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#sofística
bocadosdefilosofia · 1 year
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«¿O cómo habremos de decirlo, Teodoro? Pues si para cada uno va a ser verdad lo que opina (doxázei) a través de la sensación y una persona no distingue (diakrineî) mejor lo que otra experimenta, y si uno no puede tener más autoridad para examinar si la opinión (dóxa) de otro es correcta o falsa, sino que, como se ha dicho muchas veces, cada uno sólo podrá juzgar (doxásei) si todo Io suyo es correcto y verdadero, ¿por qué entonces, amigo, Protágoras habrá de ser tan sabio que incluso justificadamente se considere maestro de los demás a cambio de altos honorarios, y por qué nosotros seríamos más ignorantes y tendríamos que frecuentar sus lecciones si cada uno es medida de su propia sabiduría? ¿Cómo no habremos de afirmar que Protágoras dice esto para ganarse el favor popular? Guardo silencio en cuanto a mí y en cuanto al ridículo al que nos exponemos debido a mi arte de hacer parir, y creo que lo mismo sucede con la actividad dialéctica en su totalidad. Si La Verdad de Protágoras es verdadera y [él] no habló en broma desde lo más íntimo de su libro, ¿no es una enorme e inmensa tontería inspeccionar e intentar refutar las apariencias (phantasíai) y opiniones (dóxai) de unos y otros, si las de cada uno son correctas?»
Platón: Teeteto. Editorial Losada, págs. 121-122. Buenos Aires, 2006.
TGO
@bocadosdefilosofia
@dies-irae-1
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cronicasofistica · 10 months
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¡Esto no lo sabías!
5 curiosidades de la naturaleza.
Hoy y cada miércoles serán Curiosidades Sofísticas. Cortos de datos solo para entretenimiento. Todos los miércoles un vlog con increíbles datos curiosos.
Complot de Hormiguitas.
Matoneo de las Flores.
Evolución Voladora de los Pingüinos
Perros al Control… Mental.
Zanahorias Relucientes.
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fredborges98 · 2 months
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A vida não é perfeita. Nós não somos perfeitos. Mas nós temos o compromisso e a responsabilidade de nos comprometermos com um futuro melhor para gerações futuras, nossos filhos, netos, se não nossos, algo cada vez comum até a população esvanecer,desaparecer da face da terra.
Por: Fred Borges
Uma homenagem ao Salgueiro-chorão cuja árvore deriva a Aspirina.
As curas aparecem, a cura muitas vezes está nas doenças, antígenos e anticorpos são gerados por venenos, venenos que viciam podem ser venenos que curam.
O Brasil tem uma vasta diversidade de plantas, plantas que curam, a maioria das patentes de grandes laboratórios vem de nossas matas e florestas.
O Brasil pode ser a cura, mas também pode ser a doença. Doenças do primeiro e terceiro mundo convivem, assim como realidades paradoxais convivem, convivem pelo silêncio das conveniências, da ignorância, da estupidez, da corrupção endêmica e sistêmica.
Os EUA intervieram no golpe de Estado de 1964. Agora intervieram na eleições " democráticas" de 2022.
Qual a diferença entre a Ditadura Militar e a Ditadura do Lula ou do PT?
A diferença está no relativismo e no silogismo.
Relativismo: ponto de vista epistemológico (adotado pela sofística, pelo ceticismo, pragmatismo etc.) que afirma a relatividade do conhecimento humano e a incognoscibilidade do absoluto e da verdade, em razão de fatores aleatórios e/ou subjetivos (tais como interesses, contextos históricos etc.) inerentes ao processo cognitivo.
Silogismo: raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão) [p.ex.: "todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais"].
É um relativismo Lula declarar que a Venezuela goza de uma " democracia relativa"?
É um silogismo afirmar que: todos os homens são corruptos; os gregos são homens; logo, os gregos são corruptos?"].
Relativismo: ponto de vista epistemológico (adotado pela sofística, pelo ceticismo, pragmatismo etc.) que afirma a relatividade do conhecimento humano e a incognoscibilidade do absoluto e da verdade, em razão de fatores aleatórios e/ou subjetivos (tais como interesses, contextos históricos etc.) inerentes ao processo cognitivo.
Silogismo: raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão) [p.ex.: "todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais"].
É um relativismo Lula declarar que a Venezuela goza de uma " democracia relativa"?
É um silogismo afirmar que: todos os homens são corruptos; os gregos são homens; logo, os gregos são corruptos?"].
Entre a lógica indutiva e a dedutiva existe uma esperança!
A lógica abdutiva. Abdução significa determinar uma premissa. Usa-se a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Logo: " Quando há corrupção, há uma ditadura. Há uma ditadura, então há corrupção.
Há ditadura onde há vácuos de memória coletiva, falta de transparência, fragilidade da essência democrática formada por: liberdade, garantia pelo Estado Democrático de Direito de todos os ítens da Declaração dos Direitos Humanos, principalmente o Direito de se Expressar livremente e dizer por exemplo que esta última versão das eleições para presidente foi uma farsa ou a tentativa do dia 08.01.2023 foi " Golpe de Estado" e dizer que as prisões e condenações foram todas arbitrárias e que o Governo Biden, dos Democratas, cooperaram para " assegurar" um incipiente Estado Democrático Brasileiro subsidiado por um " Deep State" onde corruptos, ladrões e coniventes ao silêncio dentre eles a imprensa comprada ou vendida se cala diante de tantas violações ao real Estado de Direito Democrático.
Entre a lógica indutiva e a dedutiva existe uma esperança!
A lógica abdutiva. Abdução significa determinar uma premissa. Usa-se a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Logo: " Quando há corrupção, há uma ditadura. Há uma ditadura, então há corrupção.
Há ditadura onde há vácuos de memória coletiva, falta de transparência, fragilidade da essência democrática formada por: liberdade, garantia pelo Estado Democrático de Direito de todos os ítens da Declaração dos Direitos Humanos, principalmente o Direito de se Expressar livremente e dizer por exemplo que esta última versão das eleições para presidente foi uma farsa ou a tentativa do dia 08.01.2023 foi " Golpe de Estado" e dizer que as prisões e condenações foram todas arbitrárias e que o Governo Biden, dos Democratas, cooperaram para " assegurar" um incipiente Estado Democrático Brasileiro subsidiado por um " Deep State" onde corruptos, ladrões e coniventes ao silêncio dentre eles a imprensa comprada ou vendida se cala diante de tantas violações ao real Estado de Direito Democrático.
A vida não é perfeita. Nós não somos perfeitos. Mas estamos preparados a comprometer o futuro das próximas gerações por lógicas indutivas e dedutivas?
Estamos preparados a deixar o relativismo e o silogismo funcionar como uma fumaça negra e espessa de uma ditadura de esquerda petista ou Lulista?
Quanto vale nossas vidas ou existências enquanto cidadãos?
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galerie-catastrophe · 4 months
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Galerie_catastrophe_virtuelle_Prada_la sofística (tinta sobre cartulina y tablilla_65x50 cm)
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luara126-blog-blog · 1 year
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Previsível aos olhos
Tocar as folhas mortas tem um certo prazer.
Ouvi-las estralando por estarem secas.
As vivas são maleáveis, elas não fazem barulhos, elas são pigmentadas demais, são previsíveis demais.
Vossa felicidade é esperada.
Esperamos sorrisos, gargalhadas e milhares de coisas que nos remete aos dias de sol com a brisa gelada.
A sinopse da tristeza agrada mais, nos faz sentir mais. Pois a dor sempre será de ser mais forte, mais alastrada, mais demorada, mais centrada, mais sofística….
Filmes com emoção e intensidade.
E oque é intensidade sem lágrimas ?
Oque é o amor sem desgaste ?
Oque é a vida sem a morte ?
- Sr.moon
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myfpschool · 2 years
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Resumen filosofía Tema 2. Sócrates y los Sofistas
Resumen filosofía Tema 2. Sócrates y los Sofistas
Resumen PEVAU Historia de la filosofía. Sócrates y los Sofistas 1. LA SOFÍSTICA Movimiento cultural o intelectual que surgió en el siglo V a.c->DEMOCRACIA. Sophisteis (en griego significa sabios) enseñar: Oratoria (saber expresarse en público).Retórica (disciplina relacionada con la lógica, enseña a argumentar, uso de justificaciones, diferente del arte de hablar).Leyes (saber…
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«La palabra es un poderoso soberano que, con un cuerpo pequeñísimo y completamente invisible, lleva a cabo obras sumamente divinas. Puede, por ejemplo, acabar con el miedo, desterrar la aflicción, producir la alegría o intensificar la compasión».
Gorgias, el mago de la palabra.
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adiosalasrosas · 2 years
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No es en absoluto cierto que no se hubiesen elaborado, en China tanto como en India, sistemas discursivos de igual envergadura que los que se dieron en Europa. Lo que sí es cierto es que la filosofía que resultó cristiana difícilmente podía tolerar un pensamiento cuyos presupuestos iniciales fuesen distintos de los propios. A partir de Parménides, los griegos empezaron a pensar a partir de un concepto: el «ser» (y su negación racional: el «no-ser»), un verbo que al transformarse en substantivo convertiría el mundo en un conjunto de seres determinados, idénticos a sí mismos y, como tales, pensables. A partir de allí todo, en su universo, se detuvo. La realidad se dividió en cosas existentes definidas por sus nombres, cosas «identificables»: semejantes a sí mismas y, por tanto, verificables, la idea de verdad decantándose así, desde sus inicios, en el crisol gramatical de las lenguas indoeuropeas.
También es cierto que los griegos trataron de pensar a partir de cero y no sobre cimientos tradicionales o religiosos predispuestos. Pero, en esto, la filosofía europea no siguió precisamente a los griegos. Si por filosofía nos referimos a una investigación racional que inicie su andadura poniendo entre paréntesis las ideas heredadas de otros ámbitos, la primera en tener que excluirse habría de ser sin duda la filosofía de Occidente, que al cristianizarse cerró la puerta de la honestidad intelectual abierta por los griegos. Entre el talante inicial de griegos y la filosofía europea de hasta mediados del siglo XX se extiende un ancho abismo teológico cuyas dos vertientes, teísmo y ateísmo, no son sino dos caras de la misma moneda. ...
Suponer, por otra parte, que no existiera en otras culturas una escolástica tan valiosa o más que la europea es síntoma de un etnocentrismo tan sólo atribuible a la ignorancia que hemos acariciado durante siglos. Las discusiones filosóficas fueron una práctica común entre los siglos IV y II a.n.e. tanto en el reino de Gandhara, en el Imperio persa, en universidades como la de Nālandā, en India, y por supuesto en China, en sus múltiples centros de estudio y escuelas de traductores... Las escuelas de pensamiento se multiplicaron en China a lo largo de la historia y en ellas no faltaron los debates, ni el uso de la lógica deductiva, ni la retórica, ni el cuestionamiento del lenguaje, ni siquiera las derivas sofísticas. Los monasterios budistas se ofrecían como lugares de retiro donde también se celebraban encuentros y debates entre pensadores de las distintas tendencias.
La diferencia entre la tradición indoeuropea y la china no radica, pues, en la capacidad de sistematización teórica, sino más bien en la manera que cada una tiene de concebir el mundo. Nuestra palabra «concebir» (concipere) significa originar en el cuerpo, y resulta curioso que un pueblo tan alejado de las lenguas románicas supiese expresar, mejor que cualquier otro, la corporeidad del pensar. En el imaginario chino, no hay ningún espíritu distinto de la materia, lo que hay es soplo (qi), un soplo que en su corriente, en su trayecto, adopta formas diversas. No hay lugar, en el imaginario chino, para las dualidades a las que somos aficionados en Occidente. No hay dualidades, sino relaciones, mutaciones, transformaciones. Fuerzas opuestas –yin y yang– de un mismo soplo que, en continuo movimiento, interactúan y se transforman la una en la otra. Mutaciones. Ritmo. Relaciones.
El pensamiento chino no se sostiene sobre conceptos, sino en la observación de la naturaleza cambiante y cíclica del universo. Observación del soplo, sus trayectorias, sus evoluciones, sus modulaciones, en las formas concretas. El universo es orgánico, en él nada es inerte. El conocimiento, por tanto, no es, no puede ser intelectual en el sentido en que solemos entender esta palabra. Conocer es igualmente un proceso orgánico. La inteligencia es física, el pensamiento es cuerpo y, en tanto que cuerpo, se activa al contacto con el mundo. El conocimiento es camino, conocer es estar en camino. Este era precisamente el significado de la antigua palabra dao, previo al sentido cosmológico que le atribuyeron los taoístas. El dao era la vía: el camino, el caminar, y también el habla, de modo que el dao era, ante todo, un modo de proceder, una forma de actuar.
Al chino nunca le ha interesado edificar mundos de ideas que resultasen inútiles a efectos prácticos. El camino va haciéndose a medida que caminamos por él, dijo Zhuangzi muchos siglos antes de que lo escribiera Antonio Machado. Esta es también la razón por la que, al sinizarse, el budismo –de raíz indoeuropea– perdiese gran parte de su caudal especulativo y le otorgase, en cambio, más valor a la experiencia inmediata. Esto no hace la filosofía menos filosofía, simplemente le devuelve la conciencia de su razón primera: la concordancia de la acción con la necesidad. Práctica antes que epistémica, la filosofía en sus inicios es una ética: el intento de paliar el olvido de las leyes que intuitivamente todo animal conoce. Una ética y un saber: la recuperación de un conocimiento que antes de racionalizarse ha de intuirse: percibirse.
El legado de Confucio, de Zhuangzi, de Laozi o de Huineng es aquel del filósofo en su sentido originario: el conocimiento como un tender-hacia, nunca cerrado, nunca concluido. El filósofo como aprendiz y como caminante. Un camino que nunca se anda sin el cuerpo, siempre en un medio, por tanto, y en relación con él. En este contexto y con el convencimiento de que ni el «ser» ni los dioses eran necesarios es como quiero reivindicar aquí la palabra «sabiduría», como resultado de la actividad de una conciencia-cuerpo, una organicidad del pensar que la convierte en una forma de la sensibilidad.
Chantal Maillard
LAS VENAS DEL DRAGÓN
Confucianismo, taoísmo y budismo
Galaxia Gutenberg 2021
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big-takeshi · 3 years
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La sofística supone una ruptura con el realismo. Ésta es la verdadera razón por la que la sofística constituye un importantísimo y específico movimiento, a cuya subversión Platón y Aristóteles dedicaron gran parte de sus obras. Frente al realismo, la sofística levantó un monumento a la razón creativa. No es lo más importante la realidad extramental que la mente aprehende y organiza, sino que la realidad es lo que nuestra mente crea y construye. «El hombre es la medida de todas las cosas, de las que son en cuanto que son, de las que no son en cuanto que no son» (Protágoras). El hombre puede crear realidades, y lo hace. Es la lección de la sofística, pero que tuvo que ser preparada por los presocráticos, descifradores de la realidad. ANTONIO ALEGRE GORRI.
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boniiuris · 3 years
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A lógica e o Direito: brevíssimo exame da decisão de 16/02/2021 no Inquérito n.º 4.781/DF
A lógica convém ao indivíduo dedicado ao conhecimento da realidade, pois, enquanto arte, serve de instrumento para que o intelecto alcance a verdade com ordem, com facilidade e sem erro[1]. De modo particular, a lógica convém ao jurista e, especialmente, aos juízes, advogados e membros do Ministério Público, na medida em que lhes confere o ferramental necessário para que alcancem, pela razão, o verdadeiro e o justo e possam discerni-lo do injusto, a fim de que promovam o primeiro e evitem o último.
 Vê-se, assim, de início, que o reto emprego da lógica supõe uma postura de sujeição à realidade e de abnegação da vontade própria do jurista diante daquilo que se reconhece como verdadeiro e como justo. Pois bem.
 Enquanto ciência, a lógica tem por objeto os atos do intelecto segundo a ordem pela qual alcançam o conhecimento da realidade, que se estruturam em três operações, que têm finalidade e obra próprias:
 (i) a primeira dessas operações é a mera abstração, que tem por obra o conceito, que, por sua vez, consiste em uma expressão mental da essência, ou da quididade, de um ente conhecido. Tem por finalidade, portanto, responder à pergunta “quid sit?” (o que é isto?);
 (ii) a segunda operação é o juízo, que tem por escopo afirmar ou negar a verdade do conceito apreendido. Sua obra, por seu turno, é a proposição mental e o juízo visa a responder à pergunta “quia sit?” (isto é assim?); e
 (iii) a terceira operação do intelecto é o raciocínio, que tem por finalidade a extração, por implicação, de uma proposição verdadeira, até então não conhecida, a partir de duas proposições anteriormente conhecidas. Tem como obra a argumentação e visa a dar resposta, portanto, à pergunta “propter quid sit?” (por que é assim?), explicando uma realidade a partir de suas causas (material, formal, eficiente ou final).
 Aplicando ao Direito, pois, os conhecimentos referentes aos atos e às operações do intelecto, é possível também aferir a correção dos conceitos (expressões mentais de entes jurídicos, imateriais), das proposições (hipotético-condicionais) e das argumentações jurídicas (demonstrativas ou dialéticas, separando-as das sofísticas), bem como das respectivas operações que lhes deram origem. A partir da aferição da correção de cada uma das operações do intelecto, é possível avaliar, também, a verdade ou a falsidade de cada uma dessas operações intelectuais, assim como a justiça ou a injustiça de uma proposição que repercuta na esfera jurídica de uma ou mais pessoas.
 Nesse sentido, interessa tomar por objeto de análise a recente decisão monocrática proferida aos 16/02/2021 no âmbito do Inquérito n.º 4.781/DF, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal – STF --- a decisão ficou mais conhecida por ter determinado a prisão em flagrante do Deputado Federal Daniel Silveira.
 Essa decisão teve por fundamento a prática de suposto crime inafiançável cometido pelo aludido Parlamentar ao disponibilizar vídeo em plataforma de streaming no qual teria tecido comentários injuriosos à honra de Ministros do STF e que, segundo a própria decisão, visam “a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito”[2].
 A partir de juízo feito pelo Constituinte Originário, ficou consignada no art. 53, § 2º, da Constituição da República, a seguinte proposição hipotético-condicional: “[d]esde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável”.
 Essa primeira proposição é, necessariamente, a premissa maior de um raciocínio que conclua pela justiça da determinação da prisão de um membro do Congresso Nacional. Assim, a conclusão alcançada pela decisão monocrática em comento (“o Deputado Federal Daniel Silveira deve ser preso”), somente poderia decorrer de uma relação de implicação entre essa primeira proposição (premissa maior), e uma segunda proposição (premissa menor), que afirmasse que “o Deputado Federal Daniel Silveira incorreu em flagrante de crime inafiançável”.
 A decisão define nominalmente crime inafiançável, com esteio no art. 324, IV, do Código de Processo Penal, como aquele em que se fazem “presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312)”.
 Examinando, assim, os termos do art. 312 do CPP[3], verifica-se --- sem que se faça qualquer juízo acerca da referida definição de “crime inafiançável”, apreendido a partir de um acidente (“presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva”) ---, que, segundo a definição oferecida pela decisão em exame, a premissa menor que implicaria a conclusão alcançada pelo mesmo provimento seria a seguinte: “o Deputado Federal Daniel Silveira incorreu na prática de crime cuja existência e cujo indício suficiente de autoria e de perigo pelo seu estado de liberdade, inclusive em relação à ordem pública, à ordem econômica, à conveniência da instrução criminal ou à garantia da aplicação da lei penal, estão provados”.
 A análise da argumentação resultante do raciocínio desenvolvido pela decisão revela, porém, que a conclusão não foi alcançada a partir de proposições que revelam a pertinência da causa apontada ao ente [crime inafiançável: “quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312)”].
 Embora a argumentação expressa na decisão apresente proposições que apontam no sentido da ocorrência de crime e da configuração de flagrante delito, não apresenta qualquer proposição que afirme a ocorrência de qualquer dos motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva --- não se afirmou, e. g., que: (i) a prisão do Deputado Federal serve à garantia da ordem pública; ou (ii) há indício suficiente de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
 Assim, constata-se que o raciocínio desenvolvido pela decisão é um paralogismo, ou um sofisma, “raciocínio errado, com aparência de verdade”, cujos elementos básicos são “uma verdade aparente – certa capacidade de convencimento” e “um erro oculto – conclusão falsa”[4]. Nesse caso, o erro oculto decorre de se ter partido de premissas que se deveriam provar (configuração de algum dos motivos previstos no art. 312 do CPP) como verdades já provadas (o Deputado Federal cometeu crime inafiançável).
 As circunstâncias do caso e, em particular, da instauração do Inquérito n.º 4.781/DF – notoriamente conhecidas – levam a crer que a Corte não orientou seu juízo, no caso, por aquela postura de sujeição à realidade e de abnegação da vontade própria diante daquilo que se reconhece como verdadeiro e como justo, que o reto emprego da lógica supõe para que a lógica alcance seus fins próprios.
 Vê-se, então, o quanto custa – não apenas ao Investigado, mas também ao Direito – a renúncia dos tribunais a uma postura humilde diante da realidade e do justo, considerado objetivamente. Alfredo Augusto Becker, com palavras duras, aponta que a terapêutica da “demência jurídica” pressupõe uma “atitude mental jurídica”, em as partes “se sujeitarem aos efeitos jurídicos resultantes da incidência daquela regra jurídica sôbre [sic] sua hipótese de incidência (“fato gerador”)”[5].
  Assim, uma vez que se decida buscar e se sujeitar à verdade e à justiça, a arte da lógica servirá de importante ferramenta ao jurista. Valendo-se dos seus postulados, os juristas podem ordenar sua razão para que essa faculdade do intelecto humano possa alcançar seus fins próprios e, então, guie sua vontade e sua ação no exercício da arte de buscar e promover o justo, sem a esses valores sobrepor quaisquer outros fins.
[1] MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual esquemático de filosofia. 4ª ed. São Paulo: LTr, 2010, p. 161.
[2] BRASIL, República Federativa do. Supremo Tribunal Federal. Inquérito n.º 4.781/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, decisão monocrática proferida aos 16 de fevereiro de 2021.
[3] “Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”.
[4] MARTINS FILHO, op. cit., p. 180.
[5] BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do direito tributário. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1972, p. 39.
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SAVATER, CIORAN Y YO
A los veinte años me dio fuerte con Cioran y así me tiré largo tiempo. Sus primeras traducciones al castellano resultaron ser de Savater, que décadas atrás había sido un joven mordaz y neo-nicheano, agitador cultural prometedor e incendiario, pero que entonces —mis tiempos universitarios— empezaba a abusar de la nostalgia de sí mismo. Hoy —2020, a tiro del medio siglo de mi nacimiento— confieso que asistí al curso de Fernado Savater —titulado creo Filosofía y Literatura— más que nada, aunque no sólo, por Cioran. Eran amigos y yo tendría buena excusa para hablar con uno de ellos y pedirle, como le pedí, a bocajarro, que me hablara del maestro. También es cierto que las clases de Savater a las que asistí de oyente eran una delicia para los jóvenes que abarrotábamos el aula. Recuerdo, entre otras, las dedicadas a Unamuno y Ortega. Había leído lo suyo, el gran intelectual de prensa, y era más que capaz de transmitirnos su pasión intelectual, su iconoclastia integrada, su volteriana sofística. Savater era ya todo un maestro por cuenta propia, escritor de libros de texto de ética y política, el mejor pensador del establishment. Aunque aturullada la articulación y de oratoria entrecortada y monótona (su lenguaje corporal, sus gestos y aspavientos impacientes y espasmódicos, por no hablar de su voz carrasposa y aflautada, engolada y donostiarra, locuaz y somera, etc.), allí estaba Savater dándonos clase a los hijos de la democracia. Cuando por fin me atreví a abordarle tras una clase, en pleno pasillo, abrupto y joven yo, el por entonces encumbrado Savater me miró algo sorprendido de mi entusiasmo desmedido por Cioran, como él de mozo pero sin su talento, y me invitó a pasar al día siguiente por su oficina. Me ofreció charlar sentados un rato, su atención, información y contacto humano, dedicación a mí en exclusiva, mucho más de lo que yo me habría imaginado. Recuerdo bien su cabeceo pausado y ostensible cuando entré, tímido y soberbio, le solté a borbotones mi pasión por el apátrida y me quedé mirándole un tanto intimidado. El buen hombre abrió de par en par un ojo y entendió la situación ipso facto: me contó un par de anécdotas, me preguntó qué obras del egregio apátrida había leído. En fin, me escuchó un rato, generoso y comprensivo. Recuerdo que dijo —sin duda para calmar mi idolatría— de su amigo Cioran: «¡Bueno, lo cierto es que, con todo, era tan vanidoso que se cuidaba con esmero el pelo! Pero un gran tipo, eso sí, obstinado y de excelente humor, conversador y afable, entrañable incluso.» Siempre me he preguntado qué les diría Cioran a los admiradores de su díscolo discípulo.
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bocadosdefilosofia · 1 year
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«El litigio y controversia existentes entre ellos a propósito de un salario convenido fue así. Evatlo, un joven rico, estaba muy deseoso de aprender elocuencia y de defender pleitos. Se confió a las enseñanzas de un maestro como Protágoras y prometió darle como pago una crecida suma de dinero, conviniendo en todas las condiciones establecidas por Protágoras: le entregó la mitad al comienzo del mismo, antes de empezar las enseñanzas, comprometiéndose a pagar la otra mitad el primer día que defendiera una causa antes los jueces y la ganara. Luego fue discípulo y seguidor de Protágoras durante mucho tiempo e hizo grandes progreso en el estudio de la elocuencia; pero, como no recibía encargo alguno de causas judiciales y el tiempo transcurrido era ya mucho, dando la impresión de que obraba así para no pagar el resto del salario convenido. Protágoras tomó una decisión que en aquel momento le pareció astuta: entabló un pleito contra Evatlo.
Habiéndose presentado los dos ante los jueces para, respectivamente, defenderse de la acusación y probar la misma, Protágoras comenzó a hablar así: “Aprende, tontísimo muchacho, que en cualquiera de los casos me has de pagar lo que pido, tanto si la sentencia te es favorable como si no. Porque, si el pleito te es adverso, el salario deberá serme pagado por sentencia del juez, por haber ganado yo; en cambio, si la sentencia te es favorable, el salario deberá serme pagado por haber ganado tú”.
A esto respondió Evatlo: “Pude haber salido al paso de esta artimaña tuya tan capciosa, no habiendo asumido yo el papel de defensor, sino habiéndome puesto en manos de otro abogado. Pero mi placer en esta victoria es mucho mayor al ganarte, no sólo en el pleito mismo, sino también en este tipo de argumentación. Aprende también tú, sapientísimo maestro, que en cualquiera de los dos casos no te abonaré el dinero que reclamas, tanto si la sentencia te es favorable como si no. Porque, si los jueces resultaran favorables a mi causa, en virtud de su sentencia no se te deberá nada, por haber ganado yo; en cambio, si se pronunciaran contra mí, no te deberé nada, de acuerdo con nuestro convenio, porque no habré ganado».
Aulo Gelio: Noches áticas, I, Libro V. Universidad de León, págs. 241-242.  León, 2006
TGO
@bocadosdefilosofia
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cronicasofistica · 10 months
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Datos arbitrarios cortos e interesantes.
Hoy señalaremos a esa persona que no tiene la mejor suerte en sus relaciones amorosas ¿Conoces a alguna? ¡Etiquétala!
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mycoexistence · 4 years
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✿°•.. φ ♡ ⚖ ..•°✿ . . ❀ "Nós nos orgulhamos de sermos racionais, e agráda-nos a convicção de que nossos pensamentos são livres, mas a verdade é que a maior parte deles é rigidamente condicionada pelo murmúrio que nos cerca desde o nascimento. . . Sujeito às mais diversas formas de influência, o arbítrio humano é facilmente manipulável pelos que têm o dom da persuasão: da sofística na Grécia antiga ao marketing de hoje, a situação mantém-se a mesma em essência." . . . ☆ Henry Mencken ♡ . . . #coffeelover #coffee #goodmorning #feriado #chuva #sextou #bora #estudar 😏 #FimDeSemestre #provas #trabalhis #NadaDeNovoPorAqui 😊 #filosofia #philosophy #direitopublico #publiclaw #highscool #posgraduate 🖤 (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/B44WE8UJ04ZUFTHwHLgYcLLoP5DC4X4gC1Y1kY0/?igshid=1b66hc2z4l6e4
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olhosdegatoblog · 5 years
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Amores, de volta/
O desejo situa-se em relação a um sujeito definido por sua articulação pelo significante.
Algo, da ordem de um mais além pulsional cruza com algo como um olhar, como uma resposta, como uma demanda à castração (A)... e mais adiante... além... ao reconhecer o poder desse cruzamento inexorável, não mais cessa de não se escrever (voz), inaugura o respeito a um dito, primeiro, que legiferá, que será oráculo, que conferirá ao outro real sua obscura autoridade S(A).
Nesse instante do reconhecimento, toma-se um significante como insígnia dessa onipotência e inaugura-se o traço unário.
O traço unário, por preencher a marca invisível que o sujeito recebe do significante, aliena esse sujeito na identificação primeira que forma o ideal do eu (I(A).
É o ponto de basta S(A) que detém o deslizamento da significação.
Presume-se que a cadeia significante é sustentada pelo vetor S—>S’.
A direção retrógrada, no ponto do cruzamento redobrado, ponto de basta, indica menos o que esse furta no instante de sua capacitação do que a intenção que se esforça em recalcá-lo no fluxo do pré-texto.
S—>S’ contém a função diacrônica da frase... ela só fecha sua significação com seu último termo, sendo cada termo antecipado na construção dos outros e, inversamente, selando-lhes o sentido por seu efeito retroativo.
Porém é a estrutura sincrônica, a mais oculta, que nos leva à origem, é por via metafórica que se constitui a atribuição primária onde e quando de um só golpe o sujeito desvincula a coisa do grito, eleva o signo à função do significante, eleva a realidade à sofística da significação e descortina a diversidade das objetivações a serem verificadas de uma mesma coisa.
Hummmm... começando a entender.
Vamos em frente.
Qual a função de A e, consequentemente, s(A)?
A “é o lugar do tesouro do significante, o que não quer dizer do código, pois não é que se conserve nele a correspondência unívoca entre um signo e alguma coisa, mas sim que o significante só se constitui por uma reunião sincrônica e enumerável, na qual qualquer um só se sustenta pelo princípio de sua oposição a cada um dos demais. O outro, conotado por s(A), é o que se pode chamar a pontuação, onde a significação se constitui como produto acabado.”
Então... pensem comigo.
“A” conota os quatro lugares do discurso... concordam?
Estão, lá, a espera da inscrição do sujeito e de sua consequente e simultânea divisão subjetiva.
A verdade do sujeito está barrada diante do tesouro do significante no qual ele crê e de cuja crença dependem suas enunciações.
Em outras palavras, a sua existência, negada, sempre negada, depende dessa impossibilidade.
O sujeito só o é quando em oposição a aquilo que acredita e, por isso, deixa-se, por um outro, supor.
Quando a verdade está com o sujeito, o saber está no Outro... quando o saber está sustentando a verdade, o sujeito está, por um outro, representado... é isso.
O real é intransponível e envolve o saber e a verdade... somente o instante do ato pode pontuar, significar a relação entre um e outro, constituir-se como um produto acabado.
Há uma dissimetria entre “A”, que é um local (mais lugar do que espaço), e o outro, s(A), que é um momento (mais escansão do que duração).
“Ambos participam da oferta ao significante que o furo no real constitui, um como um oco de receptação, outro como brocagem para a saída.”
O agente como um oco de receptação e o campo do Outro como brocagem para a saída.
Hummmmm, acho que sim.
Aiiii gente, muito legal.
A submissão do sujeito ao significante... no qual crê... asserção que o instaura como significante no campo do Outro... mas, que apenas se sustenta por não fechar-se em nada senão em sua própria escansão (decomposição metonímica)?
Sim, sim, é por aí.
Para fechar?
A falta de um ato, que encontre sua certeza, leva o sujeito a remeter-se, apenas, a sua própria antecipação (por deslizamento significante) à metáfora (insignificante) que o constitui.
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istmos · 6 years
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“Aos argumentos de Zenão de Eléa os seus contraditores opuseram só três ordens de razões, todas elas falsas:
1) Os que, como o solvitur ambulando atribuído a Diógenes o Cínico, respondem afirmando o facto aparente, o que Zenão não negou como aparente, senão como real; o que é como se eu, afirmando que «vi» o objecto de uma alucinação minha — o que é indubitável, visto que é uma alucinação minha — julgam provar com isso a sua realidade.
2) Os que explicam a sofística de Zenão como inevitável dado que se toma o espaço, ou o movimento, ou ambos, por «realidades». Tal argumento não o é; é concordar com Zenão. Ele mais não afirma que, se forem tidos o espaço e o movimento como reais, se mostrarão, como tais, absurdos, isto é, se mostrarão irreais.
3) Os que, considerando o movimento nem como coisa nem como simples conceito, o consideram todavia como relativamente coisa, como função de um corpo, por assim dizer... Nada importa esta hipótese ao argumento de Zenão. Negado o movimento como função do ser, queda pensada [?], por exclusão da única hipótese contra, a «imobilidade» como função dele. E é isso que constitui um dos pontos essenciais da metafísica dos Eleates.
O essencial, na ideia de movimento, é o conceito de posição. Se consideramos a posição de um corpo como um facto estranho a ele, não poderemos responder a nenhum dos argumentos dos Eleates. Desta forma, porém, considerando a posição de um corpo, isto é, o lugar, a porção de espaço, que ocupa (relativamente a outros corpos) como um atributo do próprio corpo, como um elemento diferente da sua própria essência, teremos, ao mesmo tempo, respondido aos argumentos de Zenão e aberto uma porta nova ao problema. Porque assim o corpo que se move vai deixando de ser, por mover‑se, o mesmo corpo, visto que vai mudando de posição, e a posição é, por hipótese, um atributo, ou generalidade definidora ou delimitadora do próprio corpo. Nada se «move»: tudo muda.
Chegamos, assim, ao conceito da posição como quarta dimensão.
(A posição é o estado temporal de um corpo?)
Durar é deslocar‑se. Nada pode durar ficando no mesmo sítio. Assim o tempo é, não uma quarta dimensão do espaço, senão a condição dessa quarta dimensão. Dizendo de outro modo: a posição, sendo a quarta dimensão de um corpo no espaço é a sua segunda dimensão no tempo. (?)
O tempo não é uma condição do espaço, senão uma condição do conhecimento — e por isso do conhecimento do espaço.
O que espacialmente é mudança de posição é temporalmente mudança de ser. (?)
O movimento é o nome que damos ao facto de um corpo deixar de ser o que é essa coisa das duas dimensões, que é a posição. — Mas nas outras, permanece o mesmo?
Há corpos simultâneos? Se os há, como o são? O tempo é dimensão de cada corpo? Que quantidade de tempo?
O tempo é sinónimo, ou não, de simples existência?
Se o tempo fosse uma dimensão não haveria corpos simultâneos.
É só «instantaneamente», ou, antes extra‑temporalmente que qualquer corpo existe. O tempo faz» com que seja outro corpo. O tempo é uma antidimensão. Toda a linha recta é portanto recta logo que não «dure».
Tudo quanto é expresso em termos de tempo, é expresso em termos de aquilo, em termos do que nada pode ser expresso.
Serão o tempo e o espaço coordenadas? (O destino de cada ser determinável por elas). (A astrologia explicável como esta coordenação?) A metafísica é uma geometria, ou supergeometria, a três coordenadas — tempo, espaço e ser (consciência)?
(«Zenão de Eleia, e o Problema do movimento»).
A esfera como infinita, ou centros como infinitos. Mas o raio da esfera?”
s.d. Fernando Pessoa, Textos Filosóficos, Vol. I. (estabelecidos e prefaciados por António de Pina Coelho), Lisboa: Ática, 1968 (imp. 1993), p. 80
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