Tumgik
#autoresautorais
surrealsubversivo · 8 months
Text
Diga que não pode perdê-lo
Tumblr media
Quando ele perguntar como foi o seu dia, pergunte como foi o dele também. Talvez, ele passou todas aquelas horas anteriores, esperando pelo momento em que vocês se conectassem, com sede de suas palavras, com saudade de cada piada desprovida de formalidade do seu vocabulário. Quando ele contar como foi a história de vida dele, conte como foi a sua também. Talvez, ele se esconda nos caminhos de intimidade do início, mas, acredite, quando ele confiar em você,,, contará até as vírgulas de cada uma das adagas que cruzaram aquele resistente coração, e, por favor, não tenha medo de mostrar as cicatrizes do seu também. Quando ele tocar em seus lábios, toque nos dele também. Sinta o sabor de cada uma das lindas palavras que ele já lhe escreveu no passado, de todas as cartas que agora estão guardadas em seu guarda-roupa, de cada um dos medos daquela alma, que só você, agora, sabe o esconderijo. Quando ele dizer que precisa de você, diga que precisa dele também. Enquanto o mundo dele estiver desmoronando, esteja lá para segurá-lo, dizendo para ele que ficará tudo bem, ele fará o mesmo por você. 
Quando ele estiver prestes a ir embora, diga a ele que você não pode perdê-lo
85 notes · View notes
surrealsubversivo · 1 year
Text
Como se o vazio fosse parte de mim
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Eu não sei se tenho forças para levantar hoje, penso em silêncio, enquanto o sol tenta penetrar as brechas de costura da minha cortina. As horas passam, a cama parece ficar desconfortável, apesar do meu peso ficar cada vez maior. Será mesmo que preciso levantar? Talvez, seja hora de tentar resolver algumas coisas, penso. Mas, a dor é quase como parte das minhas células, a angústia se tornou aquilo que passa pelo meu corpo antes mesmo do meu sangue, o nada está em meus olhos, tão profundamente, nas minhas janelas escuras. Eu sinto tanta inveja das pessoas ao meu redor, sorrindo, vivendo, resolvendo o que deve ser resolvido sem nenhum impedimento. Você diz “Todos temos problemas”, porra, eu gostaria de ver como você se sairia sob a minha pele, como a sua alma resistiria a tudo o que eu tive que passar. Eu sou uma névoa que chegou há dez anos atrás e nunca mais foi embora, eu sou os trovões na minha janela na quinta-feira, eu sou aquela sensação de querer ir, desesperadamente, embora para casa.
Eu me sinto (como se o vazio fosse parte de mim)
46 notes · View notes
surrealsubversivo · 4 months
Text
O assassinato na costa (segredos que afundaram no mar)
A arma disparou. O barulho espantou as gaivotas. Foi como se o cheiro da pólvora dançasse em todo o píer. O silêncio foi quebrado naquela noite fria de agosto, enquanto o farol era a luz do palco de todo o espetáculo. O feixe de luz revelou as feições um do outro. O ar salgado encostava em cada um daqueles lábios. Na escuridão, a tensão foi cravada em cada centímetro das duas silhuetas. Aqueles olhos se comunicaram, em uma linguagem secreta, pela última vez. A perfuração atravessou o peito do homem com certa dualidade intrigante, um misto de violência e elegância. A mancha vermelha se alastrava pela regata branca, que ele usava, como um aviso silencioso de que estava morrendo. Tudo era como uma pintura trágica sendo pincelada em tempo real. Os olhos dela faiscavam como os do demônio, cheios de ódio e sem misericórdia alguma, os dele eram um misto de surpresa e negação. As mãos dela não tremiam, enquanto seguravam o revólver enferrujado com segurança, aqueles dedos, cheios de grão de areia, eram uma extensão de como o seu coração estava: firme e decidido. Ele grunhiu algo inaudível, logo em seguida, os seus pés se desequilibraram, espasmos surgiram pelos seus braços, a queda foi inevitável. Não se sabe ao certo, por conta da escuridão, mas tudo indica que lágrimas caíram daqueles olhos, antes do homem perder o equilíbrio. As lágrimas do homem se juntaram a água salgada do mar como se tivessem sido feitas para isso. Ela virou as costas com um sorriso de alívio, em um paradoxo curioso: como se divorciada agora, pudesse finalmente se casar com a noite. O corpo do homem submergiu no tom de azul marinho, deixando uma marca de contaminação das tonalidades de vermelho por cada parte de profundidade do mar. Amaranto. Ele afundava. Cereja. Ele perdia os movimentos. Alizarina. Ele fechava os olhos. Carmesim. Ele soltava as últimas bolhas pela boca. Carmim. Ele relembrava do verão do último ano. Cardeal. Ele sentia uma força misteriosa o puxando para o outro lado. Cornalina. Ele perdia a respiração. Borgonha. Ele não tinha absolutamente mais nada. Bordô. Ele havia morrido. Os ossos se chocaram com o fundo do mar, e ali ficará o corpo, o ressentimento, as traições, os segredos e tudo o que os dois haviam construído no passado.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
6 notes · View notes
surrealsubversivo · 2 years
Text
23 dias sem escrever
23 dias sem escrever e as palavras, agora, são como a falta de oxigênio em meu pulmão.
Chega um momento em sua vida, que você deve aprender a escutar as vozes na sua cabeça, algumas, você deve expulsar com toda a violência presente nas suas veias, outras, você deve abraçar para que nunca escapem da sua essência; tenho feito isso enquanto escrevo. 
Tumblr media
19 notes · View notes
surrealsubversivo · 3 years
Photo
Tumblr media
ELE (e) ELA
Ele é sentimento, é amor, é a doçura de cada palavra escrita por ele, que aquece até os corações mais gelados. Ele é verdade, é sinceridade, é a certeza de ter algo verdadeiro em um mundo superficial. Ele é a paz, a tranqüilidade, se eu pudesse sentir o seu abraço teria a certeza de ser meu lugar de refúgio, como se nada de ruim pudesse me acontecer. Ele é alegria, é sorriso, é capaz de te proporcionar felicidade mesmo no seu momento mais sombrio. Ele é autenticidade, é poeta, é escritor, capaz de te envolver e te transportar diretamente para o mundo que ele criou apenas lendo suas palavras. Ele é insanidade, é a mais pura loucura, como se fosse a mais ardente dose de tequila capaz de te despertar coragens absurdas. Ele é companheiro, é irmão, é a mão que te acompanha enquanto você enfrenta seus piores demônios. Ele é lar, é família, é o vínculo perfeito estabelecido por conexões instantâneas. Ele é destemido, e ao mesmo tempo é a diversão, é aquela intensa sensação de estar na descida da montanha russa, naquele exato segundo em que o medo se transforma em alegria. Ele é você, em cada detalhe, em cada descrição e em cada palavra. Ele é você visto pelos meus olhos.
Ela é muito mais que sentimentos como amor, amizade e lealdade, é o misto de todos os existentes, acompanhados com outras formas de sentir que nós, pobres humanos, não sabemos nomear. Ela é a voz, que guia aqueles que ama em meio a tanta escuridão, é os silêncios desesperados de ajuda, os sussurros de empatia e principalmente os gritos de apoio. Ela é a alegria disfarçada de ajuda, é a força disfarçada de humildade é o carinho camuflado de amor.  Ela é autenticidade, é poetisa, é escritora, capaz de te envolver e te transportar diretamente para o mundo que ela criou apenas lendo suas palavras. Ela é tranquilidade, é a mais pura sanidade, como se fosse a mais pura dose de água capaz de te despertar segurança extrema. Ela é companheira, é irmã, é a mão que te acompanha enquanto você enfrenta seus piores demônios. Ela é lar, é família, é o vínculo perfeito estabelecido por conexões instantâneas. Ela é destemida, e ao mesmo tempo é a diversão, é aquela intensa sensação de estar na descida da montanha russa, naquele exato segundo em que o medo se transforma em alegria e sua gargalhada e mãos ao alto é a única resposta do seu corpo. Ela é você, em cada detalhe, em cada descrição e em cada palavra. Ela é você vista pelos meus olhos.
Por: @diario-de-uma-garot4​ e @surrealsubversivo​
29 notes · View notes