Tumgik
#casa tomada
ananayellow · 1 year
Text
Tumblr media Tumblr media
Casa Tomada
16 notes · View notes
bracketsoffear · 2 months
Text
Tumblr media
Revenge of the Shadow People (R.L. Stine) "Afraid of your own shadow? Vinny Salvo is. Lately weird things have been happening to his shadow. It's grown horns. And claws. And big sharp teeth! Now it's coming after him!
Vinny needs someplace to hide -- and quick.
But where can you hide from your own shadow?"
Casa tomada (House taken over) (Julio Cortázar) "It tells the story of a brother and sister living together in their ancestral home which is being "taken over" by unknown entities. The mystery that revolves around what those entities are is largely left up to interpretation, allowing the genre of the story to vary from fantasy to psychological fiction to magic realism to political fiction, among others."
5 notes · View notes
Text
Una casa tomada
En cuanto a tareas hogareñas soy un inútil, parcial o completo según el día. Lo compruebo cuando mi madre me pide ayuda con algo que antes hacía mi padre, lo intento porque si tengo éxito siento que es una forma de mantener algo vivo de él, pero por el momento lo único que puedo hacer con relativo éxito es ayudar a mi madre con las compras y las deudas, regar las plantas que mi padre dejó en el patio, más vivas que nunca (por suerte antes de morir me dejó indicaciones precisas cuando le dije que podía ayudarle con eso), y cuando llegue navidad aunque a mi me importa un carajo pienso armar el árbol porque a él le encantaba, y creo que mi madre no va a sentir tanto el vacío si el árbol navideño está ahí, con la pulcritud con la que mi padre lo adornaba para que la estética y la simetría estuvieran en paz con su TOC. Pero un día mi madre me preguntó ¿Y si aparece una araña? En mi familia la línea materna se caracteriza por muchas cosas, la que más destaca es un terror inenarrable a cualquier criatura viva con más de cuatro patas. Es como el límite de tolerancia de nuestro pánico, el otro límite está en quienes no tienen patas por característica de su especie (serpientes, gusanos). Lo que me llevó a pensar siempre que la mentira debe tener entre 1 y 4 patas porque nos llevamos bastante bien con ella. ¿Y si aparece una araña? Mi madre me miraba suplicante y yo no podía dejarla sin una solución, siempre fue mi padre el encargado de dominar toda criatura del planeta. Con una maestría envidiable se las arreglaba para devolver al bicho a su hábitat natural, era casi imposible que matara. Mi madre y yo no podemos hacer nada, ni matar ni devolver ni tocar ni acercarnos siquiera a 500 metros a esas formas de vida. -¿Y si aparece una araña? -Madre, en tal caso habrá que mudarse. Nunca estuvimos más de acuerdo.
Tumblr media
Acostumbradoalfindelmundolandia: linktr.ee/acostumbradoalfindelmundo
2 notes · View notes
mistergreatbones · 17 days
Text
you know what We Have Always Lived in the Castle reminds me of? House Taken Over / Casa Tomada by Julio Cortazar
1 note · View note
amor-barato · 7 months
Text
Casa Tomada – um conto de Julio Cortázar
Gostávamos da casa porque, além de ser espaçosa e antiga (as casas antigas de hoje sucumbem às mais vantajosas liquidações dos seus materiais), guardava as lembranças de nossos bisavós, do avô paterno, de nossos pais e de toda a nossa infância.
Acostumamo-nos Irene e eu a persistir sozinhos nela, o que era uma loucura, pois nessa casa poderiam viver oito pessoas sem se estorvarem. Fazíamos a limpeza pela manhã, levantando-nos às sete horas, e, por volta das onze horas, eu deixava para Irene os últimos quartos para repassar e ia para a cozinha. O almoço era ao meio-dia, sempre pontualmente; já que nada ficava por fazer, a não ser alguns pratos sujos. Gostávamos de almoçar pensando na casa profunda e silenciosa e em como conseguíamos mantê-la limpa. Às vezes chegávamos a pensar que fora ela a que não nos deixou casar. Irene dispensou dois pretendentes sem motivos maiores, eu perdi Maria Esther pouco antes do nosso noivado. Entramos na casa dos quarenta anos com a inexpressada idéia de que o nosso simples e silencioso casamento de irmãos era uma necessária clausura da genealogia assentada por nossos bisavós na nossa casa. Ali morreríamos algum dia, preguiçosos e toscos primos ficariam com a casa e a mandariam derrubar para enriquecer com o terreno e os tijolos; ou melhor, nós mesmos a derrubaríamos com toda justiça, antes que fosse tarde demais.
Irene era uma jovem nascida para não incomodar ninguém. Fora sua atividade matinal, ela passava o resto do dia tricotando no sofá do seu quarto. Não sei por que tricotava tanto, eu penso que as mulheres tricotam quando consideram que essa tarefa é um pretexto para não fazerem nada. Irene não era assim, tricotava coisas sempre necessárias, casacos para o inverno, meias para mim, xales e coletes para ela. Às vezes tricotava um colete e depois o desfazia num instante porque alguma coisa lhe desagradava; era engraçado ver na cestinha aquele monte de lã encrespada resistindo a perder sua forma anterior. Aos sábados eu ia ao centro para comprar lã; Irene confiava no meu bom gosto, sentia prazer com as cores e jamais tive que devolver as madeixas. Eu aproveitava essas saídas para dar uma volta pelas livrarias e perguntar em vão se havia novidades de literatura francesa. Desde 1939 não chegava nada valioso na Argentina. Mas é da casa que me interessa falar, da casa e de Irene, porque eu não tenho nenhuma importância. Pergunto-me o que teria feito Irene sem o tricô. A gente pode reler um livro, mas quando um casaco está terminado não se pode repetir sem escândalo. Certo dia encontrei numa gaveta da cômoda xales brancos, verdes, lilases, cobertos de naftalina, empilhados como num armarinho; não tive coragem de lhe perguntar o que pensava fazer com eles. Não precisávamos ganhar a vida, todos os meses chegava dinheiro dos campos que ia sempre aumentando. Mas era só o tricô que distraía Irene, ela mostrava uma destreza maravilhosa e eu passava horas olhando suas mãos como puas prateadas, agulhas indo e vindo, e uma ou duas cestinhas no chão onde se agitavam constantemente os novelos. Era muito bonito.
Como não me lembrar da distribuição da casa! A sala de jantar, uma sala com gobelins, a biblioteca e três quartos grandes ficavam na parte mais afastada, a que dá para a rua Rodríguez Pena. Somente um corredor com sua maciça porta de mogno isolava essa parte da ala dianteira onde havia um banheiro, a cozinha, nossos quartos e o salão central, com o qual se comunicavam os quartos e o corredor. Entrava-se na casa por um corredor de azulejos de Maiorca, e a porta cancela ficava na entrada do salão. De forma que as pessoas entravam pelo corredor, abriam a cancela e passavam para o salão; havia aos lados as portas dos nossos quartos, e na frente o corredor que levava para a parte mais afastada; avançando pelo corredor atravessava-se a porta de mogno e um pouco mais além começava o outro lado da casa, também se podia girar à esquerda justamente antes da porta e seguir pelo corredor mais estreito que levava para a cozinha e para o banheiro. Quando a porta estava aberta, as pessoas percebiam que a casa era muito grande; porque, do contrário, dava a impressão de ser um apartamento dos que agora estão construindo, mal dá para mexer-se; Irene e eu vivíamos sempre nessa parte da casa, quase nunca chegávamos além da porta de mogno, a não ser para fazer a limpeza, pois é incrível como se junta pó nos móveis. Buenos Aires pode ser uma cidade limpa; mas isso é graças aos seus habitantes e não a outra coisa. Há poeira demais no ar, mal sopra uma brisa e já se apalpa o pó nos mármores dos consoles e entre os losangos das toalhas de macramê; dá trabalho tirá-lo bem com o espanador, ele voa e fica suspenso no ar um momento e depois se deposita novamente nos móveis e nos pianos.
Lembrarei sempre com toda a clareza porque foi muito simples e sem circunstâncias inúteis. Irene estava tricotando no seu quarto, por volta das oito da noite, e de repente tive a idéia de colocar no fogo a chaleira para o chimarrão. Andei pelo corredor até ficar de frente à porta de mogno entreaberta, e fazia a curva que levava para a cozinha quando ouvi alguma coisa na sala de jantar ou na biblioteca. O som chegava impreciso e surdo, como uma cadeira caindo no tapete ou um abafado sussurro de conversa. Também o ouvi, ao mesmo tempo ou um segundo depois, no fundo do corredor que levava daqueles quartos até a porta. Joguei-me contra a parede antes que fosse tarde demais, fechei-a de um golpe, apoiando meu corpo; felizmente a chave estava colocada do nosso lado e também passei o grande fecho para mais segurança.
Entrei na cozinha, esquentei a chaleira e, quando voltei com a bandeja do chimarrão, falei para Irene:
— Tive que fechar a porta do corredor. Tomaram a parte dos fundos.
Ela deixou cair o tricô e olhou para mim com seus graves e cansados olhos.
— Tem certeza?
Assenti.
— Então — falou pegando as agulhas — teremos que viver deste lado.
Eu preparava o chimarrão com muito cuidado, mas ela demorou um instante para retornar à sua tarefa. Lembro-me de que ela estava tricotando um colete cinza; eu gostava desse colete.
Os primeiros dias pareceram-nos penosos, porque ambos havíamos deixado na parte tomada muitas coisas de que gostávamos. Meus livros de literatura francesa, por exemplo, estavam todos na biblioteca. Irene pensou numa garrafa de Hesperidina de muitos anos. Freqüentemente (mas isso aconteceu somente nos primeiros dias) fechávamos alguma gaveta das cômodas e nos olhávamos com tristeza.
— Não está aqui.
E era mais uma coisa que tínhamos perdido do outro lado da casa.
Porém também tivemos algumas vantagens. A limpeza simplificou-se tanto que, embora levantássemos bem mais tarde, às nove e meia por exemplo, antes das onze horas já estávamos de braços cruzados. Irene foi se acostumando a ir junto comigo à cozinha para me ajudar a preparar o almoço. Depois de pensar muito, decidimos isto: enquanto eu preparava o almoço, Irene cozinharia os pratos para comermos frios à noite. Ficamos felizes, pois era sempre incômodo ter que abandonar os quartos à tardinha para cozinhar. Agora bastava pôr a mesa no quarto de Irene e as travessas de comida fria.
Irene estava contente porque sobrava mais tempo para tricotar. Eu andava um pouco perdido por causa dos livros, mas, para não afligir minha irmã, resolvi rever a coleção de selos do papai, e isso me serviu para matar o tempo. Divertia-nos muito, cada um com suas coisas, quase sempre juntos no quarto de Irene que era o mais confortável. Às vezes Irene falava:
— Olha esse ponto que acabei de inventar. Parece um desenho de um trevo?
Um instante depois era eu que colocava na frente dos seus olhos um quadradinho de papel para que olhasse o mérito de algum selo de Eupen e Malmédy. Estávamos muito bem, e pouco a pouco começamos a não pensar. Pode-se viver sem pensar.
(Quando Irene sonhava em voz alta eu perdia o sono. Nunca pude me acostumar a essa voz de estátua ou papagaio, voz que vem dos sonhos e não da garganta. Irene falava que meus sonhos consistiam em grandes sacudidas que às vezes faziam cair o cobertor ao chão. Nossos quartos tinham o salão no meio, mas à noite ouvia-se qualquer coisa na casa. Ouvíamos nossa respiração, a tosse, pressentíamos os gestos que aproximavam a mão do interruptor da lâmpada, as mútuas e frequentes insônias.
Fora isso tudo estava calado na casa. Durante o dia eram os rumores domésticos, o roçar metálico das agulhas de tricô, um rangido ao passar as folhas do álbum filatélico. A porta de mogno, creio já tê-lo dito, era maciça. Na cozinha e no banheiro, que ficavam encostados na parte tomada, falávamos em voz mais alta ou Irene cantava canções de ninar. Numa cozinha há bastante barulho da louça e vidros para que outros sons irrompam nela. Muito poucas vezes permitia-se o silêncio, mas, quando voltávamos para os quartos e para o salão, a casa ficava calada e com pouca luz, até pisávamos devagar para não incomodar-nos. Creio que era por isso que, à noite, quando Irene começava a sonhar em voz alta, eu ficava logo sem sono.)
É quase repetir a mesma coisa menos as consequências. Pela noite sinto sede, e antes de ir para a cama eu disse a Irene que ia até a cozinha pegar um copo d'água. Da porta do quarto (ela tricotava) ouvi barulho na cozinha ou talvez no banheiro, porque a curva do corredor abafava o som. Chamou a atenção de Irene minha maneira brusca de deter-me, e veio ao meu lado sem falar nada. Ficamos ouvindo os ruídos, sentindo claramente que eram deste lado da porta de mogno, na cozinha e no banheiro, ou no corredor mesmo onde começava a curva, quase ao nosso lado.
Sequer nos olhamos. Apertei o braço de Irene e a fiz correr comigo até a porta cancela, sem olhar para trás. Os ruídos se ouviam cada vez mais fortes, porém surdos, nas nossas costas. Fechei de um golpe a cancela e ficamos no corredor. Agora não se ouvia nada.
— Tomaram esta parte — falou Irene. O tricô pendia das suas mãos e os fios chegavam até a cancela e se perdiam embaixo da porta. Quando viu que os novelos tinham ficado do outro lado, soltou o tricô sem olhar para ele.
— Você teve tempo para pegar alguma coisa? — perguntei-lhe inutilmente.
— Não, nada.
Estávamos com a roupa do corpo. Lembrei-me dos quinze mil pesos no armário do quarto. Agora já era tarde.
Como ainda ficara com o relógio de pulso, vi que eram onze da noite. Enlacei com meu braço a cintura de Irene (acho que ela estava chorando) e saímos assim à rua. Antes de partir senti pena, fechei bem a porta da entrada e joguei a chave no ralo da calçada. Não fosse algum pobre-diabo ter a idéia de roubar e entrar na casa, a essa hora e com a casa tomada.
0 notes
whileiamdying · 8 months
Text
Casa Tomada
(🔊 Audio)
Nos gustaba la casa porque aparte de espaciosa y antigua (hoy que las casas antiguas sucumben a la más ventajosa liquidación de sus materiales), guardaba los recuerdos de nuestros bisabuelos, el abuelo paterno, nuestros padres y toda la infancia.
Nos habituamos Irene y yo a persistir solos en ella, lo que era una locura, pues en esa casa podían vivir ocho personas sin estorbarse. Hacíamos la limpieza por la mañana, levantándonos a las siete, y a eso de las once yo le dejaba a Irene las últimas habitaciones por repasar y me iba a la cocina.
Almorzábamos a mediodía, siempre puntuales; ya no quedaba nada por hacer fuera de unos pocos platos sucios. Nos resultaba grato almorzar pensando en la casa profunda y silenciosa y cómo nos bastábamos para mantenerla limpia. A veces llegamos a creer que era ella la que no nos dejó casarnos. Irene rechazó dos pretendientes sin mayor motivo, a mí se me murió María Esther antes que llegáramos a comprometernos. Entramos en los cuarenta años con la inexpresada idea que el nuestro, simple y silencioso matrimonio de hermanos, era necesaria clausura de la genealogía asentada por los bisabuelos en nuestra casa.
Nos moriríamos allí algún día, vagos y esquivos primos se quedarían con la casa y la echarían al suelo para enriquecerse con el terreno y los ladrillos; o mejor, nosotros mismos la voltearíamos justicieramente antes que fuese demasiado tarde. Irene era una chica nacida para no molestar a nadie. Aparte de su actividad matinal se pasaba el resto del día tejiendo en el sofá de su dormitorio. No sé por qué tejía tanto, yo creo que las mujeres tejen cuando han encontrado en esa labor el gran pretexto para no hacer nada. Irene no era así, tejía cosas siempre necesarias, tricotas para el invierno, medias para mí, mañanitas y chalecos para ella. A veces tejía un chaleco y después lo destejía en un momento porque algo no le agradaba; era gracioso ver en la canastilla el montón de lana encrespada resistiéndose a perder su forma de algunas horas. Los sábados iba yo al centro a comprarle lana; Irene tenía fe en mi gusto, se complacía con los colores y nunca tuve que devolver madejas. Yo aprovechaba esas salidas para dar una vuelta por las librerías y preguntar vanamente si había novedades en literatura francesa. DesdPero es de la casa que me interesa hablar, de la casa y de Irene, porque yo no tengo importancia. Me pregunto qué hubiera hecho Irene sin el tejido. Uno puede releer un libro, pero cuando un pulóver está terminado no se puede repetirlo sin escándalo. Un día encontré el cajón de abajo de la cómoda de alcanfor lleno de pañoletas blancas, verdes, lila. Estaban con naftalina, apiladas como en una mercería; no tuve valor de preguntarle a Irene qué pensaba hacer con ellas. No necesitábamos ganarnos la vida, todos los meses llegaba la plata de los campos y el dinero aumentaba. Pero a Irene solamente la entretenía el tejido, mostraba una destreza maravillosa y a mí se me iban las horas viéndole las manos como erizos plateados, agujas yendo y viniendo y una o dos canastillas en el suelo donde se agitaban constantemente los ovillos. Era hermoso.
Cómo no acordarme de la distribución de la casa. El comedor, una sala con gobelinos, la biblioteca y tres dormitorios grandes quedaban en la parte más retirada, la que mira hacia Rodríguez Peña. Solamente un pasillo con su maciza puerta de roble aislaba esa parte del ala delantera donde había un baño, la cocina, nuestros dormitorios y el living central, al cual comunicaban los dormitorios y el pasillo. Se entraba a la casa por un zaguán con mayólica, y la puerta cancel daba al living. De manera que uno entraba por el zaguán, abría la cancel y pasaba al living; tenía a los lados las puertas de nuestros dormitorios, y al frente el pasillo que conducía a la parte más retirada; avanzando por el pasillo se franqueaba la puerta de roble y más allá empezaba el otro lado de la casa, o bien se podía girar a la izquierda justamente antes de la puerta y seguir por un pasillo más estrecho que llevaba a la cocina y al baño. Cuando la puerta estaba abierta advertía uno que la casa era muy grande; si no, daba la impresión de un departamento de los que se edifican ahora, apenas para moverse; Irene y yo vivíamos siempre en esta parte de la casa, casi nunca íbamos más allá de la puerta de roble, salvo para hacer la limpieza, pues es increíble cómo se junta tierra en los muebles. Buenos Aires será una ciudad limpia, pero eso lo debe a sus habitantes y no a otra cosa. Hay demasiada tierra en el aire, apenas sopla una ráfaga se palpa el polvo en los mármoles de las consolas y entre los rombos de las carpetas de macramé; da trabajo sacarlo bien con plumero, vuela y se suspende en el aire, un momento después se deposita de nuevo en los muebles y en los pianos. Lo recordaré siempre con claridad porque fue simple y sin circunstancias inútiles. Irene estaba tejiendo en su dormitorio, eran las ocho de la noche y de repente se me ocurrió poner al fuego la pavita del mate. Fui por el pasillo hasta enfrentar la entornada puerta de roble, y daba la vuelta al codo que llevaba a la cocina cuando escuché algo en el comedor o la biblioteca.
El sonido venía impreciso y sordo, como un volcarse de silla sobre la alfombra o un ahogado susurro de conversación. También lo oí, al mismo tiempo o un segundo después, en el fondo del pastiré contra la puerta antes que fuera demasiado tarde, la cerré de golpe apoyando el cuerpo; felizmente la llave estaba puesta de nuestro lado y además corrí el gran cerrojo para más seguridad.
Fui a la cocina, calenté la pavita, y cuando estuve de vuelta con la bandeja del mate le dije a Irene:
—Tuve que cerrar la puerta del pasillo. Han tomado la parte del fondo. Dejó caer el tejido y me miró con sus graves ojos cansados.
—¿Estás seguro?
Asentí.
—Entonces —dijo recogiendo las agujas— tendremos que vivir en este lado.
Yo cebaba el mate con mucho cuidado, pero ella tardó un rato en reanudar su labor. Me acuerdo que tejía un chaleco gris; a mí me gustaba ese chaleco.
Los primeros días nos pareció penoso porque ambos habíamos dejado en la parte tomada muchas cosas que queríamos. Mis libros de literatura francesa, por ejemplo, estaban todos en la biblioteca. Irene extrañaba unas carpetas, un par de pantuflas que tanto la abrigaban en invierno. Yo sentía mi pipa de enebro y creo que Irene pensó en una botella de Hesperidina de muchos años. Con frecuencia (pero esto solamente sucedió los primeros días) cerrábamos algún cajón de las cómodas y nos mirábamos con tristeza.
—No está aquí.
Y era una cosa más de todo lo que habíamos perdido al otro lado de la casa.
Pero también tuvimos ventajas. La limpieza se simplificó tanto que aun levantándose tardísimo, a las nueve y media por ejemplo, no daban las once y ya estábamos de brazos cruzados. Irene se acostumbró a ir conmigo a la cocina para ayudarme a preparar el almuerzo. Lo pensamos bien y se decidió esto: mientras yo preparaba el almuerzo, Irene cocinaría platos para comer fríos de noche. Nos alegramos porque siempre resulta molesto tener que abandonar los dormitorios al atardecer y ponerse a cocinar. Ahora nos bastaba con la mesa en el dormitorio de Irene y las fuentes de comida fiambre.
Irene estaba contenta porque le quedaba más tiempo para tejer. Yo andaba un poco perdido a causa de los libros, pero por no afligir a mi hermana me puse a revisar la colección de estampillas de papá, y eso me sirvió para matar el tiempo. Nos divertíamos mucho, cada uno en sus cosas, casi siempre reunidos en el dormitorio de Irene que era más cómodo. A veces Irene decía:
—Fíjate este punto que se me ha ocurrido. ¿No da un dibujo de trébol?
Un rato después era yo el que le ponía ante los ojos un cuadrito de papel para que viese el mérito de algún sello de Eupen y Malmédy. Estábamos bien, y poco a poco empezábamos a no pensar. Se puede vivir sin pensar.
(Cuando Irene soñaba en alta voz yo me desvelaba en seguida. Nunca pude habituarme a esa voz degarganta. Irene decía que mis sueños consistían en grandes sacudones que a veces hacían caer el cobertor. Nuestros dormitorios tenían el living de por medio, pero de noche se escuchaba cualquier cosa en la casa. Nos oíamos respirar, toser, presentíamos el ademán que conduce a la llave del velador, los mutuos y frecuentes insomnios.
Aparte de eso, todo estaba callado en la casa. De día eran los rumores domésticos, el roce metálico de las agujas de tejer, un crujido al pasar las hojas del álbum filatélico. La puerta de roble, creo haberlo dicho, era maciza. En la cocina y el baño, que quedaban tocando la parte tomada, nos poníamos a hablar en voz más alta o Irene cantaba canciones de cuna. En una cocina hay demasiado ruido de loza y vidrios para que otros sonidos irrumpan en ella. Muy pocas veces permitíamos allí el silencio, pero cuando tornábamos a los dormitorios y al living, entonces la casa se ponía callada y a media luz, hasta pisábamos más despacio para no molestarnos. Yo creo que era por eso que de noche, cuando Irene empezaba a soñar en voz alta, me desvelaba en seguida.)
Es casi repetir lo mismo salvo las consecuencias. De noche siento sed, y antes de acostarnos le dije a Irene que iba hasta la cocina a servirme un vaso de agua. Desde la puerta del dormitorio (ella tejía) oí ruido en la cocina; tal vez en la cocina o tal vez en el baño porque el codo del pasillo apagaba el sonido. A Irene le llamó la atención mi brusca manera de detenerme, y vino a mi lado sin decir palabra. Nos quedamos escuchando los ruidos, notando claramente que eran de este lado de la puerta de roble, en la cocina y el baño, o en el pasillo mismo donde empezaba el codo, casi al lado nuestro.
No nos miramos siquiera. Apreté el brazo de Irene y la hice correr conmigo hasta la puerta cancel, sin volvernos hacia atrás. Los ruidos se oían más fuerte, pero siempre sordos, a espaldas nuestras. Cerré de un golpe la cancel y nos quedamos en el zaguán. Ahora no se oía nada.
—Han tomado esta parte —dijo Irene. El tejido le colgaba de las manos y las hebras iban hasta la cancel y se perdían debajo. Cuando vio que los ovillos habían quedado del otro lado, soltó el tejido sin mirarlo.
—¿Tuviste tiempo de traer alguna cosa? —le pregunté inútilmente.
—No, nada.
Estábamos con lo puesto. Me acordé de los quince mil pesos en el armario de mi dormitorio. Ya era tarde ahora.
No fuese que a algún pobre diablo se le ocurriera robar y se metiera en la casa, a esa hora y con la casa tomada.
— Julio Cortázar
0 notes
elcorreografico · 2 years
Text
Circuito gastronómico con el alcaucil platense como protagonista
#LaPlata #Turismo #FiestadelAlcaucil | #Circuitogastronómico con el #alcaucilplatense como protagonista
Más de una veintena de locales pondrán a disposición de sus clientes opciones elaboradas con el fruto emblema de la Ciudad, el alcaucil platense. La iniciativa se extenderá desde el 25 de septiembre hasta el 15 de octubre. “Desde el Municipio difundimos uno de nuestros productos típicos más representativos a través de ferias, paseos gastronómicos y charlas informativas”, destacó el presidente del…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
lunamarish · 10 months
Text
[...]
a me di tutto l’italiano basterebbe poco soltanto qualche vocabolo, ma da dire con quella sicurezza come madre padre figlio e la parola casa come una parentesi che chiude la parola noi.
Francesco Tomada
4 notes · View notes
roseferncal · 2 years
Text
i know this definitely isnt true but like. i choose to believe that the only reason publishers nowadays keep including those extra white pages at the beginning of books is explicitly so that people can still write a short message to the person they're giving the book to :)
5 notes · View notes
algumaideia · 1 year
Text
Interisting how the two pieces of Argentinian literature I'm interested in reading and know that exist are short stories.
1 note · View note
groupieaesthetic · 1 month
Text
Aliança na mão, calcinha vai pro chão!
!!! Pra mim nem todo mundo do elenco ia seguir a linha de aliança no dedo pra demonstrar o amor que sente pela amada!!
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Enzo: Uma coisa que só você, ele e um tatuador muito simpático de Montevidéu sabem é a tatuagem que você e Enzo fizeram como maneira de demonstrar o amor entre vocês. COM TODA A CERTEZA, essa tatuagem foi algo na qual vocês pensaram muito antes de fazer, pesquisaram os melhores tatuadores da cidade e somente depois de ter 100% de certeza que queriam aquilo e que o tatuador guardaria sigilo foram em frente com o plano.
Um desenho simples e pequeno. Em Enzo estava presente no tornozelo (um lugar fácil de esconder e que não iria interferir em nada em nenhum futuro projeto dele). Em você estava na parte de trás do pescoço.
add: mesmo querendo total sigilo Enzo posta somente o esboço do desenho ainda no papel em um story no Instagram.
Kuku: Após perceberem que nenhuma aliança agradava vocês, os dois resolveram a questão de uma maneira simples. Em uma viagem pelas praia do Brasil pediram para um moço que vendia sua arte se seria possível eles fazer duas pulseiras para vocês. O rapaz sorriu para o casal e mandou um "claro casal bonito". Em alguns minutos os dois tinham duas pulseiras em seus pulsos. Esteban escolheu como seria a sua, e você ajudou a confeccionar a dele. Nenhum dos dois jamais se arrependeu da escolha tomada.
add: no casamento de vocês sem você saber ele de alguma maneira ENCONTROU O MOÇO DA PRAIA e pediu para que ele fizesse novas pulseiras, mas dessa vez "para o dia mais importante da vida dele".
Matías: Por favor não me matem mas só consigo ver uma coisa para o Matías: piercing microdermal.
Óbvio, vocês pesquisaram e mesmo sabendo dos riscos resolveram fazer. Não preciso nem falar que na hora os dois estavam quase desmaiando com medo das agulhas, furos e tudo mais. Mas ocorreu tudo bem.
Mas o final da história foi: nenhum dos dois cuidou muito bem e o Matías QUASE teve que passar por procedimento médico por conta do piercing.
Por conta disso optaram por uma opção melhor (que deveria ter sido a primeira!). Vocês compraram um par de brincos bem no estilo daqueles pretinhos com uma cruz e ficou um pra cada.
add: um dia o Matías te viu sem e ficou o resto do dia falando "se soubesse que seria assim então nem teria comprado" *emoji bravo*
Simon: Após horas de ensaio para o próximo projeto Simon chegou na sua casa com uma cara que te fez pensar: "esse aí fez merda". Mas antes que você pudesse perguntar ele começou:
"ME PERDOA AMOR EU PERDI A MINHA ALIANÇA! EU TIVE QUE TIRAR PRO TESTE DE FIGURINO E PERDI! ME PERDOA MULHER!"
Você ficou olhando pra ele por no mínimo 2 minutos enquanto ele te olhava com uma cara de "topa tudo por buceta e por perdão".
Após dois dias desse acontecimento enquanto assistia vídeos no Tiktok uma solução apareceu.
Simon estranhou quando te viu passar do quarto pra cozinha e depois da cozinha pro quarto segurando uma tesoura. Minutos depois você apareceu do lado dele no sofá sorrindo.
"Lembra que você perdeu nossa aliança?"
"Como que eu esqueço mulher, você me lembra a cada 15 minutos"
Revirando os olhos você pega o pulso dele e coloca a "pulseira".
Ele te olha com cara de poucas idéias esperando uma resposta da onde 'ce' tirou isso.
"É a alça do meu sutiã que eu usei a primeira vez que a gente transou. Vê se não perde"
Preciso nem dizer que ele AMOU aquilo e antes mesmo de você chegar no quarto ele ja tava atrás de você te puxando pela cintura dando beijos no seu pescoço.
"Deixa eu retribuir o presente vai..."
97 notes · View notes
kyuala · 17 days
Note
Eu tava dando uma corridinha na praça aqui da minha city e quando parei pra tomar uma aguinha no quiosque, vi pertinho de mim, simplesmente o moleque mais lindo e malandro da minha vida 🤤
Eu tava com a minha mãe e ele com alguns amigos... infelizmente bebendo e fumando horrores em plena praça pública. Trocamos olhares e eu fiquei até desnorteada, mas ele parecia ser bem suspeito sabe
Daí pensei no Matías tendo uma namorada fofinha e super quietinha mas que acompanha ele nesses rolês estranhos, onde ele e os amigos bebem e fumam maconha enquanto ela fica lá no cantinho mexendo no celular e esperando eles terminarem para ir pra casa e foder bem fofinho com o Matías podre cheirando a cigarro e maconha
MEU DEUS AMG QUE DELÍCIA 🤤 pior que esses são os que mais mexem com a gente né.... e ele saberia! 😋👇🏼
Tumblr media
pensando aqui 💭 num matías skatista, jovem vagabundo e trambiqueiro que não quer saber de muita coisa na vida além de skate, amigos e maconha. todo mundo até achou que você fosse dar um jeito na vida dele quando começaram a ficar juntos mas o que mal sabem é que na real você adora isso nele. sempre foi toda quietinha e certinha, fazia tudo direitinho: tirava boas notas na escola, se comportava, sempre foi fofa e educada com todo mundo, a filha perfeita. e não que alguma coisa disso tenha mudado depois de matías (afinal, quem levava aquela vida era ele e não significava que você tinha que mudar de alguma forma) mas junto com a vida perfeita vinham um certo peso e um estresse, e estar com matías te livrava de tudo isso, mesmo que momentaneamente. também não é algo que faz para desagradar seus pais, como o próprio rapaz pensou de início (e, mesmo um pouco chateado, ele confessa que sentiu tesão nisso), até porque você tem uma relação boa com eles; apenas genuinamente gosta do garoto (e sabe que ele gosta de você) e gosta de estar com ele
ainda que fosse cercada pelos amigos dele e não puxasse junto, você gosta sempre de estar por perto, relaxar ao vê-lo relaxar quando puxa e faz fumaça com os parceiros, como se o seu estresse acabasse se esvaindo com o dele. e não dói nada o fato de que tem um certo carinho pelos amigos do namorado, sempre muito engraçados (já perdeu a conta de quantas vezes você chorou de rir de alguma discussão sem sentido entre pipe e blas, ou das viajadas filosóficas que santiago e simón dão sempre que estão chapados) e gentis com você apesar de não serem de muitos amigos, prontos para segurar qualquer bronca que apareça - até por isso você se sente tão confortável e segura na presença do grupo, completamente despreocupada de usar seu celular livremente na rua à noite, por exemplo, pois sabe que tem um grupo inteirinho de caras prontíssimos para te defender 🎀
a única outra coisa que matías adicionou à lista de prioridades dele depois que te conheceu foi, bem, você. e tudo que envolve você: estar contigo, te acompanhar para onde vai, aturar as perguntas invasivas e opiniões não solicitadas dos teus tios quando vai nos eventos da tua família, ouvir dos próprios pais que tentaram a vida inteira dele pra só chegar uma menina e tomar conta de tudo. mas além de tudo isso, claro, tem os pontos bons, como o fato de só ele poder te beijar, te abraçar, te tocar, te acariciar. e, óbvio, o sexo com você ganhou um lugar especial na lista de coisas favoritas dele, isso se já não foi direto pro topo após a primeira vez de vocês
matías é simplesmente obcecado por transar com você. até quando tá com os amigos, andando de skate ou fumando maconha a mente dele é tomada pelos pensamentos do teu corpo, as lembranças dos teus gemidos e tuas carinhas de prazer que ele adora tanto. qualquer coisa é desculpa pra ele tentar transar com você. inclusive o único lado ruim de você ter entrado na vida dele (já que deu uma acalmadinha no taz mania que ele era) pros amigos dele é que agora os rolês são bem mais curtos; ele simplesmente não aguenta te ver sentadinha toda bonitinha esperando por ele, toda comportadinha enquanto dá risada das besteiras dos amigos dele, cercada pelo bando de vagabundos e das coisas mais perigosas e baixas do mundo, aumentando o contraste
você até o segura um pouco, incentivando-o a ficar mais um pouquinho para curtirem a companhia do grupo tão querido mas na primeira oportunidade que tem ele já tá metendo o pé pra casa com você. só quer saber de chegar e meter em ti até não aguentar mais e isso fica claro assim que passam pela porta da sala escura da casa dele, onde ele já gruda os lábios no teu pescoço e as mãos no teu corpo. você até ri baixinho e o lembra de que os pais e o irmão estão em casa, podendo sair dos quartos e pegar vocês no ato a qualquer minuto mas ele é todo atentadinho e só manda um "ué, todo show tem que ter plateia, né?" que lhe rende um tapa no braço e logo ele se apressam pro quarto
e mesmo absolutamente chapado de droga ele sabe muito bem o que tá fazendo e o que tem que fazer pra te deixar doidinha de prazer; acho que o efeito até deixaria ele mais sexual, digamos assim. ele fica bem mais desejoso de você e perde completamente a noção do tempo, podendo ficar horas e horas só entre as tuas pernas se você permitir. também tem os movimentos mais atrasadinhos, metendo em você bem lentamente em contraste com todas as vezes que ele mete fundo e rápido em ti quando tá sóbrio. o cheiro de cigarro, maconha, bebida barata e o suor dele misturado com o perfume forte te deixa absurdamente ébria, alucinada de prazer com todos os teus sentidos sendo atacados ao mesmo tempo. também acho que ele fica mais romântico, agora que tem mais tempo e foco para te olhar direito nos olhos, admirar teu rosto e te encher de beijinhos quentes enquanto recita de novo e de novo o quanto te ama e é apaixonado por você 💔
68 notes · View notes
tecontos · 30 days
Text
Meu primo me tirou da seca quando estava separa do meu marido.
By; Kelly
Oi, me chamo Kelly, tenho 36 anos, morena, cabelos castanhos, seios grandes, bunda grande, gordinha, enfim, uma mulher comum.
Sou casada há 10 anos com Carlos que fora meu primeiro e único homem até então. Por me achar gorda e não chamar a atenção dos homens acabei me casando logo com o primeiro homem que se interessou por mim.
No começo era muito amor, carinho, porém no sexo nunca me senti totalmente feliz e com o tempo comecei a ter fantasias, vontade de conhecer outros homens, porém devido minha criação religiosa e minha insegurança nunca me envolvi com ninguém.
Pois bem, o que passo a contar aconteceu em meados de 2022, nessa época, meu marido e eu decidimos dar um tempo no casamento, as coisas não funcionavam mais direito e ele foi embora de casa. Por não termos filhos, tudo ficou mais fácil pra gente. Ficamos um ano e dois meses separados e foi quando tudo aconteceu.
Como falei antes eu já sentia vontade de ter outros homens, vontade de conhecer outras rolas e isso me excitava demais. Comecei a entrar na net e ver filmes e vídeos pornôs, conversar com homens e isso foi me dando mais confiança, porém, mesmo assim ainda me faltava coragem de sair com alguém. Já fazia quatro meses que eu estava separada e louca para transar, me masturbava quase todo dia, mas não era a mesma coisa.
Tudo aconteceu quando precisei montar um guarda roupa em minha casa e pedi para meu primo Edson me ajudar, na época ele tinha apenas 18 anos, mesmo assim não parecia, pois é um rapaz moreno, alto, forte que chama a atenção, mas nunca imaginei que rolasse algo entre nós algum dia até por causa da diferença de idade.
Era uma sexta feira e ele disse que poderia ir me ajudar depois do trabalho, falei que sem problema. Edson chegou por volta de seis da tarde em casa e começou a me ajudar. Eu estava usando um shortinho rosa de algodão, uma camisetinha branca sem sutiã e percebi que ele ficava olhando para minhas coxas, seios e bunda sempre que podia. Até então não me passava pela cabeça nada com ele, porém o calor do momento e meu tesão começaram a me fazer imaginar coisas.
As horas foram passando e ficou tarde para ele ir embora, então falei pra ele dormir em casa mesmo, nesse momento eu já imaginava várias safadezas com ele. Edson então foi tomar banho, dei a ele uma camiseta e um shorts que meu marido tinha deixado em casa ainda e depois eu fui também. Coloquei um baby doll de dormir branco, bem curto e transparente. Pedi uma pizza e ficamos conversando e vendo TV. Percebi então que Edson estava de pau duro, isso me deu mais tesão ainda, então sem pensar em nada acabei deitando minha cabeça em seu colo e comecei a alisar seu pau por cima do shorts mesmo.
Edson porém não falou nada e então começou a alisar minha cabeça, ombros e foi descendo até minhas coxas e bunda. Minha buceta piscava de tesão, me ajeitei e tirando sua rola pra fora abocanhei aquele pauzão, grosso que deveria ter uns 18cm, bem maior que o do meu marido. Comecei a chupar com gula e Edson gemendo e segurando minha cabeça. Não deu nem cinco minutos ele começou a punhetar seu pau em minha boca e encheu ela de porra. Por ser a primeira vez que alguém gozava em minha boca, achei estranho o gosto, porém tomada pelo tesão engoli o máximo que pude.
Então o chamei para o quarto e então começamos a nos beijar, alisar e fomos tirando nossas roupas. Essa altura Edson já estava de pau duro novamente e então me deitei ele veio com tudo por cima de mim e só de encostar seu pau em minha buceta ele entrou todo de uma vez de tanto tesão que eu estava. Mesmo não sendo tão experiente, Edson começou a me foder deliciosamente, socando com força, me beijando, sugando meus seios. Meu tesão era tão grande que em pouco tempo, gozei aos berros.
Edson então me colocou de quatro e continuou fodendo minha buceta, ele dava tapas em minha bunda, puxava meus cabelos, me chamava de prima puta e safada, coisas que eu nunca havia tido com meu marido.
Meu tesão era tanto que eu me virei e disse para Edson:
– Come meu cú primo safado!
Mesmo com o efeito da frase ele não se fez de tímido e tirando da minha buceta começou a empurrar devagar em meu cú que havia sido comido apenas duas vezes até então. Mesmo sentindo um pouco de dor, eu pedia mais e a dor até me dava mais tesão. Ele então começou a socar mais forte, bater na minha bunda. Eu comecei a tocar minha buceta e me acabei num orgasmo maravilhoso que há muito tempo não tinha, talvez nem tivera.
Percebi que ele também estava prestes a gozar e então pedi para ele gozar em meu rosto e seios, o que ele fez sem exitar. Mesmo tendo gozado antes ele ainda soltou bastante porra quente que me deixou toda meladinha e satisfeita.
Após descansarmos, fomos tomar banho juntos e após isso, voltamos para a cama e ficamos conversando sobre a loucura que tínhamos feito. Pedi a ele que aquilo ficasse entre nós. Naquela noite transamos mais duas vezes e de manhã ainda antes dele ir embora.
Nos meses que se seguiram, Edson começou a ir em minha casa me foder todo final de semana, ninguém jamais desconfiou por causa do meu jeito de mulher séria e também por causa da idade dele.
Depois que meu marido e eu voltamos, não parei de dar para ele, continuo até hoje, mesmo não sendo com tanta frequência como gostaria.
Enviado ao Te Contos por Kelly
66 notes · View notes
xexyromero · 2 months
Note
Querida Xexy, eu estava aqui pensando....
Eu não sei dançar música lenta, mas amo música americana de jazz dos anos 40. Tipo da Billie Holiday.
"More than you know" é uma das minhas favoritas dela. Inclusive acho que ela combina muito no meu cenário.
Não consigo parar de imaginar Enzo, Esteban e Fernando Contigiani serem aqueles maridos que sabem que momentos de qualidade são importantes. Que não são mega melosos mas são carinhosos...
Eu amo a ideia de que eles poderiam me tirar pra dançar na sala de estar de casa, mesmo eu não sendo uma grande dançarina.
Eu usando um vestido levinho de verão, ele usando uma camisa branca de botão que tá com os primeiros botão abertos (nós dois sem sapatos por estarmos na nossa casa, aquele ar de beleza mas de momento bem domésticos, sabe?)... saímos para aproveitar a noite e voltamos cedo pra casa...
Você consegue fazer um headcanon longo sobre esse cenário pensando nesses homens gostosos e lindos?
Como cada um dos maridos seria? Eles tirariam mesmo pra dançar? Iriam tocar a música no spotify? Me cobrir de beijos? Me pegar nos braços e me encher de elogios e carícias depois de dançamos? Eles iriam falar algo?.... deixo pra ti xexy gosto muito da sua escrita mulher!✨️✨️🩵
Beijão
- K
wn: aff eu amo o jeito que você escreve me levou exatamente pra dentro da cena!!! desculpe a demora, viu? e muito obrigada <3
meninos do cast x domestic romance
fem!reader headcanon
tw: menção de bebidas!!!
enzo:
enzo adora músicas clássicas de todos os tipos - sejam elas clássicas instrumentais ou músicas que marcaram períodos de tempo. é fã de jazz e blues americano e, de vez em quando, coloca um vinil para tocar. você adora - ele te convida para ouvirem juntos, acompanhados de um bom vinho ou simplesmente de uma bebida gelada para os dias quentes. ficam assim, quietinhos, se acariciando, ouvindo uma boa música. apesar da música, o uruguaio rompe o silêncio fazendo comentários sobre os artistas ou sobre a música em questão e sempre pergunta sua opinião. você não fica pra trás e os dois trocam muitas figurinhas e álbuns novos.
chegaram em casa de um jantar, os dois super animados porque encontraram um brechó pequenininho no meio do caminho de casa e encontraram uma jóia rara - as melhores de billie holiday, no vinil, em ótimo estado de conservação.
ele não perde tempo, ajeitando a vitrola e colocando para tocar assim que chegam em casa e tiram os sapatos. ele senta na poltrona, você assume seu lugar no colo dele, apoiada nas pernas fortes e no peitoral. ficam assim, quietinhos, aproveitando a música.
"dança comigo?" você pede.
ele ri, nega veemente com a cabeça.
"não sou homem de dançar, nena."
mesmo assim, você insiste - se levanta, balança o tecido do vestido, se divertindo em um transe só seu. ele te encara com o olhar amoroso, batendo palmas quando você termina. bate nas pernas, te chamando de volta.
esteban:
esteban estava sentado no sofá, estudando um texto para a próxima peça que faria. deixou o spotify tocando no aleatório, as músicas servindo como um som ambiente enquanto ele focava nas palavras em sua frente. você estava sentada tranquila, p´roxima a ele, o vestido esvoaçante espalhado pela poltrona, também dedicada a um romance contemporâneo que lia com avidez. o silêncio era preenchido com os instrumentais. gostavam de ficar assim - os dois em silêncio, em seus próprios mundos, mas juntos fisicamente. vez por outra o argentino comentava algo do que lia e vice versa.
de repente, a voz potente de billie holiday canta pela alexa. o homem começa a se mexer - cabeça para o lado, para o outro.
em segundos, ele larga o texto em cima do sofá e ruma para você, o braço esticado, te convidando para a dança. tenta negar, dizer que tem vergonha, mas ele insiste antes mesmo que você diga qualquer coisa. é tomada pelos braços fortes do seu marido, que te encaixa no próprio peitoral. balançam os corpos com delicadeza, seguindo o ritmo da música. na medida que vão ficando a vontade, a dança vai tomando um lugar mais divertido - rodopiam, brincam, se esbarram. o sorriso dos dois é enorme e vocês dão várias risadinhas.
a música acaba, mas ele te movimenta em um último rodopio. com um riso sincero, aproxima seu corpo do dele novamente. "me cederia a próxima dança também?"
fernando:
fernando adora trabalhar ouvindo música - digita rápido no computador, deixando a trilha sonora por sua escolha, sempre. da música mais moderna a mais antiga, ele balança a cabeça aqui e ali enquanto se concentra.
teve uma ideia genial para uma peça no jantar e, assim que chegaram em casa, correu para não perder a meada do pensamento. você entrou no quarto junto com ele e colocou billie holiday para tocar - estava animada, ainda um pouquinho alta pela bebida do jantar. em poucos segundos de música, ele abandona o teclado e vira a atenção para você. com timidez, e sem perceber o olhar alheio, você dançava de levinho, movendo o corpo a partir da batida do piano.
para de repente, ao perceber que era observada.
"continua! estava tão linda." ele te estimula, vendo o rubor tomando conta do seu rosto.
"só se você dançar comigo."
ele não consegue resistir o pedido e, fechando o computador, e se junta a você. os dois se movem lentamente, abraçados e juntinhos. vez por outra param para trocar um beijo mais lascivo, mas tudo com calma, sem pressa. os pés deslizam pelo cômodo, parando na beira da cama.
90 notes · View notes
whileiamdying · 2 years
Text
CASA TOMADA
Nos gustaba la casa porque aparte de espaciosa y antigua (hoy que las casas antiguas sucumben a la más ventajosa liquidación de sus materiales) guardaba los recuerdos de nuestros bisabuelos, el abuelo paterno, nuestros padres y toda la infancia.
Nos habituamos Irene y yo a persistir solos en ella, lo que era una locura pues en esa casa podían vivir ocho personas sin estorbarse. Hacíamos la limpieza por la mañana, levantándonos a las siete, y a eso de las once yo le dejaba a Irene las últimas habitaciones por repasar y me iba a la cocina. Almorzábamos al mediodía, siempre puntuales; ya no quedaba nada por hacer fuera de unos platos sucios. Nos resultaba grato almorzar pensando en la casa profunda y silenciosa y cómo nos bastábamos para mantenerla limpia. A veces llegábamos a creer que era ella la que no nos dejó casarnos. Irene rechazó dos pretendientes sin mayor motivo, a mí se me murió María Esther antes que llegáramos a comprometernos. Entramos en los cuarenta años con la inexpresada idea de que el nuestro, simple y silencioso matrimonio de hermanos, era necesaria clausura de la genealogía asentada por nuestros bisabuelos en nuestra casa. Nos moriríamos allí algún día, vagos y esquivos primos se quedarían con la casa y la echarían al suelo para enriquecerse con el terreno y los ladrillos; o mejor, nosotros mismos la voltearíamos justicieramente antes de que fuese demasiado tarde.
Irene era una chica nacida para no molestar a nadie. Aparte de su actividad matinal se pasaba el resto del día tejiendo en el sofá de su dormitorio. No sé por qué tejía tanto, yo creo que las mujeres tejen cuando han encontrado en esa labor el gran pretexto para no hacer nada. Irene no era así, tejía cosas siempre necesarias, tricotas para el invierno, medias para mí, mañanitas y chalecos para ella. A veces tejía un chaleco y después lo destejía en un momento porque algo no le agradaba; era gracioso ver en la canastilla el montón de lana encrespada resistiéndose a perder su forma de algunas horas. Los sábados iba yo al centro a comprarle lana; Irene tenía fe en mi gusto, se complacía con los colores y nunca tuve que devolver madejas. Yo aprovechaba esas salidas para dar una vuelta por las librerías y preguntar vanamente si había novedades en literatura francesa. Desde 1939 no llegaba nada valioso a la Argentina.
Pero es de la casa que me interesa hablar, de la casa y de Irene, porque yo no tengo importancia. Me pregunto qué hubiera hecho Irene sin el tejido. Uno puede releer un libro, pero cuando un pullover está terminado no se puede repetirlo sin escándalo. Un día encontré el cajón de abajo de la cómoda de alcanfor lleno de pañoletas blancas, verdes, lila. Estaban con naftalina, apiladas como en una mercería; no tuve valor para preguntarle a Irene qué pensaba hacer con ellas. No necesitábamos ganarnos la vida, todos los meses llegaba plata de los campos y el dinero aumentaba. Pero a Irene solamente la entretenía el tejido, mostraba una destreza maravillosa y a mí se me iban las horas viéndole las manos como erizos plateados, agujas yendo y viniendo y una o dos canastillas en el suelo donde se agitaban constantemente los ovillos. Era hermoso.
Cómo no acordarme de la distribución de la casa. El comedor, una sala con gobelinos, la biblioteca y tres dormitorios grandes quedaban en la parte más retirada, la que mira hacia Rodríguez Peña. Solamente un pasillo con su maciza puerta de roble aislaba esa parte del ala delantera donde había un baño, la cocina, nuestros dormitorios y el living central, al cual comunicaban los dormitorios y el pasillo. Se entraba a la casa por un zaguán con mayólica, y la puerta cancel daba al living. De manera que uno entraba por el zaguán, abría la cancel y pasaba al living; tenía a los lados las puertas de nuestros dormitorios, y al frente el pasillo que conducía a la parte más retirada; avanzando por el pasillo se franqueaba la puerta de roble y mas allá empezaba el otro lado de la casa, o bien se podía girar a la izquierda justamente antes de la puerta y seguir por un pasillo más estrecho que llevaba a la cocina y el baño. Cuando la puerta estaba abierta advertía uno que la casa era muy grande; si no, daba la impresión de un departamento de los que se edifican ahora, apenas para moverse; Irene y yo vivíamos siempre en esta parte de la casa, casi nunca íbamos más allá de la puerta de roble, salvo para hacer la limpieza, pues es increíble cómo se junta tierra en los muebles. Buenos Aires será una ciudad limpia, pero eso lo debe a sus habitantes y no a otra cosa. Hay demasiada tierra en el aire, apenas sopla una ráfaga se palpa el polvo en los mármoles de las consolas y entre los rombos de las carpetas de macramé; da trabajo sacarlo bien con plumero, vuela y se suspende en el aire, un momento después se deposita de nuevo en los muebles y los pianos.
Lo recordaré siempre con claridad porque fue simple y sin circunstancias inútiles. Irene estaba tejiendo en su dormitorio, eran las ocho de la noche y de repente se me ocurrió poner al fuego la pavita del mate. Fui por el pasillo hasta enfrentar la entornada puerta de roble, y daba la vuelta al codo que llevaba a la cocina cuando escuché algo en el comedor o en la biblioteca. El sonido venía impreciso y sordo, como un volcarse de silla sobre la alfombra o un ahogado susurro de conversación. También lo oí, al mismo tiempo o un segundo después, en el fondo del pasillo que traía desde aquellas piezas hasta la puerta. Me tiré contra la pared antes de que fuera demasiado tarde, la cerré de golpe apoyando el cuerpo; felizmente la llave estaba puesta de nuestro lado y además corrí el gran cerrojo para más seguridad.
Fui a la cocina, calenté la pavita, y cuando estuve de vuelta con la bandeja del mate le dije a Irene:
-Tuve que cerrar la puerta del pasillo. Han tomado parte del fondo.
Dejó caer el tejido y me miró con sus graves ojos cansados.
-¿Estás seguro?
Asentí.
-Entonces -dijo recogiendo las agujas- tendremos que vivir en este lado.
Yo cebaba el mate con mucho cuidado, pero ella tardó un rato en reanudar su labor. Me acuerdo que me tejía un chaleco gris; a mí me gustaba ese chaleco.
Los primeros días nos pareció penoso porque ambos habíamos dejado en la parte tomada muchas cosas que queríamos. Mis libros de literatura francesa, por ejemplo, estaban todos en la biblioteca. Irene pensó en una botella de Hesperidina de muchos años. Con frecuencia (pero esto solamente sucedió los primeros días) cerrábamos algún cajón de las cómodas y nos mirábamos con tristeza.
-No está aquí.
Y era una cosa más de todo lo que habíamos perdido al otro lado de la casa.
Pero también tuvimos ventajas. La limpieza se simplificó tanto que aun levantándose tardísimo, a las nueve y media por ejemplo, no daban las once y ya estábamos de brazos cruzados. Irene se acostumbró a ir conmigo a la cocina y ayudarme a preparar el almuerzo. Lo pensamos bien, y se decidió esto: mientras yo preparaba el almuerzo, Irene cocinaría platos para comer fríos de noche. Nos alegramos porque siempre resultaba molesto tener que abandonar los dormitorios al atardecer y ponerse a cocinar. Ahora nos bastaba con la mesa en el dormitorio de Irene y las fuentes de comida fiambre.
Irene estaba contenta porque le quedaba más tiempo para tejer. Yo andaba un poco perdido a causa de los libros, pero por no afligir a mi hermana me puse a revisar la colección de estampillas de papá, y eso me sirvió para matar el tiempo. Nos divertíamos mucho, cada uno en sus cosas, casi siempre reunidos en el dormitorio de Irene que era más cómodo. A veces Irene decía:
-Fijate este punto que se me ha ocurrido. ¿No da un dibujo de trébol?
Un rato después era yo el que le ponía ante los ojos un cuadradito de papel para que viese el mérito de algún sello de Eupen y Malmédy. Estábamos bien, y poco a poco empezábamos a no pensar. Se puede vivir sin pensar.
(Cuando Irene soñaba en alta voz yo me desvelaba en seguida. Nunca pude habituarme a esa voz de estatua o papagayo, voz que viene de los sueños y no de la garganta. Irene decía que mis sueños consistían en grandes sacudones que a veces hacían caer el cobertor. Nuestros dormitorios tenían el living de por medio, pero de noche se escuchaba cualquier cosa en la casa. Nos oíamos respirar, toser, presentíamos el ademán que conduce a la llave del velador, los mutuos y frecuentes insomnios.
Aparte de eso todo estaba callado en la casa. De día eran los rumores domésticos, el roce metálico de las agujas de tejer, un crujido al pasar las hojas del álbum filatélico. La puerta de roble, creo haberlo dicho, era maciza. En la cocina y el baño, que quedaban tocando la parte tomada, nos poníamos a hablar en voz más alta o Irene cantaba canciones de cuna. En una cocina hay demasiados ruidos de loza y vidrios para que otros sonidos irrumpan en ella. Muy pocas veces permitíamos allí el silencio, pero cuando tornábamos a los dormitorios y al living, entonces la casa se ponía callada y a media luz, hasta pisábamos despacio para no molestarnos. Yo creo que era por eso que de noche, cuando Irene empezaba a soñar en alta voz, me desvelaba en seguida.)
Es casi repetir lo mismo salvo las consecuencias. De noche siento sed, y antes de acostarnos le dije a Irene que iba hasta la cocina a servirme un vaso de agua. Desde la puerta del dormitorio (ella tejía) oí ruido en la cocina; tal vez en la cocina o tal vez en el baño porque el codo del pasillo apagaba el sonido. A Irene le llamó la atención mi brusca manera de detenerme, y vino a mi lado sin decir palabra. Nos quedamos escuchando los ruidos, notando claramente que eran de este lado de la puerta de roble, en la cocina y el baño, o en el pasillo mismo donde empezaba el codo casi al lado nuestro.
No nos miramos siquiera. Apreté el brazo de Irene y la hice correr conmigo hasta la puerta cancel, sin volvernos hacia atrás. Los ruidos se oían más fuerte pero siempre sordos, a espaldas nuestras. Cerré de un golpe la cancel y nos quedamos en el zaguán. Ahora no se oía nada.
-Han tomado esta parte -dijo Irene. El tejido le colgaba de las manos y las hebras iban hasta la cancel y se perdían debajo. Cuando vio que los ovillos habían quedado del otro lado, soltó el tejido sin mirarlo.
-¿Tuviste tiempo de traer alguna cosa? -le pregunté inútilmente.
-No, nada.
Estábamos con lo puesto. Me acordé de los quince mil pesos en el armario de mi dormitorio. Ya era tarde ahora.
Como me quedaba el reloj pulsera, vi que eran las once de la noche. Rodeé con mi brazo la cintura de Irene (yo creo que ella estaba llorando) y salimos así a la calle. Antes de alejarnos tuve lástima, cerré bien la puerta de entrada y tiré la llave a la alcantarilla. No fuese que a algún pobre diablo se le ocurriera robar y se metiera en la casa, a esa hora y con la casa tomada.
Tumblr media
3 notes · View notes
olee · 3 months
Text
My Bad | Simón Hempe
Tumblr media
Part II
s*x scene & spanglish
A long silence lingered between you and Simón. It was late in Barcelona, and you were quite intoxicated, though feeling slightly better thanks to Simón providing you with a bottle of water and some painkillers. Unsure of what to say to him, considering he was your ex who had left without explanation, you now knew the reason behind his departure. Yet, there was a lingering sense that there was more to the story, something he was keeping from you.
After the long silence on the bench, in the middle of the Barcelona street, you looked at Simón and said,“Simón, llevame a casa, por favor. Estoy re cansada, y capaz no quiero hablar del pasado.” Simón replied, “Dale, vente. Yo te llevo y tú me dices por dónde es.”
You gazed at him, silently pleading for his support to lift you up, and he understood, wrapping his arms around your waist and shoulders. Together, you walked through the street for about ten minutes until you reached your building. Beneath the glow of a yellow street lamp, the atmosphere felt oddly romantic. Despite your inebriation, you resisted the urge to take things further, but deep down, you longed to embrace him and kiss him as you once did.
Beneath the street lamp 's light, Simón looked at you with concern and said,“(Y/N), perdón, sé que lo que hice no estuvo bien, y la verdad es que siempre te he amado, todavía pienso en vos. Pero necesito saber si sentís lo mismo que yo. Estoy tan confundido. Necesito que me digas, quizás no ahora, pero si podemos hablar mañana o tomar un café o algo así.” As the light illuminated him, you found yourself falling in love with him all over again; he looked so beautiful.
Suddenly, you kissed him, but he didn't respond, gently stating, "(Y/N), estás tomada. Será mejor que hablemos mañana." Shy and embarrassed, you agreed.
Yet, you told him, "I understand, I'm intoxicated, but I can't resist, I need and want you to kiss me, just like you used to when we were together." Simón looked at you with concern and asked, "(Y/N), you don't know how much I want to touch and kiss you, but... I need your permission, and you're intoxicated." You replied, "I don't care that I'm drunk, I want you to touch me, I want you to make me feel good. I miss how you touch me." With respect, Simón approached you, gently held your face, and drew closer to you, face to face, as if connecting with you intimately. You said to him, "Kiss me, please, Simón, I can't wait, just do it." Then he told you, "Yes... if that's what you want."
Drawing closer to your lips, he breathed you in and kissed you passionately and tenderly, softly and wetly, like delicately touching your lips. It was so soft and warm, you both enjoyed it, longing for his magnificent kiss.
Then he says, "Take me to your room, (Y/N)," and you lead him by holding his hand, ascending the stairs to your apartment. When you were about to open the door, Simón asked, "Are you sure?" And you reassured him, saying, "Absolutely." So, you opened the door, and he immediately began to kiss you, removing your clothes. You guided him to your bed, and he undressed, then started to kiss you passionately. You removed his boxers, and then he continued what he started, touching you deeply in circles, and you relished in the sensation, loving how he did it. When he stopped because you were feeling overwhelmed, he began to kiss you and touch you in every way, giving you tender kisses, and asked, "Do you feel better?" You replied, "Much better," and he said, "That's good, mi amor." You rested your head on his chest, and both of you slept soundly.
Fin.
Tumblr media
63 notes · View notes