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#irmão lázaro
cirlenesposts · 7 months
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Uma das coisas mais complicadas de se compreender na caminhada cristã é o silêncio de Deus, sempre que apresentamos uma causa diante Dele, e as coisas não acontecem como gostaríamos, pensamos que não recebemos a atenção esperada. Por mais que clamemos, o tempo passa e não vemos resposta. O silêncio de Deus é a Sua aparente indiferença para com nossa necessidade. Marta, Maria e Lázaro eram três irmãos presentes na vida de Jesus, Jesus costumava visitar sua casa e os ensinava intimamente sobre as coisas espirituais. A Bíblia diz que Ele os amava (Jo 11.5). Veio então uma enfermidade sobre Lázaro e suas irmãs mandaram chamar Jesus, mas Ele não os atendeu de imediato, pelo contrário, ainda ficou dois dias onde estava. Precisamos aprender que o silêncio de Deus tem um propósito, João 11.4 diz: “E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Se o Senhor fosse ao encontro daquela família no exato momento em que clamaram, o fato ocorrido não seria tão impactante, nem da pra comparar uma cura a uma ressurreição. Se o Senhor ainda não respondeu a tua oração, creia que há uma razão que você desconhece e que explica tudo.  Ao menos você pode ter a certeza que Ele já ouviu. Foi assim com Daniel (10.12), ele orou 21 dias sem resposta. Quando a resposta veio, ele soube que foi ouvido desde o primeiro dia e que uma batalha se travava no mundo espiritual em seu favor. Assim é conosco. Há propósitos poderosos, porém escondidos no silêncio de Deus em nossas vidas. O diabo sempre faz uso da nossa necessidade para afrontar a nossa fé e levar-nos para fora do plano de Deus. Quando ele lhe disser “Se Deus te amasse, você não estaria sofrendo”, responda-lhe que a sua confiança no amor de Deus não está presa no choro da noite e sim na luz que vai raiar ao amanhecer trazendo a alegria, Salmo 30:5.
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cherrywritter · 1 month
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Primeiro Teste - Background
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1ª semana de junho
Nosso pai disse que essa era uma missão para e unicamente do Batman.
Após o breve sumiço do filho, ele finalmente encontrou pistas. Meu irmão seria usado pela Liga das Sombras para objetivos maiores, isso incluía remover ele da existência. Seria um sacrifício. Batman havia seguido os rastros até o Poço de Lázaro. Obviamente, nem mesmo ele esperava por essa atitude de sua família materna.
A ressureição de Damian ou a ressurreição de Ra’s, não foi concluída. Ele seria um invólucro para Ra’s. Seu clone, ao menos, estava morto, mas nosso pai ainda estava lá.
Damian chegou à mansão gemendo de dores. Eu havia acabado de chegar da Caverna. Ele estava sozinho, o que me causou grande estranhamento e preocupação. Não deveria passar das duas da manhã.
Quando o alcancei, o vi extremamente ferido. Cortes profundos, ossos quebrados. Sua mente estava devastada.
Ele estava morrendo nos meus braços. Não conseguia sequer imaginar como ele havia chegado em casa naquelas condições.
- Victoria. – Era nosso pai pelo comunicador de Damian. – Faça o que for preciso.
- O senhor me fez prometer. – Damian desmaia. O coloco sobre a minha cama e respiro fundo. Me controlo e me acalmo.
- Salve o seu irmão, filha. Por favor, salve-o. – Sua voz estava estremecida e chorosa.
Bruce Wayne sabia sobre as minhas pesquisas e sobre meus testes no laboratório. Após minha recuperação da batalha contra o Coringa em dezembro de 2020, realizei pesquisas sobre a Hera e suas toxinas para encontrar antídotos ou reagentes que trouxesse a imunidade a quem os consumisse e imunidade para outros tipos de doenças e situações.
Aprimorei meus estudos de anticorpos e de regeneração com os meus soros/suplementos. O resultado foi de uma dose concentrada de algo muito semelhante as células tronco, porém imensuravelmente eficazes, concentradas e rápidas. Outro experimento era dedicado especialmente a mim. Doses potentes, concentradas e regenerativas que me mantinham por dois ou três dias dependendo do quanto eu usasse os poderes. Me mantinha muito bem alimentada e estável.
Os batimentos de Damian se tornavam cada vez mais fracos e não poderia hesitar em medicá-lo. Seria meu primeiro teste em humanos.
O primeiro teste no meu próprio irmão.
Pressão? Jamais. Só teria mais uma morte na minha lista e talvez o ódio, desgosto e remorso do meu pai pelo resto da vida dele.
Peguei bolsas de sangue na geladeira, separei o que precisaria e o levei para o meu centro cirúrgico. Coloquei todos os aparelhos que tinha disponível para monitorar seus batimentos, pressão, oxigenação e temperatura.
Estava muito fraco, temperatura muito baixa junto aos seus batimentos. logo entraria em choque.
Separei duas bolsas de soro de quinhentos mililitros, as agulhas, seringas, o kit de cirurgia, as luvas, sutura, e tudo mais que fosse necessário para o estabilizar e o manter vivo. Abri meu compartimento secreto que mantinha meus tubos de medicamentos refrigerados, peguei um tubo de cada e deixei tudo ao meu alcance. Um décimo da seringa do meu medicamento com nove décimos do outro.
Fiz o torniquete no braço direito do meu irmão, busquei sua veia e fiz o acesso. Retirei um tubo do seu sangue, depois coloquei o medicamento e, por fim, o soro para ajudar a hidrata-lo. Seria apenas a primeira bolsa. Em seguida, em outro ponto do acesso, coloquei uma bolsa de sangue para repor o que ele perdeu e o que ainda perderia.
Era momento de o abrir, mas antes deveria ver quantos ossos estariam fraturados de maneira extremamente comprometedora. A energia vital poderia ser usada de uma maneira bem medicinal nesse ponto. Aprendi a ter uma espécie de raio-x junto a uma tomografia e ressonância a usando como um 3D interno do paciente que eu tratava.
Clavícula, costelas, braço esquerdo, tornozelo e fêmur. Seja lá o que fosse seu clone, era terrivelmente mais forte do que ele para causar tal estrago. Precisaria de mais sangue e mais acessos. Teria muito trabalho a fazer com ele.
Com sua oxigenação despencando, fui forçada a entubar. Com os bisturis e os afastadores posicionados, comecei a realizar a remoção dos pequenos estilhaços de ossos espalhados pela carne e a colocar o restante no lugar. Controlei as hemorragias, o fechei e rezei aos deuses para que tudo desaparecesse.
Seu pós-operatório estava sendo uma tortura. Não passava de vinte minutos da cirurgia, mas estava me enlouquecendo já que os fluídos estavam correndo por suas veias.
Ansiosa, liguei meu computador já com dúvidas sobre a quantidade de medicação que havia o dado. Abri meus programas e refiz o cálculo. Tudo estava de acordo com o que meu instinto e segurança, porém o tempo de reação continuava incerto.
- Bruce falou sobre o ocorrido. – Era Dick correndo pelo corredor até meu centro cirúrgico. – Como ele está?
- Ainda não acordou. Não consigo ver os ferimentos dele sumindo. Apenas estabilizou.
- Estabilizar é um bom sinal, não é?
- Não nas condições em que ele está. Muitas fraturas e lacerações. Eu praticamente o abri por inteiro. Metade do fígado não tinha o que fazer. O baço estourou, pulmão perfurado pelas costelas quebradas, coração enfraquecido. – Suspiro. – Se ele não acordar em uma hora, talvez não acorde mais.
- Calma, você disse que os ferimentos não sumiram. Você fez de novo?
- Não exatamente.
- Victoria, fizemos um acordo com todos!
- Meu pai me ordenou. – Dick joga os braços para os céus e bufa. – O que você faria no lugar dele?
- Não me coloque nessa posição. Daqui a pouco ele vai deixar que nós usemos armas letais e matemos criminosos.
- Dick, por favor.
- Onde ele está?
- Poço de Lázaro. Ainda não voltou.
- Vou chamar o Tim. Cassie está na cidade, melhor que ela fique aqui com você.
- Não é necessário.
- Já se olhou? Está cheia de sangue. Seu rosto tem respingos, seu pescoço. Sequer tirou a roupa. Está em choque.
Cassie não demorou muito para chegar e me obrigar a tirar a roupa da cirurgia, já que eu não iria tomar um banho nem se ela me arrastasse até o chuveiro. Meu irmão ainda não apresentava melhora e o prazo de uma hora estava acabando. O medo de não ver seus olhos abertos novamente e sua cara emburrada me paralisava e causava ainda mais ansiedade.
- Vai enlouquecer desse jeito, amiga.
- Já estou. O prazo acabou e ele não me deu sinais de melhora. Talvez eu precise dar mais uma dose.
Não conseguia largar a mão do meu irmão. Estava sentada ao lado da cama aguardando esperançosamente que ele voltasse. Não estava em coma, mas não estava consciente.
- Vic, não se precipite.
- Tem noção que o primeiro teste do meu medicamento eu fiz no meu irmão? Sabe como é isso? É sentir uma falha dupla, Cassie. Falha com o meu irmão e com a minha pesquisa.
- Quanto tempo um corpo demora para reproduzir sangue novo?
- O plasma é reposto em vinte e quatro horas. Mas isso é para uma doação simples de sangue.
- Quantos litros de sangue você deu a ele?
- Um e meio. Foram três bolsas de quinhentos mililitros.
- O quanto seu medicamento reduz esse tempo de reposição para produção de novas células em perfeitas condições e capazes de regenerar por completo um organismo ferido como o dele?
- Era para ocorrer em uma hora, mas os resultados ainda não têm um padrão de tempo.
Senti minha mão ser apertada. Era fraco, mas era um aperto. Levantei rapidamente para olhá-lo. Peguei uma lanterna e chequei suas pupilas. Estavam reagindo.
- Oi, pirralho. Você quase morreu. Se lembra do que aconteceu? – Ele assentiu. – Não tente falar, está bem? Tive que entubar você. Chegou em um estado deplorável. Realizei uma cirurgia grande em você. – Vejo as manchas negras em volta do pescoço desaparecerem. – Sente dor?
- Não. Onde está o pai? Ele está bem?
- Dick foi buscá-lo. Ainda não chegaram. Como está o pulmão? Dói para respirar?
- Não. Só tira logo esse troço da minha garganta! – Sorri. Até mesmo em pensamento ele continuava a ser rabugento.
- Tá. Tá. Isso vai ser desconfortável. Também te amo.
- Não enche, Victoria.
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ministeriofaladeus · 1 year
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Uma das coisas mais complicadas de se compreender na caminhada cristã é o silêncio de Deus, sempre que apresentamos uma causa diante Dele, e as coisas não acontecem como gostaríamos, pensamos que não recebemos a atenção esperada. Por mais que clamemos, o tempo passa e não vemos resposta. O silêncio de Deus é a Sua aparente indiferença para com nossa necessidade. Marta, Maria e Lázaro eram três irmãos presentes na vida de Jesus, Jesus costumava visitar sua casa e os ensinava intimamente sobre as coisas espirituais. A Bíblia diz que Ele os amava (Jo 11.5). Veio então uma enfermidade sobre Lázaro e suas irmãs mandaram chamar Jesus, mas Ele não os atendeu de imediato, pelo contrário, ainda ficou dois dias onde estava. Precisamos aprender que o silêncio de Deus tem um propósito, João 11.4 diz: “E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Se o Senhor fosse ao encontro daquela família no exato momento em que clamaram, o fato ocorrido não seria tão impactante, nem da pra comparar uma cura a uma ressurreição. Se o Senhor ainda não respondeu a tua oração, creia que há uma razão que você desconhece e que explica tudo.  Ao menos você pode ter a certeza que Ele já ouviu. Foi assim com Daniel (10.12), ele orou 21 dias sem resposta. Quando a resposta veio, ele soube que foi ouvido desde o primeiro dia e que uma batalha se travava no mundo espiritual em seu favor. Assim é conosco. Há propósitos poderosos, porém escondidos no silêncio de Deus em nossas vidas. O diabo sempre faz uso da nossa necessidade para afrontar a nossa fé e levar-nos para fora do plano de Deus. Quando ele lhe disser “Se Deus te amasse, você não estaria sofrendo”, responda-lhe que a sua confiança no amor de Deus não está presa no choro da noite e sim na luz que vai raiar ao amanhecer trazendo a alegria, Salmo 30:5. Continua em comentários.👇🏻👇🏻 - - #boanoite #palavradedeus #bibliadiaria #deusébom #jesus #maravilhosagraca #salvacao #sabedoria #espiritosanto #jovemsabia #devocional #milagre #jesusteama #versiculo #reinodedeus #pensenisso #ministeriofaladeus https://www.instagram.com/p/CqEGf4eP6bD/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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joseane-assis · 4 months
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💡Cristo, amigo das famílias
📖 Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro. [João 11:5]
Jesus ama as famílias! Ele se importa com cada um dos seus familiares e deseja que a sua casa tenha as portas sempre abertas para O receber com amor! O Senhor deseja fazer parte dos nossos lares, ser acolhido com amor, louvor e adoração.
O versículo de hoje nos afirma que Jesus amava uma pequena família de Betânia composta por 3 irmãos: Marta Maria e Lázaro. Esses irmãos serviam com afeto e hospitalidade a Jesus e aos seus discípulos, sempre que passavam por aquela região, os recebendo em sua casa com carinho. Marta era excelente em servir, Maria, fervorosa adoradora, e Lázaro, acolhia com prontidão.
Quando essa família enfrentou um terrível momento com a doença e morte de Lázaro, Jesus foi ao seu encontro. Ele consolou o coração das irmãs e fez algo que era impossível aos homens, trazendo Lázaro de volta a vida! E assim também Ele pode fazer na sua família.
Jesus é a ressurreição e a vida, Ele pode dar vida ao seu casamento destroçado, pode libertar os aprisionados em vícios, pode restaurar relacionamentos quebrados, pode curar as dores da alma, pode carregar o seu fardo pesado e árduo de carregar. Confie no Senhor, nem tudo está perdido!
▪️Convide Cristo para o seu lar. A família foi instituída por Deus, desde o princípio da criação. Ela é o berço do amor, fé, amizade e consagração que Cristo deseja desenvolver em cada um dos seus.
▪️Não desista de clamar pela sua família. Ore com seus familiares e busque ao Senhor pelos que estão longe do Senhor.
▪️Deus pode todas as coisas. Ele não desistiu da sua família. Por mais que a situação seja difícil, coloque tudo em suas poderosas mãos.
▪️Construa valores bíblicos dentro de sua casa. Leia a Bíblia coma família, estudem, cantem louvores e façam oração juntos. Essas práticas produzirão frutos espirituais na vida de todos.
🙏Para Orar:
Pai celestial, é maravilhoso saber que o Senhor se importa com cada familiar, com todos os entes queridos que nos cercam. Obrigado, Jesus, porque cuidas de todos: dos pais, dos filhos, cônjuges, irmãos, avós, netos, tios, etc., com teu amor e graça.
Renova os relacionamentos abalados, transforma os corações feridos, liberta os cativos e salva aqueles que estão longe dos teus caminhos. Visita a cada um e ajuda nas suas necessidades, Pai de amor.
Que a Tua Palavra nos guie até à tua presença e que Tu encontres sempre morada em nossa casa, tal como nos corações de todos.
Fica conosco, Senhor, e faz o que ninguém mais pode fazer! Nós cremos no teu amor e no teu poder!
Em nome de Jesus oramos e agradecemos! Amém.
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lucaogalileu · 2 years
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A Bíblia diz que quando pensamos que estamos fracos é aí que estamos fortes,
você já parou para pensar o por quê?, Lembre-se de um momento seu de aflição, o que você mais faz é procurar o senhor correto?
E é por isso que somos mais fortes quando estamos fracos, pois é quando mais lembramos de Deus,
o dia que começarmos procurar a Deus quando estivermos bem na mesma intensidade de quando estamos na peleja, seremos mais fortes,
lembra quando o inimigo confrontou o irmão Lázaro e o perguntou: se tu eis crente então por que toda essa dor?, a reposta do mesmo
foi: por que o deserto é a escola do senhor, temos que passar pela prova dando gloria a Deus, João 16.33 Diz: Neste mundo vocês terão aflições
contudo, tenham bom ânimo!, Eu venci o mundo, Já estamos no time vencedor irmãos então procure sempre estar proximo de Deus e intimo,
pois a alegria do senhor é a nossa força!
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amenordacasa · 1 year
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Onde Jesus Orou?
Orar como Jesus significa que devemos orar onde Jesus orou. E Jesus orava em todo e qualquer lugar.
Jesus orava publicamente
Jesus orou assertivamente em grandes grupos em muitas ocasiões diferentes. De fato, as suas orações públicas quase sempre eram orações para o público.
Em Lucas 3:21, Ele ora em uma ocasião grande e especial: “Ao ser todo o povo batizado, Jesus também foi batizado. E aconteceu que, enquanto ele orava, o céu se abriu”.
Em João 11:41-42, Jesus ressuscita Lázaro em frente de uma multidão boquiaberta e, então, ora especificamente sobre eles: “Então tiraram a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: — Pai, graças te dou porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste”.
Jesus não era tímido demais para orar em público. Ele tinha uma profunda compaixão pelo povo, então Ele orava por eles e em frente deles como um testemunho dos poderosos atos de Deus.
Jesus orava corporativamente
Enquanto Jesus purificava o templo, ele ofereceu a correção encontrada em Marcos 11:17: “Também os ensinava e dizia: — Não é isso que está escrito: ‘A minha casa será chamada “Casa de Oração” para todas as nações’? Mas vocês fizeram dela um covil de salteadores”.
Jesus considerava o lugar de adoração corporativa um lugar de oração, e já que Ele frequentava as sinagogas, Ele indubitavelmente ofereceu orações de petição e ação de graças ao Pai, estivesse Ele ensinando ou não.
Se o corpo de Cristo orava quando Ele ia à igreja, então o Corpo de Cristo deveria orar quando vai à igreja. A oração necessita ser uma parte da reunião regular da congregação local. A oração é parte integrante da adoração corporativa.
Jesus orava com outras pessoas
Jesus não apenas orava em grandes grupos, mas, também, orava em pequenos grupos, como em Lucas 9:28: “Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras, Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte com o propósito de orar”.
Aí está o pequeno grupo de Jesus! Juntos, eles saíram para encontrarem-se uns aos outros e para encontrar o Senhor.
Os pequenos grupos são vitais para o discipulado, porque eles o ensinam e o treinam para relacionamentos centrados em Deus com os irmãos e irmãs em Cristo. Conforme você ora com outros cristãos, você aprende a como orar e pelo que orar. Compartilhar pedidos de oração e orar por aqueles pedidos juntos ajuda a criar relacionamentos de unidade e empatia, que fazem o viver a vida muito mais rico.
Reflexão:
1. Encontre uma pessoa ou grupo com quem orar hoje, seja pessoalmente ou através da tecnologia (ex.: Skype ou uma ligação).
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daletrabr · 8 days
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Veja a letra da música “De Quem É?” de Irmão Lázaro
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reinato · 17 days
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Devocional Jovem AMADOS
AGORA
Disse-lhe Jesus: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá.” João 11:25
Lázaro morreu. Para mim, esse é um daqueles fatos intrigantes da Bíblia. Jesus recebeu a notícia de que seu amigo estava doente (João 11:3), mas pareceu desconsiderar a gravidade da doença. Por que Ele agiu assim com quem sempre esteve ao lado Dele?
A história da “não cura” e da ressurreição de Lázaro contém pelo menos duas lições muito importantes. A primeira é que a casa dos amigos de Jesus também é visitada pela morte. Conhecer Jesus e ter um relacionamento com Ele não nos coloca em uma redoma inviolável, não nos protege das tristezas e tragédias. Amigos de Jesus também batem o carro, perdem as chaves de casa, recebem diagnósticos desfavoráveis, são traídos e sepultam gente querida.
Naquele dia, as irmãs de Lázaro reagiram de formas diferentes ao luto. Maria se trancou no quarto. Marta ficou à beira da estrada, à espera de quem poderia trazer consolo. Então Jesus chega. E, mesmo antes de saudá-Lo, Marta desabafa, em um misto de fé e descrença: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido” (v. 21). Ela acreditava no poder de Cristo. Seus olhos foram testemunhas de curas e milagres no passado. Mas agora parecia impossível. Jesus falou de ressurreição, ao que a enlutada reagiu com uma esperança tímida, quase formal. “Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia” (v. 24). Ela conhecia as profecias quanto ao futuro. Conhecia o Messias, mas não como Ele desejava ser conhecido.
Cristo interrompe o discurso e anuncia: “Eu Sou a ressurreição e a vida” (v. 25). E aqui está a segunda lição: Ele pode fazer algo extraordinário agora. Os holofotes são roubados do passado ou mesmo do futuro. Cristo apresenta a força de Seu poder agora. “Eu Sou” é presente, é aqui e agora. Cristo tem milagres para hoje. Os milagres do passado são história. Os do futuro, promessas de vitória. Os milagres mais reais são os milagres do agora.
Cristo tem poder para mudar hábitos agora. Tem força para consertar relacionamentos quebrados agora. Tem poder para consolar agora. Tem respostas sábias agora. Tem perdão agora. Tem novos planos agora. Tem poder para dar sentido à vida agora, pois Ele mesmo é a vida.
Ele deseja visitar você também. Qual é o seu problema de hoje?
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PROFECIAS SOBRE A IGREJA.
22 de abril de 1947
Mas e se essa hora chegasse quando nós, testemunhas, já estivéssemos mortos?
– Na minha Igreja haverá sempre sacerdotes, doutores, profetas, exorcistas, confessores, operadores de milagres, inspirados; tudo o que for necessário para Ela a fim de que o povo receba Dela o que for necessário. O Céu — a Igreja triunfante —, não deixará sozinha a Igreja padecente, e esta irá em socorro da Igreja militante. Não são três corpos. São um só corpo. Não há divisão entre elas, mas uma comunhão de amor e de fim, ou seja, amar a Caridade, gozar dela no Céu, que é o seu Reino. Também por isto a Igreja militante deverá com amor aportar sufrágios à essa parte dela, que já está destinada à triunfante, mas ainda não está excluída de uma expiação satisfatória das faltas já absolvidas, mas não inteiramente expiadas, diante da perfeita e divina Justiça. No Corpo Místico tudo se deve fazer no amor e pelo amor. Porque o amor é o Sangue que circula nela. Ajudai os irmãos que estão se purificando. Assim como eu disse que as obras de misericórdia corporais vos conquistam o prêmio no Céu, assim também Eu disse que as espirituais vos conquistam esse prêmio. Em verdade Eu vos digo que o sufrágio aos mortos, a fim de que entrem na paz, é uma grande obra de misericórdia pela qual Deus vos abençoará e vos serão reconhecidos aqueles que receberam os vossos sufrágios. Quando, no dia da ressurreição da carne, estiverdes todos reunidos diante de Cristo Juiz, entre aqueles que Eu abençoarei estarão também aqueles que tiveram amor àqueles que estavam se purificando, oferecendo reparações e orações pela paz deles. Eu vo‑lo digo. Nenhuma de vossas ações boas ficará sem fruto; e muitos brilharão vivamente no Céu sem terem pregado, nem administrado, nem feito viagens apostólicas, nem abraçado estados especiais, mas somente por terem rezado e sofrido para darem paz aos que estão sofrendo, e para levar à conversão os mortais. Também estes sacerdotes ignorados pelo mundo, apóstolos desconhecidos, vítimas que só Deus vê, receberão o prêmio dos operários do Senhor, por terem feito de suas vidas um perpétuo sacrifício de amor para com os irmãos e para a glória de Deus. Em verdade, Eu vos digo que à Vida Eterna se chega por muitos caminhos, e um deles é este, que é tão querido por meu Coração.
Tendes alguma outra coisa a perguntar? Falai.
– Senhor, ontem, e não só ontem, ficamos pensando no que Tu tiveste dito: “Vós vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.” Mas agora somos onze…
– Elegei o duodécimo. Cabe a ti, Pedro.
– Eu? Eu, não! Indica‑o, Tu.
– Eu escolhi os doze na primeira vez, e os formei. Depois escolhi o chefe deles. Depois Eu lhes dei a Graça, e infundi neles o Espírito Santo. Agora cabe a eles caminhar, pois não são mais bebês incapazes de caminhar.
– Mas, dize‑nos, pelo menos, para onde devemos volver os nossos olhares…
– Eis aqui. Esta é a parte seleta do rebanho – diz Jesus, fazendo um gesto sobre os que estão presentes dos setenta e dois discípulos.
– Nós, não, Senhor. Nós, não. O lugar do traidor nos causa medo – dizem eles suplicantes.
– Escolhamos Lázaro. Queres este, Senhor?
Jesus fica calado.
– José de Arimateia? Nicodemos?
Jesus fica calado.
– Mas, sim. Tomemos Lázaro.
– E ao amigo perfeito quereis dar o lugar que vós não desejais? – diz Jesus.
– Senhor, eu desejaria dizer uma palavra – diz Zelotes.
– Fala.
– Lázaro, por teu amor aceitaria também esse lugar, eu estou certo disso, e o ocuparia de modo tão perfeito que faria esquecer de quem havia sido esse lugar.
Mas não me parece conveniente escolhê‑lo, por outros motivos.
As virtudes espirituais de Lázaro estão em muitos, entre os mais humildes do teu rebanho.
E eu penso que seria melhor dar a estes a preferência, para que os fiéis não digam que se foi atrás só do poder e das riquezas, como os fariseus, no lugar unicamente da virtude.
– Falaste bem, Simão. E melhor falaste, porque falaste com justiça, sem que a tua amizade com Lázaro te colocasse mordaça.
– Façamos então Marziam o duodécimo apóstolo. É um menino.
– Eu, para cancelar este vazio horrível, aceitaria, mas não sou digno. Como eu poderia falar, um menino, a quem é adulto? Senhor, Tu deves dizer se eu tenho razão.
– Tens razão. Mas não tenhais pressa. A hora chegará e, então, ficareis espantados por terdes todos o mesmo pensamento.
Rezai, por enquanto. Eu me vou. Retirai‑vos em oração. Eu me despeço de vós, por enquanto. Procurai estar todos em Betânia no dia décimo quarto do mês de Ziv.
Ele se levanta, enquanto todos se ajoelham prostrando-se com o rosto voltado para a grama.
Ele os abençoa, e a luz, sua serva, que o anuncia e precede em suas vindas, assim como o acolhe nas suas partidas, o abraça e o esconde, absorvendo-o uma vez mais.
O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO - MARIA VALTORTA.
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sersrocarreira · 2 months
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Lc 16, 19-31 Jesus disse aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo’. O rico exclamou: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
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ssscarreira · 2 months
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“Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!’” (Lucas 16,25-29).
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cherrywritter · 1 month
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Irmãos
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
2ª semana de julho, 00 horas e 31 minutos
Damian estava entre a fresta da porta do meu quarto há pelo menos quinze minutos. Sua energia demonstrava que estava mais calmo e essa foi a primeira vez em dias que ele veio até mim sem que eu o chamasse.
Nosso pai teve que viajar a negócios e Alfred o seguiu para auxiliá-lo. Ele acreditou que me enganou, mas eu sabia muito bem que quando Alfred ia com ele, com certeza estava em uma missão paralela para a Liga ou de cunho pessoal. A mansão ficou sobre minha responsabilidade junto com a obrigação de colocar Damian na linha até que ele retornasse para Gotham.
Estava tarde e se o deixasse mais um tempo plantado no corredor, ele não acordaria devidamente disposto para a aula na Academia de Gotham. Também teria que ter ao menos meio período de aula, então não poderia me demorar mais do que uma ou duas horar para terminar meus relatórios. Tim e Dick foram para as ruas realizarem a ronda. Era noite de folga do Dick e não iria atrapalhar.
- Você devia estar dormindo. – Comento.
- Devíamos estar nas ruas no lugar dos dois babacas. – Resmungou.
- Damian. – O repreendo e ele bufa.
- É verdade que você e o Superboy são amantes?
- Não dizemos amantes, Damian. Dizemos namorados e espero que não arrume confusão com ele como arrumou com todos os Robins. – Ele bufou novamente e deu de ombros.
- Você namora com o outro projeto de Cadmus? – Disse bem insinuativo. Virei-me para o lado da porta e mostrei estar desapontada. – Desculpa. – A palavrinha mágica que ensinei estava surtindo efeito. – Parei. Posso entrar? – Assenti. Ele caminha até minha cama e se senta nela. – Ele ainda está bravo pelo o que fiz com o Tim?
- O que você acha? – O encaro séria. – Você quase o matou. Já disse que não é assim que as coisas funcionam. Aqui é diferente. Tente entender isso e não crie uma competição sobre quem é o melhor Robin de todos os tempos, ninguém liga, só você. Não vivemos em competição, somos uma equipe. Entenda.
- E como você entendeu? – Sua pergunta foi um tanto curiosa.
Damian podia ser humano, mas já havia passado por muitas e até situações piores que as minhas. É perturbador como o ser humano é capaz de fazer de tudo para conquistar o poder. Certo dia, quando estava no meu laboratório, ele apareceu com cadernos e mais cadernos cheios de papéis soltos, fotos, desenhos. Não disse uma palavra. Apenas os deixou lá e foi embora. Minha curiosidade bateu, mas esperei alguns dias até que tivesse a certeza de que ele havia deixado seus arquivos lá para que eu investigasse. Meu questionamento foi de como ele havia conseguido todos esses arquivos estando em Gotham.
Seu crescimento foi acelerado assim como o meu e de Conner. Foi treinado para ser um assassino e, consequentemente, teve fraturas e lesões graves. Seus órgãos foram clonados e substituídos várias vezes assim como ele também fazia uso do Poço dos Lázaros, que seu avô utilizava para se curar e evitar a temida morte. Talia o jogou na Liga dos Assassinos e ali ele foi criado como um. Não conhecia outro mundo nem outro estilo de vida. Tinha muito de mim nele.
Eu o via como um brinquedo nas mãos de sua família materna. Quando quebrava, era levado para o conserto e colocado em jogo mais uma vez. Isso evitava falhas, mas ele continuava sendo uma criança humana. Uma criança de dez anos que passou por lavagem cerebral e que tinha dez anos há pelo menos cinco anos.
- O último ano em Cadmus foi crucial para que eu entendesse. Já havia me comprometido demais com as exigências deles. Já havia visto o mundo externo pela mente de alguns funcionários e depois consegui me conectar aos sistemas e adquirir informação externa com segurança e sem influência. Aprendi o que realmente era fazer o certo: salvar vidas. Naquele ano, um pouco antes de fugir, teria que realizar um atentado terrorista que mataria centenas de bilhares de pessoas. Disseram que isso seria o diferencial para um mundo melhor, mas era mentira.
- Você fugiu por que não queria matar? – Ele parecia um pouco confuso já que matar sempre foi natural diante da sua criação.
- Não era o certo a se fazer, mortes não resolvem problemas. Só incitam mais violência e iniciam ou pioram guerras. – Me sentei ao seu lado. – Matei muitos pelas minhas próprias mãos, a distância por armas e por meio de sistemas. – Puxo o ar e esvazio todo o peito. – Eu sei matar. Quando tinha sua idade cheguei a sentir prazer com isso porque, de certa forma, era um jogo e eu queria vencer. Aprendi história, sociologia, filosofia. Tudo foi se encaixando e mostrando o caminho do bem. Enfim, sei o seu lado melhor do que qualquer um aqui. Apenas tente separar nessa cabecinha que você não é obrigado a eliminar todos.
- Existem pessoas que não deveriam ter permissão para estarem vivas. – Disse baixinho, quase que em um sussurro.
- Sim. Existem pessoas que não deveriam estar respirando o mesmo ar que nós, mas temos que ser diplomáticos na guerra. Assassinar alguém tem que ser o último recurso. Vamos dizer que se você não matar o Bane, o mundo explode e todos morrem. É uma necessidade estampada na capa do jornal, não acha? – Ele assentiu. – Tente pensar assim.
- Não é tão simples. – Resmungou.
- Nunca vai ser, mas se há dificuldade é porque vale a pena. Se você se sente parte deste império, tente. De orgulho ao nosso velho e pare de ser um pirralho mimado e egoísta. Você tem muito o que aprender sobre o mundo real. A vida não é como te mostraram. Fiquei dois anos nas ruas e aprendi muito sobre a realidade. Demorei seis meses para me adaptar ao estilo Wayne. Para confiar nas pessoas. Me entregar a elas. Lá fora não é fácil...
- Me treinaria se eu pedisse? – Sua fala me surpreendeu e me fez sorrir.
- Apenas se me prometer que vai lutar para mudar.
- Eu prometo, Victoria.
- Ótimo. – Bagunço seu cabelo e o vejo levemente irritado, mas segurando um sorriso tímido. – Agora vá dormir, pode ser? Você tem aula de violino amanhã e depois tenho plantão em Arkham.
- Depois vai passar a noite no hospital? – Assenti.
- Te pego no meu intervalo e te deixo na Torre ou você pode ficar lá comigo. Meu turno vai acabar as duas da manhã no máximo. Combinado?
- Combinado. – Sorri. Tivemos uma boa conversa. Pensei que demoraria mais para que conseguíssemos. Isso me deixava feliz. De verdade, estava feliz.
- Boa noite, Damian.
- Boa noite, Victoria.
Meu irmão seguiu para seu quarto e caiu na cama, literalmente. Tinha um estranho costume de se jogar nela como se todo dia fosse o dia mais cansativo de sua vida. Talvez fosse cansativo ser o bom garoto.
Em relação aos relatórios, ainda não me conformava em ter uma única e gigantesca pasta dedicada ao caso e tratamento de Jonathan Crane. Estava conseguindo desenvolver longas e progressivas conversas com ele, além de perceber que estava tomando com mais frequência os remédios que eu havia prescrito. A frequência se resumia a três ou quatro vezes na semana. Era um progresso de qualquer forma. Meus outros pacientes não eram tão teimosos e suas pastas não chegavam a dez porcento da de Crane. Os via com menos frequência devido ao bom comportamento deles e a grande evolução. Tinha apenas três pacientes que eram casos perdidos.
Depois que terminei, enviei os últimos arquivos para meus tutores na esperança de que pudessem me aprovar para que eu conseguisse o diploma sem que eu completasse integralmente a carga horária exigida até a data estipulada. Queriam que eu desenvolvesse pelo menos mais três a cinco meses de estágio para contemplar a carga, mas todas as minhas avaliações eram de excelência. Chega a ser até um pouco tedioso essa situação, mas não queria me perdurar. Queria entrar em 2023 formada e apenas aguardar a tão estimada formatura.
Com tudo arrumado, separei o uniforme de Damian e o deixei pendurado no cabideiro do seu quarto. Ele dormia tão profundamente que nem me escutou entrar. Continuava com o velho costume de dormir com uma adaga perto do apoiador ao lado da cama. Também se remexia muito durante o sono e isso fazia com que eu pensasse que fossem reflexos do corpo transpassando os traumas enquanto dormia. Às vezes ele acordava gritando. Gritos de dor. Era assustador.
Já no andar de baixo da mansão, após limpar o superior inteiro, me direcionei para a cozinha para fazer a comida da semana, congelar as marmitas e deixar o café da manhã preparado. Quando Dick fazia sua estadia na mansão, o terror culinário acontecia. Não havia sequer uma comida que tivesse o cheiro e o gosto agradável. Ele acabava com a dispensa e deixava nada adequado para consumo. Era um furacão categoria cinco sem dúvidas. Certa vez Tim disse que podia ver a comida se mexendo sozinha como se fosse um mini alienígena gosmento. Todos riam.
O dia amanheceu.
Preparei o café da manhã caprichado para Damian e Tim com pequenas tortas de maçã, panquecas, waffles, suco, mel, geleia e frutas picadas. Dick nem tinha saído da batcaverna depois que chegou.
Desci com o auxilio do elevador até encontrar Dick, que ainda trajava o uniforme de guerra, mas sem a máscara. Tinha o mesmo péssimo costume do mentor de não tirar a maquiagem dos olhos ou tirar de maneira preguiçosa. Com um enorme copo de café bem forte com creme, um lanche reforçado e uma torta, caminho até ele, deixo a bandeja em cima da mesa auxiliar e o cutuco para que acorde.
- Dick, acorda. Você dormiu na cadeira de novo. – Nenhum sinal de consciência é detectado. Parecia um morto. – Dick, se não acordar, vou dar choque em você que nem da última vez.
Um resmungo audível foi solto, mas parecia que ainda era do sonho que estava tendo. Ele tinha quatro horas para ajeitar tudo e voltar para a delegacia e se eu o deixasse dormir mais tempo, seu cérebro não acordaria em tempo.
Um choque pequeno não vai lhe fazer mal.
- Mas que merda, Victoria! – Segurei a risada. – Toda vez você faz isso!
- É porque toda vez você não me escuta te chamar. Toma o seu café e sobe para trocar de roupa e tomar um banho. Teve algum ferimento?
- Nada demais.
- Dick, é sério. Teve algum ferimento?
- Talvez tiro de raspão nas costas. – Reviro os olhos, teimosia deve ser passada do tutor para os aprendizes e depois enraíza, só pode.
- Tá, termina o café e sobe que eu já resolvo isso.
- Que horas são? – Ele boceja e vai com a mão em direção a torta de maçã.
- Oito e meia. Você tem quatro horas até ter que se apresentar na delegacia. Tenho que levar o Damian para a aula de violino e Tim para o curso de T.I. avançado. Vou passar na Wayne, depois saio para ir ao Arkham e plantão.
- Está mandando eu ser rápido?
- Sua conta e risco. – Dou de ombros, sorrindo. – Talvez eu precise que você pegue o Damian. Não sei se vou ter tempo de pegá-lo no meu intervalo.
- Quer que eu o leve? – Se ofereceu.
- Não. – Rio. – Quero você bem acordado. Ele já acostumou a ir no meu horário quando necessário. Não é sempre que Alfred tem condições de levá-lo. Te espero lá em cima. Meia hora, Dick. Tenho que sair daqui as nove.
- Ele deve adorar ir de moto com você. – Comentou após dar um longo gole no café e expressar satisfação com o sabor.
- Ele gosta, mas não vai admitir.
Retornei para o elevador, subi as escadas e caminhei em direção ao quarto de Damian. Ele era péssimo para acordar cedo, saiu muito bem ao nosso pai. Ao abrir as cortinas e deixar a luminosidade clarear o quarto de morcego. Não demorou para que meu irmão resmungasse e fizesse com que eu risse da situação. Ele era muito como nosso pai e finalmente as coisas estavam caminhando de maneira fluida. Meses atrás ele estaria me xingando, para dizer o mínimo. Deixei-o sozinho para que acordasse no tempo dele e saí de seu quarto.
- Bom dia, princesa. – Não me surpreendo ao ver Tim no corredor.
- Bom dia, senhor Drake. Sempre no horário.
- Sou perfeito nisso, senhorita Wayne. – Disse convencido. – Já desço para tomarmos café. Ele já acordou? – Questionou-me apontando com a cabeça para a porta de Damian.
- Você sabe como ele demora.
- E o Dick?
- Na caverna. Deve subir logo. Você tem algum ferimento?
- Não. – Riu. – Só aquele meia idade, sabe? Escorregou e tomou um tiro de raspão.
Tim jamais me dava trabalho quando. Sempre se colocava a disposição e ajudava em tudo. Quando o senhor Wayne viajava, ele fazia questão de passar uns dias na mansão. Ainda não entendia bem como o pai dele via isso tudo, já que seu segredo estava bem guardado conosco. Descemos rumo à cozinha.
- Caprichando como sempre!
- É minha obrigação, não acha? – Sorri. – Como está o braço? Ainda me sinto um pouco ansiosa com você voltando a ronda.
- Já disse que está bom. Não se preocupe. Dick não seria tão negligente comigo. Você já sabe. – De fato ele era negligente apenas com ele mesmo.
- Essa noite eu faço a ronda. Vá descansar ou sair com certo alguém. – Sorrio o provocando.
- Quando soube?! – Tim ficou boquiaberto e surpreso.
- Sou sua irmã, esqueceu? Notei seus sorrisos frouxos há um tempo e você também tem vindo com um perfume diferente para casa. Óbvio que eu ia sentir.
- Você acha que Conner vai notar também? – Neguei. Ele era homem e homem não nota. – Você acha que se souberem...
- Shh... não faça isso com você. Apenas seja feliz, ok? O resto eu mesma cuido. Droga, cadê o Damian?! Ele está atrasado de novo.
- JÁ ESTOU DECENDO!!! – Berrou da escada e nós dois rimos.
Damian chegou à cozinha com sua típica cara amarrada e com a gravata do uniforme completamente errada. Ficava me perguntando quando ele ia aprender a dar o nó sem que eu ficasse na sua cola, mas nosso pai fazia o mesmo. O cabelo estava bagunçado, a camisa estava para fora da calça e a mochila aberta. Suspirei. Tinha que ter paciência. O puxei para mim e me agachei para ajeitar sua roupa. Ele odiava quando eu agachava. Vivia reclamando que odiava ser baixo, mas eu insistia em dizer que logo ele estaria maior do que Dick. Beijei seu rosto quando terminei e o vi ruborizar. Isso me deixava feliz. Finalmente estava abaixando sua guarda e derrubando seus muros.
Esperei que os dois terminassem o café e aproveitei para beliscar alguns waffles. Eles estavam com um cheiro tão delicioso que não resisti.
- Vai querer carona, Tim? – Ele sorriu e me olhou de cima a baixo. Me segurei para não rir. Seu celular vibrou e, com certeza, era o motivo dos sorrisos frouxos dele.
- Já te respondo.
Dick finalmente apareceu faltando dez minutos para o horário de sairmos. O olhei e depois olhei para o relógio. Bati palmas e ele riu. Pego o kit de primeiros socorros na ilha da cozinha e o chamo para se sentar à minha frente.
- Anestesia, por favor.
- O Dick chorão ataca novamente. – Damian não segura a língua.
- Você já sabe que gente velha é assim mesmo, Damian. – Tim só complementa. Me controlo para não rir.
- Eu luto desde os meus treze anos, vocês poderiam ter um pouco de consideração
- Eu fui treinado para matar desde que nasci. Não reclamo de dor nem peço uma anestesia para fazerem pontos. – Damian zombou. De fato, ele tinha um ponto.
- As crianças poderiam se acalmar? Damian, escovar os dentes para irmos. Rápido!
- Mas que...
- Damian! – Ele bufa e se cala.
Com a pomada anestésica em mãos, passou um pouco na região do ferimento e espero fazer efeito. Pego a agulha e a linha, costuro cada espaço, o que soma cinco pontos, e cubro com fita micro poro para que não infeccione.
- Liberado, senhor Grayson. Daqui dois dias dou uma nova olhada. É para trocar a fita toda vez que tomar banho, entendeu? Banho minimamente uma vez por dia, tá?
- Até você, Victoria? – Dou de ombros, rindo.
- Até amanhã. Já deu a minha hora. Damian!!!
- ESTOU DESCENDO!!!
Peguei a chave do carro e caminhei até a garagem. O escolhido do dia era EQC, um modelo elétrico da Mercedes Benz e produzido de maneira cem porcento sustentável. Completamente confortável. Adorava dirigi-lo. Não demorou muito para que meus irmãos chegassem e se acomodassem. Tim adorava provocar Damian ao sentar no banco da frente. Dizia que ele não tinha tamanho para se sentar como um adulto e isso o deixava furioso. Timothy, apesar de tudo que havia acontecido, não deixava seu bom coração e seu humor de lado. Era uma luz em casa. Um ser humano que todos deveriam tomar como exemplo de vida.
O rádio tocava nossa playlist favorita. Chamávamos de Dark Knight. Estava tocando Born For This, The Score. Uma das nossas músicas mais tocadas. A música dos guerreiros que aprenderam a amar a dor porque nasceram para isso. Era isso que éramos. Fomos de Bristol até o centro sem muita dificuldade. Acostumada com o trajeto, sabia de alguns atalhos infalíveis. Deixando Damian na escola de violino, segui caminho à escola de T.I. de Tim.
Indústrias Wayne – Old Gotham, Gotham
9 horas e 40 minutos
- Bom dia, senhor Fox. – Sorriu e adentro seu escritório. – Trouxe algumas papeladas que o senhor pediu para que eu revisasse.
- Senhorita Wayne! Bom dia! Que prazer vê-la aqui. O senhor Wayne ainda não retornou de viagem?
- Talvez retorne semana que vem. Ele não quis me dar muitos detalhes. – Suspiro e tento relaxar. – Eu fiz algumas correções nesse contrato e nessas duas propostas. Tenho certeza de que não foi o senhor que elaborou porque conheço bem o estilo de escrita do senhor. Recomendo que refaça o treinamento do Joshua. Também revisei alguns currículos e separei estes aqui. São cinco perfis muito bons para a empresa e para as áreas requisitadas.
- Apenas cinco? – Senhor Fox se surpreendeu. Fiquei um pouco sem jeito, mas deveria explicar meus motivos.
- É que os currículos têm energia também e eu acabei identificando os perfis ruins por isso. Depois queria uma reunião com a cúpula para acertar o orçamento deste mês. Acredito que o senhor tenha notado uma fuga relativamente pequena nos fundos de créditos. Pesquisei e notei que não houve nenhuma autorização vinda do senhor ou do meu pai para que isso acontecesse.
- Você realmente viu tudo isso em dois dias? – Assenti com um sorriso orgulhoso estampado no meu rosto.
- Quero participar das entrevistas também se meu pai não chegar a tempo. Ele me pediu um estagiário para o acompanhar. Foi um pedido bem inusitado.
- Seu pai faz pedidos bem inusitados. Lembra daquele tanque? – Ri.
- Como esquecer. Um tanque com propulsores para voar.
- Como está sua agenda hoje?
- Entro meio dia e meio em Arkham e depois plantão no H.G. Damian está pela minha conta também.
- Alicia. – Chamou senhor Fox pelo telefone. – Marque uma reunião para daqui uma hora. A senhorita Wayne exige que todos da cúpula estejam presentes.
- Claro, senhor Fox.
- Acredito que esteja com o dossiê em mãos com as informações de quem está realizando os saques.
- Com certeza. – Tiro a pasta kraft da mochila e o entrego. – Vamos avisar o RH que teremos algumas demissões hoje. Demissões por justa causa.
Asilo Arkham – Ilha Mercey, Gotham
13 horas e 25 minutos
- Ele continua te visitando?
Decidi visitar Crane nos meus primeiros horários em Arkham para que não chegasse a atrasar no final do turno e não ter tempo de chegar na hora no Hospital Geral. Crane estava tendo pequenos avanços desde que comecei a medicá-lo pessoalmente. Tornou-se um hábito perigoso. O doutor gostava do contato e eu era a única que ele autorizava ser medicado. Mais ninguém poderia se aproximar dele. Virava um louco, alguns enfermeiros diziam estar possuído. Transtornado.
- Ele parece muito interessado no seu tratamento. – Seu comentário me deixou intrigada. Ainda não tinha encaminhado meus documentos para um possível mestrado ou doutorado para a universidade por causa das provas finais. Precisava do resultado delas para poder realizar o envio.
- Acho que houve um mal-entendido. – Sorrio. – Não há tratamento que eu esteja desenvolvendo. Estou terminando a universidade ainda. Talvez ele esteja interessado no que posso oferecer. – Crane não gosta da minha fala. Sua cara fecha, ele se levanta rapidamente segura meu punho com força. Rodrigues se aproximou da porta. Olhei em sua direção rapidamente e movi minha cabeça em negativo para que ele não entrasse.
- Ninguém pode se interessar no que você pode oferecer. Não é uma presa fácil. É tão esperta quanto ele.
- Mas não tanto quanto você, não é? – Ele afirmou. – Jonathan. Não quer me machucar, certo?
- Nunca.
- Então me solte, por favor. – Ele arregalou os olhos e soltou meu pulso já verificando se havia o marcado. Uma pequena vermelhidão ficou no local e o vi se decepcionar consigo.
- Me desculpe, Victoria.
- Apenas não repita isso. Sente-se, vou te medicar.
- Não mereço.
- Sou eu quem dá as ordens aqui, esqueceu? – Seu olhar tinha sincera tristeza e desapontamento. Era intrigante. Realmente se importava comigo, sua energia dizia isso em bom som e cores. – Sente-se.
Crane não desobedeceu
Senti Rodrigues tenso do outro lado da porta, mas sorri ao olhar. Peguei o pequeno copinho de plástico da mesa com os comprimidos, peguei o de água e o entreguei. Como um homem obediente, ele prontamente os segurou e aguardou até que me colocasse atrás dele. Crane colocou os comprimidos na boca, aguardou minha mão tocar seu pescoço, o copo com água se aproximou de seus lábios e ele engoliu os comprimidos. Acompanhei com os dedos o movimento do seu pomo de adão. Claro que a visão além do alcance ajudava.
- Tenho que ir.
- Sentirei saudades. – Ele beijou meu pulso com pesar. – Até breve, Victoria. Logo vai estar melhor. Me desculpe.
Hospital Geral de Gotham City – Old Gotham, Gotham
19 horas e 00 minutos
Pronto-Socorro nunca é fácil.
Não sei como tive tempo de pegar Damian antes de chegar no hospital. Os casos de pacientes psicóticos e entorpecidos não era o pior que via ali. Talvez o costume de estar quase sempre em Arkham fez com que eu não me incomodasse com tais cenas perturbadoras. Alguns eram meus pacientes de longa data, pacientes que acordaram de coma, perdidos. Outros eram moradores de rua ou viciados. Poucos eram jovens que tentaram se divertir e quase foram de arrasta. Sempre tinha que atender tentativas de suicídio. Bem comum, infelizmente.
O que me preocupava era o estado de jovens entorpecidos. A cada semana os casos cresciam, mas as notícias abafavam a situação. A maioria dos médicos diziam que estavam apresentando sintomas clássicos, mas não conseguiam entender como não estavam entrando em overdose. Na minha opinião, algo estava bem diferente do que eles cogitavam por mais que apresentasse heroína, LSD e outros tipos de drogas que já conhecíamos. Havia uma nova droga circulando e provavelmente o Máscara Negra estava envolvido. Era o único que nos dava trabalho constante nos últimos meses.
- Você pode jantar aqui com o meu cartão. Aquela sala dezenove é a minha. Pode ficar lá o tempo que quiser. Tenho um computador, você pode jogar nele. É um horário cheio, então não vou conseguir ficar com você.
Agora começava a correria
A noite em Gotham sempre seria mais agitada que o dia dos justos. Trabalhadores saindo do serviço e vindo direto para o hospital, outros que arrumavam confusão em bares e chegavam machucados. O PS ficava lotado a cada hora. Meu irmão, após terminar de se entediar na minha sala, saiu para observar o corredor, olhando de um lado para o outro, sentado em uma cadeira de espera.
Passou duas, três, quatro horas e ele continuava ali.
Vez ou outra ele arregalava sutilmente os olhos com a correria das macas e com o sangue. Enfermeiros e médicos montados em pacientes com paradas cardíacas que seguiam até o centro cirúrgico. Outros tinham ferimentos bem bizarros que consideraríamos terem ganho após uma batalha árdua com algum vilão ou com herói de Gotham. Você nunca, em sã consciência, enfiaria um gancho na perna ou no braço.
Uma gritaria tomou conta dos corredores.
Corri para a entrada e vi três enfermeiros aflitos com uma maca em direção a ambulância. Meu coração disparou ao ver uma menina baleada. Não devia ter mais de onze ou doze anos. Auxiliei a empurrar o carrinho, gritando com que mais estivesse no caminho para que saísse. Pressa. Ela estava entrando em choque e teria que ir direto para a cirurgia. Cortei suas roupas e vi cortes pelo corpo. Cortes irregulares de tipos de facas diferentes. Uns mais profundos, outros superficiais.
A equipe de cirurgia a preparava procurando acessos intravenosos e colocando os aparelhos para o monitoramento da pressão e dos batimentos. Ela começou a estrebuchar na mesa, tivemos que a amarrar e dar mais sedativos, uma anestesia mais forte conseguiria ajudar. Era culpa da hemorragia. Meus olhos avançados vasculhavam seu corpo em busca das lesões e dos sangramentos. Escutei seus batimentos, seu pulmão. Nada bom. Estava com pneumotórax. Não tinha muito tempo.
Com o bisturi em mãos, higienizei a área e cortei entre as costelas. Meu colega pegou o tubo e o inseriu entre o espaço junto com a bolsa de água pronta. O ar foi saindo e fazendo com que bolhas de oxigênio surgissem na água. Passei para a extração das balas. Uma havia atravessado o peito e parado na clavícula, outra estava no abdômen e uma última na perna. Era uma cirurgia muito delicada. Estava muito perto da artéria e qualquer erro poderia acabar na morte dela.
A pressão caiu, os batimentos cessaram. Aquele som que eu odiava ouvir. O som continuo que anunciava que a vida se foi do corpo.  A energia vital sessava. O vazio consumia. Subi na maca e comecei a massagem cardíaca. Usávamos o desfibrilador, eu massageava, faziam a ventilação manual. Um, dois, três, quatro, cinco minutos.
- Victoria. Não podemos fazer mais nada. – Colocaram a mão no meu ombro e me olharam com pesar. – Hora da morte?
- Meia noite e quarenta e nove. – Engulo o choro e desço da mesa. – Eu dou a notícia a mãe. Fechem ela e peçam ao necrotério para deixá-la bonita.
Caminhei do centro cirúrgico até a área de espera na tentativa de me recompor. Deveria ser fácil diante de tudo que passei e fui treinada, mas viver no mundo era muito diferente do que estar isolada e não saber o que são sentimentos e a vida de verdade. Atravessei a porta, tirei as luvas rosadas e olhei para aquela mulher desesperada. Percebi que ela havia passado pelo PS também. Estava com hematomas escuros e também com cortes pelo corpo, muito provável ser vítima de violência doméstica. Quando seus olhos me encontraram, sua cabeça balançava em negação. Já sentia o que estava por vir.
- Sinto muito. Fizemos tudo o possível. – Digo com pesar.
- Não. Não. Não. Minha filha não! – A mãe gritava desesperada.
Eu a segurei e tentei acalmá-la. Ela se debatia em meus braços e sua dor era palpável. Me doía a ver daquela forma e ver a sua energia transmutar. Densa e escura. Triste. O azul mais escuro da noite mais escura. A aceitação seria difícil. O luto seria eterno. Senti algumas lágrimas escorrerem e vi Damian me encarar surpreso. Era como eu havia dito a ele. A vida aqui fora não é fácil. Ela então teve uma breve calmaria e me deu o tempo certo para conversarmos.
- O que eu puder fazer pela senhora é só me dizer. Sei que é uma situação difícil, mas posso ajudar com a papelada, com o enterro e algo a mais. – Fiquei ali a abraçando. Sua filha era minha última paciente e a quarta morte da noite. Uma morte de uma criança era muito mais dolorosa. Ela tinha uma vida inteira para aproveitar e se foi.
- Vamos embora, Damian. – Digo chamando sua atenção.
- Aquela garota... – Começou sugestivo.
- Não é sempre que conseguimos salvar a todos. – Pego nossas mochilas e caminho em direção ao estacionamento. – Você vai fazer a ronda comigo hoje.
- Tem certeza de que está bem para isso? – Sorri por dentro. Era bom vê-lo se importando comigo.
- E por que não estaria? Esqueceu de que fui treinada para perder vidas? Vamos assustar alguns bandidos. Nos divertir. – Bagunço seu cabelo para descontrair.
- Ela tinha minha idade, não é? – Mordi os lábios. Abro o carro e me sento no banco do motorista ainda me sentindo mal por ter perdido a criança.
- Quase da sua idade.
- E é assim que as pessoas ficam quando perdem alguém? Sentem... essa dor?
- Está sentindo empatia, irmão? – Sorrio. – Isso é bom.
- Não é empatia. – Resmungou. – Só fiquei curioso.
Fiquei em silêncio apreciando a pequena vitória. Eu tinha feito bem em o levar para o hospital para que ele saboreasse um pouco da vida dos meros mortais. O fazer verbalizar tais sentimentos era um avanço.
Fomos à mansão, nos trocamos e nos atiramos na noite. Dirigi pela Ponte Robert Kane e segui até Crime Alley. Era um bom lugar para começarmos a caçar bandidos.
Damian sabia ser silencioso, mas ainda era muito violento. Descompensado na luta corpo a corpo. Quanto mais eu o reprendia, mais irritado ele ficava. Seu automático fazia com que ele eliminasse em vez de apagar os criminosos. Foi quando lembrei das vezes que papai fazia seu interrogatório e depois amarrava o bandido em algum poste ou o deixava pendurado como um saco de pancadas.
- Preste atenção. – Sussurrei. – Vou pegar aqueles dois e você espera meu sinal. Depois os amarra e deixa a marca do Batman.
- Por que você fica com a parte divertida? – Resmungou mais uma vez.
- Porque você ainda não aprendeu a controlar os punhos. Lei da atração. – Ri com sua cara de desgosto. – Ao meu sinal.
Quando estávamos voltando para a mansão, senti uma energia diferente perto da Torre do Relógio. Eu podia jurar ter visto alguém pular dela, mas seria loucura. Bárbara já havia aposentado sua carreira como Batgirl e Spoiler havia sumido do radar. Muitos diziam que ela havia morrido. Talvez estivesse cansada e meu corpo começara a criar ilusões. Já fazia semanas que não dormia e basicamente estava testando minha capacidade de me manter acordada e sem me alimentar ao limite.
Chegamos na mansão por volta das quatro e meia da manhã. Se nosso pai estivesse em casa, com certeza estaríamos levando uma bronca por voltar tão tarde.
Tudo estava apagado.
Era estranho ver nossa casa assim, desligada. Era muita mansão para poucas pessoas, mas eu tinha que entender que ela estava na nossa família há gerações. Antigamente tudo era grande e volumoso.
Subimos as escadas nos arrastando. Estávamos cansados demais. Tomamos nossos banhos e fomos para o quarto do meu irmão. O observei por longos instantes até criar coragem para questioná-lo. Eu tinha certeza de que havia visto alguém saltar da Torre do Relógio em trajes tão negros quanto a noite.
- Damian. – O chamei.
- Hmm?
- Você viu alguém na Torre?
- Do relógio? – Afirmei. – Acho que não. Estou com muito sono, Victoria.
- Acho que também estou... – Resmungo sentindo minha cabeça doer.
- Acha que viu alguém? – Afirmo. – Você raramente erra...
- Isso que me aflige. Talvez se eu ligasse para a Barb, ela poderia me dizer.
- Amanhã, irmã... agora vamos só dormir.
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ministeriofaladeus · 1 year
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Não é no nosso tempo, mas no tempo de Deus! Vamos entender isso. Jesus foi avisado que seu amigo Lázaro estava muito enfermo, mas diz a Bíblia que Jesus ouvindo isso ainda permaneceu dois dias no lugar onde estava, você percebe, Jesus amava Lázaro, sabia que ele estava doente e haveria de morrer antes de sua chegada, porém ele não foi de imediato para curá-lo. “E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. João 11:4. Entenda que, mesmo quando estamos enfermos, passando provas, tribulações, o nosso problema não é para a morte mas para a glória de Deus! JESUS tem o tempo exato e sabe a hora certa de agir, o interessante é que quando Jesus chegou em Betânia lázaro já estava a quatro dias morto, então Marta foi ao seu encontro e disse: ” Senhor se tu estivesse aqui meu irmão não teria morrido”. Muitas são as vezes que dizemos a mesma coisa, se o Senhor estivesse comigo não aconteceria isso, eu não passaria essa prova, não é mesmo? Talvez você ainda não sabe é que mesmo em meio as lutas, em meio as provas, Deus se faz presente e nos prepara para o milagre da ressurreição. RESSURREIÇÃO DA SUA FAMÍLIA, DA SUA VIDA ESPIRITUAL! Pare de murmurar, de reclamar, Deus tem o tempo certo de todas as coisas. Olha que Jesus disse para Marta: “Quem crê em mim, mesmo que esteja morto viverá.” CREIA! “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”. Eclesiastes 3:1. - Ministério de Evangelização Fala DEUS 📖🔥 - #bomdia #palavradedeus #bibliadiaria #deusébom #jesus #maravilhosagraca #salvacao #sabedoria #espiritosanto #jovemsabia #devocional #milagre #jesusteama #versiculo #reinodedeus #pensenisso #ministeriofaladeus https://www.instagram.com/p/CnO54K2Lyz8/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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joseane-assis · 2 months
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A parábola do rico e Lázaro
19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. 20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. 21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. 23 E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. 24 E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. 25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. 26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá. 27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, 28 pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. 29 Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. 30 E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. 31 Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
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Biografia — Novo Testamento — Apóstolo Tomé / Dídimo
Graça, Paz e Alegria!
Mensagem do Portal Evangélico Compartilhando Na Web.
Tomé seria um nome de origem aramaica e Dídimo, grega. O significado seria o mesmo: gêmeo, par. A Bíblia não trata de nenhum irmão gêmeo dele, mas pelo nome, imagina-se que ele tivesse.
Ele seria outro candidato a uma personalidade de extremos. Sua fala sobre “ir para morrer junto com Jesus” no episódio da ressurreição de Lázaro (João 11.16) pode indicar tanto receio pela vida como disposição a enfrentar esse tormento. Mas na prisão de Jesus, como os demais, acabou dispersando. Mesmo Pedro que acompanhou mais de perto, tentava manter sigilo sobre sua situação enquanto discípulo.
Tomé ainda falou sobre não saber para onde Jesus iria e, assim, não conhecia o caminho. Foi aí que Jesus disse ser o caminho, a verdade e a vida!
Quando da ressurreição de Jesus, Tomé não estava junto com os demais quando o Senhor apareceu a primeira vez e só acreditaria vendo e tocando as feridas. Esse episódio rende a ele o ser tido como incrédulo, pois acreditou na outra vez, quando viu. Jesus convida ao toque, mas a Bíblia não diz que Tomé fez necessariamente. A fala de Jesus limitando ao “me viste” gera a impressão que o toque não foi necessário. Da dúvida para a certeza, mais um que mostra que Jesus pode mudar completamente as pessoas!
A tradição registra a possibilidade de Tomé ter pregado o Evangelho na Índia e na Síria. Dificilmente o Evangelho de Tomé seria de sua autoria, parece mais um texto que tentou ter alguma legitimidade usando o nome de um discípulo.
Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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ocombatenterondonia · 5 months
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Alice Camargo prestigia o amigo Theo Matos em pré-estreia do filme "O Primeiro Natal do Mundo"
No último final de semana, a atriz Alice Camargo, atualmente no ar em Fuzuê, prestigiou a pré-estreia de “O Primeiro Natal do Mundo”. O longa, dirigido por Suzana Garcia, chegará no dia 8 de dezembro na plataforma de streaming Prime Vídeo. O filme é estrelado por Ingrid Guimarães, Lázaro Ramos, Fabiana Karla e grande elenco. Acompanhada dos irmãos também atores, Júlia Camargo e Pedro Camargo, a…
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