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#gasto meu dinheiro todo com ela
radioimunoensaio · 3 months
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Eu não consigo mais conviver comigo mesmo. Eu não preciso que alguém me diga o quanto eu sou ruim. Eu sempre me encarreguei de fazer isso. Eu sabia lidar bem com os xingamentos, com o bullying, com pessoas me dizendo o tempo todo o quanto eu era sem graça, que minhas roupas eram fora de moda, que meu tênis tava gasto, que ninguém ia me querer porque eu nunca tinha nada pra oferecer.
Eu sabia lidar com tudo isso. Eu estava acostumado. Eu não sabia lidar era com elogios. Eu nunca acreditava quando alguém dizia que eu era LINDO, que meu coração era bom, que minha roupa tava bonita, que eu era inteligente, que eu era um bom neto, um bom sobrinho, um bom filho, que eu era um homem bom.
Eu sempre desconfiava dos elogios. Como alguém pode estar falando isso de forma sincera? Até mesmo quando recebi elogios da mulher que eu amo, quando ela me amava, foi difícil de acreditar. Eu não acreditava que ela estava realmente me achando bonito naquela foto. Eu não acreditava que ela estava admirando o meu coração ou a minha inteligência.
Eu sempre me comparava aos outros e eu nunca me achava o suficiente. Isso me atrapalhou tanto, mais tanto que eu não consigo expressar o quanto. É muito ruim. A minha insegurança sempre foi o meu maior defeito. Mas eu resolvi confiar. Acreditar em cada palavra que ela me dizia. Não me importava a opinião dos outros, só me importava A OPINIÃO DELA.
Eu não queria saber se outras mulheres me achava bonito, atraente ou um bom ser humano. Eu queria saber o que ela achava de mim. Eu acreditei em cada palavra. Eu comecei a me sentir especial. A me olhar no espelho e me sentir bonito. Ao mesmo tempo meu subconsciente ainda ficava tentando me sabotar e pensando "não fica se achando tanto assim, porque você não é tudo isso".
As vezes ela olhava minhas fotos e ainda dizia que talvez eu não fosse eu e isso me dava tanta tristeza, porque eu ficava pensando... qual a pessoa que ela pensa que eu sou? Será que eu tinha que ser tão mais feio assim pra que fosse minimamente possível acreditar? Até quando apareci na chamada de vídeo, umas 4 vezes, mexendo a câmera, mostrando o quarto, o folha, minha cara.. mandando beijo... sei lá mais o que... Ainda assim ela não aceitou.
Ela recusou acreditar que era eu, que tinha visto algo, que eu tinha mostrado algo. E mais uma vez fiquei pensando.. quem ela esperava que eu fosse? Eu sou assim. Ela viu. Essas coisas mexem tanto comigo, porque eu sei que nunca fui como aqueles caras... Aqueles malhados, ratos de academia e com condições financeiras.
Ela sabe que eu nunca fui assim. Sempre fui magrelo, doente, o máximo de carro que tive foi um Clio... Sempre sem dinheiro, sempre sem condições... Gostava de praticar esportes, mas nunca me importei em puxar ferro na academia... Eu sei que eu sempre fui inseguro, chato e sem graça. Eu sabia que eu poderia irrita-la a ponto dela se cansar de mim e me deixar ou olhar pra mim e não sentir desejo, por eu não ser igual a esses caras...
Mas tudo aconteceu pior do que eu imaginava. Ela sentiu nojo. Nojo de mim e disse tantas outras coisas. Coisas que vão além da aparência. Eu achava que tava acostumado com xingamentos... Mas eu não estou. Vindo dela, é destruidor.
Eu estou morto. Eu não aguento mais conviver comigo mesmo.
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MINHA ORAÇÃO DE NATAL
Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado por tudo aquilo que recebi de Ti. Obrigado pela vida pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo o que foi possível e pelo o que não foi. Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei, as amizades novas e os antigos amores. Os que estão perto de mim e aqueles que pude ajudar, as com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero te pedir perdão. Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado. Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo. Também pela oração que aos poucos fui adiando e que agora venho apresentar-te, por todos meus ouvidos, descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Paro a minha vida diante do novo calendário que inicia e te apresento estes dias, que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, te peço, para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria. Quero viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras mentirosas, egoístas ou que magoem. Abre sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos para que as derrame por onde passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem, enche-os de Sabedoria, Paz e Amor. E que nossa amizade dure para sempre em nossos corações. Enche-me, também, de bondade e alegria para que todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho possam descobrir em mim um pouquinho de Ti. Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
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A caixa do som do bar estava tocando Jards Macalé.
Eu tava precisando de dinheiro para pagar a dívida do bar, do caça níquel e do agiota. Também tava editando um livro de poesia e adaptando o texto um bonde chamado desejo do Tennessee Williams para o roteiro de um curta metragem de um amigo que tinha acabado de se formar em cinema. Às vezes também pensava em como deviam ser os peitos da Isis Valverde. Escreveria uma peça só para ver ela nua no palco. Por coincidência, um aviãozinho lá do meu bairro tinha quebrado a perna (para quem não sabe, aviãozinho é o nome que se dá - aqui no Rio de Janeiro - ao bucha que sobe o morro para comprar drogas e revender mais caro para a playboyzada). Ele fazia uma boa grana com isso e às vezes parecia até mesmo os playboys que compravam dele, indo e vindo com sua bike elétrica pra cima e pra baixo. No fundo, era um cara gente fina. Pois bem, depois de bastante conversa entre nós, decidimos que eu iria fazer as entregas com a bike dele e ficaria com o dinheiro. Assim, ele não perderia os clientes e eu conseguiria pagar o agiota que tá me ameaçando. Confesso que não tenho medo de morrer e nem de apanhar, mas o desgraçado sabe onde mora minha filha. Ou eu o matava, ou sumia ou dava um jeito de levantar essa grana, e foi o que eu fiz. Algumas semanas depois, eu tinha feito tanto dinheiro que paguei todas as minhas dívidas e ainda sobrou uma boa quantia. Depositei o resto na minha conta da caixa econômica federal e fiz um pix de 1.000 reais para Tereza: “Tetê, fiquei sabendo que semana que vem será a semana mais quente do ano. Vai para Ilha Grande e fica em algum lugar legal. Espero que você ainda seja virgem. Beijos, papai te ama!”
Gosto de pensar que ela é virgem, já que não aceitou ser lésbica. Ela gosta de me enganar também. Somos felizes assim, eu e minha garotinha de 30 anos. O último namorado dela foi um desses compositores de trap com a sobrancelha riscada e camisa de time. Uma vez ouvi dele que o Machado de Assis tinha que escrever mais simples e para os pobres, e continuou dizendo que gostava da minha literatura. Não sei que tipo de maconha prensada ele fumou naquele dia. Mais tarde, pensei que ele só disse aquilo para comer minha filha. Não sei o que era pior. O ouvido dela deve ter testemunhado muita pérola que saia da boca daquele moleque. Não quero mais lembrar disso. 
Tinha gostado da bike elétrica, não precisava de habilitação e alcançava 45 km/h. Pensei em comprar, mas minha barriga ficaria maior do que já é. Talvez fosse melhor continuar caminhando. Ok. Sentei no bar, tomei quatro litrões sozinho e resolvi gastar o resto da grana na maquininha de caça níquel. Coloquei 100, depois mais 100 e mais 100 e mais 100 e mais e mais e mais. Tava com mil reais no bolso, pus ao todo 900 e me sobrou apenas uma última nota de 100 que pus também. Bingo! As letras giraram, as figurinhas combinaram, os números enfileiraram, perdi o chão e o céu virou meu alicerce. A máquina pagou tudo. Os mil que eu joguei, voltaram. A sensação de vitória que eu senti foi como se eu tivesse apostado mil e ganhasse dois ou três mil. Besteira, apenas tinha recuperado o dinheiro perdido. Foda-se! O que importa são as sensações. Tomei mais um litrão quando tocou meu celular. “Alô?” “Ah, oi. E aí? Tá precisando de grana ainda?” “Quebrou a perna de novo?” “É um serviço que eu não posso fazer sozinho.” “Não tô precisando de grana, mas acumular nunca é demais. O que você manda?” “Vamos assaltar uma mansão lá no Joá!” “Vamos?” “Você e eu.” “Não sou bandido, brother!” “Você já vendeu drogas.” “É verdade…” “Coisa simples. Só vai ter mulher na casa. A gente rende, rouba e vai embora.” “Não vou matar ninguém!” “Deus me livre!”
Não sei porque eu aceitei fazer essa merda, mas é como disse Nelson Rodrigues: todo mundo tem um preço. Meu preço talvez seja arrumar dinheiro com a mesma facilidade que eu gasto dinheiro. Eu só não entendi porquê teria apenas mulheres, mas no dia marcado estávamos lá na praia da Joatinga estacionando o chevrolet na esquina de um posto de gasolina abandonado. De roupa preta e balaclava, invadimos a mansão com dois revólver calibre 38 na mão. Eu nunca dei um tiro na minha vida, mas até que fiquei estiloso apontando o cano da arma em direção aos peitos de uma madame. Acho que era mãe das meninas. Gostosa. O traficante playboy tava certo. Elas estavam em 4 mulheres. Quase todas branquelas e loiras, exceto uma menina preta que parecia a minha filha. Ela tava vestindo uma camisa do  the dark side of the moon, o que a fazia parecer mais ainda a minha filha. Ela também me lembrava a Sheron Menezes, assim como minha filha. Se eu fosse religioso as coincidências seriam algum tipo de sinal. Mas eu não sou religioso e as coincidências são apenas coincidências e nada mais. Enquanto meu parceiro rendia e mandava as meninas calarem a boca, eu subia as escadas com uma mala louis vuitton enorme, parecia uma piscina olímpica. Fui catando as coisas de valor que eu achava pelos quartos: relógios rolex, macbook, ipad, iphones, tênis, sapatos, bombons, pequenas smartvs, aparelhos de sons e uma lata de ervilha que eu nunca vi igual em toda a minha vida. Devia ser uma boa ervilha. Daí entrei no quarto que provavelmente era o quarto da madame. Grande, todo amadeirado e forrado a couro branco, com vestidos esquisitos e um tocador de vinil, sobre ele enxerguei aquele disco do Beto Guedes: contos da lua vaga. Bom disco. Foi para a mala também. Me lembrei de um post da moo no twitter dizendo que por causa da Luisa Sonza hoje as pessoas ouvem o the dark side of de the moon inteiro, mas não me perguntem porquê. Ainda preciso ler os comentários para entender. O twitter da moo é uma boa companhia. Ela postou uma entrevista da Marina Lima dizendo que Fullgás foi inspirado em Billie Jean. O twitter da moo é interessante porque tem muito dessas coisas inúteis. O verdadeiro conhecimento é aquele que não se usa nas provas da faculdade, tenho dito. Por isso sou escritor. E talvez traficante e assaltante. Malandro se esconde para não trabalhar, dizia minha ex mulher. Isto basta.
Quando desci as escadas, meu colega de profissão estava com uma mochila cheia de jóias, carteiras, objetos de valor e alguns tabletes de maconha na mão. Aquela quantidade configura tráfico, e eu disse em seguida. Ele riu e olhou para a menina que parecia minha filha. Fomos embora, no carro ele disse que a maconha estava na mochila da menina. “a sheron menezes?” “parece, né?” “o que você tá fazendo indo pra zona sul?” “vou te levar num lugar especial.” “tô cansado.” “um drink e vamos embora.” “ok.”
Eu sabia que não seria apenas um drink, mas também não imaginava que iríamos parar num lugar chamado creche dos maridos, na rua Djalma Urich 163, Copacabana. Era um puteiro bem diferente do convencional. Uma das meninas sentou no meu colo, diria que podia ter idade para ser minha filha, mas a verdade é que ela até poderia ser minha neta. Perguntei seu nome: Índia, e disse que tinha acabado de chegar de Manaus. Meu parceiro já tinha ido para o quarto com uma ruiva, novinha também. As meninas pareciam ter uma faixa etária entre 18 e 22 anos.  “O que você faz da vida?” “Sou escritor.” “Escritor? Que legal!” “Mas ultimamente tenho ganhado a vida vendendo drogas para idiotas e roubando mansões de mulheres ricas e indefesas.” A manauara riu como se eu tivesse contado uma piada, disse algo sobre meu senso de humor, meteu a mão dentro da minha cueca e me chamou para o quarto. Falei que não iria rolar, ela levantou e procurou outro cliente. Pedi mais um drink, lembrei do livro de poesia e do roteiro que eu ainda não terminei. Por incrível que pareça, a caixa do som do bar estava tocando Jards Macalé.
Brenno Costa
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camila--thais · 1 year
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Rosa de Versalhes, uma mudança de visão
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Rosa de Versalhes, um dos meus mangás favoritos e vou falar um pouco sobre ele.
A história acompanha Oscar, Maria Antonieta e Fersen, na época que se inicia anos antes da Revolução Francesa e se estende até lá. Oscar é uma mulher que foi criada como homem por seu pai para lhe suceder e ela acaba fazendo parte da Guarda da Rainha. Maria Antonieta é a famosa rainha da França de origem austríaca e Fersen é um conde sueco que vem a ter um relacionamento com a rainha. Há ainda diversos outros personagens, como André, amigo de infância de Oscar, e Rosalie, uma jovem que tem origem humilde, mas cujo nascimento guarda um grande segredo.
A obra se desenvolve ao longos dos anos, com uma reunião de intrigas, pessoas querendo se dar bem às custas dos outros, tramando planos para enriquecer (desde assassinatos a golpes), e claro um intenso drama humano que se mostra tanto no pessoal (o amor, por exemplo), quando no social (a pobreza crescente, o descontentamento com o governo, etc). É um mangá intenso e belo que além de tudo isso discute questões de gênero, mostrando que o seu sexo não define quais profissões você deve seguir em sua vida, bem como o modo de se vestir não define quem você.
Eu já conhecia Rosa de Versalhes por meio de seu animê e já tinha lido o mangá. O que eu vi do animê termina antes de muitas coisas, com a morte de Oscar pouco antes da tomada da Bastilha. Não vemos o rei e tampouco a rainha serem guilhotinados. Então o volume final inteiro foi inédito para mim. Na verdade, boa parte de antes também havia sido inédito e eu só conhecia os acontecimentos básicos, como a cegueira e posterior morte do André, bem como a de Oscar, já citada.
Mas, para além de tudo de bom que é a história de Rosa de Versalhes, uma das coisas que eu mais achei interessante nessa obra é como o rei e a rainha da França são mostrados como pessoas humanas, de carne e osso, com seus hobbies, sua alegrias, além de todos os sofrimentos e amarguras (é desolador quando a gente vê eles sem dinheiro até para mandar fazer o funeral do filho). Claro que eles são nobres e têm pensamentos de superioridade vez ou outra, porém a leitura dessa obra de ficção abre muito mais os nossos olhos para esse período da história da França, que muitas vezes é apenas passado de forma rápida na escola, sem se aprofundar nessas figuras históricas importantes.
A gente conhece o que antecede à Revolução Francesa. A corte começa a gastar demais, a dívida se torna enorme, os impostos aumentam, a população vive em extrema pobreza, etc, etc. Entretanto, nada era mudado e chegou um momento em que tudo explodiu. Isso é algo básico que se aprende na escola, mas nela a gente não tem muita noção de várias questões, como, por exemplo, o porquê de ninguém ter tomado coragem de acabar com a gastança desenfreada, de ninguém ter percebido a situação que estava indo a coroa, dentre diversas outras coisas. Isso é algo que passa batido nas aulas (ou apenas é resumido para a velha questões dos ricos não quererem perder privilégios), raramente questionamos e logo tudo corria para os próximos desdobramentos. A leitura do mangá nos mostra mais as intrigas, os alertas e os motivos pelos quais as coisas aconteceram, a vontade de mudar e as resistências quanto a isso.
A escola é muito simplista e a gente termina por ver o rei e a rainha apenas como vilões malvados que mereceram serem condenados à morte. No mangá, desde o início e com o passar dos volumes, a gente não considera reais motivos para que os dois perdessem a cabeça. Luis XVI era mostrado como uma pessoa boa, com hobbies até simples como fazer cadeados, e que não tinha pensamentos mesquinhos em relação ao povo. Maria Antonieta, de igual modo, era uma pessoa nitidamente boa, apesar de um pouco avoada em relação aos gastos da realeza por um bom tempo.
Essa é uma daquelas muitas questões chave nas discussões sobre a pena de morte (ou mesmo de todo o sistema penal), pois muitas vezes crimes menores terminam por terem penas desproporcionais, que podem ser consideradas totalmente injustas. Lógico que analisando de forma mais crítica e menos parcial, a gente vê que os governantes da França (com seus gastos desenfreados) foram responsáveis pela morte de diversas e diversas pessoas, pela fome, por doenças, entre diversas outras coisas. Só que há de se dizer que isso não era exclusivo do Rei e da Rainha, havendo todo um sistema de privilégios para os nobres, dos quais não queriam abrir mão. A pena capital para quem já não iria governar é algo bem cruel e parece mais ter efeito simbólico para a revolução do que qualquer coisa.
Vale dizer por fim, que peço desculpas a qualquer fala equivocada que eu tenha dito aqui, pois obviamente não sou historiadora e não tenho muito conhecimento sobre a época. O ponto que eu quis destacar no texto é que realmente Rosa de Versalhes nos faz ver o rei e a rainha da França de maneira mais humana do que vemos na escola e nos fez questionar mais as decisões e os acontecimentos da Revolução Francesa. Havia muitas mentiras, muitos mal entendidos (o julgamento de Maria Antonieta deixa isso bem claro) e tudo pareceu forçado demais para que ela fosse um símbolo do passado que acabou ou um bode expiatório para o momento de revolução.
Em outras palavras, Rosa de Versalhes me fez querer aprender mais a história dessa época da França, uma época importante para toda a humanidade. Eu não sei como vocês estudam ou estudaram Revolução Francesa na escola. O que eu comentei aqui foi basicamente a minha experiência com o tema.
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madneocity-universe · 7 months
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I'm a motherfuckin' world-class sinner: Somi Montgomery
Não me peçam mais NADA.
Não tem nada que ela odeie mais do que receber ligações.
As da escola são normais e não existe nada no mundo que a impeça se atendê-las no mesmo instante, as de seu pai ela só aceita porque é seu pai e não tem muito o que discutir quanto a isso, mas todas as outras pessoas, todo o resto ao seu redor, já parecia ter entendido que ela só se deixa ser alcançada por e-mails e horário marcado presencialmente no consulado. Porque qualquer pessoa além de seus filhos e pai é totalmente, totalmente irrelevante, que dirá urgente.
Ela nunca responde. Todo mundo sabe. Todo mundo pelo menos deveria saber.
— É Mr. Huntington que ligou. — Sua assistente diz já com um grande pesar. — Ele está preso e a senhora é a única ligação que ele pôde fazer, segundo ele mesmo.
Imagine então ligações de seu marido, bom, ex-marido, depois de quase dois meses sem ouvir falar dele para além de seu advogado quanto às questões pendentes do divórcio e como ele achava um absurdo ela recusar a pensão e dividir os gastos com as crianças.
"Porque eles são meus filhos também, eles são minha responsabilidade também. Eu me importo com eles."
Mas não o suficiente pra evitar aparecer tantas vezes no jornal, sendo a primeira por destruir a própria família, e a segunda indo preso por falsificar quadros e vender eles por aí sem freio algum. As colunas diziam que o caso vinha sendo investigado a meses, e enquanto passa pelos policiais e é levada para uma sala reservada, Somi se pergunta se foi assim que a mídia descobriu o histórico de traições dele também. Ela se pergunta também se as pessoas andam ganhando um dinheiro bom fazendo isso, porque seguir W por aí parece tão… Chato pra caralho.
— Você está ótima.
— Eu sei.
Ela mesma já está entediada de ficar do outro lado daquela tela de proteção transparente e tudo que ele lhe disse agora foi um bom dia. Será que foi assim que seu pai se sentiu quando finalmente se separou de sua mãe também?
— Então… Como vai o bebê? — Ele quer saber, na verdade, se esforça pra parecer que quer, enquanto enrola o fio do telefone nos dedos de maneira nervosa.
— Ah, meu bebê está bem. Ela tá crescendo rápido e a barriga finalmente começou a aparecer, a obstetra disse que ela vai nascer no inverno, como quando tivemos a Caterina. — Somi o responde ainda assim, abrindo um meio sorriso. — Mas já era esperado… Bom, eu esperava, já que planejei que fosse assim.
Ela sabe que o provocar com aquilo não vai levar a nada, mas ela gosta de como ele se sente envergonhado e a um passo de abrir um buraco no chão bem na frente dela. Como se ele tivesse muito a dizer sobre aquilo.
— Você sabe que eu sinto muito.
Mas não tivesse mais de dois neurônios na cabeça funcionando pra conseguir formular um conjunto de palavras melhor que aquele. Errei rude, fui um babaquinha. Eu não deveria ter feito isso enquanto você está grávida. Foda. Pena.
— Mas não foi pra isso que você me ligou, foi? — A mais jovem murmura ao analisar as unhas, antes de voltar o olhar pra ele. — O que você precisa?
— Ah, eu preciso de muitas coisas, e a primeira delas que você me ajude a sair daqui! — Como se não fosse óbvio suficiente, ele quer acrescentar, mas não quer abusar da sorte depois de subir o tom daquele jeito, então encolhe os ombros e se aproxima da tela separando os dois. — Eu sei que se ligasse pra casa, eles iam recusar. Também sei que meus investidores e agente não vão se envolver nisso por minha causa, todos os meus amigos, todos os meus colegas de ramo, de todas as pessoas… Você é a única que pode fazer algo por mim.
— Por que eu sou… mãe dos seus filhos?
— Não, não. Porque você é minha mulher e nós somos família.
E embaixadora na sede do consulado americano na França nos últimos dez anos, uma das pessoas a permanecer no cargo por mais tempo, a primeira mulher amarela fazendo isso e uma das figuras políticas mais influentes e limpas entre os dois países atualmente, se não a maior delas no quesito alianças internacionais. A menina dos olhos da ONU, ativista de causas importantes e voz pra muitos tópicos relevantes quando levantados em todas as reuniões e congressos que ela participava. A mulher que lutava pelas crianças e principalmente as que vinham de fora.
Estar associado a ela já tinha lhe trazido muitos louros no passado, e na cabeça dele, era sua tábua de salvação pra sair daquela situação e voltar a ter qualquer crédito quando saísse daquela cadeia. Era um bom negócio, pelo menos pra ele, pai dos filhos dela.
— Você não quer que as crianças tenham o pai apodrecendo na cadeia, quer? — Ele apela quando percebe que o silêncio dela é longo demais, apoiando a mão livre no plástico entre os dois. — O que vai dizer pra eles? O que os amigos vão pensar deles? Como vai explicar que não vou aparecer nos fins de semana e nem estar presente mais? Você precisa pensar neles…
— E eu penso, o tempo todo, e acho bom eles crescerem já sabendo que o pai é um perdedor. — Ela o interrompe em um tom contido, antes de continuar. — Eles vão sobreviver, tem experiências piores na vida e eles tem um time enorme de figuras paternas melhores, disposto a ajudá-los nessa parte. Não precisa ficar preocupado, estão em boas mãos.
Ela não fica chocada quando W acerta um soco contra a tela, sequer sai do lugar em meio ao seu ataque de raiva, não só porque ela sabe que ele não pode tocá-la, mas também porque ela não se importa. Não faz bem pro bebê, nem pra ela, então o melhor é se preservar e guardar as energias.
— Mas sabe, essa visita toda não foi em vão. — Somi diz no mesmo tom tranquilo e contido, chamando a atenção do homem por um segundo. — Queria que soubesse de algo por mim, só porque sei que ninguém mais sabe, porque sou melhor em esconder segredos do que você.
É a vez dela de se aproximar da tela e bater as unhas perfeitas na superfície plana, ao confessar.
— Você não foi o único quebrando a promessa que nós fizemos no altar, e pra cada vez que você pensou que eu fiquei sozinha naquela casa esperando você chegar, alguém me comeu no seu lugar. — Ela recita pausadamente, quer ter certeza que ele a entende e escuta. — E muito bem.
A primeira reação de W é rir, então debochar das palavras dela, até começar a ficar nervoso e não parar de passar as mãos no próprio cabelo quando percebe que o rosto dela continua impassível; quando percebe que ela diz a verdade.
Desacreditado. Desapontado. Enfurecido. Bravo. Traído e… Curioso. Curioso também.
— E com quem foi?
Quão perto aquela pessoa estava? Ele conhecia? Eles já tinham se falado? Eles iam aos mesmos lugares? Por quanto tempo?
Ele não precisa fazer aquelas perguntas verbalmente, ela consegue ver elas flutuando em cima de sua cabeça, quando olha sutilmente para o lado e abre um sorriso que acentua suas covinhas.
— Essa história é engraçada, porque…
Alguém conserta o microfone no decote de seu vestido e diz que vai ser fácil, como nas reuniões que ela costumava participar; é só ouvir o que estão dizendo para ela no ponto e responder as perguntas que vão ser feitas pelos jornalistas, Caterina pode continuar sentada em seu colo, mas se ficar entediada é só pedir para sair. Vai ser tudo orgânico, eles só querem saber o que ela tem a dizer.
— A filha pródiga a casa sempre retorna, e hoje é como se a filha favorita da América estivesse entre nós mais uma vez. — A apresentadora do programa matinal a introduz através da tela, abrindo um sorriso enorme para Somi através da outra, sentada confortavelmente no sofá de sua casa na Quinta Avenida. — Nos diga, como foi a decisão de voltar pra casa depois de tantos anos trabalhando brilhantemente na Europa?
— Gosto de pensar que sentia falta de casa, exclusivamente, mas a verdade é que quero que meus filhos cresçam perto da família e que aprendam desde cedo que amor e apoio nós só encontramos em um lugar, e é entre aqueles que estão do nosso lado independente de qualquer coisa. — Montgomery diz naquela entonação perfeita, de quem sempre foi boa nos debates da escola e passou anos tirando notas máximas em oratória, enquanto as pessoas do outro lado da tela ficam visivelmente tocadas com sua resposta. — Quero ter meu bebê em casa, quero que as crianças cresçam perto dos nossos entes queridos e que se sintam em casa também, como quando me senti no dia que desembarquei e fui recebida com tanto amor.
Ela não vê, mas a produção coloca fotos do aeroporto no dia em que ela oficialmente se mudou com os filhos e como a comoção foi enorme. Como se ela fosse uma pop star e não uma mera figura política declarando aposentadoria do cargo de embaixadora, porque ela não era só isso, era a mãe de família que tinha sido traída e exposta pra todos verem enquanto estava grávida e cuidando das crianças. A filha que a América viu sofrer sem poder fazer nada além de mandar mensagens positivas, confortá-la a distância e fazer dela um verdadeiro símbolo de resiliência.
E ela seria burra se não aproveitasse toda aquela atenção em cima dela.
— Você foi verdadeiramente excelente nos representando lá fora por todos esses anos e foi como ver alguém da minha própria família se sobressaindo por aí, conquistando tanto e trabalhando tão duro também. — O apresentador ao lado da mulher mais velha a enche de elogios, exibindo um sorriso que gritava orgulhoso, orgulhoso de você. — É uma pena que você tenha se aposentado tão cedo, nós estávamos esperando vê-la ainda ativa no cenário político do país.
— Ah, mas eu pretendo continuar ativa trabalhando com nossos líderes, durante a gestação e principalmente depois que tiver minha filha, eu simplesmente adoraria ser nomeada pra vaga de Secretário de Estado agora que ela está vazia. — Ela diz, apoiando a mão que não segura os ombros de Caterina no peito, piscando os olhos algumas vezes, emocionada de verdade. — Eu acredito que tenho muito a acrescentar no setor de relações internacionais do nosso país, e posso garantir que mesmo sendo muito jovem se comparada aos ocupantes antes de mim, posso fazer a diferença e ajudar nossas cadeiras mais importantes a tomar um rumo sólido e seguro em direção ao progresso. — Ela completa seu discurso, lançando um olhar doce para sua filha, então alisando a barriga de maneira quase automática. — Eu, como mãe, e agora fazendo parte das mães solo desse país, me preocupo muito com o futuro que estamos construindo para nossos remanescentes e acho que é disso que a América precisa. Alguém que se preocupa, alguém que vê através dos problemas. Alguém que quer soluções e vai trabalhar duro para consertar só o que vale a pena ser consertado.
De volta aos Estados Unidos, ela continua odiando mesmo ligações, mas não se importa de atender aquela que vem da casa branca, exigindo que ela compareça em Washington o mais breve possível porque tem um cargo para ocupar.
Na verdade, ela ama todos os chamados que recebeu.
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hashimoto3-14 · 1 year
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Maldito Deus,
Passaram alguns meses e as coisas evoluíram e retrocederam consideravelmente. Criei resistência ao álcool, fui a uma balada, beijei mais bocas do que gostaria, fui parar no pronto socorro mais vezes do que o esperado, tenho tomado mais remédios para controlar minha ansiedade do que um dia imaginei, seja comprimido ou injeção. Tenho saído muito, viajado demais, me ocupado a todo instante.
Maldito Deus, tenho comido muito bem e me alimentando muito mal. Tenho fugido de mim e agora só a escuto em minha rádio cabeça. Deus, tenho feito meu melhor para esquecer e superar alguém que escolheu não voltar e isso tem sido tortura. Tento ler, tento escrever, tento me distrair, evito cozinhar, evito ficar em casa e tenho dado o meu máximo em tudo, mas todas as noites ainda sonho com ela e cada detalhe do mundo faz o sorriso e os olhos brilhantes dela virem no meu imaginario. Deus, as vezes ainda acho que vou encontrá-la em algum lugar desse mundo.
Ontem fui parar no pronto socorro, tomei 2 soros cheios de outros remédios e uma fodida injeção para controlar ansiedade. Chorei de saudade dela e meu maior sofrimento em meio a tudo foi a pesada ausência da dona do meu coração.
As vezes queria ter amnésia, as vezes queria ter um relógio do tempo para passar por isso logo, as vezes queria ir para algum lugar tão longe quanto a nossa distância.
Deus, não sou mais capaz de suportar todos falando a todo instante que ela já tem outro. Não sou capaz de suportar que não irei vê-la ter um filho comigo ou vir de branco ao meu encontro dizendo "sim" para se casar comigo...
Eu tinha tantos planos para com ela e agora só me resta uma tristeza profunda e aguda cuja a qual não sei se ainda sou capaz de suportar.
Maldito Deus, por favor, me de sabedoria pois já não sei como prosseguir se não em um flagelo interminável de dor e culpa.
Todo riso é vazio, toda ausência é sentida, toda dor é tortura. Todo dinheiro é mal gasto, todo tempo é desperdiçado, tudo é obsoleto e inacabado. Tudo é sem sentido. Tudo é procrastinado, tudo é ilusório.
Deus, ela não vai voltar, ponha isso em minha mente e pare de me torturar.
Deus, ajuda-me com os sonhos em que ela insiste em aparecer, com os pensamentos que sempre voltam a ela e as músicas que a descrevem. Deus, ajuda-me com a ausência daquela que um dia desposei e hoje só me é lembrança de um triste passado imbecil.
Estou de luto por aqueles que ainda vivem...
Estou de luto por mim que ainda tenho viver...
-Em confusão e tormento, H
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reeholiveira15 · 1 year
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Minha menina está morrendo, e não é algo que posso controlar, apesar de todos os meus esforços (tempo e dinheiro gasto) a luta agora é dela, ela precisa lutar contra essa doença que chegou de forma silenciosa e que não quer ir embora, ela precisa lutar para permanecer nessa vida por mais um tempo.
Mas ela está cansa, dá para ver nos seus olhinhos o quanto está exausta de lutar. Então eu sei que não me resta muito tempo com ela, sei que cada segundo ao seu lado é uma dádiva é que talvez seja o último.
É isso está me destruindo.
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🐶❤”Há não muito tempo, alguém me perguntou: Você deixa de viajar por não ter com quem deixar seu animalzinho? Sorri, porque esse alguém apenas não entende o que é: – apenas um animalzinho– De vez em quando escuto alguem dizer: ” Para com isso! É apenas um animal/ bicho!” Ou então: ” Mas é muito dinheiro para se gastar com ele…é apenas um bicho!” Estas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam “apenas um bicho”. Muitos de meus melhores momentos me foram trazidos por ” apenas um bicho”. Por muitas vezes em minha vida, a minha unica companhia era “apenas um bicho”. Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por ” apenas um bicho”. E nos dias mais sombrios, o toque de “apenas um bicho”me deu forças para seguir em frente. E se voce é daqueles que pensam que ele é “apenas um bicho”, voce também deve entender as expressões ” apenas um amigo”, “apenas um sol” “apenas uma promessa” etc… “Apenas um bicho” deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança e da felicidade. “Apenas um bicho” faz aflorar compaixão e a paciência , que fazem de mim, uma pessoa melhor. Porque para mim e para pessoas como eu, não se trata de “apenas um bicho”, mas da incorporação de todos os sonhos e da esperança do futuro. Das lembranças afetuosas do passado; da pura felicidade do momento presente. “Apenas um bicho” faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia. Eu espero que algum dia , as pessoas entendam que não é “apenas um bicho” , mas aquilo que me torna mais humano e permita que eu não seja “apenas um homem”. Então, da próxima vez em que voce escutar a frase “é apenas um bicho”, apenas sorria para essas pessoas porque elas apenas não entendem.” 🖋️Autor desconhecido adaptado por Kalinca Gromboni https://www.instagram.com/p/CpInHyMulOUrDnX4PQuQeW8xOAXH40ZAqcDgks0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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aloneinstitute · 1 year
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🇮🇹 Organizando a Viagem: A descoberta das diversas Itália
Hoje acordei e me deparei com essa foto: Civita di Bagnoregio, um dos lugares mais incríveis que conheci na Itália. E há muitos, muitos outros, tão ou mais incríveis, lindos e misteriosos.
A Itália é uma país para ser desvendado com calma e paciência. Ela vai se mostrando aos poucos e a experiência de viagens anteriores faz com que possamos comprendê-la melhor, sentir as suas nuances e querer descobrir sempre mais.
Se me permitem uma sugestão, não tentem atropelar a sequência, nem sempre será prazeroso.
Tenho recebido muitas mensagens de seguidores do Instagram pedindo dicas de viagem baseados nas fotos que publico e esse é o motivo principal do texto.
Há de se começar a conhecer o país pelas cidades principais, até para entender a sua história: Roma, Florença, Veneza, Milão… e sem muita correria. Permita-se usufruir da viagem e não apenas passar pelos lugares.
Tem “pouco tempo” disponível? Adeque o roteiro à sua disponibilidade.
Esqueça os “bate volta” de mais de uma hora, é desperdício de tempo e dinheiro. Concentre-se no que está ao seu redor.
O grande segredo de uma viagem, principalmente a um país tão rico como a Itália, é o estudo e o bom planejamento.
Aí alguém diz: não gosto de sair com tudo planejado, gosto de surpresas.
Então lembre-se: você tem um tempo determinado e um orçamento determinado. As surpresas nem sempre são positivas e podem estragar o sonho. Lembre-se, também, que todo o tempo dispensado na elaboração de um roteiro lógico fará você economizar um valor que poderá ser gasto num passeio extra, num jantar ou num vinho especial, afinal não podemos brincar com um câmbio tão desfavorável como o atual.
Após conhcer os pontos principais, numa próxima viagem concentre-se em duas ou três regiões, visite as pequenas cidades, veja as estradinhas segundárias, converse com os comerciantes, com os moradores.
Pergunte, peça indicações. Prove as delícias locais. Aí, sim, haverá um mergulho no dia a dia, na Itália real, onde você encontra na rua o garçom que lhe serviu na noite anterior e ele, gentilmente, lhe cumprimenta. Claro, é só um exemplo.
O que vocês vêem nos meus posts aqui no grupo e no Instagram é uma Itália descoberta durante 30 anos, sem pressa. Abro mão da quantidade para usufruir os pequenos prazeres que as férias anuais me oferecem.
Fui descobrindo muitas Itálias diferentes no decorrer das viagens, a Itália do Sul, a Itália do Norte, o italiano gentilíssimo, o italiano objetivo, a Itália das pequenas cidades onde todos se encontram na praça…
E tudo começou com a foto, porque queria conhecer Civita di Bagnoregio e havia poucas informações. Cheguei ao hotel de Orvieto com o que sabia e a recepcionista, gentilmente, foi procurar em quais estacionamentos eu poderia parar. Nem ela, a 30 minutos de distância, tinha a informação clara. Procurou, imprimiu e explicou os detalhes.
Foi um passeio lindíssimo, de uma manhã e fiz um post logo que voltei, está na lupa. Se fosse programar hoje, almoçaria em Civita, há restaurantes muito convidativos, com aromas maravilhosos.
Quando pensamos em Itália, menos é mais! 💚🤍❤️
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Oi. Tudo bem com você? Meu bem eu te admiro muito, todos os textos que eu olho no seu blog eu falo: Uau ela é tão perfeita.
Você sabe falar super bem, descrever as coisas muito bem, eu queria ter isso. Mas infelizmente enfrento um bloqueio criativo daqueles, o meu bloqueio criativo é aquele que você tem toda a ideia formada em sua mente, mas você não consegue transportar isso para o papel.
Eu sofro com isso há dois anos, eu já li vários livros para dizimar isso por completo, sempre tô buscando ter uma imaginação fértil mas não adianta, quero postar um capítulo hoje da minha fanfic mas não estou conseguindo ( já estou com crise de ansiedade) .
Você poderia me dar umas dicas para vencer esse bloqueio?
Oi, tudo bem e você? Bem, como eu posso dizer isso sem me entregar? As coisas que eu coloco no blog raramente surgem do nada, elas sempre vem de outro lugar e às vezes da minha experiência com a escrita. Se você reparar na maioria das vezes tem as fontes que usei para aquele post. É porque elas vêm de lá, mesmo que seja levemente inspirado. Eu, perfeita? Passa muito longe disso, muito longe mesmo. Assim, eu escrevo há quase quinze anos e tento manter um blog há dez e só em 2018 consegui isso. Então, foi através de muita tentativa e erro que eu finalmente comecei a chegar perto do que eu quero fazer pelo resto da minha vida. O que eu quero dizer é: se você faz uma coisa por muito tempo, uma hora você se tornará minimamente bem naquilo, entende?
Entretanto, tudo isso não passa de uma imagem, como no instagram, sabe? Onde tudo parece fácil e bonito. Porque nada é fácil e bonito. As horas que eu gasto pesquisando e pensando em temas interessantes e projetos que talvez possam ser uteis para escritores, sem ganhar um centavo. É estranho que eu ainda continuo a fazer isso. Tem a ver com proposito e o que é importante para você. Sabe aquela coisa que você não poderia viver sem? A escrita e falar sobre ela é isso para mim. É por isso que continuo insistindo até hoje nisso. Uma hora eu consigo viver disso e ganhar dinheiro também, nem que seja a ultima coisa antes de morrer.
Você diz que tem bloqueio, certo? Não me entenda mal, mas na minha experiência ele não existe, não do jeito romantizado que todos pensam. O que falta não é criatividade, já que ela não passa de vinte por cento do que um escritor precisa. Escrita para mim é determinação, estudo e planejamento. Nada mais ou menos do que isso.
Sinceramente, a parte criativa é a mais fácil e é por isso que a maioria das pessoas começa a escrever, quando elas veem quanto trabalho dá, dizem que tem bloqueio ou criam desculpas para parar, algo que vá fazer elas se sentirem melhor com o fracasso, quando elas só queriam algo fácil e divertido. Eu não sou diferente, sei muito bem que eu já devia ter terminado a primeira versão da minha história atual, só que eu não invento mais desculpas; eu sei exatamente o que está acontecendo. É a preguiça, é o medo de ter que enfrentar certas emoções, é o pavor de ser julgada, de não agradar e ninguém me deixar um comentário. Então, no fim, criatividade não tem nada a ver com isso e sim o estado psicológico do escritor.
Deprimente, não? Que depois de 15 anos eu ainda me sinto insegura quanto a minha escrita? Que tenho que me forçar a ir em frente?Porém, no momento em que aquele friozinho na barriga não estiver mais lá quer dizer que minha aventura no mundo da escrita está acabada.
Eu sei que você não veio aqui me ouvir reclamar, então vou tentar sugerir soluções para seus questionamentos. Me deseje sorte!
Estudo: É a primeira coisa a se fazer, de verdade. Quantos livros de técnica de escrita você leu? O quanto você pratica de uma forma mais seria? Quantos livros você já leu no seu nicho de escrita? Quem não lê não será um bom escritor. Infelizmente, se você apenas sentar e escrever não será suficiente, porque você apenas reproduzirá o que você sabe e aqui o proposito é melhorar e evoluir. Até eu vivo revendo posts ou abordando o mesmo tema aqui no blog. Porque isso? Nós nos esquecemos das coisas, pelo menos eu esqueço, então ficar me relembrando e principalmente praticar o que eu estudo, faz toda a diferença.
Planejamento: Aqui é a parte onde o planejamento entra. Onde começamos a praticar, precisamos ter uma ideia mínima do que escrever. Assim, enquanto você pratica já vai construindo sua história e seus aspectos. Há vários posts sobre planejamento aqui no blog, dê uma olhada nas tags que você vai encontrar.
Determinação: Essa é a parte mais importante, eu juro. Porque fazer um planejamento não custa muito, ser criativo, menos ainda, e como estudar está no meu sangue, fica tudo bem. Mas quando você começa a escrever uma cena e depois outra... sabe, eu sou daquelas que se entedia muito rápido. Muito mesmo. Um ou dois meses e eu já quero escrever outra coisa; é o que as pessoas chamam de bloqueio, não? Eu chamo de preguiça e falta de responsabilidade. Se concentrar e ficar apenas naquilo é o verdadeiro aprendizado. Então, se você tiver isso, você tem tudo.
Calma, não precisa ficar triste. Eu não sei sua idade, mas essas coisas vem com o tempo. Você não vai conseguir aprender tudo isso de uma vez, pois a escrita é algo que se desenvolve conforme você pratica. Se você estiver emprenhado, escrever todo dia é o que te faz evoluir mais rápido. Como eu disse, você precisa mais do que isso. Se basear em algumas técnicas é essencial e mais do que isso, alguém que te guie é preciso. Ou você pode fazer como eu, que demorei mais de dez anos para chegar em um nível mínimo proficiente em escrita. Sinto muito, não quero mentir para você e ser sincera é meu proposito, então aqui estou.
A boa notícia é você tem acesso a quase tudo isso aqui no blog e de graça. A questão é colocar em prática o conteúdo disponível. Também vamos praticar e aprender e rever muita coisa no curso que começou hoje! O "Como Escrever sua História 2022".
Para te adiantar, sugiro que você reveja sua história e a análise. Você sabe quais são os pontos importantes dela? Os pontos altos dela? Os pontos de virada? Vilão ou antagonista? A premissa e tema? Os objetivos e arcos dos personagens? Você tem que olhar para sua história e saber para onde ela está indo, só assim conseguirá ir adiante. Se você ainda não tem um enredo básico, seria interessante criar as cenas base. Uma para a introdução da história, uma para o meio e clímax central e uma para o final, a resolução do enredo. Dessa forma você pode usar essas cenas para guiar o desenvolvimento do seu enredo. E claro, se você ainda não tem um enredo em mente, imagine um cena qualquer e inciei daí. Ou prompts, é claro! Reúna um grupo de temas ou faça desafios de escrita. Os desafios funcionam melhor se você escrever um por dia, eles podem ou não ser a continuação do outro. Todo ano eu participo de algum, só para me manter escrevendo, sem participar oficialmente, ou eu crio os meus próprios. Escrevo sobre temas diferentes, sendo +18 ou não, por 30 dias.
Por enquanto é o que eu posso te dizer. Não é fácil, mas não é possível, contanto que você estude, planeje e tenha determinação. A disciplina para escrever algo todo dia ou praticar/estudar é o mais importante. Espero que essas sugestões misturadas com minhas reclamações tenham sido uteis, elas podem ser agressivas, mas elas vêm do fundo do coração.
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aposta1cassino · 6 days
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Quais são as melhores estratégias para vencer no jogo de 21 e maximizar meus ganhos?
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Táticas de contagem de cartas
Claro, aqui está o artigo:
Táticas de Contagem de Cartas: Estratégias Inteligentes para Vencer no Cassino
Quando se trata de jogos de cartas como o blackjack, a contagem de cartas é uma técnica que tem intrigado jogadores e desafiado cassinos por décadas. Essa estratégia envolve acompanhar as cartas que foram jogadas em um jogo, permitindo que o jogador tenha uma ideia melhor das cartas restantes no baralho. Embora seja uma prática controversa e muitas vezes desencorajada pelos cassinos, a contagem de cartas pode oferecer uma vantagem significativa para os jogadores habilidosos.
A essência da contagem de cartas reside na atribuição de valores às cartas e na manutenção de uma contagem mental conforme elas são distribuídas. Por exemplo, cartas altas (como ases, reis, rainhas, valetes e dez) são atribuídas valores negativos, enquanto cartas baixas (como dois, três, quatro, cinco e seis) são atribuídas valores positivos. Cartas neutras (seis, sete e oito) são consideradas neutras e não afetam a contagem.
Uma vez que a contagem é mantida, o jogador pode usar essa informação para fazer apostas mais altas quando a proporção de cartas altas para baixas é favorável, aumentando assim suas chances de ganhar. No entanto, é importante notar que a contagem de cartas não é ilegal, mas os cassinos têm o direito de proibir jogadores que utilizam essa estratégia.
Para ser eficaz na contagem de cartas, os jogadores precisam de habilidades matemáticas sólidas, concentração aguçada e prática constante. Além disso, é fundamental manter a discrição e evitar chamar a atenção dos dealers e dos funcionários do cassino.
Em resumo, a contagem de cartas é uma estratégia avançada que pode oferecer uma vantagem sobre o cassino quando feita corretamente. No entanto, requer habilidade, prática e cautela para ser bem-sucedida. Ao implementar táticas inteligentes de contagem de cartas, os jogadores podem aumentar suas chances de sair vitoriosos nas mesas de blackjack.
Estratégias de gestão de bankroll
Claro, aqui está o artigo:
Estratégias de gestão de bankroll são fundamentais para qualquer jogador, seja em cassinos físicos ou online. O termo "bankroll" refere-se ao dinheiro que um jogador reserva especificamente para apostas. Gerenciar adequadamente esse bankroll é essencial para garantir que se possa desfrutar de jogos de forma responsável e prolongada, minimizando os riscos de perdas significativas.
Uma das estratégias mais básicas de gestão de bankroll é definir um limite de perda máximo. Antes de começar a jogar, estabeleça um valor que esteja confortável em perder e nunca ultrapasse esse limite. Isso ajuda a evitar que você gaste mais do que pode suportar.
Além disso, é importante estabelecer metas de lucro realistas. Defina um objetivo de quanto deseja ganhar em uma sessão de jogo e pare de jogar assim que atingir esse objetivo. Isso ajuda a evitar a tentação de continuar jogando em busca de grandes vitórias que podem nunca acontecer.
Outra estratégia eficaz é dividir o bankroll em sessões de jogo menores. Em vez de gastar todo o dinheiro de uma vez, divida-o em porções menores e jogue apenas com uma parte de cada vez. Isso ajuda a manter o controle sobre seus gastos e evita que você esgote seu bankroll muito rapidamente.
Por fim, lembre-se sempre de jogar com responsabilidade. O jogo pode ser divertido e emocionante, mas também pode ser viciante e prejudicial se não for feito com cuidado. Nunca arrisque mais do que pode perder e sempre jogue de forma consciente e informada.
Seguindo essas estratégias de gestão de bankroll, você pode desfrutar de seus jogos favoritos com tranquilidade, sabendo que está protegendo suas finanças e jogando de forma responsável.
Técnicas de divisão e dobragem
Métodos de análise de probabilidades
Claro, aqui está o artigo sobre métodos de análise de probabilidades:
A análise de probabilidades é uma ferramenta essencial em diversas áreas, desde a estatística até a economia e as ciências naturais. Ela permite aos pesquisadores e profissionais entenderem a incerteza presente em diversos fenômenos e tomar decisões fundamentadas com base nessa incerteza.
Existem vários métodos de análise de probabilidades, cada um com suas próprias técnicas e aplicações. Um dos métodos mais comuns é o cálculo de probabilidades através da teoria das probabilidades. Esta abordagem utiliza conceitos matemáticos para determinar a probabilidade de ocorrência de eventos específicos em um espaço amostral.
Outro método importante é a simulação Monte Carlo, que é frequentemente utilizada em finanças, engenharia e ciências computacionais. Neste método, são realizadas múltiplas simulações de um sistema complexo, cada uma com diferentes valores para as variáveis de entrada, a fim de estimar a distribuição de probabilidades das saídas.
Além disso, a análise bayesiana é uma abordagem poderosa que utiliza o teorema de Bayes para atualizar probabilidades com base em novas evidências. Esta técnica é especialmente útil quando se trabalha com dados incompletos ou incertos.
Por fim, a análise de séries temporais é um método comum para modelar e prever eventos futuros com base em dados históricos. Esta abordagem é amplamente utilizada em finanças, meteorologia e economia, entre outras áreas.
Em resumo, os métodos de análise de probabilidades desempenham um papel fundamental na tomada de decisões informadas em uma variedade de campos. Ao compreender e aplicar esses métodos de forma eficaz, os profissionais podem melhorar suas previsões e mitigar os riscos associados a eventos futuros.
Abordagens para lidar com diferentes situações de jogo
Abordagens para Lidar com Diferentes Situações de Jogo
Lidar com diferentes situações de jogo pode ser um desafio para jogadores de todos os níveis de habilidade. Seja você um novato aprendendo as cordas ou um jogador experiente buscando melhorar seu jogo, é essencial ter várias abordagens em seu arsenal para lidar com as várias situações que podem surgir durante uma partida.
Uma abordagem comum é a análise cuidadosa da situação. Isso envolve avaliar os diferentes elementos em jogo, como suas cartas, ações dos oponentes e o contexto geral da partida. Ao analisar esses fatores, você pode fazer escolhas mais informadas e aumentar suas chances de sucesso.
Outra abordagem importante é a adaptação. Nem sempre as estratégias pré-planejadas funcionarão em todas as situações. É crucial estar disposto a ajustar sua abordagem com base nas mudanças no jogo. Isso pode envolver mudar seu estilo de jogo, alterar sua estratégia de apostas ou até mesmo mudar o foco de sua atenção.
Além disso, a paciência é fundamental. Nem sempre você terá as cartas ou a posição ideal na mesa, e é importante não se deixar levar pela frustração. Em vez disso, mantenha a calma, espere por oportunidades melhores e aproveite ao máximo as mãos que você recebe.
Por fim, é essencial aprender com cada situação de jogo. Independentemente do resultado, sempre há algo a ser aprendido. Analise suas jogadas, identifique áreas de melhoria e use essas experiências para informar suas decisões futuras.
Em resumo, lidar com diferentes situações de jogo requer uma combinação de análise, adaptação, paciência e aprendizado contínuo. Ao dominar essas abordagens, você pode se tornar um jogador mais habilidoso e aumentar suas chances de sucesso nas mesas.
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vontade-de-viver · 2 months
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Vivendo com o copo pela metade.
Está sendo muito louco quando na fase adulta, percebi que não aprendi a me amar. Quando finalmente entendi que fui criada para servir, assim sem maiores expectativas do meu ser, um teatro envolvendo projeções, 3 gerações e papéis não descritos em roteiros. Geral tava de máscara, atuando e eu de cara, a descoberta doeu. Uma dor de rasgar a alma, com muito drama mesmo, porque tá doendo em mim, não em você, então quem sabe a proporção do que está sentindo sou eu, portanto foda-se o seu julgamento. Vá pra lá com sua régua de sofrimento, eu não tenho tempo para competir desgraças. Apenas vivê-las e senti-las, já basta. Eu quero continuar sorridente, mas preciso aprender a endurecer a coraça. Urgente! Papo 10 aqui, de uma sobrevivente, na fase de recém descoberta dos ciclos abusivos, iniciados com a mãe, dentro de casa.
É sobre estar sempre a disposição do outro e a mercê, do afeto que ele pode proporcionar. Uma sensação de viver incompleta, de esperar metades, de esperar que alguém vá me doar, aquilo que não recebi na primeira infância. De ser para os outros, o que me faltava, o que eu queria tanto ter. Como Charlie Brown dizia, real, só os loucos sabem! E eu tô começando a despirocar da mente. Louca é um apelido carinhoso, para o que tá acontecendo aqui dentro. Não sei como você me achava tão independente R.
Passo um tempo significativo do meu dia pensando sobre isto, agora. Fui muito bem educada, instruida a ser obediente sempre, buscar ser a melhor no que fazia, ser uma menina preta inteligente para se destacar das outras, a tal "preta de alma branca" como minha vó me dizia (pavor :#)... e o quanto todo esse processo de docilização do meu corpo-ser e domesticalização de pensamento, me fez chegar nesse estágio de agora: insegura.
Porque se de um lado eu tinha o incentivo da minha avó a ser cosplay de branca, do outro eu tinha minha mãe pra me lembrar o quanto eu dependo dela pra sobreviver, o quanto devo a ela pela minha existência, e a cobrança dessa dívida segue até hoje, afinal, eu ainda não consegui me desvincular da dependência financeira dela. A última garra e talvez a mais dolorosa. Nada que eu faça parece ser suficiente, nada é consistente o bastante para me sustentar, e ela está sempre lá, me esperando cair, para me apoiar e dizer "eu te sustento". Vivo dependendo do seu dinheiro tão quanto dependo de sua validação, para dizer que de fato sou alguém, e esta, nunca chega, não chegará, porque noto como te faz feliz esse domínio, me sustentar, me manter. É sinal de orgulho para você, bater no peito e dizer que é uma mãe foda, pois sustenta sua filha de 25 anos, que foi estudar na Argentina. E é doloroso pra mim, saber que me enxerga somente como um algo que te dá títulos, reconhecimentos e elogios por ser uma boa mãe, por ter sabido criar. "Criar filho sozinha, não é fácil" , elas dizem ... bom, é por isso que não terei nenhum. Nem sozinha, nem acompanhada. É desumano colocar alguém no mundo, e depositar neste ser a responsabilidade de me agradar, me servir, me suprir as expectativas e frustrações. Gerar outro ser humano, não deveria ser passe livre para controlar a existência deste. Todo ser humano devia ser livre. Queria poder dizer pra ela, mas ela não entenderia, não vale o gasto de energia. Ela dar o que ela recebeu, com uma pitada de narcisista. Entre "nosotras" há uma criação modelo, da espécie dos pássaros Assum preto, desses de canto lindo que vivem no sertão, e que os "donos" os põe em cativeiros, furam seus olhos, porque acreditam que cegos eles "cantam melhor". E eu, que nunca pensei em me identificar com bicho, hoje me leio como um pássaro Assum preto, aprisionada em minha própria mente, cega de minhas capacidades, insegura, sem conseguir voar, acuada e cantando de dor. O meu canto, vem através da escrita, eu transbordo em palavras, tudo o que não dá para dizer com a boca.
Tenho muitos sonhos, tantos planos, coisas que me prometi quando criança, outras que surgiram só agora. Não quero mudar o mundo, mas quero deixar a minha marca. Mas entre a menina que sonha e a mulher que vive o agora, ela está lá: a insegurança. Que me foi imposta desde cedo, nas minimas coisas. A sensação de nunca estar fazendo o suficiente, de sempre estar em dívida, me adoece dia após dia. Eu não sei quem sou, não sei dos meus gostos, dos meus quereres,não sei se as minhas vontades são genuínas, se são de fato minha ou fazem parte deste conjunto de manipulação, do qual fiz parte em ciclos fragmentados, por 25 anos. Mas eu tenho em mim, uma vontade de viver absurda, de ser livre, de poder experimentar a liberdade de voar e cantar letras por aí. Talvez o que eu queira, seja somente me encontrar, de fato, mas me encontrar passa por este lugar de desconstrução, que mesmo desconfortável eu quero experimentar. Quero sair das amarras, sentir o prazer de ser um copo que não espera ser completado, quero estar confortável nas minhas metades, na minha própria pele-vidro. Sou sensível, qualquer coisa eu quebro. Sinto tudo à flor da pele, mas um dia me disseram que era bom disfarçar, "isso de se mostrar de mais não é bom", há tanta gente ruim pelo mundo, gente que gosta de usar das suas fraquezas, especialistas em meter o dedo na ferida do outro ... gente que eu não só conheci , como tive o desprazer de conviver por anos, com as minhas feridas expostas e sendo alvo de cutuque, mas como sempre fingindo estar tudo bem, sem reagir, achando estar num lugar seguro.
Hoje em dia, aprendi a andar com o medo. Durmo com ele, vivo com ele de boa, faço tudo e ele participa, a gente já sabe respeitar os limites um dos outros, quiçá seja minha relação mais sólida, nos últimos 5 anos.
#u
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vpn-br · 2 months
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CARTA N° 834
As vezes eu fico me perguntando por onde vaga a pessoa que eu era. A menina que acordava todos os dias cedo pra não perder nenhum desenho que passava na tv, aquela que era muito querida na escola, a que não dava trabalho pra ninguém, sempre via o melhor em todo mundo, a que vivia sorrindo, ajudando as pessoas, a menina que todos os amigos gostava, a melhor amiga das primas, simplesmente a menina que só vivia por um sonho. Hoje em dia eu penso se ainda vou me encontrar de novo com ela, poxa já se passaram tanto tempo - os desenhos já não são mais os mesmo, só vejo o pior em todos ao meu redor, vivo chorando as escondidas, não sou capaz de ajudar mais ninguém, meu amigos apenas me suportam, meus avós já não estão mais comigo, meus tios nem conversam comigo, minhas primas nem lembram que eu existo, meu sonho hoje se tomou impossivel para mim. E quando eu penso em abrir mão de tudo, eu sinto que ela está perto, mas não.. ela não está perto, ela nem vai voltar mais e eu só consigo me enxergar no fundo do poço daqui uns anos e isso tudo é o bastante pra mim, é um fardo que eu sei que vou carregar comigo por muito tempo e é doloroso, é cansativo, é deprimente. As vezes eu penso que isso tudo não passa de um sonho onde eu vivo toda a vida de adolescente/adulto que eu pedi quando criança, e vejo que não é bem como eu achei que seria, não é só dinheiro, trabalho, faculdade, independência e sim gastos, dificuldades, ansiedade, depressão, medo, culpa, angústia.
19.12.2023
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s-tarplatinum · 6 months
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Legally Blonde e Breakfast at Tiffany's
– So you're breaking up with me because I'm TOO BLONDE?!
Esse fim de semana eu me obcequei pela ideia de que eu deveria assistir legalmente loira naquele dia em específico e sofri bastante até que consegui encontrar o filme com qualidade para assistir.
Ontem, tive muita dor e não saí de casa, então resolvi ver bonequinha de luxo. Ambos filmes me apareceram no instagram com incentivo para assistir, então dei a chance. Poderia falar sobre eles de maneira separada mas acho que uma coisa tem muito a ver com a outra.
Legalmente loira:
O puro estereótipo de patricinha tenta reconquistar um cara. Esse homem a dispensa porque vai cursar direito em Harvard e, segundo ele, não pode ter uma mulher como ela ao seu lado quando se tornar senador. Então ela decide que cursar o mesmo curso na mesma Harvard vai fazer ele a querer de novo.
Lógico que uma loira "burra" hiper feminina que tem um homem como objetivo de vida não é capaz disso, alguns pensam, mas Elle Woods foi. Elle descobriu que assim como a ignorância é uma bênção, conhecimento é poder. Desde o início ela se mostra super inteligente - na sua própria área - mas acaba se encontrando num lugar que não estava nos seus planos, a advocacia! E se encontra também, com o fato de que o cara que a dispensou, na verdade não era o homem para ela.
É um filme bom de assistir, divertido e com a duração certa. Alguns pontos poderiam melhorar, como a quebra de expectativa da jornada da heroína que aconteceu de maneira bastante ligeira (opinião do meu marido, que eu concordo).
Bonequinha de luxo:
Ah... uma mulher que toma café da manhã no seu comfort place para fugir dos problemas! Ela também vive só, com um gato sem nome... mais tarde descobrimos que ela também não tem nome. Só esse que ela inventou: "Holly". Também tinha outra vida... de certa forma, sente falta dela, mais por parte de seu irmão, mas não se encontrava mais daquela forma.
Seu sonho é se casar com um homem rico, para enfim algum dinheiro render na sua poupança, ao invés de perder todo seu "cachê" com seus gastos descontrolados. Muito requisitada, porém, não a mulher certa para o nono homem mais rico antes dos 50 anos e nem para o futuro presidente do Brasil.
Ela se encontra, no fim, retribuindo o amor pelo escritor cavalheiro que a acompanha desde seu primeiro contato - um amigo.
Um filme que me deixou um pouco confusa, mas deu para entender. Acho que na verdade o que me estressa é ela ter tantas convicções meio estúpidas mesmo. Mas dá tudo certo no fim, o Paul é um verdadeiro cavalheiro (que joga algumas verdades na cara dela) e ela encontra no orçamento de $10 dele, um lugar de segurança.
Onde uma coisa tem muito a ver com a outra:
Me encontrei pensativa no fator em comum: elas não são mulheres para os homens que elas querem. Não por não serem suficientes para os tais homens, até porque esses infelizes não tem que ter tantas exigências se não tem muito a oferecer além de dinheiro... mas talvez por não merecerem esse tipo de covardia mesmo. Ambas terminaram suas histórias com homens que são mais "dignos" delas, cavalheiros que tinham para além de dinheiro. É importante frisar que não era necessário elas ficarem com esses homens, mas é o que é. São quem elas gostaram e são o que são.
Como uma pessoa casada, a cena logo antes do fim de bonequinha de luxo me pegou um pouco: ela afirma que ninguém pertence a ninguém, coisa que concordamos. Mas não entende que esse pertencer não é denotativo.
Acredito ser justamente a segurança que uma boa pessoa ao seu lado pode trazer para o seu convívio. Alivia o peso das suas costas. Alguém que te faça sentir suficiente e mesmo sem esse dinheiro todo - que é um problema para outra hora - te mostre como é bom ser amada.
Podemos acordar para isso na metade do nosso filme, talvez mesmo perto do fim, mas acho importante viver o amor. Além disso, é um incentivo para ESTUDAR! Seja inteligente, não aceite pouco, mas saiba que sua felicidade talvez esteja num lugar mais acessível. Ao menos é a minha interpretação. Gostei muito da experiência de ter visto os dois filmes numa curta distância de um para o outro, recomendo para passar o tempo e divagar sobre o amor e os costumes.
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