Tema - Lee Taeyong
n/a: Olá, olá! gente essa daqui já existe no spirit! Eu amo essa, acho que é uma das melhores que eu já escrevi e é a única narrada em 1a pessoa! Pois é...
Boa leitura!
•
Engoli a droga do amor no seco. Fechei os olhos em apreciação e anseio pela a sensação que viria a seguir. Voltei o olhar para a paisagem em minha frente, a extensa parede de vidro que dava para o centro de Seul. O lugar que antes era tomado por centenas de pessoas, estava vazio e quieto pelo horário, mas ainda todo iluminado. Parecia ter um brilho especial mesmo que frívolo.
A melodia intensa da música que produzi ecoava por todo quarto de hotel, parei um pouco analisando aquela sincronia de letra e som. Sempre achei música um presente dos deuses para a humanidade, era incrível como podia caber tanta coisa em alguns minutos de música, em como elas tinham um poder de cura, de acolher, de escutar e, sobretudo, de criação.
Ter o poder de transformar meus sentimentos em música é algo que nunca poderia explicar. É algo que transcede, onde eu realmente podia dizer o que não poderia ser dito, das coisas mais bonitas até as mais dolorosas. Sempre existiu um espírito questionador dentro de mim, que me enlouquece lentamente. Quem eu sou? Quem eu quero ser? Quem eu quero me tornar… Me vejo escutando algumas das quais criei anos atrás e percebo que ainda sou ela. É isso, música sempre seria onde eu poderia me encontrar, o que chega a ser um pouco sem sentido, sinceramente.
Fui tirada dos meus pensamentos com aquela pergunta.
– Eu sou o tema dessa aqui? – A voz indagou, presunçosa. Dirigi minha atenção a Taeyong que escutava com atenção a música.
– Você era o problema dela, na real. – Caminhei até ele, jogando meu corpo ao seu lado no divã. – Mas sim, virou o tema, dessa aqui, e de todas as outras que escrevi.
Eu e Lee Taeyong eramos um caso difícil. Era, na verdade, um casinho resumido de fodas casuais e escondidas que tínhamos. Contudo, começamos a ter problemas no paraíso quando eu começei a ter alguns sentimentos ardendo em mim por ele, os quais externei para a minha arte. Eram dezenas de músicas eternizando, de alguma forma, aquilo que parecia, na minha visão, finito, além de demonstar o quanto eu me comportava como uma idiota quando o assunto era ele.
Sorrindo satisfeito com o que ouviu, o Lee levou a boca até a minha, iniciando mais um daqueles beijos, o qual aceitei de bom grado, me sentindo extasiada, não sei se por ser ele, ou pela droga do amor.
– Você sabe que é o tema de muitas das que eu produzo, uh? Me fazendo comportar como um romântico, só pra você.
– Sendo romântico sem ter que dar flor, não é? – Murmurei, com um tomzinho de escárnio. O que fez Taeyong revirar os olhos e respirar fundo.
– Eu sei que sou vacilão, mas... – Resmunguei pra que ele continuasse. – Pensa bem, há alguns meses atrás eu era bem mais que isso.
Assenti num gesto vazio.
– Você me deixa em cima do muro, Taeyong, não sei que o pensar quando é sobre você, fere meu ego demais. – Rebati.
– Eu gosto dessa sua coisa de ficar com o ego ferido e não apelar pro pranto, transformar em beleza como essa aqui.
– É? As outras não eram assim, não é, amor? Por isso que elas não duravam tanto na sua mão. – Estalei a língua no céu da boca como uma constatação, amarga. – Mas eu não sou como as suas outras, Tae.
– Você sabe que não é assim. – Fez um barulhinho de desaprovação para o que eu disse, apenas ignorei. – Sabe que tem sido a única há muito tempo. A única que faz eu me sentir fora de mim, a única que é dona das minhas inspirações. – Segurou meu rosto com cuidado pelo queixo, dizendo isso baixinho rente aos meus lábios. – Meu êxtase.
Fechei os olhos engolindo mais uma vez aquelas palavras que já haviam sido ditas, mas todas as vezes que as escutava sentia um toque estranho de vazio e, ao mesmo tempo, muito febril.
Taeyong trouxe os lábios até minha mandíbula, beijando demoradamente. Inclinei o pescoço pra que ele tivesse mais acesso a área, engolindo em seco quando ele marcou a pele firmemente com os dentes.
– Vamo esquecer essa discussão e fazer o que é mais eficaz do que se prender nelas.
Assenti obediente, sabendo o que viria a seguir, e vergonhosamente ansiosa por isso. Taeyong trouxe meu corpo pra cima do dele, beijando-me de forma intensa e forte, as mãos alisando as coxas por dentro da saia que usava, levando-as até o limite da cintura. Senti um leve estímulo na minha intimidade pela perna dele, movi o quadril contra o movimento, fazendo com que a pulsação entre minhas pernas aumentasse.
O efeito da droga do amor correndo na minha corrente sanguínea, multiplicando a sensação da carícia dele em mim, transformando toda a minha área corporal em uma zona erógena que precisava ser tocada. Me fazia querer nunca sair do aperto daquelas mãos, sentir cada pedacinho da minha pele ser tocada por ele, até tudo que restasse em mim fosse ele e todas aquelas sensações.
– Tae...
– Não tem noção do quanto significa pra mim, se soubesse, nunca pensaria que não é única pra mim. – Entre beijos molhados em meu pescoço, Taeyong murmurou. Me movia lentamente em seu colo, roçando os sexos com vontade.
– Tae, deixa eu... – Murmurei me levantando do colo dele, ajoelhando em sua frente, queria o gosto dele na língua. O sorriso satisfeito e sôfrego assim que eu massageei o virilidade por cima do tecido da calça. Quando o livrei do aperto das roupas, esfregei-o com as mãos, tendo ele crescendo sob elas, espelindo da fenda mais daquele líquido que me fez salivar. Lambi toda a extensão do pau, pesado e duro, massageando as bolas com mãos. Sorvendo com o músculo molhado a glande úmida, e depois engolindo tudo que conseguia, usando bem a língua pelas veias, e sendo agraciada pelos sons que saíam da boca dele.
– Não, não quero gozar nessa boquinha linda. Sabe como eu amo te ver escorrer com minha porra, então vem aqui, vem, vou te transbordar.
Taeyong tirou peça por peça que estava no meu corpo. Colocou-me contra a parede de vidro dali, de costas pra ele, fazendo meu corpo quente arrepiar com o contato frio e pulsar com o tesão quase que cruel. Taeyong tomou meus cabelos num rabo de cavalo, de modo que meu quadril ficasse empinado e colado a ele. Susurrou rente ao meu ouvido, com aquela voz gostosa que me fez arrepiar ainda mais.
– O que não vira palavra é essa coisa nossa só de sentir. – Afundou-se em em mim, certeiro e firme. Gemememos longamente. – A nossa vibração, querida.
Taeyong arremetia-se contra mim com vontade e firmeza, podia senti-lo inteiramente pulsando, tenso e quente, alcançando aquele lugar sensível, gritei com o espamo de prazer que correu sobre mim, apertando, engolindo tudo que ele podia me dar. A respiração dele desacompassada e ofegante batendo no meu pescoço, junto com os gemidos animalescos, sendo rapidamente levados pra um aspiral de prazer. Recebi todo aquele líquido que ele havia dito me transbordar. Taeyong não parou com o quadril até eu gemesse, manhosa e alta, só pra ele.
– Eu vou te lamber até o amanhecer, vou dar algo melhor do que nosso ego ferido pra você escrever. – Estendeu uma das mãos até minha intimidade, esfregando, espalhando com os dedos os líquidos meu e dele que escorriam de mim. Gemi sensitiva, não deixando de rebater provocativa.
– Vai?
– Pode acreditar, vou sim.
Taeyong me pega, me dobra, me põe de lado e me faz gozar nele até que os primeiros raios solares iluminassem através daquele vidro. Me transformando durante toda a noite num vulcão, movido a água e fogo e, além disso, dando-me o suficiente pra que ele e aquela droga de amor fosse sempre o tema lancinente de todas as minhas melodias.
•
64 notes
·
View notes
AUTODESCOBRIMENTO...
À medida que alguém trabalha sobre si mesmo vai compreendendo cada vez mais e mais a necessidade de eliminar radicalmente de sua natureza interior tudo isso que nos torna tão abomináveis.
As piores circunstâncias da vida, as situações mais críticas, os fatos mais difíceis são sempre maravilhosos para o autodescobrimento íntimo.
Nesses momentos insuspeitos, críticos, afloram, sempre e quando menos o pensamos, os Eus mais secretos; se estamos alertas inquestionavelmente nos descobrimos no delito
As épocas mais tranquilas da vida são precisamente as menos favoráveis para o trabalho sobre si mesmo. (As vezes nos queixamos com Deus porque tanto sofrimento porque temos muitos Eus)
Existem momentos da vida demasiado complicados em que alguém tem marcada tendência a identificar-se facilmente com os acontecimentos e a esquecer-se completamente de si mesmo; nesses instantes alguém faz besteiras que a nada conduzem; se estivesse alerta, se nesses mesmos momentos, em vez de perder a cabeça, se recordasse de si mesmo, descobriria com assombro, certos Eus, dos quais jamais teve nem a mais mínima suspeita de sua possível existência.
O sentido da auto-observação íntima encontra-se atrofiado em todo ser humano; trabalhando seriamente, nos auto-observando de momento em momento; tal sentido se desenvolverá de forma progressiva.
À medida que o sentido de auto-observação prossiga seu desenvolvimento mediante o uso contínuo, iremos tornando-nos cada vez mais capazes de perceber de forma direta aqueles Eus sobre os quais jamais tivemos dado algum relacionado com sua existência.
Ante o sentido de auto-observação íntima, cada um dos Eus que em nosso interior habitam assume realmente esta ou aquela figura secretamente relacionada com o defeito personificado pela mesma.
Inquestionavelmente a imagem de cada um destes Eus tem certo sabor psicológico inconfundível mediante o qual apreendemos, capturamos, prendemos instintivamente sua natureza íntima, e o defeito que lhe caracteriza.
A princípio o esoterista não sabe por onde começar, sente a necessidade de trabalhar sobre si mesmo, porém encontra-se completamente desorientado.
Aproveitando os momentos críticos, as situações mais desagradáveis, os instantes mais adversos, se estivermos alertas descobriremos nossos defeitos sobressalentes, os Eus que devemos desintegrar urgentemente na morte em marcha
Às vezes pode começar-se pela ira ou pelo amor-próprio, ou pelo infeliz segundo de luxúria, etc., etc., etc. (A Luxuria destrói vários casamentos)
É necessário tomar nota, sobretudo em nossos estados psicológicos diários, se é que de verdade queremos uma mudança definitiva.
Antes de deitar convêm que examine os fatos ocorridos no dia, as situações embaraçosas, a gargalhada estrondosa de Aristófanes e o sorriso sutil de Sócrates.
Pode ser que tenhamos ferido a alguém com uma gargalhada, pode ser que tenhamos adoecido alguém com um sorriso ou com um olhar fora de lugar.
Recordemos que no esoterismo puro, bom é tudo o que está em seu lugar, mau é tudo o que está fora de lugar.
A água em seu lugar é boa, mas se, esta, inundasse a casa, estaria fora de lugar, causaria danos, seria má e prejudicial.
O fogo, na cozinha e dentro de seu lugar, além de ser útil é bom; fora de seu lugar, queimando os móveis da sala, seria mau e prejudicial.
Qualquer virtude, por mais santa que seja em seu lugar é boa, fora de lugar é má e prejudicial.
Com as virtudes podemos causar danos a outros.
É indispensável colocar as virtudes em seu lugar correspondente.
O que dirias de um sacerdote que estivesse predicando a palavra do Senhor dentro de um prostíbulo?
Que dirias de um varão manso e tolerante que estivesse bendizendo uma quadrilha de assaltantes que tentassem violar a mulher e as filhas?
Que dirias desse tipo de tolerância levada ao excesso?
Que pensarias sobre a atitude caridosa de um homem que em vez de levar comida para casa, repartisse o dinheiro entre os mendicantes do vício ou entregasse para o pastor?
Que opinarias sobre o homem serviçal que em um dado instante emprestasse um punhal a um assassino?
Recordai, querido leitor, que nas cadências do verso do ( jornalismo ) também esconde-se o delito.
Há muita virtude nos malvados e há muita maldade nos virtuosos.
Embora pareça incrível, dentro do mesmo perfume da prece também esconde-se o delito.
O delito disfarça-se de santo, uma das melhores virtudes, apresenta-se como mártir e até oficia nos templos sagrados.
À medida que o sentido da auto-observação íntima se desenvolve em nós mediante o uso contínuo, veremos todos esses Eus que servem de fundamento básico para o nosso temperamento individual, já seja este último sanguíneo ou nervoso, fleumático ou bilioso.
Ainda que você não o creia, querido leitor, atrás do temperamento que possuímos, esconde-se entre as mais remotas profundidades de nossa psique as criações diabólicas mais execráveis. (Como Deus conhece seus melhores filhos ? Provando - nos )
Ver tais criações, observar essas monstruosidades do inferno dentro das quais encontra-se engarrafada nossa mesmíssima consciência, torna-se possível com o desenvolvimento sempre progressivo do sentido de auto-observação íntima.
Enquanto um homem não tenha dissolvido estas criações do inferno, estas aberrações de si mesmo, incontestavelmente, no mais profundo continuará sendo algo que não deveria existir, uma deformidade, uma abominação.
O mais grave de tudo isto é que, o abominável Eu não se dá conta de sua própria abominação, acredita-se belo, justo, boa pessoa, e até se queixa da incompreensão dos demais, lamenta a ingratidão de seus semelhantes, diz que não lhe entendem, chora afirmando que lhe devem que lhe pagaram com moeda negra, etc., etc., etc.
O sentido da auto-observação íntima nos permite verificar por nós mesmos, e de forma direta, o trabalho secreto mediante o qual, em tempo dado, estamos dissolvendo tal ou qual Eu (tal ou qual defeito psicológico), possivelmente descoberto em condições difíceis e quando menos o suspeitávamos.
Tu já pensaste alguma vez na vida sobre o que mais o agrada ou desagrada?
Tu tens refletido sobre as fontes
secretas da ação?
Por que quereis ter uma bela casa?
Por que desejais ter um carro último modelo?
Por que quereis estar sempre na última moda?
Por que cobiças não ser cobiçoso?
O que é que mais te ofendeu em um dado momento?
O que é que mais o agradou ontem?
Por que sentiste superior a fulano ou a fulana de tal, em determinado instante?
A que horas te sentiste superior a alguém?
Por que te envaideceste ao relatar teus triunfos?
Não pudeste calar quando murmuravam sobre outra pessoa conhecida?
Recebeste a taça de licor por cortesia?
Aceitaste fumar talvez não tendo o vício, possivelmente pelo conceito de educação ou de masculinidade?
Tu estás seguro de ter sido sincero naquela conversação?
E quando justificas a ti mesmo, e quando te elogias, e quando contas teus triunfos e os relata repetindo o que antes disseste aos demais, compreendeste que eras vaidoso?
O sentido da auto-observação íntima, além de permitir ver claramente ao Eu que estas dissolvendo, te permitirá também ver os resultados patéticos e definidos de teu trabalho interior.
A princípio estas criações do inferno, estas aberrações psíquicas que desgraçadamente te caracterizam, são mais feias e monstruosas que as bestas mais horrendas que existem no fundo dos mares ou nas selvas mais profundas da terra; conforme avanceis em vosso trabalho podeis evidenciar, mediante o sentido de auto-observação interior, o fato sobressalente de que aquelas abominações vão perdendo volume, vão diminuindo...
Resulta interessante saber que tais bestialidades, conforme decrescem em tamanho, conforme perdem volume e diminuem, ganham em beleza, assumem lentamente a figura infantil; por último desintegram, convertem-se em poeira cósmica, então a Essência enfrascada libera-se, emancipa-se,desperta.
Indubitavelmente a mente não pode alterar fundamentalmente nenhum defeito psicológico; obviamente o entendimento pode dar-se ao luxo de rotular um defeito com tal ou qual nome, de justificá-lo, de passá-lo de um nível a outro, etc., mas não poderia por si mesmo aniquilá-lo, desintegrá-lo.
Precisamos urgentemente de um poder flamígero superior à mente, de um poder que seja capaz por si mesmo reduzir tal ou qual defeito psicológico à mera poeira cósmica.
Afortunadamente existe em nós esse poder serpentino, esse fogo maravilhoso que os velhos alquimistas medievais batizaram com o nome misteriosa de Stella Maris, a Virgem do Mar, o Azoto da Ciência de Hermes, a Tonantzin do México Asteca, essa derivação de nosso próprio Ser íntimo, Deus Mãe em nosso interior simbolizado sempre com a serpente sagrada dos Grandes Mistérios.
Se depois de ter observado e compreendido profundamente tal ou qual defeito psicológico (tal ou qual Eu), suplicamos a nossa Mãe Cósmica particular, pois cada um de nós tem a sua própria, que desintegre, reduza a poeira cósmica, este ou aquele defeito, aquele Eu, motivo de nosso trabalho interior, podeis estar certo de que o mesmo perderá volume e lentamente irá pulverizando-se.
Tudo isto implica naturalmente sucessivos trabalhos de fundo, sempre contínuos, pois nenhum Eu, pode ser desintegrado jamais instantaneamente.
Com o sentido de auto-observação íntima poderá ver o avanço progressivo do trabalho relacionado com a abominação que nos interesse verdadeiramente desintegrar.
Stella Maris, ainda que pareça incrível, é a assinatura astral da potência sexual humana.
Obviamente Stella Maris tem o poder efetivo para desintegrar as aberrações que em nosso interior psicológico carregamos.
A decapitação de João Batista é algo que nos convida à reflexão, não seria possível nenhuma mudança psicológica radical se antes não passássemos pela decapitação.
Nosso próprio ser derivado, Tonantzin, Stella Maris como potência elétrica desconhecida para a humanidade inteira e que encontra-se latente no fundo mesmo de nossa psique, ostensivelmente goza do poder que lhe permite decapitar qualquer Eu antes da desintegração final.
Stella Maris é esse fogo filosofal que encontra-se latente em toda matéria orgânica e inorgânica.
Os impulsos psicológicos podem provocar a ação intensiva de tal fogo e então a decapitação torna-se possível.
Alguns Eus costumam ser decapitados no começo do trabalho psicológico, outros no meio e os últimos no final.
Stella Maris como potência ígnea sexual tem consciência plena do trabalho a realizar e realiza a decapitação no momento oportuno, no instante adequado.
Enquanto não tenhas produzido a desintegração de todas estas abominações psicológicas, de todas estas lascivas, de todas estas maldições, roubo, inveja, adultério secreto ou manifesto, ambição de dinheiro ou de poderes psíquicos, etc., embora nos acreditemos pessoas honradas, cumpridoras da palavra, sinceras, corteses, caridosas, belas no interior, etc., obviamente não passaremos de ser mais que sepulcros branqueados, belos por fora, mas por dentro cheios de asquerosa podridão.
A erudição livresca, a pseudossapiência, a informação completa sobre as sagradas escrituras, já sejam estas do oriente ou do ocidente, do norte ou do sul, o pseudo-ocultismo, o pseudoesoterismo, a absoluta segurança de estar bem documentado, o sectarismo intransigente com pleno conhecimento, etc., de nada serve porque na verdade somente existe no fundo isso que ignoramos, criações do inferno, maldições, monstruosidades que se escondem atrás do rosto bonito, atrás do rosto venerável, sob a roupagem santíssima do líder sagrado, etc.
Temos que ser sinceros conosco mesmos, perguntamos o que é que queremos, se viemos ao Ensinamento Gnóstico por mera curiosidade, se de verdade não é passar pela decapitação o que estamos desejando, então estamos enganando a nós mesmos, estamos defendendo nossa própria podridão, estamos procedendo hipocritamente.
Nas escolas mais veneráveis da sapiência esotérica e do ocultismo existem muitos equivocados sinceros que de verdade querem autorrealizar-se, mas que não estão dedicados à desintegração de suas abominações interiores.
São muitas as pessoas que supõem que mediante as boas intenções é possível chegar à santificação.
Obviamente enquanto não se trabalhe com intensidade sobre esses Eus que em nosso interior carregamos, eles continuarão existindo sob o fundo do olhar piedoso e da boa conduta.
É chegada a hora de saber que somos uns malvados disfarçados com a túnica da santidade; ovelhas com pele de lobo; canibais vestidos com traje de cavalheiro; carrascos escondidos atrás do sinal sagrado da cruz, etc.
Por mais majestosos que apareçamos dentro de nossos templos, ou dentro de nossas aulas de luz e de harmonia, por mais serenos e doces que nossos semelhantes nos vejam, por mais reverendos e humildes que pareçamos, no fundo de nossa psique continuam existindo todas as abominações do inferno e todas as monstruosidades das guerras.
Em Psicologia Revolucionária torna-se evidente a necessidade de uma transformação radical, e esta somente é possível declarando a nós mesmos uma guerra até à morte, impiedosa e cruel.
Certamente nós todos não valemos nada, somos cada um de nós a desgraça da terra, o execrável.
Afortunadamente João Batista nos ensinou o caminho secreto:
- MORRER EM NÓS MESMOS MEDIANTE A DECAPITAÇÃO PSICOLÓGICA.
PAZ INVERENCIAL! SAMAEL AUN WEOR
1 note
·
View note