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#cadeira bebe
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maisreview20 · 2 months
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imninahchan · 2 months
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: 3some, friends to fuckers(?), masturbação fem e masc simultânea, humping, um golpe de cinto, um uso de ‘papai’, muita dirty talk (degradação, dumbification), spit kink(?), tensão, menção a sexo sem proteção (tem que usar camisinha fml). ⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ nada a declarar ─ Ꮺ !
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AO FIM DA NOITE, SÓ RESTA VOCÊ E ESTEBAN no apartamento de Fernando. As garrafas de bebida se somam na mesa; os pratos, os copos, e as cartas do joguinho que outro amigo próximo trouxe denunciam o quão divertida a noite de sábado foi. Você vai ganhar uma carona, por isso não tem muita pressa.
“Mas essa coisa do sexo…”, Fernando introduz a visão dele sobre o assunto em pauta agora. Recosta na cadeira, o cotovelo apoiado na beirada da mesa, “...eu acho que não consigo transar com alguém sem, tipo, sentir algo por essa pessoa. Só transar por transar, sabe?”, no que você e Esteban acenam positivamente, uhum, compreensíveis, “Posso conhecer a pessoa mais atraente do mundo, que me chame a atenção, mas… Não consigo levar ela pra cama, por exemplo. Precisaria de um café e uma conversa primeiro, sei lá, vai que a pessoa é uma maníaca”, e vocês riem.
Então, você não deve transar muito, né?, Esteban brinca, entre os sorrisos, ao que o Contigiani torce o nariz, ah, e você sim, também com bom humor. 
Você derrama no seu copo o restinho de cerveja que sobrou numa das garrafas, “Entendo, Fê, entendo”, diz, “às vezes eu sou assim… outras vezes o tesão fala mais alto.”
Fernando sustenta, agora, ambos os cotovelos sobre a mesa, numa postura que sozinha já revela o interesse masculino nas suas palavras. “Mas você consegue mesmo?”
“Transar sem sentimento?”
“É, com um estranho. Assim, se um cara chega em ti numa balada, sei lá.”
Você bebe um gole da cerveja. O gosto desce mais amargo, não tão gelado quanto você gosta. “Ah, às vezes, sim. É que tem uns caras que você olha pra eles e fala, nossa, esse eu queria que me pegasse, me botasse de quatro e me desse um tapa na cara, sabe?”, e eles gargalham, principalmente Esteban, que vai ficando vermelho, vermelhinho, que nem um moranguinho com aquelas sardinhas no rosto. “E outros que você quer pedir pra botar um filho em ti, de tanto que ataca o útero da gente… Aí, não dá pra esperar um cafezinho, sabe como é.”
“Meu Deus…”, o Kukuriczka murmura, enxugando uma lagrimazinha no canto do olho, “...não sabia que você era dessas…”
“Ah, porque você é um anjo. Nunca fodeu uma buceta sem antes saber o nome da dona, né?”
“Eu pergunto o nome porque eu sou um cavalheiro.”
E você quase rebate um mas não lembro de você perguntando o meu!, porém engole a réplica, contém os lábios. Vocês dois são amigos há tempos, aquela noite foi só um descuido banhado à muita bebida alcoólica e um baseado que ganharam de um conhecido. Nem pensaram na amizade, ou em contar pra Fernando, uma vez que vocês são a tríplice inseparável do círculo social que dividem do teatro. E não é por falta de conforto, de abertura para dialogar sobre o assunto. Já se pegou tendo conversas bem mais complicadas com ambos. Talvez, só estivesse com medo de Fernando ter ciúmes…
E qual é a gente?, a pergunta ecoa justamente dele. Hm?, você resmunga, tornando os olhos para a figura do Contigiani, o qual descansa o queixo nas costas da mão, o corpo pendendo pro lado enquanto te olha. “Você deu dois exemplos de caras que fazem você querer transar com eles automaticamente”, ele explica, “Qual é a gente?”, repete a questão, “Quando olha pra nós… qual desses dois tipos nós somos?”
A curiosidade do argentino desperta um silêncio quente no ambiente. Esteban coça a nuca, claramente se fazendo de lezadinho com aquele olhar perdido. Já você desvia o seu, cabisbaixa. Morde o lábio inferior para conter um sorriso, a mente fervendo com termos diferentes para formular uma resposta. Não sente timidez, óbvio que não. Levanta os olhos de novo, dessa vez direcionando-os para Kuku. Aperta as vistas, feito analisasse. Para, boba, ele se queixa, rindo por cima da face coradinha. “Você…”, começa, o indicador aponta no ar, “...você, Senhor Kukuriczka…”, tropeça na pronúncia do nome dele, a língua enrolando depois de tanta bebida, o que o faz rir, soprado, “...você, com essa carinha de bonzinho, passa muito essa vontade de te pedir pra me foder no liso, sem nada, só pra ser a mãe dos seus filhos e nunca mais perder contato”, e o homem parece que vai derreter sobre a cadeira da mesa, ardendo por dentro como se a temperatura da noite nem fosse uma das mais confortáveis desde o começo do verão. Uau, exclama, incapaz de deter o sorriso de orelha a orelha, é essa a energia que eu tenho?, e o pior é que foi exatamente assim que vocês foderam naquele dia. A sensação dele latejando dentro de ti, metendo até gozar e assistir a porra escorrendo do seu buraquinho só porque achou bonitinho. 
“E você…”, sua próxima vítima é o Contigiani, que, ao contrário do amigo, não esboça nem um pingo de acanho. Está com o foco em ti, os músculos da face relaxados, se arrisca até a dizer que o brilho nas íris escuras é pura luxúria. Te desconcerta um pouco, não dá pra negar. Faz esquecer o que queria dizer e gaguejar, engolindo a saliva para disfarçar o baque. E eu?, ele te encoraja, não vai folgar enquanto não escutar a sua versão dele. “Você”, a sua voz soa mais firme, após um suspiro. O observa. Os cabelos pretos curtinhos, a barba por fazer sombreando a pele. “Você me dá muita vontade de ser fodida igual uma puta.”
Ele nem aparenta afetado pelas suas palavras diretas, enquanto que Esteban ergue o sobrolho, cômico. “De pedir pra você só botar em mim. Sem muito carinho, sem muita conversinha. Só meter, sabe?”
“Hm”, Fernando acena com a cabeça, “mas não iria te machucar? Teria que estar bem molhadinha, não teria?”, e você retruca, na mesma hora e você acha que eu já não estaria bem molhadinha só de estar com você?, reproduzindo a mesma ênfase que o homem. Ele ri, soprado. “Claro”, diz, “E o que mais? Se olhar pra mim te faz querer ser fodida feito uma puta, não é possível que vai querer só que eu bote com força.”
Esteban cruza os braços, levando o olhar para ti na espera da sua resposta. Se o perguntar, não vai saber explicar o que essa conversa está causando em seus sentimentos. Separa mais as pernas, luta contra a própria vontade de descer uma das mãos até a braguilha do jeans. 
“É, eu ia querer mais”, você afirma. Tipo?, Fernando quer saber. “Tipo…”, os seus olhos viajam da face do argentino para a mão dele espalmada sobre a coxa, “...tipo levar uns tapinhas seus. A sua mão é grande, ia doer mas ia ser tão bom…”
Minha mão é grande?, ele ecoa, numa falsa dúvida. Está fazendo de propósito, canalha, quando estica a palma da mão no ar, por cima da mesa, pra cobrir a sua bochecha e comparar os tamanhos. Faz que sim, uma expressão de coerência com o seu desejo sórdido, “é, é bem grande mesmo”, admite em voz alta. Não coloca intensidade, faz como se ensaiasse, batendo de levinho umas duas vezes sobre o local, “acho que ia doer, é, mas você parece que gosta da dor, né? Quer foder com força, levar tapa na cara… É só vontade momentânea de ser maltratada, ou é você que é uma putinha mesmo?”
Você sorri, de canto. “Só fodendo comigo pra descobrir”, e, pra sua surpresa, o Contigiani se vira para o outro, ela é mesmo uma putinha na cama?
Esteban quase se engasga com a saliva, tão pego desprevenido que até se apruma melhor na cadeira, escondendo as mãos por baixo da mesa. Entreabre os lábios, mas só sai ar, nenhuma frase ao certo reverbera. “Eu, ahm… É…”
“Não, não tô bravo, não”, Fernando tranquiliza, a mirada quente vai retornando para ti, “só acho que, se você olha pra mim e tem vontade disso tudo, nena, podia ter me chamado pra um ménage…”
Esteban troca um olhar contigo, boquiaberto ainda. 
Você se levanta, dá a volta na mesa, encarando Fernando por cima. Se aproximando, o barulho do salto da sua sandália estalando no piso da sala conjugada. Uma mão apoia na beirada da mesa; a outra, na ponta do encosto da cadeira, se inclina para sussurrar, com charme, “e se você estivesse lá”, instiga, “se tivesse fodido comigo e com o Esteban… O que garante que você realmente ia atender às minhas fantasias?”. O argentino dá de ombros, resoluto embora com a aproximação repentina, só fodendo comigo pra descobrir, te imita.
Um sorriso se estende no seu rosto, devagarinho. Como colegas, você sempre ouviu uma conversa ou outra sobre a vida sexual do seu amigo. E não minta, já chegou a invejar algumas das meninas com as quais ele dormiu, com as quais te contava o que fazia com elas. “E o Esteban?”, a voz de veludo do Contigiani introduz o questionamento, “Ele é como você idealizou?”
Os seus olhos captam a figura do Kukuriczka. Mais um motivo para sorrir. “O Esteban…”, vai caminhando na direção do argentino. Esteban até verga a cabeça pra trás para não quebrar o contato visual, segurando no seu braço quando você se posiciona atrás dele, o envolve. A sua bochecha colando na bochecha masculina, “conta pra ele, Kuku”, pede num sopro, “conta pra ele como foi.”
Esteban tem que evitá-los por uns segundos, só pra recuperar a confiança que tem lá no fundinho — a mesma confiança descarada que usou pra te comer daquela vez, te guiando pra cama feito um vadio inconsequente. Engole o sorriso bobo, mirando Fernando sentado à diagonal. “Acho que atendi aos requisitos dela, sim”, alega, “Fodi no pelo, enchi de porra”, está olhando pra ti, com um sorriso doce, enquanto a sua mão desliza pelo torso dele para apertar o pau por cima dos jeans, “e foi você mesma que pediu, não foi, cariño?” 
Você recebe um beijinho na bochecha, o faz soltar o ar dos pulmões, relaxado sob o seu carinho, mesmo que sobre o tecido pesado da calça. “Ouviu, Fernando?”, provoca, encarando o outro, sem vergonha nenhuma de praticamente masturbar Esteban na frente do amigo, “e ele me encheu tanto, mas tanto”, até revira os olhinhos ao reforçar, “que eu acho que ainda deve ter muito dentro de mim”. E eu iria te dar mais e mais, todos os meus filhinhos, pra gente nunca mais perder contato, princesa, Esteban brinca com a sua fala, maroto, mas com certo tom de espontaneidade. 
Fernando exibe um sorrisinho pequeno, aquele olhar carregado prendendo você e o Kukuriczka no campo de visão. “E você, Fê?”, o seu caminhar calculado te deixa no espaço entre a cadeira de um e do outro. Encosta a lombar na mesa, “O que faria se estivesse lá?”, pergunta, num tom doce, feito não quisesse provocar, “Tô curiosa. Não seja tão malvado, me diz se iria atender às minhas fantasias, vai”, com o pé, sobe pelo tornozelo dele até pairar o salto no joelho desnudo. “Hm?”
Ele olha pro seu pezinho adornado pela sandália dourada, mas não faz nada sobre isso, opta por trazer o foco de volta para o seu rosto. Você percebe a movimentação das mãos alheias; o desabotoar do botão único da bermuda, o fecho sendo desfeito. “Eu?”, a voz masculina soa rouquinha. A mão buscando pela ereção por baixo das peças para massagear a si próprio ali mesmo. “Eu poderia ser tudo o que você quer… Mas qual é a graça nisso, não é mesmo?”, molha a ponta dos dedos na língua, para umedecer lá embaixo, na cabecinha inchada, “Você merece ouvir um não pra deixar de ser tão mandona. Só precisa de alguém pra te comer bem e logo abaixa a bola.”
Você arqueia a sobrancelha, admirada com a ousadinha. “Ah, é?”, incita de volta. Se inclina na direção dele, os lábios formando um biquinho para que o filete de saliva possa escorrer e cair por cima da ereção. Levanta os olhos, “Ser mal comigo não iria acabar com a minha marra, Fê, só me deixar com mais tesão.”
“Ah, eu sei”, ele circula a cabecinha com o punho cerrado, misturando a sua saliva com o pré-gozo, espelhando pelo comprimento rígido, “É tão fácil foder uma putinha que nem você porque qualquer coisa é suficiente pra molhar essa buceta.”
Você finge desgosto, teatral, os lábios crispando e tudo. Agarra a barra do vestido soltinho, torce de qualquer forma na cintura, “toca aqui”, estimulando, “vê se eu fiquei muito molhadinha assim que nem cê diz”, e Fernando não hesita antes de levar a mão para entre as suas pernas, o indicador mergulhando nas suas dobrinhas, por cima do tecido tão ensopadinho que chega a umedecer a pele dele também. Daqui a pouco tá pingando perna abaixo, não deixa de te alfinetar. 
“É que toda essa conversa tá me deixando com vontade…”, você se justifica, numa entonação manhosa que estica a pronúncia do ‘toda’. Se vira, o meio das pernas encaixando na quina da mesa e a bunda empinando sugestivamente, aí o vestido embola fazendo a barra parecer mais curta que o normal. Se esfrega, encontrando prazer na pressão que a ponta da madeira causa. Os olhos de ambos vão parar ali, enfeitiçados. O som metálico do cinto de Esteban sendo desafivelado te causa um sorrisinho, ainda mais quando ele usa a tira pra surrar as suas nádegas. 
Seu corpo retesa, a expressão de dorzinha — esses olhinhos cerrados, o cenho franzido e os lábios comprimidos — logo é substituída pelo riso sem-vergonha, a língua empurrando os dentes. “Aposto que tá tão melada que levaria nós dois no mesmo buraquinho…”, Esteban acusa, despudorado.
“Uh, pode levar tudo isso, nena?”, Fernando quer saber, com clara gozação. Se levanta, fica mais pertinho de ti, a ponto do pau resvalar na sua nádega, molhando a pele por onde roça. “Pode, não pode?”, os olhos estão vidrados nos seus, “cê paga de inteligente mas a sua cabecinha de putinha burra só consegue pensar em pica, eu sei. É por isso que dá pra qualquer um”, toca no canto do seu rosto, porém desce com a mão por trás da sua orelha até pegar na sua nuca, dominante, “é por isso que vai levar dois paus em qualquer buraquinho seu nem que pra isso tenha que ficar toda larguinha depois, com saudade de pica.”
Esteban alisa a tira na sua nádega, parece que quer muito desferir outro golpe, só que se contenta primeiro em apreciar a visão da sua calcinha com detalhezinhos de renda enfiada entre as bandas, seduzido. “Sabe…”, murmura, mordendo os lábios, “...eu meio que tô com receio da gente meter nela”, passa a mão, mordisca a carne, a língua molhando por onde fez arder tão cruelmente há pouquinho, “tenho certeza que nunca mais vai achar um só o suficiente. Se prepara pra receber mensagem, fotinhas, ligação de madrugada, com aquela vozinha de gatinha no cio pedindo pra gente passar na casa dela e dar um trato pra ela dormir quietinha.”
“É, acho que cê tá certo”, Fernando concorda. O olhar recai na sua boca, vadio, “Olha só pra ela”, fala, como se você nem pudesse ouvir, como se nem estivesse murmurando as palavras contra o seu rosto, “tem ou não tem a cara de que, se eu colocar pra sentar no meu colo, é capaz de me chamar de ‘papai’ e gozar na primeira sentadinha.”
Você ri, viperina, não vai deixar passar batido, “Fê, se você me colocar pra sentar no seu colo, é você que vai estar gemendo e gozando na minha primeira sentada.”
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moonlezn · 8 months
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nonsense
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notas: inspirado nessas fotos, no jisung bêbado no bubble e no comichão que nonsense - sabrina carpenter criou na minha cabeça. jisung x leitora sugestivo
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é fácil perceber quando jisung fica bêbado. primeiro, o riso fica um pouco alto e aumenta gradualmente. as bochechas enrubescem de modo que o deixa ainda mais bonito, as pálpebras ficam pesadas. sem filtro, tagarela sobre os assuntos mais aleatórios do universo, os que sempre rodeiam sua órbita, porque não fica constantemente calculando e pensando demais sobre o que vão achar.
quando os amigos o chamaram pro barzinho, quase automaticamente disse que não iria. mas veja bem, ele havia acabado de terminar um namoro, precisava se divertir e se distrair com os amigos. não que ele estivesse sofrendo, na verdade, está aliviado. só que é sempre bom tirar jisung de casa, caso contrário, ele se fecha. então repensou a resposta e confirmou a presença.
ficam umas duas horas só conversando e petiscando, por isso achava que ninguém mais viria. até que você, o terror do menino, aparece. toda sorridente, o vestido leve e colorido te iluminando de um jeito que mexe com a cabeça de qualquer um. mais linda que nunca.
a parada é que jisung não pode te ver, não dá. é você chegar que a mente dele gira e ele perde um pouco a noção do perigo. o problema maior é que todo mundo repara, incluindo você. incluindo a ex-namorada que se rasgava de ciúmes do jeito que ele se joga pra cima de você mesmo sem álcool correndo nas veias. sim, quando ele bebe piora.
a memória de todas as vezes que tinham ficado o torturam de saudade agora. ele lembra bem.
os olhinhos semicerrados por causa da primeira garrafa de vinho consumida te fitam ao passo que você cumprimenta os amigos rodeando a mesa cheia. o estômago dele revira, se preparando para quando chegasse a própria vez.
hyuck cochicha algo no seu ouvido, bem perto. perto demais. o sangue de jisung ferve por instantes, mas o frio na espinha substitui a quentura quando vê que você o encara, ainda nos braços do amigo. que merda que ele disse?
você termina de dizer os ois que faltavam, deixando o menino por último de propósito. a cadeira ao lado dele está vazia, e ele pula de susto quando te vê tomando o lugar.
"e aí, solteirinho?" você quebra os pensamentos arrastados do dele, que morde o lábio inferior ao notar sua expressão pretensiosa.
"ah..." ele suspira, rindo fraco. "foi isso que hyuck te disse?" seria fofo se não fosse tão engraçado o fato de que ele estava incomodado e curioso com isso.
"uhum, foi sim." sinaliza ao garçom mais próximo o pedido de mais uma garrafa da mesma bebida que jisung terminara. "mas me fala... cê tá bem?"
"tô melhor agora, né." saiu pela culatra. não era pra ser uma cantada, mas se for, dane-se.
"tendi." você não é nenhuma santa também. o modo como observa os lábios apetitosos, cheios e pintados de marsala do menino não colabora em nada com o nervosismo dele. "me acompanha na outra garrafa? nada que um vinho não melhore."
"claro, linda." ops, escorregou. o olhos dele grudados na sua mão na barra do vestido curto te divertem.
várias taças depois, jisung se sentia ainda mais solto. sua própria mente também já não tinha mais tanto peso. percebe-se no jeito que estão entrelaçados, suas coxas repousam na perna do garoto, e ele já não contém a vontade de acariciar a área de leve.
a essa altura ele tá tão desesperado pra te beijar que arruma qualquer desculpa pra falar algo perto da sua orelha, a música nem tá alta, é só uma tentativa meio boba de ficar próximo. vai que esbarra a boca ali, meio sem querer, né.
"sabia que..." ele começa, a face se aproximando. as digitais ainda traçam padrões na pele acessível. "quando tá perto... a gente assim tá perto, eu... você fica..." a expressão no seu rosto arranca um risinho dele, que você segue.
óbvio que as palavras dele não fizeram sentido, mas culpa não é nem do vinho, é inteiramente sua. só de te olhar, ele fica todo agitado, parece que a língua fica dormente e se enrola todo. a ideia de te beijar ali mesmo só deixa tudo mais complicado.
"pra quem acabou de terminar..." você cutuca, mas provoca também. mantém a proximidade segurando na nuca dele.
"terminar? tenho nem ex." ele sorri travesso, e é a gota d'água para você.
levanta de supetão, agarrando a mão grande de jisung, que te segue como um filhotinho até o banheiro unissex. está vazio, mal iluminado, mas não é isso que ele repara.
você se ajeita no espelho de propósito, retocando o batom e arrumando o cabelo do jeito que gosta. sente o olhar do garoto queimando suas costas, ele se senta na mesa de madeira sem desviar o olhar um segundo sequer.
gira o corpo, guardando a maquiagem na bolsa. levantando os olhos, nota que ele te mira quase apaixonado.
"vem cá." te chama dengoso, o indicador te convidando.
você atende o convite, deixando a bolsa na parte livre da mesa e se encaixando entre os joelhos de jisung. ele chega o quadril pra frente e te abraça com as pernas, te puxando mais.
só pra deixar ele mais um tiquinho maluco, passeia as mãos pela cintura definida até o peitoral forte. se alguém batesse na porta agora, ele daria uma de doido.
"cê vai provocar mais ou vai fazer o que me trouxe aqui pra fazer?" ele pede, segredando bem nos seus lábios. perdeu as estribeiras, o coitado.
se não fosse você, não teria dado um selinho casto só pra sentir o gosto do vinho. a respiração dele falha, o coração pula uma batida. mas não faz nada, só espera sua próxima ação.
roça os lábios antes de beijá-lo com força o suficiente para fazê-lo derreter. jisung suspira, te apertando bem no espaço entre a cintura e o quadril. quando sente sua língua, aprofunda os movimentos com vontade. seus dedos brincam com os cabelos mais longos na nuca, e ouve-o arfar só para você. mal tem tempo de se recompor porque quando sente sua mão livre brincar com o zíper da gola da camisa dele, pode jurar que o sangue correu mais rápido pelo corpo.
"não começa o que não vai terminar." ele cochicha entre o beijo, sem vontade nenhuma de se separar de você.
"vamos jogar um jogo, então." interrompe a ação brevemente, fissurada pelo estado de jisung. o cabelo desalinhado, a postura de bom moço longe, a gola aberta, a boca inchada...
"qual?" o garoto aproveita o momento pra te agradar no pescoço com beijos molhados.
"quem tirar a camisa primeiro, ganha."
ele ri entre as mordidas que distribui, voltando pra te olhar.
"mas você tá de vestido." ele declara o óbvio, e então entende a proposta.
"o tempo tá passando, ji." brinca com a barra da calça de jisung. admira quando ele revela a pele macia por baixo da peça, agora embolada em algum lugar.
"ganhei o jogo?" ele pergunta, o tom misturando safadeza e manha.
não consegue responder porque os ombros e a clavícula expostos convidam seus lábios. ao sentir os beijos, jisung tomba a cabeça pro lado, adorando a sensação do seu carinho.
podia fazer a linha desinteressada o quanto quisesse porque sabe que quando ficam sozinhos, quem perde a linha é você. definitivamente terminaria o que começou.
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geniousbh · 1 month
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oiiiii laurinhaaaaa (na intenção de te pedir pra continuar o hc de drunk sex com kuku e fernando)
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oi amor *tocando happi happi happi enquanto pulo igual o gatinho pr te falar oi*!!! 🥺💗💕😩 tudo por você, diva
o esteban na minha cabeça é bem tranquilo, ele tem um sex drive mais baixo mesmo, quando faz é um round, todo chamegoso, e é bem difícil de deixar ele bravo - porque ele evita conflito a todo custo, mas quando fica tb vc pode esperar umas palmadas, enfim - mas quando este homem bebe, sabe aquele audio do "wasnt my best friend that night it was the devil"? ele fica desinibido e muito fogoso. se vocês estiverem em público, com colegas ou o restante do cast vão sugerir que vocês encontrem um quarto porque ele tá te devorando em cada beijo, a mão gigante no seu quadril te puxando mais pra ele por mais que as cadeiras do bar impeçam. então, CAMBALEANDO, vcs voltam pro hotel, ele te prensando a cada dois metros no corredor pro quarto, e - é só quando ele tá bebinho - te chama de "gostosa", "safada". a cara de sonso masterizada em seu FULL POTENTIAL enquanto te olha descendo no comprimento dele, mouth agape antes de voltar a te beijar e te ajudar a quicar😩😩 vai querer foder até os dois apagarem
já o fernando fica um safado descarado. ele fica mais bêbado que tu, aquela cara de homem que bebe campari como se fosse água não me convence! vocês chegam em casa bem levinhos, rindo de bobeira e ele imediatamente gruda nas suas costas, você dengosa "ai ferr... deixa eu tomar banho", e ele "não deixo não, mor", e nisso vai andando contigo até o banheiro da suíte, a barba dele roçando na sua nuca enquanto ele te prensa na pia geladinha e te ajuda a tirar o vestido e a camisa dele. vai agachar ali e chupar sua buceta por trás mesmo, só arredando a calcinha. vão entrar debaixo do chuveiro ainda com algumas roupas, se atracando e fodendo meio desengonçados, deixando o banho de escanteio. vão estar tão bambos e bobos que quase escorregam, mas só olham um pro outro rindo pr continuar em seguida
fiquei mal escrevendo isso, nenhum argentino pra me comer hoje? nao? ta bom 👍🏻(me nego a escrever do felipe e desafio vc a me escrever dele @creads )
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sr-pedro-1 · 2 months
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01/04 - Dia da Mentira
Acordei com uma mensagem sua no meu celular, “Ex-Amor” há 46m
Sinto sua falta.
Com a foto que você escolheu pro seu contato no meu celular, uma com a minha camisa favorita que te vestia até o meio das suas coxas, com o celular na cara mas com um sorriso visível, um sorriso que demonstrava a vitória que era ter se apossado daquela camisa, a camisa que carrega meu número da sorte e meu apelido da faculdade, a camisa que mostrava ao mundo que voce era minha… por um segundo eu me perdi, meu pensando folheou todas as nossas memórias, revisitei todos os momentos em que te vi com a minha camisa, me perdi no tempo, e quando voltei a mim:
“há 1h”, parecia até mentira estar recebendo aquela mensagem, as 4 da manhã de uma segunda feira, justo no meu mês, justo no momento em que sinto mais falta de estar com a minha família e cercado daqueles que eu amo, justo na data que, de “mentirinha” eu te pedi em namoro. Me pareceu uma sequência muito estranha de coincidências, tão estranha que não havia motivos para acreditar que eram coincidências, você fez de propósito, você lembra de tudo isso e fez porque sabe que vai me afetar.
Azar o seu, não vou te responder, da mesma forma que você nao respondeu ao meu último apelo antes do adeus, da mesma forma que me ignorou pessoalmente, agindo feito uma estranha, agindo como se eu não conhecesse casa centímetro do seu corpo, cada curva, onde tem cócegas e onde gosta de ser mordida, como se nao soubesse o que te faz gozar… me perdi de novo:
“há 2h”, será que não foi pra me afetar, será que ela realmente sente a minha falta, sente a importância dessa data e finalmente quer voltar ao seu lugar cativo?! Não, eu só posso estar delirando, dormindo, talvez? Um roteiro de péssimo gosto do pequeno homenzinho que governa minha mente, certeza que ele se deleita e ri nesse momento enquanto fuma seu charuto e bebe seu whisky na cadeira vermelha que me fez imaginar pra ele.
Voltei de mais um devaneio, dessa vez nem vi há quanto tempo havia recebido a mensagem, só a encarei pra tentar decifrar o que te fez me mandar essa frase: “sinto sua falta.” pontuada, sem letra maiúscula no começo, cirúrgica… acho que nunca saberemos o que ela significava.
Sr. Pedro I
17 dias para o fim do meu mundo
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girlneosworld · 1 year
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yeah, i'm into it.
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( tw: uso de drogas ilícitas e breve consumo de álcool, sugestivo, angst e fluff(?), um pouco de unilatearismo )
wc: 2,43k
n/a: primeiro vez que eu posto aqui no tumblr e caso alguém esteja lendo isso, me perdoem qualquer erro, beijinho.
Ajeita o corpo sobre a cadeira do escritório da casa, os dedos apertando o estofado cinza enquanto espera ansiosamente. Sente o gosto metálico do sangue nos lábios pela frequência em que os prende entre os dentes, os olhos sem abandonar a tela do computador de tubo por um segundo sequer.
Espia rapidamente o relógio grudado na parede e a porta atrás de si, atenta à qualquer barulho que viesse de fora daquele cômodo. E é nesse momento que ouve a chamada via Skype ser atendida. Sorri, radiante.
— Neno, oi! — sauda empolgada o garoto que aperta os olhos do outro lado da tela — Demorou para atender.
Assiste ele se remexer sobre a cama e aguarda que ele responda, as unhas agora arranhando o forro da cadeira.
— É que eu estava meio agarrado aqui com a galera da fraternidade. Desculpa, flor — a voz rouca e grave dele finalmente soa pelo autofalante. O apelido carinhoso faz cócegas em seu ouvido, manda calor diretamente para as maçãs de seu rosto — Mas agora sou todo ouvidos, como você está?
Respira fundo e olha para as mãos abaixo da mesa, mas logo volta sua atenção para ele. Apoia o cotovelo direito no joelho.
— Bem. Voltei da escola tem meia hora e deveria estar estudando. Tenho vestibular mês que vem, você sabe — conta a Jeno, observa ele assentir, compreensivo — Minha mãe não sai do meu pé por causa disso.
— É, eu sei. Ela me ligou na semana passada e me pediu para te ajudar a estudar — ele segreda, um risinho soprado ao dizer logo em seguida: — Como se você realmente precisasse de ajuda. É a garota mais inteligente que eu conheço.
Sente seu coração acelerar por baixo da farda do colégio. Desvia a atenção dele outra vez, sem saber muito como deveria responder ou reagir. Passa as mãos pelo rosto e ouve ele voltar a falar:
— Pintou as unhas de azul? É a minha cor favorita.
— Eu sei, Neno.
Jeno se ajeita sobre a cama causando alguns ruídos na chamada, talvez pelo fone de ouvido que ele usava. Consegue ver quando ele pega uma garrafa sob o edredom quadriculado da mesma cor que suas unhas e bebe direto do gargalo. Observa atentamente o movimento que o pomo de adão dele faz enquanto ingere o líquido, muito provavelmente, alcoólico dali. Ele faz uma careta assim que termina de beber. Sorri para você.
— Você vem 'pro meu aniversário, não é? Mamãe disse que você pode ficar aqui em casa — pergunta baixinho, as pernas balançando com sua inquietação.
— Não quero ser um estorvo para vocês, não. Posso ficar na casa do Jaemin sem problemas.
Você nega com cabeça.
— Sabe que é da família, para com isso.
Jeno então dá de ombros, os olhos enrugadinhos te dando aquele sorriso que faz seus pés estagnarem no porcelanato do escritório.
— Sendo assim eu nunca perderia seus dezoito anos por nada nesse mundo, flor.
( ••• )
Quando recebe a notificação do aplicativo de mensagens com um emoji de um braço estendido num bonequinho vestido de azul, sente seu peito se aquecer automaticamente, como se um fósforo fosse aceso rente a sua gravata escolar. Não tarda em correr para casa o mais rápido possível e destrancar o portão com as mãos ansiosas e geladas.
Passa a tarde inteira ao lado dele, comendo o ramen que sua mãe cozinhou especialmente para ele que gostava tanto da comida e ouvindo todas as novidades e maravilhas que ele conheceu na faculdade que fazia em outra cidade. Fora atualizada sobre tudo da vida dele desde que foram separados um do outro. Desde que ele te deixou sozinha e foi atrás da sua tão desejada vida adulta.
— Flor, você vai adorar Yonsei, é a sua cara — Jeno diz quando estão na cozinha de sua casa, o relógio já marcava para lá das onze da noite e falavam baixo para não acordar sua mãe que dormia no fim do corredor.
— Tomara que eu consiga a bolsa, então. Assim nós vamos ficar juntos outra vez — você se ajeita sobre o balcão de mármore enquanto assiste ele picar os morangos para colocar no seu iogurte — Qual é mesmo o nome do lugar onde você mora lá?
— A fraternidade — responde ele — Mas você não vai morar numa dessas, não.
— E por quê? — quer saber.
— Esses lugares não são muito convidativos para uma garota como você – Jeno se aproxima com a tigela em uma mão e a colher em outra. O cheiro de shampoo dele se mistura com o aroma das frutas quando está perto o suficiente — Mas não precisa se preocupar com isso, vou fazer questão de te deixar no dormitório todos os dias.
Assente sem tirar os olhos do garoto, a meia luz que iluminava a cozinha quase não deixava que enxergasse os traços bonitos e másculos do rosto dele. A atmosfera da noite e o volume das vozes contribuia com o calafrio que percorreu toda sua espinha quando tentou pegar a tigela da mão de Jeno e ele a puxou para trás, fazendo com que seus rostos ficassem ainda mais próximos. Engoliu em seco e ele riu soprado, o ar resvalando diretamente em seus lábios comprimidos.
— Quanto tempo falta 'pro seu aniversário, linda? — Jeno perguntou e sua voz soou grave como ela realmente era, tremendo seus cílios uma vez que ainda estavam praticamente colados.
Você desvia os olhos para o relógio digital atrás dele, aperta mais as mãos no balcão antes de voltar a olhar na direção do rapaz que estava na sua frente. Em toda sua glória e masculinidade natural que tanto te atraía.
— Vinte e dois minutos — verbaliza.
Lee Jeno assente brevemente e coloca a tigela de porcelana branca e gelada sobre suas coxas nuas pelo pijama curtinho que usava naquela noite em especial. Ele descansa uma das mãos robustas em seu joelho e assiste seus pelos se arrepiarem pela temperatura. Logo ele se afasta outra vez.
— Termina de comer que eu vou te mostrar uma coisa.
( ••• )
Sempre fantasiou muito sobre como passaria seu tão esperado aniversário em que completaria, finalmente, sua maior idade. No fundo, sempre soube que estaria ao lado de Jeno, afinal, você só tinha a ele. Se agarraria a ele em todas as mínimas situações da sua vida. Num geral não sentia que fazia tanta diferença que tivessem quatro anos de diferença, ou que ele construísse a vida dele longe de você. Você sempre seria toda dele.
Ele conhecia todos o cantos da sua casa como se fossem sua própria, conseguia andar e se encontrar nela mesmo no breu da quase madrugada e ainda te guiava pela mão que segurava a sua enquanto saíam pela janela do seu quarto e subiam para o telhado, tudo isso na maior confiança e segurança que você podia sentir em alguém. Se sentam perto da beirada e quando sente seus pés vacilarem, sente o braço musculoso de seu Jeno ao redor da sua cintura, e então, está segura outra vez.
— O que quer me mostrar, Neno? — pergunta quando finalmente estão parados.
— Ainda não. Espera só o despertador tocar.
Você segura o ar na garganta na mesma hora, se enchendo de expectativa. Fantasia mais um pouco sobre um mundo de cenários que poderiam sair daquilo. De repente sente como se o tempo passasse mais lento do que nunca. Prende o lábio entre os dentes e balança a cabeça em concordância.
— Está frio aqui em cima — muda de assunto quando sente uma rajada de vento soprar vocês dois, os braços abraçando a si mesma para se proteger da baixa temperatura que fazia sobre o telhado.
— Aqui — Jeno tira o próprio casaco e se inclina para colocá-lo sobre seus ombros descobertos e o cheiro tão característico dele invade suas narinas e nubla todas as suas ideias, quase não consegue responder quando ele pergunta: — Melhor?
— Sim, sim. Melhor — afirma freneticamente arrancando uma risada dele, que ri como se você fosse a pessoa mais engraçada do mundo. Ele sorri como se você fosse a coisa mais preciosa do mundo dele. Ele te instiga a rir também, te instiga a rir até que suas bochechas doessem — O que é tão engraçado, Neno?
Aos poucos as gargalhadas masculinas vão diminuindo até sumiram completamente, só resta espaço para uma expressão de esmero e carinho no rosto do garoto. Jeno tira uma mecha do cabelo que estava na frente de seus olhos e olha profundamente para eles. Faz com que você se sinta despida e faz com que você queime por dentro, um calor que começa nos pés descalços, que passa pelo ventre e pela barriga borbulhando e estaciona no coração batendo freneticamente no peito. Tem certeza que ele vê seus olhos brilhando porquê Jeno encaixa a mão abaixo de sua orelha e sobre sua bochecha quente.
— Ficar longe de você é muito difícil, minha flor.
— Mesmo? — ele vê suas orbes dobrarem de tamanho quando pergunta.
— Você não sabe o quanto — a cabeça do rapaz tomba para o lado sem parar de te observar atentamente — E quer saber de mais uma coisa?
Você faz que sim.
— Eu não me aguento mais de saudade de você. Todos os dias eu penso em como te deixei sozinha aqui, me desculpa, flor.
Agora você faz que não.
— Está comigo agora. É o suficiente.
São interrompidos pelo toque do despertador que toca baixinho para não acordar nem sua mãe e muito menos os vizinhos. Meia noite. Isso significa que você, oficialmente, está fazendo aniversário.
Assim que o celular volta a ser silenciado, sente os braços de Jeno rodeando seu corpo pequeno comparado ao dele. Sente quando ele descansa a bochecha sobre sua cabeça e logo trata de abraçá-lo também. Ouve quando ele ri.
— Feliz aniversário — ele diz — Eu amo você.
— Te amo também, Neno.
Se afastam e Jeno tira um pacotinho de plástico, uma compreensa de papel colorido e um isqueiro do bolso do casaco que te deu para usar. Seu cenho se franziu imediatamente, olhou dos objetos na mão dele para o rosto concentrado diversas vezes. Não tinha certeza do que exatamente ele estava fazendo.
— Não precisa usar se não quiser — ele anuncia enquanto despeja o conteúdo do pacote na seda que tirou da compreensa de papel, começando a enrolar.
— Ah, ok, mas o que... hum... o que exatamente você está fazendo, Neno? Não sei se eu 'tô entendendo — começou a falar, uma confusão adorável adornando seu rosto. Jeno sorriu quando voltou a sua posição de antes, colocando o rolo entre os lábios e acendendo.
Você arregalou os olhos. O seu Jeno estava fumando. Não sabia se tinha conseguido conter a surpresa.
Viu quando ele expulsou toda aquela fumaça e enrugou o nariz com o cheiro que vinha dela. E quando o baseado lhe foi estendido, seus dedos tremeram sem saber se aceitava, mesmo que o rosto do garoto estivesse a apenas alguns centímetros do seu.
— É maconha. Sei que nunca fumou. Você me perguntou o que mais eu vinha fazendo na fraternidade e aí está a sua resposta — ele explica — Estou te oferecendo agora para você não fica espantada quando for 'pra faculdade comigo. Mas você pode recusar.
Olhou dele para a droga entre seus dedos diversas vezes. Respirou fundo e levantou a mão que ainda tremia.
— E como faz? — segurou o bolado na frente do rosto e sentiu a respiração quente de Jeno no pé de sua orelha. Sua barriga se revirou em ansiedade, o ventre em chamas como aquilo que estava prestes a usar.
— Só puxar um pouco. Aí você segura e aí você pode soltar — ele instruiu, o rosto compreensivo e carinhoso pertinho do seu — Tem certeza?
Levando até os lábios, você faz exatamente o que ele disse. Sente quando a substância entra para sua garganta e faz uma careta antes de soltar a fumaça pela boca, igual Jeno havia feito minutos antes. O devolve o baseado negando com a outra mão, ouve a risada vindo dele.
— Misericórdia, isso é horrível — tosse um pouco, batendo no peito — Como você consegue fumar isso, Neno? Que coisa horrorosa.
— Espera uns minutos — é o que ele diz — Mas respondendo sua pergunta, algumas coisas mudam com o tempo.
Assentiu quando percebeu que ele não prolongaria o assunto. Ficaram um tempo em silêncio apenas ouvindo a seda queimar de pouquinho em pouquinho. Você apertou os olhos quando sua cabeça começou a ficar nublada. Sentiu seus músculos relaxarem e olhou na direção de Jeno, um sorriso fácil começando a crescer. E quando ele se virou para você, também sorriu com os olhos bonitos e agora vermelhos. Outra vez, daquele jeito que fazia seu coração acelerar.
Moveu sua mão até que ela parasse sobre a livre dele. Subiu os dedos pelo antebraço e parou no bicepis grande dele. Apoiou o queixo no ombro de Jeno e soltou o que deveria ser o princípio de um suspiro.
— Eu amo você, Neno.
Levantou os cílios na direção do garoto. Gravou cada detalhe do exato momento em que ele concordou com você. Passaria cada movimento em câmera lenta na sua cabeça quando estivesse deitada em sua cama, pronta para dormir. Passaria e reviveria como foi, finalmente, sentir o macio dos lábios de Lee Jeno nos seus. Passaria e lembraria da sensação das mãos tão grandes dele te firmando pelos ombros quando seu corpo amoleceu demais, em como ele parecia receoso e em como a língua dele acalmava a sua no meio de todo aquele turbilhão de sentimentos. Não precisava segredar a ele que aquele era seu primeiro beijo, muito menos precisaria avisá-lo para ter paciência contigo. Ele sabia. Lee Jeno sabia de tudo. Sabia que você estava se guardando para ele porque ele sempre soube que era sua maior e mais pura paixão. Que seria o único que enroscaria os dedos no seu cabelo e apertaria sua lombar tão forte daquela maneira, que faria sua respiração pesar e deixaria seu corpo quente como ele estava. Ele sabia porquê no dia em que te recusou da primeira vez porque era nova demais, você jurou que ele seria o único na sua vida. Para sempre e sempre.
E quando vocês se afastaram, seus lábios molhados e as mãos suando, ele sussurrou para você, o baseado já esquecido e apagado entre as telhas:
— Te amo mais, minha flor.
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moon-bymoon · 3 months
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Vinho e desejo.
Todo o lugar estava vazio, a não ser pelos dois na mesa próxima a piscina, a pousada em que haviam se hospedado só enchia em época de festa, o que não era o caso, deveriam ter um hóspede ou dois além deles. Os dois bebiam o restante do vinho que havia sobrado no fundo da garrafa, duas garrafas de vinho tinham sido o suficiente para deixar os dois ardendo de desejo um pelo outro, mas nenhum queria ser o primeiro a ceder.
Ela usava aquele vestido preto colado que destacava cada curva e tudo que ele queria era arrancar aquele vestido dela.
- Se continuar a me olhar assim, vou começar a achar que é um pervertido. - ela bebe um pouco do vinho da sua taça enquanto ele acompanha o movimento com o olhar.
- Achei que já tivesse certeza disso. - ele desliza a mão pela coxa nua dela, sua pele era quente e macia, seu corpo e sua mente brigavam entre si, desejo e orgulho, tesão e raiva.
- Vão acabar nos pegando aqui. - ela se posiciona na cadeira e sobe um pouco mais do vestido.
- Isso já foi um problema para nós dois? - ele aperta um pouco a sua coxa - Você é inacreditável, como pode me causar tanta raiva e tesão ao mesmo tempo?
- Quer mesmo saber? - ela levanta e anda devagar até a borda da piscina, ele observa cada movimento, as alças do vestido descendo pelos seus ombros, o tecido caído revelando a lingerie preta de renda, sua mente lembrava da discussão horas antes, mas sobre o que havia sido mesmo?
- Não pode usar sexo como pedido de desculpas sempre. - ele fala enquanto olhava cada detalhe daquele corpo perfeito, os seios do tamanho ideal, a bunda perfeita, as coxas grossas e tudo que ela fazia a deixava mais sexy, cada movimento, cada som, cada sorriso...
- Não? - ela desce as escadas devagar - Então você não vem?
- Você não vai parar enquanto não me enlouquecer. - ele levanta e começa a tirar a própria roupa, ela observava os detalhes do seu corpo, ela também desejava enlouquecidamente pelo contato dele.
Não demorou muito até ele prensar ela contra a parede da piscina e iniciar um beijo intenso que fazia cada pelo do seu corpo arrepiar, ela coloca suas pernas ao redor da cintura dele e ele pressiona sua ereção arrancando um gemido baixo dos seus lábios.
- Não, quietinha, alguém ainda pode escutar. - ele pressiona mais uma vez para provocar e sorri enquanto observa ela morde o próprio lábio.
- Vai me torturar? - ela pergunta puxando seu corpo ainda mais perto - Você quer tanto quanto eu.
- Talvez até mais. - ele confessa baixo - Bem mais.
Ele faz ela sentar no primeiro degrau da escada e passa os dedos na lateral da calcinha dela, o tecido fino e frágil parecia implorar pelo seu próximo movimento, ele sabia que ela ia ficar furiosa mas fez ainda assim, ela estava com os olhos fechados quando escutou o tecido sendo rasgado.
- O que você fez? - ela não esconde a raiva - Sabe quanto custa uma dessas?
- Gosto muito mais quando não usa nenhuma delas. - ele beija a parte interna da sua coxa e escuta a respiração dela ficando mais pesada, mais alguns beijos, lambidas e mordidas faziam ela sentir o desejo ardendo dentro de si e seu corpo implorava por mais.
- Por favor. - ela geme baixinho e ele sorri.
Ele faz ela sentar na beirada da piscina e abre mais as suas pernas, ela gemeu mais alto quando ele começou a passar a língua no ponto mais sensível, ela rebolava enquanto seus dedos passavam no cabelo dele, ele sugava e lambia arrancando mais e mais gemidos dela.
Seu membro pulsava de desejo enquanto ela pressionava seu rosto mais perto, aquilo era como o paraíso para ele, cada gemido, a respiração ofegante, as pernas tremendo, mas sentiu seu juízo sumir quando ela gozou mordendo o próprio lábio para não acordar os donos da pousada.
- Acho que acordou alguém. - ele fala fazendo ela corar e procurar alguma janela com a luz ligada - Se não acordou alguém agora, vou fazer com que acorde o bairro inteiro.
Ele se posiciona no meio das suas pernas e a penetra de uma vez, sem aviso, era impossível impedir o gemido alto que veio a seguir, o silêncio da noite era substituído pelos gemidos e respirações ofegantes dos dois, ele se afasta por um momento mas apenas para colocá-la de quatro e segurar seu cabelo e sua cintura, aquela altura era difícil que alguém não tivesse escutado, mas tudo que queriam saber no momento era um do outro, ele segura seu pescoço e traz seu corpo um pouco para trás, sua mão estimulava ela enquanto ele continuava a ir mais forte, mais fundo, arrancando mais e mais gemidos dos dois.
Os dois estavam em completa sintonia, pura química e desejo, e quando os dois terminaram, ficaram abraçados pelados na beira da piscina, olhando para as estrelas e a lua que iluminava os dois.
- Vamos ser expulsos. - ela fala rindo e ele a olha com um sorriso pervertido.
- Então vamos fazer valer a pena.
- Um conto Cherry.
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enluarada · 5 days
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Ez lux hate to love u, love to hate u pt 2
Ela vai até seu quarto e o fecha com força. Encosta na parede.
- Mas o que...? É óbvio que ele não vai vir, não é? Por via das dúvidas é só... hm... fechar a porta. - Ela não fecha- 
Deita e fica encarando a porta enquanto o tenpo passava, ela escreveu um capitulo de sua fanfic, mexeu eu seu celular, leu alice in wonderland e pegou no sono. Ela estava certa afinal; ele não iria
8h00 a.m.
Lux acorda e olha sua janela, a luz entrando em seu quarto. 
- Aquilo realmente aconteceu ou foi um pesadelo...? 
Após um tempo, se levanta e vai até o banheiro de seu quarto, onde faz suas higienes pessoais e em seguida coloca um vestido branco rodado, uma sandalia de glitter também na cor branco.
Desce para o café da manhã, estào todos lá como habitualmente, menos o convidado do dia anterior.
- Bom dia... - ela senta onde costuma sentar e olha a cadeira a qual Ez estava ontem- 
- Ele saiu. -Garen fala- Bem cedo, por volta das 6h00 a.m.
- E dai? - Ela fala e dá uma mordida em seu pão com nutella-
Garen revira os olhos
- Nada, chatinha.
(Xingando o ez em 10 idiomas diferentes na mente dela)
(...)
Ao terminar o café como de costume, colocou seu casaco e saiu de casa, Lux foi até o orfanato e ao chegar lá, se depara com a criançada brincando e se divertindo com o Ez, estavam jogando vôlei, do outro lado, crianças jogando futebol e ele estava intercalando entre os dois jogos. 
Ela não consegue raciocinar bem ao vê-lo sem camisa o mesmo está somente com uma calça preta. Seus cabelos voando e sorriso encantador, faz o coração dela acelerar e ela engolir sua saliva a seco. Ele a olha e ela vai em direção da diretoria. Ele sorriu ao ver ela nervosa, aparentemente e sair desajeitadamente, continuou brincando com as crianças.
Ela tinha muitas dúvidas... o quê, como, porquê? 
Bate na porta.
-pode entrar.
-oi... bom dia
- nossa querida, está tudo bem? Você está tao abatida
- estou um pouco cansada...
- entendo, espero que seu dia melhore no decorrer do mesmo então - ela sorri gentilmente , lux retribui e agradece -
- então... o que eu faço hoje? 
- hoje queremos deixar os pequenos mas livres, se divertindo e com os adultos fazendo as brincadeiras para o mesmo. O jovem Ezreal se voluntariou hoje, disse que o Rei Jarvan o pediu para ajudar com atos solidarios e não reclamamos de forma alguma, quanto mais , melhor.
(Ela segue explicando e passando as instruções e entregando bolas, cordas e outros itens dentro de uma caixa)
- além disso, a Zoe, a Vayne, a Kaisa, o Kayn, o Graves e o Sylas estão aqui também. Peço que ajude aos novatos, não é todo mundo que se dá tão bem com crianças como você.
- Hm...ok 
Mas que merd*, o ex namorado Sylas e a chata da Zoe, ninguém merece.
-alguma dúvida?
- não, não, tudo bem... 
Minha maior renda como soldada de Demacia, é fazendo atos solidários e esse em especifico, no orfanato, me faz extremamente feliz. As crianças são puras, felizes com pouco e poder deixá-las ainda mais felizes, faz meu coração ficar quentinho.
- Estou indo lá, Fiora
- Tudo bem querida - a diretora do orfanato fala e após a Lux sair volta a sentar, vendo pela janela como estava o decorrer das brincadeiras, se estava tudo sob controle-
(O graves estava ensinando uma criança a fumar um cigarro de caneta, o sylas estava ensinando magia proibida a todas as crianças em sua volta, a vayne estava usando as crianças de alvo com uma maçã em cima das suas cabeças para sua besta, a zoe estava brincando com as crianças lançando-as em portais interdimencionais, bom a kaisa só estava sendo a kaisa, o  kayn estava oscilando com o darkin entre "mate as crianças" " não, pelo amor de Deus"  )
Lux vai até o pátio com a caixa de itens, onde distribui e com algumas crianças da a dica de brincadeiras, ensina a brincar de amarelinha, a pular corda. 
Após um tempinho que se estabiliza-se e todos fazem direitinho, Lux se senta no quarto degrau da escada do pátio e bebe uma água gelada. 
- bem que eu beberia um café agora...
-Boceja.-
- com sono?
Ez senta em seu lado bebendo também sua garrafa de água. Ela o olha, seu corpo brilhando com traços e pouquissimo suor. Ele a olha. 
- Um pouco, sim.
Ela desvia o olhar.
- não dormiu bem? 
Ela o encara.
- dormi ótimamente bem, não se preocupe
- fala em tom sério, ele sorri.-
- ah bom, achei que tinha perdido seu sono esperando algo... ou alguém.
- nunca. -mente.-
Sylas do outro lado do pátio os encara, junto da Zoe que está interessada no Ezreal desde que ele chegou na cidade. Ambos tentando entender o que os dois estavam conversando e se, teria algo entre eles. Kaisa, amiga do Ezreal pensa em ir falar com seu velho amigo.
-Opa. 
Kayn senta do lado deles.
- Enquanto uns trabalham, outros sentam...
Ele ri. Lux ri. 
- só dando uma pausa... tem que ter muita energia com essas crianças.
- com certeza! - o kayn a olha com ternura e oferece um café para ela, pois sabe que ela gosta -
- ah, quero sim, obrigada!
Ela abre e bebe do mesmo
Ezreal está sério. Kayn puxa assunto com ele mas ele se mantém na dele. Enquanto a conversa com a Lux fluía. Os sinos tocam e eles retornam as suas atividades.
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ssibyeol · 1 month
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this is a closed starter ! starter call.
inspiration: shake bololo com a byeol (ir em um barzinho chique em itaewon rir da cara dos burgueses enquanto bebe).
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"Obrigada, docinho!", Byeol sorriu para o barman pela pechincha. Ela nunca foi de pedir desconto nas coisas, a não se que quisesse muito algo, porém como o bar em que estavam em Itaewon, a casa dos jovens mimados de Seul, não era lá muito barato, ela sabia que podia contar com Saewon, o gerente com quem trabalhou por alguns anos. Ela sabia os truques, os macetes e tinha os contatos, então, mesmo que pudesse pagar a conta, agora que sua condição financeira melhorou, por que não descontar do bolso do seu ex-chefe milionário que nem na Coreia morava? Voltando a mesa, sentou-se na cadeira em frente a @wildxflowerz com um sorriso de vitória. "Acho que esse é dos bons", disse sem ter muita certeza, por não conhecer muito da bebida. "Vai me acompanhar, né?", arqueou as sobrancelhas de forma desafiadora.
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[TASV] Capítulo 01 - Este caso de uma noite é tudo o que eu posso suportar.
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eu posso ouvir você vindo de uma milha de distância e eu sei que você está vindo pelo sorriso em seu rosto. apaixonado por uma noite, espere, o que aconteceu da última vez? friends with benefits | jxdn
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2018
― E é por isso, Leigh, que eu disse oito vezes no último mês que vir a este encontro às cegas era a pior ideia do mundo. Ele está quarenta e sete minutos atrasado e não há nenhuma ligação ou mensagem de texto justificando a razão. Thom recebeu alguma mensagem ou não valho a pena nem o encontro, nem a preocupação?
Um risinho escapa dos lábios da minha melhor amiga pela linha telefônica, mas sei que é mais de desespero que por achar graça. Quando aceitei essa experiência social, depois de negar várias vezes antes, ela me prometeu que River Corrigan era um perfeito cavalheiro e, por isso, eu deveria fazer um esforço gigantesco para largar a minha cama fofinha e as minhas séries de conforto somente para dar uma grande chance ao capitão do time de hóquei do colégio rival.
― Sinto lhe dizer, Lake, mas ele não mandou nada. A última mensagem que recebemos era uma confirmação do lugar e da hora, mas foi feita pela manhã. Acho que ele quis garantir que tudo sairia dentro dos conformes, mas algo pode ter acontecido. River é do tipo que acredita que se você chega na hora, você já está atrasado.
― Bem, ele está quarenta e oito minutos atrasado agora.
Confiro no relógio do pulso os ponteiros. São quase nove horas da noite e meu estômago ronca alto, chamando não só a minha atenção, como a da garçonete que está voltando mais uma vez para perguntar se preciso de algo. Sei que estou segurando uma ótima mesa no restaurante, mas não posso fazer nada. Ele até mesmo reservou a droga do lugar para nos sentarmos.
― Ei, Leigh, preciso desligar.
― River pediu para trazer isso e...
Sunny, leio pelo crachá seu nome, é interrompida de falar qualquer outra coisa porque, da porta do estabelecimento, um cara coloca as duas mãos ao lado da boca para usá-las de megafone e grita, para que todos sejam capazes de ouvir, que não posso ir embora sob hipótese nenhuma.
― Pediu desculpas pelo atraso ― completa, ofegante.
Dois hambúrgueres são colocados sobre a mesa, junto com bebidas que não pedi. Meu copo d’água, cortesia da casa, é retirado e substituído por um novo, cheio de gelo, como pedi o outro. Agradeço e encaro Sunny, aflita. Agora que River chegou e todos estão prestando atenção em nós, sinto-me minúscula aqui dentro. Apesar de estarmos em uma lanchonete e fliperama e a grande maioria das pessoas presentes ter muito menos idade que eu, os pais que estão sentados esperando seus filhos são uma boa audiência.
― Você precisa me desculpar, Layken.
Um casal de idade, que provavelmente acompanha os netos, sorri para nós dois. River puxa uma cadeira e se senta, apesar de eu ter colocado as mãos na mesa para me equilibrar ao me levantar. Despreocupado, ele bebe um gole do que eu deduzo ser Coca-Cola, então solta um suspiro ofegante.
Não está exatamente frio em Portland, somente uma brisa de primavera, mas ele carrega consigo um cachecol jogado ao redor do pescoço, que é complementado por um sobretudo. Tirando esses dois itens elegantes, o resto de sua roupa é composta por peças de uso cotidiano de adolescentes de dezessete ou dezoito anos: calças escuras, coturno de neve e moletom preto com o gorro para fora do casaco. Ele consegue misturar o boho com o chique sem se esforçar.
― Honestamente? Eu não preciso nada. Ei, Sunny, será que você pode embalar esse hambúrguer para viagem? Pode colocar na conta de River, é o mínimo que ele pode fazer depois de se atrasar.
― Ei, Sunny ― contrapõe River, com o típico sorriso arranca-calcinhas. ― Não se atreva a tirar esse prato daqui. Você me conhece há anos, qual foi a última vez que me atrasei para algo?
― Bem, você está atrasado agora.
― Obrigada, Sunny.
― Mas... ― ela continua, como se não tivesse sido interrompida. ― River realmente nunca se atrasa, Layken. Tenho certeza de que algo deve ter acontecido hoje. Se eu fosse você, comeria esse hambúrguer e pediria a maior sobremesa do cardápio para compensar, enquanto ele te conta porque está atrasado.
Ela se retira sem levar meu prato. Ótimo, agora terei que comer enquanto encaro os olhos suplicantes de River Corrigan.
A tela do meu telefone se acende na mesa e a foto de Leigh aparece quando me liga. Antes que eu seja capaz de fazer qualquer movimento, River rouba o aparelho da mesa e atende a ligação, levando o celular no ouvido. Impulsiono o corpo para tentar roubar de sua mão, mas é em vão. Ele já desligou depois de dizer que havia chegado.
― Você é realmente inconveniente. Não faço ideia de como Thom achou que seríamos um par perfeito. Primeiro, marca um encontro na porcaria do Lane House. Depois, atrasa mais de quarenta minutos e, para encerrar com chave de ouro, decide o que quero comer e atende meu telefone. Para o garoto de ouro do time de hóquei, você é cheio de red flags.
― Bem, não vou justificar nada além da crítica ao restaurante. Lane House é a melhor lanchonete de Portland. Venho aqui desde pequeno. Encontros são para conhecer a outra pessoa, não são? Bem, aqui você pode comer bem, me conhecer melhor e entender por que atrasei tanto.
Ele se levanta, então estende a mão para que eu faça o mesmo. Nossos lanches já esfriaram e o gelo derreteu inteiro dentro do meu copo d’água, mas, por algum motivo, aceitar sua mão e me levantar para ver o que ele quer parece uma alternativa muito melhor do que bater o pé como uma garotinha mimada. Papai costuma dizer que todos merecem uma segunda chance e o benefício da dúvida, mas até agora, River Corrigan não merece nenhum dos dois. Pelo menos não na íntegra.
Nós seguimos por um corredor estreito, que nos leva ao fundo do restaurante. Não tenho certeza se nós podemos realmente fazer isso, mas o segurança que passou por nós não parece muito preocupado com dois invasores. Na verdade, tenho a impressão de que ele cumprimentou River sutilmente com a cabeça.
― Para onde você está me levando, hein? Por acaso você tem uma sala de abate para garotas tolas e indefesas como eu? Bem que dizem que atrasos nunca são um bom sinal. Se eu tivesse ido embora, então talvez eu pudesse ter me livrado desse encontro de assassino em série.
Dessa vez, a risada que ouço é de alegria pura. Ele se diverte com o meu comentário e até mesmo vira em minha direção para me receber com aquele sorriso. Arranca-calcinhas, pelo amor de Deus. Quando Leigh descreveu River como “o garoto mais bonito do time de hóquei, com olhos azuis como um rio e sorriso capaz de fazer qualquer garota arrancar a roupa” eu não acreditei. Mas agora, encarando-o de perfil enquanto está concentrado em sua missão de abrir a porta dos fundos, começo a desconfiar de que ela está realmente certa.
Se as circunstâncias fossem outras, então talvez eu já tivesse sem a minha roupa íntima, cuidadosamente escolhida para hoje, no banco traseiro do provável carro esportivo que ele ganhou dos pais quando fez dezesseis anos.
― Ah, Layken Road, você é sempre difícil desse jeito?
― Sempre, River Corrigan. Espero que goste de um desafio.
River empurra a porta do que noto ser um escritório. A cadeira de couro atrás da mesa está vazia, mas ele logo ocupa. Seus olhos esquadrinham a tela acesa do computador e eu permaneço parada na porta, verificando se não tem ninguém vindo aqui nos expulsar do lugar.
― Adoro desafios, Lake. Agora venha aqui ver algo.
Observo um retrato cheio. Todas as pessoas na foto utilizam o uniforme do estabelecimento e percebo que a fotografia foi tirada dentro do fliperama. Somente seis pessoas não estão uniformizadas: uma criança, quatro adultos e River Corrigan (que fique claro, está usando o mesmo lenço).
― Esses são meus pais.
― Ah, Riv! ― não perco a chance de alfinetá-lo. ― É o nosso primeiro encontro e você já está me apresentando sua família? Pensei que fossemos devagar, mas já que você insiste...
Ele, gentilmente, me ignora.
― Esse sou eu, aqui são meus tios e essa garotinha aqui se chama Elane, em homenagem à minha avó. Ela odeia esse nome, então foi carinhosamente apelidada de Lane, como em Lane House.
Algumas coisas começam a fazer sentido, como por exemplo o fato de Sunny nem hesitar em atender o pedido de River.
― Lane faz parte da companhia de balé júnior de Portland e as aulas acabaram hoje para o início do recesso de verão. Ela apresentou um solo com um garotinho da classe dela, mas por causa da chuva, parte do telhado foi arrancado e acabamos tendo que mudar todo o cenário para a quadra de futebol do colégio que estudo. Foi uma confusão e por isso a apresentação atrasou em meia hora. Só consegui sair de lá depois que fui parabenizar minha irmãzinha. Ela queria flores. Lírios, porque também começam com a letra l.
― Você atrasou o nosso encontro por que foi assistir à sua irmã dançar balé?
A expressão em meu rosto deve ser horrível, porque River fecha a cara e desliga o computador na hora, mas na verdade estou tão encantada pela razão, que sequer sou capaz de falar. O garoto simplesmente priorizou a irmã acima de qualquer coisa, somente para dar a ela uma noite memorável de espetáculo com direito a um buquê e tudo mais.
― Caramba, River, essa deve ser a coisa mais legal que alguém já me contou.
Ele não compra o meu comentário.
― Sim, claro.
― Não, é sério mesmo. Fiz balé há uns anos e a minha melhor memória envolve meus pais levando uma flor para mim depois do espetáculo. Não tive um solo, nem um grande buquê, mas aquele gesto ficou comigo para sempre. Tenho certeza de que Lane irá lembrar disso para sempre. Quantos anos ela tem?
― Seis. Faz sete em agosto, antes de eu me mudar para a faculdade.
Gentilmente, ele me empurra para fora do escritório e retomamos nosso lugar na mesma mesa. As bebidas foram substituídas por novas e o hambúrguer parece ter sido recém esquentado, pois sai fumaça ainda.
― E onde você vai estudar?
― Em Albany.
― Nova Iorque?
― Ohio. Prestige University. Uma das maiores faculdades do estado. Quero jogar hóquei pelo time e ganhar o Frozen Four. Depois disso, se eu quiser seguir carreira no esporte, posso ir para Cleveland jogar pelo time da cidade.
― E se você não quiser ser jogador, então qual será sua formação?
Ele hesita alguns segundos antes de responder. Observo como seus lábios abraçam a borda do copo e, de repente, me sinto muito consciente da beleza dele.
― Quero ser professor da educação infantil, como a minha mãe é. Gosto de crianças e gosto de ensinar. Acho que o que falta hoje no sistema são pessoas que realmente estão ali por amor à profissão, não porque quando se formaram aquela era a única escolha. E acho que se um dia eu puder marcar a vida de alguma criança da forma que a minha mãe fez com seus alunos, então provavelmente terei atingido o ponto alto da minha carreira. E você, o que quer fazer?
River não abre margem para outra pergunta minha, porque enfia metade do hambúrguer na boca e começa a mastigar, dando-me tempo para responder sua inquisição.
― Vou estudar relações públicas para poder trabalhar em um grande escritório de advocacia em Nova Iorque. Quero gerenciar crises e evitar escândalos na elite nova-iorquina. Se qualquer personagem de Gossip Girl tivesse alguém como eu, então a série não teria todas aquelas temporadas e nós não teríamos que aguentar a palhaçada que foi Dan e Blair.
― Quer estudar relações públicas porque uma série incentivou você a isso?
― O quê? Uma? Claro que não. Também assisti Scandal. Enfim, de qualquer forma, acho a faculdade de direito entediante, mas quero estar nesse mundo, quero ser útil para essas pessoas. Relações públicas permite que eu faça tudo isso sem a pressão de precisar ir a algum tribunal falar na frente de diversas pessoas.
― Acho que isso é o que mais faz sentido, na verdade. E parece um ótimo plano de vida. Você mencionou Nova Iorque, então é para lá que você vai fazer faculdade?
O tópico do assunto é delicado. Depois que fiquei na lista de espera da Brown, acabei perdendo um pouco da animação. Mandei cartas para outras universidades, incluindo a Prestige, mesma faculdade que River foi aprovado, mas não comento nada para que ninguém crie expectativa à toa. Seria interessante ir para a mesma faculdade que alguém que conheço, mas não é como se fossemos amigos de verdade.
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Algum tempo depois, Sunny aparece em nossa mesa para comunicar que o estabelecimento precisa fechar e eles precisam retirar toda a nossa louça usada. Os copos estão vazios, os pratos carregam resquícios de molho e guardanapos usados e a travessa no meio da mesa ainda contém metade da sobremesa que pedi, que River rapidamente orienta para que seja embalada para que eu leve embora.
Quando ela retorna com a minha comida, até penso em abrir a bolsa e fingir interesse em pagar a conta, mas River percebe o teatrinho e arqueia uma sobrancelha em minha direção, como quem questiona “sério mesmo?”.
― Isso foi interessante ― comento, enquanto cruzamos a porta. A calçada está vazia, a rua pouco movimentada e há somente quatro carros estacionados aqui, além do meu. ― Mesmo com todo o seu atraso, acho que valeu a pena esperar, ainda mais agora que eu sei o motivo.
Meu carro está próximo, então escoro o corpo nele.
― Só uma dica para o seu próximo encontro: quando for atrasar, avise a garota. É horrível ficar esperando com a sensação de que você está tomando um bolo.
River também apoia o peso do corpo contra a porta do meu carro e me observa com curiosidade, analisando as palavras ditas. Em silêncio, cada um absorve o máximo que pode do outro, sem saber se essa será a última vez que nos vemos.
― Próximo encontro? Isso significa que não teremos uma parte dois para esse daqui?
Não sei bem o que dizer, nem o que ele espera que eu responda. É claro que adoraria sair com ele mais uma vez, mas temos um grande problema pela frente: River tem planos muito opostos aos meus. E ele também é muito bonito. E muito simpático. E muito educado. E, porra, muito bonito. Em Albany certamente fará muito sucesso entre as pessoas, e apesar de Nova Iorque não ficar tão longe de Ohio, ainda assim não sei se tenho emocional para lidar com mais uma situação de relacionamento a longa distância, no qual vou sempre ficar me questionando sobre a convivência do meu namorado com outras garotas. Apesar de não fazer parte do time das garotas ciumentas, sinto que com ele isso pode mudar um pouco.
― Não sei. Acho que talvez possamos nos encontrar e conversar de novo, mas sem o peso de um encontro. O que você acha? Dois amigos tomando café em um dia frio de Portland. Minha livraria favorita permite que você beba café enquanto lê e eu sempre observei os casais lá. Poderíamos fazer isso também, mas como amigos.
― Parece uma ótima ideia.
Antes que tudo fique ainda mais esquisito e desconfortável, digo que preciso ir embora. São quase meia-noite e prometi para papai que chegaria o mais cedo possível. Estou surpresa que ele ainda não ligou.
River se afasta do carro e vem até mim, envolvendo meu corpo em um abraço estranho, muito diferente do resto da noite. Não sei se a conversa que acabamos de ter acabou afetando seu pensamento sobre mim, mas não penso muito nisso enquanto entro no carro e ele fecha a porta.
― Até a próxima ― ele sussurra, afastando-se de mim.
― Até.
Noto como seu corpo está tenso quando ele começa a se afastar. Contudo, antes de chegar no – previsivelmente – carro esportivo que tem, ele volta sua atenção para mim.
― Ei, acho que você deixou isso aqui cair ― sua mão estende algo para mim e eu abro a palma para agarrar. Sinto a textura do papel sem nem mesmo vê-lo.
Ele se afasta.
Pelo retrovisor, noto quando ele me observa novamente por cima do ombro.
Sem perder tempo, abro a palma da mão. Anotado no pedaço rasgado da conta, encontro duas informações: seu nome completo e número de telefone.
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tecontos · 9 months
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Ana me deixou louca! (Bi) (julho-2023)
By. Angelica
Oi me chamo Angelica, tenho 20 anos, e nessas férias de Julho eu tive a melhor experiência da minha curta vida sexual. Eu fui chupada por uma garota que me deixou louca!
Foi a minha primeira e ate então única relação com outra menina.
Como já disse aconteceu nas férias quando fui visitar minha tia que mora em Goianinha. Goianinha é um município do Rio Grande do Norte, bem tranquilo. Titia tem um mercadinho em Goianinha e pediu para que eu ajudasse a tomar conta dos negócios enquanto ela precisava fazer uma viagem muito importante a uma cidade vizinha. Tenho um primo, que se chama Vanderlei que tem a mesma idade que eu, então trabalhávamos juntos e sempre que podíamos fazíamos um happy hour pós expediente, tomávamos uma cervejinha bem gostosa comendo batatas e rindo muito.
Foi quando a vi do outro lado da rua, ela estava de camisetão e moletom carregando uma sacola de compra, ela é alta, esguia, bonita de cabelo loiro compridos. Por um momento nossos olhares se cruzaram e eu fiquei com esse olhar em minha memória.
No dia seguinte enquanto estava re-estocando alguns alimentos nas prateleiras, ela apareceu, senti que havia alguém atrás de mim, me encarando, eu estava agachada e por alguma razão eu sentia alguém me olhando e pelo canto do olho, em minha visão periférica eu via alguém olhando para o meu traseiro. Me virei rapidamente e lá estava ela, a mesma pessoa que eu vi no dia anterior do outro lado da rua, foram alguns segundos de silêncio constrangedor até que eu decidi quebrar o clima estranho
- Pois não ?
- Olá, eu gostaria de saber onde ficam os temperos.
Sua voz era mansa e muito gostosa...
- Naquele corredor – apontei
Ela apenas sorriu e seguiu em direção onde eu havia acabado de apontar. Enquanto ela seguia em frente eu decidi interromper.
- Espera, você mora por aqui ? Eu não lembro de ter te visto antes, como se chama ?
- Me chamo Ana e estou aqui passando uns dias, vim visitar um amigo.
- E você ? como se chama ?
Apontei para o meu crachá sorrindo - Angelica – Minha voz saiu um pouco melosa, não podia acreditar que eu estava deixando transparecer meu flerte.
-Um nome bonito, e você mora por aqui ?
- Mais ou menos, moro em outra cidade, más minha tia precisou que...
- Com licença mocinha, será que você poderia me ajudar a encontrar esses items ? Eu havia sido interrompida por uma senhora
- Acho melhor você voltar ao trabalho, podemos conversar no fim do seu expediente. Que horas termina ?
- Ótima ideia. Hoje eu saio as 8h, me espera no bar em frente do mercado se puder.
- Com prazer.
Ela era tão misteriosa que eu me sentia completamente envolvida nela, queria conhecer mais Ela.
Vanderlei meu primo me disse que ao acabar o expediente iria dormir na casa da namorada essa noite, portanto hoje a casa seria só pra mim, pediu para que eu não esquecesse de alimentar o cão.
Encerrei meu expediente e fui ao banheiro para ao menos retocar minha maquiagem e prender meu cabelo em um rabo alto, eu não conseguiria voltar para casa para fazer uma produção elaborada então, fui com a roupa do trabalho mesmo. Estava ansiosa para saber se Ana estaria esperando por mim, e de fato estava, assim que sai do mercadinho a avistei sentado na mesa, usando uma camiseta branca e uma calça jeans, seu cabelo lindo preso. Ela me avistou e sorriu. Me aproximei e puxei uma cadeira para sentar a sua frente
- Longo dia ? – ela perguntava
- Nossa, nem me fala ? Você trabalha por aqui ?
- Sim. Trabalho em uma empresa lá onde moro
- Achei que você jogasse basquete ou vôlei, por conta da sua altura. Admito que tenho uma queda por pessoas altas – La estava eu flertando de novo.
- Não, infelizmente não. Digamos que a altura seja pela família mesmo. - Você bebe alguma coisa ? – ela me perguntou
- Uma caipirinha bem gelada, pode ser ?
- Claro que pode.
A noite foi meio constrangedora e curiosa, eu me sentia extremamente atraída por ela, sua aparência era tão distinta, diria que similar a uma modelo, seus longos braços e pernas, com seus longos dedos, sua estrutura facial muito linda, más por outro lado, ela era uma pessoa completamente misteriosa, inteligente e intrigante.
Conforme eu bebia eu perdia minha inibição e ficava cada vez mais ousada, eu tocava as mãos dela, falava a quão diferente e atraente era. Lembro que eu perguntei se não iria comer nada, já que não estava tocando na porção que havia pedido, e lembro que disse que ela não comia porções, dai eu perguntei
- Ah é ? E você quer comer o que então ?
- Eu quero comer você Angelica.
Ela me disse isso olhando profundamente em meus olhos, eu estava já um pouco bêbada, mas o comentário de que ela queria me comer já foi o suficiente para meu grelo pulsar e minha xota morder minha calcinha. Eu já estava tão bêbada e safada que só respondi;
- Então estamos esperando o que ?
Ana pagou a conta e fomos direto pra casa da minha tia, agora sim eu iria descobrir os segredos mais íntimos dela, chegando na casa de titia, abri o portão as pressas. Passando pela sala eu já chutava meus calcanhares para me desfazer dos meus sapatos, e já agarrava Ana pelo pescoço, a trazendo para um beijo quente e molhado. Ainda nos abraçando e beijando ela me perguntou onde era o quarto, apontei e ela me conduzia ao local sem nenhum esforço.
Chegando ao quarto, Ana me colocou na cama delicadamente. Seus longos dedos deslizavam gentilmente em meu rosto, e sua expressão era de muito prazer, era como se o toque de seus dedos em minha pele tivesse uma sensação extremamente satisfatória nela, e ela gemia apenas fazendo isso...
Ela me puxou para mais um beijo, ela lambia meus lábios, os contornando, era um beijo babão, eu tava muito bêbada para reclamar, más minha forma de protesto foi dizer.
- Ta muito bom esse beijo, más você disse que me comeria.
Ana parou olhou profundamente em meus olhos e sorriu, deslizou para baixo da minha cintura e puxou a minha calça e calcinha para baixo, abriu as minhas pernas e caiu de boca na minha boceta, eu gritei alto de prazer, arqueei meu corpo para tras e afundei minha cabeça no travesseiro, aquilo era surreal, a língua dela parecia me atingir em múltiplos lugares, era como se meu clitóris fosse lambido ao mesmo tempo que o restante da minha buceta. Más quando eu olhava para baixo, ambas as mãos dela seguravam minhas pernas, como ela fazia isso ?? Foda-se, estava tão bom que eu não me importava como aquilo estava sendo feito.
- Nossa Ana, que maravilha, não para não.
Ela estava tão focada que eu nem conseguia interrompe-la, pensei, quando for minha vez, irei retribuir o agrado. De repente fui tirada dos meus pensamentos - UI... QUE ISSO ?
A língua dela estava fazendo cosquinhas no meu cú. Eu tentei fazer algum protesto, más assim que movi o meu tronco, a mãos dela me empurraram de volta contra a cama, enquanto ela ainda estava com a cara na minha boceta. Ana agora chupava meu clitóris e intercalava sucções com lambidas, e eu sentia meu corpo todo estremecer de prazer, eu já revirava os meus olhos, os longos braços agora massageavam meus seios e brincavam com os meus mamilos, que já estavam duros e sensíveis. Eu já estava anestesiada de prazer quando senti algo me penetrando pelo cú, era macio, molhado,
“será que Ana estava me penetrando com a língua ? Caralho, que tamanho de língua era aquela ? era um boi me lambendo ? como assim ?”
Eu não ligava mais para nada, só queria terminar aquele tesão com uma bela gozada, eu senti meu cu ser tampado pelos lábios dela como uma tampa de sucção e enquanto isso a língua gigante ia e vinha e fazia movimentos espirais.
- AAAAHHHHH HANUZ, CARALHOOOO, COMO É QUE VOCÊ TA FAZENDO ISSO ??? DEIXA EU VER !!! EU VOU GOZAR ASSIM
E mais uma vez suas mãos me pressionavam contra a cama. Após me segurar, ela levou uma de suas mãos até minha buceta, e com seus longos dedos me penetrava, lá estava eu, sendo “chupetida” (metida e chupada pelo cú) e sendo dedilhada pela buceta, nunca fui duplamente penetrada, era o dobro de sensações, era muita coisa acontecendo e eu estava prestes a explodir, estava bêbada, com tesão, sendo comida pelo cú e pela buceta e ainda recebendo massagem em meu seio mais sensível (porque todas temos um, né ?).
- EU VOU GOZAR, EU VOU GO..... ZAAAAAAAAAAAARRRRGHHHH !!!
Eu jorrava, eu desaguava, me sentia sem forças, eu sentia meus músculos todos relaxarem após uma onda elétrica percorrer todo o meu corpo. Minha energia era sugada. Ana tirava os dedos de minha buceta, más sua língua gigante permanecia no meu cú, girando e girando como um parafuso, e cada vez mais fundo. Não era dolorido, era prazeroso, más eu estava bêbada, sem energia, exaustíssima, Aaaaaahhhhhh hmmmmmm
Gemi alto, outro orgasmo interrompia meus pensamentos, acho que tive orgasmos múltiplos e eram tão intensos.... Aquela sensação me fazia me contorcer toda e eu sentia a minha boceta pulsar e jorrar, e de repente enquanto eu gemia eu fui perdendo as forças e desmaiei. Sim, desmaiei de prazer e tesão.
Logo me recompus e percebi que estava sozinha no quarto, no ar eu podia sentir um aroma de sexo. O que ela aquilo?
Au Au, Au
O cachorro latia, levantei da cama as pressas para olhar e procurar pela a Ana.
- Ana, Ana?
Chamava mas sem resposta, e eu ainda sentia todas aquelas sensações do sexo que acabara de fazer, minha xoxota e cuzinho piscavam, como se pedissem por mais.
- PUTA QUE PARIU EM ANA ? QUE LÍNGUA DE SAPO FOI ESSA QUE VOCÊ METEU EM MIM HEIN ?? ATÉ MEU INTESTINO ESTÁ PULSANDO? ANA ?? ONDE ESTA VOCE? Reclamava enquanto andava pelada pela casa chamando por ela.
Encontrei uma mensagem escrita no espelho do banheiro, feita com baton, dizendo que teve que ir embora, mas deixou seu numero de celular e seu instagram, e pediu para ligar para continuarmos depois.
Depois disso, não conseguimos nos ver novamente, ela voltou pra a sua cidade e eu voltei para a minha cidade, nos falamos todos os dias por mensagens e algumas vezes por video chamada, e quem sabe nos encontramos novamente, pois tenho muita vontade de provar a sua buceta, senti-la gozando na minha língua.
Enviado ao Te Contos por Angelica
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jennieieu · 11 months
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𝗿𝗼𝗺𝗮𝗿𝗶𝗼, carnaval
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twitter . "materlist"
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Era véspera de Carnaval e sua cidade não poderia estar mais animada. Os enfeites chamativos e brilhantes por todo lugar que olhava, vendas de espetinhos e salgados lucrando muito mais nessa época do ano. E como uma boa brasileira você já estava aproveitando, o bar do seu João na esquina de sua casa, uma cervejinha e pastel era tudo oque você precisava.
Você podia sentir toda a energia e essência carnavalesca das harmoniosas sambistas no palco, o pagode alto e vivaz nas caixas de som. Você tinha acabado de sair de seu trabalhado de meio período, e essa era a diversão que você precisava. Não queria pensar nas contas para pagar no final do mês, seu chefe abusado se aproveitando de sua bondade, ou a faxina que sua casa estava precisando. Você só queria aproveitar sua juventude.
Você dá um gole na cerveja gelada observando o movimento dos clientes no comércio. Você estava acostumada a vir todo os finais de semana, e nunca esteve tão cheio quanto hoje. Mesmo se sentindo solitária, optou por vir sozinha, não querendo ouvir os problemas maternos e matrimoniais de suas amigas, já estava cansada disso.
S/N acaricia o cabelo, estava oleoso mas não ligava, não teve tempo para o lavar, cansada demais para tudo isso. Ela nunca se agradeceu tanto pelos feriados que o Carnaval iria proporcionar, ela com toda certeza iria fazer bom uso delas. Nem lembrava da última vez que cuidou de si mesma.
Sentindo a luz do Sol arder em seu braço você olha para fora do estabelecimento, olhando a praia cheia de turistas e patriotas aproveitando a brisa beira-mar. Você murmúra reclamações para si mesma, invejando eles sabendo que passaria a tarde fazendo faxina.
─ O que uma princesa como essa está fazendo aqui sozinha? ─ Um sotaque carioca pôde ser escutado por cima da música barulhenta.
─ Apenas aproveitando. ─ Não era todo dia que mesmo desarrumada era cantada, você se vira para o seu adorador.
Você não era uma pessoa que conhecia ou acompanhava futebol, assistindo apenas os jogos da seleção brasileira nas copas. Preferia um vôlei de praia sob o Sol escaldante, o barulho do mar no ar. Mas você com certeza conhecia os populares jogadores, encantada com tanta beleza e talento.
Você podia sentir seu estômago embrulhar e seus olhos arregalarem. Ninguém menos que um dos melhores jogadores do mundo estava a sua frente, Romário. Imediatamente você percebe que sua expressão deve se parecer com aquelas fans fanáticas, já que o sorriso convencido no rosto do homem a sua frente entrega isso.
Ele se senta na cadeira de madeira, separado apenas pela mesa de plástico amarela. Você respira fundo e se recompõe, querendo se estapear por não ter escolhido uma roupa melhor.
─ Algum motivo especial para comemorar? ─ Ele bebe da garrafa de cerveja que estava o tempo todo em sua mão. Ele parecia confiante, postura relaxada, sorriso malandro e malicioso no rosto, com toda certeza não era sua primeira vez dando em cima de uma moça.
─ Finalmente férias! ─ Sua voz se exalta, animada demais só de pensar nisso. O rapaz sorri com a maneira desajeitado da mulher.
─ É um lugar muito bom esse aqui. ─ Ele olha ao redor do buteco, fazendo com que você faça o mesmo. Com certeza não se parecia nada com os lugares luxuosos que ele já esteve, mas você se lembra que ele veio de um lugar humilde. A tintura descascando, os fios desencapados e o chão sujo fazia com que o lugar parecesse ao mesmo tempo acolhedor e miserável.
─ Uhum. ─ Você balança a cabeça em concordância, bebendo outro gole da cerveja não mais gelada.
─ Quer ir conhecer o hotel que estou hospedado? Ele parece melhor do que aqui. ─ Em seus olhos brilham luxúria e contemplamento.
Sem pensar duas vezes você sorri com a proposta, mordendo o lábio e aceitando a proposta. Finalmente ia sair da seca, que se foda a faxina de tarde!
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A fic foi postada originalmente no wattpad, na minha conta. Espero que gostem🎀
Não revisado!
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imninahchan · 4 months
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: strangers to lovers, minhas habilidades precárias em espanhol, sexo casual e sem proteção [não pode camaradas!], dirty talk, diferença de idade, finger sucking, oral masc, elogios, manhandling, tapinhas leves, um ‘papi’, dumbification, dacryphilia. ˚ ☽ ˚.⋆ ⌝
꒰ 𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀 ꒱ @dejuncullen você é a grande culpada por tudo isso, te odeiooo.
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𓍢ִ໋🀦 ELE É O TIPO DE HOMEM QUE VOCÊ SÓ VAI CONHECER UMA VEZ NA VIDA ─────
você percebe isso a partir do momento em que põe os olhos na figura masculina pela primeira vez. Sentada a umas duas mesas de distância da dele, na varanda do saguão do hotel.
Simplesmente, não conseguiu deixar de repará-lo. Os fios espessos do cabelo, como as mãos correm por entre as mechas de forma desleixada, balançando pouquinho conforme o vento suave da manhã sopra. A regata branca, um casaco pendurado nas costas da cadeira livre à mesa. O nariz pontiagudo, os olhos escondidos por trás das lentes dos óculos de sol.
Com certeza, não é brasileiro. Dá pra notar só pela comida que escolheu do buffet para o prato. Fica tão intrigada, obcecada em observá-lo, que se esquece do próprio café da manhã. Os pãezinhos esfriando junto do café na xícara. Quer abrir o aplicativo de mensagens e mandar uma pra sua amiga dizendo cê não acredita no gatinho que eu vi, porém nem tem tempo. O homem ergue o queixo, a atenção desviando do aparelho em mãos para notar a sua presença, à frente em seu campo de visão.
Você abaixa o olhar na mesma hora, sente-se como se tivesse cometido um crime e tivesse sido pega no flagra. Morde o lábio, tentando conter o sorriso bobo. As palmas das mãos suam, frias de repente, então se ocupa com a xícara de porcelana. Não sabe se bebe, por vezes ameaça levar à boca, mas desiste no meio do caminho, perdidinha feito um robô em pane. E quando levanta os olhos mais uma vez, na mesma direção que tanto fitou, a mirada do homem se encontra com a tua novamente.
Parece que vai morrer, credo. Nunca sentiu tamanha vergonha na vida, o estômago até revira. Não vai mais conseguir comer, nem pensar, nem respirar, não enquanto ainda estiver na cena do crime.
Se levanta, então. Cata uns dois pãezinhos do prato, empurra um gole de café pra dentro e caminha em direção ao saguão. Pô, não está nem tão bonitinha... Já vestiu as roupas que planejou pro dia, porém não se maquiou, nem fez os cabelos do jeito que queria, porque o plano era só descer pra tomar café antes de curtir mais um dia turistando pela cidade espanhola. Agora, está fugindo feito uma criminosa, com a boca cheia de pão, para o elevador.
Mas ao pensar que o fechar das portas cinzas significaria liberdade, o seu coração tem um motivo a mais para palpitar assim que o homem se coloca para dentro do cubículo antes que te perca de vista.
Mastiga com mais pressa, escondendo o outro pãozinho entre as mãos. Ao seu lado, ele tira os óculos, está segurando o casaco e uma bolsa transversal.
Olha pra ti.
— Enzo — diz, e pela forma com que anuncia o nome, dá pra sacar que fala espanhol.
Você passa as costas da mão sobre a boca, limpando qualquer farelinho que tenha sobrado. Oi... eh, responde em português, automática, e entra em pânico de novo por breves segundos quando o cérebro não consegue pensar em uma saudação sequer na língua estrangeira. Fala o nome, logo, sem se forçar a raciocinar mais.
— ¿Eres de aquí? ¿De Madrid?
— Ahm... — gagueja. — Brasil!
Ele sorri.
— Ah, sí. Brasil... ¡Es un lugar magnífico! — e elogia. Mas o olhar aperta, procura saber: “Entiendes lo que digo, ¿no?”
— Sí, sí! — Sorri de volta, hiperventilando já.
O seu desespero é perceptível, é fofo. Ele te observa, a cabeça pendendo pro canto lentamente. Ri junto, cada vez o sorriso mais largo. Tem vontade de perguntar mais coisas, esticar a conversa, só que o seu andar chega, e você sai, retraída demais pra falar o que quer que seja.
Merda, devia ter dito algo. Fica se remoendo o dia inteiro, se achando a maior boba por ter perdido a oportunidade. Por que teve que agir como uma adolescente sonsa, hein? Aí, nem os museus têm mais graça, nenhum ponto turístico consegue tirar aquele fiozinho de arrependimento de ti. No outro dia, entretanto, desce pra tomar café no mesmo horário com a tola intenção de tentar vê-lo outra vez, e dito e feito. O homem está sentado numa poltrona do lobby, parece que estava ao seu aguardo também.
Você sente até as pernas bambearem.
— ¡Buenos días! — te saúda. — ¿Cómo se dice ‘buenos días’ en Brasil?
Você demora uns segundinhos pra raciocinar, “bom dia”, responde. Ele sorri.
— Es muy parecido — e comenta, sem jeito. Mira na direção do buffet, ¿Vamos?
Embora, às vezes, ele use termos que você desconhece e precisa pedir para explicar de novo, a conversa se dá muito bem. Descobre que é mais velho, uruguaio, e não espanhol como de imediato achou que fosse. Você conta um pouco sobre o estado da onde vem, e ele se encanta com a forma que seu sotaque pronuncia o nome dele. Enzo. Puxando o som do ‘z’ acima de tudo.
É com a companhia dele que você desbrava a cidade hoje. Vão juntos à uma pracinha, comem sorvete, depois jogam conversa fora enquanto exploram uma lojinha ali por perto. Mais à tarde, é levada até um barzinho. Lá, a conversa se estende ainda mais, regando os assuntos à cerveja que dividem. Quando você não entende nada, só ri, com as bochechas já quentes de tanto sorrir. Honestamente, pode deixá-lo falando sozinho por horas, só porque gosta do som rouco da voz masculina e dos olhos castanhos.
Não quer dizer que está apaixonada nem nada, afinal não tem como se apaixonar em tão pouco tempo. Mas, com certeza, o calor que sente emanando do próprio corpo significa algo. Pode ser por causa da camisa de botões azul escuro — essas peças nunca falham em ser atrativas, né? —, ou o anel prateado que chama a sua atenção toda vez que ele articula com as mãos no ar. Até mesmo o perfume... Ah, o perfume! Uma fragrância que enche os pulmões, amadeirada mas com um leve toque doce. Impregnando o dia inteiro, praticamente te convidando para afundar o rosto na curva do pescoço alheio.
Por fim, é levada até a porta do quarto de hotel. A desculpa dele é que queria te ajudar com as sacolas, como se você tivesse comprado Madrid inteira. E era pra terminar ali, simples. Te entrega as suas coisas, e o máximo que faz é se inclinar, devagarzinho, feito pedisse silenciosamente por permissão, e depositar um beijinho na cantinho da sua boca, a milímetros de tocar os seus lábios pintados de batom. Mas você segura na mão dele, quando o rapaz se afasta pelo corredor, não o deixa escapar.
Enzo leva o olhar da sua mão entrelaçada na dele pro seu rosto. Sorri ao te ver encolhendo-se, retraída, deitando o canto do corpo no batente da porta. O seu sorriso contido, bobo. Nessa hora, nenhuma palavra é necessária pra entender o que se quer passar. O seu corpo fala sozinho, em alto e bom tom.
Ele se aproxima novamente, a outra mão toca o canto do seu rosto. Quente, afetuoso. ¿Qué te pasa, nena? O foco dos olhos castanhos está na sua boca, a pergunta é sussurrada, sedutora. O toque dos dedos contornam o seu maxilar até se fechar no seu queixo, ¿Quieres algo más que un beso?
Você não tem certeza de que palavra usar, qual comando preferir. Na verdade, não queria nem estar pensando. O cérebro queria estar desligado para que o só o corpo pudesse aproveitar o momento. O envolve entre os braços, o rosto pode, finalmente, se esconder na curvatura do pescoço masculino, aspirar o perfume inebriante. Escuta o som da risadinha dele, sente as mãos grandes sendo depositadas na sua cintura. ¿Qué quieres? Dímelo.
Ergue o olhar, tímida. A ponta do seu nariz roça contra a dele, cria um atrito que só pela proximidade absurda, deixa tudo ainda mais tenso, erótico.
— En Brasil — você começa, mordendo o lábio —, a gente diz ‘foder.’
O sorriso de Enzo cresce, quase em câmera lenta. Foder, repete a palavra num sussurro. De novo, nem tem que pensar muito para compreender. Tudo soa similiar, e parece que a sua mente está conectada a dele por um desejo tão carnal.
Os lábios do uruguaio vão de encontro aos seus, a língua quente esbarra na tua. Os corpos ganham vida própria. Aos poucos, o cenário principal deixa de ser o corredor do hotel, pra ser o seu quarto. A porta é fechada com um empurrãozinho dos pés, enquanto o caminho escolhido é em direção a sua cama.
As mãos sobem da sua cintura para pegarem na barra da blusa e a retirarem. Quando você deita sobre o colchão, apoiando os cotovelos, é a deixa para que o homem possa puxar os seus shorts também.
— ¿Quieres ponerte de rodillas? — ele pergunta, ao desabotoar a própria blusa. O olhar afiado, banhado de vontade, delirando. Nos lábios, você nota o vermelho manchado do seu batom. — Correrme en tu boca...
Talvez seja a mente perdida na ânsia, porque não processa o que te foi dito. Fica com os olhinhos parados, a boca entreaberta puxando ar, ofegante. Tão bobinha que tudo que ele faz é rir, correndo as mãos pelos cabelos em vez de levá-las diretor para o cinto da bermuda.
— ¿Qué? ¿No lo comprendes, no? — o tom usado contigo beira o deboche, é mais agudo. E ao contrário do que normalmente sentiria, aqui sente um frio na barriga, ainda mais tesão. Ele se inclina pra perto. — Mira.
E como se estivesse aprendendo uma coisa pela primeira vez, o imita quando ele separa os lábios. Deixa que o polegar do homem arraste no seu lábio inferior, e depois o médio e o indicador juntos deslizem por cima da sua língua, até ocuparem a sua boca. Así, ele murmura, empurra e recua com a mão, num movimento lento, sensual, metértelo en la boca.
Ah, agora você entende bem. O rosto queima, o jeito molhado com que os dedos saem da sua boca, um fiozinho de saliva resistindo à distância, é devasso, estimula. Faz que sim, se ajoelhando no chão de madeira, os olhos vidrados no desafivelar do cinto até poder ter a ereção em plena vista.
Separa os lábios mais uma vez, como te foi ‘ensinado’. Te enche a boca, vai ao ponto do seu nariz tocar na virilha dele, e vem, completamente molhadinho. Permite que o uruguaio controle o compasso, que pegue no canto do seu rosto. Levanta o olhar para o dele, rendida não só pela lascividade do que faz, mas também pela bela visão que tem da face masculina por esse ângulo.
Enzo usa o indicador da mão livre para deslizar pela curva do seu nariz, afetuoso.
— Qué ojitos más bonitos... — te elogia, com um sorriso. Nesse momento, você jura, o coração parece que explode. — Eres tan bella, nena. Preciosa. — Ele suspira, a cabeça pende pra trás, depois pro canto. Te olha de um jeito tão canalha que você evita retribuir o olhar. — Me encantaría correrme en tu boca... pero prefiero guardarlo todo para dentro de ti.
É conduzida de volta pra cama, facilmente manuseada quando dá o controle da situação na palma da mão alheia. Ele vem por cima, destrava o encaixe frontal do seu sutiã, perdendo-se entre os seus seios assim que os libera do aperto da peça. Você segura nos cabelos dele, inquieta sob o chupar delicioso da língua em cada biquinho, o morder selvagem dos dentes. Arfa, tendo que apartar-se dos fios pretos enquanto a boca desce pela sua barriga.
Te liberta da última peça íntima também, os beijos molhados estalando na sua pele, do ventre ao monte de vênus. A ponta do nariz grande se esfregando de leve por cima da região onde sabe que está o seu pontinho sensível. A palma da mão corre em meio à sua umidade, o friozinho do anel prateado deslizando na sua pele fervente. Estala dois, três tapinhas seguidos que te fazem estremecer, choramingando baixinho. Enzo sorri, não precisa, mas volta àquele tom debochadinho de antes, de quem tem que soletrar com calma os comandos para que você possa compreender. Leva a mão aos seus lábios, dá um toquezinho por cima, de aquí, e depois desce tudo de novo, deixando um rastro molhado até dar outro tapinha na sua buceta, a aquí. E são esses pequenos detalhes que deixam tudo ainda melhor, nossa. Te faz sentir tão bobinha, tola, mas é tão bom...
Quando ele se põe pra dentro, você tranca as pernas ao redor da cintura masculina, o envolve entre os braços, sentindo-o dominar tudo. Ele insiste no contato visual, porém, erguendo o torso, apoiando-se no antebraço contra o colchão, para te olhar no olhos. Sorrir. Ofegante igual você. Gemendo baixo, rouco. Primeiro, lento, só que logo se rende à velocidade, ao som cortado dos seus gemidos a cada estocada mais forte. E são tantos estímulos, porra... Você quer tapar a boca, cerrar os olhos pra tentar se conter. É o barulhinho pornográfico dos corpos em choque, a voz masculina, o perfume da pele quente. Está tão sensível que os olhinhos molham, uma lagrimazinha escorrendo bochecha a baixo.
— Oh, no... Perdón, perdóname, cariño. — Ele cessa o ritmo, o polegar limpa a umidade do seu rosto.
‘En—’, até começa a querer chamar o nome dele, mas a frustração de não receber mais os mesmo estímulos e na mesma medida é tamanha que só sabe se remexer, lamuriando, a mente derretida, murmurando por fim dale, dale, papi.
Enzo volta a sorrir. Deixa alguns selares nos seus lábios, repetindo as suas palavras entre os beijinhos, como se zombasse do seu teor de desespero, do termo que usou para se referir a ele.
— ¿Más rápido, hm? Más duro? — Ele te vira sobre a cama, te ajeita de quatro. A conversa suja te faz sorrir, burra de tanto tesão já, agarrando-se a um dos travesseiros. O corpo do uruguaio se inclina por cima do seu, chega com a boca pertinho do seu ouvido. — Tranquila, nena. Te daré todo lo que quieras.
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moonlezn · 7 months
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The Story Of Us — Final
— Um amor para a vida inteira... Primeiro Ato: Cruel Summer
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...then fall back together
— Eu ainda tô esperando. — Jaemin incita a explicação que aguarda. 
Vocês se entreolham outra vez, mas agora como um pedido de socorro silencioso. Como explicar, o que dizer? Uma história de amor assim não dá para ser escondida, por isso transborda na forma em que se fitam, como se estivessem hipnotizados, apesar de chocados.
Seria, então, a segunda chance que você pediu nas orações desesperadas após perceber como a ausência dele te machucava cada dia mais? 
Ele repara no pingente que havia te dado de presente, encarando por uns instantes. Você esconde o cordão dentro da blusa, completamente sem graça. A verdade é que o seu coração sempre fora dele, o singelo aviãozinho simbolizava a esperança que nunca se deu o trabalho de superar.
— É uma história longa… outro dia a gente te conta, né? — ele bate com a garrafa d’água na sua, mascarando a angústia das lembranças com um sorriso. 
Você o imita, tomando um gole maior desta vez. O filme que passa pela sua cabeça quase te faz chorar, por dois motivos: primeiro porque olhando para trás agora tudo parece tão simples e fácil de ser resolvido; segundo pois não dá para saber se ele está sentindo a mesma necessidade que você, isto é, de desfazer todos os nós que ficaram no passado e seguir. 
— Mas, falando nisso, como vocês se conhecem? 
Ele já sabe, juntou os pontos. Você contou para ele sobre seu primeiro namorado, é óbvio, eram melhores amigos. 
— Injusto. — Jaemin bufa. — A gente foi amigo de escola e… 
— Jaemin foi meu primeiro amor. — completa quase como se quisesse alfinetar o outro, que arqueia uma das sobrancelhas discretamente. 
— Ah, é esse Jaemin? — rebate na mesma hora. Se existir alguém mais sonso que ele, não quer conhecer. 
Um silêncio constrangedor segue a encarada que ele te dá ao te ver revirar os olhos. Continua expressiva. 
Jaemin arregala os olhos para si e estala os lábios, suspirando. 
— Vou no banheiro. — se levanta arrastando a cadeira de propósito. Que clima. — Quando eu voltar, espero que vocês tenham se decidido se vão agir normalmente ou não. 
O outro acompanha com os olhos o amigo se afastando da mesa, indignado. Você olha para todas as direções menos para frente. Mais uma vez nenhum dos dois fala nada, não por falta do que dizer. São tantas coisas que não dá para entender por onde começar. 
— Desculpa, eu não sabia que… 
— Não tinha como saber. — ele ri baixinho. — Se você quiser, eu vou embora. 
— Claro que não, Renjun. — profere com pressa demais. — É que… o Jaemin chamou a gente aqui, então vamos só fingir que nada aconteceu. 
Aquilo atinge os dois com mais força do que deveria, mas é melhor agir assim. O embrulho no estômago e os sorrisos forçados tornaram-se menos e menos incômodos ao passo que os drinks queimavam sua garganta durante a noite. A fraqueza para o álcool é óbvia, por isso pedem algo para comer, porém não adianta. 
A tensão de lembrar da forma que tudo acabou, de como ele foi embora tão rápido… precisava de algo para desacelerar os pensamentos, as canecas e as taças foram suas companheiras enquanto puderam. Jaemin tratou de separá-las em certo ponto. 
— Depois você bebe mais. — ele ri dos seus protestos bêbados e desajeitados. — A gente vai pra casa, tá bem? 
Próximo demais.
— Deixa que eu levo ela, é caminho. — Renjun apoia seu braço do nele, e você solta um suspiro de escárnio. 
— Prefiro ir com o Jaemin, pelo menos ele me avisou que ia embora. — ironiza com gestos bastante exagerados, mas ele não se ofende. 
Jaemin aperta os lábios para segurar outra risada, levantando as sobrancelhas para questionar o amigo silenciosamente. 
— É complicado. 
— Vou deixar vocês se entenderem. — ele se vira para você — Amanhã a gente se fala, pinguça. 
Então, apesar de chamá-lo várias vezes, ele deixa você e Renjun sozinhos. Orgulhosa como é, se afasta dele, cambaleando para trás. 
— Vou pegar um táxi sozinha. — faz sinal para o motorista mais próximo. — Não vou te dar o trabalho de me levar em casa. 
Entra no táxi que chamou, sendo seguida por Renjun sem nem ver. Você o encara em choque, mas ele te ignora. Passa o endereço para o condutor com a cara mais lavada do mundo. 
— Não vou deixar você ir embora sozinha nesse estado. 
— E cadê o seu carro, tá doido? — pergunta olhando para trás, caçando o automóvel ao passo que se afastavam. 
— Eu não dirijo mais. — confessa num tom de voz mais baixo, sem querer admitir nem para si mesmo.
— Quê? Por quê? 
Renjun para de mirar a paisagem na janela e se volta para você, sem falar nada. Sorri sem mostrar os dentes quando vê na sua expressão a confusão se desfazendo. 
Pode ser a bebida, podem ser as emoções à flor da pele. Foi sua vez de se virar, deixando que as luzes da noite se misturassem com as lágrimas grossas no seu rosto. Por que concordou em sair, em beber, em ficar sozinha com ele? Ainda dói demais a lembrança de que passou por cima dos próprios sentimentos para continuar a vida sem o amor mais real que já teve. 
— Ei, tudo bem? 
Por pouco descansa as mãos nos seus ombros, mas interrompe a si mesmo. Não pode fingir que não existe um abismo de quase dois anos entre os dois, apesar de querer muito jogar tudo para o alto. Te ver chorar de novo é péssimo, principalmente sendo ele o motivo outra vez. 
— Tá tudo bem, Injun. — mente por medo de ser demais. 
O resto da curta viagem foi quieta, mesmo com a preocupação ensurdecedora de Renjun te cobrindo a cada cinco segundos. Quando chegam na frente do seu prédio, ele te acompanha ao sair do carro. Você franze o cenho, estranhando as ações do homem. 
— Obrigada por ter me trazido, pode ir, não se preocupe.
— Eu só… queria te pedir desculpas por não ter tido coragem de contar ao Jaemin. 
— Eu também não tive, então… — você faz um bico e olha para o chão, novamente evitando os olhos vidrados na sua figura. 
— Outra coisa… — ele passa aos mãos pelos cabelos metade castanhos e metade descoloridos. — Desculpa por ter sumido, por não ter ficado e… 
— Renjun, agora não. — interrompe-o antes que a fizesse chorar de novo. — Conversa para outro dia, pode ser? 
Está pronto para responder, mas não consegue. Girando o corpo, caminha até a entrada já destrancada pelo porteiro ao te reconhecer, reprimindo a imensa vontade de olhar para trás para verificar se ele ainda estaria lá. 
Claro que estava, só partiu quando te viu entrar no elevador. 
Renjun percebeu logo que fugir foi o pior erro que ele poderia ter cometido. No primeiro mês trabalhando em outra cidade, viu que nada daquilo adiantava, ele só pensava em você. No entanto, já estava feito. Com que cara voltaria para te pedir perdão? Decidiu, então, arriscar tudo. 
Sem pensar muito em quaisquer consequências, foi para a Alemanha se especializar. Foi difícil fazer amigos nos meses em que esteve lá, fez poucos, mas bons. Ao final do programa, a saudade de casa apertou. 
O retorno, entretanto, não foi tão saudoso quanto esperava. O projeto com Jaemin estava indo bem, claro, aquela área sempre fora promissora para negócios, porém não foi a única razão pela qual Renjun havia sugerido abrir a agência lá. No fundo, ele sabia que tinha esperança de te ver por aí, mesmo que de longe. 
Mesmo conhecendo outras pessoas, nenhuma delas foi um terço de você. A certeza veio assim que te viu de relance ao lado de Jaemin na mesa do bar. O maior erro dele foi ter perdido a melhor amiga e o amor da vida dele por medo.
Deitado na própria cama, relembra o que viveram, e como eram bobos, imaturos, apaixonados. Lembra, então, de como você pediu para que a conversa fosse outro dia. 
Se esse reencontro completamente maluco (maluco demais para ser coincidência), fosse a vida concedendo-lhe uma segunda chance, ele agarraria com tudo de si. 
Portanto, na manhã seguinte, ele reza baixinho no banco de trás de outro táxi para que o porteiro de Sábado ainda seja o mesmo de quase dois anos atrás para que ele possa surpreender. Renjun sabe de cor todas as coisas que te fazem sentir melhor numa ressaca braba, por isso está munido de todas elas, animado para ver qual seria sua reação ao vê-lo. Ao mesmo tempo, o temor de receber uma porta na cara aperta seu estômago. 
Como se os céus estivessem abertos, tudo deu certo. Gastou alguns minutos de conversa fiada com o senhor Giorgio, homem simples com alegria transbordante por revê-lo após todo esse tempo. No elevador, Renjun remexe as sacolas para controlar o nervosismo, quase não nota as portas de ferro se abrindo. Tenta sair apressado, porém o esbarrão leve o desperta. 
— Perdão, senhor. 
Ao olhar novamente para o homem mais alto, arregala os olhos e sorri grande. 
— Kun, nossa! Quanto tempo! — havia se esquecido desse pequeno detalhe.
— É você mesmo? — o mais velho ri com vontade, puxando-o para um abraço. — Tá fazendo o que por aqui, cara? 
Renjun enrola demais e sem querer olha para sua porta. Kun sente uma pontada na barriga, mas não desfaz o sorriso. Era ele o amigo que foi rever ontem? 
— Eu, é… vim… 
Kun olha para o próprio relógio e finge surpresa. 
— Foi mal, irmão. Preciso ir. Depois a gente se fala. — entra no elevador e se vai, deixando Renjun aliviado, porém confuso e muito, muito nervoso. 
Cada passo em direção ao seu apartamento parece uma eternidade, ele pensa. Vê a campainha ao lado da porta e estranha, isso não estava aí antes e com certeza você odiou a ideia. Respirando fundo, levanta a mão para bater na porta. 
— Que susto! — os dois dizem ao mesmo tempo. O braço de Renjun está parado no ar ainda. 
— O que… você tá fazendo aqui? — sai do apartamento para jogar o lixo esquecido fora, só precisa distrair-se da dor de cabeça enorme que lhe atingiu ao acordar.
— Vim te ajudar. — ele balança as sacolas ao te ver voltar pelo corredor. — Mocha ainda é seu antídoto contra a dor de cabeça? 
Você para perto do batente, procurando a verdade no rosto do menino. 
— Renjun… 
— Prometo que não vou demorar. 
Você sempre sede. Não importa se vai demorar ou não agora, ele já está ali. Com gratidão aceita o café e o muffin de blueberry, tentando não pensar tanto no fato de ele ainda saber seu pedido de costume. 
— Tá gostoso? Era o último de blueberry. Tive que comprar e sair correndo, a pessoa atrás de mim também queria.
Acompanha-o na risada fraca. Por um breve instante pareceu que nada havia mudado. 
— O que você quer, Renjun Huang? — usa o sobrenome para que ele saiba que não está chateada com a visita repentina. 
— Conversar. 
— Sobre? 
— Tudo. 
Você suspira no sofá. Ele se levanta da poltrona confortável e se senta na mesinha de centro, olhando nos seus olhos. Fica aliviado ao perceber que não desviou agora. 
— Não sei, Injun. Eu sofri demais… isso porque eu me impedi de sofrer o tanto que tinha aqui dentro, ainda tá tudo… bagunçado. 
Admitir em voz alta na frente dele faz seu peito parecer pequeno para o coração acelerado, as íris marejadas são inevitáveis. 
— Eu ensaiei tudo que queria falar, mas agora eu não sei nem como começar. — ele bufa, escondendo o rosto com as mãos. A manchinha que você adorava prende a sua atenção, ficando borrada pelas lágrimas pesadas se acumulando. — Primeiro, quero muito te pedir perdão. 
Sempre o perdoaria.
— Eu te perdoo. — seca a face tomada pelo pranto. A situação toda é surreal. 
— Me perdoa ter te deixado no hospital, me perdoa não ter conversado sobre terminar, sobre ir embora, por sumir… por te deixar aqui quando você mais precisava de mim, quando eu mais precisava de você. Me perdoa voltar e agir como se nada disso tivesse acontecido, eu sou egoísta demais e percebi que ainda preciso de você. 
Renjun se ajoelha para procurar seu olhar outra vez, levantando o seu queixo com o indicador. 
— Essa foi a pior coisa que você poderia ter dito, Renjun. 
— Não, pode piorar. 
Você funga e o questiona silenciosamente, esperando suas próximas palavras. Ele suspira derrotado, ponderando se vale a pena arriscar. Já fugiu muito. Agora é a vez da coragem. 
— Eu ainda amo você.
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hookrowan · 7 months
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@bricllexs
biblioteca
🥴 pediu por uma rowan levemente alterada
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Com o seu pequeno cantil metálico em mãos, quase se tornando uma extensão de seu braço, a filha de Chapeuzinho fingia estudar enquanto sua mente vagava pelos mais diversos assuntos e cenários arbitrários, exceto a matéria sobre a qual seus conhecimentos seriam testados mais tarde naquela semana. Era difícil focar nos estudos quando pouco se importava com o papel que a esperava, tendo mais interesse na conclusão de seu objetivo ali, como Rowan Redmayne. Sentindo seu traseiro começar a comichar contra aquela cadeira desconfortável, ela se colocou de pé, intencionando uma caminhada pelos corredores da biblioteca. Ao menos serviria como um cardio suave. A passadas lentas, observava os títulos dispostos na altura dos olhos, até tropeçar nos próprios pés e trombar com uma garota. Sem se desculpar formalmente, a avaliou dos pés à cabeça. ── Você bebe vodca? ── Perguntou, estendendo o recipiente a ela. Com seus sentidos levemente alterados pelo álcool, não temia ser repreendida pela outra aluna.
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