Tumgik
opoetacicatriz · 2 months
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Viciado em Areia de Ampulheta
Todo santo dia, durmo no exato momento          [quando eu me pesadelo…] E quando o faço, tenho imaginado as batalhas que você trava nas madrugadas, jambrolhando meus cárceres notívagos – evitando que eu lute          [aqui sozinho…] e ainda que eu não consiga mais sonhar, satisfeito claro pela ausência da tormenta:          [me sinto tão triste…] já que de certo eu imploraria, chorando pelo jogar de migalhinhas de areia xoxas em meus olhos pelo Deus tirano… E Ele me olharia patético e diria “Não estava feliz por só dormir e acordar?” “Não era isso que você sempre quis?” E hoje eu entendo que eu certamente negaria gritando           [porque, não poderia sonhar mais…] Todo santo dia, escuto gente perguntando se vale a pena mesmo dormir todo dia com a mesma Mulher. E eu sei que, nas conchinhas, vale cada ronco, cada pernada e contra-golpe, pois no dia do amanhã, ficarei feliz em acordar com a Mulher que eu mesmo escolhi:          [com você…]
Quando eu me pesadelo aqui sozinho, me sinto tão triste… Porque, não poderia sonhar mais com você…
— Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 2 months
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Me estresso por ter que falar de novo
Ansiedade covarde, me enfrente como um guerreiro, e não como um rato. As preces que faço, inúteis todas, pois os preços que pago são, sempre, alheios de fato. O mal do século é invalidez, argumentos escassos de um rato, nunca, pessoais — pois o covarde precifica da minha ansiedade, a acidez.
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 2 months
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Oi, meu povo.
Meu povo amado. Depois de tanto tempo fora, tentarei voltar a escrever. Espero que gostem, um beijo. Estou em outro momento da minha vida, aceito dicas em como voltar a usar esse site. -Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
Note
Tu sabe q eu me amarro no estilo, KKKK, as vezes parece q tu ta escrevendo mais bêbado q eu;
Obrigado amg kkkkkkkkk eu tento escrever sobre o cotidiano, só que da forma mais esquisita que eu puder
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opoetacicatriz · 1 year
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24.
O vento me bate — sai me levando por ai — e por ai me vou.
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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Re-adolescentismo que faz dan-dan-dan com um Baixo
Minhas mãos fazendo sheesh e shoosh enquanto retratam V’s de vitória de um lado para o outro, fazendo assim com a Mão, sabe?
– Tipo um.. “huh, huh!”?
Isso! Uma requebrada estranha em que eu corro sem sair do lugar, um bamboleamento que faz woo-woo-woo e um sorriso Sincero, acompanhado de uma onomatopeia maluca que faz ppp-rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr-ááá!
Sem falar dos sons animalescos de background, como chimpanzés e elefantes urrando seus próprios cânticos, e os pássaros que gritam “onde, onde, onde?”, fofoqueiros que querem saber o porquê da animação toda – e eu os respondo apontando direto para o meu peito – como se no meu Coração pulsante tivessem perninhas minúsculas sapateando em minhas costelas e xilofoneando a minha caixa toráxica de forma maluca!
– E o que mais?
Minhas bochechas ficam doloridas sem aviso prévio, como se tivessem me embebedado com gás hilariante! No transportes públicos, me confundem com um Bufão em tempo integral e uma senhorinha já me disse: “Deus, porque está sorrindo tanto, sua eletroquímica pessoal não o manda cessar, calar esse teu sorriso?”
E eu sorrio de volta fazendo um lentíssimo e suave “Huh-huh!” e explicando a tal moça amargurada que, no ônibus do qual estávamos tinha um lustre esférico – uma bola de espelhos –,  a qual reflete luz para tudo quanto é lado, e que eu não consigo evitar de dançar!!!
Entendeu? É isso que eu queria te falar, mas é ruim de falar por telefone. Eu prefiro sempre passar pro papel.
- Tá apaixonado de novo né, seu biruta?
Claro que sim! De novo e de novo, pela mesma mulher!
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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Um samba esquecido do Mariano Brow, de 1993
O mais triste de se sentir psicologicamente doente é a incapacidade de se resolver. De olhar para uma situação que ocorreu a alguns dias e ainda sentir a taquicardia residual e o corpo frágil como uma escultura de gelo; derretendo e se quebrando a marretadas leves, “tim tim por tim tim”, e os barulhinhos que pra muitos relaxam, são para mim uma tortura, “tim tim, tim tim”.
O horripilante é a estupicidade, note que inventei essa palavra, do seu motivo. Culpa da desinteligência, do desgosto, do desprezo, da repulsão, da altercação, do antagonismo, da ARRELIA (em maiúsculo mesmo), do atrito inevitável, do desconcerto a qual preciso resolver para poder dormir e a contenda entre meus próprios males e os dos outros. Isso me lembra da canção simples e genial, do sambista que pus no título dessa prosa falicamente falha.
Ah merda, Caetano já escreveu sobre esse tema também. Que saco, parece que tudo que é poeta já sofreu dessa porcaria, parece que tudo que é gente já foi vítima. Quando eu for “mais grande”, menos poeta e mais sadio, escreverei mais bonitinho sobre o assunto, talvez tão brando que seja melancólico, ou tão simples que vire cantiga de criança. Por enquanto, escreverei assim mesmo. 
Ah, e outra coisa. Ouvi a do Caetano e não sei mais dizer se é respectivo ao dito assunto ou se é só sobre bucolismo em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Pode ser minha falha de intepretação também. Então deixarei o título do texto como uma menção ao seu precedente nessa prosa.
Que bobeira.
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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23.
Uma flor de ipê... eu a olhei pri-ma-ve-ril-men-te — sou grato por hoje.
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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Tempo bem vivido e bem acompanhado
   Eu sinto uma expansionista torrente de cousas boas em todos os singulares e plurais dias que a gente passa junto. "Passar o dia" tem um sabor mais gostoso quando é com você, e é ótimo! Eu sinto que o "Passar o dia" é uma experiência agradavel do começo até o final, pois a trajetória se torna tão importante quanto seu objetivo. E não confunda "Passar o dia" com passar o dia -- note que o segundo está em minúsculo e sem aspas pois você não está nele --, do qual parece passar devagar como se fosse uma eternidade... Mas quando o "Passar o dia" tem aspas e o P é Maiúsculo, toda a vida diante de mim floresce! Para somente e só ouvir um sentimento doce do fundo d'alma gritar "Isso é tudo o que você queria!". Com certeza, é assim que eu sempre quis "Passar o dia", e é assim que tenho "Passado".
   Se "Passar o dia" parece um deleite, imagine "Passar os anos". Deus! As vezes é ate dificil de admitir que eu sou digno disso com um certo grau de certeza. Estou certo que "Passar o dia" tem sido óbvio e plausível, mas "Passar os anos"... "Passar os anos"... também cabe bem aos ouvidos quando eu falo em voz alta, dá vontade de gritar bem alto todo dia: "Passar os anos!", "Passar os anos!".
   É fato que tenho um parafuso a menos quando cedo a essa paixonite eterna, sensível e voraz que corre dentro de mim. Ter um parafuso a menos, deixa a minha vida menos apertada. Ter um parafuso a menos por você, Céus...
Me faz desejar "Passar a vida".
- Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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Os sons que saem das minhas cordas vocais
   Doido. Escolheram o nome de muitos pássaros com base na sonoridade de seus cantos. Subentendem e interpretam a fonetização de seus gritos vocálicos repetidos. Por fim, dão a eles um significado com base na metafísica que damos aos conjuntos de palavras supostos por nós mesmos. Como o "Bem-te-vi", que chamam assim porque o canto assim parece, relaciona o passarinho ao prazer de ver alguém querido. O estranho é que o nome parece ilustrar ao resto do mundo a sua imagem, como se ela fisesse parte de sua personalidade coletiva. Como se passasse a ser definido por isso. Só por isso.
   Acho que se eu fosse um passarinho, meu nome popular seria "Porque-eu-continuo-pensando-e-não-enfrentando-a-minha-mente-quebrada-se-foi-dito-que-racionalizar-os-meus-demônios-não-seria-apenas-o-bastante,-eu-quero-uma-cura-para-essa-doença-quero-deixar-de-bater-três-vezes-na-madeira-quando-tenho-medo-ou-quando-não-quero-que-algo-de-mal-aconteça-quero-parar-de-pensar-demais-quero-desentalar-o-grito-da-garganta-e-o-choro-da-alma", que chamam assim porque o canto assim parece, relacionando o passarinho ao desprazer de situar-se no meio de um fogo cruzado de sua própria cabeça. O estranho é que o nome parece ilustrar ao resto do mundo a sua imagem, como se ela fizesse parte de sua personalidade coletiva. Como se passasse a ser definido por isso. Só isso. Só isso. Só isso.
Por essas e outras eu te entendo, Bem-te-vi.
-Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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22.
Com três pedras ônix, abre-se o caminho novo – bem longe dos palcos.
Coleção de Haicais - Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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21.
Acabei pensando, e foi esse breve motivo que me fez falhar.
Coleção de Haicais - Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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20.
Mesmo que esgotasse toda a areia da ampulheta   eu ainda teria você?
Coleção de Haicais -Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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19.
Aqui, um paradoxo: Como moras no meu peito Se eu moro no teu?
Coleção de Haicais -Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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45# Doses cavalares de besteirol insalubre
O último momento foi agora a pouco. O pouco agora fora momento o último. O último pouco foi o momento; agora. Que sá paro ser momento e vivo o agora.
-Do Poeta Cicatriz (Poesia em Atos #45)
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opoetacicatriz · 1 year
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18.
Morros oscilantes para minh'alma salgada: bebo nuvens doces.
Coleção de Haicais -Do Poeta Cicatriz
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opoetacicatriz · 1 year
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Para cada X, um raio de sol no seu peito
I.
Sabe? A perdição tem me consumido tanto, que sempre recordo do derrotismo com o qual jurei não me acomodar mais. Um crápula sujo-azulado que entra em meu casebre, assolando meus dias aos berros, colocando as cadeiras por cima das mesas, dizendo aos outros adultos o que podem ou o que não podem…
o meu dicionário de sinônimos epitoma – um escroto, ordinário, baixo e vil.
E só você sabe como me acalmar.
Todas as noites eu rezo, pra que você esteja aqui na manhã seguinte.
II.
Ao desagradabilíssimo, noto outra cousa. O quanto devo a mim mesmo por ser pouco, a ausência do “eu” em cousas que deviam me ter  – como a manhã nublada com luz, mas sem sol.
E só você sabe como me crescer.
Todas as noites eu rezo, pra que você esteja aqui na manhã seguinte.
III.
Na reflexão de não estampar meu rosto na Terra – no mundo que vivo – e de sofrer por seus carrascos, me lembro bastante dela. Só dela.
Do sorriso gentil, do apreço por minhas banalidades, pelo valor que dá ao bem da rotina e ao esforço;
por dizer que as palavras cabem na minha boca; por afirmar que foram feitas para que eu as falasse; por gostar do meu sotaque.
Sabe? Eu goxto de você, goxto das memóriax e valorizo-a porr serr verrdadeira. Goxto de quando a gente faz coisa junto – e até quando não faix –, de apoiarr minhas bobeirissix e por ser você – já tá bom demaix!
E pur me amarr tanto tanto assim, cada verrbo verrbal teu é recíproco.
Todax as noitex eu rezo, pra que você isteja aqui na manhã siguinte.
Todax as noitex eu rezo, pra que você isteja aqui na manhã siguinte.
Todax as noitex eu rezo, pra que você isteja aqui na manhã siguinte.
-Do Poeta Cicatrix
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