Tumgik
#Carlos Tê
Text
youtube
Rui Veloso, Porto sentido I Rui Veloso, 1987
1 note · View note
memory-echo · 1 year
Link
0 notes
leclerqueensainz · 1 year
Text
Uma Família de Três (C.L 16)
Parte IV- Bem-vindo à sua nova vida.
Tumblr media
⚠️avisos: Angústia(bem de leve), fluff, palavrões, uso de bebidas alcoólicas, menções a drogas.
*lembrando novamente que nesta história, Jules Bianchi morreu em 2019, o que pode alterar a data de alguns acontecimentos*
Aproveitem a leitura!
Ps: Essa parte também é toda baseada pelo ponto de vista do Charles.
Quantidade de Palavras: 5.727
🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨
8 de setembro de 2016 — Monte Carlo, Mônaco.
— Cara, limpa a baba se não vai escorrer.
Levo um susto com Pierre, mas logo volto a olhar para Marie dançando na pista de dança que improvisamos na sala de estar do apartamento de Jules.
— Estou apreciando a vista. — Digo dando de ombros e tomando o restante da minha cerveja.
— Quando você vai virar homem e tomar uma atitude? — Ele pergunta passando o braço pelo meu ombro e também olhando para as meninas dançando e rindo.
— Quando eu tiver certeza de que ela sente o mesmo e que não existe a possibilidade de foder com a nossa amizade. -Respondo e Pierre ri.
— Do que estamos falando? — Jules aparece ao meu lado e estica uma nova garrafa de cerveja para mim.
— Sobre como o Charles é cego e burro. — Pierre responde e eu dou uma cotovelada nele. — Ai! Mas é verdade! Companheiro, você precisa tomar uma atitude logo. Ela não vai esperar por você pelo resto da vida. — Eu olho para Pierre confuso e ele revira os olhos.
— Como assim me esperar? Ela disse algo para você? — Eu pergunto abrindo a garrafa com a bainha da camisa.
— E precisa dizer? A garota olha para você como se você fosse a porra de um anjo. — Ele diz e Jules ri concordando com a cabeça. — Sério, daqui a pouco não vamos mais precisar de energia elétrica na Europa, porque o brilho que aparece nos olhos dela quando te vê já pode iluminar o continente inteiro. — Eu reviro os olhos com o exagero dele.
— Só não é mais forte do que o jeito que o Charles olha para ela. — Jules diz e eu o encaro sério. — O que foi? É verdade. Vocês dois se conhecem praticamente a vida toda, e não tem uma única vez que eu não sinta a tensão sexual entre vocês quando estão juntos. — Ele me encara com um olhar que grita “Desafio você a refutar isso”.
Eu nego com a cabeça para os dois.
— Não é tão simples assim. — Eu digo. — Marie faz parte da minha vida e eu não sei se vocês estão lembrados, mas eu e relacionamentos amorosos não parecemos nos dar bem.
— Isso é porquê você gosta de pegar amigas das suas ex’s. — Pierre rebate e Jules ri alto.
— Isso só aconteceu uma vez!-Eu repondo o olhando indignado.
— Talvez Marie deva virar amiga de uma futura namorada sua, já que você tem mais coragem de chamar uma dessas garotas para sair, do que chamar sua melhor amiga. — Jules fala e dessa vez é Pierre quem ri.
-Tá bom, já chega! — Digo tentando parar aquela conversa.
— Mas sério, cara. — Pierre aproxima o rosto do meu como se fosse falar algo serio. — Como você escolhe entre as amigas? É por beleza? Ou você só faz une dune tê, entre elas? — Ele pergunta e eu dou outra cotovelada nele.
— Vai se foder, Pierre! — Ele ri e recolhe o braço que ainda estava ao meu redor. Jules põe uma mão no meu ombro e eu posso ver que ele está dando tudo de si para segurar o riso. — Vocês dois são uns babacas.
— Claro, claro. E você é um idiota que se não tomar uma atitude agora, vai ficar para trás. — Jules responde e aponta com a cabeça em direção a pista improvisada.
Eu sigo o seu gesto com o olhar e percebo o que ele estava tentando dizer. Na pista, as meninas que acompanhavam Marie em sua dança desastrada, saíram em direção a cozinha e a deixaram sozinha, ou nem tão sozinha assim, pois Sainz, piloto da Renault, já havia se aproximado dela.
Da onde estou consigo ver facilmente a mão do espanhol ir para a cintura dela e ele se aproximando para sussurrar algo em seu ouvido. Marie ri e da um leve tapa em seu ombro que também o faz rir. Eles estão flertando?
-Acredito que sim. — Jules responde e só assim eu percebo que disse em voz alta.
— Mas também, olhe para o Carlos. Quem não flertaria com ele? O cara parece um príncipe. — Pierre diz tomando um gole de alguma bebida com aparência duvidosa. Eu e Jules apenas o encaramos. — O quê? Ele parece. Bonitão.
— Cara, você é…? — Jules pergunta com a sobrancelha arqueada e logo ele e Pierre entram em uma discussão sobre achar homens bonitos ser ‘gay’ ou não.
— Eu não tenho tempo para vocês dois, sinceramente. — Digo me afastando deles e indo em direção a Marie e a Carlos.
— Onde você vai? — Pierre pergunta.
— Vou buscar minha garota. — Respondo.
Me aproximo de Marie o suficiente para passar meu braço pela sua cintura e afastá-la gentilmente das mãos de Carlos, chamando a sua atenção e a do espanhol também, que encara o meu gesto com as sobrancelhas arqueadas.
— O que eu perdi, querida? — Pergunto passando meus olhos entre ela e ele.
— Hmm…nada? — Ela responde incerta. — Carlos estava apenas sendo gentil. — completa olhando para Carlos e dando a ele um sorriso aberto. Aberto até demais.
— A é? E que gentileza toda foi essa? — Eu pergunto olhando diretamente para Carlos, meu tom de voz saindo com um pouco mais de veneno do que eu planejava.
Carlos me encara sério por um tempo e posso ver as engrenagens na sua cabeça custando para funcionar, até que a realização parece ter finalmente dado sinal de luz.
— Só estava elogiando a dança dela, Charles. — Ele responde e me lança um olhar intenso.
Pierre tinha razão. O cara é bonitão.
— Ela é uma dançarina bem excêntrica. — Respondo rápido e só depois que as palavras saem da minha boca que percebo.
— Obrigada…? — Marie diz me olhando com as sobrancelhas arqueadas tentando entender se aquilo foi um elogio. Porra Charles.
— Não! Não foi isso que eu quis dizer! Eu, mm bem, você estava dançando bem. Eu que não sei me expressar e…
— Tudo bem, Charlie. Eu sei que não sou a melhor dançarina daqui. — Ela diz rindo.
— Cariño, posso afirmar com toda a certeza que você brilha com a sua dança “excêntrica”. — Carlos diz dando a ela um sorriso.
Esse cara não entendeu ainda?
— Mais uma vez, é muita gentileza da sua parte, Carlos. — ela da outro sorriso brilhante para ele.
— Sim Carlos, você é gentil e adorável. — falo e dou a ele um sorriso sarcástico.
Carlos ri e só então eu percebo que ele já entendeu o recado e só está curtindo com a minha cara. Palhaço.
— Eu vou cumprimentar uns amigos. Foi um prazer rever você, Cariño. — Ele diz pegando a mão livre de Marie e dando um beijo. — Charles. — Ele acena com a cabeça e sorri provocador para mim.
— Foi um prazer, Cariño. — Digo com o mesmo tom provocador.
Quando Carlos se afasta de nós dois, Marie se vira para mim com as sobrancelhas arqueadas e braços cruzados.
-Tá okay, que diabos foi isso? — Ela pergunta me encarando, um sorriso humorado pintando seus lábios vermelhos.
— Não sei do que você está falando. — Respondo rápido.
— Jura, Cariño? — Ela diz o apelido de uma forma sarcástica. — Se eu não te conhecesse, diria que você estava com ciúmes de Carlos e estava tentando flertar com ele. — Eu a olho surpreso e ela ri.
— Mas é claro que não! Por um acaso pareceu isso? — pergunto com medo de ter passado a imagem errada.
— Relaxa, Leclerc! Ele é bonitão, não posso te julgar por se sentir atraído por ele. E aquele sotaque… Nossa! — Ela fecha os olhos e põe a mão no peito, como se fosse atingida por uma flecha do cupido. — Só me diz se você estiver afim dele, para nós não acabarmos flertando com o mesmo cara. — Seu riso é alto.
— Mas eu não estava flertando com ele! Eu só não queria que ele flertasse com você! — digo exasperado.
Marie para de gargalhar e me olha profundamente, um sorriso divertido e provocador ainda pintado nos lábios.
-E porque não ? — Ela pergunta.
Eu dou um passo à frente, ficando mais próximo dela. Minhas mãos pousam uma em cada lado de sua cintura.
— Porque quero ser o único que pode flertar com você, mon chérie. — Digo aproximando meu rosto do dela. — Quero ser o único a elogiar sua dança excêntrica, e ser o único a tocar você. — Me aproximo mais.
Os olhos de Marie deixam os meus e vão para a minha boca.
-Charles… — Ela diz meu nome em um aviso, mas mesmo assim não se afasta. Pelo contrário, suas mãos passam pelo meu pescoço nos aproximando ainda mais.
— O quê? — Eu pergunto baixo. Meus olhos passando dos olhos dela para os lábios.
-Não comece nada que você possa se arrepender depois. — Ela avisa, seu tom também baixo.
— E quem disse que eu vou me arrepender? — coloco um cacho para trás da orelha dela. — Você não tem noção do quanto eu quero isso.
— Me beija logo, Leclerc. — Ela dita e eu obedeço.
Nossos lábios se encontram e é desajeitado, mas de longe o melhor beijo que eu já dei. Minhas mãos vão até à parte de trás de seu pescoço pressionando ainda mais a sua boca na minha e Marie solta um suspiro que faz com que meus pelos se arrepiem.
É isso, oficialmente estou beijando a minha melhor amiga.
— FINALMENTE PORRA! — Eu escuto as vozes de Pierre e Jules do outro lado da sala, mas tudo em que eu realmente quero me concentrar agora é na garota nos meus braços.
Quando o ar se faz necessário, Marie se afasta me dando alguns selinhos. E nós dois sorrimos.
— Podemos ir para a sua casa? — Ela pergunta com os olhos brilhando em desejo. — Há muitas coisas que quero fazer com você, mas suponho que não seria uma boa ideia fazer isso no apartamento de Jules. — Ela sussurra próximo ao meu ouvido, fazendo novas ondas de arrepio se espalhar pelo meu corpo.
— Vou pegar minhas chaves. — Respondo rapidamente e ela acena com a cabeça antes de se afastar.
— Vou pegar minha bolsa. — Ela diz e me dá mais um selinho antes de se afastar e correr em direção a um dos quartos.
Eu fico parado lá por alguns segundos, mal conseguindo conter o sorriso e a excitação que agora correm pelo meu corpo.
— Aqui. — Jules aparece do meu lado me quebrando do transe. Na sua mão ele tem as minhas chaves e na outra, alguns pacotes de camisinhas. — Essas são cortesias minhas e do Pierre. — Ele diz acenando para Pierre que faz sinal com as sobrancelhas para mim da onde estava.
— Vocês dois, pelo amor de Deus! — Eu digo pegando as chaves da mão de Jules e me virando.
Eu paro por um momento apenas pensando um pouco e me viro pegando os pacotes de camisinhas também, fazendo Jules rir.
— Anda logo, porque o volume nas suas calças tá ficando um pouco esquisito demais! — Pierre grita e eu sinto minhas bochechas queimarem.
Eu oficialmente odeio esses dois.
🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷
20 de janeiro de 2023 — Nice, França.
— Então o Shal disse que vamos até o box da Cedes para eu conhecer o Lawi Hamiltion! — Vincenzo diz empolgado com o rosto todo sujo de molho das almôndegas que Cecilia preparou para o jantar.
— Que maravilha, meu amor! Aposto que você e o Sir Lewis, serão muito amigos! — Cecilia diz sorrindo e limpando o rosto de Vincenzo com um guardanapo.
— Sim, mamãe! — Ele me olha e posso imaginar engrenagens girando em sua cabecinha. — Ele só não vai mais poder ser meu melhor amigo, porque o Shal já é! — Ele sorri para mim, um pequeno buraco se formando em sua bochecha gordinha. Ele tem covinhas?
Eu sorrio de volta para ele, sentindo algo inexplicável.
Olhar para Vincenzo é bom. É como ser levado de volta para uma época boa. Um tempo onde as coisas eram mais simples e bonitas. Era como voltar no tempo e saber que eu sempre teria um amigo com quem contar.
Talvez eu esteja enlouquecendo, talvez todos esses sentimentos surjam devido a saudade que eu sinto de Jules. Mas é algo tão bom e tão puro. Saber que Jules partiu, mas deixou uma parte viva dele aqui e que agora eu teria por perto pelo resto da vida. Talvez eu ainda tenha meu melhor amigo comigo.
— Tudo bem garotinho, hora de escovar os dentes e ir para a cama. — Cecilia diz se levantando e o tirando do cadeirão de alimentação.
— Tudo bem se o Shal me por na cama, mamãe? — Ele pergunta para a Cecilia e ela congela por um minuto antes de olhar para mim.
— Claro… — Ela diz incerta. — Se ele quiser, eu não vejo problema.
— Eu adoraria. — Digo limpando a boca com o guardanapo e me levantando rapidamente.
— Vou apenas escovar os dentes dele e depois te chamo para colocá-lo na cama.
— Tudo bem. — Digo e Cecilia sai da cozinha com o pequeno firmemente em seus braços.
Fico encarando o ponto em que eles sumiram por mais um tempo antes da minha atenção voltar para Marie, que recolhia os pratos de cima da mesa.
— Você acredita que ela vai se arrepender? — Pergunto encostando no balcão da pia.
Marie empilha os pratos e os coloca na pia, antes de me encarar.
— Talvez. — da de ombros e estende as mangas da blusa para começar a lavar a louça. — Não é muito fácil de se afirmar, pois, não a conheço o suficiente para isso.
— Eu só não consigo entender. — suspiro esfregando as têmporas.
— Talvez você deva parar de tentar. — Ela responde simples.
Eu encaro o perfil dela, confuso.
— Como assim “parar”? - Cruzo os braços.
— Talvez só precisamos aceitar a oportunidade que a vida está nos dando novamente. — Ela continua esfregando os pratos.
Eu me sinto ainda mais confuso com essa resposta.
— Não entendi. — Ela para por um momento e suspira alto. No seu perfil escorre uma lágrima e eu arrumo minha postura me virando totalmente para ela que também se vira ficando de frente para mim.
— A oportunidade de passar mais um tempo com ele, Charles. — Ela fala e minhas sobrancelhas franzem ainda tentando acompanhar o que ela realmente quer dizer. — Com Jules, Charles. A vida nos deu outra oportunidade de estar com ele, ou pelo menos com um pedaço dele.
Eu apenas a encaro e ela limpa o rosto com as costas da mão, tomando cuidado para não passar sabão nos olhos.
Então não foi apenas eu que tive essa sensação. Isso era bom.
— Tudo bem. — É o que eu consigo dizer.
Eu queria falar mais. Dizer que parte de mim, tem medo de se apegar a Vincenzo como memória de Jules e depois ter que deixá-lo partir também, caso Cecília voltasse atrás. Mas decidi não dizer. Marie tinha razão, talvez esse fosse o jeito do universo se redimir conosco e nos devolver um pouco de uma das pessoas que mais amávamos.
Ela acena com a cabeça e volta a lavar os pratos.
— Ele já está na cama esperando você ir ler a história favorita dele. — A voz de Cecília chama minha atenção.
— Tudo bem. — Digo saindo da cozinha.
Caminho pelo pequeno corredor e paro na porta do quarto em que Vincenzo divide com Cecília.
— Shal? — A voz infantil do pequeno me chama.
Vincenzo já está deitado e metade de seu corpo está coberto. Seus olhos brilham em expectativa e posso ver que em suas mãozinhas há um livro de história infantil.
-Oi, Campeão. — Vou até o seu lado da cama e ele se afasta um pouco para que eu deitasse ao seu lado.
Eu me ajeito encostando as costas na cabeceira da cama e deixando meus pés para fora da cama. Vincenzo se aconchega mais perto de mim e estende o livro para que eu pegue.
- ” A Árvore das lembranças”. — Leio o título em voz alta para Vincenzo. — Era uma vez uma raposa que vivia na floresta com os outros animais. Ela levou uma vida longa e feliz, mas estava ficando cansada. Bem devagar ela foi até o seu cantinho favorito na clareira, olhou uma última vez para a sua amada floresta e se deitou. Fechou os olhos, respirou fundo e caiu no sono para sempre. — Eu franzo as sobrancelhas quando começo a entender sobre o que a história retrata e olho para Vincenzo. — Esse é seu livro favorito? — Pergunto.
Vincenzo acena com a cabeça e me encara com olhos grandes.
— Por que este é seu livro favorito?
— Porque a Poposa é igual ao papai! — Ele exclama sorrindo.
Meu coração aperta no peito e por alguns segundos eu esqueço de como respirar. Vincenzo é apenas uma criança e mesmo tão novo já tem que lidar com a perda de alguém que ama, mesmo sem nunca ter o conhecido.
Eu abro e fecho a boca várias vezes, tentando pensar no que dizer para ele, mas minha cabeça parece ser incapaz de organizar quaisquer pensamentos agora.
-Tá tudo bem, Shal. — Sua mãozinha faz um carinho leve no meu braço. — A Poposa vira uma árvore bem grande e todo mundo continua a se lembrar dela. Igual o papai. — Ele diz e eu sinto meus olhos arderem. Como essa criança pode ser tão inteligente a ponto de fazer esse tipo de comparação?
— Você é um garoto muito esperto, Vincenzo. — Eu digo e faço carinho em seu cabelo.
Ele sorri mais abertamente e se aproxima ainda mais de mim, colocando a cabecinha em meu estômago, praticamente se deitando em cima de mim.
— A mamãe disse que eu vou morar com você e com a princesa. — Ele diz baixinho.
Eu continuo fazendo carinho em seus cabelos e penso em como responder a isso, afinal, eu não faço ideia da profundidade da conversa entre Cecília e Vincenzo e tenho medo de falar qualquer coisa errada.
— Sim, Campeão. Mas essa conversa nós podemos ter amanhã, certo? — Pergunto e sinto sua cabeça se movimentar levemente em um gesto de afirmação. — Agora me conta como que termina essa história? Que tal você me contar um pouco mais sobre a Raposa e seus amigos? — Tento voltar no assunto da história.
— A Poposa estava cansada, então ela se deita no cantinho favorito dela e aí ela dorme para sempre, igual o papai. Mas, seus amigos contam histórias que viveram com ela e começa a nascer uma árvore bem grande, assim ó — Ele se levanta do meu colo e abre os braços o mais longe que consegue, depois volta a se deitar.- Você vai me contar histórias do papai também, Shal? Eu quero que o papai cresça igual uma árvore, também. Mas acho que só a mamãe contando não é o bastante para a árvore dele crescer.
Aquilo doeu. Doeu demais. Vincenzo tinha o cara mais incrível como pai e não havia ninguém para falar dele a não ser Cecília. Há tantas histórias cujas quais ele deveria saber sobre Jules. Conhecer a pessoa maravilhosa que ele era através das pessoas que o amavam, era o mínimo que seu filho merecia. Mas haverá bastante tempo. Eu mesmo contarei a ele cada coisa que me lembro sobre seu pai, assim como sei que todos ao meu redor farão.
— Vou contar tudo a você, campeão. Eu prometo. — Eu digo e me inclino para dar um beijo em sua cabeça.
Vincenzo sorri e boceja.
— Obrigado por seu meu amigo, Shal. — Ele diz e fecha os olhinhos, se aconchegando ainda mais em mim.
— Obrigado por me permitir ser. — Eu respondo e limpo uma lágrima que escorre pelo meu rosto.
(…)
Depois de me certificar que Vincenzo realmente dormiu e estava confortável, eu saio do quarto apagando a luz e encostando a porta.
Vou até à sala e encontro Marie e Cecilia, primeira sentada no sofá e Cecilia sentada em uma poltrona à frente. Me sento ao lado de Marie e tento me preparar para a conversa que seguirá.
— Ele dormiu. — Sou o primeiro a quebrar o silêncio.
— Ele realmente gostou muito de você. — Cecilia diz com um sorriso triste no rosto. — Normalmente ele aceita apenas que Rebecca e eu o coloque na cama.
Rebecca é uma adolescente que quando chegamos a casa de Cecilia mais cedo, estava tomando conta de Vincenzo. Cecilia nos disse que ela sempre fica de babá dele quando é necessário.
— Ele é ótimo, Cecilia. Você criou um garoto maravilhoso. — Digo a ela.
— Então agora possa ser que você entenda um pouco mais o meu lado, certo? — Ela me questiona, seus olhos se enchendo de lágrimas.
Eu apenas abaixo a cabeça, porquê não, eu não consigo compreender como ela teria a coragem de renunciar a uma criança tão boa e inteligente igual a Vincenzo. Mas não irei entrar nessa discussão novamente.
— Ele me contou que você já deu a notícia sobre ele ir viver conosco. — digo tentando mudar o caminho da conversa.
— Sim, eu fiz. Queria já deixá-lo preparado. — Ela abaixa a cabeça.
— E o que exatamente você disse a ele? — Marie pergunta.
— Disse que eu estou doente e que não poderia mais cuidar dele. — A voz dela falha. — E disse que vocês dois farão isso por mim, até que eu me recupere. — Eu a encaro sério e um pouco confuso.
— Você pretende voltar algum dia? — Pergunto e ela nega com a cabeça. — Então por que você diria algo assim para ele? Dessa forma você só o está dando mais esperanças de que será algo temporário. — Minha voz soa um pouco mais ríspida do que eu pretendia.
Cecilia me encara.
— Porque não é fácil falar para meu filho que nunca mais iremos nos ver, Charles. Eu sou única pessoa que Vincenzo tem. — Ela se matem séria, mas lagrimas grossas descem pelo seu rosto.
— Você não precisa deixá-lo totalmente, Cecilia. — Marie diz. — Você sabe que nós jamais impediríamos você de manter contato com o Vincenzo. Apenas tome um tempo para você e tente uma clínica de reabilitação. Tente se curar e ser melhor para vocês dois. E quando você acreditar que está mentalmente estável, volte. Faça as pazes com ele. Claro que não irei prometer que será fácil e muito menos que deixaremos você levá-lo embora. Uma vez que o processo de adoção for autorizado, Vincenzo será meu e de Charles. O criaremos como filho. Mas ele crescerá sabendo quem são os seus pais biológicos, não iremos esconder o passado dele. — Ela diz passando os olhos entre mim e Cecilia e eu apenas afirmo com a cabeça.
— Vincenzo te ama, Cecilia. E queremos mesmo que um dia vocês voltem a ter contato. Mas também preciso que você tenha consciência que uma vez que aqueles papéis forem assinados, faremos de tudo para mantê-lo conosco. Vincenzo é um garoto esperto e mesmo sendo pequeno, isso o afetará de alguma forma. Não vou deixar que você o faça passar por outro processo de readaptação quando ele estiver acostumado com sua nova vida. — Falo firme. — Por isso eu te pergunto novamente. Você tem certeza que quer fazer isso? — Silêncio.
Meus olhos vão de Cecilia para Marie que me encara tão angustiada quanto pode.
Eu não menti sobre querer que Cecilia volte a fazer parte da vida de Vincenzo um dia. Mas também sinto que preciso deixar claro meus pontos. O processo de adoção é difícil para crianças, independente da idade. Não vou permitir que Vincenzo seja tratado como premio compartilhado, que um dia está em uma família e no dia seguinte está em outra. Ele merece muito mais do que isso.
— Eu entendo. Juro que entendo. — Ela deixa escapar um soluço. — E é por isso que pretendo me manter longe. O principal motivo pelo qual eu o estou… — Ela para por um momento como se tivesse sentindo uma dor aguda. — pelo qual eu o estou dando… Meu Deus como dói falar isso. — Ela aperta os olhos.
— Nós já entendemos o que você quer dizer, Cecília. Está tudo bem. — Marie tenta acalma-la.
— Não. — Eu digo. — Deixe que ela fale, ela precisa entender sobre o que está abrindo mão. — Digo ainda olhando para a mulher quebrada na minha frente.
— Charles… — Marie tenta, mas eu a encaro e nego com a cabeça.
— Ela precisa, Marie. — Volto a olhar para Cecilia. — Você está renunciando a Vincenzo, Cecilia. Está abrindo mão da responsabilidade de ser mãe, e tudo bem, não irei mais criticá-la por isso e nem proibir que, caso você se arrependa um dia, volte e tente contato com ele. Mas será apenas isso, você entende? Vincenzo terá o seu sangue, mas nada, além disso. Ele não será mais o seu filho. Pelo menos não dessa forma. — Finalizo e olho para Marie ao meu lado.
Marie me encara, com seus olhos cheios de lagrimas. Sei que ela pensa que estou sendo duro e que isso provavelmente não está sendo fácil para Cecilia. Entretanto, se eu estiver sendo sincero, não me importo com Cecilia, mas sim com o garotinho que deixei dormindo naquele quarto. É da vida dele que estamos falando, e vou garantir que ninguém tenha a oportunidade de arruiná-la. Então se isso me fizer soar apático sobre os sentimentos da mulher sentada a minha frente, que assim seja. Isso não está sendo fácil para nenhum de nós, todos teremos nossas vidas mudadas pela decisão dessa mulher, então já que ela decidiu jogar esse jogo, pretendo ao menos ditar as regras de como isso funcionará.
Quando aqueles papéis forem assinados, Vincenzo terá uma nova vida, e consequentemente novos pais.
— Tudo bem. — Cecilia diz limpando o rosto. — Eu estou abrindo mão do meu filho.
E assim aquele acordo foi selado.
🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨
29 de janeiro de 2023 — Monte Carlo, Mônaco.
Verifico novamente todo o apartamento, garantindo que está tudo em ordem e em segurança o suficiente para ser habitado por uma criança de 3 anos e alguns meses.
Após aquele dia na casa de Cecilia, entrei em contato com Giovanni, meu advogado, pedindo que os papéis da tutela provisória fossem assinados o mais rapidamente, até que possamos oficialmente entrar com as medidas da adoção definitiva.
E quem diria que ser conhecido e rico, nos daria uma ótima vantagem? Assinamos o papel com os pedidos dois dias depois e voltei para Mônaco três dias depois para garantir que estava tudo em ordem.
Com a ajuda dos meus irmãos e da minha mãe — depois de ter contado tudo a eles, e de muitas perguntas, surpresa e choro — montamos um quarto para Vincenzo, onde costumava ser o quarto de hóspedes e ajeitamos o restante do apartamento para a inspeção da assistente social, que apareceu dois dias atrás e pediu por mudanças em detalhes mínimos e assim considerou a casa segura para o garotinho viver.
A assistente deverá chegar dentro de alguns minutos, trazendo Vincenzo. Marie também está a caminho, ela teve que resolver coisas da mudança de sua casa na Itália e também finalizar o processo de transferência da empresa em que ela trabalha. Como ela irá viver aqui para aumentar as nossas chances com a adoção de Vincenzo, deixei o meu quarto para ela e me instalei no meu “escritório”.
Eu me sinto nervoso com essas novas mudanças, isso não posso negar. As coisas estão acontecendo muito depressa e ter que viver e cuidar de uma criança pequena, não era algo que estava nos meus planos, ainda mais ter que fazer isso com a minha ex namorada, o que torna tudo ainda mais louco.
Se tivessem me dito há 3 semanas, que tudo isso aconteceria, eu provavelmente teria rido ou ficado muito puto. Porque, quais as chances de Jules ter tido um filho com uma viciada? E que ela daria um ultimato em mim e na minha ex — que eu não via a anos — para que criássemos aquela criança? Isso era impossível; até não ser.
Ouço o som do interfone tocando e vou até à cozinha para atender.
— Olá?
— Ei Charles! Sou eu. — A voz de Marie soa robótica através do auto falante. Eu aperto o botão de liberação do portão do prédio.
Minhas mãos estão suando e eu as limpo na calça jeans, enquanto dou mais uma olhada ao redor só por precaução.
O som da campainha ecoa pelo apartamento e corro para a porta.
-Oi! — Minha voz soa mais Alta do que eu planejei e Marie franze as sobrancelhas.
— Vejo que você está bem relaxado. — Ela zomba e eu dou espaço para que ela entre no apartamento, fechando a porta logo depois.
— Tem como relaxar? Já chequei esse apartamento no mínimo umas quarenta vezes hoje. — Digo e vou até à cozinha novamente, pego a garrafa de água na geladeira e dois copos no armário.
— Da para ver. — Ela diz entrando na cozinha e olhando ao redor. — Você tem que relaxar, pelo que vi, está tudo mais do que em ordem.
— Eu só quero garantir que esteja tudo perfeito para quando ele chegar. — estendo um dos copos cheios de água para Marie e ela aceita e toma um gole.
— Esse lugar está ótimo, um pouco diferente desde a última vez em que estive aqui. — Eu aceno com a cabeça e viro metade do líquido gelado de uma vez pela garganta.
Algumas memórias me invadem, a última vez que Marie estivera aqui, foi poucos dias antes do nosso término. Não é uma memória agradável e tento ao máximo não pensar nela.
— O quarto do Vincenzo ficou ótimo. — Digo tentando afastar a lembrança amarga. Este definitivamente não é o momento. — E deixei o quarto principal, que era o meu, para você. — Ela me encara com uma carranca nos lábios.
— E onde você irá dormir? — Pergunta com uma sobrancelha arqueada.
— Adaptei o meu escritório em um quarto. E não me olha assim, só o utilizava como uma sala de jogos, de qualquer maneira. Eu estarei confortável lá, não se preocupe. — Ela me encara por mais alguns segundos e por fim da de ombros.
— Já que você diz. — Ela coloca o copo agora pela metade em cima da pia. — Obrigado de qualquer forma.
— Não há de que. — Respondo. — Onde estão suas coisas?
— No carro. Trouxe algumas roupas e coisas de higiene. O restante, contratei uma empresa para que traga depois. — Ela diz e eu assinto.
— E seu apartamento? Colocou à venda? — Viro o restante da água que está no meu copo e coloco ao lado do dela.
— Hm… Na verdade não. — Eu a encaro confuso. — Resolvi manter o apartamento por precaução, e sem falar que as vezes terei que viajar para a Itália devido ao trabalho e você sabe que eu odeio hotéis, então… — Ela encara os pés.
Precaução? Ela está supondo que isso não dará certo?
— Marie, eu-
Sou interrompido pelo som do interfone.
— Ele chegou! — Ela diz rapidamente indo para a sala e me deixando na cozinha.
Respiro fundo e vou atender mais uma vez.
— Olá? — Pergunto tentando manter a voz o mais calma possível.
— Oi, Shal! — Vincenzo grita através da maquina.
— Oi, Campeão! — Automaticamente sinto meus lábios se moldarem em um sorriso.
— Sr. Leclerc, podemos subir? — A voz da assistente social é baixa e menos empolgada do que a de Vincenzo.
Aperto o botão de liberação e vou até à sala, encontrando Marie já em frente a porta. Posso ver de relance suas mãos tremendo ao lado de seu corpo. Caminho até ela ficado ao seu lado e gentilmente pego uma de suas mãos.
— Vai dar tudo certo. — Falo baixo a encarando.
— Eu sei. — Ela aperta a minha mão e nós sorrimos um para o outro.
Esperamos minutos suficientes para que uma mulher de meia-idade consiga subir de elevador com uma criança e provavelmente uma mala, até o 12 andar.
Quando a campainha toca, sinto minha pulsação acelerar. Era oficial, Vincenzo está aqui, em sua nova casa com a sua nova família.
Solto a mão de Marie e dou dois passos a frente, abrindo a porta.
Vincenzo está no colo da mesma mulher que havia vindo inspecionar o apartamento há alguns dias. Ele estava com um conjunto todo preto e tênis brancos, em suas costas havia uma pequena mochila infantil no formato do Relâmpago Mcqueen, o que me fez sorrir ainda mais.
Assim que o garotinho me viu, ele abriu um sorriso enorme, fazendo com que os buraquinhos em suas bochechas aparecessem e praticamente se jogou dos braços da mulher japonesa, para os meus.
— SHAL! — Ele grita quando eu entro no apartamento o jogando para cima e o pegando rapidamente logo em seguida. Sua risada infantil preenche o ambiente e é nesse momento que percebo como o silêncio que habitava aqui era incomodo e frio.
A partir de hoje aquele apartamento terá vida e todas as lembranças amargas irão embora pela janela, para que momentos alegres possam ser criados aqui.
— Seja bem-vindo a sua nova casa, campeão! — Digo e ele me abraça com força.
Como é possível ter se passado apenas alguns dias desde a última vez que o vi e eu ter sentido tanta saudade?
De canto de olho posso ver Marie nos observando com um sorriso grande e olhos cheios de lágrimas. Faço um sinal para que ela se aproxime e ela vem o mais rápido possível.
Marie cutuca a barriguinha de Vincenzo, fazendo-o rir e chamando sua atenção. Quando ele percebe quem o cutucou lo seu sorriso se alarga ainda mais.
— PRINCESA! — Ele grita nos fazendo rir, e isso inclui a Assistente também.
— Seja Bem-vindo, meu amor! — Ela diz beijando a testa dele que franze as sobrancelhas quando percebe que um pouco de gloss ficou marcado em sua testa, ele passa a mãozinha tentando tirar o líquido pegajoso.
— Eca! — Ele diz e Marie ri pedindo desculpas. — Você está perdoada, porquê é uma princesa.
— Okay, que tal eu apresentar a casa para você, hein? Você quer ver o seu quarto!? — Pergunto empolgado e Vincenzo acena rapidamente com a cabeça.
— SIM! Quero ver meu quarto de menino grande, por favor, Shal! — Ele pula em meu colo e eu reforço o aperto para que ele não caia.
— Okay, então vamos lá! — Ando com ele em direção ao corredor, onde ficam os quartos. Atrás de mim, Marie e a Assistente Social nos segue.
Sinto um pequeno nervosismo quando chego a porta branca com o nome de Vincenzo gravado. E se ele não gostar? E se eu exagerei? E se algum brinquedo não for adequado para a idade dele? Meu deus! Se eu fiz algo errado e a Assistente Social o levar embora correndo daqui?
-Shal? — A voz de Vincenzo traz de volta a minha atenção. — Vamos entrar logo, por favor! — Ele bate palmas empolgado.
— Claro, Campeão! Desculpe! — Eu giro a maçaneta da porta e a abro.
Os olhos de Vincenzo se arregalam quando olha para o pequeno mundo feito apenas para ele.
Bem-vindo à sua nova vida, meu garoto.
33 notes · View notes
rodadecuia · 2 months
Link
0 notes
fredborges98 · 3 months
Text
_O segredo guardado a sete chaves que só veio à tona 67 anos depois._
Por: Fred Borges
Dedicado ao relacionamento sempre desafiador de criar filhos, mas "se não tê-los como sabê-los!"inspirado no poema de Vinícius de Moraes de codinome: " Enjoadinho".
Dedicado aos meus três filhos: Felipe, Leon e Isadora.
"O fracasso e a perda podem levar o homem à loucura."
Agles Steib
*O segredo de Shigeo Watanabe.*
Genialidade, tragédia,a memória de um sonho "deliberadamente apagada"nos EUA.
Em 1941 nasce Shigeo Watanabe, seu pai depositaria grande parte do seu sonho de se tornar um grande violinista nele e isto faria uma grande diferença nas suas emoções, no equilíbrio tênue entre sucesso e fracasso, estrelato e escuridão.
Até onde,como pais, sabermos quais são os limites de nossos filhos?
Até que ponto realmente sabemos qual é o melhor caminho a ser seguido por eles?
Até que ponto sabemos que um sonho construído por nós, na nossa cabeça, pode se tornar um pesadelo para eles?Sendo que sonhos se camuflam de falsas ou superadas premissas, superadas pela realidade e pelo tempo.
Até que ponto a referência de melhor, mais avançado, mais desenvolvido, mais tudo, está no exterior, num país estrangeiro, com aspectos culturais, sociais tão diferentes a ponto de nos dragar ou apagar a nossa identidade, os nossos laços emocionais(culturais) e nos tornar uma pessoa sem bases; sem base terra,sem base água,ar, sol, natureza,sem base familiar,sem base raíz,sem base memória,sem base amigos, estes últimos de franca e sincera verdade?
Ainda me lembro do tempo que fui para França, Paris com meus pais, na década de 70, e a única referência de memória afetiva que me restava,na época,era um disco de vinil de Elis Regina,e uma única música que me fazia chorar a cada vez que escutava: Águas de Março,composta por Antônio Carlos Jobim, gênios de um tempo que passou e onde a melancolia ficou.
Para Shigeo não foi diferente...mas convém saber um pouco de sua história e se o leitor quiser saber mais veja o vídeo intitulado : A meia-vida muito dramática." anexado a este texto, e tire suas próprias conclusões.
*Primeira Versão da história.*
Em 1948, Shigeo Watanabe fez sua estreia no Japão quando tinha apenas sete anos de idade. Cinco anos depois, ele fez sua primeira apresentação pública, tocando o Concerto para Violino Khachaturian. Jascha Heifetz, visitando o Japão em 1954, ouviu a execução de Shigeo Watanabe e ficou muito impressionado.
Heifetz providenciou para que Shigeo ingressasse na Julliard School of Music, nos EUA, sob a orientação de Ivan Galamian, guardem este nome.
“Shigeo veio para a Juilliard sozinho aos 14 anos, sem falar uma palavra em inglês.
A combinação da barreira do idioma e o ostricização que recebeu como um jovem prodígio estrangeiro levou ao seu desejo de deixar a Juilliard e retornar ao Japão.
"Aparentemente, Shigeo foi incapaz de abandonar sua abordagem 'Auer'* e o resultado foi um sério conflito com a abordagem de Galamian.
Assim, o infeliz jovem retornou ao Japão e nunca mais tocou violino."
Quando alguém fala que o sonho dele ou dela é estudar no exterior, penso em alguns fatores que são importantíssimos para serem levados em consideração:
A capacidade de adaptação a uma nova cultura.
A capacidade de resiliência.
A maturidade.
A base emocional, psicológica para enfrentar as barreiras:
Da língua.
Da Alimentação.
Da interação com as pessoas.
*Segunda Versão.*
Uma outra versão sobre a mesma história acrescenta ares trágicos e cinzentos( não transparentes), unicamente vistos no documentário sobre sua biografia e assim repito a sua história adicionando sua tragédia ou drama pessoal e familiar.
Em 1954 ele teve a oportunidade de se apresentar para a Heifetz.
Embora não tenha demonstrado isso durante a audição, Heifetz ficou impressionado. Ele providenciou para que Watanabe estudasse com Ivan Galamian em Nova York. Galamian, um famoso professor de violino, teria a reputação de “fazer de uma mesa um violinista”.
Este pequeno e grande detalhe faria uma grande diferença, o que me faz lembrar do filme: Whiplash onde o protagonista tem um grande desejo, que se torna uma obsessão, em se tornar um grande baterista e encontra diante dele um professor ou mestre de métodos e comportamentos no mínimo questionáveis, juntando a uma técnica e teoria musical que pode levar a superação ou a morte emocional, social, espiritual e por fim fisica, no mesmo contexto, em outra lembrança pessoal, outro filme faz trazer a tona coincidências entre as histórias contadas pelos dois filmes; da origem e paternidade dos problemas ou soluções: Black Swan ou Cisne Negro, em ambos filmes pais ou "mestres" tem uma participação angular no destino de seus filhos ou " discípulos".
Esse era o problema que enfrentaria Shigeo. Ou melhor, um dos vários problemas. _Shigeo Watanabe não era uma mesa._
Quando partiu para os Estados Unidos em 1955, com a tenra idade de 14 anos, já era um artista tecnicamente e musicalmente maduro. Sabemos disso através de testemunhas contemporâneas, dos diários de Watanabe e, claro, das suas gravações. Ele também começou a compor e suas obras eram promissoras.
No entanto, embora maduro como músico, ele também era um "adolescente problemático", entre aspas é algo que discordo da grande maioria, pois o problema foi o contexto de "rolo compressor" do que chamam: "caminho para o sucesso" ou no caso dos EUA: "The American Dream" no "American Way of Life".
Além disso, teve uma infância difícil, caracterizada pela situação geral do Japão nos últimos anos da guerra e após a rendição total, uma vida familiar perturbada e a excessiva dureza da sua educação musical por parte do tio e pai adotivo Watanabe Sukehiko (1908– 2012) que, ao que parece, despejou todas as suas ambições não realizadas como violinista na formação do seu sobrinho.
Ele conseguiu, graças ao talento extraordinário de Shigeo, mas o desenvolvimento de Shigeo como pessoa não correspondeu ao seu desenvolvimento como artista.
Cegos pelas realizações do artista, os benfeitores americanos e japoneses de Shigeo ignoraram o ser humano vulnerável.
Morando longe da família, no país que havia derrotado o Japão menos de uma década antes e estudando com um professor que, embora em muitos aspectos excelente, provavelmente não era a melhor escolha para ele, Watanabe Shigeo logo se tornou um adolescente muito perturbado emocionalmente; angústia, depressão, ansiedade, tristeza, isolamento eram sentimentos ou estados emocionais devo supor.
A palavra moderna “choque cultural” provavelmente não consegue sequer começar a descrever o seu estado de espírito.
Tudo terminou em novembro de 1957, quando ele tomou uma overdose de comprimidos. Sua vida foi salva, mas ele nunca se recuperou devido a uma febre alta de 42°centígrados, seguida de convulsões, afetando seu cérebro de forma permanente.
Ele foi "devolvido" ao Japão aos cuidados de um jovem médico japonês e violinista amador e passou os anos até sua morte em 1999 como uma sombra de seu antigo eu ou o que a sociedade chama de sucesso,cuidado por seu "pai".
No ano do regresso de Shigeo dos Estados Unidos, alguns meios de comunicação expressaram a noção de que a sua incapacitação era o resultado de uma conspiração americana, mas a teoria foi esquecida tão rapidamente quanto o próprio Watanabe Shigeo.
Se alguma lição pode ser aprendida com esta história, deve ser a de que é perigoso esquecer que um grande artista, especialmente um jovem, pode muito bem ser um ser humano vulnerável, até mesmo pouco preparado emocionalmente para o desafio de enfrentar desafios: cultural, emocional e social.
Nem sempre oportunidade profissional se ajusta ao tempo ou momento da maturidade emocional, e este fator considero preponderante ou de grande importância para pais, mestres, filhos e sua felicidade, antes de tudo como pessoas e depois como profissionais!
Shigeo Watanabe revelara assim, com sua biografia, seu segredo guardado por longos 67 anos.
Tumblr media
0 notes
ocombatente · 6 months
Text
Senado aprova Não Nos Calaremos, protocolo que previne e coíbe violência contra mulher e responsabiliza estabelecimentos
Tumblr media
  Texto aprovado é um substitutivo apresentado pela Senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) elaborado a partir das medidas previstas em seis projetos que tramitaram conjuntamente Foi aprovado em votação simbólica na noite desta terça-feira (7/11), no Plenário do Senado Federal, o substitutivo ao PL 3/2023, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS). A proposta, cuja relatoria em plenário ficou a cargo da senadora Augusta Brito (PT-CE), cria o Protocolo "Não Nos Calaremos” e o Selo “Não Nos Calaremos – Mulheres Seguras", que consiste em um conjunto de ações para prevenir o constrangimento e a violência contra a mulher cometidos em casas noturnas, boates, danceterias, shows, espetáculos musicais e eventos esportivos. O texto aprovado foi apresentado pela senadora Mara Gabrilli na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e foi elaborado a partir das medidas previstas também em cinco outros projetos que tramitaram no Senado conjuntamente: o PL 394/2023, de Jorge Kajuru (PSB-GO); PL 399/2023, de Styvenson Valentim (Podemos-RN); PL 544/2023, de Marcelo Castro (MDB-PI); PL 785/2023, de Carlos Viana (Podemos-MG); PL 906/2023, de Flávio Arns (PSB-PR) e, que foram apensados ao PL 3/2023, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e, por isto, tem preferência regimental. O texto dá diretrizes para prevenir, identificar e lidar com casos de violência sexual ou de gênero em estabelecimentos e eventos abertos ao público. As proposições são inspiradas no episódio no qual uma mulher acusou um famoso jogador de futebol brasileiro de tê-la estuprado numa boate em Barcelona, na Espanha, onde passou a vigorar o protocolo “No Callem”, por meio do qual a cidade espanhola estabeleceu parcerias com estabelecimentos para apoiar mulheres vítimas de abusos. “Muitas vezes, a violência e o abuso acontecem quando as mulheres sequer podem verbalizar o “Não”. O protocolo aprovado tira a responsabilidade unicamente da mulher e atribui a toda sociedade esse dever, engajando e encorajando a comunidade a identificar, denunciar e prestar apoio às vítimas. Coibir a violência contra a mulher deve ser um compromisso coletivo”, afirmou a senadora. Apesar do Brasil já ter uma extensa legislação tipificando condutas que violam a liberdade e a dignidade sexual das mulheres, como a Lei Maria da Penha, a Lei Mariana Ferrer, a Lei do Stalking e a tipificação do feminicídio, a cultura machista profundamente arraigada em nossa sociedade continua a submeter as mulheres a medo, opressão, agressões e costumes que as reduzem a cidadãs de segunda classe, com menos liberdade do que os homens, sobretudo os cisgêneros e heterossexuais. “A aprovação deste projeto é sobretudo uma vitória da sociedade brasileira, de homens e mulheres, de parlamentares que propõem medidas para combater a violência sexual a qual centenas de mulheres são submetidas diariamente”, afirmou a senadora Mara Gabrilli. A adesão ao Protocolo será obrigatória para casas noturnas, boates, danceterias, festas, bailes, vaquejadas, rodeios, festivais, espetáculos, shows e eventos esportivos. Outros locais, como restaurantes, bares, hotéis, congressos, que aderirem ao cumprimento do protocolo de modo voluntário serão identificados com o Selo “Não Nos Calaremos – Mulheres Seguras". Fica determinado também que o poder púbico divulgará com frequência a lista de estabelecimentos e que os locais poderão divulgar que cumprem o protocolo previsto. A intenção primordial da senadora paulista é que o efeito da ação seja também didático. “É preciso treinar os funcionários do estabelecimento a identificar esses abusos, assim como é fundamental saber prestar apoio às vítimas. A sociedade precisa aprender a identificar crimes do mesmo jeito que precisa aprender a exercer empatia”. Visando ainda engajar os estabelecimentos a cumprirem função social e colaborarem de forma ativa na prevenção de casos de agressão, os locais devem se responsabilizar por remover o agressor para evitar outros atos violentos, encaminhar a vítima para um transporte seguro, de sua escolha, acionar os canais de denúncia, e se manterem vigilantes e atentos aos sinais. Read the full article
0 notes
orlandoguarizi · 7 months
Text
Tumblr media
HOMEM QUE TRABALHOU COMO PEDREIRO TEM DIREITO AO BPC/LOAS EM DECISÃO JUDICIAL
.
.
.
O TRF determinou ao INSS conceder o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a um homem que trabalhou como pedreiro e lavrador diagnosticado com lombalgia, cervicalgia e nevralgia.
.
De acordo coma decisão, ficou comprovado que o autor preenche o requisito da deficiência e não possui meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida pela família. Conforme laudo pericial, as doenças diagnosticadas interferem na capacidade de trabalho do autor, que está incapacitado para a profissão de pedreiro. Ao analisar o caso, o relator do processo, desembargador federal Carlos Delgado, levou em conta o histórico profissional.
.
“A situação do requerente – considerando a atividade exercida (pedreiro e lavrador), o baixo grau de escolaridade (quarto ano do ensino fundamental) e o comprometimento físico diagnosticado - não só evidencia a presença de fatores capazes de obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, como aponta para uma dificultosa possibilidade de recolocação profissional, restando configurado o impedimento de longo prazo”, frisou. Para o magistrado, ficou também demonstrado que o autor é hipossuficiente. Segundo o processo, a renda da família decorre da aposentadoria recebida pelo pai, no valor de um salário mínimo. Além disso, em razão de débitos de empréstimos consignados para a aquisição de medicamentos, os proventos totalizam R$ 612,00.
.
A Sétima Turma negou provimento ao pedido do INSS e manteve a concessão do benefício e a determinação de pagamento dos valores atrasados.
.
Fonte: TRF
.
Professor ORLANDO GUARIZI JUNIOR
.
Precisa de ajuda em seu benefício?
Entre em contato:
.
WhatsApp: (11) 9 41041109
.
.
Acesse nosso site: www.ogjadvocaciaprevidenciaria.com.br
.
#inss #aposentadoria #aposentados #pensão #pensionistas #aposentado #previdência
1 note · View note
operaportugues · 10 months
Text
Medea (Luigi Cherubini) - MET, 22/outubro/2022
Ópera completa com legenda em português. Versão em italiano. Pela primeira vez na história do MET.
1. Instale o programa “Bigasoft Video Downloader Pro” Ele permite download do Metropolitan Opera, inclusive de cada legenda em formato SRT automaticamente.
2. Seriais Vá ao menu “Ajuda” - “Registrar” e digite um serial no campo “Código de Licença”.
3. Adicione a URL abaixo no programa Bigasoft para fazer o download. https://www.metopera.org/season/on-demand/opera/?upc=810004202986
4. Legenda em português: link.
Esta obra-prima operística de Cherubini de 1797 tem impressionante intensidade e usa o poder da música para transformar um mito grego em drama humano. Inspirada na tragédia Medéia escrita por Eurípides em 431 a.C., conta a história da princesa da Cólquida que assassina para ajudar o amante, Jasão, a roubar o velocino de ouro, e em seguida mata os próprios filhos para puni-lo por tê-la traído. Musicalmente, faz a ponte entre o classicismo de Gluck e a ópera dramática do séc. XIX. É dominada pelo dificílimo papel da soprano principal, que faz a narrativa progredir com árias e duetos de grande força. Mas também explora bem a hesitação de Medeia entre o amor e o ódio, a vida e a morte. Única ópera de Cherubini ainda encenada hoje, frequentemente na versão italiana, é importante também pela influência que exerceu sobre Beethoven e Weber.
Apresentando uma das heroínas mais implacáveis e eletrizantes do repertório, Medeia foi um veículo famoso para a diva suprema da ópera, Maria Callas, na década de 1950. Sete décadas depois, uma das sopranos reinantes de hoje pegou a tocha de Callas quando Sondra Radvanovsky abriu a temporada 2022-23 do Met como a mítica feiticeira de Cherubini. Nesta apresentação, Radvanovsky apresenta uma performance tour-de-force, liderando uma nova e emocionante encenação do diretor David McVicar - sua 12ª produção para o Met. O maestro Carlo Rizzi está no pódio para reger esse drama raramente apresentado, que também conta com o tenor Matthew Polenzani como o amante infiel de Medeia, Giasone; a soprano Janai Brugger como o novo objeto de seu afeto, Glauce; a mezzo-soprano Ekaterina Gubanova como a companheira inabalável de Medeia, Neris; e o baixo Michele Pertusi como o rei coríntio Creonte.
Luigi Cherubini: Compositor de origem italiana que fez nome em Paris, criou as condições para o surgimento da ópera francesa no séc. XIX. Chegando a Paris dois anos antes da Revolução Francesa, espelhou habilmente as convulsões políticas da década de 1790 em 4 óperas populares: Lodoïska, Eliza, Médée e Les deux journées.
Wikipedia
Sinopse em inglês
Informações sobre esta produção
Cast Sheet
Livro em português
ária “Dei tuoi figli”
ária “Amore, vieni a me”
ária “Or che più non vedrò”
dueto “Nemici senza cor”
dueto “Figli miei, miei tesori”
David McVicar on Medea
Personagens Principais: - Medeia: princesa feiticeira - Jasão (Giasone): pai dos filhos de Medeia - Creonte: rei de Corinto - Dirce (Glauce): filha de Creonte - Néris: criada de Medeia - Capitão da guarda
Sinopse: Corinto, Grécia, na Antiguidade mitológica.
Ato I Dirce, filha do rei Creonte, prepara-se para casar com Jasão, que abandonou Medeia, mãe dos seus dois filhos. Marinheiros trazem o velocino de ouro, roubado por Jasão aos habitantes da Cólquida para presentear Dirce. Enquanto ele promete proteger Dirce da ira de Medeia, esta chega. Advertindo que matará Dirce se o casamento ocorrer, Medeia implora que Jasão retorne, evocando o amor de ambos pelos filhos. Rechaçada, ela jura vingança. Numa breve reaproximação, os dois reconhecem que o velocino provocou terrível sofrimento.
Ato II Uma multidão exige a morte de Medeia, que se preocupa se perderá os filhos. Creonte ordena que deixe Corinto, mas ela implora um dia para poder revê-los. Creonte concorda, e Medeia decide usar esse dia para matar Dirce. Jasão lhe diz que os filhos podem ficar com ela até que parta. Néris, ama de Medeia, prevendo uma desgraça, promete-lhe eterna lealdade. Num crescendo de fúria, Medeia a instrui quanto aos presentes de casamento para Dirce: uma túnica e um diadema que lhe foram dados por Apolo. Assistindo à entrada de Creonte e seu séquito no Templo de Hera para o casamento de Jasão e Dirce, Medeia pega uma tocha acesa no altar e aguarda o momento da vingança.
Ato III Imaginando-se estrangulada por serpentes, Medeia pega um punhal para matar os filhos, mas Néris intercede. Esta entregou os presentes a Dirce, que se prepara para usá-los e assim agradar Jasão. Medeia quer que os filhos morram porque o pai, Jasão, é um traidor. De repente, ouve-se Jasão prantear Dirce, envenenada pelos presentes de Medeia. Enquanto a multidão exige sua morte, Medeia se tranca no templo com os dois filhos. Néris sai correndo, gritando que ela matará as crianças. Acompanhada das três Fúrias, Medeia aparece, exibindo um punhal ensanguentado. "Vingou-me o sangue deles", proclama. O templo se incendeia, e a feiticeira e as Fúrias são tragadas pelo fogo.
youtube
youtube
Tumblr media
1 note · View note
Photo
Tumblr media
@sulmara_calastro tbm fez o retoque do seu #blondfull e o #chanelcut veio aí também, quero aproveitar e agradecer a você e ao Carlos por estarem e me acompanharem sempre e saibam que é um privilégio tê-los conosco. 🌹🌹🌹🌹 (em Souza Hair Cabelos Loiros) https://www.instagram.com/p/Cm2O4jGpZJE/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
meunomeeestrela · 1 year
Text
“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”
Carlos Drummond de Andrade
0 notes
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Carlos Tê + Manuela Bacelar, Cimo de Vila, Porto, Portugal
1 note · View note
Text
““Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.””
— Carlos Drummond de Andrade
0 notes
portalagrovida · 2 years
Text
Case IH investe R$ 36 milhões em capacitação através de parceria com Senar e Senai em MT
Case IH firma parceria com Senai e Senar para capacitação profissional em Mato Grosso. A primeira lanço do projeto tem investimento superior a R$ 36 milhões e serão oferecidas mais de 30 milénio certificações em cursos de operação e manutenção de máquinas agrícolas, porquê tratores, plantadeiras, pulverizadores e colheitadeiras, no estado. A parceria foi firmada nesta terça-feira (25) em Sorocaba (SP). De entendimento com a Case IH, também estarão disponíveis especializações em lavradio do dedo e programa de aprendizagem técnica para Jovem Inexperiente, em cinco cidades mato-grossenses: Rondonópolis, Sapezal, Chuva Boa, Lucas do Rio Verdejante e Barra do Bugres. Christian Gonzalez, vice-presidente da Case IH para a América Latina, explica que a parceria com o Senar e o Senai em Mato Grosso surgiu depois a demanda de clientes quanto a urgência de mão de obra qualificada. “Somos uma marca que investe e desenvolve subida tecnologia. logo, não adianta a gente investir em uma tecnologia que depois no campo ela não consegue ser utilizada. Porquê não temos braço suficiente para ir ao campo, fomo buscar parceiros. E, ninguém mais qualificado que o Senar e o Senai em Mato Grosso para isso”, pontua Gonzalez. As primeiras máquinas da Case IH no Brasil começaram a ser comercializadas em 2000/2001. Hoje, são comercializadas 1,9 milénio colheitadeiras por ano (20,2% de share) e 7,5 milénio tratores ano (10,4% share) no país. Foto: Senai-MT Teor técnico e prático para o campo O vice-presidente da Case IH para a América Latina, Christian Gonzalez, explica que a empresa irá passar seu conhecimento através do Senar e Senai. O objetivo é em três anos realizar 30 milénio treinamentos em Mato Grosso e não descarta levar para outros estados. Auri Orlando, diretor de Suporte ao Concessionário & Cliente da CNH Industrial para a América Latina, pontua que o Senar e o Senai, através dos técnicos internos da empresa, realizarão os treinamentos, multiplicando na ponta o conhecimento da operário. Foto: Case IH “É porquê se fosse uma extensão com todo o conhecimento que a Case IH tem. Eles também vão comprar isso e repassar aos concessionários e clientes finais”, diz Orlando. Conforme o presidente do Sistema Famato, Normando Corral, a parceria firmada é considerada um tanto histórico para Mato Grosso. “É uma procura que a gente vem fazendo há bastante tempo para a solução de um problema que temos nos últimos anos. As máquinas vêm com muita tecnologia embarcada e a gente tem não só a dificuldade em contratar mão de obra, mas principalmente em tê-la qualificada”. O superintendente do Senar MT, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, comenta que as capacitações na instituição irão ocorrer nos Centros de Treinamentos localizados em Chuva Boa, Rondonópolis e Sapezal. “O Senai terá toda a segmento de mecanização industrial e a operação fica por conta do Senar, onde vamos ensinar a plantar, colher, operar um trator, uma colheitadeira”. Foto: Senai-MT Estudo revela que MT precisa qualificar 178 milénio pessoas Carlos Braguini, diretor Regional do Senai Mato Grosso, destaca que um planta do trabalho realizado pela Confederação Vernáculo da Indústria (CNI) aponta que há uma urgência em Mato Grosso de qualificação e atualização de 178 milénio pessoas nos próximos quatro anos. “Parcerias porquê essa com a Case IH permite que o Senai, junto com as suas 14 unidades operacionais, aumente a sua capacidade de qualificação técnica com qualidade. A gente sabe que Mato Grosso já é um celeiro de oportunidades e seguirá sendo nos próximos anos”, frisa Braguini.   Clique cá, entre no grupo de WhatsApp do Conduto Rústico Mato Grosso e receba notícias em tempo real
0 notes
radiorealnews · 2 years
Link
0 notes
altamontpt · 4 years
Text
Clã - Véspera (2020)
Os Clã regressam com um disco muito bem feito, como habitualmente, mas ao qual faltam irreverência e os hinos pop de outrora
Os Clã regressam com um disco muito bem feito, como habitualmente, mas ao qual faltam irreverência e os hinos pop de outrora. Véspera mostra, ainda assim, a mestria e o bom gosto do conjunto, num trabalho para ser apreciado mais com a cabeça do que com a cintura ou o coração.
Os Clã são uma das bandas mais interessantes e seguras surgidas no panorama português deste século. Longe vai o funk…
View On WordPress
1 note · View note
eu-estou-queimando · 3 years
Text
“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”
— Carlos Drummond de Andrade.
55 notes · View notes