Tumgik
#preguiça como se livrar
dicasdeminutos · 2 years
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youtube
O CONFORTO ARRUINARÁ SUA VIDA !
Talvez você esteja motivado a fazer algo difícil hoje. Esta é a nossa zona de conforto. Mas se vivermos nossas vidas apenas na zona de conforto, podemos não saber que estamos cometendo uma injustiça. Você vê, enquanto nossa zona de conforto, é realmente confortável, também tem grandes desvantagens
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girlyfication · 22 days
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chews-day.
→ contém: kim mingyu × leitora. | drabble. | fluff, domestic. relacionamento estabelecido, uma pitada (leve) de humor, com um mingyu bem dengoso e carente. ₍づ˶ᵔ ᵕ ᵔ˶ ₎づ♡
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"ah, não, mingyu! toda vez isso." você resmunga toda emburradinha e se contorce para afastar as mãos de perto dele, tentando livrar seus amados biscoitos das garras gulosas do seu namorado.
"mas, amooor... por favooor!" ostenta um bico nos lábios e se debruça sobre seu corpo para alcançar a embalagem colorida. abrindo e fechando a mão repetidamente, igual um bebêzinho.
mas falha, conforme você se põe de pé e foge de alcance. o moreno te mira com os olhinhos bem arregalados, cheio de incredulidade, e o rostinho bonito franzido em absoluta indignação.
"nãooo! você vai comer tudo. tem um igual ali no armário, pega lá pra você." tenta falar brava, mas não se aguenta, ao observar um homem daquele tamanho se comportando tal qual criança.
"mas eu quero o seu!" choraminga.
"gyu... aquele é a mesmíssima coisa."
a verdade é que seu temperamento individualista está atacado hoje. se sente como uma mãe de um filho pidão, cujo não pode te ver comendo nadica de nada, que quer comer também.
você normalmente não se importa em dividir (se importa sim, mas ama mingyu demais para negar algo a ele). porém, dessa vez, comprou tudo em dobro justamente para não fazer isso.
ele levanta e caminha na sua direção, todo mofino. poxa, só queria um pouquinho! o que um homem precisa fazer para conseguir receber um cadinho de compaixão da própria namorada?
só "rouba" os doces pois você sempre dá na boca dele, quando ele faz isso. (ele sabe que é porque você quer evitar que ele coma tudo sozinho, mas finge que é porque você gosta de mimar ele).
"me dá, me dá, me dá!"
"para de aperrear, gyu."
a verdade é que está carente além da conta por ti, tudo que ele quer é ter seus carinhos direcionados só para ele. não é pelos biscoitos (nem nunca foi), só o que deseja é ser cuidado, paparicado.
"mas eu quero esseeeee. o que custa me dar um pouco? egoísta!" choraminga frustrado e te encara com olhos de cachorrinho, esticando as mãos na sua direção, tentando te puxar para um abraço.
quer ficar deitadinho, grudado em você, no sofá. não vê a hora de se aconchegar nos seus braços, enquanto entrelaçam as mãos e trocam beijinhos e carícias. ele precisa tanto de você, droga.
necessita, urgentemente, ganhar comida na boca enquanto recebe um cafuné nos fios macios (que lavou com afinco só para você cheirar), é questão de vida ou morte, sem brincadeira.
"tá, tá, tá, desculpa."
"então, vai me dar?"
"não." gargalha quando vê seu namorado bater os pés no chão e sacudir os ombros, numa birra. logo depois se jogando no sofá, muxoxo e amuado, se virando completamente de costas para você.
"isso tudo é preguiça? eu pego pra você, besta."
"não é isso, mô."
"ah, amor... era só ter falado." sorri carinhosa, se aproximando do gigante mimosinho que ainda se recusava a te encarar. deixa um cheiro no cabelo cheiroso e abraça o corpo quentinho.
"e é o quê, hein, bebezão?" seu namorado fica em silêncio, ainda bicudinho. mas depois te responde com manha. "queria que você me desse na boca." confessa, escondendo o rosto de vista.
você se desfaz do abraço unilateral e se vira para sair, mas ele te agarra. "pra onde você pensa que tá indo?" a personalidade grudenta dá as caras ao passo que braços fortes envolvem sua cintura.
mingyu se derrete todo na mesma hora, mas se recusa a exteriorizar qualquer coisa. só vai ceder quando receber o que quer. "vai cuidar de mim?" se vira na sua direção. "vou, vida." responde.
"vou buscar o seu biscoito, bobão."
"mas tem um na sua mão, bobona."
"mas esse é o meu." te encara e prende a risada totalmente incrédula. não acredita que você vai pegar outro SÓ para não ter que dividir esse. oh, mulher inacreditável, sinceramente.
"tá de sacanagem, né." ri, sem poder sustentar a fachada e desfazendo de vez a feição chateada. ele observa, sorrindo apaixonado, você dar vários pulinhos infantis em direção a cozinha.
você retorna e imediatamente se aconchegam no sofá. ele suspira, satisfeito, ao te ter junto. e usa as mãos grandes para tatear cada parte palpável sua, deixando afagos na sua barriguinha.
e é enquanto você recebe selinhos ocasionais no seu cenho e assiste um filmezinho, que percebe: no fim, mingyu recebeu o dengo (e os biscoitos) que tanto almejou desde o início.
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alevadalouca · 3 months
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𓏲 * diário do semideus ; task.
todas as respostas abaixo foram concedidas com muita má vontade ; portanto, leitura pode conter xingamentos e falta de paciência.
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: aslihan ersoy
Idade: vinte e oito anos
Gênero: cisgênero
Pronomes: ela, dela
Altura: 1,70m
Parente divino e número do chalé: hades, chalé 13 não por escolha
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: aos quinze anos
Quem te trouxe até aqui? uma equipe de outros semideuses acompanhados de um sátiro
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? de imediato, ao entrar meio que já sabia quem era meu pai. não tem como a morte se esconder por muito tempo
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? voltei algumas vezes, afinal de contas, nunca parei de desejar ter uma vida normal antes de descobrir esse mundo. afirmo que viver entre os humanos é prático e gostoso
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? a caixa de pandora, para abri-la no olimpo
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? só minha própria morte, a possibilidade dela
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: bom, meu poder provém diretamente do reino do meu pai; é um fogo azul ou preto a depender de onde venha, mas consegue não só queimar as coisas como me proteger se necessário
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: o reflexo me ajuda a desviar do quíron depois do toque de recolher e força sobre-humanos me ajuda a pegar um filho de ares pelo braço e descer a porrada
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? quando eu tinha dezesseis anos, em treinamento. foi terrível, quase chamusquei meu cabelo
Qual a parte negativa de seu poder: atualmente minha maldição, sentir a dor do outro...
E qual a parte positiva: poder queimar coisas
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? a alev, minha galdanha
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? hades me deu de presente, queria recusar mas
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? arco e flecha, basicamente é sobre preguiça de treinar
CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? uma em nome de hades, para buscar um objeto para ele
Qual a missão mais difícil? a primeira e única
Qual a missão mais fácil? nunca tive
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? sorte não, meu pai teve pena de mim e me fez refém em seu reino por dois anos
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? caralho, que coisa chata. meu pai me amaldiçoou banana
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
Você tem uma maldição ou benção? maldição
Qual deus te deu isso? o embuste do hades
No caso de maldições, se não foi um deus que te deu uma maldição, que situação ocorreu para você receber isso? pulo
Existe alguma forma de você se livrar de sua maldição? hades morrendo ????? sonhos
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? passo
Qual você desgosta mais? hades
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? nenhum
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? hades conta? foi terrível em todas as vezes
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? não perco tempo com isso
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? nunca parei pra pensar nisso, todos são complicados
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? um cão infernal por razões distintas
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? acho que a medusa, eu me renderia fácil pra ela, soube que ela tem belos seios
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( x ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( x ) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( x )
Hidra ( x ) OU Dracaenae ( )
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? que diabos de pergunta é essa??? eu fui em uma que não valia nada e quase fui de submundo
Que sacrifícios faria pelo bem maior? seguir vivendo linda e plena
Como gostaria de ser lembrado? como uma grande gostosa
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: campos de morango
Local menos favorito: meu chalé
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: qualquer lugar que dê para ficar pelada
Atividade favorita para se fazer: nada
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devilbytw · 8 months
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∗ o3﹕ sender  places  their  legs  in  receiver's  lap . — doyun & jaewoo.
100 nonverbal prompts. (aberto)
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após tomar um banho longo, querendo se livrar do cansaço de uma entrevista para uma revista, jaewoo se permitiu relaxar no acolchoado do sofá. os fios de cabelo ainda meio úmidos, graças a sua preguiça de passar o secador devidamente nas madeixas. estava um pouco sonolento, mas ainda lúcido o suficiente para suspirar e lembrar que ainda precisava programar uma postagem.
com a língua entre os dentes, focou em editar uma foto e pensar em uma legenda para o seu próximo post, pernas cruzadas e costas apoiadas nas almofadas, confortável como se a casa fosse sua.
sua atenção acabou sendo desviada para doyun graças ao eco dos passos ressoando pela sala, observando o namorado se jogar ao seu lado, deitando no sofá. pernas entrando em seu campo de visão e as colocando no seu colo, sem pensar duas vezes.
— a live acabou? — abriu um sorriso contente, beijando a bochecha de doyun. com cuidado, organizou os fios ligeiramente desalinhados do outro, ouvindo um murmúrio baixo confirmando que sim.
doyun também parecia afim de um cochilo, olhos lutando para se manterem abertos entre piscadas lentas. tirando um fio que caia de seu rosto, jaewoo preferiu não perturbar o sono do namorado, voltando ao que fazia. assim que apoiou os cotovelos nas pernas de doyun, o usando de apoio, arrancou um grunhido alto e dolorido do rapaz, fazendo jaewoo arregalar os olhos.
— o que foi? — perguntou alarmado, analisando a área e percebendo a expressão de doyun se contorcer desconfortável após cutucar novamente a região com o dedo indicador. — eu já disse que você precisa dar mais pausas durante as streams. sair para esticar as pernas. — o tom de sermão apareceu em sua voz em questão de segundos. — é por isso que as suas pernas ficam doloridas depois. você quer ter problemas antes de se aposentar? — com um bico nos lábios, massageou a região com toques leves para aliviar os músculos, a cara fechando ainda mais notando o quão tensos estavam. risadinhas baixas tomaram a sala, os olhos de doyun brilhando de forma travessa, achando graça da situação. — eu tô falando sério! — reclamou em pura revolta, dando uma tapa no joelho de doyun e estreitando os olhos na direção do streamer. outra risada escapou de doyun, agora espremida e seguida de um gemido de dor. — o que eu faço com você… — suspirou, descontente. mal conseguindo evitar revirar os olhos ao sentir o polegar alheio cutucando sua bochecha. — não adianta ficar de graça agora.
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A palavra solidão tem um tempo de validade,do nada ela desaparece da vida das pessoas, não é certo dizer que ela vaga de vidas em vidas,sai de mim e vai pra você, é uma maneira cética de pensar,cada um tem a sua em particular,e cabe a você se livrar dela,pode ser difícil as vezes,mas se não tentar é impossível de saber se ela está vencida ou não, já fui alguém indolente como qualquer um e a mantinha por perto,do nada ouvi dizer que no mundo tinham bilhões de pessoas, quase caí de costa, bilhões e eu aqui solitário,me senti preguiçoso por não ter alguém do lado, preguiça mesmo, tinham bailes, festas e eventos aos milhares e eu nunca quis frequentar, até que acordei e sai pra dançar, primeira dança e a solidão foi embora,conversa vai e conversa vem,foi assim que me casei com a menina Glória,duas novas solidões jogadas no lixo para serem recicladas e transformadas em adubo para nascer duas lindas flores,que farão companhia uma a outra em algum campo ou jardim da cidade.
Micro crônica de Jonas R Cezar
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erinelliotc · 1 year
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Minha experiência como lésbica butch
Antes de iniciar, acho que vale notar que a minha experiência com a lesbianidade e com gênero se relaciona imensamente com o fato de eu ser autista, sendo algo que afeta diretamente meu comportamento e visão de mundo, influenciando fortemente para eu, por exemplo, ter uma dificuldade de compreensão (no sentido de enxergar uma lógica e sentido) e perpetuação das normas sociais, e logo, dos papéis e estereótipos de gênero, dessa dicotomia do mundo em homem/mulher e diferença de tratamento com base na genitália com a qual a pessoa nasceu. Com 10 anos, eu não compreendia, por exemplo, que havia diferença para a sociedade um menino cis ficar sem blusa em público, e uma menina/pessoa AFAB – no caso eu – ficar sem blusa em público (foi um episódio engraçado, inclusive).
Eu sempre senti essa pressão enorme para performar feminilidade, principalmente sendo uma pessoa AFAB (designado mulher no nascimento) e tendo características físicas que não correspondem totalmente ao que se espera de um corpo AFAB. Enquanto eu ia crescendo e vendo as meninas ao meu redor se tornando “mulherões”, com “corpão” e tudo mais, eu continuava e continuei com minha aparência um tanto “infantil”, como se as características “femininas” não tivessem se desenvolvido ou tivessem se desenvolvido pouco em comparação às outras, então geralmente as pessoas pensam que eu tenho 13-15 anos e que sou um menino:
Desde criancinha eu já tinha muitos pelos corporais escuros e grossos. Com 6 anos minhas pernas já eram bem cabeludas e motivo de deboche na escola, com 9 anos a minha quantidade de pelos pubianos já era muito parecida com a quantidade que tenho agora como adulto, e com 13 a 14 anos eu tinha bem mais pelos nas pernas e nas axilas do que meus colegas homens cis. Mais tarde na adolescência, eu estava sempre tentando me livrar deles, depilando ou descolorindo (ambos horríveis), pra me encaixar no que esperavam de mim e isso sempre foi extremamente exaustivo e frustrante, até porque eu sequer gosto da minha perna lisa, tanto esteticamente quanto sensorialmente falando. Eu gosto dos meus pelos, foi a sociedade que me ensinou a não gostar deles. E esse processo de exterminá-los também era por si só muito cansativo já que eu tenho muitos pelos, então eliminá-los não é uma tarefa fácil e nem rápida, principalmente considerando que sou uma pessoa autista, e era ainda pior considerando que em 1 mês já seria necessário passar por esse terrível processo novamente (ao menos nas pernas), e ficar basicamente repetindo isso pelo resto da vida;
Tenho peito pequeno que dificilmente fica aparente se eu não estiver usando uma blusa mais justa, sendo algo que eu desde cedo aprendi a odiar e sentia muita insegurança pela maioria das outras meninas terem peito maior que o meu. Atualmente gosto dele, apesar de ainda bater uma insegurança ao ver pessoas com peito grande;
Tenho uma voz um pouco mais grossa do que o esperado (ainda é lida como “feminina”, mas ela beira a androginia);
Deixar meu cabelo curto já é o suficiente pras pessoas me lerem como homem 99% das vezes;
Me sinto muito desconfortável de maquiagem (só gosto de lip tint) porque sinto que não combina, não faz sentido comigo, não fica bonito em mim como eu acho que fica em outras pessoas, apesar de eu querer que ficasse. É como se tivesse algo “errado” quando estou de maquiagem;
Quando era mais novo, eu não gostava de usar saia e vestido pelo mesmo motivo de não gostar de usar maquiagem (atualmente uso, mas questiono até que ponto eu genuinamente gosto de usar e até que ponto é uma reprodução das expectativas que me foram impostas);
Não tenho o comportamento mais “feminino” do mundo: o Nunca fui uma pessoa vaidosa, sempre priorizando conforto acima de aparência; o Não ligava/gostava de comprar roupa; o Tenho preguiça/não faço questão de pintar e arrumar as unhas, preferindo elas curtinhas; o Meu comportamento/conduta geral (modo de andar, sentar, e coisas do gênero relacionadas ao meu modo de me portar “fisicamente”) parece mais próximo do comportamento esperado de homens do que de mulheres; o Nunca dei muita importância pra regras de etiqueta no geral, comportamento mais comumente esperado de homens do que de mulheres; o Nunca me liguei muito nas coisas do “universo feminino” de modo geral; o Tenho maus hábitos “nojentos” e hábitos de higiene que são comumente classificados como “de homem” por serem considerados uma postura mais desleixada e anti-higiênica (como tomar pouco banho);
Quando criança, eu tendia a brincar mais com os meninos do que com as meninas, e na pré-adolescência continuei a andar mais com meninos, e inclusive parece que minha afinidade com meninos e dificuldade de interagir e lidar com meninas se intensificou.
Enfim… Simplesmente existir do jeito que eu sou e me sinto confortável é considerado pela sociedade como impróprio pra mim, como algo que não é o “certo” pro papel e gênero que me foram impostos porque são “coisas masculinas”.
Todas essas características que eu citei são coisas que eu gosto/amo em mim e sinto orgulho (até mesmo as “ruins”, simplesmente porque fazem parte de quem eu sou), não são coisas que eu não gostava/odiava naturalmente, são coisas que eu aprendi a odiar e queria me livrar porque a sociedade me ensinou que elas eram erradas pra mim e porque a sociedade não me aceitaria tendo essas características, e as minhas tentativas de mudá-las foram unicamente por pressão pra me encaixar nas expectativas da sociedade. E a minha frustração é ainda maior quando vejo que essas mesmas características que condenam quando são expressas por nós, mulheres e pessoas AFAB, são ignoradas ou até mesmo tratadas com naturalidade quando são expressas por homens cis, e não só isso, muitas vezes são esperadas que eles as tenham, e incentivadas. Essa diferença de tratamento é algo que me fere e revolta profundamente. O que há de tão errado e absurdo em eu ser desse jeito? Por que eles podem e eu não?
Eu também amo não corresponder ao que a sociedade espera de mim como “mulher”, amo não estar em conformidade com as normas e expectativas de gênero, gosto que o meu jeito de ser naturalmente vai de encontro com isso sem eu nem precisar me esforçar pra desafiar esses estereótipos e imposições (eu não tento ser desfem de forma proposital, eu simplesmente tenho essas características e comportamentos porque eu sou assim, e eu gosto do fato deles serem “pouco femininos”).
Eu só não tenho roupas da sessão masculina porque minha mãe mal me deixa pisar lá, então quase todo meu guarda-roupa é de roupas da sessão feminina, e tenho no máximo uma ou duas roupas unissex. Quando eu estou com roupa mais neutra/unissex, as pessoas geralmente me leem como homem, e com roupa “feminina” geralmente me leem como mulher. No entanto, também já aconteceu mais de uma vez (e tem acontecido com certa frequência ultimamente) de eu ser lido como homem mesmo estando com uma roupa que era pra ser “feminina”, então é realmente um mistério pra mim saber quando vão me ler como mulher, acho que só acontece quando eu estou usando roupas bem evidentemente “femininas” e/ou que marquem bem o meu peito (se bem que uma criança uma vez já me leu como menino mesmo eu estando de vestido, então sei lá kk).
Porém, eu também tenho características socialmente associadas ao conceito de “feminilidade”. Ser uma pessoa tímida, quieta e reservada, gentil e delicada, gostar de coisas fofinhas e pequenas, gostar de rosa, às vezes usar saias e vestidos. São características que eu também gosto em mim, e antes de entender de fato o que é ser butch, ter essas características me fez questionar se elas eram compatíveis com alguém ser butch, se alguém podia ser butch e ter essas características.
As pessoas mais velhas que me conhecem (família e amigas da minha mãe, que são gente dos 40/50 anos pra cima), e claro, sabem que sou AFAB, tendem a me ver como uma pessoa delicadinha e bonitinha, “feminina” (principalmente se me veem usando vestido/saia) por uma simples questão de me enxergarem como mulher e me associarem a feminilidade só por eu ser AFAB e quererem reforçar isso, mesmo eu não sendo “feminino” na maior parte do tempo, porque quem não me conhece e vê na rua geralmente vai me ler como homem, e não é nem ficar em dúvida se eu sou homem ou mulher, é ler direto como homem sem hesitar, e depois me pedir desculpa quando descobre que sou AFAB. Tem se tornado até cada vez mais frequente pessoas conhecidas da minha mãe perguntarem pra ela “esse é o seu filho?” quando eu estou junto com ela.
Então assim, todas as características que eu falei, tanto “masculinas” quanto “femininas”, são coisas que eu gosto em mim. As coisas classificadas como “femininas” são coisas que eu faço/sou sem associar elas diretamente a gênero (por exemplo, eu uso vestido/saia só porque acho que fica bonito em mim). Eu gosto de desvincular essas coisas de gênero, de não ver/definir coisas que eu faço e uso como “femininas” ou “masculinas”, só que as características “masculinas” eu também gosto de ver como formas de resistência, formas de lutar contra as imposições sociais de gênero, de quebrar com o padrão que tentaram impor em mim, o que me faz muitas vezes meio que abraçar a “masculinidade” e sentir afinidade com ela, pois são as “coisas masculinas” que me trazem conforto e liberdade pra ser quem eu sou. Por exemplo, eu gosto da combinação de usar saia ou vestido enquanto eu também tenho muitos pelos corporais para uma “mulher”, porque isso contribui pra eu quebrar com o padrão imposto e esperado de mim, contribui pra eu não me conformar com a feminilidade imposta a mim, e também a ter uma expressão de gênero mais andrógina. Meus pelos estão aqui porque eu gosto deles, e eu estou usando esse vestido porque eu gosto dele, e eu amo ter essa expressão de gênero “ambígua” e não-conformista de gênero.
No passado, antes de me entender butch, eu já senti algo muito esquisito em relação à minha identidade de gênero porque parecia que eu sentia “masculinidade” na minha identidade, só que não era a masculinidade “tradicional”, como se não fosse masculinidade “de verdade”, e eu simplesmente não sabia explicar isso. Pra mim era quase como se fosse um “quarto gênero” (feminino, não-binário, masculino e esse outro “masculino”), um “outro tipo” de masculinidade (uma “masculinidade soft”) que não era masculinidade mesmo, porque a masculinidade mesmo eu não me identifico, não gosto e nem me atraio. A sensação que eu tinha era como se eu tivesse “criado” a minha própria “masculinidade”, uma “subcategoria” que estava simultaneamente dentro e fora da “masculinidade” (dentro por ter sido criada a partir da masculinidade, tendo ela como base, e fora por não ser masculinidade de fato). Tipo, eu sinto gender envy e euforia de gênero com personagens masculinos fofos, gentis e delicados que quebram com os estereótipos de masculinidade, não são agressivos/brutos, não reproduzem a masculinidade tóxica, são pouco “masculinos”/mais “afeminados”, etc. E eu também sou uma pessoa delicada e gentil, então acho que por isso também esses personagens me causam tanto entusiasmo e identificação, além da quebra de padrões de gênero, retratando uma masculinidade de forma diferente do esperado (tipo como eu faço). Agora sinto que, além do xenogênero gênero-fofo, a subcultura butch me ajudou a me entender muito melhor em relação a isso.
Como dito antes, eu nunca satisfiz os padrões de feminilidade que a sociedade me impôs e espera de mim simplesmente por existir do jeito que eu sou e fazendo o que gosto e me sinto confortável, sendo classificado como “masculino” demais, mas eu não sou homem. É uma relação complicada de gostar e sentir maior afinidade com “coisas de homem” sem ser homem. É incorporar a “masculinidade” na minha conduta e jeito de ser, sem ser homem. E, no entanto, apesar de ser “masculino demais”, também é quebrar com o padrão de masculinidade, porque não sou homem. Mesmo sendo “masculino demais” pro papel que me foi designado, eu também não sou “masculino o suficiente” pra masculinidade padrão, e nem quero ser. Pra começo de conversa, nem foi eu que nomeei o meu simples modo de ser e existir como “masculino”, mas já que é assim que chamam, que assim seja.
A feminilidade compulsória, a imposição da feminilidade, é algo devastador e extremamente exaustivo pra mim. Me forçar a caber nessa caixa que esperam de mim é muito frustrante e danoso pra minha própria identidade. Não sou femme porque, realmente, não me vejo de forma nenhuma como construindo minha própria feminilidade, não vejo minha identidade nem nada do que eu sou como dentro da feminilidade, não me classifico dessa forma, apesar de ter coisas que gosto e faço que podem ser classificadas como “femininas” de acordo com a sociedade. Me vejo abraçando a “masculinidade”, ou melhor, essas coisas que eu faço e sou que a sociedade chama de “masculinas”. E realmente não me importo se a minha existência é classificada assim. Não sou homem, mas são essas coisas ditas como “de homem” que me trazem tanto conforto e me fazem tão bem, então acabo percebendo minha identidade como bem mais próxima da masculinidade do que da feminilidade, embora eu me entenda como estando fora de ambas. Não há nada de errado com a feminilidade, é só que a mim, ela aprisiona, enquanto que a “masculinidade” me liberta, me permite ser quem eu realmente sou. A tentativa de me imporem a feminilidade simplesmente destruiu minha relação com ela. Não consigo me sentir bem com a feminilidade, não consigo me reconciliar com ela, não consigo sentir que a feminilidade faz parte da minha identidade. Mesmo quando uso vestidos e saias, mesmo quando me refiro a mim como “princesinha” e coisas do gênero, é da forma mais agênero possível (se é que isso faz sentido para você leitore, mas caso não faça, para mim faz), é um “princesa” que não classifico como feminino, apenas como delicado e fofo.
Enfim, tudo isso é tão difícil de explicar e traduzir. Abraçar a identidade butch me fez muito bem, de verdade. Sinto que facilitou meu próprio entendimento, e simplificou demais tudo isso que eu não sabia explicar.
Eu sou butch, ponto.
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klimtjardin · 1 year
Note
Olá!
pois é, minha meta é que quando eu for sair de casa é pra morar sozinha, e completamente sozinha!!!!!
sério que seu avô morou em Brasília? Adoro Brasília e sua monotonia. enfim, família é um pé no saco que quase nunca vc consegue se livrar dos problemas que eles trazem!
sobre as decorações, eu ainda to pensando no que fazer. eu tenho uma parede em cima da escrivaninha que reflete a liz da janela, e a parede do lado da minha cama que tem um espelho. quero algo simples, sabe? mas que preencha o vazio. quando isso não tiver tão abstrato, eu te falo mais sobre ;)
o pessoal do meu curso é de boa tbm? Kkkk o que me mata normalmente é a falta de responsabilidade com trabalhos! sério. a pessoa espera vc it encher o saco sobre a OBRIGAÇÃO dela. me mata. teve um dia que eu chorei de raiva porque eu fiz todo o trabalho sozinha, slide e os caralho. eu só pedi que fossem apresentar, e adivinha o que aconteceu? os bonitos não foram.......
queria ter tido uma irmã kkkkkk tenho um irmão, mas me sinto - ainda - muito sozinha.
sobre os diários, a finalidade para o que eu escrevia era diferente da sua. eu me sinto muito sozinha a maioria do tempo, e eu odeio dizer como eu me sinto porque me faz sentir muito vulnerável. escrever pro diário me fazia sentia segura e por isso eu poderia expor meus sentimentos? ao contrário de vc, eu quero que ninguém saiba sobre mim..... porém, entendo sej raciocínio e acho que é algo que vale a pena continuar sendo feito.
Klim, me perdoe pela demora. não tem nada de interessante acontecendo comigo pra ser sincera. to muito ansiosa pela volta da facul (umas três semanas ainda), ta chovendo bastante por aqui e eu to lendo clarice lispector (minha fav). me fala qualquer coisa sobre vc (apesar de isso ser público, eu gosto de pensar que é suuuuper secreto e é só entre você e eu).
eslero que vc esteja bem! beijinho!
Com carinho, Jessie!
Oi, Jessie! Você mudou seu icon, gostei!
Bem, os dias têm sido ocupados por atividades cotidianas. Apesar de já ter me adaptado bastante à nova rotina, sinto que ainda tô com preguiça de incorporar coisas novas nela. Mas, aos poucos tenho colocado em prática alguns planos antigos que fiz quando ainda estudava, para quando chegasse esse momento. Sabe, por mais que eu tenha feito um curso admirável e incrível, nem tudo se aprende na faculdade. Tem muita coisa que hoje vejo com outros olhos, mais maturidade. Por exemplo, hoje sou mais paciente comigo e tenho menos auto cobranças, então aproveito para, agora, tentar novamente.
Fiz papel esses dias. Digo, reciclei papel. E como toda arte, é um processo intenso, e que me deixou cheia de pensamentos. Quanto tempo para o papel descansar, moldar, secar, para pegar o jeito. Acho que todo mundo deveria fazer algo com as mãos, isso ensina tantas coisas que um texto jamais ensinaria. Confesso que fiquei emocionada por ver algo assim nascendo das minhas mãos. O próximo passo será confeccionar meu novo diário com esse papel, já que meu atual está terminando. Mas ainda estou tentando encontrar a melhor forma já que tudo é muito delicado e não tem uma fórmula, às vezes você acerta, às vezes erra. Até agora só fiquei contente com uma das folhas que fiz.
Estou lendo um livro da Fayga Ostrower chamado Criatividade e Processos de Criação. Na abordagem dela, conta que a ideia do artista louco é completamente equivocada. Ninguém "louco" seria capaz de criar, ou, sendo assim, criar é o momento que nos torna sãos. O ser humano baseia suas criações em seus próprios conflitos, o que gera intermináveis temáticas para criar. Nosso estado mental define o como será feito, mas não o porquê será feito.
Terminei de ler Torto Arado e ainda estou digerindo. É um livro lancinante, uma ferida aberta. Narra o que aconteceu e acontece com os povos quilombolas no Brasil, pelo olhar de duas irmãs. Não é uma narrativa com floreios, apesar de algumas citações me deixarem pensativa. Escrevendo isso, percebi que sou boa em fazer qualquer tipo de análise, menos literária, rs. O que só prova meu ponto de vista de que penso com imagens e depois palavras. Ou seja, com conceitos menos concretos.
Também estou gostando de acompanhar @/antiquariant no Instagram. Ela leva a vida com uma estética dark academia anos 20 e fico babando nos achados de antiquário dela. Também foi ela que re-despertou meu interesse em games, e pretendo jogar Skyrim assim que conseguir instalar no PC. É um jogo de RPG que se passa no medievo com dragões e afins. Ainda vou explorá-lo. E falando nisso, também tenho assistido as gameplays do Alan de Hogwarts Legacy, por causa dessa moça lembrei que esse jogo tinha sido lançado, e por isso minha súbita fixação neste universo novamente.
Sinto muito que isso do trabalho tenha acontecido com você! Eu tive problemas de trabalho em grupo só uma vez, porque no meu curso a gente raramente fazia seminários ou coisa do tipo. E foi mais ou menos isso, eu e minha amiga fizemos quase tudo, mas como o professor não era criterioso, foi de boas. E também ele não daria maior parte da nota pelo trabalho, e sim pela produção individual (era cerâmica) de cada um. Mas percebo o quanto as pessoas vão para a faculdade sem qualquer senso de responsabilidade e/ou autonomia...
Independente dos motivos, super apoio você ter um diário! Acho tão mágico. Na verdade, meu diário é um total esquema dos meus pensamentos, porque anoto tanta coisa nele! Mas porque você se sente tão sozinha? Se estiver confortável em responder, claro. Quer dizer, acho que isso é do ser humano, né? também me senti assim por muito tempo. Mas falando sobre isso, ter irmãs às vezes implica em você se comparar bastante com elas. E por muito tempo, pra mim, parecia que eu não as tinha. Foi só depois que amadureci um pouco que nossa relação melhorou (mas pode melhorar mais).
Não se desculpe pela demora, eu entendo! Responda quando puder e quiser!
Sua Klim, etc.
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witchbrasil · 1 year
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Ⅷ-Significado de sonhos.
É muito importante que você siga a ordem de estudo para que compreenda os assuntos mais básicos enquanto eu aumento a complexidade do conteúdo, portanto tenha certeza que leu os posts anteriores - que estão devidamente numerados.
Como sempre, minha DM está aberta para sanar qualquer dúvida.
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Acidente na estrada: confiar muito nos outros; algo não planejado.
Água: espiritualidade; emoção.
Agulha: briga familiar.
Altar: autossacrifício.
Âncora: estabilidade; desilusão; algo que o prende.
Anel: completude; lealdade.
Arco-íris: felicidade; oportunidade.
Árvore: princípio da vida; desenvolvimento psíquico; sucesso.
Avião: jornada; começo de algo novo.
Balão: frustração.
Banho: vitalidade; vida longa.
Batalha: conflito interno.
Baterias: discussões familiares eminentes.
Bebê: alegria; responsabilidade. Chorando: planos frustrados. Rindo: planos realizados. Dormindo: período de espera.
Beijo: satisfação; completude.
Bruxo: descobertas úteis; habilidades sobrenaturais.
Caindo: não realização das expectativas.
Camundongo: alguém se intrometeu e interferiu os seus negócios.
Cão de caça te seguindo: boa sorte.
Cão: lealdade; preguiça; raiva.
Carvalho: aumento estável.
Castelo: ambição.
Cavalo: representa seu corpo.
Caverna: retiro ou refúgio.
Chave: segredo; resposta a um problema.
Círculo: totalidade; perfeição; infinidade.
Cisne: beleza; conforto; satisfação.
Cobra: sabedoria espiritual; transcendência.
Coelho: mágica; boa sorte.
Comendo: necessidade de novos interesses; estímulo.
Correndo: uma jornada útil.
Cortinas: ocultação; adorno.
Corujas: sabedoria; mensageiro.
Cristal: união da matéria com o espírito.
Dor de dente: doença eminente.
Dragão: mudança de residência.
Escada: habilidade para subir.
Espada: conflito.
Espelho: escândalo; desapontamento; reconsideração.
Estrelas: esperanças;
Fada: voos de fantasia.
Fechadura: frustração; insegurança.
Flecha: prazer; festividade; escrever uma mensagem que você se arrependerá.
Flores: produtividade; contentamento; prazer.
Fogo: raiva; purificação; abundância de energia.
Folha: mudança iminente.
Gato: independência.
Guarda-chuva aberto: proteção; abrigo.
Hera: amizades fiéis.
Janela: nova visão de algo.
Ladrão: medo de perda; insegurança.
Lagarto: transcendência.
Leão: amigos e afiliações poderosas.
Leque: rivais na paixão; discussão,
Linha: situações confusas.
Lobo: segurança; sabedoria.
Lua: sentimentos.
Luz: esperanças.
Maçãs: desejo; longevidade; muitos descendentes.
Mãe: refúgio; conforto.
Mãos amarradas: dificuldade de se livrar de problemas.
Martelo: vitória.
Máscara: falsidade; decepção; ocultação.
Milharal: riqueza; certeza.
Mordida de cobra: infusão de sabedoria.
Nascer do sol: despertar; limpeza de consciência.
Nascimento: transição para uma nova fase.
Neve: circunstâncias ocultas.
Ninho: casa nova.
Oceano sem ondas: reconciliação; oportunidade; espiritualidade.
Ovelha: paz.
Parede: obstáculos; frustrações; inabilidade.
Pássaros: transcendência de um estado para outro.
Penas pretas: perda e fracasso.
Pirâmide: sede de conhecimento; busca.
Piratas: suspeita.
Polícia: problema com autoridade.
Pombos: sucesso no amor.
Ponte: superar dificuldades; mudança.
Porão: memórias suprimidas.
Pôr do sol: necessidade de proteger bens.
Porta aberta: oportunidade nova.
Prisão: confinamento; frustração; inabilidade de agir.
Pulando: sucesso.
Rato: inimigos poderosos, geralmente desconhecidos.
Relógio de parede: oportunidade perdida; hora de agir.
Rio: espiritualidade; limite.
Ruínas: planos não realizados.
Sinos: realização de planos; alegria.
Soldados: força; organização.
Tesouras: falta de confiança.
Touro: teimosia.
Túnel: esconder; sentir medo.
Vassoura: habilidade para limpar as coisas.
Vela queimando: constância.
Véu: insegurança.
Vidro: futuro bem-sucedido.
Voando: liberdade.
Vulcão: energia sexual; emoções perigosas.
Zoológico: confusão.
Última edição: 13/12/22.
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chaostormie · 2 years
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@wrldpoesie
A vida de estudante e trabalhador não é fácil, o Choi sempre tem em mente como as pessoas que vivem como ele são guerreiras, espera que um dia chegue nesse nível já que agora só consegue reclamar. Tinha maquiagens diversas em suas mãos, testes básicos que qualquer maquiador que se preze deve realizar, mesmo que corra o risco de ganhar alergias por componentes diversos. Mas era a vida que tinha escolhido para si, então sem reclamações!
Adentrou o dormitório com toda a preguiça, livrando-se dos sapatos que começavam a apertar seus pés após andar a cidade toda atrás dos materiais. A sacola com os mesmos continuava em seu braço ao rumar até seu quarto, largando mochila, jaqueta e sacola sobre sua cama. — Jingyun! Cheguei. — Anunciou após todo o trajeto, uma mania, só conseguia falar após livrar-se de qualquer peso extra. — Você comeu? — Indagou ao colega. Sentia ser uma pergunta em vão, porque não era de hoje que Mingyu notava a não alimentação do chinês, ficava intrigado, mas preferia acreditar que ele comia enquanto não estava por perto... Realmente esperava isso, começava a se preocupar que o colega estava sofrendo de anemia.
Como não podia viver pensando apenas naquilo - apesar de já ter perdido momentos de sua vida assim, questionando-se o motivo de nunca ter visto o outro comendo -, rumou a cozinha, pegando poucos ingredientes para sua rápida refeição. — Vai querer? Posso fazer um pouco mais... — Arriscou. Sempre oferecia, na esperança que ele aceitasse e finalmente, pudesse mostrar os dotes culinários que acreditava ter. Com seu fiel avental de gatinho e toda a fome do mundo, tratou de pegar uma das facas para fatiar alguns legumes, dividindo a atenção para a tarefa e a receita no celular apoiado ali; seu maior erro, pois a distração fez com que a faca raspasse em sua pele, de início não notou já que parecia superficial, mas não, o sangue foi se fazendo presente sob a tábua e com ele, a ardência característica. — Droga. — Esbravejou, o utensilio sendo largado com rapidez para pressionar o pequeno corte. — Jing-ah, você poderia pegar um curativo? Eu me cortei sem querer...
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theontem · 4 hours
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Você Victor não precisa mais sentir ódio ou raiva pra se conformar.
Fez tudo que podia, se perdeu no caminho, cogitou manipulação, mas no fim das contas, só tentou não perder sua pessoa preferida, especialmente quando foram por razões injustas.
Mas o que é justo ou não, é subjetivo a cada um, se pra ela foi justo, tá tudo bem.
Aceitar as coisas como são e desistir de conquistá-la de novo, não é sinal de fraqueza ou desistência, tampouco rebaixam a intensidade e qualidade de seu amor por ela.
Deixá-la ir é um ato de coragem e uma prova de amor por ela e por si mesmo.
Em vários momentos você se apegará as memórias com ela como se fossem um tesouro insubstituível.
Mas deixa eu te dizer uma coisa, de fato ela e os momentos com ela são tesouros insubstituíveis, porém você precisa entender e acho que entendeu que a vida não é só sobre os tesouros que já conquistou, a vida é sobre nunca deixar de procurar pelo ouro e pedras preciosas ao longo da jornada.
Sei que ela era uma fábrica de ouro e diamantes, mas já se foi, se foi justo, se foi humano, se você mereceu ser banido da forja de ouro que o sorriso dela já foi um dia.
Não importa o que acreditou, a verdade está nas ações e não há motivos pra te explicar a pobreza da moral dela.
Você chegou a metade da vida, não dá pra encontrar tesouros em uma mina que proibiu sua entrada.
Tenha orgulho de sua integridade, mas ofereça mais do que apenas isso.
Olhe pro seu pulso, lembre de todas as vezes que seu coração tatuou #carryon nele, e das centenas de noites onde desejou que ele jorrasse sangue, que segurou uma faca em sua artéria, mas foi felizmente covarde.
Lembre da força incrível que teve após o tal amor da sua vida te mandar pro inferno. Você faltou um dia, mas após isso, finalmente aprendeu a ser a porra de um homem, mal conseguia falar sem chorar, mal conseguiu chorar pq não quis ser fraco na frente de ninguém.
A vida nunca te permitiu ser fraco e é por isso que você não é fraco, é por isso que sua gentileza é legítima e que mesmo que te achem boiola, vc só fala fino com pets, pq não é inseguro e pq ter coragem e coração não tem nada a ver com preferência sexual.
Prometo Victor, te prometo do fundo do coração, que se colar as rachaduras que ela fez, se não permitir que tudo seja outra vez despedaçado de vez e se você cuidar de si próprio como se fosse a coisa mais importante do universo, a pessoa certa vai aparecer, dessa vez, pare com a preguiça, pare de se maltratar, se certifique de que ela te conheça, pra evitar outra relação cheia de males entendidos.
A última foi legal, mas ela sinceramente apenas te usou, sei lá o motivo, mas aquela buceta não te via como um pra sempre.
Víctor, antes de querer encontrar a pessoa certa, seja você a pessoa certa, sei que você estava no caminho certo com a anterior, mas dessa vez se certifique de ser sua melhor versão.
Nem todo mundo tem a coragem de assumir que está errado e é ainda mais raro quem tem a capacidade de mudar a si mesmo. Resumindo, essas pessoas querem a felicidade, mas não querem pagar o preço.
Você não precisa dela e ela não precisa de você. Você precisa de alguém que precisa de você.
Escapei do assunto, o que quero dizer é que de verdade, let her go.
Pare de cogitar um mundo onde poderá estar com ela de novo, não vai acontecer, os motivos pra isso são mais óbvios do que a certeza que tinha de que ela iria se cansar bem rápido.
Se você estava certo sobre isso, certamente está certo sobre a incapacidade dela de ficar com alguém que não tire o sono dela.
Ela disse algumas vezes que a deixava insegura, mas sabemos que não é verdade, que ela usou isso como uma desculpa fofa pra se livrar de você, a verdade é que você não deixava ela insegura o bastante, pq mulheres como ela, só reagem ao poder ou a falta dele que um homem exala e não é esse tipo que mulher que você vem procurando.
O tempo vai me curar e fará você enrugar. Eu te quis por quem era por dentro, você me viu como um pedestal. A verdade raramente vence, mas dessa vez é tudo que tenho.
Não sou rico, nem um empresário em potencial, mas..
#CarryOn
Fim.
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ninaemsaopaulo · 1 year
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A grande beleza
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Meu amante italiano partiu. Foi velejar pela Europa pelos próximos meses. Troca justa, eu achei. Passamos um mês juntos, intensos e com alguns dos melhores diálogos que duas pessoas podem manter. Em uma de nossas últimas conversas, falamos sobre as diferenças entre Brasil e Itália. Que eu tinha aprendido, por exemplo, que o café da manhã na Itália é sempre doce. E ele me confessou que há vários tipos de italianos, mas o italiano “cafona” é o mais divertido, porque é o romano. “Como no filme La grande bellezza, lembra daquelas festas?”, eu lembrei. Deu vontade de reassistir ao filme assim que ele foi embora, e dez anos após o seu lançamento.
Quando A grande beleza começa, o sentimento de estranheza vem como um arrepio, e nos primeiros minutos a obra faz jus ao título que carrega, no campo da superficialidade: toda a paisagem, música e instantes de silêncio causam brilho nos olhos, é inevitável. E uma diurna Roma, atravessada por um acontecimento inesperado, dá lugar a uma festa noturna, com toda a pompa e circunstância que merece: são os sessenta e cinco anos de Jep Gambardella, narrador e personagem, cínico e cativante, sedutor e cruel protagonista, muito bem interpretado por Toni Servillo. 
Gambardella é escritor de uma obra só. E não apenas por isso manteve prestígio com o passar dos anos, mas também firmou seu trabalho como jornalista, entrevistador e crítico de teatro. Sempre foi cobrado sobre a razão de nunca ter escrito mais livros, e sempre respondeu da mesma forma: que tem preguiça, que Roma lhe distrai. Uma vez me disseram que São Paulo é uma cidade perigosa por seus tentáculos - que vão sempre lhe puxando, a um ponto em que você não consegue mais sair dela. O conselho tornou-se prática, em sentido negativo. Já a relação de Gambardella com Roma é afeto mútuo e excessos também: ele vive cada noite em uma festa, admite que vai para a cama quando todos começam a sair dela e o filme, que não tem a menor linearidade, é uma amostra de episódios incompletos que vão se atraindo e repelindo entre si, graças também aos contatos de Gambardella e uma sensação de ressaca que permeia toda a obra. 
Ele tem um seleto grupo de amigos, todos mais ou menos ali na mesma faixa etária, gente que conheceu quando chegou em Roma, alguns de muitos anos depois. Esse grupo de amigos e os acontecimentos da vida profissional de Gambardella formam uma espécie de mosaico ou colcha de retalhos (que é sempre minha opção favorita, porque reconfortante) das reflexões desse homem que está cansado de levar a vida do jeito de sempre, mas tampouco sabe como se livrar de velhos hábitos - e não se preocupa genuinamente em fazer algo para mudar. 
O ponto alto e interessante na trajetória de Gambardella, anti-herói de si mesmo, está nas perdas que sofre. Curiosamente, todas de pessoas mais novas que a sua idade e geração. Como Andrea, filho de uma amiga de seu grupo, rapaz que sofre de problemas psicológicos e de forma alguma enxerga Roma da mesma forma que Gambardella. Ou Ramona, filha de outro amigo seu: trabalha como stripper, sofre de uma doença incurável e torna-se amante de uma estranha relação com o protagonista. A exceção é Elisa, que quase não aparece na história, mas foi o primeiro amor da juventude de Gambardella; e seu marido, recém-viúvo, lhe aparece com a notícia: Gambardella esteve em cada página do diário de Elisa, ela sempre o amou, mesmo que tenham passado mais de trinta anos sem contato. 
Da morte de Andrea gosto particularmente, porque Gambardella guia o telespectador através de um manual prático de como se portar em um enterro. É ele quem escolhe a roupa de sua acompanhante, o que gosto de definir como “a viúva Dolce & Gabbana”: veste preto, é um vestido colado, até mesmo decotado, sedutor, como quem deixa claro que está sofrendo, apesar de supostamente ter dado fim ao próprio marido. O vestido tem renda, transparência, a viúva carrega algum acessório com símbolo católico, ela é muito fervorosa. É cafona, A grande beleza parece estar cheio de “viúvas Dolce & Gabbana” por zombar dessa atmosfera cafona. Mas a diversão pela escolha do modelito logo termina quando Gambardella descumpre uma de suas regras e chora no enterro, inesperado até para si mesmo.
Outros amigos de Gambardella servem de contraste e identificação - é como ler Cem anos de solidão de novo, de novo e de novo: você vai se reconhecer em alguém. Por que não Romano? Romano tenta escrever peças de teatro, mas nada realiza, corre atrás de uma jovem atriz que lhe dispensa sempre, em qualquer oportunidade. Ou, quem sabe, Stefania: escritora de sucesso, muitos livros publicados, o contraponto de Gambardella, mas também um teto de vidro prestes a rachar, alvo do discurso mais feroz do protagonista, quando provocado. Jep Gambardella sabe quando é possível perder o amigo sem perder a piada, mas talvez esqueça - ou desconheça - uma máxima de Hubert Fichte: “Jack precisava de poucas pessoas, mas destas, muito!”. E é quando a sucessão de perdas acontece que ele aprende a dar valor a quem afastou de si. 
A grande beleza é o oitavo filme de Paolo Sorrentino e, em 2014, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Tem uma capacidade ímpar de abranger o tudo e o nada, sem cair em monotonia. É o excesso e o vazio, o excesso do vazio, a decadência de uma cidade culturalmente histórica ou a decadência de suas personalidades exóticas? Tem até uma letra do Caetano para melhor descrever: “eu me sinto vazio e ainda assim farto”. A grande beleza do título não está óbvia, é a resposta que cada um vai encontrar conforme interpreta. A minha é a seguinte: vivemos o presente, o presente é tudo que temos. Um dos personagens afirma que a nostalgia é o que resta para os que não têm esperança. Eu digo que é precioso e necessário encontrar equilíbrio entre a nostalgia e o presente - não importa a idade que você tenha. Ainda estou aprendendo, conforme se vê. 
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PREGUIÇA E PROCRASTINAÇÃO: Saiba como Acabar definitivamente.
Você é daquelas pessoas, que sempre deixa de fazer hoje para fazer amanhã ? às vezes até começa a fazer mas, na primeira distração já era, deixa de fazer o que é importante. 
Já fez vários planos, de começar a estudar, de fazer exercícios, se alimentar melhor, sempre com aquela história de começar a manhã, ou segunda-feira, mas nunca começou ? Você sente orgulho disso ? Se sua resposta for sim, esse vídeo não é pra você! 
Assista até o final e saiba como acabar de vez com a PROCRASTINAÇÃO e com a PREGUIÇA, saiba como se livrar desse mal que esta destruindo sua vinda lentamente . 
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imagem-escrita · 1 year
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 Dia feliz só define o frango assado na hora do almoço
O frio vindo da Antártica causa sono depois do almoço, preguiça de seguir a rotina depois de comer tanto feijão, quando bate a saudade escuto tuas opiniões expostas no ‘podcast’, não estenderam a roupa dentro da cobertura porque não imaginaram o vendaval que iria surtir um efeito catastrófico de madrugada. O Amaral chegou calado na hora da novela, pediu para conversar depois do último jornal do dia, olho para ele e me pergunto qual a razão de ter continuado casada por todos esses anos.      
— Oi, esquece o vinho no congelador dessa vez de novo para você ver sua estúpida, vai ser canalha assim na baixa da égua, já não bastasse censurar a maconha aqui dentro dessa merda que você chama de “nosso lar”.
— Ele não é assim na prática, consegue perceber a ironia presente no meu discurso enquanto estamos conversando?
— O costume destrói a vontade de reinventar a vida quando o passado não se desfaz no silêncio dos pássaros ao cair do orvalho nas primeiras horas do dia, pela madrugada o choro escorre pelo bosque próximo ao colégio .   
— Tua filha já deixou de ser menina, já sangra, entrei na menopausa e consigo imaginar o maior problema de você homem vivendo nesse século tomado por tantos movimentos interseccionais de militancia em favor do casamento homossexual, aquele teu amigo de infancia ainda te procura. 
— Envolvente, diz mais alto isso e sua filha acaba casada com um filhote de cachorro cruzado com caramujo africano! 
— O otário naquela época imaginou mesmo que você, tendo sido prometido para ser meu marido  desde o ventre da tua mãe, conseguiria desvirtuar a tua moral no bairro onde você cresceu?   
— A senhora escapou de todos, não tenha dúvida!
— Chega de querer ser criança, quantos anos a Lelinha tem mesmo?
— Poxa Amaral, de novo aquele problema de memória? Me faz querer rir, porém eu respeito essa sua deficiência.
— Só tome cuidado nos seus discursos aqui dentro Belinha. 
— Seja homem de verdade e encare as consequências dos seus atos, faz tempo não te digo umas verdades, vai continuar se comportando dessa forma até quando? Só interpreta os mesmos papéis nos almoços de família, só interrompe seu envelhecimento, finge ser criança e na hora de ser adulto engole as palavras.
— Lelinha é uma ótima filha, cale a boca e chegue a falar sobre como eu deveria ser ou não, quem você pensa que é? Ou o que você acha que eu sou? Algum idiota? 
— Só pode ser mais um desses caras de beira de rua, teu nome tá na lama Amaral, já faz tempos que eu tento te livrar desse teu estereótipo de moleque sincero demais, pensa demais, fala o que quer e na hora de ouvir as verdades que todas nós temos para te dizer, fica se fazendo de leso, tem quantos anos?
— Vai procurar uma igreja e te liberta desse mau costume de ficar se metendo na vida alheia, minha filha já vai fazer treze anos, livrei ela de tudo que é menino mau criado na escola pública onde ela estudou, vai fazer que papel agora para mim? 
— Com certeza de mais um fraco, você só tem sido fraco por todos esses anos, faz favor e vai buscar ela na escola antes que eu esqueça.   
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PA•REN•TING - Goldie and the lionheart
Ela sabe bem o que aquelas duas barrinhas querem dizer. Não era boba, em algum momento todas aquelas horas e horas em que a única preocupação que tinha era sentir Jun o mais perto de si iriam ser cobradas. Ainda assim, ficou encarando o teste de gravidez trouxa que tinha comprado entre suas saídas para campo em suas reportagens do Profeta Diário, pensando o que iria acontecer. Marigold sabia o que era ser nascida trouxa e sabia o que era ser amarela. O seu primeiro instinto foi ir para a frente do espelho, encarando aquele ponto onde viria a ser uma criança um dia, e então murmurar, como um segredo:
— Eu sinto muito.
E em seguida, se comprometeu a não deixar nada acontecer com aquele bebê, mesmo que soubesse racionalmente que era impossível cumprir aquele juramento.
O primeiro contato com Seo foi completamente turbulento. Seus gritos de "eu não aguento mais!" foram substituídos pelo do garoto, que parecia estar disposto a anunciar para todo o mundo que ele tinha chegado e que a partir daquele momento seria um problema para todo mundo que se metesse em seu caminho. Ela nunca sentiu tanto orgulho quando aquele sorrisinho careca estava direcionado a ela, com aquelas covinhas que ela conhecia bem reproduzidas em uma versão menor. Seo agarrou seu dedo e então parou de chorar, se encostando em seu colo, quieto e parecendo um anjo, como se não estivesse em pleno berreiro antes. Marigold ergueu o olhar para Jun, chocada e encantada.
— Ele é a melhor coisa que aconteceu — e nem era meme.
Não existia paz, e ela nunca foi uma opção.
Sabia disso na forma como aqueles pezinhos lhe seguiam pela casa, o tempo, com todos os questionamentos de "por que isso?" e "por que aquilo?". E quando não havia uma resposta satisfatória, ele lhe lançava aquele olhar, aquele maldito olhar que ela sabia que ele tinha herdado dela, carregado de descrença e julgamento, as mãos na cintura e o peso todo apoiado em um pé, perguntando a ela se ela acreditava mesmo naquilo que tinha acabado de dizer.
— Quer saber? Eu vou mandar você passar alguns dias na casa da sua tia. Yuri vai a-m-a-r te receber lá — afirmou, exausta, depois de uma noite inteira com o pequeno lhe sondando, perguntando porque o pai estava demorando para voltar para casa enquanto ela chegou mais cedo e com a expressão preocupada de sempre.
— Mulher, você não pode se livrar de mim! Eu sou seu, pra sempre! — Seo anunciou, a olhando por cima do ombro com toda a audácia que cabia em seu corpinho de cinco anos.
— Quem ensinou você a ser assim? — Goldie perguntou, indignada.
— Ué, você — o garoto rebateu, dando de ombros.
E ela nem ao menos podia dizer que era mentira.
— Por que você fala assim?
Marigold encarou o filho com expressão confusa, a observando por cima de seu livro de colorir, depois que ela o chamou para o jantar.
— Assim como?
— Assim, errado. Você, tia Harumi, tia Yuri, tia Gigi, vocês sempre falam errado. — Ele ia explicando, se sentando direito e movendo as mãos a frente do corpo, como se ela fosse devagar para entender. — Não é o mesmo errado que tia Natasha, ou tia Helena. É tipo… como se você tivesse preguiça demais para falar as palavras, então corta tudo ao meio.
Marigold piscou umas duas vezes, antes de soltar um suspiro.
— Por muito menos eu fiz o inferno na vida do seu pai. Eu devo te amar MUITO, mesmo — e, mais uma vez, não era nem meme.
Nem tudo era estresse, raiva, passamento e vontade de despachar Seo para a casa da avó e nunca mais voltar para buscar. Quando ele vinha no meio da noite, os cabelos arrepiados, batendo na porta com uma manta ao redor do pescoço, pedindo para passar a noite com os pais, ela era incapaz de dizer que não. Quando ele cantarolava com ele mesmo, pintando os seus desenhos e a si próprio, parecia um dos melhores sons do mundo. E ele sabia ser educado, gentil, e atencioso, e empático, o sorriso de covinhas presente sempre que ele interagia com os outros. Um garoto de ouro, eles podiam apostar.
— O que é ser mestiço?
E havia aquilo, é claro.
Ela prometeu nunca mentir para ele. Mentiras e omissões levavam a problemas, mágoas e mais problemas, e tinha prometido proteger Seo de todo o mal. Mesmo quando o mal encontrasse o caminho até ele. Goldie se abaixou, alcançando a mesma altura que o menino.
— É uma palavra muito ruim que pessoas ignorantes usam para tentar ofender pessoas que tem um pai ou uma mãe que não nasceu de uma família bruxa tradicional. Pessoas que usam essa palavra são cruéis e burras, e elas não merecem nada de bom na vida — afirmou, em tom tranquilo e instrutivo.
— Você disse que não desejamos mal a ninguém — ele a lembrou.
— A quase ninguém.
Ele pareceu pensar por alguns segundos, avaliando aquela explicação, antes de franzir o cenho e emendar:
— Se eu disser que eu meti o soco no ouvido de um cara mais velho que disse que eu e minha prima éramos dois mestiços sujos… eu ganho um castigo?
Goldie abriu e fechou a boca várias vezes. Ali em sua frente eram as duas faixas azuis em um palito, o pequeno ponto em seu ventre que encarou no espelho anos antes. Todos os seus temores e preocupações acumulados em um ser só. Ele só tinha seis anos - mesmo com a altura de uma de quatro, uma questão de genética, pelo visto. E ainda assim, ela conseguia ver que você não protege alguém como eles.
Você instruí, e torce pelo melhor.
— Você não deveria se meter em brigas, é perigoso — ela disse, antes de abrir um sorrisinho. — Mas espero que o garoto tenha aprendido a lição.
Seo era um pequeno coração de leão, bravo e justo, sem abaixar a cabeça em situações decisivas. E ele era mesmo a melhor coisa que tinha lhe acontecido.
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cardi-nale · 1 year
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O idiota.
Quando certa noite ouvi o freio de mão do carro branco ser puxado, já me subiu a preguiça: teria que atuar pelas próximas horas. Respirei fundo sem tirar os olhos do celular: se fizesse contato visual, seria sugada para um monólogo delirante, se tecendo em um fio melado, elástico e corrosivo que ia me envolvendo contra minha vontade e, em uma esperança silenciosa, pensava que quanto menos resposta eu desse, mais cedo poderia me livrar dali: assim eram suas “conversas”.  O preparo mental começava bem antes dele subir as escadas da garagem. 
Queria não estar na cozinha naquele momento. Arrastando seus pés, que tinham a mesma angulação curiosa que as orelhas, nariz e mãos, ele entra e vai ferver a água. Seus olhos são juntos demais, seu nariz pontudo demais, essa combinação me lembrava um roedor que só consegue focar em uma tarefa por vez, mas que levava à exaustão. A tarefa de encher a chaleira o impedia de perceber que espirrava água pelo chão todo. Um cabresto. 
Finalmente, ele se vira pra mim. Nesse momento, devo admitir, estava quase eu mesma puxando algum assunto, tamanha era a agonia da ansiedade. Balbuciou algum essencialismo cartesiano, eu assenti tomando o cuidado de fazer o mínimo contato visual possível. Uma fração de segundo a mais, ele não sairia dali, até sair. O mais temido ocorreu e ele sentou do meu lado, com sua calça pequena demais nos quadris descendo e exibindo um cofrinho avermelhado. Ele continua seu monólogo absurdo, como se fosse um carrinho bate-bate em uma pista e topasse em uma área da parede, que com o impulso o levaria para o lado oposto, depois com alguma angulação o fizesse parar em outro ponto, e assim sucessivamente. Insuportável. 
Eu quase tenho certeza que não é proposital, antes só estivesse tocando sua vida. Em terra de desgraça, a ignorância é uma bênção, mas somente para aquele que a detém, porque o resto se fode. Esse é o caos: você ser ignorante, privilegiado, e nesse percurso se achar muito inteligente.
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gabrieloamorim · 1 year
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Vida sem Sentido
     Encontrei esse texto escrito por mim, não me recordava de tê-lo escrito nem sequer quando foi. Às vezes me pego olhando para esses momentos passados tão sombrios da minha vida e me assusto, porém serve para compreender os altos e baixos da vida, a importância de um bom cuidado, autoconhecimento, auto crítica. Não chego a sentir uma grande vergonha, pelo contrário, sei que houve necessidade de botar pra fora dessa forma e que isso deve ter me ajudado de alguma forma. A qualquer momento fico preocupado de voltar a esse estado, e esses registros são alertas para mim mesmo.      “Qual o sentido da vida, afinal de contas? É o que todos se perguntam, mas nem todos se importam e saber. O que mais interessa, o mais importante, é viver.  Cada um pode dar o sentido que desejar, que estiver a fim. Quando nascemos recebemos educação, freqüentamos a escola com o objetivo de aprender, e “crescer na vida” como dizem. Trabalhar, casar, ter filhos e cumprir com o ciclo da vida. Desde criança sempre questionei muitas coisas sobre minha vida, sempre me conformando e sobrevivendo. Não tinha escolha, a não ser morrer. Eu era uma criança, mas a ideia de morrer, para me livrar de alguma coisa, sempre passou pela minha cabeça. Com cinco, seis anos eu desobedecia e não queria ser punido. Sempre me senti tão fraco, tão sem poder o que fazer. E isso fez com que eu crescesse sem nunca saber o que fazer, em relação a nada. Sempre fui sensível a dor, sempre quis fugir dela. Evitava fazer muita coisa que me machucasse, sempre fui bastante medroso, não me arriscava a aprender algumas coisas, como subir em árvore. Esse medo da dor é o que tem salvado a minha vida. Não há um dia que eu não pense sobre a morte, sobre a vida, sobre morrer. Tenho estado em momentos difíceis, onde eu tenho tudo o que eu preciso e ainda assim me falta muito. Meu objetivo foi alcançado com bastante esforço, mas e agora? Crescer, trabalhar, procriar e morrer”é o que restou? Não tenho objetivos, nem disposição nem vontade de caçar um.      Porque a vida é uma escada, que só vai descendo.      Dizem que temos trabalho que odiamos para comprar coisas que não precisamos. Eu discordo disso, e ultimamente trabalhar é a única coisa “útil” que eu tenho feito (e acho que nem  tenho sido tão útil assim).  Parte de minha consciência diz que eu não deveria ser tão apegado ao trabalho assim, pois bem, trabalho é exploração.       Parte da minha consciência também desconfia que estou alienado, por me fazer gostar de ter um emprego. O trabalho tem me deixado preocupado, essa responsabilidade imposta sobre mim me deixa desse jeito. Eu poderia não me importar se estou ou não fazendo um bom serviço. Mas eu me preocupado, me preocupo um bocado. Isso seria facilmente consertado, se eu conseguisse aprender a conviver em sociedade. Sinto que eu não pertenço a esse mundo, não sou do jeito que as pessoas são. Tenho o meu jeito, sou original e autêntico, porém não consigo lembrar uma vantagem relevante disso. “Riem de mim porque eu sou diferente, rio deles porque são todos iguais” não tem funcionado muito bem como antes.  Referindo-me ao fato de ser tão diferente, não faço questão de ser igual a ninguém. Toda essa tensão reflete no meu comportamento, deixa-me bloqueado para agir da maneira que eu “deveria’, seja qualquer situação. Cresci sem “saber o que fazer”, e essa falta de atitude parece ficar mais forte. É uma bola de neve: A tensão me bloqueia, o bloqueio me impede de agir quando eu preciso, isso me deixa tenso.           De onde vem  a tensão inicial eu não posso afirmar com certeza, muita coisa aconteceu, muita coisa está acontecendo. Todos os dias – de folga - quando acordo, cancelo ou adio tudo o que tinha planejado no dia anterior. A preguiça toma conta total, e todo o resquício de vontade vai embora quando eu durmo. O dia passa com a minha preguiça, quando eu me arrependo de não ter aproveitado já é tarde, hora de dormir de novo. Até onde isso vai chegar?  Minha vida se resumirá a isso? É como seu tivesse chegado ao ponto máximo. Vejo pessoas se preocupando em maneiras de ganharem dinheiro, maneiras de ter dinheiro sem precisar trabalhar mais. Até gosto de algumas ideias sobre isso, gosto do trabalho mas estar livre de responsabilidades não seria ruim. Mas a busca pelo dinheiro é o que me desanima. Não quero para mim essa obsessão que as pessoas têm de ganhar dinheiro. Dinheiro, pessoas... Esse mundo é tão cruel, as pessoas são crueis. Não sei o que eu poderia fazer para melhorar o jeito que as coisas são, e mais uma vez a minha falta de atitude vem me perturbar. A vida da sociedade está podre, e a minha também.      Minha prioridade sou eu, mas se eu conseguisse fazer algo útil de verdade para os outros, isso me ajudaria. Pelo menos eu me sentiria um pouco melhor. Sinto-me tão incapaz... “
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