Tumgik
#pegou o pobre no meio de um pesadelo
ertois · 3 months
Note
❛ What are you doing? ❜
o que ele estava fazendo? era uma boa pergunta, mas gabriel não fazia ideia da resposta. aquele não era um sonho lúcido, somente um amontoado de ideias de sua mente cansada e atormentada, em piloto automático até aquele segundo. na sua frente havia uma mesa com vários objetos que não reconhecia a origem. olhou para chloe, confuso. ── eu não sei... onde, onde estamos? ── mas antes que pudesse perguntar mais, ele ouviu o urro. atrás de chloe, um enorme olho solitário crescia, como se viesse na direção deles. gabriel sabia o que era aquilo, estava encrustado em seu inconsciente: seu segundo maior medo, perdendo apenas para o deus dos céus. ── cíclope ── sussurrou, olhos arregalados. ── CORRE, CHLOE, CORRE! A GENTE TEM QUE SAIR DAQUI!
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strawmariee · 2 years
Note
Oi!! >\\\<
Demorei um pouco pra mandar porque sou tímida KKKKK. Enfim, eu estava pensando numa fic com Kakyoin x leitora, quando ele é atacado na luta contra N'doul e ela fica ao lado dele, tentando acalmar ele até o final. E ela vai até o hospital com ele e você pode escolher qual dos dois se confessa!
Talvez eles façam promessas de que no final da viagem, o relacionamento fique sério.
(Como é bom escrever em português no Tumblr)
Guarde suas Lágrimas.
Kakyoin x Leitora.
Alguns avisos: Existência de palavrões durante a escrita; Eu agradeço imensamente pelo pedido, nunca havia escrito para nosso menino cereja. Espero que goste!
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Foi tudo tão rápido… Tudo ocorreu em um piscar de olhos. Em um momento ríamos com a interação de Polnareff e Iggy (Nosso novo, meio que, aliado) e agora já estávamos em mais uma luta com um novo usuário de stand desconhecido.
Cada um de nós se separou em grupos e se afastou do cantil de água, que abrigava o stand inimigo. Em um lado estava Joseph, Avdol e Jotaro enquanto Polnareff, Kakyoin e eu estávamos do outro lado.
– (S/n), você está bem? Ele te machucou?- Kakyoin me segurou próxima dele e começou a observar qualquer machucado em meu corpo. Corei com nossa proximidade.
– Estou bem! Não se preocupe comigo.
– Ainda bem…- Vi suas bochechas rosadas e ele me soltar imediatamente.- Tome cuidado, nós estamos mais perto desse cantil do que os outros.
Vi que Jotaro pegou um binóculo e que já procurava o usuário, e mesmo usando a visão de Star Platium, não o encontrou, e isso significava que ele podia estar muito longe de nós.
Eu ainda estava aterrorizada com oque havia acontecido com os pobres pilotos que morreram apesar de serem inocentes.
Enquanto eu tentava ver algo de onde eu estava, escutei os meninos ao meu lado discutindo para um deles atacar o cantil, mas só fui realmente prestar atenção quando vi a água vindo em minha direção rapidamente.
– (S/n), cuidado!
Kakyoin me empurrou para o lado e acabou sendo atingido pelo ataque. Eu liberei meu stand e tentei acertar aquele líquido, mas infelizmente ele era rápido e acabou mergulhando na areia.
– Kakyoin!
– É a água! Já tinha saído da garrafa usando o sangue.- Ouvi sr. Joseph dizer distante.
– O stand não se escondeu no cantil, ele é a própria água!- Avdol concluiu.
– Ele pegou Kakyoin! Arrancou os olhos dele!
– Polnareff! (S/n)! Não entrem em pânico!! Ativem seus stands e se protejam!
Não! Isso só podia ser um pesadelo! Como?! Maldito… Maldito usuário! Se eu encontrá-lo eu vou…
O som de um alarme de repente tocou, atraindo a atenção tanto de todos quanto do próprio stand que foi na direção do cadáver e destruiu o relógio.
Segundos depois ele voltou a Polnareff e a mim, que já corríamos em direção aos outros, Pol mais lento por que ele carregava Kakyoin. Graças a Joseph e seu Hermit Purple, nós chegamos ao carro, e vimos o stand desaparecer no chão.
– Então o Stand detecta pela vibração do som no chão e se move pela terra onde não conseguimos ver, e antes de percebermos ele pode nos atacar por trás ou por baixo.
Eu segurava Kakyoin em meu colo enquanto olhava para todos os lados atenta, a única coisa que me fez prestar menos atenção foi quando peguei um pano de meu bolso e comecei a limpar o sangue de suas pálpebras.
– Como o Kakyoin está?- Pol perguntou preocupado enquanto Jotaro se aproximava de Kakyoin, com preocupação estampada em seu rosto.
– Ele não está nada bem! Temos que ir embora, vamos levar ele ao hospital.
– Eu concordo!- Eu me coloquei a favor de Jotaro.
– Mas se sairmos daqui nós seremos pegos…
Continuei olhando para Kakyoin preocupada, mas isso durou apenas alguns minutos. Puta que pariu, os pneus estavam sendo sugados pelo maldito stand!
Segurei o corpo de Kakyoin com a ajuda de Avdol que estava quase para escorregar também. Fomos para a parte mais alta do carro que ainda não tinha sofrido danos.
– Ei bola de pelos! Você deveria estar nos ajudando, droga! Socorro!
E ele cagou para nós e fechou os olhos para tirar um cochilo.
Acho que eu nunca odiei tanto um cachorro quanto eu estava odiando esse! Eu juro que vou comprar muitos chicletes de café e vou comer tudo na frente dele!
O stand tirou ambos os pneus e os cortou como se não fosse nada! Com isso nós perdemos o equilíbrio de cima do carro e caímos na areia de novo.
Virei meu rosto na direção de Avdol que sinalizou para que ficássemos quietos e todos nós acenamos em concordância.
Avdol começou a jogar suas argolas na areia, que parecia simular passos de algum de nós.
O inimigo, com certeza, também imaginou isso já que a “água” apareceu perto delas. Magician’s Red apareceu e tentou socar o stand, que desviou e foi na direção de Avdol, dando um corte na lateral de seu pescoço.
– Porra, que merda de stand.
Murmurei baixinho enquanto o observava ficar na forma de mão e ir lentamente na direção de Avdol.
Me levantei e dei uma corridinha, fazendo o Stand parar e os outros olharem para mim.
– (S/n)! Oque está fazendo?!
Joseph me perguntou enquanto eu dava mais pulos e corria envolta dali, tentando atiçar a atenção do stand para mim. Quando consegui, ele veio em minha direção e por um triz eu desviei e com meu stand tentei socá-lo de novo, mas em vão, ele era muito rápido.
– Merda!- Dei um saltinho para trás e ele rapidamente cortou o meu braço. Coloquei minha mão sobre o corte para tentar estancar o sangue.
– Yare yare…
Vi Jotaro correr em minha direção e me segurar sobre seus ombros. Dei um grito de surpresa enquanto o ouvia reclamar que eu quase o havia deixado surda. Ele me jogou de volta para onde estava antes e saiu correndo dali.
– Ele mergulhou! A água agora está indo na direção do Jotaro!
É, pelo visto o inimigo agora estava com a atenção fisgada no Jotaro. O agradeci internamente por antes e desviei minha atenção para uma mão que parecia procurar alguma coisa no ar. A segurei e olhei para o chão.
– Kakyoin?- Eu deitei sua cabeça em meu peito enquanto via ele tentar murmurar alguma coisa.
– N… Não…
– Huh?
– Não se a-arrisque… N-Nós… E-Eu não posso p-perder…
E antes de mais alguma chance dele completar a sua frase, ele perdeu a consciência. Fiz uma careta enquanto tentava imaginar oque ele queria dizer. Será que ele queria dizer que não queria me perder?
Não, não, eu estou fanficando demais, talvez seja…
Ah! Que ele não queria que perdêrssemos a luta! Eu também não ia querer que minha equipe perdesse para o filho da puta que me deixou cego, isso explica tudo.
Ouvi algumas vozes e quando olhei para onde Joseph e Polnareff olhavam, eu vi Jotaro agachado enquanto parecia forçar o Iggy contra o chão.
Ok Jotaro, você tem todo o meu respeito agora.
E antes do ataque do stand, ambos foram cobertos por uma bola de areia, e quando vimos Iggy havia ativado seu stand que agora estava no ar!
Mas antes de ele tentar alguma fuga, Jotaro junto com Star se agarraram nele e saíram voando.
– Isso é brilhante! Jotaro está usando Iggy para encontrar o usuário de stand pelo céu. Se o encontrarmos poderemos derrotá-lo!
– Tenho apenas uma coisa para dizer: Uau!- Joseph me olhou com um sorriso convencido.
– Heh, meu neto é foda! Com certeza puxou a esse velho aqui!- Ele apontou com o polegar para si mesmo e eu fiz a cara do The Rock enquanto o olhava.
– Ixi, estão voando mais baixo! Com certeza aquele idiota não consegue voar longas distâncias.
Vimos que na frente dos dois tinha uma pilha enorme de areia, oque obrigou o Jotaro a colocar o pé no chão e dar um impulso para voarem mais alto. No entanto, isso acabou entregando ao inimigo a informação que Iggy podia voar.
E sabendo disso, o stand começou a dar grandes saltos, tentando alcançar a altura em que eles estavam.
– Só oque podemos fazer agora é deixar essa luta para o Jotaro.- Joseph murmurou enquanto ia na direção de Avdol que ainda estava no chão, agora também inconsciente.
– Nem precisamos nos preocupar, ele vai conseguir.- Eu disse confiante.- Que?- Olhei Polnareff que me olhava malicioso.
– Ah nada, só achei romântico o Jotaro ir te salvar.
– Romântico? Nada a ver.
– Heh, tenho que dizer, talvez tenha coisa ai.- Sr. Joseph me olhou com um sorriso provocador enquanto apoiava Avdol em seu ombro.- Parecia o príncipe salvando sua princesa.
– Eu sei que vocês estão falando isso apenas para me irritar, por isso vou fingir que nunca escutei isso.
– Mas sabe… Você combina muito mais com o Kakyoin!- Senti meu rosto esquentar enquanto ele ria de mim.- Parece que achei seu ponto fraco!
– Cala a boca e me ajuda aqui!
Ele acenou ainda com uma carinha brincalhona e colocamos Avdol e Kakyoin no carro enquanto Polnareff sentava no carro do volante e o Joseph no passageiro.
– Ok, vamos ter que ir totalmente de ré.- Polnareff disse enquanto fazia oque havia dito.- Argh! Por que a gente é tão azarado?!
– Com certeza você é o ímã pra usuário de stand. Fica bem atento que qualquer coisa enquanto você menos esperar eu vou te botar dentro de um ônibus que vai te levar embora.- Ele olhou para mim indignado e eu sorri maldosa para ele.
– Huh?! Como você pode dizer uma coisa dessas?!
Eu dei mais uma risadinha para Polnareff e prestei atenção ao Kakyoin que estava apoiado em meu ombro direito. Coloquei minhas mãos em seu cabelo e me surpreendi quando o toquei.
– Uau! Que cabelo macio.- Com minha outra mão acariciei meus próprios.- Eu preciso saber qual shampoo Kakyoin usa por que olha… O meu só Jesus na causa.
– Ei.- Olhei Polnareff.- Eu vi uma vez no banheiro do nosso quarto compartilhado um shampoo e um condicionador da Johnson’s.
Dei uma risadinha enquanto olhava o ruivo com uma cara engraçada. Eu sabia que quando eu o chamava de bebê eu não estava exagerando.
Próximo do anoitecer, acabamos encontrando Jotaro junto com Iggy, que parecia estar mais de boa com a gente. Tirando o pobre Polnareff.
Eu olhava para Iggy com um fogo nos olhos, ele apenas tentava mostrar sua cara mais fofa para mim como se eu fosse cair na dele e acariciar a cabeça dele. No entanto, minha raiva por ele ainda estava a flor da pele, eu não o perdoaria tão fácil.
– Tsk, será que tem como dar a esse cachorro logo oque ele quer? Olhar essa cara dele já está me dando nos nervos.- Jotaro olhou para mim com pouca paciência e eu o olhei da mesma forma.
– Vira a cara pro outro lado e fecha os olhos então.
Nos olhamos como se a qualquer momento um fosse voar no pescoço do outro. Mas apesar da maior parte nós sermos assim, nós cuidávamos um do outro.
Apesar de cada um ser do seu próprio jeito.
Olhei para o retrovisor e vi os olhos de Polnareff que balançou as sobrancelhas, insinuando que estivesse rolando algo entre Jotaro e eu, eu só revirei os olhos e lhe mostrei o dedo do meio. Isso nunca aconteceria, Jotaro não faz nenhum pouco meu tipo. E, mesmo se fizesse, meu coração já estava ocupado por um menino chamado Noriaki Kakyoin.
Logo Joseph avisou que nos hospedaríamos em algum hotel na cidade de Aswan após deixarmos Avdol e Kakyoin no hospital.
Quando vimos a iluminação da cidade, nós paramos próximo a um hospital e levamos eles para o atendimento. Uma enfermeira que estava acompanhada com um médico nos olhou assustada e saiu correndo, provavelmente pegar alguma maca.
O médico foi até nós e analisou ambos rapidamente, alegando que cuidaria melhor deles em uma sala.
Rapidamente chegou duas macas e Avdol e Kakyoin foram colocados em cada uma delas e foram levados para uma sala o mais depressa possível enquanto Joseph tentava explicar oque havia acontecido (Ocultando alguns fatos, claro.)
– Tudo bem, preciso saber se eles tem algum acompanhante.
– Sim, eu ficarei encarregada deles.- Joseph me olhou e antes dele dizer algo eu o cortei.- Sr. Joseph, o senhor e os outros devem estar mais cansados que eu. Eu me encarrego deles, podem ir descansar.
Ele vendo que eu não desistira facilmente apenas acenou enquanto eu me despedia deles e seguia o médico para mais dentro do hospital, sentindo um frio na barriga com todo aquele clima, não gostava de hospitais.
– Eu irei agora checá-los, você pode se sentar em uma daquelas cadeiras e esperar eles, não posso assegurar que seja algo rápido senhorita.
– Não tem problema, eu espero o tempo que for.
O médico assentiu e desapareceu no corredor. Eu me sentei em uma das cadeiras e peguei um livro de minha bolsa. Se eu já inventava desculpas para não ler ele, agora eu não tinha mais escapatória, eu vou terminar essa história.
– Com licença…? Senhorita…?
Abri os meus olhos assustada enquanto olhava assustada a enfermeira que estava agachada pra ficar no mesmo nível que eu. Ela sorriu se desculpando e perguntou se eu era acompanhante de Avdol e Kakyoin.
Eu assenti e comecei a ficar preocupada, perguntando se eles estavam bem.
Ela deu uma risadinha e com a voz mais calma do mundo me tranquilizou dizendo que eles estavam bem.
Mas que Kakyoin ainda tinha risco de ficar cego. Eu assenti e perguntei se poderia vê-lo.
Eu primeiro fui até a sala de Avdol, que estava meio acordado. Eu sorri e perguntei como ele estava, ele disse que estava bem e que o médico disse que o corte, por sorte, não havia acertado alguma parte que pudesse matá-lo.
Conversamos um pouco até a enfermeira alegar que ele precisava descansar e ela me guiar até a sala onde Kakyoin descansava com uma faixa cobrindo seus olhos.
Entrei na sala e assim que a enfermeira se retirou para nós termos um momento a sós, eu caminhei até ele e ao ficar ao seu lado, eu segurei sua destra.
– Kakyoin, você está acordado?
Não obtive resposta, então concluí que ele estava dormindo. Senti minhas lágrimas pinicarem meus olhos.
– Eu fiquei tão preocupada… Eu não suportaria a ideia de perdê-los, especialmente você.- Eu segurei um pouco mais forte sua mão.- Sabe, eu tenho escondido algo de você…- Olhei para seu rosto que continuava o mesmo.- Eu… Estou apaixonada por você! Sei que pode parecer rápido demais e que, apesar de eu nunca sentir algo por alguém antes, hoje eu realmente tive a certeza que te amo quando pensei que fosse te perder, que eu não veria mais seus belos olhos violetas, que não teríamos mais as nossas noites de videogame, que não provocaríamos mais o Polnareff e que não faríamos o possível e o impossível para fazer o Jotaro rir com nossas piadas de tio.
Eu dei uma risadinha enquanto agora colocava minha outra mão devagar em seu rosto.
– Sei que eu deveria ser menos covarde e dizer tudo isso quando você estivesse acordado, mas eu não suporto a ideia de você não sentir o mesmo, e, pior ainda, perder a sua preciosa amizade. Por isso decidi que vou continuar com esses sentimentos trancados a sete chaves, pois prefiro continuar com sua amizade do que não ter nenhum contato com você.
Eu soltei todo o ar que eu havia prendido inconscientemente. Eu tinha conseguido, eu havia sido honesta com ele e comigo mesma. Apesar de ele não estar me ouvindo, eu estava satisfeita.
Eu me inclinei e dei um beijo em sua cabeça antes de limpar minhas lágrimas e ir para o banco ao lado de sua cama.
– Isso tudo é verdade, (S/n)?
Senti todo o meu corpo tremer ao olhar para ele e ver que o mesmo estava com um pequeno sorriso enquanto ele sentava na cama.
– V-Você estava acordado esse tempo todo?! Por que não disse nada?- Eu senti todo o meu rosto esquentar enquanto minhas mãos suavam. Eu não sabia se ficava feliz por ele ter escutado minha confissão ou não.
– Apenas me diga (S/n). Por favor, isso tudo é verdade?
Um silêncio ficou entre nós. É, de fato ele havia escutado, eu não havia mais escapatória. Suspirei enquanto colocava minha mão em meu peito para tentar me acalmar.
– Sim, é tudo verdade.
Eu o observei ainda em silêncio e já estava amargamente arrependida de ter dito tudo aquilo. Eu me aproximei dele e coloquei minhas mãos em seus braços, colocando um pouco de força para tentar deitar ele.
– A-Apenas esqueça isso, não acha melhor você ir descansar…
Me assustei ao sentir ambas as suas mãos em cada um dos meus pulsos, me cortando no meio da frase.
– Eu sinto o mesmo.
Se eu não estivesse perto dele, eu nunca veria o quão vermelhas suas bochechas haviam ficado após a sua frase.
Espera, ele sente o mesmo que eu?!
Olhei arregalada para ele, totalmente surpresa por sua confissão. Em nenhum de meus sonhos eu imaginaria que seria correspondida, pelo simples fato de eu ser apenas uma garota comum, me destacando apenas por ter um stand e nada mais.
Senti minhas lágrimas escorrendo em minhas bochechas, mas elas levavam embora toda a minha angústia e medo que eu estava guardando dentro desses 30 dias que passamos juntos.
Seu sorriso desapareceu e senti sua mão em minha bochecha, que acabou ficando molhada graça as minhas lágrimas.
– Por favor não chore (S/n)…- Ele acariciou minhas bochechas e vi um sorriso seu de novo.- Guarde suas lágrimas para outro dia… Como por exemplo, no dia em que nos casarmos.
Eu dei uma risadinha e o abracei, sendo correspondida por ele que me abraçou de volta. Suas mãos acariciaram meu cabelo e eu continuei abraçada com ele, aproveitando o calor de seu corpo contra o meu.
E isso me motivou a continuar forte e me preparar para nossa grande batalha que estava cada vez mais perto, por que meu objetivo, além de salvar Holly, era proteger esse menino cereja que havia entrado sem convite em meu coração e que me fez ser a pessoa mais feliz desse mundo nesses nossos dias juntos.
– Promete que nós teremos nosso final feliz?
Perguntei com um sorriso inocente. Tudo oque eu mais queria era que, se aquilo fosse um sonho, que eu jamais acordasse.
– É claro minha cereja…
Ele acariciou meus cabelos enquanto eu me afastava de seu abraço apenas para segurar seu rosto com cuidado e lhe dar um beijo ali, um beijo que eu usava para demonstrar tudo oque eu não conseguia descrever em palavras.
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Olha quem chegou!!! A Parte II do pedido sobre ‘eles não conseguirem engravidar’ tá on, papai! Para quem não está entendendo nada, escrevi uma “continuação” para esse imagine, porém preciso fazer algumas considerações antes:
• A segunda parte teve participação de duas leitoras maravilhosas por aqui: @umadirectioner e @mysunrose que simplesmente, em uma conversa que tivemos, comentaram detalhes de como a história seria sem eu SEQUER ter mencionado à elas o que havia pensado (bizzaro)
• E outra: a mesma bizarrice aconteceu com a @nightstars5, que recebeu um pedido semelhante ao meu, e a história, tanto do imagine passado quanto desse, se encaixaram muito bem e tivemos praticamente a mesma ideia quando escrevemos as falas e o contexto em geral. E mais uma vez eu não fazia ideia disso, até porque li o imagine dela depois de ter postado o primeiro aqui e escrito o segundo. Aliás, o pedido que a Night fez é esse aqui, e (de novo) está perfeito! Sério, leiam!
• Conclusão: telepatia realmente existe, viu? KSKSKSKSKSKSK
Enfim, depois dos esclarecimentos - nada muito relevante, admito kk - espero que gostem do enredo e do que a minha imaginação criou a partir do pedido passado. Fico esperando a opinião de vocês na ask :)
Boa leitura ❤️
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- Tenho uma surpresa para você! - o sorriso e animação de Harry ao conversar com o cachorro peludo, que adotaram cerca de dois anos atrás virou um hábito desde que o viu. O animalzinho de fato não era como um filho de verdade, e nem mesmo ocupava o lugar de uma criança na vida do casal. Contudo, não poderiam negar que a chegada do dog na vida deles foi a melhor decisão que haviam tomado até então!
Henry era exatamente igual a um bichinho de pelúcia, uma bolinha de pelo branca e pequenina, que dava vontade de agarrar assim que visse. A raça Bichon Frisé, desconhecida por eles até pesquisarem mais a fundo qual o tipo de cachorro ideal para deixar a casa com mais cara de lar, foi sem dúvida a melhor escolha dentre as tantas que tiveram. Bagunça foi uma coisa que não aconteceu após a adoção, mas amor e carinho tornou-se uma regra a partir do instante que o filhote chegou na casa.
O peludinho é um tanto quanto exigente quando o assunto é atenção e carícias. Elas devem ser feitas no pescoço e bem devagar, para que assim ele feche os olhinhos e curta a mordomia de um carinho gostoso por longos minutos. Ficar sozinho com certeza é o pior pesadelo para o bichano, que acompanha os donos em qualquer cômodo da casa, inclusive no banheiro. E como a intenção de cuidar de um cachorro era construir responsabilidades e enfim formar uma família, o dog foi criado com todos os cuidados e apreço infinito como se fosse uma criança. Afinal eles quiseram, e conseguiram, virar, pelo menos, pais de pets.
- Olha o que o papai comprou para você, cara! - ao balançar uma bolinha nova de borracha usando a mão direita, a afinação da voz, um costume básico quando se depara com uma coisa tão fofa a frente, aconteceu imediatamente. Era humanamente impossível falar de um jeito normal com um animalzinho daquele, então usar o tom fino havia se tornado mania. - Agora você pode brincar um monte com ela e esquecer o meu chinelo, não é? - indagou, como se Henry fosse responder. O rapaz abaixou para então passar as mãos entre os pelos macios e sedosos, acariciando o dog que amava aquele carinho do dono na parte de cima de seu corpinho. - Toma, amigão! Seja feliz! - Styles jogou a bolinha na direção da grama do quintal e viu o cachorro correr atrás do objeto feito louco, permanecendo por ali mesmo, mordendo o novo brinquedinho e esquecendo do mundo.
No segundo seguinte á ação, o moreno escutou o barulho típico do molho de chave e logo virou para a entrada, vendo a maçaneta girar descontroladamente e então finalmente abrir a porta, mostrando a figura linda e amável que ele esperava de braços abertos.
- Papai!! - de imediato, a garotinha de apenas quatro anos de idade correu em direção ao homem, o qual lançou um sorriso de orelha a orelha ao vê-la, abaixando um pouco o tronco para receber o abraço apertado e caloroso - seu preferido diga-se de passagem - com os bracinhos envolta do pescoço dele, com ela já no colo.
- Como você está linda, filha! - Harry havia reparado no penteado diferente do que normalmente usava e extremamente lindo feito no cabelo Black Power que a menina carregava. Os dois coques volumosos na cabecinha dela e as duas trancinhas feitas com mechas da parte da frente do cabelo deixou a criança, que já era linda, ainda mais perfeita.
- Eu fiz a unha também! - entusiasmada com a novidade, a pequena mostrou para o pai a mão, remexendo os dedinhos de forma charmosa. O riso bobo do moreno surgiu assim que viu a cena, e ao segurar a mãozinha dela, reconheceu aquele esmalte amarelo com carinhas felizes em cada dedo, e logo pegou a referência, sorrindo encantado.
- Engraçado.. Parece que eu já vi esse estilo em algum lugar.
- Copiei de você. - ela riu sapeca, com as mãos na boca. - Disse para a moça que queria pintar igualzinho a do meu papai.
- Ótima escolha, Nia! Eu amei!
- Cadê o Henry? Quero mostrar minha unha para ele! - disse toda animada quando o pai a pôs no chão.
- Ele tá lá no quintal, brincando com a bolinha nova que comprei para ele.
- Mas ele gosta do seu chinelo, papai.
- Bom, agora ele vai ter que gostar da bolinha porque eu não gosto de dividir. - com os braços cruzados, Harry imitou a filha ao dar ênfase no pronome, a qual gargalhou com a cena e saiu correndo, conversando com o cachorro com a mesma voz fininha que Styles fazia.
- Não fale essas coisas para ela que pode ser problema quando começar a escola ano que vem. - S/N comentou referindo-se ao fato de dividir, assim que deixou a bolsa no sofá para só depois se aproximar do marido e enfim lhe dar um selinho amoroso.
- Meu Deus.. Já estamos na fase da escola.. - a ficha de que Nia estava crescendo realmente ainda não havia caído. A percepção do tempo para o papais da vez era completamente diferente do tempo do calendário. A impressão que tinham era que foi ontem mesmo quando a notícia de que, após meses de espera, seriam os próximos pais a adotarem uma criança.
Nia, sem sombra de dúvidas, foi um presente abençoado quando Harry e S/N decidiram viajar para África depois das complicações que tiveram para engravidar. Mesmo com todas as baterias de exames, descartando a possibilidade de ser um casal estéril, e o acompanhamento correto com um obstetra todo mês, ainda não sabiam ao certo o motivo pelo qual não conseguiam gerar um bebê juntos. Por isso, a fim de espairecer, o casal deixou Henry com Anne por duas semanas e resolveu se aventurar pelo continente africano, mais precisamente no Quênia.
Lá, fizeram um safari incrível pela savana turística, perderam o f��lego com as paisagens lindas - principalmente do pôr do sol - conheceram uma aldeia de nativos, aprenderam e encantaram-se com a cultura do país e por fim, resolveram conhecer um lar adotivo após o convite feito pelo guia de turismo estadunidense, que ao simpatizar com o casal e escutar a história deles em um jantar no hotel, resolveu ajudá-los a realizar o sonho de terem filhos e assim dar uma família a uma menina muito especial para ele.
A pequena Nia era filha de dois amigos importantes para Dave, o guia, o qual morava no Quênia há quase oito anos. Os pais da menina foram os responsáveis por acolher o norte-americano que veio para África com uma mão na frente e outra atrás, realizando o desejo de morar no continente pelo qual era fascinado, no entanto sem ter se preparado para isso. Por mais que o casal não tivesse muito dinheiro, podia-se dizer que possuía um lindo e caridoso coração e decidiram ajudar Dave, contratando-o como entregador do pequeno quiosque que trabalhavam sozinhos, após irem contra a família e viverem o amor livre e verdadeiro, que antes era proibido.
Niara e Jalil eram jovens, não tinham mais que vinte e dois anos, tinham o sonho de estudar gastronomia e assim montar uma rede de restaurantes voltado para a comida africana mundo à fora. Porém, quando deram o primeiro passo para que o desejo fosse concretizado, os dois foram assassinados após cinco anos batalhando incansavelmente. A noite da morte aconteceu em uma sexta-feira chuvosa, no recém restaurante no centro da cidade quando resistiram ao assalto a mão armada assim que fechavam o estabelecimento, deixando Dave e uma filha de apenas quatro meses de vida no mundo.
Devastado e sem ter como sustentar a si mesmo e mais uma criança, o homem precisou incluir a pobre garotinha em um lar de adoção e prometera que acharia pais tão amáveis e carinhosos como eram Niara e Jalil para cuidarem dela.
E foi aí que Harry e S/N conheceram a futura filha, a qual tinha um ano e dois meses na época. Apaixonaram-se por ela assim que botaram os olhos na menina linda, de olhos castanhos que brilhavam ao sol, muito esperta e que amava o tio Dave, o qual visitava-a duas vezes por semana. O casal londrino ficou tão entusiasmo quando o guia disse que ajudaria como pudesse na questão jurídica e faria de tudo para que a filha de seus grandes amigos fossem aos braços de pessoas certas, já que sentiu um chamado dentro dele dizendo que aquele era o casal perfeito, após dias de conversa.
Demorou um ano e meio para que tivessem a aprovação do governo quanto a adoção e finalmente trouxeram Nia para casa, aos dois aninhos de idade. Dave aceitou acompanhá-los na viagem, até porque tornou-se amigos de S/N e Harry diante da boa vontade, sendo convidado a ser padrinho da garotinha. E hoje, eles criavam uma filha juntos, tendo a família que sempre sonharam e uma casa colorida com as cores do amor.
- Tem noção de que temos uma filha, S/A? E um cachorro? - questionou rindo, ao abraçar a mulher de lado e observar apaixonantemente os amores brincando no jardim.
- Parece que estamos sonhando, né?
- Um sonho maravilhoso. - dessa vez o sorriso veio quando olhou para ela, encostada com a cabeça no peito e os braços em volta do tronco dele. Porém Harry estranhou ao perceber a esposa pálida, ficando evidente o mal estar quando a mesma espremeu os olhos, sentindo uma leve tontura. - Ei, o que foi? Tá tudo bem?
- Não sei.. Acho que minha pressão baixou. - respondeu fraca e ele a sentou no sofá.
- Talvez seja o calor. - realmente fazia um verão quente e incomum em Londres. - Vou pegar uma água para você. - o tempo do moreno buscar um copo d`água foi suficiente para S/N piorar e correr até o banheiro, vomitando todo o almoço, algo que ela quase nunca fazia. - OK, vamos deixar a Nia na minha mãe e eu te levo para o hospital. - Styles surgiu na porta do cômodo, assustado. - Você vomitar não é nada normal.
- Amor..
- Não tem essa de amor, não, S/N. Eu sei que você é teimosa, odeia hospital mas eu vou te levar ao médico nem que seja a força. - a expressão séria, tendo as pontas dos dedos na cintura, além da voz decidida encheu o coração dela de um sentimento gratificantes. Um sorriso diminuto foi tudo o que ela pôde dar. - Você tá branca, mulher! - Harry exclamou, ainda mais apavorado enquanto a moça escutava o surto limpando a boca com água e bochechando o enxaguante bocal. Ao final da ação, um riso frouxo ficou bem aparente nos lábios dela. - Por que você tá rindo?
- Não acho que eu esteja doente.
- Como não?
- Deixa eu terminar! - S/N sabia que haveria uma enxurrada de palavras após a indagação dele, por isso resolveu ser mais rápida e atravessá-lo. - Minha menstruarão tá atrasada há dois dias.
- Ai meu Deus! - as pernas literalmente tremeram.
- Calma! Não vamos criar tanta expectativa. - avisou, fazendo sinal de pausa com as mãos após uma respirada profunda. - Já sofremos muito com isso e dois dias de atraso não é um tempo que possa confirmar uma gravidez.
- Mas sua menstruação nunca atrasa, porra!
- Eu sei. - concordou entre risadas. As várias idas nos consultórios da obstetrícia e todos as orientações que foram seguidas à risca para terem um bebê ensinou muita coisa ao moreno. - Tenho alguns testes aqui no armário do banheiro. Vou fazer e vamos ver no que dá. - Harry respirou fundo e assentiu totalmente nervoso por sentir, desta vez, que a hora era essa.
A angustia de ambos era gigantesca. S/N balançava a perna constantemente ao sentar-se na privada tampada, tentando manter a calma para não se desapontar caso o resultado fosse o mesmo de sempre. Do lado de fora, Styles andava de um lado para o outro, apreensivo e torcendo de segundo em segundo para que dessa vez um milagre acontecesse. Entretanto, quando a mulher abriu a porta com os olhos marejados e encostou-se no batente como sempre fazia quando a resposta aparecia, o moreno perdeu um pouco as esperanças mesmo que a sensação dentro dele fosse diferente.
- E aí? - perguntou aflito e com os olhos arregalados, extremamente impaciente. - Negativo ou positivo? - ela manteve-se muda e colocou as mãos na boca, provavelmente segurando o choro. - Fala, S/N! Pelo amor de Deus! - de forma engraçada e nada proposital, o moreno gesticulou com mãos e braços, mexendo-os para frente, inquieto com a situação. Mas a esposa sequer riu daquilo e foi direto ao encontro do marido, em um abraço forte e que liberou todo o choro preso dentro dela.
- Eu tô grávida! - a fala estava embargada. A voz tomada pelas lágrimas de emoção era tanta que S/N mal conseguia dizer uma única palavra sem ao menos parar de chorar. Apenas despejava a euforia e anos de frustração nos braços daquele que a amava incondicionalmente e sonhou tanto, junto com ela, de terem um bebê.
- Ai, Deus.. - ele fraquejou e a voz saiu falha. - Sério? - Harry afastou-se um pouco do abraço para ver a carinha de S/N, sem perceber que a dele estava pronta para chorar, mostrando um biquinho fofo que entregou sua vulnerabilidade. Quando a mulher assentiu, Styles agarrou o corpo dela em um abraço reconfortante e que exalava alívio. As gotas as quais saiam dos olhos eram de alegria e tranquilidade, por finalmente alcançarem o que tanto almejavam.
- Eu sabia! Eu sabia que esse dia ia chegar.. - ele balbuciou as palavras emocionado, ainda preso ao corpo da mulher.
- Nós vamos ser pais de novo! - S/N praticamente gritou assim que se separou de Harry e agora foi a vez dele colocar as mãos na boca, digerindo a informação. Ela olhava para ele tendo uma mistura de sentimentos dentro de si enquanto ria e chorava. Aos poucos os olhos de Harry foram diminuindo, e mesmo que não pudesse ver a boca por estar sendo tapada pelas mãos em sinal de surpresa, a esposa sabia que o famoso biquinho de choro formava-se mais uma vez. E quando o balde de sensações e sentimentos de fato caiu sobre ele, o moreno deixou as pernas levarem-no para o chão, ficando de joelhos ao sentir o corpo mole e esparramar o choro que o libertou, tendo as mãos escondendo o rosto e a cabeça levemente inclinada para baixo.
- Eu não acredito. - comovida com a notícia e a reação linda do amor de sua vida, ela também abaixou e juntou as cabeças quando abraçou o moreno, mesmo que a face molhada dele ainda estivesse escondida.
- Por que vocês estão chorando? - Nia perguntou um pouco assustada, com Henry ao lado também observando a cena que chamou a atenção dos serezinhos que brincavam no jardim. Os pais instantaneamente sorriram para ela e puxaram para um abraço gostoso e revigorante quando fecharam os olhos.
- Você vai ganhar um irmãozinho, filha!
- Jura? - os olhinhos dela brilharam e a alegria era nítida em sua voz. - Quando?
- Vai demorar um pouquinho. - respondeu Harry, enxugando os olhos cheios d’água com o final da palma da mão. - Mas vai ser maravilhoso! Isso eu posso te garantir.
- É muito legal saber disso, mas não entendi porque estão tristes.
- Não estamos tristes, meu amor. - o moreno rebateu risonho. - E que antes de você chegar, eu e e mamãe queríamos muito ter um bebê juntos. - Nia escutava Harry com atenção, principalmente quando colocou uma das trancinhas dela atrás da orelha. - Era o nosso sonho mas nunca dava certo, e por isso fomos ficando bem tristes. - novamente a emoção agarrou o casal, quando os olhares se encontraram e a lembrança dos momentos difíceis que passaram ao longo dos anos, diante de tantos resultados negativos e sem resposta. - Só que hoje, depois de bastante tempo tentando, a gente conseguiu realizar esse sonho. - disse com a voz trêmula e olhos brilhando pelas lágrimas que caiam devagar pelo rosto, assim como as de S/N, que chorava baixo por finalmente sentir em seu eu interior a sensação de realização em dobro. - E conquistamos tantos outros que nem imaginávamos ter, que foi você e o Henry junto com a gente. - a garotinha sorriu de forma meiga e trouxe os pais para perto em mais um abraço aconchegante e amoroso.
- Ouviu só, Henry? Eu vou ganhar uma irmãzinha!
- Ou irmãozinho. - S/N disse ao sorrir para filha e sentir o cachorrinho esfregando de leve a cabeça em sua barriga quando colocou-o em cima das pernas, como se ele soubesse que o novo membro da família estava ali.
- Não, vai ser uma irmãzinha. Eu tenho certeza!
- Como? - o pai questionou curioso após acalmar-se do choro e fungar depressa.
- Porque um dia eu sonhei que ganhei um presente grandão e dentro dele tinha um neném. E era uma menina. - após a pausa cômica entre uma fala e outra, os pais, boquiabertos, se entreolharam e riram com a confissão telepática da filha, que saiu correndo novamente pela casa, gritando feliz da vida que teria uma irmã, acompanhada do cachorrinho que latia animado, mostrando mais uma vez que a esperança é a última que morre, e ser pego de surpresa deixa tudo mais gostoso.
- Parece que a gente conseguiu! - mais calma e imensamente contente, S/N comentou, entendendo as mãos para o esposo, que esboçou um sorriso valiosíssimo e sincero ao entrelaçar os dedos nos dela, em uma atitude que além do amor, exalava companheirismo e união de duas partes que se doam para tudo dar certo.
- Sim.. A gente conseguiu!
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Se possível, deixe seu feedback na ask! Adoraria saber o que achou :)
xoxo
Ju
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bruceimagines · 5 years
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Hulk The last cap 4
Os cap serão postados toda sexta-feira ^-^ /
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Cap 4 "Hora de acordar"
Bruce começou a despertar devagar, percebendo estar em um local totalmente branco, com os olhos ainda embaçados e sentindo estar em uma cama olhou em volta finalmente reconhecendo o ambiente, era sua própria cama, porém parecia estranhamente maior do que o normal. Ao se recostar na cabeceira da cama algo chamou sua atenção:
-Minhas mãos... ele olhou surpreso.
Rapidamente se levantou da cama e foi até o espelho que ficava em seu banheiro,
Um grito se ouviu por toda instalação e Bruce só conseguiu ouvir uma voz de longe falando "ele acordou" mas estava tão perturbado que não soube identificar de quem era a voz.
##################################
3 hora antes:
Beatrice, Bruce e Clint chegaram as instalações depois de uma longa e cansativa viagem de volta, as meninas foram levadas para ala médica do local e Bruce após ser atendido foi deixado em seu quarto já que estava bem e aparentemente apenas dormia:
-Clint... não era melhor te-lo deixado na ala hospitalar? Faz horas que ele está dormindo. Beatrice falou preocupada sentando ao lado do homem praticamente desmaiado em cima da enorme cama.
-Ele acabou de ser examinado, e acordará a qualquer momento, ele ficou 7 anos sem se transformar isso deve ter causado um efeito colateral ou sei lá, eu queria mesmo é saber o por que dele ter perdido o controle depois de tanto tempo. Falou o arqueiro.
-Eu acho que tem a ver com os documentos que ele leu, aliás fiquei tão preocupada que nem os olhei, mas peguei uma amostra daquele negócio verde e já mandei pro laboratório enquanto você estava com Bruce na ala médica.
-Você é tão preparada quanto um escoteiro, riu o homem e depois continuou - Enquanto aos documentos, irei enviar cópias digitais agora mesmo para Fury, SantaBea é melhor o deixarmos descansar afinal já está anoitecendo mesmo, creio que uma noite de sono fará bem ao homem.
-Pode ir, eu vou ficar aqui, eu não vou conseguir dormir até ele acordar mesmo. Disse a moça ignorando o apelido.
-Você se preocupa demais, é mais fácil nós irmos primeiro do que ele, você tem que descansar ou vai começar a dormir aqui agora? Perguntou Clint brincando.
Desde que acharam Beatrice e Bruce a defendeu fazendo questão que fosse aceita e tivesse outra chance na sociedade ela praticamente "grudou" no homem Hulk de um jeito até meio irritante as vezes, mas o arqueiro sempre percebera que Bruce não ligava muito para isso, pelo contrário, os dois se davam muito bem e se preocupavam um com o outro,talvez esse encontro entre os dois fosse algo que ambos precisavam nessa vida. Seus pensamentos foram cortados quando ele ouviu a moça responder:
-Tá tudo bem, eu durmo aqui de vez em quando eu tenho uns pesadelos, acho q o Bruce tá até acostumado, ela disse dando uma risadinha sem nenhuma maldade no olhar.
Porém a pobre logo se arrependeu de seu comentário ao ver a cara de surpresa seguida de uma risada maliciosa de Clint que ficou meio "chocado". Ele então deu três tapinhas na cabeça da amiga foi em direção a porta e comentou:
-Desculpe, acho que vou sair e deixa-los sozinhos.
-N-Não foi isso que eu quis dizer, Clint! E-Eu...! Beatrice tentou explicar mais vermelha que um tomate.
-Eu sei.
Clint olhou para trás rindo, sim ele sabia que com o professor Hulk era impossível acontecer algo, além de que seus dois amigos criaram uma amizade forte o suficiente para não ver malícia em coisas que normalmente seriam motivos para piadinhas sem graça, na verdade ele pensou que se Tony estivesse vivo teria um comentário perfeito para a ocasião, o arqueiro balançou a cabeça rindo e continuou a olhar nos olhos de Beatrice:
-Estou só te provocando, boneca. "Ou será que talvez agora algo realmente pode sair disso tudo?" esse última parte ele disse para si mesmo apenas em pensamento e saiu do quarto.
Beatrice que estava com o rosto vermelho respirou fundo e olhou para Bruce, era engraçado como podia ser tão diferente e ainda assim ser ele mesmo, sempre que ela vinha para seu quarto por conta de pesadelos como uma criança de 5 anos, eles conversavam e Beatrice sempre adormecia a uma distância razoável, pois mesmo confiando completamente no amigo ela ainda não conseguia superar alguns traumas de seu passado, então normalmente ela acabaria acordando e voltando para seu quarto sempre mais tranquila, ela sabia que isso era estranho mas isso... essa amizade com Bruce, era algo que ela nunca abriria mão.
Ele era tão grande, o achou estranho tão pequeno na enorme cama que fora adaptada para o "professor Hulk"e agora parecia grande até demais, ele havia contado sobre a época que não podia se controlar e como ele era infeliz. Ela então deitou ao seu lado na cama observando sua face agora humana. Ela então pensou em tudo, pensou na missão, nas crianças, no que seu antigo lugar de criação( isso se ela poderia chamar assim) e agora Bruce voltando a ser humano, realmente tudo isso a havia afetado de uma maneira que ela não conhecia, aos poucos fechou os olhos e dormiu.
###########################
Agora:
Beatrice acordou com os gritos de Bruce no banheiro, a moça pegou o celular ainda com os olhos meio cerrados e ligou para Clint:
-Ele acordou...
Bruce voltou para o quarto reparando finalmente na moça que estava em sua cama.
-Beatrice? O-que aconteceu? O homem perguntou assustado.
-Você não lembra de nada? a moça respondeu com outra pergunta se levantando.
Ele segurou a cabeça e balançou negativamente:
-Eu lembro da missão, as meninas, então estávamos em uma espécie de sala e... ai meu Deus!
A moça se aproximou dele quando ele disse com uma voz alta praticamente gritando:
-Não!!! Fique ai!!! Ele deu 3 passos para trás e olhou para ela de cima a baixo procurando talvez algum ferimento -Eu machuquei vocês?
-Bruce, do que está falando? Você nos salvou...
-Eu não acredito que depois de tantos anos eu tenha perdido o controle, falou andando de um lado para o outro ignorando o que Beatrice disse.
-Bruce... dessa vez foi Clint que falou, ele veio rapidamente ao receber a ligação de Beatrice e até achou engraçado quando percebeu que as roupas do homem desesperado a sua frente eram muito maiores agora e que ele estava segurando suas calças.
-Como isso foi acontecer? Bruce disse finalmente se sentando na cama ainda com as mãos na cabeça.
-Cara... fica calmo pois temos problemas maiores para resolver, eu mandei cópias digitais dos documentos para o Fury, e a coisa é pior do que imaginamos, amanhã ele virá para explicar melhor toda situação, o melhor é irmos dormir.
-Dormir? Como vocês acham que eu vou conseguir dormir sabendo que acabo de regredir. Falou Bruce nervosamente.
-Não vai adiantar nada ficar se martirizando a essa hora, você ainda não está 100 % e eu não sei vocês mas eu estou exausto e como o Bruce não quebrou mais nada estou indo. Clint disse voltando para a porta.
-O que eu vou fazer agora? Bruce susurrava para si mesmo.
-Bruce você ainda está tonto,descanse mais um pouco, se quiser podemos conversar e...
-Não Beatrice, eu preciso de um tempo sozinho, Clint tem razão, não adianta pensar com a cabeça quente, o melhor é todos nós irmos dormir, então se me dá licença... disse o homem apontando para porta.
-Ok, Boa noite então, a mulher disse saindo do local não gostando nada do tom que o amigo usou com ela, mas como ele acabara de sofrer um grande baque ela entendeu sua situação afinal amanhã poderiam conversar melhor.
Bruce foi até seu criado mudo e ao abrir a gaveta tirou algo que não via a muito tempo:
"Espero que esteja funcionando" disse o homem enquanto tirava o seu medidor de frequência cardíaco, ele nem sabia o porque ter guardado aquilo mas agora veio a calhar juntamente com suas roupas antigas, para falar a verdade ele sabia sim o porque de ter guardado tudo. Ele temia que esse dia chegaria, porém depois de todos esses anos sua mente estava começando a acreditar que nunca precisaria se preocupar de novo, "como eu estava enganado" pensou.
Ele tomou um banho rápido, deitou em sua cama porém não pregou os olhos a noite inteira pensando em sua situação e se voltaria a ser um "monstro" novamente.
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Mais um cap meu povoo
Não esqueçam que tem um cap novo toda sexta 0/ aproveitem!
deixem nos comentários suas teorias para o próximo cap 😚😚😚 até sexta❤
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kakagenovesi · 2 years
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Neurociência do Cotidiano
Conexão Teórica___________ Conexão Teórica 01_"Neurociência aplicada a gestão de conflitos, negociação e mudança", de Luchmann, Júlio Cesar.(clique AQUI para acessar o livro / indicação de leitura do prof. Cintia: páginas 42-52).A neuroplasticidade comprova que o cérebro pode mudar o tempo todo. Para mudar um hábito ou a forma como pensamos e enxergamos o mundo, precisamos tomar decisões e fazer escolhas diferentes, o que irá modificar nosso padrão de pensamento ou comportamento. Neste capítulo, Luchmann aborda o processo de formação do hábito e da dificuldade de mudá-lo, mostrando que aprender é algo desgastante para o cérebro, explicando que hábitos são formados pelos gatilhos.
Conexão Teórica___________ Conexão Teórica 02_ "Mente sem barreiras: as chaves para destravar seu potencial ilimitado de aprendizagem", de Boaler, Jo.(clique AQUI para acessar o livro / indicação de leitura da prof. Cintia: Capítulo 1 – Como a Neuroplasticidade muda... tudo).Neste capítulo, a autora faz uma conexão entre neuroplasticidade e mindset, termo proposto e estudado por Carol Dweck (nosso padrão mental relacionado à capacidade de aprendizado: fixa ou de crescimento). Ela mostra o quanto acreditarmos que somos capazes de mudar ou de aprender interfere em nossos resultados. As escolhas intencionais que fazemos para modificar a nossa maneira de enxergar o mundo só se tornam possíveis se acreditarmos em nosso potencial de aprendizagem e evolução.
Estudo de caso
O assassinato de Ana
Sobre Ana: Ana era uma repórter policial que estava investigando um pedófilo que supostamente havia seduzido 50 crianças e matado uma, o Rui. Ela nunca esteve tão envolvida em um trabalho. Desde que pegou o caso de J.M., o pai de família, pediatra e pedófilo em questão, acorda no meio da noite com um pesadelo em que se vê em um quarto escuro deitada na cama. A única luz é a que vem do corredor, debaixo da porta, onde ela vê uma sombra do que parece ser de alguém parado. Nesse momento ela acorda.Ana morava com sua mãe, seu irmão mais novo e seu padrasto. Certa vez, entrou no escritório de seu padrasto e viu fotos de meninas em seu computador com idade entre 6 e 9 anos, nuas (Ana tinha 6).O padrasto era educador e um pai exemplar, o pai que Ana nunca teve. Com o irmão era mais severo. Com a mãe, sempre carinhoso, embora Ana dormisse com frequência escutando os dois brigarem.J.M., o pedófilo e suposto assassino: o pediatra J.M. era muito querido na comunidade onde morava. Tanto pelos pais quanto pelos pacientes e colegas de profissão, exceto por um deles, que havia sido seu colega durante a infância (o Carlos).J.M. era carinhosamente chamado de mestre, pois, além de trabalhar como pediatra, promovia ações sociais na comunidade e acampamentos com as crianças, em que falava sobre como a mente pode nos ajudar a conquistar os resultados que desejamos. Quando falava, gesticulava bastante e fazia contato visual com as pessoas.A comunidade começou a desconfiar de J.M. quando vários pais passaram a perceber um comportamento estranho nas crianças. Alguns diziam que seus filhos não sorriam mais. Outros diziam que seus filhos arregalavam o olho sempre que ouviam falar em J.M. Alguns pais falavam do excesso de raiva dos filhos. Poucos deles, como os pais de Rui, diziam que o filho estava muito sorridente, além do normal, mas perceberam que ele não sorria com os olhos."Nasci pobre. E cresci na comunidade mais violenta da cidade. Apanhava todos os dias do meu pai. Quase morri em uma briga de rua. Reprogramei a minha mente e me tornei um médico de sucesso."Uma das falas de J.M. para pais e crianças.Carlos: Carlos sempre desconfiou de J.M., mas nunca comentou com ninguém. Procurado por Ana, falou que J.M. tinha sido abusado pelo pai, que bebia na infância e era envolvido com drogas na adolescência e prostituição quando estava na faculdade."A forma como J.M. conta sua história de superação é muito suspeita para mim. Parece que ele está fazendo uma lavagem cerebral nessas crianças para elas não contarem alguma coisa que sabem (falava com gestos retos com as mãos, de cima para baixo)."Carlos em depoimento à Ana.Odete, mãe de Matheus: Odete era mãe de Mateus, um dos pacientes de J.M. e uma das confidentes e amantes de J.M. Se há alguém que sabia o que estava acontecendo, este alguém seria Odete. Ela se relacionava muito bem com as pessoas. Parecia falar as palavras certas nos momentos certos. Escutava, entendia as emoções das pessoas, observava e parecia se adaptar ao mundo dos outros. Tinha um tom de voz entusiasmado, conversava sobre tudo e andava sempre com um sorriso no rosto. Era uma daquelas pessoas que todos gostam de ter por perto.“É injusto o que estão fazendo com J.M. (coçando o tempo todo as mãos). Ele é uma pessoa muito sábia e boa para a comunidade.”Odete, em depoimento à Ana.A morte de Ana: Ana chegou em casa um dia e viu que seu irmão (João, que morava com ela), havia saído para uma festa em que receberia um prêmio. Ela não estava animada para ir, mas precisava muito contar a João a sua descoberta. Estava tensa, parecia angustiada, suas mãos tremiam e já tinha vomitado três vezes.Ana colocou um vestido vermelho e chegou à festa. João já estava no palco para receber o prêmio. Ela teria que esperar terminar para falar com ele. Cumprimentou sua mãe e seu padrasto e avistou J.M. de longe, que ainda estava sob investigação, mas não havia sido preso.Naquele momento, Ana correu ao banheiro. Encontrou no caminho com Carlos e, no banheiro, com Odete, que a cumprimentou, sorridente (como sempre).De lá, Ana nunca mais saiu (viva). Duas semanas após sua morte, foram confirmados os crimes de pedofilia de J.M./ 
O que você deve investigar:
/ Que pistas da neurociência você encontra nas falas, nos comportamentos e nos relatos dos personagens J.M., Carlos, Ana e Odete?
/ Qual teria sido a grande descoberta de Ana? E como isso se relaciona a sua morte?
/ Qual estratégia da neurociência J.M. utilizou para enganar pais, alunos e pares e esconder por tanto tempo sua verdadeira personalidade?
/ Na sua opinião, quem matou Ana?
/ Relação com o tema da disciplina: Conhecer a mente humana ajuda a entender melhor o mundo, a nos conhecer melhor e a conhecer os outros. Assim como qualquer conhecimento, a neurociência pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Que todos nós a utilizemos para o bem e com responsabilidade.
/ Objetivo: Você é um investigador criminal que precisa desvendar um crime com base em seu conhecimento de neurociências. O objetivo final é descobrir quem matou Ana.
Conexão Teórica_________ Conexão Teórica 03_ "Treino em reconhecimento de emoções", de Lívia de Castro Rocha ... [et al.].(clique AQUI para acessar o livro / indicação de leitura da prof. Cintia: páginas 32 a 69).O livro traz exercícios práticos de intervenções realizadas com crianças e adolescentes de 9 aos 17 anos sobre as emoções primárias. Uma oportunidade para você praticar e aprender mais sobre as emoções.
Conexão Teórica_________ Conexão Teórica 04_ "PNL – Guia essencial", de Susan Sanders; Tom Dotz.(clique AQUI para acessar o livro / indicação de leitura da prof. Cintia: p. 181 a 207).O capítulo 6 do livro traz exemplos de comunicação não verbal e como conhecê-la pode ajudar nas relações interpessoais.
/ Pensamentos geram comportamentos, que geram emoções, que geram hábitos. De forma prática, pense em um hábito que precisa mudar. Qual pensamento você precisa ter para conseguir mudar esse hábito?
/ Neurociência é um campo que se estende às relações interpessoais e a forma como nos comunicamos e como entendemos o outro, suas emoções e nossas emoções podem melhorar as relações. Quais ajustes você precisa fazer para tornar sua comunicação não verbal mais clara e eficiente em suas relações?Frases do professor referência: Confira a seguir duas frases do/da professor(a) referência de suma importância para a compreensão da disciplina que a sua professora PUCPR selecionou para você:
/ “O ambiente externo impacta diretamente na memória, no aprendizado e na forma como enxergamos o mundo.”
/ “Precisamos aceitar a emoção, parar de “bater de frente” com ela e entender que é uma realidade temporária. Então devemos ressignificá-la, refletindo sobre o que é preciso fazer.
”Três conceitos-chave: Quais seriam os três conceitos-chave, que foram abordados ao longo das aulas, e que sintetizariam o tema da disciplina? Confira a seguir:
/ Neuroplasticidade é a capacidade que o sistema nervoso possui de permitir alterações e adaptações, moldando o cérebro conforme o que vivemos.
/ Inteligência emocional é buscar conhecimento, entender como funciona a nossa mente e nossas emoções, sabendo canalizá-las.
/ Inteligência relacional é a habilidade de nos conectarmos uns aos outros e de estabelecermos confiança.
Material Complementar: Caso você queira complementar seus estudos e se aprofundar ainda mais no tema da disciplina, sua professora PUCPR indicou para você materiais valiosos. Veja:
/ Livros:The how of happiness (Barbara Fredrickson)
O cérebro e a felicidade (Rick Hanson)
O cérebro de Buda (Rick Hanson)
Inteligência relacional (Ana Artigas)
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felipeamaral530 · 3 years
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PROJETO LIVRO
MISSÃO: Escreva algo que você iria gostar de ler. Faça rir, faça valer a pena.
CAPITULO 1 - GARBI
Gárbi estava sentado na base de uma grande árvore no topo da colina, sentindo o vento frio de outono no rosto, que insistia em jogar seus cabelos nos olhos. Gostava daqueles dias, em que o céu era sempre limpo. Parece que o grande pintor que costumava pincelar o céu havia perdido seus pinceis. Seu irmão havia lhe dito isso em um dia como aquele, quando costumavam sair para caçar juntos.
No horizonte a grande muralha da cidade parecia pequena, subitamente brotando em meio as arvores. Hoje foi um dia de sorte. pensou enquanto olhava uma bela maçã rajada de vermelho e laranja. Mais cedo enquanto atravessava a feira da cidade, dois garotos pelo jeito mais famintos que ele tentaram roubar algumas frutas. Na confusão uma caixa de maças se estatelou no chão fazendo frutas voarem para todos os lados, e uma delas rolou e parou ao lado do seu pé.
_ Bem, hora de recomeçar.
Guarda a maçã para depois. Se levanta, amarra sua pequena trouxa nas costas com um certo esforço, pois os farrapos que vestia eram tão finos que mal davam para espantar o frio, deixando seu corpo todo rígido.
Pega seu arco, e desce por uma pequena trilha. Algum dia ela já fora uma movimentada estrada por onde passava uma rota de comercio. Escutou um velho se vangloriando uma vez, "No meu tempo essas estradas fervilhavam de gente indo e vindo, e não tinha um sequer que não soubesse do quão famosos eram os tecidos de Fiorir". Logo em seguida se espatifou no chão, um pouco pela bebedeira, e o outro pouco pelo pontapé dado pelo dono da venda de verduras, que parecia não querer ouvir historia alguma de quem parecia não ter moedas para comprar as mercadorias.
Agora a velha estrada havia quase sumido engolida pelas arvores. Olha para cima, os galhos se entrelaçavam formando um grande túnel. Caminhava com cuidado pelo espesso tapete de folhas amareladas que cobriam o chão, pois pisar de qualquer jeito espantaria qualquer possibilidade de caça.
Um pequeno vulto passa saltitando perto de um grande arbusto. Garbi pega o arco e posiciona a flecha e caminha lentamente. Que sorte a minha, parece bem grande - pensou. E mal havia começado a explorar e já encontrara algo. Ao se aproximar pode ver melhor, uma lebre marrom com grandes orelhas caídas. Inspira e puxa a flecha tencionando a corda ate a bochecha. Mira, solta o ar devagar para a respiração não influenciar na pontaria. Acompanha os pequenos saltos dela, e como que por acaso deixa as penas da flecha deslizar pelos dedos. O disparo foi como um susto. Acertei, mal posso esperar para sentir o seu cheirinho enquanto assa! Pensa, dando um pequeno sorriso, como que parabenizasse a si mesmo.
Prende seu arco as costas e caminha até ela. A lebre esta caída entre as folhas. Se agacha e a pega, a pelagem era bem macia.
_Sinto muito por isso, se soubesse a fome que eu estou, acho que daria um descontinho. - Agarrou a haste e puxou acabando com a agonia do pobre animal. O sangue respingou em seu rosto e escorreu em suas mãos deixando-as pegajosas.
Garbi se preparava para pegar a faca e limpar a lebre... Onde foi que eu deixei... "Crec", foi interrompido por um estralo vindo atrás de si, seguido por um rosnado grave. Naquela hora seu coração deu um salto no peito, vira se lentamente... Olhos brilhantes encararam os seus. Porcaria, uma matilha... O líder estava a frente com as presas arreganhadas, ele mal conseguia se mexer, paralisado pelo medo. No fundo de sua mente ressoavam as palavras do pai: Você é um inútil! Porque não pode ser como seu irmão!? Pare de sonhar acordado e pegue esse rastelo! O lobo cinzento se aproxima...
Como que acordado de um pesadelo, se deu conta de que era tudo ou nada. Preciso fugir... Recua dando um passo para trás sentindo as penas tremerem. A fera salta e por sorte no mesmo instante Garbi tropeça e cai se desviando dos dentes do animal. A lebre! Joga a contra os lobos, que se distraíram atraídos pelo sangue . Garbi se levanta dando um salto para longe, e dispara tentando correr o mais depressa que consegue. Atrás de si consegue ouvir os lobos brigando para ver quem ficará com o prêmio. E agora!? Para onde vou? Eles logo virão atrás de mim... Ofegante sai de súbito em uma clareira.
Avista na outra margem uma árvore grande, sem pensar duas vezes corre em sua direção. Meio tropeçando da um salto e agarra um galho, seus pés deslizam na casca grossa da arvore, algo arranha sua perna. Já estão aqui! - Pensa desesperado. Com muito esforço suspende seu corpo para cima escalando até se sentir seguro. Abaixo os lobos o encaram silenciosos como se quisessem dizer: Você deu sorte desta vez Garbi. Ele encara os lobos serio. Abre a boca e mostra a língua.
_Ganhei seus feiosos! Fui mais esperto! Sente uma vontade inexplicável de rir. Perdi a lebre mas ainda tenho minha maçã. "ROONC", a barriga ronca respondendo a lembrança. Aí está você! - Sorrindo e com a boca cheia d'água, deu uma enorme mordida na fruta. Naquele momento pareceu ser a maçã mais gostosa que já comera.
Já começava a entardecer, e a floresta parecia ter se tornado um pouco sombria, com suas enormes arvores, fazendo sombras ainda maiores. Aves levantaram voo grasnando acima das arvores. Os lobos correm assustados, então algo surge rasgando o céu, iluminando por um instante a floresta até então quase totalmente escura.
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Garbe se sente tonto. A dor veio subitamente junto a um sussurro em sua mente, "Me ajude". Apenas deu tempo de levar a mão ao rosto antes de tudo escurecer. Quando acorda percebe que já havia escurecido a horas, levantou confuso. Uma grande lua se projetava no céu entre as arvores. Tentou achar o sentido da estrada mas via apenas as siluetas dos troncos negros. Atrás de si veio um longo uivo que arrepiou seu corpo inteiro. Se virando em um salto, deparou com um imenso lobo negro em meio a escuridão. Andou para trás sentindo o coração disparar, pisou em falso e caiu. Viu a figura negra se fundindo a escuridão, sumindo como se fosse folhas sopradas pelo vento.
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A grande muralha se projetava a sua frente com a luz das tochas dos guardas passeando no topo em sua ronda.
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O velho deitado na cama de palha era calvo, com apenas alguns fiapos de cabelo no topo da cabeça. Sua pele era muito manchada devido a uma vida inteira trabalhando exposto ao sol. Seu corpo estava tomado por uma magreza incomum, e seus músculos pareciam secar e murchar cada dia mais.
_Preciso lhe contar algo... - O velho é interrompido por um acesso de tosse. _Guardei isso... Durante anos eu tive de levar comigo esse segredo... - Com as mãos tremulas entrega um objeto estranho para Garbi. _Não tenho muito tempo para explicar... -Tosse novamente, desta vez cuspindo um pouco de sangue. _Você viu o sinal no céu, e a profecia dizia que viriam tempos terríveis, mas o protetor desta chave encontraria um meio de deter o mal e salvar a todos.
_Não posso vô. Não sou capaz de realizar tal tarefa. - Garbi sussurra sentindo os olhos lacrimejarem. _Por favor não me deixe sozinho em meio a tudo isso...
O velho apenas fica olhando com um olhar cinzento, suspira profundamente. Abre a boca como se quisesse dizer algo, então para. Algo em seu semblante fez Garbe ter certeza de que ele havia partido.
#
Garbi viu algo caindo do céu, pode sentir a floresta estremecer com o impacto. Ao longe podia se ver um brilho amarelo forte em meio as arvores. Curioso correu para ver do que se tratava aquilo.
Quando chegou perto viu que todas as arvores a sua volta haviam se tornado secas, e uma imensa cratera tinha se formado onde ainda brilhava o objeto incandescente. Desceu escorregando pela terra remexida, por algum motivo não se sentiu intimidado a ver de que se tratava.
Por mais brilhante que aquela pedra amarela pudesse ser, não havia calor ali. Se abaixou para olhar de perto, como que atraído por seu brilho levou a mão e tocou... Tudo a sua volta girou. Algo ecoou em sua cabeça. Como saber se tudo não passa de um sonho? Como saber se é real ou não? Mas e se nunca acordarmos...
Garbi sentiu como se pudesse ver tudo, seu corpo estava caído, no chão segurando a pedra. Mas ele não estava lá, parecia flutuar acima da floresta. O céu não era mais o que costumava ver todas as noites, grandes astros se moviam lentamente, como luas enormes e vermelhas mas não eram luas, anéis giravam a sua volta. O tempo parecia correr e estrelas nasciam e morriam, com o passar das eras. Outras esferas surgiam no horizonte, se movendo e aos poucos pareciam se alinhar. Então algo o assustou, uma estrela surgiu no centro de tudo brilhando e crescendo, mas estava enganado, ela se movia muito rápido em sua direção e era enorme, maior que tudo que já havia visto em sua vida. Sentiu frio e um medo cresceu dentro de si, parecia ser o fim de tudo. A estrela engolia o céu todo em fogo, tudo ficou claro demais para se ver... Então acordou.
_ Ei garoto!? Você esta bem?_ Um homem estava abaixado ao seu lado, segurando um grande machado. _ O que esta fazendo aqui sozinho, tão longe da cidade no meio da noite?!_ Pegou na mão de Garbi e o pós em pé como se ele não pesasse nada. Ainda se sentia atordoado. Olhou para a outra mão ainda sentindo o frio da pedra. O estranho ficou olhando para ele confuso ao ver o brilho amarelo se apagando.
_Me chamam de Brock, e você como o chamam?
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No caminho de volta, Garbi esta se perguntando o que era aquilo que acabara de encontrar. Escuta o barulho de cascos que se aproximam, um cavalo negro a toda velocidade surge virando a curva da estrada com os cascos derrapando devido a velocidade. Em cima o cavaleiro também veste negro.
Garbi da um salto para o lado, faltando pouco para ser atropelado pelo cavaleiro desenfreado. Olha para traz ofendido pela falta de senso do outro por nem ao menos tentar desviar. O cavaleiro segue meio torto, parece balançar... Pende para a esquerda lentamente entre os galopes do cavalo e vai para o chão. Caiu virando varias cambalhotas, depois disso não se move mais. O cavalo como que sentindo a falta do dono vai diminuindo, e passa a andar parando para comer um arbusto a beira da trilha.
_Ei você aí!? Podia ter me matado sabia! Não sei para que tanta pressa... Caminha na direção do estranho meio enrolado na própria capa. Não sabia porque mas talvez devesse ajudar. Bem, de qualquer forma não acho que ele queria me matar de verdade.
_Você esta bem, estranho? - O estranho parecia não reagir, então Garbi se agacha pega no ombro e vira para ver o rosto. Para sua surpresa do capuz pende uma mecha de cabelo, então percebeu que não se tratava de um cavaleiro e sim de uma garota. Tinha a pele clara contrastando com seu cabelo liso negro. Ela abre os olhos e... São os olhos castanhos claros mais lindos que ja vi.
_Eu me chamo Garbi, é um prazer conhece la. - Deu um sorriso discreto, meio sem jeito.
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Sentado a beira da fogueira, se mantinham aquecidos. Ela como que escolhendo as notas por acaso dedilhava uma suave melodia em sua harpa.
_Lá no céu aparece a brilhar, essa estrela de esperança.
Em meio a tudo meu destino apontar...
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Pendurado a algum tempo, não aguentava mais segurar. Suas mãos escorregavam do galho. Muito mais a baixo de si o rio corria agitado.
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_Como assim ela se foi?
_Isso mesmo ela levantou mais cedo, disse adeus e partiu.
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Naquela noite Garbi dormiu tranquilo. Sonhou um sonho estranho mas foi o melhor sonho que já tivera. Eu estava correndo por uma estrada... Meus pés ficaram leves, cada passo ficando mais comprido que o outro. E quando me dei conta meus pés não tocavam mais o chão. Então percebi que nem precisava correr eu estava voando. Voando acima de toda a cidade, e era lindo ver o sol nascendo no horizontes. Os passaros voavam ao meu lado saindo da floresta.
CAPITULO 2 - VALÉRIE
Podia sentir o frio através da capa, as costas bem rente a parede do edifício, sua mão esquerda roçando a pedra áspera da parede, o objeto dourado se encontrava bem preso em sua outra mão. Precisava controlar a respiração ofegante... O som de metais tinindo denunciava a chegada deles. Ainda estão atrás de mim!
Uma fileira de guardas foi passando pela ruela logo abaixo, apressados em marcha acelerada. Merda uma olhada para cima e estarei perdida! A luz das tochas que empunhavam refletia no brilho das armaduras.
_Rápido! Vamos! Ela deve ter vindo por aqui! - Valerie não tinha mais forças para fugir, nem sabe como conseguiu escalar até ali mesmo se sentindo tão exausta. Se esconder era a única opção. Seu coração gelou ao perder o equilíbrio, mas no ultimo momento conseguiu firmar o pé na estreita viga que sustentava o segundo andar do edificio, voltando a bater as costas com força contra a parede.
Não sabia dizer o que dera errado. Como consegui fazer aquilo? Tudo pareceu congelar...
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Levou as mãos a frente dos olhos, perdendo o equilíbrio subitamente cegada pelo imenso risco de fogo atravessando o céu da cidade.
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Estava de tocaia esperando o novo cliente aparecer. Apesar de uma grande lua cheia amarela iluminar a noite, o beco onde estava, era escuro o suficiente para não ser notada.
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Sentia a ansiedade tomando conta de si. O ritmo cardíaco acelerado, a respiração descontrolada. Essa será a ultima vez que faço isso! Sempre dizia a si mesma mas nunca conseguia cumprir. Valerie fecha os olhos esfregando os dedos na mão. Era uma mania que tinha, toda vez que se sentia assim. Respirou fundo, mais uma vez, e outra. Tudo bem, vai dar certo! Só preciso ser rápida!
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Seus olhos estavam turvos, cheios de lagrimas que insistiam em não rolar, seguradas pela raiva. A vontade era de gritar, mas não podia naquele momento, obrigando ela sentir o nó que se formara na garganta. Essa é a ultima vez que vou ver ele. Fechou a mão em um punho com toda sua força. Juro que vou me vingar! Juro por você e pela mamãe, que vou me vingar de cada um deles!
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Valerie esta em um roubo junto com seu pai. Algo da errado e ambos estão correndo tentando fugir, ao ficarem encurralados ele se deixa ser pego para que ela possa fugir.
Ela corre até os estábulos. Esta procurando INVERNO. Salta para cima do seu cavalo negro e sai galopando a toda velocidade, na esperança de consegui resgatar o pai.
Era tarde demais os guardas estavam a sua espera, vendo que não podia fazer mais nada ela tenta fugir.
Ferida ela consegue passar pelos portões da cidade em direção a floresta.
Então desmaia.
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Sua mãe a esperava sentada na poltrona de veludo, com o olhar atento e severo acompanhando cada movimento de Valéri. Ela estava descabelada e voltava para casa, depois de um dia todo de liberdade.
_Não posso acreditar Valéri, que depois de tudo você ainda se comporte desta maneira.- Apesar de não se importar, as criticas constantes e aquele olhar tinham o poder de minar qualquer entusiasmo.
_O que posso fazer mãe eu sou assim, não suporto mais passar o dia presa naquela loja com papai...
_Claro que não!- Interrompeu a mulher impaciente. _ Em vez disso prefere estar por aí, trepada naquele cavalo imundo! Quando vai aprender a se comportar como uma dama e...
_Para que mamãe?!- Desta vez Valéri não teve paciência para ouvir até o final. _Para ficar esperando até que papai arranje um casamento?! Sara pode ser assim toda certinha, desculpe mas eu não sou assim!
Subiu as escadas correndo, sem dar tempo para mais criticas. No caminho encontrou Lida.
_Por favor Lida, prepare a água para mim. e encha a banheira. Estou precisando de um banho.
_Claro senhorita Valeri, pode deixar.- A mulher morena era quase da família, trabalhava para seus pais muito antes de Valeri nascer. Saiu prontamente para executar a tarefa.
Valeri suspirou. Só assim para mim ter um pouco de sossego!
CAPITULO 3 - BROCK
Brock voltava para casa depois de um dia cheio. Exausto devido ao intenso trabalho braçal. Seus músculos estavam doloridos e suas mãos calejadas pelo cabo do machado. Ele passou pelo portão portão da velha cerca rodeava sua casa e seu armazém. Soltou a alça que prendia o saco de lenha nas costas, e essa caiu com um baque surdo no chaõ.
Caminhou até a porta de sua casa, estendendo a mão para o trinco... A porta se abre e diante de si esta sua esposa, com seus longos cabelos castanhos amarrados em um coque frouxo. Ambos se olham com olhares que buscavam algo que já estava perdido. Brock não sabia dizer em que momento aviam se tornado tão distantes.
Atrás dela surge um garotinho... Por um momento o coração de brock se iluminou, se agachou para ficar da altura do menino.
_Ei seu sapeca, venha cá da um abraço em seu velho pai. Seus braços passaram em volta do menino de forma protetora. _Vou sentir saudades. Bagunçou o cabelo do garoto.
_Gisele... Por favor fique...
_Talvez não tenha sido nós e sim o resto... Essa não é a vida que eu sonhava levar, mas você pode visitar Pitte quando quiser na casa dos meus pais... Minha charete chegou. Sinto muito mas temos que ir.
Ela pegou as ma
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Não Sabia onde tinha errado, e o mais frustrante era pensar em quanto tinha tentado. Brock chegou ate a base do velho tronco cortado. Pegou seu machado e começou a partir as toras. Suas mãos vibravam com o impacto, e novos calos se formavam. Elas doíam terrivelmente, mas perto da angustia que sentia era quase nada.
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Brock ainda usava o anel que representava tudo que um dia amara. Agora era apenas um símbolo de lembranças, tão boas e ao mesmo tempo dolorosas. A culpa impregnava seus pensamentos, sempre que olhava para aquele objeto dourado meio fosco, que um dia fora brilhante com o sol. - Maldição preciso beber alguma coisa. Brock abre a porta da taverna sem muito esforço, o lugar cheira a carne e fumaça. Os músicos retomam a melodia animada, alguns fregueses desviam o olhar, outros o olham de cara feia. _"Esse ai é um assassino" sussurram.
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Brock sai da estalagem caindo de costas, estilhaçando a caneca de cerveja no chão.
_ E não apareça mais aqui seu bêbado encrenqueiro. Falou o cozinheiro diante da porta. Um homem grande como um barril.
Se levanta limpando o sangue da boca com as costas da mão.
_ Quero ver quem vai me impedir
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Seus olhos já tinham se acostumado com o escuro, e o cheiro de urina que aquelas celas tinham. Na cadeia onde se encontrava dava para ver apenas vultos, de vez em quando via se o brilho da tocha de algum guarda, refletindo nas barras de ferro que o trancava.
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Algo úmido passa em seu rosto, mais uma vez, e outra. Desperta ao sentir a bochecha molhada. Humm o que aconteceu? Onde estou? Baforadas de ar quente sopram seus ouvidos... Abre os olhos meio cego pela claridade, e percebe que esta deitado no chão.
_Então é você o motivo de eu estar sendo acordado com tanta insistência... - Diante do seu rosto esta seu fiel cão com suas grandes orelhas caídas. Ele dá uma grande lambida em todo rosto, fazendo Brock rir. _Chega. Chega. Você venceu danado, já vou me levantar.
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A garota seguia logo atrás de Brock, encolhida toda envolta em peles. Ele movia a passos lentos, abrindo caminho por entre a neve. O rapaz desacordado embrulhado no trenó. No que eu fui me meter... Brock pensou. Tudo aquilo parecia ser suicídio, mas ele precisava daquelas moedas. Mas agora não tem por que voltar atrás.
O vento ali era cortante fazendo amortecer todas as extremidades do corpo. Ali em meio as montanhas era tudo ou nada. Ali mais do que nunca aqueles que queriam se manter vivos tinham de se agarrar a vida com toda vontade.
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Os dois rapaze estavam no beco. Um segurando os braços da moça enquanto o outro ria tentando rasgar a parte da frente do seu vestido.
_Esta gostando disso sua puta?! Eu vi como ficou com medo quando nos viu... Agora ninguém poderá atrapalhar... - A garota gritava e esperneava, mas seus pedidos de socorro eram abafados pelo barulho da cidade.
Brock não teria notado se não fosse pelo cãozinho que desatou a latir sem parar e correu até naquela direção. Aonde ele esta indo?...
O cãozinho pulou e mordeu o calcanhar do que lutava com o vestido, fazendo o soltar um berro.
_AH vira lata sarnento!!- Falou o magricela com os dentes cerrados, virou se e deu um chute com tanta força que jogou o cãozinho longe.
Brock sente o corpo todo esquentar. Sem pensar duas vezes corre até os dois alcança o primeiro dando um murro no meio da pança. O magricela arranca um punhal da cinta. A moça dispara a correr soluçando para longe da confusão.
_São tipos como vocês dois que me fazem ter nojo desse maldito lugar!
_Pode deixar comigo Flin, eu vou fura-lo como um porco!- Disparou rápido, correndo na direção de Brock. Ele era rápido desferindo vários golpes buscando acertar a garganta. Brock se esquivou mas mesmo assim um pequeno arranhão começou a sangrar em sua bochecha. Ao fundo o gorducho se levantava pronto para contratacar.
Brock girou nos calcanhares agarrou o grandalhão pelos ombros dando uma joelhada no meio das pernas fazendo o miserável berrar. Enquanto ele se dobrava com as mão no meio das perna, viu o magrelo vindo pra cima dele de novo. Brock deu um salto para o lado desviando, agarrou o pela nuca segurando firme nos cabelos sujos, pressionado a cara contra os tijolos da parede cheia de musgo.
_Então você disse que ia fazer o que!?- Brock falou cerrando as mandíbulas. Começou a socar bem nas costelas uma, duas, três... Já não estava contando, cada soco o fazia ter mais raiva. Socou seguido cada vez com mais força até escutar as costelas estralando ao quebrar.
_Por favor não!!!- Choramingou o cuspindo sangue e deixando a faca cair. _Eu emploroo!!!.
_Isso é pela garota!- Segurou a cara do magrelo com força contra a parede e arrastou indo até o gorducho. _E isso e pelo Tobi!- Deu um murro no meio cara, soltando ele no chão.
O gorducho ainda estava meio encolhi, Bock deu um chute fazendo o joelho virar ao contrario, fazendo ele cair berrando.
_Cala esse maldita boca seu pulguento!! Brock tomou impuso e desferiu outro chute desta vez bem no meio da boca fazendo os lábios racharem junto com os dentes quebrados.
Tobi veio até ele mancando mas mesmo assim, sem perder a alegria abanando o rabo sem parar.
_Vem aqui seu danado, podiam ter te matado sabia!?-Na extremidade oposta do beco três guardas apareceram. Brock pegou Tobi no colo e começou a correr na direção oposta indo para a rua principal esbarrando na multidão.
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O dia havia começado ótimo. Desde que sua mulher saiu de casa passou a ter péssimos hábitos. Mal abria os olhos, com a cabeça ainda zonza da noite anterior, e a primeira coisa que notava era aquele vazio tomando conta de tudo. Por vários dias acordava e saia a procura de qualquer coisa que o fizesse esquecer de tudo, pois já estava cansado de tudo, casado de como a vida era.
Mas o dia de hoje estava sendo diferente, passou pela garrafa de bebida que de uma simples distração havia se tornado uma necessidade diária. Afiou o machado e seguiu para a floresta, e ali sentindo o cansaço do esforço de cada golpe sentiu orgulho de si mesmo, pois pela primeira vez em dias não havia escolhido a opção mais fácil. E isso era ótimo, era o que um homem devia sempre fazer.
CAPITULO 4 - GARBI
Garbi mal sentia as pernas, após a longa caminhada. Estava prestes a achar que nunca chegariam...
_Ei olhem lá! Aquele telhado de telhas laranjas, é como o do templo que vi em meus sonhos.
#
Ao entrar no templo, sentiu algo familiar. Os monges meditavam, e um sentimento de paz e quietude reinava sobre o lugar.
Caminhou em frente, com Brock e Valeri seguindo logo atrás. Todos estavam muito quietos naquele dia. Chegando ao centro estava um velho sentado.
_O que buscam aqui, tão longe de casa? Antes que me perguntem, não posso oferecer nada do que já tenha em seus corações. _ O velho se levantou lentamente e se virou para eles, seus olhos embaçados e fixos no horizonte.
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_ Para se alcançar a paz interior é preciso saber se desligar do mundo exterior. Com os olhos fechados, a respiração deve ditar o ritmo para a mente, enquanto notamos nossos sentidos. _ O velho monge falava calmamente observando cada movimento deles.
#
_ Esses sete princípios devem reger os seus espíritos. Primeiro: Nunca tome uma escolha por ser mais FÁCIL. Segundo: Esteja presentes no AGORA. Terceiro: Em todas as dificuldades busque em si mesmo a SOLUÇÃO e nunca faça dos outro a sua volta um problema. Quarto: Sejam mais que suas emoções, RESPIREM e tomem a ação correta. Quinto: Saibam quando é preciso PARAR para se recuperarem e recomeçar. Sexto: Façam o dia ser BOM, independente das circunstâncias. Sétimo: Seja GRATO, por tudo que se tem, e por quem você é.
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Por mais seguro que acreditasse estar, ainda havia uma dúvida se realmente estariam a salvos ali. Deitado na cama abraçado junto a ela, esses pensamentos lhe tiraram o sono. Vindo de fora ouviu passos adentrando a casa. Ele já sabia o que era e o que queria. A porta do quarto se abriu lentamente revelando a figura de uma mulher pálida, seus cabelos e olhos negros brilhando mesmo na escuridão. Em um surto de medo recorreu a fé, pensando que os amuletos os protegeriam...
_Pai nosso que... Estais nós céus, santificado seja o vosso nome...
Um sorrisos perverso se formou nos lábios dela. E completou:
_Venha ao teu Reino e seja feita a tua vontade!
Ele olhou para o lado é sua esposa parecia não perceber nada, dormindo profundamente.
A mulher estranha já estava perto, muito perto. Antes que ele padece gritar ela já estava com as presas em seu pescoço, sufocando o com a agonia...
Então acordou gritando.
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A velha retornou à casa. Por mais que quisesse a todo custo fugir dali a saída parecia sempre estar em outro lugar.
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O gato saiu correndo com os pelos eriçados. Sussurros encheram a penumbra do lugar, atrás a cortina se agitou colando à parede deixando a mostra a silhueta de algo que momentos atrás não estava lá. Sentiu o coração martelar no peito. A porta se fecha com um estrondo, tomando lugar ao grito que ficou preso na garganta.
#
De tempos em tempos ela descia, da grande arvore da vida. Não eescolhia ninguem, todos a culpavam mas mal sabiam que segos escolhiam se próprio caminho que na verdade já era traçado a morte. Apenas o que tornou tudo cruel, foi quando aos seus olhos se permitiu ver. A quele ciclo nunca tinha fim. As pessoas estavam presas aos seus destinos mas porque escolhiam e ele era a morte. O ciclo se repetia.
Ela que não escolhia, subia a grande arvore. E no dia seguinte descia sem escolher ninguem. E descobria que para sua surpresa haviam outros tantos ou os mesmos já nunca sabia se aquilo era a primeira vez. Mas os que mais a evitavam eram os que haviam subido na grande arvore ao seu encontro. Quanto mais queriam fugir mal sabiam que ela nunca esta em baixo nas raises por que sempre descia e subia.
Tamanho foi o seu sofrimento quando lhe foi permitido vela em seu plano calma e imparcial. Porem não era isso que fazia doer, era a visão daqueles cegos que iam ao seu encontro querendo fugir tudo lhes eram tirado, e a suposta vida que ela levava era aquelas pessoas cegas que na anscia por por fugir dela estavam correndo ao seu encotro. Quando chegavam ate ela rasgavam suas peles e pra tirar do proprio interior aquilo que era precioso e brilhate, suas vida e davam a ela nesse momento conseguiam ver também mas aí já não podiam fazer nada, tudo se repetia apenas caiam as cascas vazias. Ela volta a subir porem não sentia nada nem se cansava, era aquilo que sempre fizera.
Ele viu a arvore e suas raizes enrolavam fixas no mundo todo formando inumeros caminhos, essa era a arvore da vida. E aquela que descia do seu topo a morte.
Aquela visão da cegueira das pessoas lhe troce dor, por que buscavam com tanta ansia encontra la se tudo o que queriam era viver.
Então acordou e as lagrimas lhe vieram aos olhos porque não sabia como lhe fora permitido ver aquilo que ninguém mais via. Apenas não compreenderá o porque.
A visão era um dom e um fardo pois a ele mesmo podia entender, mas lhe permitia ver o sofrimento dos outros e isso doia.
#
Sonhei com você.
Acordei e estava longe.
Não porque queria, mais estava.
E isso doía.
Mas ninguém via.
Tamanha saudade.
Enquanto você ia.
Caminhando na multidão.
Todos alegres sem ver o que se passava no coração.
#
Sabe aqueles dias? Aqueles dias onde você acorda sem motivo algum para levantar. A vida parece ter te dado um empurrão e tudo deu errado. É quase impossível não se sentir mal. O que fazer nesses dias? Onde o sol parece não ter brilho, e tudo é cinzento. Como conversar sobre algo sem falar? Como fazer certo sem errar? Como estar bem com quem não deseja estar bem?
#
Na dia a dia da vida, parece que estou sempre atrasado.
Sempre correndo, sem tempo para nada.
Aí vem o
# G
Ao chegar na entrada, de longe viu o clarão que se estendia na area onde havia de ser seu lar. O campo estava negro já queimado e seu avô estava de joelhos na frente da velha casa com um olhar distante.
_O que será de nós agora? Falou sem ao menos levantar a cabeça.
Garbi sempre fora descrente nunca se emportou em ser devoto a Igreja. Mas o avô era diferente, sua vida inteira passara tentando viver como deveria ser o certo. Se Deus existe e tem controle sobre tudo... Por que permite tanto sofrimento?! Por que permite que coisas ruins assim aconteçam a pessoas boas?
_ Foram os soldados Garbi, queriam os impostos...
#F
Não sei porque tamnha culpa me invade. Acordei bem mas algo aconteceu. Me sinto sufocado com a propia vida. Estou o tempo todo buscando uma saida, e nada do que eu faço muda qualquer coisa. Tentei conversar com minha esposa mas ela simplesmente não s3 importa. Onde esta a alegria? Onde esta a minha vontade de viver? Esse tempo todo eu imaginei que iria aparecer uma saida lá na frente, eu seria uma pessoa melhor, fazendo algo importante, podendo resolver... Mas o ptoblema sou eu e nada do que eu faça vai mudar issoo. Não importa se eu for o homem mais rico, mais inteligente e bem sucedido do mundo. Eu vou continuar sendo sempre esse saco de problemas. Até onde você vai chegar assim? Isso me desaponta comigo mesmo. Queria ser outra pessoa mas não da, queria simplesmente não existir mas não é tão fácil assim. Tem um monte de coisas que eu tenho de resolver, e eu estou sem força. Sem motivação alguma... Bem mas oque vai adiantar se sentir assim? Levanta a cabeça, e escolha ser forte.
#F
Eu simplesmente não consigo parar de sentir. Esses sentimentos todos estão me sufocando. Preciso de paz. Preciso de paz. Preciso de paz. Preciso de paz.
#F
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Amor X Arena (2013) - Capítulo 08
This post is an version of “Amor X Arena”, my fanfiction released in 2013. For the english version, coming soon.
                                           Capítulo 8
Ainda estou em estado de choque. Como se nada fizesse sentido. O que está acontecendo comigo?
O rosto pálido daquele homem velho e enrugado aos poucos vai sumindo da minha mente, conforme o carro de Gale vai chegando aos muros da escola. Mesmo assim, a sua silhueta continua grudada na minha cabeça, com seu nome na aerotela piscando ao seu lado, como se me alertasse de algum perigo eminente.
Eu estava sendo avisada. Eu podia sentir isso. Como se o aviso fosse um presságio.
Estava me lembrando. Outra memória.
Políticos corruptos não era novidade para mim. Não era novidade para ninguém neste mundo, havia uma baciada de homens e mulheres bem vestidos com seus ternos brancos ou cinzentos, cabelos em coque alto e barbas bem feitas, e olhos penetrantes. Eu os mesma os via por aí... pessoas comuns como eu, com famílias e amigos, felizes até a Dívida nos afetar de maneira global. Muitos perderam suas casas. A maioria acabou como eu, vivendo de sobras e lutando por sobrevivência, até a manhã seguinte. Alguns mais corajosos dente nós, não aceitaram a cobrança desumana da Dívida, e fizeram protestos e rebeliões contra os partidos que quiseram nos por nas linhas. Eles acabaram se tornando Renegados com as rebeliões. 
Marbleize disse que isso tudo aconteceu por início, muito antes de eu nascer. Até então, até que alguns Renegados mais velhos tiveram uma ajuda secreta interna da parte do Governo que também sofria com a Dívida. Sim. Não eram todos os poderosos que estavam se beneficiando com aquilo. Apenas um pequeno grupo político em especial, que comandava por trás dos panos. Tudo precisava ser perfeito aos seus olhos. Eleições, promessas de melhoria e redução de custos para a população, casa, alimento e segurança era o que os dois Partidos de onde vivíamos, prometiam por meios de suas lábias mentirosas.
Era como se os outros continentes do Planeta não existissem mais, apenas o nosso "novo e melhorado" país.
Estranhamente, os aeroportos do país estavam sendo fechados, todas as viagens para outros países e continentes, este ano esta sendo proibido. Eu não entendia. Com o passar dos anos, os Renegados deixaram de existir. Ou melhor, os covardes se esconderam quando não podiam mais contar com a Força exterior das influências dos outros países do nosso planeta.
O que estava acontecendo com a América do Norte?
Todos acreditavam na vitória de Snow nas Eleições deste ano. Ele e aquela mulher concorriam a mais de um mês nas Eleições. Havia boatos que Snow era um antigo Renegado, mas nenhuma prova vou apresentada contra ele nas acusações. Ele apenas sorria, e prometia melhorias, como um bom político. A mulher agora perdera. Ele concorria à reeleição após uma indicação de nosso Ex-Presidente, Barack Obama. Os dois tremiam diante da tela, mas com a postura de educados, apertando as mãos do novo Presidente dos Estados Unidos e o colocando agora de bom grado. Os partidos do Capital e Distrito Evolucionista estavam acirrados.
Não sabíamos no que Snow iria fazer agora. Mal o conhecíamos. Apareceu na política do nada, o que fortificavam as suspeitas de que ele era um Renegado disfarçado. Mas agora estava feito, o poder estava nas mãos dele por longos anos. O que mais me preocupava, era as promessas estranhas dele que recapitulavam as duas semanas atrás antes das Eleições finais:
"Prometo Paz. Prometo um mundo onde não viveremos mais em Guerras, conflitos ou Fome. Principalmente Fome, lutarei contra os desperdícios desnecessários, mesmo que eu terei que me tornar o vilão da história..." e depois gargalhava de leve, com as mão na boca, pronto para tossir.
Os pesadelos. O novo Presidente dos Estados Unidos ter surgido do nada. Eu ter acordado do na cozinha, bêbada. Eu falar de um Peeta. Do nada, achar que minha família sempre foi pobre, e acordar e ver que na verdade, somos ricos.
Isso me dava medo...
                                                           [...]
– Está tudo bem Katniss...? – A Voz de Gale me trás de volta para a realidade por um pisar de olhos, e então percebo que estou rígida, com olheiras e observando o acento da frente do carro, como se aquilo fosse a coisa mais atraente do mundo; mas na verdade, estava perdida nos devaneios, relembrando os últimos acontecimentos do Mundo nas cindo últimas décadas.
– ... K-Katniss....? Katniss... Ei...  – Gale balança a mão na minha frente, pra frente e para trás para me acordar. Sem resultado, ele estala os dedos fortemente próximo do meu ouvido esquerdo, que me sobressalta de imediato, me puxando e eu acabo gritando de susto.
Eu pulo para o chão. Gale tenta me levantar, e percebo que estou suada e pálida, além de estar tremendo. Os olhos de Gale tentam reconhecer a garota que está caída do seu carro, mas não reconhece. Não sou eu. Este não é o meu normal.
– Calma! Katniss...  – Ele me levanta mais uma vez para o estofamento do Camaro, e limpa meu suor do rosto com a sua camisa, levando em seguida as costa da sua mão na minha testa para medir a minha febre.  – Meu Deus! Pare de tremer, o que aconteceu com você de uma hora pra outra?
– E-eu... não sei...  – Preciso usar todas as minhas forças para falar e respirar ao mesmo tempo, e sinto uma dor no peito como se fosse um tumor - Eu... estava... eu... tive outro pesadelo esta noite... estou muito confusa, sinceramente.   – Abaixo a cabeça, realmente envergonhada.
– Ah, isso de novo!? Já é sei lá... o septuagésimo esse ano. De boa, Katniss, você devia relaxar mais antes de dormir.  – Gale diz já me puxando para fora do carro, buscando nossas mochilas do outro lado enquanto o tranca o carro silenciosamente.
– Septuagésimo?
– É. Pois é, cara...  – Ele dá um grunhido de leve ao fazer força para fechar o capô, e joga minha mochila na minha direção, e acabo caminhado com ele automaticamente, e ele me puxa pela cintura enquanto passamos pelos outros alunos.  – Você tem pesadelos desde que te conheci, quando tinha catorze anos, não se lembra? Estávamos na Floresta do Parque Nacional, e estava tentando montar armadilhas para tentar pegar um esquilo com minha rede...  – Gale sorri com a lembrança  – Estava na moita, e estava prestes a conseguir um, quando você chegou, e pegou o meu coelho para si, e tentou fugir tranquilamente.
– Mas você entrou na minha frente me dando um susto, dizendo que roubo tinha pena de morte. – Sorrio para ele de volta, também não me esquecendo da memória.  – Na verdade, acho que eu deveria ter uns doze anos, quando nos conhecemos.
– Katniss... – Sua voz já fica em um tom mais grave e séria  – O que anda acontecendo com você...? Já faz duas semanas que você não vem para a escola, como se evitasse alguém... eu acho que esse alguém era eu...
– Não! De jeito nenhum! Eu...  – Eu tinha certeza de que não era Gale. Realmente, estava evitando de encontrar alguém que nem sabia quem era na Escola, mas tinha a certeza de que não era Gale. Tinha medo de que o destino dos meus pesadelos se tornassem realidade, então do nada eles surgem na minha cabeça, todos os setenta.
– Vou te dar um tempo então. Você anda com a cabeça cheia, desde que sua mãe se casou novamente.
– É. Pois é. Deve ser isso.  – Confirmo sem certeza.  – Gale...
Gale e eu paramos de andar. Ficamos bem em frente à escada de mármore para a porta do colégio, por detrás do canto ao lado do sino, escondidos dos outros. Gale ergue as sobrancelhas para mim, sem entender. Mas eu sei. Conheço Gale. Sua conversa de mudar de assunto não irá funcionar comigo, não agora. Eu sei que ele não deixaria impune o que aconteceu no carro, ele irá atrás do garoto. Fico gélida com o que Gale seria capaz de fazer por ciúmes.
– Você me faria um favor...? 
– É claro, Catnip. Você sabe que sim. 
– Será que... poderia esquecer? Digo... do que aconteceu no carro? 
Gale me vira pelas costas, e me olha profundamente, sério. Tento revidar, mas estou muda feito uma palhaça, a silhueta maligna daquele velho não sai da memória da aerotela. Gale apenas, me abraça e sussurra:
– Tudo bem. Já passou. Eu realmente ando preocupado com você. Você sabe que você é tudo pra mim, Katniss.
Gale tenta me beijar novamente, mas eu desvio mais uma vez. Um rosto de desaprovação. Sinto que quero sair correndo dali, e fugir. Ele volta a olhar nos meus olhos, que voltam e sibilar ódio. Mais uma vez, eu o cortei. O descartei, por mais simples que um beijo represente. O sino do nosso lado insiste em bater em alto e bom som. Vários alunos correm para dentro do prédio, puxando seus pertences e amigos até as salas e aula vazias. Gale não me larga. Apenas olha os outros caminharem para porta principal e olhar para mim. Ele percebe o aperto que me prendeu, e então me larga devagar, permitindo que meus músculos respirem. Tento falar alguma coisa pra ele, mas ele me puxa para caminhar para a sala de aula, e diz:
– Não se preocupe, Catnip. Eu vou resolver esse problema.  – Com um sorriso malicioso, beija o topo da minha testa, e volta a caminhar. Não consigo segui-lo. Não imaginando no que poderia acontecer.
                                                      [...]
O sinal é tocado pela segunda vez. Sabemos o que isso significa: horário do almoço. Penso em procurar Gale com Bristel e Thom, seus respectivos amigos da Academia. Durante o caminho para o almoço, outra memória me ocorre.
A família de Thom era Renegada, mas nem Gale, nem eu parecíamos nos importar com o seu passado agora. Eu, inclusive não tenho muitos amigos. Poucos vezes converso dos outros alunos ou pessoas das Montanhas Apalaches, ou me integro na sociedade. Prefiro ficar isolada, e sozinha com minha paz. Tenho uma conhecida, Madge, com quem eu troco poucas palavras, e sendo tão solitária quanto eu, sempre almoçamos juntas na cantina escolar. Hoje, comia com ela, como sempre fazia.
Eu ainda estava um pouco cansada e pálida dos pesadelos, e ainda por cima, a aula foi uma droga. Fico saboreando minha - inesperada - barra de granola vermelhas oferecidas por Madge, ao reparar que eu não tinha trazido nada para comer. Precisava me alimentar, embora eu confirmasse mentalmente para Madge que vomitaria tudo para fora por causa da minha ressaca.
– Tentei falar com você ontem, mas você não atendia o telefone.  – Inicia Madge do nada, quebrando o silêncio de nós duas. Ela não olha para mim, e apenas degusta sua supertrufa com um pouco de pão fresco.
– Eu tinha saído.  – Respondo no mesmo fio fraco de voz, comparando minha barra de granola com sua supertrufa pelo olhar.
– O dia todo? Comecei a ficar preocupada... quero dizer... pensei na possibilidade de ter fugido para a Floresta do Parque Nacional, e passado a noite lá... eu não sei.
– Acha mesmo que eu teria fugido para a floresta?  – Tento sorrir meio irônica, mas Madge ainda não levanta seu olhar para mim tímida, e apenas confirma suas palavras com a cabeça.
– Ainda tem dúvidas, Katniss?  – Ela molha um pouco do chocolate derretido da supertrufa no seu pão, e o enfia boca a dentro degustando com prazer.  – Todos sabemos que seria provável que fugiria para o Parque. Todo mundo sabe.
Então me vem mais uma memória. Sim, Madge tem razão. Quando eu era criança, meu pai quando tinha tempo livre, nos levava para a Campina e o santuário secreto de árvores com galhos entrelaçados como um teto com suas frestas de luz iluminando o lago...
Jo havia criado uma trilha segura entre a floresta para a Campina. O seguia para o Lago onde passávamos das horas distraídos, pescando, nadando, colhendo flores e caçando. Meu Pai me ensinara a caçar, pois acreditava que um dia poderia ser útil para mim, mas olhando para minha situação agora, foi em vão. Observava eu pai manuseando sua lança e um arco e flecha que havia enterrado no tronco oco de uma árvore morta lá dentro, mas eu nunca o desenterrei por até hoje nunca precisar. Podia ver as horas passando, com meu pai colhendo flores e plantas estranhas, cheirando e observando de perto, até esfregando as folhas no pulso.
O pulso de meu pai ficara inchado depois de esfregar uma planta de raízes amareladas e folhas verde escuras mais escurecidas do que as plantas normais. Eu era pequena, e havia me assustado ao ver seu pulso roxo e gigantesco e conforme as expressões da face de Jo, ardia e latejava muito. Tentei correr até o lago e pegar água para suavizar, mas quando voltei com o avental encharcado até a borda de água, meu pai já soltava grunhidos de alívio ao refrescar o local inchado com um pouco de Amoras-Cadeado.
“Essas amoras são perigosas e venenosas, minha filha. Sempre se lembre de nunca, nunca mesmo come-las, ou poderá morrer em poucos segundos pelo veneno da fruta.” Ele olhava para mim, como se me desse uma lição.
Afirmava que entendi com a cabeça, e ele se levantava, ainda sentindo um pouco de incômodo no local infectado.
“Isso é incrível...” Continuava ele. “Mesmo assim, sua polpa é ácida, mas medicinal e refrescante. Não sei como ela causa isso. Esse é mais uns dos milagres de Deus, que não pode passar sem ser registrado.” Ele apontava para sua jaqueta extra de couro. “Katniss, traga minha outra jaqueta de couro ao seu lado.”
Puxei a jaqueta, e estendo para meu pai, que apenas corta duas parcelas retangulares da área mais sólida do tecido, e o entrelaça com várias dezenas de folhas limpas do meu caderno da escola. Ele cola as folhas cuidadosamente e com paciência cada uma, com seiva da casca de uma árvore de borracha, e o fecha com um suporte duro com as costas quadradas da sua bota também de couro arrancada, e seu cinto, formando um lacre. Ele olha para o caderno "novo" meio orgulhoso, e molha um pouco de nanquim na ponta de ferro da flecha e me pede para escrever com a melhor caligrafia possível. Meu pai não sabia escrever e ler. 
“Este livro vai nos ajudar agora a ordenar as plantas das comestíveis, das medicinais e até das perigosas, assim não corremos risco de novo.”
Meu pai então começa a ditar todas as informações da experiência da planta de caule amarelo e olhas verde escuras como a noite, além de descrever os benefícios e perigo da Amora-Cadeado. Em seguida ele pausa, e tento desenhar as plantas o máximo que consigo, para não esquecermos da sua aparência novamente.
– Katniss...  – Madge cutuca meu braço, e eu apenas pisco várias vezes, como se estivesse sonhando. Minha cabeça agora lateja, e preciso de alguns segundos para minha mente me informar, que não era uma lembrança verdadeira minha.
Meu pai nunca me levou para a Floresta. Foi um outro sonho idiota...
– Se... sexagésimo primeiro....  – Logo um pouco devagar demais, em um fio de voz quase sussurrando.
– O quê...?
– Sexagésimo primeiro. Meu pesadelo sexagésimo primeiro. Tive ele dois anos atrás.  – Digo como se minha mente se iluminasse de repente.
– Você... ainda não se libertou disso, não é?  – Sussurra Madge.
Ela era umas das poucas pessoas que conheciam meus pesadelos que tinha desde que conheci Gale.
– Não.
– Olhe Katniss... desculpa ter tocado em um assunto que provavelmente, te daria lembranças... não tão boas...  – Ela suspira em seguida, abrindo outro envelope de supertrufa e enfiando-o na boca.
– Não. São lembranças lindas. Pena que não são reais. Só isso que me desconforta. – Fico meio cabisbaixa, tentando observar o longe além. – Alguns pesadelos não são bem pesadelos. Alguns raramente que tenho, são realmente sonhos.
Madge para de comer, me observando. Ela parece notar minha infelicidade ao saber que fora apenas pura imaginação desenfreada - segundo ela - e volta a degustar seu doce em silêncio. Mais alguns segundos eternos se entende pela cafeteria, e sinto que irei explodir.
– Onde conseguiu isso?  – Pergunto para ela do nada, observando atentamente o doce em sua boca, ignorando a minha barra de granola já salivando. Eu quero é chocolate, por algum motivo que desconheço.
– Uma supertrufa? – Ela se assusta com meu pedido, já me encarando com uma careta. Lembrança. Eu só comia coisas saudáveis e isso a espanta imediatamente. – Se quiser, pode pegar esta aqui, mas ela já está toda mordida...
– Não... tudo bem.  – Me esquivo da supertrufa salivada de Madge fazendo uma careta de nojo. Madge começa uma gargalhada com minha reação envergonhada, e aponta para uma bancada atrás de mim enquanto ri.
– Ali  – Ela firma o dedo indicador para bancada com um sorriso.  – Tem uma panificadora pequena no fim do refeitório, com uma pequena prateleira de doces ao lado das cestas de pães recém-saídos. Comer chocolate aqui é proibido, e as supertrufas são caríssimas, mas alguns voluntários da detenção de hoje estão ajudando na cantina. Um deles, meu amigo me deu um "desconto" para conseguir essas duas aqui. – Ela aponta para o seu doce e um outro papel de vazio. – Talvez se falar com ele, ele te ajude também, se está com desejo.
– Acho que vou mesmo. – Digo puxando algumas notas misteriosas de dinheiro vivo da calça. – Nem sei quanto que é.
– Vai lá. Olharei suas coisas. – Confirma Madge, e dando coragem.
– Obrigada. – Digo, me levantando e seguindo para os fundos, esbarrando em alguns alunos e desviando de umas mesas como um carro.
Chego na pequena panificadora do colégio, e me debruço na bancada, observando ao redor do estreito corredor onde passam alguns ajudantes de avental e um pouco sujos de farinha, resmungando enquanto atende os pedidos dos alunos na bancada principal. O espaço é limpo, e perfeitamente perfumado de pães fresquinhos saídos do forno. Não demora muito para eu sentir o aroma dos cookies e outros biscoitos amanteigados com doce de leite, com seu frescor que inala das frestas dos fornos bem na minha frente. Fico na ponta dos pés, na tentativa de alcançar aqueles biscoitos mesmo, já que minha visão não acha as supertrufas, decido pegar por conta própria. Mas meu braço não é longo o suficiente para alcançá-los. Tento chamar alguém para me atender, mas as poucos ajudantes (obrigados estar ali trabalhando) estão todos ocupados e desatentos, entrando e saindo da cozinha.
Decido pular da bancada e me agacho para me esconder dos outros alunos, e sigo para a porta do outro lado, onde o cheio doce parece maior. Parece que estou no paraíso. Dezenas de fileiras de fogões, um pouco engraxados de óleo e completamente sujos de farinha de trigo, recentemente usados, um bandejas de doces, pães e algumas tortas nas bordas ainda quentes pelo que sinto, ao passar a mão por cima e sentir a fumacinha quente atravessá-la. Olho aos redores para ser se á alguém neste outra cozinha, mas estão fora,o que me faz girar os calcanhares e ir em direção na procura das supertrufas.
Sem sucesso, decido procurar nas prateleiras do chão dos longos armários cor de creme. Não demora muito, e enfim acho um pote secreto, com vários doces Pocket e algumas trufas normais de frutas, e por trás, as bombas de chocolate em forma de supertrufa. Solto um pequeno gemido de felicidade abafado, e então puxo o pote ainda gelado, e tento abri-lo com força, até perceber que ele está trancado com um cadeado.
– Parece que você encontrou meu tesouro secreto, mocinha.
Ouço uma voz masculina sussurrar no meu ouvido, e me sobressalto soltando imediatamente o pote no chão. Meu coração dispara do susto, e tento me levantar, mas estou arquejando tanto que não faço movimento nenhum. Ponho a mão o peito, e percebo que ele está realmente disparando agora, com uma bufada me levanto e me apoio na pia tateando ela para respirar tranquila.
– Droga. Que susto você e deu!
Tento abafar um pouco da risada que quero dar, mas me mantenho séria e arquejando. O rapaz, de calças brancas e de camiseta da mesma cor, com sapatos polidos e um avental um pouco sujo de massa vem na minha direção, e recupera o pote, o colocando na minha frente, tentando se desculpar.
– Oh, me desculpe. Não quis assustar você. – Ele retira uma mecha de cabelo do meu rosto, e a esconde por detrás da minha orelha. – Mas confesso que não esperava encontrar alguém aqui no meu esconderijo, ainda mais querendo roubar as supertrufas que eu faço.
– Me desculpe. Não quis roubar, eu iria encontrar alguém para pagar, eu juro! É que estava com tanto desejo de experimentá-las, que...  – Me viro, e olho pela primeira vez o rosto do rapaz.
Loiro, de cabelos dourados e um pouco bagunçados e sujos de farinha, com olhos azul-céu perfeitamente lapidados como diamantes de tão brilhantes que são ao me ver. Seu rosto é perfeitamente moldado em uma simetria belíssima, nada do seu rosto parece fora do lugar, ao não ser um pequeno arranhão perto do olho esquerdo, mas mesmo assim ele é bonito de perto. Noto também os músculos fartos dos seus dois braços expostos, não tão grandes, mas mesmo assim parece ser bastante forte.
Fico concentrada olhando para ele por alguns segundos, e parece que o mundo desaparece. Sinto-me um lixo perto da sua aparência atraente suja de farinha, que acabo me curvando e caminhando para trás.
– Ah, tudo bem. Você só me assusto um pouco. Acredito em você. – Ele sorri iluminada, mas me desvio friamente para o lado, rejeitando seu aperto de mãos estranho. – Eu te assustei? 
– Foi você que me assustou! Quem você pensa que é, indo sorrateiramente por trás de mim e sussurrar no meu ouvido? Era só ter gritado comigo, e puxado o pote de volta. 
– Gritar? Eu nunca faria isso. Ainda mais com uma menina bonita como você. 
Um sorriso se forma nos meus lábios, e fico meio lisonjeada com o elogio, embora eu mesma saiba que não é bem verdade. Sou normal. Com a mesma aparência das pessoas daqui, muito diferente da combinação dele. Ajeito minha camiseta ainda um pouco corada, e ele se redireciona na minha direção, abrindo pote com sua chave de pescoço, e entregando duas barras de supertrufas nas minhas mãos abertas.
– Tome. Pode ficar. – Ele empurra o doce na minha mão, mas fecho eu punho negativamente e desviando.
– Não! Não precisa fazer isso.
– Eu insisto.  – Ele sorri mais uma vez, cruzando olhares comigo.  – É o mínimo que posso fazer por ter lhe assustado. 
Eu acabo cedendo para ele ao notar ele abrir a embalagem, e o estender para mim enquanto enfio o doce na boca. Bom. Muito bom. O gosto delicado e meio amargo da supertrufa penetra meus sentidos da língua, que dançam e flutua sobre as bolhas de leite condensado derretido com pequenas nozes. Percebo o gosto de pedacinhos diminutos de morango ao chocolate branco-meio amargo na sua cobertura crocante com mel. Doce e enjoativo. Eu amei.
Dividimos os doces, e ficamos degustando em silêncio, com o rapaz dizendo que precisará voltar ao trabalho, e não poderá me cobrir quando sair da cozinha. Acabo apressando minha mastigação e o termino finalmente, sentindo então um gosto estranho de licor.
– O que é isso?  – Digo lambendo as poucas cascas da supertrufa que caiu na minha camisa, enquanto ele percebe que cheguei ao fim do doce.
– Viu? Coloquei um pouco de licor em cada supertrufa para fazer as pessoas sentirem vontade de comer mais. Ou seja, comprarem mais.  – Ele se levanta da pia, e fecha o pote novamente.  – Gostou?
– Meu Deus, isso é uma delícia!  – Digo realmente verdadeira. Ele sorri de felicidade, e puxa a outra e estende para mim, mas me recuso dizendo que vou engorda, e ele apenas gargalha e o enfia no bolço da minha calça.
– Este é o lance... ele também não engorda.  – Ele sorri ainda meio radiante.
– Como não? É tão cheio de açúcar que poderia fazer o coração de qualquer um explodir!  – Faço uma careta e levanto os braços para enfatizar o que dissera. Nós dois rimos juntos, e ele guarda novamente o pote indo na minha direção novamente.
– Acredite. Isso é um segredo só meu. Não posso contar para ninguém como eu o preparo.  
– E... para mim? Você contaria?
– Depende. Se eu ao menos soubesse o seu nome, e confiasse realmente em você.  – Ele gargalha, se sentando em um banquinho esperando minha resposta, enquanto limpa a pia mais próxima um pano umedecido olhando para o relógio de parece.
Dou um sorriso fraco, e me direciono para a porta para não mais incomodá-lo. Digo normalmente para que ele ouvisse, segurando com força minha trança por trás das costas.
– Katniss. Katniss Everdeen. E você?
O rapaz para de limpar, e observa as frestas da luz alaranjada que entram na cozinha pouco iluminada apenas pelas janelas. Eu mal o conheço e já lhe imploro para confiar em mim. Parece besteira, mas sinto que tem algo nele maior. Como se eu já tivesse o visto. O tocado. Como se seu tivesse uma grande dívida de vida com ele. Mas o que e uma besteira, só estou aqui por simples doces.
As luzes do pôr-do-sol de um quadro próximo na cozinha o distrai por um momento o deixando encantado, e e seguida, estende mais uma vez a mão direita para mim. Com um pouco de desconfiança e vergonha na face, agarro sua mão e a balançamos para cima e para frente, como sinal de respeito e amizade. Antes que eu pudesse acrescentar mais alguma coisa, ele enfim me responde:
– Peeta. Peeta Mellark. É um prazer te rever, Katniss. 
Minha respiração é cortada ao me lembrar dos pesadelos.
                                                          [...]
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packyourc · 7 years
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Buda & Peste (Parte 1)
Estava mais ansiosa do que nunca para conhecer a Hungria, acho que por que todo mundo dizia que Budapeste seria a minha cara e, realmente, eh uma cidade incrivel, apesar de que eu, infelizmente, tive uma das piores experiencias com lugares ate agora.
Para comecar a viagem ja comecou dando errado. Minha amiga Giovanna, com a qual estavamos fazendo uma pequena viagem juntas por uma semana, pegou uma super infeccao em Viena e teve que abordar missao e voltar para sua casa em Amsterdam e eu embarquei para a Hungria sozinha.
Chegando na Rodoviaria tudo certo, apesar de quando voce sai de um lugar tao rico como a Austria e percebe a diferenca para um pais mais pobre, onde a lingua eh impossivel e qualquer acao fica um tanto quanto mais complicada. Achar o caminho para sair da estacao foi um terror, placas e placas que nao te levavam a lugar nenhum e funcionarios que sabiam menos que voce. Mas ok, normal, coisas que minha terra me ensinou, nao importa o quanto voce nao saiba algo de um lugar, a maioria das pessoas que trabalha la sabem menos que voce, ou so nao querem te ajudar. Mas ok, cheguei no Hostel.
O Hostel ficava localizado em um predio bem antigo. As esacadarias longas e largas eram visiveis gracas ao fato da construcao ser vazada no meio. Roupas penduradas em varais esticados de um lado a outro daquele largo e sujo predio. Um elevador, tao novo que nao combinava com a arquitetura estilo Leste Europeu, te levava a cobertura, onde o Hostel mais baguncado se encontrava. A vibe era unica, as pessoas estavam em festa naquele lugar que mais parecia - casa de praia so com os amigos em feriadao - ou, o que pensei, era que estava numa verdadeira Republica de Universidade Americana. Pessoas descalcas e fantasiadas, roupas e malas espalhadas, os quartos estavam abertos e ninguem se importava, a recepcao? Onde fosse mais agradavel de trocar informacoes e assinaturas. Era sexta feira as 7pm, todo mundo ja estava bebendo e se preparando. Encostei minhas coisas em uma cama pequena num quarto misto com mais 9 pessoas. Fui para a sala, em 10 minutos fui convencida a ir no Pub Crawl (Para quem nao sabe “pub crawl” eh uma especie de rodizio de bares onde voce vai de bar em bar com um grupo e normalmente ganha descontos ou bebidas de graca e aproveita para conhecer todos os bares mais legais da cidade na mesma noite) Como eu so tinha um final de semana, resolvi me aventurar. Experimentei uns drinks locais e pronto as 8.30pm eu ja estava mais pra la do que pra ca.
Admito que dos 8 bares que fomos eu so lembro mesmo de 4. 
No segundo algo bem diferente aconteceu. Reencontrei uma menina que eu conheci enquanto estava na Grecia, 2 meses antes disso e juntas encontramos um outro garoto, o qual eu conhecia de um hostel da Suica, e ela, o conhecia de um lugar no meio da Eslovaquia. Coincidencia nao?
Passei por diferentes lugares naquela noite. Festa punk, indie, pop, rock e eletronica, bares cult e alternativos e alguns basicos com musica ao vivo. O ultimo foi o mais marcante, parecia um daqueles pesadelos onde nada faz sentido, cabecas de porcos gigantes e coelhos pendurados por todo lado, estava em um dos famosos bares ocupados em um predio abandonado, bem famoso em Budapeste e bem tenebroso pra mim... Cada sala tocava um tipo diferente de musica com pessoas completamente diferentes. Comecei a retomar a sobriedade quando um de nossos amigos se meteu em uma confusao com os segurancas e eu e mais outro fomos ajudar. Acabou que nao ajudamos em nada e nos perdemos do bando. Resolvemos voltar pro hostel, eu, um australiano e um dinamarques muito bebado que pediu ajuda no caminho. Eu nao fazia ideia da onde estava e ja eram 6am. A cidade para mim ficou marcada pelo que eu me lembro daquela noite, pessoas loucas e felizes andando por ruas antigas e mal cuidadas porem com um brilho unico.
A noite foi conturbada. Uma menina em nosso quarto estava muito doente e tossia sangue a noite toda. Um bebado tambem resolveu vomitar da cama de cima diretamente nas malas da menina da cama de baixo. O cheiro e o odio alheio contaminaram o local em razao de minutos. Impossivel de dormir.
No dia seguinte acordei, claro, pessima. Resolvi, mesmo assim, fazer um Free Walking Tour com umas meninas do hostel. O passeio durou cerca de 3 horas e foi bem produtivo, conseguimos ver boa parte de Buda e de Peste (para quem, como eu nao sabia, sao lugares distintos) No final, a moca responsavel pelo tour nos indicou umas comidas tipicas da regiao e nos fomos ate um Christmas Market de rua experimentar.
Tudo naquela cidade era muito barato e com pouco mais de 3 euros comprei uma especie de pizza feita de batata e frita na gordura animal, com um molho de alho e bastante queijo, Eu juro por Deus que eu nao sei por que eu comi aquilo. Nao tem como nao ser uma delicia e nao tem como nao ser uma bomba pro estomago de alguem que nem fritura direito come. Dito e feito. Ja voltei pra casa me sentindo torta, naquele estilo “pisa e arrota”. Desculpem a quantidade de detalhes.
Era sabado a noite, todo mundo pronto pra ir pra festa nas piscinas Turcas, muito famosas em Budapeste. Eu decidi ficar em casa, nao estava bem. Demorou pouco para meu organismo virar uma bomba atomica contra mim. Nunca senti uma dor de estomago tao forte na minha vida. Por volta de meia noite comecava a febre, de 3 em 3 minutos eu tinha contracoes tao fortes que achei que estivesse parindo. Nao que eu ja tenha passado por essa situacao. Foram horas e horas de tortura. Nao consigo esquecer dos momentos em que um grupo de espanhois bebados chegaram da festa e resolveram cuidar de mim. Eu ja estava semi nua, suando frio e vomitando sem parar e minha unica salvacao eram alguns loucos sujos que mal conseguiam andar me ajudando como podiam. Socorro!
Dormi da maneira que pudi depois de tomar uns remedios que eles me deram. Lembrando que eu tenho alergia a diferentes componentes quimicos, fui na cara e na coragem por que naquele momento nada mais poderia me destruir. Deu ate que certo e eu descansei por algumas horas.
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Era primavera, interior do estado do Acre, tempos onde os pássaros cantam alegremente, onde os sabiás gorjeiam aqui bem mais encantadoramente do que lá, onde as rosas são vermelhas e as violetas são azuis, onde as mulheres cuidam da casa e o os homens vão à caça. Ano de 1912, século XIX, palco das duas grandes guerras mundiais e ano do nascimento de Printinéia de Féliquis, uma jovem camponesa, esbelta, loira dos olhos verdes, filha de Sofia e Vitorino de Féliquis, um casal de camponeses humildes e muito trabalhadores, religiosos e deveras unidos. Desde pequenina Printinéia sempre foi ensinada a realizar trabalhos em casa como limpar a casa, lavar a louça, realizar a colheita na plantação entre outros serviços a exemplo de sua mãe, tal qual era uma moça exemplar, de família, e extremamente fiel a seu marido, chegando a ultrapassar até mesmo a lealdade de um cão amigo, mulher que nos tempos de hoje representa o perfil utópico de grande parte dos homens. Aos domingos, depois de uma longa semana de trabalhos pesados, a família Féliquis costumava ir à igreja da cidade onde celebravam a missa e depois se reunião no próprio salão da igreja para o almoço comunitário. Anos se passaram na mesma rotina de trabalho e idas á cidade, até que em um desses almoços rotineiros na igreja, Printinéia acaba se cruzando com um rapaz alto, robusto, moreno e burguês de nome Godoyan (origem Americana), seu corpo sadio fazia sombra mediante o sol radiante no céu, Printinéia o observava com anseio enquanto nuvens de amor passavam por cima de vossas cabeças. Foi nesse ato, tão simples, que começamos nossa história. O olhar foi intenso, daqueles em que se enxerga a alma e todo o interior da pessoa, ambos os jovens sentiram um calor latente naquele instante; mediante a tamanhas sensações, Godoyan fixou seu olhar em Printinéia, se apresentou todo cortês, elegante, fazendo com que ela se encantasse ainda mais e respondesse suspirando em seu interior. Parecia até que ambos possuíam uma relação de outras vidas, se assemelhando a carne e unha, mamãe e papai, almas gêmeas, mesmo ritmo nas batidas do coração, pareciam duas forças que se atraem, um sonho lindo para quem vê e para quem o vive. Foi mais do que o suficiente para se aproximarem e ficarem flertando em todo domingo... toda segunda... se estendendo depois de um tempo para todos os dias de semana, onde eles se encontravam as escondidas em um vale encostado na casa de Printinéia, onde tinha uma linda amoreira e onde eles trocavam beijos, abraços e lindas declarações de amor que só aumentavam mais seus sentimentos. Godoyan pertencia a uma das famílias mais tradicionais da região, os Fareias. Eram imigrantes do Oeste dos Estados Unidos, e muitos diziam que possuíam relações com a máfia local. O Sr. Fareias era proprietário da maioria das terras da cidade, incluído as terras onde trabalhavam os pais de Printinéia que não gostavam muito de seu patrão (que era também o Sr. Fareias) pois eram pouco remunerados e trabalhavam sob condições bastante precárias e desumanas nas plantações. Ambas as partes já haviam discutido por esse motivo e o Sr. Fareias acabou relevando a situação a pedido do Padre Paulinus (que era um grande amigo da família Féliquis, além de apaixonado por Sofia Féliquis, esposa do Sr. Féliquis) pediu a ele que deixasse de lado; mas Fareias prometeu que em nova ocorrência iria colocar fogo na casa da família. O tempo passava, Printinéia e Godoyan continuavam se encontrando e cada vez mais o amor que uma sentia pelo outro ia aumentando e se consolidando. Com a relação bem firmada, o casal resolveu que deveriam marcar um almoço entre suas famílias a fim de obterem a permissão para se casarem e então realizarem o sonho de ter filhos (que só era permitido depois do casamento como regiam suas tradições e religiões). Dessa forma foi feita, domingo seria o encontro das famílias na igreja mesmo, como de costume. Dia 22/10 de 1972, um domingo ensolarado, terras secas por natureza, pássaros cantando suas lindas melodias, o vento por ali pouco pairava. Printinéia acordou cedo, ansiosa se arrumou com seu melhor vestido e fez o melhor penteado dentro do possível; sua mãe fez o mesmo e seu pai, para manter a dignidade da família encomendou do alfaiate um terno sob medida, pago com as economias que tinha guardado durante dois anos inteiros. Por parte da família de Godoyan era somente o mesmo que estava entusiasmando com a situação, seus pais não estavam ligando muito, estavam indo apenas para manter reputação e conhecer a família de sua possível nora. Ao contrário do que temos nos tempos de hoje, era de costume na época que a "noiva" chegasse antes do "noivo", e assim foi feito. Printinéia chegou com sua família ao meio dia, sentaram em uma mesa com seis lugares onde ficaram aguardando ansiosamente, Sr. Féliquis observava atenciosamente os ornamentos feitos por um artesão de respeito, com detalhes em ouro e prata; o tempo foi passando lentamente para a jovem, 12:10...12:15...12:20 e pareciam ter passado vinte anos, até que chega Godoyan com sua família para a alegria da linda moça que não deixou transparecer tamanha alegria para impressionar os pais do rapaz e por um breve momento sorriu angelicalmente, pais esses, que entraram no salão e ficaram procurando uma mesa com um casal nobre com sua filha, passaram os olhos pelo salão, encararam o casal Féliquis que retribuíram com olhar frio e farpas. Nesse instante Godoyan falou a seus pais que o seguissem e assim fizeram. Assim que estavam se aproximando da mesa onde estavam Printinéia e sua família, o rapaz parou, e como de costume não gesticulava muito, porém seu olhar na direção da jovem transmitia tudo o que sua falta de ações queriam dizer. Falando que ela era sua futura esposa. No mesmo instante o casou parou, o sangue que corria nas veias do Sr. Fareias ferveu e subiu para todo corpo; ele ia brigar com seu filho, mas parou, pensou, refletiu, e puxou pelo braço sua esposa se retirando do salão sem dar ao menos uma palavra, estava indo para casa, deixando Godoyan para trás junto com Printinéia sem entenderem nada, e os pais dela que na mesma hora reconheceram seu patrão e tiveram o mesmo sentimento de fúria e repulsa, porém não reagiram no ato. Como amavam muito sua filha, tinham a como bem mais precioso, continuaram no local; porém muito furioso, o senhor de Féliquis ordenou ao rapaz que se retirasse do local e nunca mais procurasse sua filha. Sem entenderem nada o casal questionou a ordem, mas na mesma hora o homem ameaçou Godoyan de morte caso não o obedecesse. Assim foi feito, o jovem de retirou com muita dor no coração, porém sem nada entender; a mesma confusão transitava os pensamentos de Printinéia que chorando sentou à mesa junto com seus pais; estes à explicaram toda a situação e ordenaram que ela nunca mais se encontrasse com o rapaz. A linda jovem disse à seus pais que cumpriria a ordem, porém em seu interior tinha a convicção de que não o faria e tudo que tivesse que ser feito para ficar ao lado de Godoyam ela realizaria, pois seus sentimentos por ele já não podiam ser descritos com quaisquer palavras, e então os três retornaram para casa. Três dias se passaram do ocorrido e Printinéia sem mais saber o que fazer foi ao vale onde costumava se encontrar com Godoyam e para imensa alegria de ambos, o encontrou lá embaixo da amoreira, cabisbaixo e com semblante triste; ela se aproximou do rapaz, que instantaneamente abriu um sorriso contagiante, sua sobrancelha se ergueu, e lascou um beijo em seus lábios carnudos e molhados. Era final de tarde, os pais da jovem estavam voltando da colheita, quando chegaram próximo a sua casa e desabaram em desespero. Só viram as cinzas da mesma, móveis, alimentos, tudo o que possuíam havia virado cinza; era como ver tudo que foi construído em uma vida inteira desabar do dia para noite, mudar da água para o vinho. Foram necessários cinco minutos para que as ideias fluíssem de maneira organizada e acabassem se encaixando dentro da cabeça do senhor Féliquis, uma lágrima escorreu de seu olho até seu queixo; ele lembrou da ameaça feita por Fareias após a discussão que haviam tido no passado e não pensou duas vezes, pegou uma foice que por ali estava (uma das únicas coisas que não havia virado cinzas) e foi a caça dos Fareias. Ia caminhando o senhor Féliquis depressa, eufórico e furioso, sem pensar em nada a não ser matar o casal Fareia; em meio ao seu trajeto encontrou um jovem rapaz assobiando alegremente e seguindo a mesma direção e logo veio a sua cabeça a imagem de Godoyan. Diante de tamanha fúria a imagem do jovem rapaz em sua cabeça fez com que esse apressasse o passo e chegasse ao lado do rapaz que caminhava alegremente, era Godoyan. O simpático jovem olhou com um tom doce e inocente como se nada tivesse acontecido, porém o senhor Féliquis tomado pela raiva não quis nem saber, levantou a foice acima altura da cabeça do pobre rapaz, que mudou instantaneamente de sua expressão feliz para uma de arrependimento, sua face se contraiu, seus olhos se encontraram com o de Sr. Féliquis, E Godoyan viu a fúria e personificação de satanás naquele olhar, percebendo a situação, aceitou que era o fim e com um sorriso no rosto foi decapitado em um único golpe que o cortou ao meio. A cena do jovem divido em dois caído no chão todo ensanguentado chocou levemente o furioso homem que acabou voltando ao local onde outrora ficava sua casa. O caminho possibilitou que o mesmo conseguisse refletir um pouco; o mesmo levava consigo um pedado da camisa de Godoyan que ficara presa na ponta da foice no momento do homicídio; com a cabeça já mais fria, a fúria já não o atingia tanto e então a imagem que a pouco havia o impressionado começou a assombrá-lo e transformar-se em um pesadelo vivo. Sr. Féliquis sempre foi um homem de bem, trabalhador, religioso e gentil com todos; nunca havia se transtornado ao ponto que chegou naquele dia. Chegando em casa ele já estava muito arrependido e com uma dor no peito, havia pensado bem e enxergou a doçura do pobre rapaz, o tom simpático com que este o cumprimentou antes de morrer, de mesma forma no almoço de apresentação entre as famílias; tamanho era o remorso que o homem encostou em uma árvore a mais ou menos trezentos metros de sua casa e começou a pensar como contaria o que havia feito para sua família, porém não encontrara respostas. Por uma hora o arrependido Sr. Feliquis refletiu, imaginou como Printinéia ficaria triste com a morte de Godoyan e como ficaria decepcionada em saber que foi seu pai o assassino; ele não queria ver sua filha sofrer e muito menos ser o causador de tal fato, porém ele sabia que a decisão foi tomada, e não achou outra saída. Lentamente, com semblante triste, pensativo, ele pegou sua foice e a encarou por um breve tempo, ele podia se lembrar das expressões de Godoyan e isso o tocou profundamente, até que, com um movimento rápido e preciso cravou a ponta da lâmina em seu peito e caiu no chão deixam uma poça de sangue a sua volta. Era final de tarde, o sol estava se pondo e o calor baixando, os pássaros já estavam migrando, um vento forte soprava no horizonte; Printinéia voltava para casa após um tempo sentada em baixo da amoreira no vale em que a pouco tempo havia se encontrado com Godoyan e onde suspirava de felicidade após se “reconciliar” com seu grande amor. Quase chegando em sua casa Printinéia avista um corpo estirado no chão, aflita ela se aproxima e quando chega perto suas pernas estremecem, uma expressão de medo surge em seu rosto, não podia acreditar no que estava diante dela, cai de joelhos no chão e se derrama em lágrimas. Era o corpo de seu pai e ao seu lado um pedaço da camiseta que Godoyan estava usando naquele mesmo dia; ela então reconheceu o pequeno pedaço de tecido, o apanhou e observou. Foi demais para a pobre jovem; em sua cabeça ela havia desobedecido as ordens de seus pais para viver com o rapaz que mais tarde acabaria com a vida de seu pai; ela então pegou a foice que estava ali ao lado do corpo estirado no chão, e como não tinha muita prática, fincou a foice em seu abdômen. Ficou ali então gravemente ferida, sangrando de forma contínua, porém com uma perfuração não tão profunda e incapaz de causar a morte instantânea, porém que a pequeno prazo e com muita dor e sofrimento levaria ao inevitável fim da jovem e bela moça. Cansada de chorar e já preocupada com o marido, a senhora Féliquis se levantou lentamente e sem ânimo algum começou a caminhar na mesma direção que a algumas horas antes seu marido havia partido furioso. Andou alguns quilômetros até se chocar com a cena de um corpo estirado no chão rodeado de sangue, era Godoyan partido ao meio. A cena era muito forte, ainda mais para uma mulher sensível e doce como aquela mulher; chocada como que via, somado a tristeza da perda de sua casa a pobre mulher se ajoelhou e abaixou a cabeça. Com a certeza de que seu marido foi o responsável pela morte do jovem ela começou a pensar na desgraça que este enfrentaria pelo resto da sua vida, e mais ainda passou a imaginar a tristeza e desgosto de Printinéia após receber a notícia. Foi a gota d’água para o pobre mulher; já sem força e ânimo para fazer mais nada ela desabou ali mesmo, onde ficou até o dia de sua morte, decretando o fim da linda e unida família Féliquis. Mais tarde, quando o sol se pôs, apenas uma brilhante lua avermelhada reinava sobre o céu, enquanto todo o resto era iluminado pela mesma, haviam poucas nuvens, porém, densas capazes de cobrir boa parte dos raios de luz. Padre Paulinus passava pela estrada quando se deparou com a cena, acendeu uma vela, e quando percebeu do que se tratava, ficou chocado, primeiro, viu Godoyan estirado, partido ao meio, e depois, viu o grande amor de sua vida, Sra. Féliquis, caída ali, seus olhos se encheram de lágrimas, a luz da lua refletia na pele reluzente da Sra, seus lábios estavam tão avermelhados que parecia viva, porém, após checar sua pulsação, descobrira que a mesma estava em óbito, como mágica, as nuvens que ali tapavam a luz se dissiparam, o corpo de Sra. Féliquis brilhava como nunca, isso encantou o padre, de tal forma que diante da situação, resolveu ter uma relação sexual com o cadáver, ali mesmo, no chão, sem ninguém por perto, apenas com os ventos uivantes e as estrelas no céu, rezou um terço, um pai nosso e duas ave marias, e então praticou o ato que mais tarde assombrou o padre e o fez sentir repugnância de si mesmo até o fim de sua vida.
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