Tumgik
#medicament de chance
toffavoyance · 2 years
Text
Eau de purification et de dés-envoutement : changez l'énergie de votre lieu de travail, Boutique.
Eau de purification et de dés-envoutement : changez l’énergie de votre lieu de travail, Boutique.
Eau de purification pour purifier son lieu de travail, sa maison, sa boutique et autres. Si vous êtes bloqué dans votre progression ou si une atmosphère négative imprègne votre lieu de travail, votre boutique, votre maison, vous avez une aide à portée de la main sous la forme d’une magie protectrice. Si vous avez des difficultés au travail, à vendre dans votre boutique, à l’école, en raison soit…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
southwarkfair · 3 months
Text
So fortunately (or perhaps very very unfortunately) there has been a breakthrough in the "comprachico" mystery, which I am now apparently committed to investigating. 
I mentioned that the name/general description was brought up in some academic studies on jesters I was reading - one of these (the most recently published) actually does have a pretty exhaustive list of sources, though they're reproduced quite uncritically and with a lot of tortured speculation by the author. The only locatable english-language source the author used for their mention of "comprachicos" is a victorian book, "giants and dwarfs" by Edward Wood, published 1868. Not that impressive on its own, theres a lot of victorian pseudohistory out there. Interestingly though, it appears to have come out one year before l'homme qui rit, and cites a verifiably existant pre-victorian source. "Miscellanea curiosa, medica, psysica", a medical journal from 1670, published in Leipzig, Germany. This is also cited by the first book I mentioned.
Tumblr media
This journal (as far as i can tell its the right one? the date is one year off) is available in full on Internet archive, along with Wood's book, both of which i will link at the end. Like many historical medical texts, it is written entirely in Latin. I, alas, due to my mere peasant's education, cannot read a word of it. I did briefly skim for the word 'comprachico', but since there is no mention of this word or of any specific individual or group carrying out the mutilations in Wood's book either, this seemed unlikely and I predictably did not find anything. I also looked out for diagrams that might seem to pertain to the folkloric "dwarfing" practice described by Wood. There were one or two that I thought might possibly be related but i won't share them here as i imagine many would rightfully find them upsetting.
However, I did wonder if the Leipzig journal might be the one referenced by Hugo in the actual in-universe action of l'homme qui rit, when ursus looks up gwynplaine's mutilation in an old Latin medical text. I double checked and the book owned by ursus is actually called "de denasatis" by "Dr John conquest". On the off-chance that this was anything resembling a real book, I searched for it and found a reddit thread linking another article, written in 1910, by John Boynton Kaiser. This article, from the Journal Of Criminal Law and Criminology, was pondering on the exact same question as I was - the origin of Hugo's comprachicos. On the topic of "artificial jesters", it again cites the same Leipzig journal as Wood.
Tumblr media
It also goes into detail on Hugo's possible historical inspirations, for the story in general and specifically for the comprachicos. Kaiser claims, I think correctly, that even if the idea is not new, the word itself was made up by hugo. I used this tool, which scans for keywords in archived Google books going back to the year 1500, and there is no mention of comprachicos or any variation thereof until after the publication date of l'homme qui rit. The name is apparently a simple mashup of spanish words for "male child" and "purchase". or as google translate would have it, uh
Tumblr media
Kaiser writes that in hugo's journals the author also considered other names for his "child-buying" group based on other languages, and he apparently wasn't sure what their ethnicity should be. This further points to the fact that the specific group itself is made up, though he apparently maintained among colleagues that it was real.
Tumblr media
I should note that the English texts I have linked, if you are interested in reading them for yourself, are deeply disturbing in content as well as archaic and prejudiced in tone:
https://archive.org/details/b24887067
https://archive.org/details/s3id11855980/page/12/mode/2up?view=theater
https://scholarlycommons.law.northwestern.edu/jclc/vol4/iss2/8/
None of this, of course, proves definitively that such "artificial jester" practices were ever carried out in real life, by an organized group or otherwise. It moreso just indicates, as I suspected, that they weren't fully invented by Hugo. Kaiser's article claims there is other evidence, but i really dont know at this point. Honestly I'm now very much hoping that all this shit is completely made up, because Jesus fucking christ.
Anyway, aside from that, the 1910 article maintains that hugo documented his research and writing process extensively in his journals and personal papers. I'm quite excited by this prospect, as it might provide answers to some other questions I've been wondering about, such as the origins of the many unique character names. I'll have to see if anyone has translated any of this background material into English. Or perhaps i could learn French. Its getting to the point where I might have to just learn French 
6 notes · View notes
aprendizmestre · 11 days
Text
A reunião Sequência.4 – Sequência.5-Sequência.6-Sequência.7 Eles conversam ele diz que perigoso demais sem ele ouvir uma música e ser sujeitado a uma aptidão militar sobre se isso é humildade ou não ai ele pode dizer ser respeita de verdade mas eles brigam mas o general Carlos levou ele e Hailey para a inauguração e ela conversou com ele... A noite inaugural  Sequência.8 Elionay o Grande: - Eu já vou competir na semana que vem você poderia vim comigo... Hailey: - Eu realmente só respeito porque você estar destransformado mas eu sei que você se lembra de alguma coisa... Elionay o Grande: - Parece que essa noite é uma noite inaugural mas que ela cantou errado é no tom que o sol se pode ter não que a amanhã nos representava como o sopro? Hailey: - Porque? Elionay o Grande: - Porque penso que você estar dizendo que sou o tipo de Estrela da Manhã o super man!!! Hailey: - E como seria a canção? Elionay o Grande: - Quando nós olharmos o céu e nossa vida estiver o sopro do amanhã diga assim os meus olhos encontram o amor ao sol... Hailey beija ele... A revelação Sequência.9 Hailey conversa com a medica ela diz que perdeu a memória mas isso pode ser uma explicação alguém também pode o mostrar a verdade nisso quando estivermos cercados ele volta a ter o poder... A volta do poder fim à guerra acaba Sequência.10 Hailey conversa com Elionay: - Você não se lembrou que essas águas de transformaram em um tipo de herói super homem ou estrela da manhã e teu poder de deixou para de ensinar uma lição... Elionay o Grande: - É da música você estar fazendo escândalo por ter me beijado? Hailey: - Para de palhaçada eu já disse a verdade faça o que eu disse agora o exército se aproxima eu não quero saber... A volta do poder fim à guerra acaba parte 2 Sequência.11 Apoliom e o seu exército se aproximam Elionay: - Meu deus ela dar voando Hailey: - Eu já disse vá mergulhe!!! Elionay correndo desesperado em direção da águas do mar do olho d´agua ele mergulha e diz: - eu não sei sinto muito eu não sabia por favor me ter mais uma chance... Enquanto isso o exército e hailey estão lutando pelas suas vidas... A volta do poder fim à guerra acaba parte 3 Sequência.12 Elionay nas profundezas: - Eu já disse perdão o que mais quer de me? Adonay: - Respeito por ter de dado o maior dom e a maior proteção contra todos os que você admirava... Elionay: - Eu respeito... Adonay: - Prove o que mudou para você... Elionay o Grande: - ao sopro do amanhã e ao sol... Adonay: - Então acorde meus olhos estão em javé isso significa sucessor de heróis da suprema liga dos deuses renasça tenha a tua segunda chance!!! A volta do poder fim à guerra acaba final Sequência.13 Elionay se transforma mas uma vez recupera a memória e dispara no céu das águas do olho da água e luta e derrota o exercito de apoliom e com o poder os aprisiona e transporta para longe daquele lugar e forma um escudo de proteção e todo o exercito de apoliom foi derrotado... Hailey: - Você voltou!!! Elionay o Grande: - Obrigado sou mais uma vez!!! A paz chega a terra e tudo o que há... FIM
BY PRODUTOR DO SITE
0 notes
todosobreballenas · 1 year
Text
Descubren una técnica innovadora para pesar a las ballenas
Mediante el uso de drones un equipo científico calculó con precisión el peso de las ballenas francas australes y sus crías en la Península Valdés, Argentina.
Tumblr media
Conocer el peso exacto de una ballena ha sido hasta hoy un dilema existencial para los científicos marinos. Desarrollar una técnica para determinar su peso era un paso de vital importancia y un desafío, ya que se trata del animal más grande que habita los océanos.
” Previo a el desarrollo de esta técnica que utiliza tecnología de última generación, no había otra chance de obtener el peso de un ejemplar de ballena si él animal no estaba muerto”, explicó la dra Marcela Uhart, medica veterinaria que participa en el estudio de la Ballena Franca Austral en el Golfo San Damián ( Península de Valdés). 
Un novedoso método de investigación en fase experimental
“Esta técnica de vanguardia permite calcular casi con exactitud el peso de una ballena mientras ella esta viva, cosa que antes no era posible, y el procedimiento era realizado con el animal una vez hallado muerto.” explicó la Dra Uhart. “Este método es exitoso ya que posibilita el registro del peso de ejemplares que han sido estudiados a lo largo del tiempo y con ello, se pueden obtener datos puntuales de los cambios de grosor acontecidos en la masa corporal , por ejemplo, al momento de tener sus crías” 
La técnica desarrollada, consiste en un procedimiento por el que mediante un dron, se obtienen una serie de fotografías que son la base para calcular con una precisión el ancho, largo y alto del cuerpo de una ballena. El primer paso es el relevo fotográfico y luego de obtenidas las primeras mediciones estructurales, se pasa a realizar un modelo de corte digital que permite obtener un cálculo preciso del volumen de la masa corporal del animal.
Las primeras medidas que se obtienen posibilitan la composición de un modelo digital con definición en 3D que se utiliza para conocer el volumen. “Al momento de hacer el primer estudio con el nuevo procedimiento, se tomaron fotos desde el aire de casi 90 ballenas que habitan la zona de la Península Valdés”, explicó Uhart. “La particularidad que tienen las aguas en esta área es que son muy transparentes , lo cual es una ventaja a la hora de realizar el trabajo y otra , es el hecho que aquí se reúnen gran cantidad de ballenas durante el invierno . Las aguas transparentes hacen que las fotos sean claras y se puedan recabar imágenes de alta definición y calidad, en las que se puede observar la cara lateral como la dorsal del cuerpo de las ballenas” 
Datos fundamentales para colaborar con la supervivencia de la especie
“Los datos hallados en relación al peso de las ballenas estudiadas , que abarcó un amplio abanico , incluyó el pesaje de crías de pocos meses de vida, ballenas jóvenes y adultas y hembras en gestación. Los pesos obtenidos variaron en un rango de entre 1 y 42 toneladas” indicó la dra Uhart. 
La importancia del nuevo procedimiento radica en que permite calcular de modo preciso, las necesidades energéticas diarias de una ballena según su rango etario y calcular cuánto krill y zooplancton debe formar parte de su ingesta diaria . Dentro de un contexto de acelerados cambios climáticos que afectan seriamente la disponibilidad del alimento, el conocer la cantidad que consumen a diario las ballenas , será un dato central para su futura conservación.
Las ballenas emprenden su ruta migratoria cada año desde las remotas regiones polares de las cuales extraen su alimento en la temporada de verano hacia las zonas tropicales en donde se establecen para su reproducción durante los meses de invierno. Cuando migran y se reproducen, las ballenas dependen de la reserva de grasa que alojan en su cuerpo ya que no se alimentan durante este tiempo. Ellas viven de sus reservas energéticas cuando dan a luz y hasta los primeros tres o cuatro meses de vida de sus crías. 
“El empleo de tecnologías de última generación como son los drones para obtener el peso y el estado corporal general de una ballena, y para realizar un control individualizado de las crías , ha sido un gran logro obtenido sobre la base de la utilización de este nuevo método de estudio” finalizó Uhart. 
Originally published at http://todosobreballenas.com/ on April 15, 2023.
0 notes
uispeccoll · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Guest post from John Martin Rare Book Room
At UIowa's Hardin Library for the Health Sciences
NICANDER OF COLOPHON (flourished 138-130 BCE) Theriaka; Tou autou Alexipharmaka [Greek title transliterated]. Theriaca; Eiusdem Alexipharmaca. Printed by John Soteris in 1530. 21 cm tall.
April is National Poetry Month, so we are highlighting the classic works of Nicander of Colophon. Nicander was a physician poet from the 2nd century BCE. We know he wrote many different works, but only two complete examples have survived.
The two works, Theriaca and Alexipharmaca, deal with poisons and venoms. Poems like these were thought to make scientific content and concepts easier to understand and remember. Nicander, though, was more interested in form and style, not necessarily accuracy. Indeed, his poems can be difficult to read and he did not seem to have much knowledge at all of toxicology. As Gow and Scholfield note in their Poems and poetical fragments, "his contorted style and fantastic vocabulary put him beyond the reach of scientists unless they are also Greek scholars. . ." (p. xi).
Nicander was born and raised in Clarus in western Asia Minor (near the larger Colophon, in what is now Western Turkey) during the reigns of the last kings of the Attalid Dynasty of Pergamon. Clarus was home to a large temple devoted to Apollo and there are several references to Nicander's family as priests in the cult, including perhaps Nicander himself.
The longest of the hexameter poems, Theriaca, covers venomous animals. Nicander describes the animals, the symptoms associated with a bite or sting, and pharmacological recipes for treating them. The Alexipharmaca covers poisons that have been ingested orally from animals, plants, or minerals and their antidotes. Much like Theriaca, Nicander breaks the entries into a description of the poison, the symptoms, and recipes for antidotes. Nicander is also thought to be the first to suggest the use of leeches in a medicinal context, although many scholars believe he borrowed heavily from the Greek-Egyptian physician Apollodorus (fl. 250 BCE).
The first known print copies of the poems are in the 1499 edition of Dioscorides' De materia medica. The poems are also bound together in this item with the first Latin translation made by Johann Lonitzer (1499-1569). Lonitzer was a classical languages scholar, poet, and professor at Marburg in Germany. As can be seen from the image above, the cover of the book is cut from a piece of vellum manuscript waste (parchment from an older, handwritten work used in the binding of another book). It is heavily stained with ink spilled from an inkpot (tip of the hat to Collections Conservator Beth Stone for identifying the stain). Perhaps an apprentice or student faced the wrath of their instructor for using the book as a stand for their ink?
It also appears the cover was given conservation treatment at some point before we acquired it. As part of this treatment, the cover was removed. However, when it was reattached, the covers were reversed! Thus, the spine title is now upside down and the ink stains on the front actually originated on the back. Another example of all the amazing stories our books have to tell us beyond what is written on the page. Other than the mistreatment at the hands of the nameless, ink-spilling writer/illustrator, the book is in great condition. And other than some minor staining in the back (ink that bled through from the spill on the cover) and on the edges, the paper is especially in good shape. If you stop by the open house tonight, you'll have a chance to take a look for yourself.
--Damien Ihrig, Curator of the John Martin Rare Book Room
92 notes · View notes
sorrydearie · 3 years
Note
"Don't fucking touch me" + Berlermo
“Don’t fucking touch me!”
Martín's hand was shaking around the knife's handle, his knuckles white and shiny. He was probably aiming for intimidating or ruthless, but to Andrés he looked small and pitiful instead. A spooked animal, backed into a corner.  
Andrés held up his hands placatingly. See, Martín, it was supposed to say, I’m not going to hurt you. Again.  
“Why don’t we talk like civilized men, hmm? Put down the knife.”
A shallow sound tore itself from Martín's throat, more bark than laugh. 
“You don’t get to tell me what to do,” Martín bit out. The anymore lingered in the air between them, as dark and foreboding as the blade of a guillotine. “You left me, Andrés. You fucking left me."
But Andrés knew what Martín was really saying. Of what he was accusing him.
You left me to wither away, to rot, to die.  
You left me to become this.
Andrés swallowed.
“I had to,” he said, heart in his mouth. "There was no hope for us. If I had taken you with me, it would have killed us both."
Martín snarled.
“So what, huh? We always knew that we’d die sooner or later. Just like we knew that we’d die together.”
He sucked in a ragged breath. The tears were streaming down his face now. Andrés knew Martín was too proud to wipe them away. To admit that he cared, that Andrés could hurt him, still. 
“That was the only thing I cared about,” Martín went on. “I just wanted to be with you.”
He sounded so lost, so helpless. Like he couldn’t understand what had happened between them.
Slowly, carefully, Andrés took another step toward Martín.  
The effect was immediate. Martín tensed as if he'd been electrocuted, alert. His hand snapped up again, the knife’s edge glinting in the dim light of his apartment.  
“Don’t!” He bit out. “One more step and I’ll fucking gut you.”
Andrés ignored him.
Not giving Martín a chance to react, he closed the distance between them in fast strides, wrapping his arms around Martín and pulling him against his chest.  
The knife sliced through the sleeve of his jacket, its blade dragging across Andrés's skin.  
He barely felt it.  
The only thing he could focus on was Martín. How he struggled against him, how he whimpered and mewled like an animal about to claw off its own leg to escape from the hunter's trap.
Andrés tightened his grip.
“I couldn’t give you what you wanted. Not back then,” he said, thinking about his mother's disease. His own, now.  
“But things have changed,” he continued, thinking about the medicaments Sergio had procured for him, about the trembling in his hands becoming less and less with each passing day. “I will have you now."
Martín froze against him.  
For a moment there was only silence and the pounding of Andrés's heart. 
This was it. 
The moment of truth.  
The knife clattered to the floor.
Martín’s arms wound around Andrés’s middle as he pressed against him, impossibly close. As if he was trying to climb inside Andrés, to mend their broken souls, to bring them back together.  
“Hijo de puta. Next time, I’ll kill you right away.”
Andrés just smiled, and pressed a kiss against the top of Martín's head. Good thing he wasn’t planning on leaving Martín ever again.  
44 notes · View notes
claudehenrion · 2 years
Text
Nihil novi sub sole... (bis, ou ter... ou plus encore !)
  Profitant du ''week-end'', je réfléchissais sur ce monde où nous étouffons et qui nous étouffe, et sur tous nos politiciens, tous indignes des responsabilités que la chance, leur culot, parfois-même leur bêtise... ou notre indifférence ramollie-- ont placé à des postes d'où ils peuvent, pépères, ''emmerder'' une humanité en perte de caractère, de vitalité, de virilité et de courage, et lui (et nous) imposer leurs sinistres visions qui ne peuvent déboucher que sur des perspectives mortifères...
Pendant l'année qui vient de mourir --des ''suites d'une longue maladie'', selon la formule fausse mais consacrée (NDLR : ce ne serait que ''des conséquences'' que meurent les malades du cancer. Ceux du covid aussi, mais là, c'est souvent vrai !)--, nous avons souvent parlé de ces faux gourous, faux prophètes, fausses valeurs mais vraies catastrophes-sur-deux-pattes qui empoisonnent le monde --et nos jours... tels redoutable Klaus Schwab et de son mortel ''Great Reset'' ( ''remise à zéro'' qui laisserait 95 % de l'humanité sur le carreau)... le dystopique Dr Laurent Alexandre avec ses dadas (intelligence artificielle et transhumanisme poussés à l'absurde), ou Attali l’illuminé, le Philippulus dont les rêves sont des cauchemars...
Dans cette liste interminable d'idées minables, ne pas oublier le terrifiant Delfraissy, ratiocineur-en-chef des fantômes qui hantent l'Elysée : hier sur France-Info, il a donné raison à ce que dit ce blog depuis mars 2020, en avouant en cascade que le fameux vaccin Pfizer dont le Président se sert pour nous emmerder était, finalement et pour parler vrai (pour une fois !)... d'abord ''un produit'', puis... ''un vaccin-médicament'', puis... ''une espèce de médicament''... et enfin : ''UN MEDICAMENT'' (la vidéo est visible sur le site éponyme). L'entendre abjurer deux ans de soutien mordicus du contraire et d'ostracisme de ceux qui disaient la vérité... démontre que la vilenie est sans limites ! J'avoue ne pas être mécontent ! Mais quel prix il nous a fait payer, ce nul-en-chef ! Et le maquignon de Matignon, ce jocrisse, va faire semblant de s'étonner si 73% des français n'ont aucune confiance en son gouvernement ! NDLR : qui peuvent être les quelques pour cent restants ? Sans doute ceux qui n'ont pas lu la question + ceux qui se sont trompés en cochant la case du sondage
Car les deux dernières années ont été riches en idées appauvrissantes qui, toutes, tournaient autour de la crise artificiellement fabriquée par et avec un ''SARS Cov II'' échappé par erreur (?) du laboratoire P4 de Wuhan (en VO : ''c'est pas vrai'' !) et qui a fait ployer l'humanité tout entière sous des mensonges, des approximations, de fausses affirmations et de vrais ''n'importe quoi''... Tous les gouvernants, chacun entraînant l'autre, se sont répandus en mauvaises décisions, la plupart inutiles, certaines contre-productives mais toutes extrêmement coûteuses : confinements, couvre-feu, masques, passes sanitaires devenant vaccinaux uniquement pour ''emmerder'' les braves gens (il y en avait tant qu'on a dû ouvrir des maisons de pass !), fermeture des spectacles (mais ouverture des prisons), et permission accordée de boire assis, couché, la tête en bas ou sur le ventre et le nez dans le tapis... mais pas debout ! Dans le goulag delfraissien, on ne peut plus manger un bonbon dans sa voiture, même si on est seul... et on peut se balader jusqu'à 23 heures mais la permission de minuit est refusée à tous les français : mineurs et minus habens, ils ne sont pas dignes de confiance...  Et dans le fond, nos ''loups-gourous'' dévoreurs d'humanité ont de bonnes raisons de les et de nous mépriser : n'avons-nous pas porté au pouvoir, depuis une petite dizaine d'années, des nuls patentés, sans talent et sans compétence, je veux dire : ces nuls, eux-mêmes ?
Et ce n'est encore rien... si on pense aux idées pourries qui germent dans les cervelles (à ce niveau primaire, on ne peut pas parler de cerveaux !) des élus du parti majoritaire. Elles portent, par exemple, sur la suppression envisagée de la propriété privée transmissible, la guerre déclarée à l'héritage, à la culture, à la famille, aux relations hommes/femmes, à la procréation normale... à la religion (sauf l'islam, qui leur fout la trouille), à l'état-civil... et à tout ce qu'il est normal  de transmettre, sans se soucier des conséquences de leurs bricolages insensés, comme la multiplication des inimitiés entre humains, des oppositions familiales, de l'agressivité résultante dans le travail, etc... Cicéron, dit-on, aurait écrit : ''Plus l’effondrement d’un Empire est proche, plus les lois qu’il fait sont folles''
Tout cela tournait sans fin dans ma tête, lorsque je me suis souvenu d'un livre, feuilleté il y a longtemps, le ''De Regno'', de Saint Thomas d'Aquin. Et dimanche (un bon jour, pour relire un Saint, Docteur de l'Eglise !) j'ai fouillé ma bibliothèque. Mes souvenirs étaient bons : cet opuscule (175 pages), écrit au XIIIè siècle, est ''d'aujourd'hui et pour aujourd'hui'' ! Rapide ''retour sur images’’ : l'île de Chypre, conquise en 1191 par Richard Cœur de Lion et passée peu après aux Lusignan, avait alors pour roi un enfant, Hugues II (1253-1267, roi à son berceau et mort à 14 ans). Son successeur, Hughes III le Grand, allait prendre, en 1269 le double titre de roi de Chypre et de Jérusalem (pourquoi pas ?), mais c'est pour le roi-enfant Hughes II que Thomas écrivit ces conseils, qui ont été trop vite oubliés, hélas...
Plutôt que de raconter mal ce qui est bien dit, je recopie quelques passages : ''Ceux qui ambitionnent de régir plus que de servir paralysent leurs sujets : être excellent rend suspect d’attenter à leur domination. Le tyran soupçonne davantage les bons que les méchants, et la vertu d’autrui lui paraît toujours redoutable. En conséquence, il s’applique à étouffer chez ses sujets toute vertu, qui pourrait être source de réaction contre lui. Il s’efforce d’empêcher tout lien d’amitié et toute paix, entre eux, afin que, la confiance mutuelle étant détruite, aucun complot ne puisse se tramer contre son pouvoir. Le tyran sème donc la discorde entre les sujets. Il empêche tout ce qui pourrait resserrer les liens entre les hommes, comme les noces, les banquets et tout ce qui peut engendrer l’intimité et la confiance. Le tyran, soupçonnant en ses sujets la malice qu’il sent en lui-même, craint de voir leur puissance et leur richesse se retourner contre lui, comme lui-même se sert des siennes pour nuire à autrui''. (in- De Regno ad Regem Cypri, Livre Premier). 
Chose étonnante, chaque mot s’applique à notre temps : masques, gestes-barrière, ''casse'' de Louis-le-grand et  H IV, interdiction des réunions, fêtes et repas de famille, terreur du ''complot'', méfiance de ''l'autre'', qu’on présente comme un ennemi propagateur, rejet des ''déviants'' en ''caste'' d'intouchables... Rien ne manque, et on dirait que Thomas avait écrit ce livre pour les jours de covid et pour les temps qui s'annoncent. ''Que ceux qui veulent entendre, entendent, et que ceux qui veulent voir, voient'', aurait dit le Christ --selon St Matthieu. Avec la prochaine élection présidentielle, le temps de tout subir en silence et de somnoler devant sa télé doit se terminer, pour nous : l'heure est trop grave et les menaces trop ''définitives''. Il est temps de se mouiller et d'agir pour sauver notre civilisation, notre patrimoine intellectuel et culturel, donc nous, nos enfants et nos familles.
Il est temps encore de sauver la France du progressisme, de l'internationalisme, d'une sinistre islamisation de moins en moins impossible, et de la folie moderniste qui veut détruire tout ce qu'elle est, ce qu'elle a été, ce que nous sommes, tout ce que nous aimons et sommes en train de perdre par la volonté criminelle de quelques poignées d'idéocrates de gauche, ivres du désir de casser tout ce qui marche ''pas si mal que ça'' (la famille, le nom, la filiation, la paix entre hommes et femmes, la propriété privée, le mariage, l'héritage, les plaisirs de la table et de la chair, notre liberté, ou la promotion par le mérite d'une véritable élite dans nos lycées...) et d'arrêter le massacre en cours, qui pervertit la démocratie en faisant loi de tout ce qui profite aux minorités (existantes ou inventées !) et fi de tout désir émis par la majorité ! Et la disparition, en cours, de la France, soit dans une Europe sans foi, soit dans un islam sans loi ''acceptable'' ! Relisons vite Thomas d'Aquin !
H-Cl.
Erratum - Un lecteur sympathique relève une superbe bourde dans le ''billet'' d'hier : le Djebel Toubkal ''fait'' 4167 m et non les 3800 m riquiqui que je lui ai attribués, mélangeant une récente balade au Pic du Midi avec mes nombreuses ascensions de ce superbe ''Plus de 4000''. Pardon à mes amis marocains d'avoir sous-estimé leur magnifique patrimoine géographique qui m’est si cher. Je ne le ferai plus !
3 notes · View notes
toffavoyance · 2 years
Text
Avoir la chance
POUR AVOIR LA CHANCE D’ARGENT DURANT LA JOURNÉE Mettez 3 pièces de 100f CFA dans votre eau de bain, et laissez dormir l’eau.Le lendemain lavez-vous tôt le matin sans parler à quiconque et avec vos vœux d’argent.NB: Donnez les pièces d’argent à une vieille mendiante.
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
mudo-toda-hora · 4 years
Text
Texto para ele.
Seguindo a dica da psicóloga...
Bom falando em sumir, hoje é o quarto dia e eu ainda não estou conseguindo dormir, não q eu tenha tentado hoje porque é mais um dia sem a gente e hoje você pediu para eu não te ligar pq vc precisa terminar um projeto porque amanhã você quer descansar.. Você deve estar mais cansado que eu, suponho, ja vc não está tendo uma válvula de escape então faz sentido vc só querer dormir, em contra partida eu nao suporto a ideia de parar porque é quando eu começo a pensar na gente e em tudo que sempre falamos cada dia que passa pequenas declarações e promessas suas pulam na minha mente so para eu ter um motivo novo para chorar, so para mostrar o quao envolvida eu estava e com base nas suas palavras vc tambem estava então voltamos para o mesmo lugar, dos porquês e você ja não quer mais repetir e minha cabeça se recusa a relembrara as suas palavras o que mais doi e que eu nao me desconectei, eu ouvi cada palavrinha do que você disse mas eu me recusso a me lembrar, eu decidi que hoje eu nao iria chorar, achei que nao tivesse mais lagrima mas tenho sim e ja estou chorando estava pensando em propor ir a um motel como despedida sei lá, meu corpo pede por você, estou a tanto tempo com saudades.. mas sei que isso tambem e uma tentativa de te trazer de volta mas nao q eu fosse pedir (com palavras) mas queria te mostar a posiçaõ q eu gosto com vc sentado em eu por cima e você nao teria para onde olhar se nao pra mim. mas nao começaria assim eu iria pedir para vc levar a sua mascara e eu estaria com aquela camisolinha q e trasnparente mas vc nao iria ver iria colocar a mascara no seu olho e beijar cada pedacinho de você, como se fosse a ultima vez sem neem me importar se vc vai reclamar q pegando nas suas pernas e so quando eu tivesse certeza de ter memorizado e beijado inteirinho eu iria te cupar e iria sentar assim mesmo mas vc nao estaria colocando as mão em mim depois te colocaria sentado e tiraria aa sua mascara para a geente gozar junto olhado um no olho do outro nao sei porque nunca fizemos nessa posição.. percebo agora que estive tao imersa em preocupaçoes que me apaguei.. talvez você nao tenha efriado mas a paixão sim?
sexo por si e muito importante pra mim e é assim q sei que sou amada mas pra você não, eu sei disso mas achei q tu viria ate mim você sempre aplica esse discurso para mim sabe? faria sentido vc praticar, mas eu nao sei se teria a coragem de te propor na real tenho medo de vc ja ter ficado com outra pessoa e querer usar camisinha. Nao faz sentido né ? vc é solteiro! e eu tambem... é deveriamos usar
mas ainda te sinto meu, bom vamos ver como me sinto no sabado por hoje eu estou bem, melhor do que ontem, mas nao tenho coragem de ler tudo q ja te escrevi kkkk
pensei que você iria querer suas coisas de volta entao elas estao separadas em cima da minha cama me fazendo companhia ou talvez me assombrando como se pudessem ser você mas nao. E juro q esses dias pensei em ter visto seu sembrante.
Eu nao quero tomar remedio para dormir pq acho q eu preciso sentir tudo isso mas logo menos ja vai completar uma semana e nao vou poder prolongar muito mais estou me dando as minhas despedidas eu acho, mas eu nao quero ir
uma parte de mim grita que eu devo ficar e tentar te salvar afinal nao se abre mao do amor mas ainda conta como abrir mão se a pessoa esta te mandando embora?
Bom em umas das minhas fugas de mim eu te propus pular de paraquedas eu sindo que preciso desse pulso de adrenalina beirando a irresponsabilidade hahaha quero me sentir no controle de novo talvez por isso a despedida do sexo tambem, acho que você vai poder entender mais coisas com essa conexão do que se fosse eu te explicando mas tambem nem sei se vc vai querer ir, ou se eu vou, vou centralizar minhas expectativas ao paraquedas se esse falar nao nada tão significante. Eu sinto falta da sua voz nao q a gente estaria conversando agora pq vc estaria trabalhando de qualquer jeito mas é como se vc tivesse tirado o pedacinho seu que estava em mim e que me fazia companhia que estava deitadinho no meu coração me lembrando de promeças de amor e de cuidado que nao tinham data de validade. Eu deveria estar lendo, deveria estar tentando me entender me concertar mas eu so quero chorar! mesmo a quantidade de lagrimas estando menor sinto que nao desabei tudo, queria seu colo pra me dizer que esta tudo bem
Sabe, acho que nao sabia aonde estava me metendo, antes eu teria fugido mas com você eu quis ficar você me deixou segura para ser mais fragil, me desmontei achando que voce iria cuidar, de verdade, não sei se eu planejava me remontar mas agora eu tenho e o final de semana talvez seja minha ultima chance, afinal segunda feira sera oficilaente uma semana de termino.. me sinto tão perto de viver sem você como um peixe se sente com relaçaão a agua
Eu acho sim que a gente nao devia mais se falar mas por essa semana te quero aqui, por essa semana quero chorar para vc, quero fazer amor, quero beijos que nos levem para outro lugar e quero que a sensação de simplismente se jogar e confiar que nao vai morrer esteja vinculado a você
isso pode ser so um delirio, sei disso e agradeço a você por nao verbalizar essa hipotese hahahahha
Meu, eu nem sabia ondem estavam os blocos que eu contrui aqui dentro e nao sei te dizer com certeza quando você os tirou mas obrigada por fazer, eu acho. por mais que doa e por mais que pra mim não faça sentido foi bonito e foi amor
eu quero poder pensar em você e nao te culpar e nem chorar, literalmente você me cativou e eu não quero contar para ninguem porque sei que vou chorar e sufocar que nem estou fazendo agora mas é uma parte do processo, tirar nosso relacionamento serio, apagar nossas fotos das redes sociais e deixar so no meu celular um ano inteirinho de você para olhar de vez em quado e lembrar dos momentos bons, quem sabe um dia so com carinho pelo momento e nao com a sensação de rasgar meu coração em mil pedaços.
Eu sinto sua falta
Escrever para você so me deixa com mais vontade de falar com você, tem uma frase que eu sempre gotei dela mas agora ela faz jus "no topo do mundo ou nos profundezas do desespero" estou assim esses dias, e me incomoda nao conseguir dormir muito porque eu queria pagar tudo isso e transformar tudo em um sonho ruim
Eu te amo
Estou com saudades
Fica
Me desculpa
Pelo que ? nao sei, por nao ter te escutado tao bem, por todos os impulsos e surtos, queria te segurar e te dizer tambem para não explodir mas nao sei onde você esta nao de verdade e e por isso que tem uma voz que me diz para ficar e te esperar mas nao sei se você volta.. vai ser dificil entregar suas coisas e esvaziar minha gaveta, eu estava ate pensando em roubar um nicho hahahaha e como vai ser? um aperto de mao choroso e um adeus mal resolvido
uma semana e um tempo bom para me recompor ?
vai doer por quanto tempo?
você diz que eu torturo a gente relembrando do nosso passado, mas você comentou com a maior naturalidade sobre eu estar desenhando estrelas em você, como se isso fosse ocorrer de novo, algo recorrente e nao como se aquela tivesse sido uma ultima vez (me abrigo a adicionar um talvez para acalmar meu coração)
Eu te amo
Estou estou com saudades
Doi nao ter você, doi saber q a pessoa que me prometeu colo pra sempre, q falou que eu sempre poderia ir na sua casa e que disse que eu nunca estaria sozinha não hesita em dizer que nao quer mais isso, me sinto traída, culpada? nao sei
A gente acabou de fazer um ano
A gente tem uma tatuagem juntos
A gente estava coprando um ap
Eu repito isso como se fossem os pilares da minha sanidade, mas na verdade são os pontos chaves para partir meu coração
Eu sempre vou te carregar no calendario, na pele e no coração
Ai, sao tantas sensações que eu nem devo ter tudo isso de divertidadmente para geri ahhahaha sinto sua falta e egoistamente queria q vc sentisse a minha mas aviso que isso doi entao tomara que nao sinta e que seja so um lapso de foco para você q vc retome a consiencia apenas quando eu te ligo e que va leve como o vento para algum lugar onde sentimentos nao machucam e onde amor encontra, cuida e luta, bom, um montao de cliches para você ahhahah
Ei, me pede para ficar e me leva par a lua
"Be, vou te pedir uma coisa, por favor não fique chateada
Preciso muito termina um monte de coisas hj, não me liga hj por favor, eu tenho que focar nisso para poder dormir amanhã"
Mas aqui parece q te faço tao mal, queria te pedir para me ligar antes de dormir mas nao e justo manter a rotina e so me deixaria mais anciosa e lembrado que eu preciso dormir ainda
Em paralelo a tudo isso estou com paranoia de gravidez, sei q nao deve ser nada a medica disse que fiz certo, eu só estou juntando que você disse q a mulher fica mais fertil quando o casal nao esta bem ai o post da dor no dente o sangue faquinho a azia e enjoo e agora dor na perna mas claro q pode ser tudo da minha cabeça, certeza q sim mas é entranho não poder te contar essa paranoia, nem seria justo se eu contasse né bom, como tudo aqui, são so coisas da minha cabeça.
Eu te amoo queria q vc um dia lesse tudo mas eu nao tenho a coragem de ler enfim a hipocrisia hahahahaa
"Pare o tempo, baby
Que hoje eu vou dançar contigo até o planeta congelar"
Amo você L.
13 notes · View notes
Text
Gotham City Rivals - Gerard Way x Reader
Reader: Catwoman!Reader Warnings: a little bit of fighting, minor injuries Word count: 2 716
Carefully you slid open the window to the building. Pretty stupid to house such a major company in a house with slid-able windows and not locking them from inside. But then again you were ten stories up, and most thieves did not go through the trouble of climbing up to the tenth floor to break in, at least not when there was no fire escape or anything else to climb up on. Lucky that you did not need anything but the wall and a few slim window stills. When you had opened the window far enough, you slipped into the room, your feet landing graciously and without a sound on the floor of the office.
The black fabric of your suit was tight around your chest, which annoyed you a little, but at the same time it protected you; the fabric was of a special quality, no blade was able to penetrate it, all while taking none of your suppleness.
For a few seconds you stopped in your tracks, listening to your surroundings, but everything was quiet, not even the humming of a printer or computer was audible. With quick steps you approached the desk in the office. The pharma company you were breaking into was planning on bringing a new medicament onto the market, one that showed severe side effects. About a quarter of the subjects, on which the meds had been tested, had completely lost their mind, and within a few days had behaved no more civilized than the dogs on the streets. Of course, a company of this size had managed to destroy all the evidence, and since they cared about nothing but their own profits, they had started production anyway.
A few days ago the elderly mother of one of the test subjects had told you about all this while both of you were waiting in a wash saloon your load to finish. And after some intense research, you decided that tonight was the night you needed to take action.
You walked over to the heavy oak desk in the center of the room, and knelt down in front of the drawers, all of which were locked. Blowing the air out of your nose, you grabbed for the tiny tools you had kept hidden under your suit, and went on to pick the locks, one after another.
The first drawer only contained pens, staplers, and a hipflask. The second drawer was already a little more interesting, containing papers and files, and after you had quickly flipped through them, you realized that they all were of no value to you. But the last drawer, the one in the bottom that had taken you three times as long to pick as the others, this one finally contained what you had been looking for. At first glance it seemed to be almost empty, only containing a box with pins, and some eau de toilette, but you had a feeling that something was off about this drawer, so you searched around a bit, and soon found the mechanism that allowed you to take out the fake floor, which you had suspected to be hidden there. And finally you held the file in your hands that documented all the subjects and their horrible side effects; side effects that had left over a hundred families with to primal instincts reduced family members.
You quickly flipped through the file to make sure it really was what you were looking for. There were pictures, names, dates, statistics; you even found the son of the lady who had talked to you.
Giving a quiet sigh of relief, you closed the file and pushed it into a hidden pocket on your back, allowing the advanced technology of your suit to close the sides of the pocket so the file was safe. Then you placed the fake floor of the drawer back inside, arranged the box with the pins and the bottle with the eau de toilette the same way you had found it, and locked all the drawers again, hoping to keep your theft unnoticed for as long as possible.
Out of the window, closing it, and up the wall towards the roof you went. The night was cool, and the moon was shining brightly. You stood at the edge of the roof for a while, admiring the city beneath your feet. Flickering lights danced in the streets, and most windows were dark, only a few were lit up with the late night lives of their apartment’s inhabitants.
You were about to turn around, when the portentous rustling of huge wings over your head made you skip around all the more quickly. It was not the first time you had heard these wings, and it almost never ended well for you.
“Catwoman,” the distorted voice behind the mask spoke to you. He had landed a few meters away from you, folding his wings onto his back, the black, bat-like mask staring at you emotionless.
“Batman,” you replied, trying to sound bored instead of nervous.
“I think you have something that doesn’t belong to you,” he spoke.
Damn, he was good. Probably he had been watching you the whole time. If he would not always be such a prick trying to sabotage your work, you could almost fancy him. He seemed to have the heart in the right place, as you had concluded from the encounters you have had so far. And that thought was none you liked to think, considering he was basically your rival, but most nights his mysterious demeanor chased your from waking into your dreams, and in those he was by far not as hostile as in real life.
“I don’t know what you’re talking about.”
You strode over to him, elegantly placing one foot in front of the other, quiet like a cat. You were aware of his lingering stare, even though you could not see his eyes. But you also knew that he would not be fooled by the simple sway of your hips; he was still high alert, and he stiffened in his armor when you ran your fingers over his arm.
“The files,” he hissed.
“What files?”
“These.”
With one swift motion he grabbed you by the arm and turned you so your back was facing him, poking your back with a finger of the other hand.
“Let go,” you demanded, staying as calm as possible.
You could not afford to lose these files, you needed to get them to the prosecuting attorney's office as soon as possible.
“Give them to me, and you can leave,” he answered, his voice directly next to your ear making you flinch.
“You don’t know what’s on the line!”
That you were pleading, you were well aware. But he really did not know; he knew nothing.
“I don’t have to, give them to me.”
With one swift motion you turned around, ignoring the stinging pain in your twisted arm, and pushed yourself off the ground so hard that you managed to kick Batman in the chest. He tumbled and let go of you, allowing you to quickly run towards the connecting rooves. Sadly Batman was not surprised for long; instead he came after you, pushing you over in your sprint, making you tumble to the floor. As fast as you could, you turned onto your back, and jumped up again, ready to fight, but you could not spot him anywhere.
For a second you stood, wondering if he was really gone, when suddenly a heavy hit to your back sent you to the floor again. You wanted to get up, but he was already holding you to the floor.
“You should’ve given ’em to me when I asked nicely,” he hummed into your ear, and a second later the familiar sound of the opening of the flaps on your back sounded through the air.
“No, no, you can’t do that, you don’t understand!”
You tried screaming and wiggling, but Batman held you down, taking the files out of the pocket.
“No, give them back, asshole, give them back now!”
“You really have to learn to understand the difference between what’s yours and what’s other people’s stuff,” he hissed, his distorted voice flickering slightly.
“It’s not like I steal for fun!”
As soon as his weight was off your back, you jumped up, ready to fight, but you only saw his figure jumping off the roof and disappearing in the night, and with him your only chance to stop the company to produce these meds.
Defeated you stood on the roof, watching the night city, that now had nothing magical anymore, only defeat and disappointment wafted through the streets.
~*~
Back home you pulled off your suit, taking a closer look at the damage Batman had done. The flaps of your back pocket had been torn open forcefully; it would take you a while to repair this properly, so you gently removed the useless fabric, not wanting it to get into your way while not being fixed. The damage that had been done to your body was not as severe as the last times. Your arm still stung a little, making you believe you might have strained the muscles in your shoulder while wiggling out of Batman’s grip. There were a few bruises forming on your body, a big one on your back, but nothing that would not heal in time.
If you were completely honest with yourself, you felt miserable and sorry for yourself. You had lost the chance to save lives, and Batman had, once again, defeated you.
The bathroom mirror was fogged up after you had taken a long bath. Through the fog you starred at your reflection, the image of your rival’s mask flashing before your eyes again and again. You wondered what he looked like. Was he pretty? What color were his eyes? Maybe he had a gigantic scar across his face, one that made him look like a monster. Was his hair long, or rather short? Were his lips pink and kissable?
You tore away from your thoughts, ignoring the pull in your stomach. Trying not to touch your newly formed bruises too much, you slipped on a bathrobe, and waddled into the kitchen, getting yourself a cup of hot chocolate, before you fell down onto the sofa in the living room. Yeah, maybe you were Catwoman at night, but at day you were just another citizen of Gotham City who wanted to be left alone.
The tv flickered colorful images into your direction, but you barely payed attention to what the news were saying. Your thoughts still wandered back to Batman and the man behind the mask. Had he taken a look at the files? Had he wondered why you were so desperate for them? You slipped in and out of sleep, and only when the day was over and the sun began to set again, you got torn out of your dreamless state by police sirens that chased down the street. The tv was still running, the red banner in the bottom of the screen announcing that there were breaking news.
For a moment you stared at the screen, unbelievingly reading the lines, before turning up the sound to listen to the news agent, who read with a serious voice that this morning the prosecuting attorney’s office had received an anonymous tip about the involvement of a pharma company in the cover up of severe side effects concerning their meds. Since then the police had started an official investigation and arrested all the people they suspected of involvement in that case.
You sunk back into the cushions of your sofa. So Batman had taken a look into the files and handed them in. He was fighting crime after all. How foolish of you to think he would just put it back mindlessly.
The sky was growing dark outside when you finally moved. You were still aching from the fight last night, so you decided to keep the suit packed away, and instead moved to sit on the roof top, just wearing your everyday clothes.
Once again the moon was bright enough to shine onto the roof tops around you, allowing you to watch the skyline.
The familiar rustling of wings surprised and unsettled you, when Batman landed behind you.
“How did you find me,” you asked, jumping up from your spot by the edge of the roof.
“Good evening to you to, (y/n),” he answered, sounding slightly amused, “bold of you to assume I don’t look up the mysterious people I meet at night.”
You furrowed your brows. “Stalker.”
A chuckle escaped from under the mask, a chuckle that startled you.
“If you want to call it that, feel free to do so,” he laughed.
For a while you were standing there, not sure what to say.
“Anyway, since I know your face now, I think it’s only fair to reveal mine as well,” Batman suddenly spoke back up. With a swift movement he pulled off the black helmet. Black hair fell down the sides of a soft face, warm hazel eyes looked at you shyly; an expression you would have hardly expected Batman to wear. The black curls almost reached down to his chin, and if you had wondered if he was pretty, you had never imagined him to look this breathtakingly beautiful. “I’m Gerard.”
“Thanks,” you mumbled, “I mean- thanks for trusting me with your identity.”
Gerard sent you a glance from the corner of his eyes.
“And here I was, thinking you meant the whole pharma company thing.”
You turned to look at him, raising your eyebrows.
“Well, I don’t think I’ve to thank you for that one. It was the right thing to do.”
“So you’re saying,” Gerard took a step closer to you, “that it was basically expected from me to hand the files in, so you don’t need to thank me?”
“I’m saying that you are lucky that you handed them in, otherwise I would’ve kicked your ass by now.”
Gerard chuckled quietly, a sound that made an unexpected spark of warmth spread through your body.
“You’re pretty sassy, you know that right?”
Once again you raised your eyebrows at him. “I suppose so, got a problem?”
Gerard shook his head at you, his lips pulled into a sly smile, while he took another step towards you.
“Not really. I actually like it.”
“Oh, you like it now,” you mocked playfully, “Next Gotham City’s Batman is gonna suggest to work together, aren’t you?”
Gerard shrugged, leaning towards you. He had long invaded your personal space, and you found yourself not minding it in the slightest.
“Well, actually…” he grinned, “actually I was suggest to kiss first-”
Your heart jumped at his words and your eyes involuntarily fluttered to his lips for a split second.
“-and then I was gonna propose working together, but whatever.”
He lifted his gloved hand up to your cheek, and ran his fingers gently over your skin, making you shudder at the touch; a comfortable, nice kind of shudder.
“Let’s do the kissing first,” you decided.
Before you even had a chance to do anything else, Gerard had already closed the small gap between the two of you, and slammed his lips against yours, in a kiss that was filled to the brim with all the excitement and tension that flooded his body every time as soon as he merely thought of you. You did not hesitate to kiss back, pulling the now unmasked hero closer to your body. His armor was hard and cold to your touch, the shield that protected his chest almost resembling metal. His soft skin, the silky curls at the sides of his face, and his warm, sweet lips stood in a strange contrast to that. He radiated warmth where his body was not shielded by his suit, and his breath against your skin reminded you just of how alive both of you were right now, here, on top of this roof, standing above the city.
When you pulled away, your cheeks had taken a cute, pink blush, and Gerard too was slightly flustered.
“’bout the working together thing,” you asked, your forehead leaning against Gerard’s while both of you shared a breath, “when do we start?”
PART TWO
74 notes · View notes
alexia-petra · 5 years
Text
30/11/19
Querido diário,
eu mal posso esperar pra ir embora. comprei a passagem pro dia 10/12 pra santa cruz de la sierra, e pro brasil será às 02 e pouco do dia 11/12. eu to com tanta saudade dos meus pais, da normalidade da minha casa. de comer a comida da minha mãe. de acordar a hora que quiser e ir na cozinha e ter comida pronta, ter banana prata, ter a minha mãe pra eu abraçar. de chegar a noite e ficar conversando com o meu pai, ver filme e documentário com ele. ficar conversando a toa com todo mundo na hora do jantar. de arrumar as coisas e ir pro sítio. de ficar estendida no chão da beirada da piscina e comer os petisquinhos que a minha mãe faz. ver meu pai roçar o capim e chegar todo sujo de terra e mato e morrendo de fome, tomar um banho rapidão pra comer com a gente. to com saudade de deitar no colo dele, sentir aquele cheiro maravilhoso de conforto e segurança do peito dele. de deitar na cama com a minha mãe, ficar jogando conversa fora, abracada nela, sentindo o cheiro de mãe maravilhoso dela. to com saudade de ficar irritada com o meu irmão falando sem falar enquanto joga. saudade de ele me chamando de té, e de implicar com ele sobre qualquer coisa. de apertar ele até ele gritar, porque eu não consigo me conter porque ele é meu amorzinho fofo. me entristece que eu não tenho planos de fazer isso ou aquilo com a luisa. esse ano ela me acostumou na marra a ficar sem ela, de não contar com ela nem pra responder uma mensagem. me deixa muito triste ver a aliança, mais que amizade, mais que irmandade, que a gente tinha, virar nada, virar memória e nostalgia, enquanto ela segue a vida dela, e eu com a minha. me entristece que eu tentei de verdade manter o máximo que eu pude, mas não importa o meu esforço pra isso já que da parte dela, não existiu. me entristece saber que eu não faço ideia do que eu quero fazer da minha vida, e que apesar de eu gostar muito do curso,eu ver vlogs e posts de aeromoças da emirates e achar incrível, e querer aquilo pra mim, nem que só como uma experiencia, porque me parece uma experiencia muito interessante.
me entristece saber no meu coração que eu quero o curso em grande parte pra poder retribuir de maneira financeira, com presentes e viagens tudo o que os meus pais fizeram por mim, e saber que meu pai se orgulha tanto do que eu to fazendo, que seria muito difícil desistir desse projeto. 
me entristece o fato de  eu sentir saudade de comer produtos animais, e querer comer pra me consolar, porque ultimamente eu estou sentindo uma angustia tão grande que parece que vai me engolir inteira, que eu quero sim sair e comer um sorvete, um pão de queijo, uma carne, uma coxinha,um peito de frango grelhado, e sentir a minha convicção pela causa se esvair num lugar em que opções veganas são muito mais que limitadas. e mais limitado é o meu animo pra fazer eu mesma em casa comidas diferentes, de modo que eu estou comendo uns 4 pratos repetidamente há um ano. 
me entristece o fato de eu não poder deixar meus pais mais orgulhosos, ser mais forte, ser mais determinada, mais capaz, menos deprimida, menos chata, menos impotente, menos perdida
eu estou perdida
não faço ideia do que eu estou fazendo, e não sei se me sinto assim porque meu psicológico está desgastado profundamente por estar todo esse tempo longe de casa, e passando por esses problemas dentro da minha cabeça, ou se é porque eu to perseguindo o objetivo errado. não sei se o fato de eu pensar que seria muito legal eu depois do segundo ano de faculdade eu trancar e tentar ser aeromoça da emirates, como me parece ser uma coisa muito incrível de se viver, e saber que as chances de eu realmente fazê-lo uma vez que eu vá pro sexto período são muito, mas muito pequenas, mais ainda uma vez que eu me forme.
eu quero ter todas as experiencias que for possível, sinceramente. por isso eu quero ser medica sem fronteiras. ao mesmo tempo, eu também tenho um medo muito grande de ficar sozinha. tenho medo de perder meus pais, que são literalmente a minha razão de viver. tenho medo de estar jogando fora tempo precioso,que podia estar sendo passado ao lado deles.
eu queria ter convicções fortes sobre o que eu quero fazer, o que eu quero ser, o que eu quero atingir, o que eu quero ter, o que eu desejo pro meu futuro, porque eu francamente, realmente, estou perdida. me sinto perseguindo algo que não sei o que é, o que facilita muito o enfraquecimento do meu dia a dia, do meu espirito. 
o que eu sei: eu tenho medo de ficar sozinha, mas não quero depender emocionalmente de um homem na minha vida, quero ser independente o máximo possível. quero ter dinheiro, pra que eu possa viver tudo,ter o máximo de experiencias, e comprar tudo que meus pais quiserem, e levar eles pra onde eles desejarem. quero ser sexualmente bem resolvida, gozar muito, sem culpa nem medo. quero ter amigos. quero ser uma boa pessoa, da qual meus pais ficarão orgulhosos, com razão. quero não me sentir como uma fraude aos olhos deles. quero ser uma mulher poderosa, quero ser bonita e inteligente, com uma carreira incrível, quero me admirar. quero ser amada. quero ser feliz.
no momento eu sinto angustia, aprisionamento, tristeza, arrependimento, duvida, medo, culpa, raiva, cansaço, desprezo por mim, saudade, vergonha, muita vergonha, baixa auto estima, mais culpa, muita culpa, ansiedade, desanimo, tristeza, vontade de me machucar, vontade de desligar meus sentimentos, vontade de ser abraçada e me sentir segura pra chorar e ter minha crise de ansiedade que sinto presos no meu peito, me sufocando por dentro. sinto insegurança, instabilidade, medo, impotência, incapacidade
eu continuo com o pensamento que eu tenho há anos de que eu vou ser a pessoa a causar minha morte, deliberadamente. eu não planejo fazer isso enquanto meus pais estiverem vivos, já que a ideia de machucá-los e desapontá-los ou decepcioná-los assim é inconcebível pra mim.
eu queria muito acreditar em deus nesse momento. eu queria que existisse um ser que pudesse me consolar, que eu sentisse que pode me proteger, me guiar, me apontar na direção correta agora que eu não faço ideia do que eu estou fazendo, de se é o correto ou não pra mim, se vai me fazer feliz, se vai valer a pena.
eu quero parar de me sentir como um peso, uma carga
eu consegui chorar. foi libertador. foi uma experience. me sinto bem melhor. estou aliviada.
cochabamba - 22:22
1 note · View note
godoywriter · 5 years
Text
Nota Fiscal
Tumblr media
Já são 4 horas da manha e eu estou aqui no meu quarto, com um papel ,caneta e uma luz acesa . Você deve estar se perguntando: “Que droga é essa que o Willian usa?  Se eu já deixei isso pra lá, por que ele ainda quer falar sobre isso? ”Essa é a razão de estar aqui escrevendo esse texto; você ainda é uma das coisas que eu preciso resolver, se for só na minha cabeça , que seja, mais que resolva logo!
“Willian deve estar louco” Você deve ter pensado outra vez, imagino que você vai olhar com aquela cara , de quem acha que estou dramatizando tudo, se isso responder , a resposta está um passo de você : “Eu não estou dramatizando , está longe disso, preciso que você saiba de algumas coisas, parece louco né? Mas esse sou eu e você sabe.”
Não interprete esse texto com SOS embora eu precise de paz, não estou nos meus melhores dias e talvez você seja , ainda que indiretamente, a causa e solução disso. Preciso que você saiba de algumas coisas que tem me sufocado, coisas que você devia ouvir de mim, já que você adora uma historia sobre mim, contada por terceiros.
Eu sei que não fui o seu melhor namorado e que quando resolvi terminar você achou que eu não ia aguentar, que era uma blefe meu e que logo eu voltaria a te pedir pra voltar comigo. Eu queria sim, correr atrás de você de novo, mas algo me dizia pra não ir, afinal você nos levou a isso também. Como? Você começou a desaparecer, suas mensagens tornaram-se vagas e sem interesse, seu sumiço me dizia o tempo todo que o seu online não era pra mim. Eu senti tanta vontade de te chacoalhar, chamar sua atenção , entender o que aconteceu com amor que a gente tinha, queria saber o que você fez dele e porque o meu continuava aqui, crescendo sozinho enquanto você parecia não se importar. Eu perdia apetite , eu perdia meus poucos fios de cabelo e você parecia estar muito bem obrigado.
Então resolvi me dar uma chance de experimentar essa tal liberdade que você conseguia manter dentro de você , enquanto eu aqui de fora, me sentia enjaulado. Por um tempo até que consegui estar sem você . Ainda que eu estivesse com outra pessoa eu era fiel a tudo que a gente viveu, nunca tirei nossa aliança. Eu sentia sua falta, eu falava pra tanta gente como você era durão, como você era forte , como eu queria ser você e quando eu chegava a perceber eu já falava de como eu queria você.
E eu enfim vi uma foto, depois  pessoas me dizendo que você tinha uma outra pessoa e que você estava muito feliz, me atrevi a conversar com você , novamente queria entender, o que aconteceu com a gente, comigo, com você, por que a gente ficou assim? Eu não conseguia ser feliz sem você .  E você continuava  irredutível, durão, me lembro que ate te apelidei do “Homem que venceu o amor”, mas afinal quem realmente amava outra pessoa era capaz de esquece-la com tamanha facilidade? A sua resposta veio como silencio.
Depois de um tempo, e sob orientações medicas, resolvi desbloqueá-lo . Você veio como sempre vinha, com um vídeo, com uma brincadeira, e eu então achei que era o momento certo pra te dizer, que ainda te amava infinitamente, que te queria de volta, queria te propor minha vida em troca da sua companhia, queria te fazer o homem mais feliz do mundo , embora eu já tivesse poucos cabelos e um bilhão de defeitos que você já conhecia. Sem rodeios e sem esperanças , suas palavras abriam um diâmetro da minha esperança, até que você deixou bem claro, que vingança ou não, você estava dando o troco, você me dispensava. E a culpa era nossa.
Agora acredito que você deve estar pensando se me responde ou não, pra ser sincero não espero respostas, você foi claro e coerente. Pra terminar esse texto, acho que você está certo, não sou sua prioridade, não fui o seu  melhor namorado também, não sou o mesmo carinha que você se apaixonou a 7 anos atrás, poxa eu envelheci  e isso tudo me ver como eu queria te pedir desculpas pelas falhas  , queria agradecer todos os momentos legais que vivemos ,momentos que sorrimos ,que bebemos enquanto arrumamos suas casas e todos os sexos mirabolantes que fizemos. Obrigado por ter sido o cara que escolhi pra viver comigo , e te ver bem já me deixa feliz também.
Acho que já falei muito, já são quase seis horas é melhor eu me deitar, gostaria que você tivesse comigo vivenciando essa nova fase da minha vida, mas entendo tudo o que você disse, espero que não se magoe comigo por ter postado esse texto no meu tumblr, já adianto que não coloquei seu nome. O nome desse texto é nota fiscal.  Desculpe  mais uma vez e obrigado por tudo.
E você me respondeu:
Creio que eu ainda sinta amor sim, mas como? Como vou saber se é amor agora? Só sentir saudade não é saber se amo. Desculpa responder seu texto, mas se vc disse que fui a inspiração, então eu tinha o direito disso. Caso queira conversar algum dia! Fique bem e desculpa o pouco que escrevi, vc me conhece e sabe que sou péssimo com isso. ❤
Me fudeu! kkkkk Já li três vezes e não entendi!
1 note · View note
u-only-live-once · 2 years
Text
Poucas pessoas, ou nenhuma pessoa sabe como foi sentir que o meu maior sonho foi tirado de mim, de repente, sem nenhum aviso e sem nenhuma explicação. Para quem me conhece, ainda que minimamente ou ainda que superficialmente sabe que o meu maior sonho é ser mãe. Qualquer pessoa que me pergunta “qual o seu maior sonho?” A resposta sempre será a mesma. Ser mãe. Esse é meu maior sonho. E eu realizei esse meu sonho no dia 04 de maio de 2021. Nesse dia, no dia que perdemos uma das pessoas que ainda tinha tanto para entregar para o Brasil, para seus amigos e sua família, o Paulo Gustavo. No mesmo dia, em que a Juliette estava realizando, provavelmente, o maior sonho da vida dela. Eu me lembro. Eu estava sentada na cadeira do hospital, com o meu namorado da época ao meu lado, esperando pelo resultado. Eu já tinha feito um teste de farmácia horas atrás, mas como uma boa ansiosa e que queria estar tendo a certeza que meu sonho estava se realizando, fui no hospital fazer um exame de sangue para confirmar. Quando fiz o teste de farmácia e vi o resultado, foi uma sensação inexplicável. Eu não sabia o que sentir naquele momento. Foi um misto de sentimentos e pensamentos que eu estava realizando o maior sonho da minha vida, mas eu não era estável financeiramente, o meu relacionamento não estava tão estável o quanto eu pensava, eu morava com os meus pais, e eu sempre achei que iria me casar antes de engravidar. E todos aqueles meus planos que eu fiz quando eu tinha 15 anos foram desaparecendo quando eu vi o “grávida” no teste. Ao mesmo tempo, o sentimento que eu tive foi a felicidade de que eu ia realizar o meu maior sonho, ao lado da pessoa que eu amava, naquela época. No hospital, foram horas e horas de espera até sair o resultado. Eu lembro de cada segundo, cada plano, cada conversa e cada pensamento que passou pela a minha cabeça naquele dia. Foram tantos planos feitos em horas, eu nem imagina o quão possível era fazer tantos planos em tão pouco tempo. Mas era. E foi possível. O resultado chegou, e sim, eu estava grávida. Estava bem no início, mas eu sai de lá radiante. Cheia de planos, com frio na barriga. Já tinha data pra contar para os nossos pais e eu já sabia como eu iria contar. 1 semana se passou, e o dia que eu mais senti dor chegou. Eu estava trabalhando, e comecei a sentir dores muito forte na barriga. Eu achei que fosse na barriga, mas era cólica, muito forte. Quando fui no banheiro, eu vi que estava sangrando, e naquele momento eu já sabia que não era normal. Eu pesquisei e sabia o que estava acontecendo. Resolvi ir pro hospital e lá eu percebi que as pessoas não sabem lidar com uma mulher que está passando por um aborto espontâneo. Quando cheguei, eu já sabia que eu tinha perdido. Eu já sabia que não tinha mais nada que pudessem fazer por mim e pelo meu bebê. Ele já tinha ido embora e nada poderia ser feito. Eu sentia dor, muita dor e me colocaram na sala para tomar remédio na veia. Me colocaram na sala, e na minha frente, tinha uma mulher que estava para dar à luz. Eu estava na frente de uma mulher que escutava o coração do seu filho. Eu escutei o coração do seu filho, enquanto eu chorava a dor de ter perdido o meu bebê. Eu nunca pude ter a chance de ouvir o coração do meu bebê. Eu não sei colocar em palavras em como naquele momento, eu fiquei sem chão, eu não sabia o que sentir, não sabia o que iria fazer depois de tudo aquilo. Eu terminei de tomar o meu remédio, falei com a medica e ela disse que eu tinha tido um aborto espontâneo. E que isso era mais comum do que a gente imaginava. E que isso não impediria de eu ter filhos no futuro. O que ninguém fala é como a gente se sente em não saber lidar com a perda do seu maior sonho, dos seus planos, de uma vida pensada e planejada. Ninguém sabe o que dizer para alguém que sofreu um aborto espontâneo. Os hospitais não estão preparados para lidar com essas situações. Os parentes e os amigos, muito menos. Eu senti naquele dia uma dor inexplicável, e eu sinto ainda, todos os dias. Esse mês, o meu filho estaria nascendo.
AS.
1 note · View note
toffavoyance · 2 years
Text
Pour avoir la chance facilement et cela à coup sûr 🥰
Pour avoir la chance facilement et cela à coup sûr 🥰+229 91728602
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
pneumostelos · 3 years
Text
Plano Auschwitz Senior
Vem cá. Considerando o que tem vindo à tona a granel, recentemente, a respeito do sistema de medicina elitizado, metido a aristocrático, colonizado e movido por chavões neoliberais e alguns liberais - rasos, acéfalos e primários. Isso, após anos a fio de relatos e denúncias no atacado, de escândalos contra serviços públicos e contra a população.
Quanto você acha que diminui sua chance de sobrevivência, ser atendido por um médico coxinha? Assim, numa escala de Menghele a Flordelis, passando pelo charlatão mercenário coxinha da esquina.
Tumblr media
Aquela nulidade que atende com blusa amarela sob o jaleco e se cerca de patois e relíquias ostentatórias de poder de ganância mercenária, e de desprezo pela população ou pelo mundo em geral.
Alḿ disso, sendo as pessoas mais próximas a você coxinhas em maior ou menor grau. Mais ou relativamente menos hidrófobas.
Você acha que suas chances aumentam ou diminuem? Comparado com ser atendido por um Cubano do Mais Médicos, alguém inspirado por ideais de dedicação mais humanas e humanitárias, por exemplo?
Tumblr media
Médica é suspeita de fraudar ponto com dedo de silicone - 2013
Desentulhando UTIs - 2013
Tumblr media
"A mínima quantidade de oxigênio que o respirador podia mandar, ela deixava [o mínimo é 21%]. Eu já vi ela várias vezes desligando o respirador", contou o ex-funcionário. (https://vleventosepublicidades.blogspot.com/2013/02/medica-que-matava-pacientes-da-utipresa.html)
Jus Cur-itibana. - 2017
Dumpi:
UOL Notícias - 'Bolsonaro e empresários se aproveitaram de cobaias humanas da Prevent ...
https://www.facebook.com › UOLNoticias › videos › 1552626695087440
'Bolsonaro e empresários se aproveitaram de
cobaias
humanas
da
Prevent
Senior'
| Sakamoto. Para Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, os casos recentemente revelados em um dossiê e em reportagens sobre a
Prevent
Senior
mostram que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e empresas da área da saúde "lucraram com crimes contra a humanidade".
'Bolsonaro e empresários se aproveitaram de cobaias humanas da Prevent Senior' | Sakamoto ...
https://www.youtube.com › watch?v=gP27hloeE9Q
Para Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, os casos recentemente revelados em um dossiê e em reportagens sobre a
Prevent
Senior
mostram que o presidente Jair ...
"Maior escândalo ético da medicina brasileira", diz Padilha sobre uso da cloroquina pela ...
https://revistaforum.com.br › noticias › padilha-prevent-senior-cloroquina
Por fim, o protocolo estabelecido pela direção da
Prevent
Senior
previa o espalhamento do vírus dentro do hospital. "É um escândalo gravíssimo que exige uma punição pesada dos órgãos reguladores de saúde do país, porque envolve uma rede da saúde que se sente com a liberdade e a ousadia de usar os seus usuários, que pagam pelo plano de saúde, como
cobaias
humanas
sem qualquer ...
Blog do Mello: Prevent Senior, a digital nazista do governo Bolsonaro?
https://www.blogdomello.org › 2021 › 09 › prevent-senior-digital-nazista-do-governo-bolsonaro.html
Pelo relato de médicos, a rede
Prevent
Senior
fez um acordo com o governo Bolsonaro para realizar experimentos com tratamentos médicos, sem eficácia comprovada contra o vírus causador da doença, sem avisar aos pacientes que estava utilizando os procedimentos; em resumo, como Mengele, usando seres humanos como
cobaias
para seus experimentos.
Vecina analisa o escândalo da Prevent Senior que utilizou pacientes de Covid-19 como ...
https://www.youtube.com › watch?v=xasVte1TLlI
Um dossiê entregue à CPI da Pandemia acusa a
Prevent
Senior
de fazer testes com cloroquina no tratamento da Covid-19. A operadora de saúde teria ocultado inf...
"Gabinete paralelo" que levava dados da Prevent Senior ao governo se baseou em charlatão ...
https://theworldnews.net › br-news › gabinete-paralelo-que-levava-dados-da-prevent-senior-ao-governo-se-baseou-em-charlatao-americano
O Metrópoles conta que o protocolo usado pela
Prevent
Senior
para administrar medicamentos sem eficácia comprSettingsThemesAll Settings!Bang Search ShortcutsPrivacy EssentialsPrivate SearchApp and ExtensionWhy PrivacyPrivacy BlogPrivacy Crash CourseHelp Spread PrivacyWho We AreAbout UsPrivacy PolicyCareersPress KitKeep in TouchTwitterRedditHelpLearn About BangsDiscover shortcuts to go to search results on other sites.84 Billion SearchesWe get a ton of searches, and all of them are anonymous.Privacy in Your InboxStay protected and informed with our privacy newsletters.Stay InformedWe don't track you, but others do.Learn how to protect your privacy.ovada contra a covid-19 em
cobaias
humanas
teve acompanhamento do governo federal. Um vídeo ( no pé deste artigo ) mostra que o "kit Covid" distribuído pela empresa foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do ...
CPI recebe denúncia de que Prevent Senior fez acordo com governo federal para testar e ...
https://www.reddit.com › r › BrasildoB › comments › pd08gw › cpi_recebe_denúncia_de_que_prevent_senior_fez
CPI recebe denúncia de que
Prevent
Senior
fez acordo com governo federal para testar e disseminar 'kit Covid' em
'cobaias
humanas'
Notícia. Close. Vote. Posted by. 6 minutes ago.
Prevent Senior Twitter Trend : Most Popular Tweets | Worldwide
https://www.tweet247.net › worldwide › prevent senior
Assim, a
Prevent
Senior
usou pacientes como
cobaias
humanas
no tratamento de Covid-19 e ocultação de mortes em seu estudo citado por Bolsonaro. É esta a mentirinha a que se referiu Jair Bolsonaro? Josie Melo 🇧🇷ela é nossa
Idec cobra intervenção da ANS na Prevent Sênior | Ponto E
https://pontoe.org › jornais › revista-forum › idec-cobra-intervencao-da-ans-na-prevent-senior
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) cobrou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar determine "regime de direção técnica" na
Prevent
Sênior.A operadora de planos de saúde é investigada pela CPI do Genocídio por ter supostamente usado pacientes como
cobaias
humanas
para tratamento ineficaz contra Covid-19.
Perigo Religioso: Cade Deus?
https://perigoreligioso15.blogspot.com › 2017 › 07 › cade-deus.html
Bolsonaro,
Prevent
Senior
e as
cobaias
humanas
- Rede de hospitais usou pacientes como
cobaias
humanas
para a cloroquina e escondeu, dos "estudos", a morte de vários deles. Presidente celebrou os resulta...
0 notes
os-12contos · 3 years
Text
CONTO IV – Feliz aniversário!
Era meu aniversário de dezesseis anos, meu pai e minha avó estavam reunidos na mesa da cozinha com um café da manhã repleto de coisas, meu pai dizia:
           - Olha só quantas coisas que você gosta! Venha tomar um café antes de escolher o que quer fazer hoje...
           - Parabéns! (Dizia vovó enquanto bate palmas bem alto)
                       Sinceramente eu odiava aniversários, minha mãe nos deixou em um acidente de carro no mesmo dia a cinco anos atrás, eu era tão frágil, e desde aquele dia vivo com distúrbio associado a alterações de humor que vão da depressão a episódios de obsessão, a famosa bipolaridade, em que eu nem acreditava... E cá estou eu, com diversos momentos de loucura, a cinco anos indo e vindo do meu corpo.
           - Não me levem a mal, eu agradeço por todo o esforço, mas não estou com fome (Digo enquanto subo as escadas)
           - Você vai conseguir superar essa tragédia! Vamos te ajudar a processar o que você fez! Sabemos que não está bem. (Dizia meu pai na ponta da escada)
           Subi para o quarto e logo vi a janela aberta, a árvore verde e linda olhava de volta para mim, eu não consigo explicar meu problema, mas ele é baseado nisso, na impulsão, no ato, apenas me aproximei e pulei. Era uma altura razoável para quebrar um braço, uma perna, mas não me suicidar, eu simplesmente faço coisas no sentido de me machucar, sem deixar meu pai para trás, eu não poderia, não depois de nossa perda. E por incrível que pareça, não quebrei nada, estava intacta.
           - Parabéns Beatriz, não conseguiu a atenção que buscava. (Resmungava para mim mesma enquanto levantava e ia até o meio fio esperar um carro se aproximar para me jogar na frente)
           Meu pai correu com o barulho, e me agarrou se ajoelhando no chão.
           - Porque está fazendo isso comigo? E o nosso trato de um nunca abandonar o outro? (Falava calmamente enquanto olhava bem no fundo do meu olho, deixando lagrimas escorrerem pelo rosto)
           Em exatamente trinte e três minutos uma equipe medica entrou em meu quarto, como já estava acostumada nem me mexia, só os deixava trabalhar. Estava indo pela sétima vez a clínica psiquiatra, já conhecia todos lá, todos me receberam com a cabeça baixa, como se tivessem medo, como se eu fosse um monstro.
           - Podemos pular essa parte e ir direto para o quarto? (Falava olhando para a moça nova que me carregava de cadeira de rodas.
           Na verdade, era como se fosse minha segunda casa, eu não pedi para portar essa doença, não escolho meus atos, nunca quis me machucar, nem ter a atenção de alguém, não aprendi ainda a como recuar meu corpo dessas ações. Todas as vezes em que estive na clínica, permaneci quinze dias, depois me mandavam para casa com uma “melhora”, melhora essa que nunca existiu, mas o protocolo e o pagamento eram para quinze dias corridos, nunca entendi sobre os medicamentos que me aplicavam, ou as consultas que eu tinha com a Dra. Amélia.
           No dia em que cheguei, almocei e fui logo medicada, só acordei por volta das nove da noite, para o jantar. Eu nem me lembro de ser medicada, eles eram profissionais, eu sei, mas era uma grande perda de tempo, tinha certeza que no dia seguinte ia ter alguma consulta com psiquiatra para definir a porcentagem de chances de eu “tirar minha vida”. Mas eu sei que essa não é minha vontade, meu corpo tenta criar situações que me tirem de outras situações, e eu consigo, dessa vez queria fugir de uma data, eu sei que era só conversar com os dois, e pedir para me deixarem sozinha, mas como disse... eu tenho uma doença e era um avanço, assumir isso e querer ajuda.
           Me levantei, o jantar estava posto, e depois fui tomar o banho que era desconfortável, com acompanhamento das funcionárias, bateram na porta para me levarem até o banheiro, e uma jovem que aparentava ter vinte anos se apresentou.
           - Olá Beatriz, me chamo Julia e vou te acompanhar hoje, para o banho, vi na sua ficha que já conhece todas as normas, mas gostaria de passar tudo novamente, caso houvessem dúvidas. (Fala a moça me olhando com cara de dó)
           - Desculpe interrompa-la, mas, pode chamar pela Mel. Ela sempre me acompanhou. (Pergunto pela funcionaria que sempre me levava ao banho e aos passeios)
           - Infelizmente não temos nenhuma funcionaria com esse nome em nosso quadro, podemos ir?
           Como não havia? Ela havia deixado a clínica? Havia morrido? Queria o mínimo de compaixão e explicações. Mas não me deram ouvidos, fui levada ao banheiro em silencio.
           Lá era como um banheiro coletivo, mas cada um tinha sua cabine, um chuveiro particular, em um local aberto, só uma cortina de plástico “transparente” que não servia de nada...
           Ainda meio zonza, fui direto ao quarto, e não tive direito a passeio, pois, só falava na Mel, eu realmente queria saber o que tinha acontecido, mas os comprimidos me fizeram apagar sem notar.
             Na manhã seguinte, o dia estava bonito, e eu não estava com pensamentos de fuga, e nem de tentar machucar a mim mesma, fomos até o pátio que tinha um jardim lindo e aberto, com uma fonte, e arvores grandes, era um refúgio, até olhar para os lados, gente babando, olhando fixamente para você, com olhares psicopatas, gente andando de um lado para o outro, conversando sozinho, gente rindo sozinha, gente comendo a grama, e claro sendo interrompidos da deliciosa sobremesa com gosto de terra. Eu sempre ficava na minha, sozinha, desenhando com fiz de cera, não podia nem ter meu celular para ouvir música, era um porre. Me sentei na sombra da maior arvore, verde e com maças penduradas, parecia cena de filme, mas era o pior lugar para uma pessoa que não queria estar ali, ou seja, todo mundo. Havia uma maça ao meu lado, mas ela estava mordida.
           - Ei, psiu! Olhe para cima. (Soava uma voz vindo da arvore)
           Olhei para o lado direito e tinha um menino loiro com outra maça na mão sentado num galho alto.
           - Não para esse lado! Para o outro... (Soava outra voz)
           - Sou Elias, como você se chama?
           Ainda tentando entender, os dois gêmeos sentados cada um de um lado, e como alguém os deixou subir ali sem advertências.
           - Me chamo Beatriz, e o que estão fazendo aí tão alto?  (Pergunto com a mão no olho, protegendo do sol vindo de cima)
           - Me chamo Ella, somos irmãos gêmeos. E estamos na mesma condição que você trancafiados aqui por sempre agredir nossos pais. (Diz a menina descendo dos galhos)
           Os dois riram juntos quando Ella falou em “agredir os pais”, realmente, devem ser duas crianças terroristas.
           - Mas me diz, o que te fez vir parar aqui? (Pergunta Elias)
           - Eu... eu faço residência aqui, sempre indo e vindo, tenho transtorno de bipolaridade, e posso ataca-los a qualquer momento, melhor irem brincar em outro lugar. (Respondo com a sobrancelha franzida)
           Os dois dão altas gargalhadas como se eu tivesse feito uma piada.
           - Já estávamos de saída, bonito desenho! (Fala Ella enquanto pega a mão do irmão enquanto se afastam)
           Eram realmente muito doidos, eu só havia pintado a folha toda de preto. Logo fui abordada pela Julia.
           - Está bom de passeio por hoje, sua consulta inicia em quinze minutos. (Fala enquanto estende a mão para me ajudar a levantar)
           E estava confirmado, a consulta monstruosa com o tal do psiquiatra, sentava na sala e sempre ficava quieta, ele me fazia mil perguntas, enquanto apertava a ponta da caneta, eu sentia sua vontade de me chacoalhar e forçar palavras saírem da minha boca, como um saco de números sorteados.
           - Não estou me sentindo bem, podemos remarcar para eu poder deitar um pouco? (Falava com a chance mínima de tentar fugir dessa consulta em quinze dias)
           - Bom... aqui na sua ficha tem uma observação (OBS: Paciente nunca quer ir as consultas, leva-la mesmo assim) (Fala ela em tom irônico e um sorriso de canto de boca, o estranho eram seus olhos arregalados como quem quisera me engolir)
           Infelizmente minha tentativa deu errada, o que eu já sabia, todas as vezes deram errado, todos ali deviam fazer a mesma coisa, lá estava eu sentada em frente ao moço alto de jaleco, ele podia me amassar com um abraço se quisesse.
           - É um prazer enfim conhece-la Beatriz, me chamo Afonso, sou novo por aqui, mas tenho sua ficha completa e relatos do Hugo, antigo atuante no seu caso. Tenho algumas perguntas antes de iniciarmos essa sessão. Espero que se sinta à vontade para tentarmos reverter a sua “não comunicação” em todas as consultas. (Fala ele em um tom delicado e voz grossa)
           Pelo visto ele já tinha a informação de que eu não respondia a nenhuma pergunta, e que estaria de passagem para voltar em algum outro surto da minha vida, mas dessa vez algo me dizia para fazer diferente, pois, eu estava atrás finalmente de ajuda.
           - Claro doutor, pode me perguntar o que quiser. (Falo sorrindo)
           Dava para perceber ou o seu espanto ou a dúvida do diagnostico anterior.
           - Então vamos começar, você acaba de completar dezesseis anos, e justo nesse dia resolveu dar um fim a sua vida? (Pergunta ele enquanto dobra as pernas e prepara a caneta junto dos óculos)
           - Não é bem assim, você como Doutor, deve saber que eu não faço esse tipo de coisa voluntariamente. (Respondo em tom de deboche)
           - Bom... cada caso é um caso, então você está me dizendo que não pulou a janela por que quis? (Pergunta ele se levantando em direção e mesa do chá) – Você gostaria de um chá?
           - Não, obrigada, não bebo chá! Mas como ia dizendo, eu não quero tirar minha vida, já pode retirar isso do prontuário, se fosse para me matar teria feito de forma rápida e eficiente. (Respondo me deitando)
           - Ok! Para tentarmos retratar seu ato violento na última vez e que esteve aqui, quero lhe mostrar algo (Fala ele aliviado riscando algum item de sua folha)
           Indo em direção até um armário novo que havia na sala, abrindo e puxando uma caixa vermelha, parecia um presente.
           - Esse material foi criado por mim, é como se fosse um quebra-cabeça com as suas frases, vamos pegar essa plataforma, você vai escrever seus sentimentos e arrependimentos, e enfim vamos destacar para montarmos juntos em uma outra sessão. (Fala ele todo entusiasmado com seu brinquedinho para crianças na mão)
           - Tudo bem, mas em que isso irá me ajudar? Eu estou com problemas, não consigo tomar conta de mim mesma, e o que seria meu ato violento? Só venho aqui e logo em quinze dias já estou fora.
           - Primeiro de tudo devemos ter calma, esse processo é demorado, e dessa vez, comigo no comando, depende de você sair daqui em quinze, seis meses, seis anos. Estou tomando posse da diretoria da clínica, e tudo vai ser diferente, você só vai sair daqui sã e salva e sem machucar você ou a alguém, podemos conversar sobre seu ato em outra sessão.
           - O que você disse? (Pergunto me levantando espantada)
           - Calma, como eu disse para agilizarmos a sua saída, podemos começar?
           Eu não queria acreditar que se não cooperasse poderia demorar anos para poder sair dali, fiquei agitada andando de um lado para o outro, com certeza era meu outro eu tentando achar uma forma de fugir, mas como eu precisava realmente daquela ajuda, tentei segurar meus braços, mas quando vi a caixa vermelha já estava voando pela sala, e claro, que só acordei no outro dia.
           Como punição eu não ia ao pátio naquele dia, e da janela pude ver os gêmeos correndo de um lado para o outro, mexendo com a garota estranha com cara de psicopata. Me assusto e caio para trás na cama quando ela olha fixamente para mim. Mas como punição eu também não poderia sair do quarto, e isso era bom, pois, não precisaria ouvir as baboseiras do doutor, de que eu poderia sair dali em anos e blá blá blá.
           Batem na porta, deveria ser o café da manhã, mas quando abro a porta os gêmeos correm para minha cama e começam a pular e sujar todo o lençol branco com a terra vindo dos sapatos.
           - O que vocês estão fazendo aqui, na verdade, como conseguiram chegar até aqui sem serem notados? (Pergunto enquanto puxo-os para fora do quarto)
           Mas eles insistiram e corriam pelo quarto de um lado para o outro, mexendo em tudo, clássico de crianças terroristas.
           - Queremos te contar uma notícia! (Fala Ella enquanto olha meus desenhos na escrivaninha)
           - Se eu deixar vocês contarem, saem do meu quarto? (Suplico)
           - Sim, mas com uma condição, tem que ajudar a gente! (Fala Elias ainda pulando na cama)
           Querendo os ver fora do meu espaço, concordo sem saber o que iam falar.
           - Vamos lá, amanhã iremos sair daqui!
           - Meus parabéns, receberam alta! (Falo aplaudindo e indo em direção a porta para expulsa-los)
           - Mas... (Fala Ella)
           - Não recebemos alta, iremos sair de vontade própria! (Diz Elias, com uma voz macabra, como se fosse sujar o muro do vizinho de noite, esfregando uma mão na outra)
           - Fala sério! Por que estão me contando isso? E onde estão seus pais? Vocês têm o que treze anos? (Pergunto com a testa franzida)
           Um olha para o outro e param de pular no mesmo instante.
           - Bem... nós não temos pais, moramos com várias pessoas e em vários lugares, mas não deu muito certo com os últimos. E então viemos parar aqui, mas nós temos... te corrigindo... Quinze anos, e já somos bem grandinhos, vamos para a casa de um amigo que conhecemos na última clínica em que estivemos, um cara meio doido, mas com os mesmos pensamentos que nós, ele mora com a avó e tem bastante espaço. (Diz Ella com um tom certeiro)
           Aquilo estava muito estranho, mas minha única atitude foi paga-los a força pelas camisas e arrastar até a porta do quarto, enquanto diziam...
           - Você vai nos ajudar? Diz que sim... se fizer isso te contamos o que aconteceu com a Mel. (Diz Elias suplicando)
           - O que vocês sabem sobre a Mel? O que realmente aconteceu? (Falo chacoalhando Elias)
           - Só vai saber se vier conosco, amanhã após recolherem todos para dormir, o guarda do corredor vai ao banheiro todos os dias assistir a um episódio da sua serie preferida, dura em torno de quarenta minutos, e é o tempo suficiente para passarmos por lá e sair pela porta de funcionário. (Diz Elias me ameaçando)
            Escuto passos vindo em nossa direção e os dois saem correndo para o sentido contrário, e eu grito em direção a eles...
           - Isso não vai acontecer!
           Quando olho para o outro lado do corredor Julia já está me encarando, esperando eu fechar a porta toda confusa...
             No dia seguinte na hora do banho, observo Elias e Ella se ensaboarem a minha frente, Julia olha fixamente para mim, eu juro que o olhar dela era de querer me engolir.
           - Bia, Bia... vamos! Está na hora... (Fala baixinho Ella do outro lado da porta enquanto eu observo o jardim pela janela)
           Abro a porta e lá estão os dois, com suas mochilas nas costas, tinham a certeza de que iam conseguir escapar, o que eu já não tinha tentado outras vezes. Os dois destemidos sabiam exatamente o que iam executar, e eu como não poderia fugir por que era de casa de volta para a clínica, fechei a porta.
           - Não quer mesmo saber o que aconteceu com a Mel? (Fala Elias baixinho com tom medonho)
           - Nós te contamos no trajeto enquanto nos ajuda a escapar... (Fala Ella abrindo a porta novamente)
           Não tinha nada a perder, então sai os seguindo pelo corredor.
           - Espere pelo meu sinal Ella. (Diz Elias se escondendo no armário à frente)
           Vejo o guarda do corredor passar para a porta da frente, e Elias dá o comando para seguirmos.
           - Chega, podem começar a falar o que aconteceu com a Melissa, onde ela está? (Pergunto tentando dar um fim naquilo)
           - Ela está morta, você realmente não se lembra? Enrolou a cortina plástica do banheiro em seu pescoço e apertou até ver a vida saindo de seus olhos azuis. (Diz Elias sorrindo)
           Me sentei no chão com falta de ar, os flashes estavam vindo à tona em minha cabeça, o cabelo dela escorrido no chão molhado no banheiro, seu rosto branco de boca roxa aberta. Isso não pode ter acontecido!
           Acordei na manhã seguinte, com os diretores da clínica em volta da minha cama, pude observar meu pai na porta, chorando, como sempre me lembrava dele, o motivo de todos os seus sentimentos era minha culpa.
           - Beatriz, lhe encontramos no corredor ontem de noite, gelada e falando coisas sem sentido. Como você está se sentindo? (Pergunta Debora, diretora da clínica)
           - Eu... eu... não sei o que realmente se passou. Os gêmeos me disseram sobre a Mel, não estou conseguindo assemelhar as coisas, podem me explicar o que aconteceu?
           - Gêmeos? Não temos gêmeos na instituição. Sentimos muito pelo seu estado, mas para clarear as suas informações, você passou 2 anos aqui na clínica em seu último tratamento e infelizmente em um ato de violência e perda de controle, você acabou assassinando a Melissa, sabemos que gostava muito dela, e você não estava em si naquele dia.  (Fala Afonso olhando para mim, e indo consolar meu pai)
           Eu não conseguia acreditar no que estavam me dizendo, sou indefesa, nunca teria machucado ninguém.
           - Mas como eu poderia ter feito uma coisa dessas? Melissa sempre me ajudou nos piores momentos em que estive aqui dentro, foi ela que me ajudou a superar o acidente de carro da minha mãe! (Falo me sentando ainda zonza na cama)
           Vejo me pai cair em prantos e saindo da sala.
           -Acidente de carro? Melhor aplicarmos alguma medicação em você e retornarmos essa conversa mais tarde, para vermos se volta a assemelhar as informações. Vai dar tudo certo Bia, estamos aqui para te ajudar, sabemos que nunca quis machucar sua mãe e nem a Melissa, nesse novo tratamento que Afonso está propondo, vamos conseguir fazer você a parar de conversar com pessoas que não existem e nunca mais machucar a si mesma e nem aos outros.
0 notes