado de perplexidade coletiva nos anos do pós-guerra.
Mas isso não excluiria a hipótese – apoiada pela teoria da sincronicidade – da percepção de realidades físicas concretas ainda não demonstráveis com instrumentos científicos."
Em 1955, Jung já havia escrito um artigo em uma revista britânica sobre OVNIs, a Flying Saucer Review, na qual afirmava:
“Ao longo dos anos, colecionei uma quantidade considerável de observações, incluindo os relatos de duas testemunhas oculares que eu conhecia pessoalmente. Eu também li sobre o assunto. No entanto, só posso dizer com certeza: estas coisas não são apenas ‘rumores’, algo foi visto.”
Embora Jung admitisse que os OVNIs pudessem ser reais e mostrasse o seu interesse pelo fenômeno dos discos voadores para além de suas implicações psíquicas, o fato de ter usado o termo “mitológico” em seu livro deu força aos céticos para pugnarem pela imaterialidade dos OVNIs.
Para tirar qualquer dúvida, Jung escreveu um relatório que foi distribuído pela Associated Press e impresso em 30 de julho de 1958 no New York Herald Tribune, no qual se lê:
“O Dr. Carl Jung, um psicólogo suíço, diz em um relatório publicado ontem que objetos voadores não identificados são reais e mostram sinais de comando inteligentes, provavelmente por pilotos quase humanos. Segundo o estudioso, o fenômeno é muito mais do que uma simples sugestão.
Uma explicação puramente psicológica é excluída. O Dr. Jung, que iniciou seu estudo sobre OVNIs em 1944, divulgou sua declaração através do Centro de Filtragem de OVNIs da Organização de Pesquisa sobre os Fenômenos Aéreos [Aerial Phenomena Research Organization (APRO)], fundada em Tucson, no Arizona, pelo casal Jim e Coral Lorenzen em 1952.”
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Un sumario sobre el 7 y su distintas fases en la historia del libro de Margaret Starbird
El 7 representaba la terminación de un ciclo, pero era también el numero de la eternidad y de la totalidad espiritual o de la perfección. En la tradición griega era el numero de la virgen asociado a Palas Atenea y la Santa Sabiduría, mientras que en la tradición cristiana es el número que se asocia con frecuencia al Espíritu Santo, cuyos dones son 7 espíritus. La figura de los 7 círculos del mándala, Semilla de la Vida ilustra la perfección intrínseca al número 7. Es un antiguo diagrama llamado vesica piscis, en el que hay un conjunto ordenado de 6 círculos que representan toda la creación o el cosmos con un séptimo circulo de igual radio que conecta los centros de los demás, formando un todo espiritual de profunda conexión. En la ley y en las escrituras, el 7 era el numero sagrado de la completitud de un ciclo de tiempo. Por analogía, Salomón tardó 7 años en construir el Templo de Jerusalén. Muchas celebraciones judías duran 7 días, y 7 semanas transcurren entre el día del pan ácimo de la pascua y el pan con levadura Pentecostés. Esta última fiesta daba comienzo en el quincuagésimo día, el día de jubileo, tras ese periodo de una semana de semanas (7x7) días que equivale a 49 días, más uno añadido que se celebraba como el jubileo. En el Levítico encontramos una orden de Jehová a Moisés aplicable a la tierra: "Cuando hayáis entrado en la tierra que yo os doy, la tierra guardara reposo para Jehová. 6 años sembraras tu tierra y 6 años podaras tu viña…pero el séptimo año la tierra tendrá descanso, (Lev. 25 v2-4.) Era un año jubileo de Acción de Gracias y Alegría por los generosos dones del Señor. En ese quincuagésimo año se liberaba a los esclavos, se perdonaban las deudas, se olvidaban los agravios y se hacía borrón y cuenta nueva para iniciar un nuevo ciclo de 49 años: "Y santificaras el año 50 y pregonareis libertad en la tierra a todos sus moradores…no sembráis ni segareis lo que naciere de suyo en la tierra" – (Lev. 25 v10-11.)
En la edad media, los aprendices servían al maestro 7 días y a continuación servían otros 7 de oficial antes de convertirse en maestros. Otras costumbres familiares de periodos de 7 años se encuentran en las cláusulas de contratos de servidumbre y en los años sabáticos de profesores, un periodo en el que se les permite estar barbecho. Incluso en la actualidad los jóvenes se hacen mayores de edad a los 21 años, tres siclos de 7.
Volviendo a la biblia hebrea, el número más prominente es el 7, que figura en Genesis (2 v2); algo más interesante es la explicación relacionada con las propiedades divinas del 7 y su asociación con la diosa y la Luna, demostrando que el ciclo menstrual (lunar) de 28 días guarda relación con los dígitos humanos básicos. Los geómetras griegos representaban el número diez con el signo del tetractys, una figura triangular de cuatro unidades a cada lado, a partir de la cual se decía que se habían generado los demás números. Según la cosmología griega, un triángulo equilátero es el bloque básico de construcción del universo. Se postula que el primer símbolo que se utilizó en el antepasado fue el circulo, el símbolo del Sol. El radio del círculo mediría 5, el número de los dedos. Si dividimos un círculo en cuartos con dos diámetros perpendiculares de 10 unidades, los brazos de la cruz, la hipotenusa de los 4 triángulos que se forman medirá ligeramente algo más de 7 unidades, aproximadamente la raíz cuadrada de 50. Esta primitiva división del círculo en cuartos refleja las fases de la Luna en sus intervalos de 7 días; del mismo modo, el mes lunar de 28 días que rige el ciclo menstrual de la mujer puede igualmente dividirse en 4 segmentos de 7 días. De ahí la asociación del número 7 con lo sagrado femenina, lo que refuerza la faceta lunar de la Virgen y de la diosa de la Luna.
Nuestros remotos antepasados tenían, a simple vista, 7 cuerpos celestiales en el firmamento, el Sol, la Luna, y 5 planetas. Pitágoras dio nombre a 7 tonos de la escala musical, y posteriormente se establecieron 7 artes liberales, se admiraron 7 maravillas en el mundo, se postularon 7 chacras y se expulsaron 7 demonios, uno de cada de los 7 espíritus del cuerpo. Hay 7 espíritus en nuestro ser como dice en el apocalipsis, 7 sellos, 7 lámparas de aceite, los 7 cuernos de la bestia, las 7 trompetas, 7 ojos y 7 cuernos del Cordero Inmolado. El numero 7 representa la denominación Virgen por no ser múltiple ni factor común de ninguno de los primeros 10 números. La menorá tiene 7 velas y los animales puros entraron al arca en parejas de 7 en (Gen 7 v2.) Jacob sirvió 7 años por cada una de sus esposas, Lea y Raquel. El faraón soñó con 7 vacas gordas y 7 vacas flacas, que representan según la famosa interpretación de José, un periodo de 7 años en (Gen 42 v25.) En la doctrina cristiana hay 7 pecados capitales, 7 virtudes cardinales, 7 dones espirituales del Espíritu Santo y 7 bienaventuranzas. Jesús dice al apóstol Pedro que no olvide 7 veces, sino 70 veces 7. El 7 designa lo eterno, ético, espiritual, y celestial, más que las cosas creadas, y está muy relacionado con el principio sagrado femenino, la intuición y la sabiduría. - Margaret Starbird
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Para verdaderamente leer el Tarot, necesitas dos cosas: conocer el significado de cada uno de los arcanos, y conectar con tu intuición que es la que te permitirá encontrar la historia que te cuentan las cartas en su conjunto. En éste curso de Tarot Intuitivo aprenderás ambas cosas.
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¿Por qué veo el 11:11?
Una de las preguntas que más me hacen es ¿por qué veo el 11:11? En este artículo te cuento qué significa y cómo puedes aprovechar este tipo de sincronicidades.
El 11:11 es un símbolo que marca el llamado al despertar de la consciencia; es un recordatorio de que nada ocurre por casualidad, ya que las sincronicidades que experimentamos no son meras coincidencias: todo pasa por una razón.
El mensaje tras el 11:11 indica que ha llegado la hora de revelar la verdad sobre quiénes somos y nuestra misión en el mundo. Cuando empezamos a notar esta hora, es que ha llegado el momento de crecer y evolucionar espiritualmente.
Entonces, ¿el 11:11 es una señal?
Cuando ves la combinación 11:11 es la notificación de la energía de que ya estás en el cambio y que puedes proseguir con tu evolución. Es un código que te recuerda que te encamines en la dirección que te acerca a tu ser más auténtico, divino y supremo.Su configuración energética crea un momento de introspección para comprender de manera íntima la necesidad de elevarte, de deshacer el hábito del sufrimiento, del drama, del caos y alinearte con la paz y el amor.
Hablemos del número 11
Este es el número maestro de la evolución humana, de la iluminación, de la superación del sufrimiento cuando se entra en contacto con la parte esencial del ser humano. Es un código que te invita a asumir una nueva consciencia, la fuerza de voluntad, y la responsabilidad personal. Solo así es posible comprometerse consigo mismo y alinearte a ese nuevo estado del ser.
5 recomendaciones cuando veas el 11:11:
Asume una actitud de presencia absoluta.
Pregúntate en qué momento de tu vida estás, qué estás sintiendo.
Lleva un journal o diario en el que expreses lo que sientes y decides cada vez que ves esta secuencia.
Repite un mantra que te ayude en tu proceso. Te regalo este: “Cada vez que siento miedo, cierro los ojos y elijo el amor”.
El 11:11 se trata de un llamado de regreso a tu origen, a tu verdad.
¿Aceptas el llamado?
La energía te está enviando señales y tus números personales son el canal para descifrarlas. Tu carta numerológica es un instrumento para conocer y usar conscientemente tu esencia, tu personalidad, tus talentos y habilidades, aprendizajes de otras vidas y los retos de tu ciclo de vida en el camino hacia tu propósito.
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