Tumgik
#pov1
mcdameb · 3 months
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                     𝐖𝐨𝐫𝐝𝐬 𝐚𝐫𝐞 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐚𝐫𝐫𝐨𝐰𝐬, 𝐨𝐧𝐜𝐞 𝐬𝐡𝐨𝐭 𝐭𝐡𝐞𝐲 𝐜𝐚𝐧𝐧𝐨𝐭 𝐛𝐞 𝐜𝐚𝐥𝐥𝐞𝐝 𝐛𝐚𝐜𝐤 ¦ pov#1
⭑🍇ʿ                                     a luz fraca do camarim iluminava as lágrimas teimosas que insistiam em escapar. manchavam suas bochechas levando um pouco da tinta preta que pintava os olhos, tinha passado tantas vezes as mãos ali que estava tudo borrado. tinha apenas quatorze anos e aquela euforia que naquele momento borbulhava dentro de si parecia grande demais para seu corpo minúsculo e magricela.
para alguém tão franzino, aquela raiva dentro de si não parecia ser compatível com seu tamanho, brooklyn sentia como se pudesse explodir a qualquer segundo. o rosto normalmente pálido agora se encontrava rosado, corado demais com todo aquele sentimento ruim que se alastrava em seu interior. sentia o estômago revirar e a garganta fechar, o desejo de gritar se tornava cada segundo mais necessário.
a briga com a mãe parecia ter ido além dessa vez. não sabia ao certo o porquê de estar bravo, mas, ao fim da peça ao ver um dos atores discutindo com a elian, o adolescente foi tomado repentinamente por aquela sensação que lhe afogava, que tornava impossível resistir a se aproximar e se meter no meio. ao invés de mirar o homem que brigava com sua mãe, mirava a própria. juntava todas as pequenas coisas que estavam entaladas como a insistência dela em lhe manter nos bastidores, a falta de liberdade para sair com amigos, a troca constante de escolas… tudo. parecia desproporcional, mas não conseguia parar.
as paredes do camarim pareciam se fechar, sufocando-o com a tristeza da discussão com sua própria mãe e das palavras ruins que falou para a mesma. as palavras trocadas cortaram seu coração como lâminas, elas ainda ecoavam em sua mente. você é um fardo. eu não aguento mais lidar com você. a voz da mãe banhada pela raiva era a única coisa que parecia circular em suas lembranças alimentando mais a ira que flamejava em seu peito. eu te odeio, tinha dito em resposta para ela. não contente em ir tão baixo, ainda quebrou alguns itens do cenário no palco.
com o fôlego faltando por guardar toda aquela fúria, brooklyn soltou um grito raivoso e passou as mãos na mesa da penteadeira de um dos atores, derrubando tudo ali em cima. os olhos castanhos subiram para olhar o espelho… e de repente não era apenas a sua figura que lhe encarava ali de volta. a imagem do pai aparecia, fazendo-lhe olhar para trás. brook sabia quem ele era e essas aparições não se tornaram tão rotineiras que já não se assustava.
“ ━━━ respire fundo, lyn. essa raiva não é sua.” não sabia o que o pai queria dizer com isso mas assim que respirou fundo e o cheirinho tão característico de uvas e folhas úmidas que acompanhavam dionísio adentrou em suas narinas. fechando os olhos, desfrutou daquele aroma que… lhe acalmava. aos poucos, com mais algumas respirações profundas, o sentimento desaparecia. como um boneco de pano, brooklyn caia no chão, mole e sem forças. esgotado. dionísio se aproximou e se agachou à sua frente, a desta afastando os fios loiros da frente de seus olhos úmidos. “ ━━━ você vai comigo ao acampamento meio-sangue. irá aprender a controlar seu poder e vai retornar apenas quando estiver bem.” a voz mansa era séria, sem espaço para que retrucasse algo. não que ele quisesse, no entanto. não tinha forças para falar alguma coisa ali.
o acampamento meio-sangue era um grande elefante cor de rosa entre brooklyn e elian. mãe e filho sabiam que esse momento chegaria, mas sempre evitaram falar sobre. a esperança era que não precisasse ir até lá, que a própria semideusa pudesse lhe ajudar com tudo e que ele se mantivesse longe daquele mundo que ela odiava. mas esse era seu mundo também, sua realidade. e a partir daquele momento teria que aprender a se adaptar ao local novo já que, para si, talvez não tivesse mais espaço seguro com a mãe depois daquela noite.
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vwestergaard · 9 months
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Cartas para Arendelle
Querido genitor.
depois de muitas cartas ignoradas e sua continua insistência em mandá-las, mesmo sem qualquer resposta, cá estou. Começarei essa nossa conversa perguntando como tem passado, daddy? Soube que o inverno se aproxima, e dizem as más línguas que talvez seja ainda mais frio do que aquele em que nasci. Pergunto-me se Elsa não deu seu jeito, de quem sabe rogar uma praga em seu antigo e amado reino, apenas para que você jamais esquecesse do que ela é capaz. Mas bem, não me importa exatamente como tem passado, pois vejo pelas suas cartes e presentes que nada mudou, ainda é o mesmo homem teimoso e cabeça fechada de sempre, daddy. Eu, por outro lado, estou muito bem, obrigada por perguntar. Recebi todos os presentes que... como é mesmo que você falou nas cartas? Aaah sim! que o primo Aemond mandou, adorei o bracelete by the way. Gostei tanto, que tomei a liberdade de respondê-lo diretamente, espero que não se importe daddy, mas acho que depois disto, não ouviremos falar deste aí nem tão cedo.
me frustra que ainda se recuse a aceitar e enxergar o óbvio, daddy. Se ao menos deixasse sua estupidez um pouquinho de lado, para enxergar o que sempre esteve bem a sua frente, nós dois poderíamos ser aliados e não inimigos. Não se engane, não dá nenhum prazer manchar o seu precioso nome, daddy. Acha que eu quero viver o que o livro dos Eternos me escreveu? Claro que não, e nem você me desejaria isso. Engraçado, não é daddy? Ainda assim, o futuro que você tem desenhado para mim, parece ainda mais assustador do que aquele que me aguarda, e por isso, prefiro ficar com o diabo que eu não conheço, mas que livra de você. Anyways... anseio pelo fim desse nosso jogo de gato e rato, pois ele me cansa demais, daddy. Por fim, vou sugerir mais uma vez que comece a agir mais como os outros pais. Me mande mensagens que vão ser calculadamente ignoradas por dias, talvez semanas, até que as responda secamente. Ou quem sabe, me ligue até que a chamada encerre, ou que eu me canse do vibrar do ePhone e o atenda, irritada, mas atenda. Deixe de ser tão antiquado e quadrado, daddy. Espero respostas em breve.
 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Da sua amada, mas nunca favorita, filha.
 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀V.W
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eugeniomoretti · 1 year
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#pov1 #gabbiano #pov2 #trivella #byeù (presso Spiaggia di Grottammare) https://www.instagram.com/p/Clij4QJtfKU/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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wtfdivyanshi · 2 years
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POV1: you're an independent girl in 1950s dreaming of a vintage love like them
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POV 2: when Titanic is your comfort movie
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How Hatsune Miku entered unexpectedly in my music mix
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Hi, I thought for a long time that Hatsune Miku's music was meh, in fact, I listened to some Hatsune Miku songs in Japanese, but this was like ... well, just another song in Japanese, and sometimes too robotic, but now I have only listened to Hatsune Miku songs for 3 days, how I arrived to this situation?
This story begins 3 days ago, when I was watching a stream, this was starting, and suddenly the streamer put Kermit the Frog sensually dancing:
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and while Kermit was dancing I listen "Rosas", a song by La Oreja de Van Gogh ... I was amazed by the shocking meme that I was watching!, the mix between songs that I know their cringe letter, and the voice of Hatsune Miku made me an addict, after that, I searched others classic songs in Spanish from the '90s and 2000s but with the voice of Hatsune Miku, and I realize that every popular song has a hatsunemized version, artists like Chayanne, Luis Miguel, Mon La Ferte, etc..., I am new in this world, but if you also are new, here are some recomendations:
- https://www.youtube.com/watch?v=BjrzyurUKM0 (Duele el amor)
- https://www.youtube.com/watch?v=Pov1-jXV1JQ (rosas)
- https://www.youtube.com/watch?v=3rQIPPJ9u2o (y se marchó/un velero llamado libertad)
- https://www.youtube.com/watch?v=q1CBlCXBpAQ (Santa Claus llegó a la ciudad Luis Miguel)
- https://www.youtube.com/watch?v=BGMg9M8BB5M (Colgando en tus manos)
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In fact, with this discovery I am enjoying old songs that I would probably never listen to again (except when I go to my parent's house), so, if you're looking for new music or to listen to old music with new ears, consider listening to Hatsune Miku songs, there is probably one Hatsune Miku song for the song that you want, enjoy it :3.
TomatoMostacho
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lapata-lupt · 1 year
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ok so we are gonna call my primary voice that sees me for myself and rightfully recognises that am the ugliest most fakeass lazy disgusting bitch alive POV1 and the other voice that speaks from the “outside prespective” and calls itself “universal and rational” but is just someone who makes excuses POV2
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jihyechoi-capstone · 2 years
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User testing report (Moderated)
Goals
To evaluate the app's usability.
To identify any usability issues.
To determine the participant's level of satisfaction with the product.
To identify how long it takes to complete specified task
Process
Interviews + User tests
Brief explanation
Duration
: 03/09 - 18/09
Demographics
: 2 different age groups
42 - 58 (POV.1: Family member - primary carer)
67 - 81 (POV.2: Senior member)
Participant
(POV1. Family member)
Peter Kim (42)
Jae-eun Choi (58)
Yeon-su Jang (57)
(POV2. Senior member)
Derril Curtis (74)
Noeline Curtis (68)
Sun-rye Jo (81)
Margie Reid (67)
Findings & Ideas
Users confuse the two POVs -> Need to correct the words used, Classify users within the system, but consider other sign-up methods.
The user did not find the tutorial button well. -> It is necessary to change the tutorial presentation method and use colours that are easy to discover.
Users were confused about the purpose of the app (Is it the focus on time and schedule management? Is it the purpose of strengthening family bonds?)
-> It is an app made with two purposes, but it can be confusing from the user's point of view, so I need to decide which side to put more weight on and make the app more concrete in that direction.
4. The user wanted to experience the finished version of the app.
-> Since it is a prototype in the initial stage, there were many unfinished parts in the interaction part, but in the next test, I will supplement this so that there are no parts that do not work in executing a specific process.
Summary
What went well-Usability (There was no big problem following the app flow, and there was no part on the screen that the user did not understand)
What didn't go well- communicating the purpose of the app
Next steps
Reorganize and refine the concept so that it is not confusing
Use words that are not confusing
Check all over again
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bradypnoea · 3 years
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Healing Factor | indelen | (42/42) - 121k | May ‘20 - Mar ‘21
Loki was lucky to survive the devastating car crash that very nearly claimed his life. Now, resting and recuperating in his brother's home he has every care and amenity available to help his recovery. A professional physical therapist was hired by Thor Odinson to help get his brother back on his feet. But for the young woman the assignment is not nearly as straight forward as it first may seem. The accident is merely the final link in a chain of traumatic experiences that inflicted wounds far worse than any number of broken bones. And it's not as if Loki was a friendly man to begin with. Shrewd, caustic, mischievous and introverted, incapable of straightforward communication, lacking in patience and not overburdened with an excess of empathy Loki is the worst possible kind of patient to have. Unless, of course, you’re the type to enjoy the challenge…
Note: Healing Factor has 13219 hits and deserves every one, like, I was lucky to read this story as it was posted in real time and I remember thinking by the fourth chapter that it would be one of my all-time favourites. I can't praise it highly enough: the characters, the pacing, the plot points, the texting, the dialogue, the tension, the resolving of the tension. It felt like a return to my favourite works of the 2012-2015 era. Indelen's writing is quick and intelligent, questions are posed to the reader and answered as they arise. I just- I'll stop and let the work speak for itself but if you can, avoid reading the Series Title on AO3. The OFC's first name is intentionally withheld and I promise it will be SO satisfying to read the moment its revealed. And as soon as you finish, read the next installment in the series, "In Care Of", of which Indelen has just posted the ninth chapter.
- Author's Tumblr | @indelen -
It is not my habit to make semi-flirtatious banter with a man about to interview me for a job as this is, of course, completely unprofessional.
And it is definitely not my habit to make semi-flirtatious banter with a man whom I knew to be married, no matter how obviously in jest the comments were meant to be. After all, even the most innocuous joke can be misconstrued.
And yet, when the front door of a modern upstate New York home opened and nothing short of a Norse god made flesh and mortal stood before me, all that popped out of my mouth was:
“Oh, my goodness gracious! Are you the one that needs round the clock care?”
Look.
If you were there.
And you saw him.
You would have done the same.
Thor Odinson was tall, fair, with cornflower blue eyes and perfect skin. His shoulders were broad and well muscled, his posture was comfortable and assured, his expression was bright and cheery. On hearing my words, he threw his head back and laughed. Even his laughter was energy itself; pure and friendly and unpretentious. Despite myself, I felt stuck down by his charm. It’s not even that he was remarkably handsome, though of course he was, it was that he projected immense health, joy and vitality.
Continue reading on AO3...
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santinhodopauoco · 3 years
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𝐌𝐚𝐭𝐞𝐮𝐬 𝟐𝟐:𝟑𝟗 ; pov1
tw: o texto a seguir contém homofobia típica do período em que se passa o rp, NÃO tire o read more se isso é trigger para você.
O raiar do sol trouxe a realidade que seus olhos nao queriam contemplar. Não havia como escapar e nem como fingir. Agora que sabia da verdade, ou parcialmente dela, não podia apenas ignorar. Desde a adolescência, descobriu que era bem mais fácil esconder uma parte de si mesmo que as pessoas ali na cidade não entenderiam, se compartilhado com elas. Aos seus olhos, talvez apenas seus pais e a irmã lhe aceitassem bem; mas algo sempre lhe fez hesitar. Luca calou-se então. Optando por não entregar àquela parte da si para ninguém, exceto as pessoas que também estavam no mesmo barco.
Ao entrar em casa, ouviu a mãe falar sobre não ter lhe visto antes de dormir, mas tudo o que Luca pôde fazer foi encarar a mulher. Depois de alguns instantes, o rapaz comentar: "Os Gorski não vendem drogas." Não foi pergunta então sua mãe franziu o cenho mas não lhe interrompeu. "Eles não estão envolvidos com nenhum escândalo, com nenhum roubo, não são pessoas cruéis…" agora Esther parecia pronta para lhe interromper mas Luca continuou: "E mesmo assim vocês os odeiam. Por quê?" agora sim questionava. Mas para a sua surpresa, Esther riu.
"Como por quê, Luca? Eles servem ao diabo. Dois homens dividindo uma casa? Criando filhos? Ensinando as crianças a-" ela certamente teria prosseguido se Luca não tivesse batido na mesa com a destra, os olhos não demonstravam fúria nenhuma, apenas estava magoado, desapontado.
"Não ouse continuar isso, mãe!" estalou. "Amar ao próximo como a si mesmo, você me ensinou isso. O que em nome de Deus é essa hipocrisia toda que não se aplica a eles?" sua mãe parecia atônita, não deveria esperar uma explosão daquelas de sua parte. "Onde está o amor, o respeito e a bondade que você e o papai pregam? Vocês o odeiam e eu sempre achei que havia algum crime por trás. Mas é apenas preconceito, não é?" Tão perto como Esther estava, foi fácil para a mulher lhe dar um tapa na face. O estalo foi alto no silêncio repentino e o mais novo apenas suspirou. Estava confirmado então. "Eu estou saindo." foi só o que disse antes de se retirar para o quarto.
Esther não lhe chamou e ele também não explicou, mas arrumou seus pertences o mais rápido que conseguia, juntou tudo o que realmente importava e recuperou o dinheiro que guardava embaixo da cama, depois precisava passar no banco para pegar mais. Por enquanto, lhe bastaria. Precisava estar fora daquela casa o mais rápido possível, tremia, sentia seus olhos arderem mesmo que as lágrimas já caíssem tão livremente manchando seu rosto. Sentia o peso da solidão esmagar seu peito, sentia o medo mais uma vez lhe atingir. Toda sua vida girava em torno da igreja, em torno dos pais. Podia estar se afastando dos patriarcas, mas iria largar a igreja? O que faria com seus dias? Não importava agora. Seus pertencesse couberam em duas malas e levou menos de meia hora para juntar tudo, deixar o quarto vazio. O último item a entrar na mala foi uma de suas Bíblias. O livro com a capa preta e a cruz na frente agora parecia zombar de si, mas mesmo assim, não a deixou para trás. A única coisa que ficaria para trás seria aquela vida de mentiras sob a guarda dos pais.
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phobos-lannyster · 6 years
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POV1: O motivo de ser internado
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          Phobos se lembrava bem de como foi aquela noite. Foi a pior de sua vida, desde que se lembrava. E o pior de tudo era saber que aquela noite tinha começado como qualquer outra. Era para ter sido como qualquer outra. E mesmo não querendo, ele tinha que ficar revivendo e revivendo aquelas cenas, todas as vezes em que pisava no consultório do psiquiatra. Os olhos bondosos do homem encontraram os de Phobos enquanto o garoto não respondia a pergunta clássica com a qual começavam todas as sessões: “Do que você se lembra?”. Phobos suspirou e começou a relatar tudo o que já havia falado nas outras várias vezes em que foi no consultório. 
         “Minha mãe já havia morrido. Morreu uns dias antes. Duas, três semanas. Eu não me lembro. Nós morávamos com o meu pai na época. Eu, Leo, meu irmão mais novo, e Deimos, meu irmão mais velho. Meu pai chegou bêbado em casa. Bateu em Deimos. Disse que ele era um vagabundo, mas ele não é.” O loiro já havia relatado aquilo tantas vezes, que já estava em modo automático. Era incrível como os fatos agora pareciam quase uma história fictícia, que ele não havia participado. “Aí eu não aguentei mais e fui para cima do meu pai. Fiz ele bater a cabeça, e ele precisou ir para o hospital. Deimos e Leo levaram ele, e eu fiquei sozinho em casa. Eu pedi para ficar sozinho, não foi culpa de nenhum deles.” Phobos respirou fundo para contar a próxima parte. “Eu me senti culpado. Achei que tinha matado meu pai. E então decidi me matar também. Eu tomei muitos remédios bati a minha cabeça no espelho do banheiro. Meu irmão mais velho chegou pouco tempo depois e me encontrou desacordado. Conseguiram me salvar. Fiz lavagem estomacal. Foi horrível.” 
        O psiquiatra esperou enquanto Phobos não continuava, e quando percebeu que isso não aconteceria, o homem mais velho se inclinou na direção do paciente. “O que mais? Do que mais se lembra?” O mais novo, imitou o movimento do médico. “Depois o hospital forçou meu irmão a me mandar para uma clínica psiquiátrica. Um manicômio. Porque eu era um perigo para a sociedade e para mim mesmo. Passei dois anos num inferno antes de conseguir alta. O que mais quer saber?” O médico cruzou os braços. “Como foi lá, Rory? O que fizeram com você? O que você...” 
        “CHEGA. Eu não quero mais, chega!” Phobos gritou a frase e se levantou da cadeira, indo até a porta do consultório, a qual ele descobriu que estava trancada. “Me deixa ir embora. Me deixa ir embora, me deixa.” O psiquiatra levantou e devagar foi até a porta, e antes de abri-la sussurrou: “Você não quer voltar ao inferno, não é? Então na próxima consulta vai me contar exatamente o que se lembra. Se não fizer isso, vai voltar para lá. E não vai ser apenas pelas lembranças.” Phobos segurou as lágrimas que queriam sair, e andou para fora dali, batendo a porta ao deixar o consultório. 
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educanna · 4 years
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Ya está disponible el contenido especial 420 de @pointmedialabel (link en su bio para capítulo completo). 🗣 Con grandes invitados como @akapellahh @valerielollett (@theplantdept) @rodreman (@educannaonline) @jrcorredor y @topomaseda 🔥 . Gracias por invitarnos al primer capítulo de POV para hablar a fondo acerca del Cannabis 🙏🏼 . También puedes buscar el video completo en canal de Youtube de Point Media Label 👌🏽 @pointmedialabel . . #pov1 #pov #poinmedialabel #cannabis #420 #especial420 #420special #akapellah #marihuana #marihuanapodcast #podcastcannabico #comunidadcannabica #culturacannabica #feliz420 #feliz4202020 https://www.instagram.com/p/B_OiRjvnA8z/?igshid=1bcmeu49ymoh5
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acciohappxness · 7 years
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Você mandou seus pais para o mundo dos sonhos. Você realmente quis fazer isso? Isso foi um acidente? Como você aprendeu isso? O que você sentiu assim que fez e o que você sente ainda hoje, quando pensa no assunto? Culpa ou consciência limpa? Monstro ou vitima das circunstâncias? Conte-nos para nós. Nos esclareça essa história. @seiscentesimoandarpls
Os gritos raivosos da madrasta não deveriam mais incomodá-lo. Afinal, com a frequência que acontecia, a lógica era que o pequeno Hanne, com seus olhos de íris acinzentadas, já houvesse se acostumado com tudo aquilo. Mas a inocência de uma criança não é algo que perde-se assim de um dia para o outro ou mesmo com os anos árduos que começara a enfrentar desde que o pai casara-se com Vivien.
Pela milésima vez na semana, o garotinho encontrava-se sentado numa cadeirinha de plástico que ficava estrategicamente colocada perto da parede para que o mesmo não acabasse no meio do caminho. Os dedinhos mexiam com a camiseta desbotada do Capitão América e a feição entristecida demonstrava a culpa por algo que sequer fora ele que fizera. Toda a confusão por causa de um vaso de barro derrubado no chão pela irmãzinha mais nova mas que, claro, despejou toda a culpa nos ombros do menino. E Hanne aceitava em silêncio. A bochecha esquerda estava cortada com o arranhão que a aliança no dedo de Viven causara ao dar-lhe o tapa no rosto; não era o primeiro que levava, mas ele mal sabia que seria o último, pelo menos da mulher.
As lágrimas manchavam o rostinho que rotineiramente era tão pálido mas que agora encontrava-se rosado do choro baixinho. A madrasta seguia gritando, xingando-o de todas as formas possíveis. “Inútil, você como sempre só faz atrapalhar tudo. Por que Cillian ainda o mantém? Deveríamos ter nos livrado de você quando a Cay nasceu.“ E o pior não era ouvir aquilo, o pior era que o pequeno acreditava em cada palavra dita.
Mas ele só queria que a mulher parasse. Não conseguiu manter o choro baixo daquela forma e logo os soluços começaram, rendendo mais um tapa, dessa vez no outro lado da bochecha e em seguida nas pernas. Hanne então gritou. De todo o coração desejou que isso acabasse, que todos parassem de culpá-lo, de ressaltar seus erros daquela forma e, acima de tudo, que nunca mais o tocassem. A dor que sentia não era nem mesmo provinda dos abusos físicos mas sim de tudo o que tivera que escutar e guardar dentro de si por três anos. Para uma criancinha magricela, o peso já tornava-se exacerbado.
Contudo, para a sua surpresa, a mulher parou.
O silêncio reinou e era quebrado apenas pelos soluços e o choro ofegante do menininho que havia descido da cadeira e se encolhido contra a parede com os joelhos pressionados contra o peito. Depois de alguns minutos naquela posição, estranhou a tranquilidade que se instalara no casa, mas Vivien parecia ter esquecido do pequeno e limpava a sala como se nada houvesse acontecido. A única diferença visível era uma poeira amarelada que pairava em torno da mulher e da irmãzinha; ambas não expressavam estarem sendo afetadas mas a poeira continuava lá. E então, quando o pai entrou em casa, a mesma poeira via-se em torno do homem.
“O que é isso?” a vozinha pequenina e baixa do menininho soou, amedrontado por estar quebrando a regra de não poder falar sem que lhe perguntassem algo. “O que é essa coisinha amarela?” A família ignorou-o completamente, não obteve respostas. Só que isso não era incomum, raramente davam-lhe atenção quando não queria brigar ou dar-lhe correções. Desistindo de tentar descobrir, enterrou sua curiosidade e apenas dirigiu-se para o quarto onde enrolou-se nas cobertas esfarrapadas em busca de entregar-se ao sono. A paz, afinal, só era encontrada quando fechava os olhos.
Mas, no nascer do dia quando o menininho resolveu finalmente descer para tomar o café da manhã, a casa prosseguia tão calma quanto na noite anterior. Isso não fazia sentido. Os risos da pequena irmãzinha podiam ser ouvidos na parte da manhã com o entusiasmo que uma garotinha poderia conter. Ao caminhar no quarto do pai para ver se tinha alguém em casa, encontrou-os dormindo. A poeira amarelada não havia ido embora e nenhum dos esforços feitos para acordar os adultos, funcionava. O pânico surgiu em seu peito fazendo-o ofegar. O que acontecera ali? “Caylen...” O quarto da irmã foi o segundo cômodo visitado mas o resultado foi o mesmo. De alguma forma, Hanne tinha certeza de que isso era sua culpa.
Não havia nada que pudesse fazer pois não entendia nada daquilo. Aos pratos, pegou uma mochila e colocou suas roupas dentro assim como alguns lanches, deixar aquele lugar mostrava-se como única solução. Iriam culpá-lo pelo incidente e dessa vez estariam certos.
Seja lá o que houvesse ocorrido, era sua culpa. Mesmo com dez anos de idade, era um monstro. As perninhas curtinhas e magrelas correram pelo bosque que ficava atrás de sua casa, nunca parando, nunca hesitando. Ainda que as lágrimas ocultassem-lhe a visão correta, ainda que tivesse tropeçado e caído algumas vezes... ele não parava. Quanto mais longe, mais a culpa o corroía. Exausto, o pequeno deixou-se cair no chão. As folhas mortas acalentaram a queda, mas a terra sujou-lhe, não que isso importasse. Hanne já caiu inconsciente naquele solo imundo repleto de lama; indo diretamente para o abrigo que descobrira tempos atrás. Ali sim seria seguro, ficaria bem. Entretanto, mesmo assim, o sentimento perverso de nojo de si mesmo continuava dentro do pequeno coraçãozinho. E, talvez, nunca sairia. Carregaria consigo para sempre.
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morrowv · 5 years
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POV1 - (( 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓪𝓰𝓪𝓲𝓷 ))
[ Spirit Week, primeiro dia: jogo de basquete. Vestiário masculino, 16h25. ] 
— O coração batia seguindo o ritmo dado pelo relógio em seu pulso, a cada tic uma batida. O uniforme perfeitamente passado e adaptado ao corpo atlético do Morrow era trabalho de sua mãe, que por estar tão emocionada com a volta do filho aos jogos fez questão de que ele estivesse impecável no momento que pisasse na entrada da quadra de basquete para seu primeiro jogo depois de acordar do coma. Mesmo que esse primeiro jogo fosse apenas algo bobo como competição entre turmas. Bobo, mas que para ele era um prova de que ele estaria ali dando seu máximo por aquela escola quando a temporada de competições começasse. Uma prova de que ele podia ter ficado afastado por 6 meses, mas que ainda era capitão daquele time por mérito, por talento puro, e não por pena. Mesmo fora de forma, ele ainda era o melhor dali, ainda era o elo que juntava todos. Os colegas confiavam nele para entrar e dar seu melhor, e ele tinha que confiar em si também, mas era difícil.
Difícil pois naquela noite não havia se escondido atrás do álcool, já que não queria voltar a ser aquela pessoa que fora um dia, a pessoa viciada. Não se escondera atrás do álcool, mas também não dormira por conta do nervosismo. Era sua chance de provar para todos que estava de volta, que ainda era aquele Victor que todos um dia haviam conhecido, mas, será que era mesmo? Será que estava realmente pronto para voltar aos jogos mesmo quando seu corpo ainda doía devido aos treinos cada vez mais pesados que se forçava a ter na academia para tentar recuperar a forma física, ou quando ainda tinha que encarar as dores de cabeça terríveis que sentia todas as vezes que se deparava com uma situação que antes seria resolvida com a ajuda de uma cerveja? Estava pronto, ou estava desesperado para não cair no esquecimento dos colegas, porque a glória era tudo que um dia viera a conhecer?
O tic tac do relógio pareceu cada vez mais rápido, e com isso as batidas de seu coração também ficaram. Quando ouviu os staff chamando o time para o campo Victor fez algo que nunca antes fizera: o sinal da cruz, pedindo para que, se houvesse alguém o escutando lá em cima, o ajudasse a superar seu medo e a ter uma boa experiência naquele dia. Disfarçou o nervosismo com um sorriso confiante e encorajou os colegas da sala B a se divertirem e darem seu melhor. Divirta-se e dê seu melhor, divirta-se e dê seu melhor, divirta-se e dê seu melhor. Repetia aquelas palavras como um mantra em sua mente enquanto entrava na quadra, torcendo para que o pensamento positivo o ajudasse a se sair bem.
Ele estava de volta para a Trinity. Tinha que estar.
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jihyechoi-capstone · 2 years
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Week.6
HMW provide ways for seniors to stay connected with others?
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HMW design/build a service that enables the elderly to enjoy their daily lives while reducing discomfort caused by the digital divide and fostering a digital inclusion environment for them?
Define problems from desktop research
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Interview script
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To understand the user group better, to find the real problem
User interview
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Interview findings
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-> The user group narrowed it down to 'young old'
Define POVs
-> POV1. Senior member
-> POV2. Family member
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First attempt
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Device use
Difficult to use for seniors?
Explanation?
User testing
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[First run]
Remote connection
Siri for old people
Different POVs & personas
App too complex for senior member?
Emerging call button
Burden on family members to consider
Audio/ speaker mode
Tracking in case of memory-loss
Consider readability + colours + other accessibility issues
What is meant by senior/family member?
[Second run]
Collage sharing photos/thoughts/journals
So many details on a screen
Share calendar with whom and how?
Help means? better to change the world
Click would be today's task?
Does the device interact with family members?
Editing...
:HMW help seniors improve their quality of life while adapting to the digital environment as well as staying connected with others?
:HMW provide ways for seniors to keep up with their schedules seamlessly as well as make their daily lives easier?
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User-testing dry run R.2
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[Second run]
Collage sharing photos/thoughts/journals So many details on a screen Share calendar with whom and how? Help means? better to change the world Click would be today's task? Does the device interact with family members?
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bradypnoea · 3 years
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Catherine and Henry | rocksaltandroll | (15/15) - 28k | July-November 2012
Kate is Tom’s Wardrobe Assistant on The Hollow Crown.Everything was going just fine until the Battle of Agincourt, and then Kate's life takes a huge turn. Whether that turn is for better or worse remains to be seen.
Note: When the first parts of C&H were posted on THF (roughly two months after the page had been established), it garnered such excitement that rocksaltandroll decided to build it into a full multi-chapter story. It finished as  one of the most well written novellas to be found in the early TH fandom. Its shorter length belies skilful tension-building without slowing pace even from the first words. I believe it remains their only TH work, though they have published to multiple fandoms since then. This was among the first works I followed as it updated, and I'm grateful they've kept it accesible on AO3 all this time.
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When Tom Hiddleston stepped into his trailer it was as though Henry V himself had walked in fresh from the battle of Agincort, dressed in metal plate and ring mail, dull-gold crown atop of sweat-soaked hair, mud and fake blood spattered all over his face and armour. He looked exhausted and cold but I swear he’d never looked more attractive than he did now. I damn wished that I was Catherine of Valois, about to be wooed by the King of England but alas. I was just first wardrobe assistant on the Hollow Crown set.
I moved forward to take the battered and dirt-stained shield from him and he looked up from the floor and blinked at me slowly, as though he were trying to figure out who I was and what I was doing in his trailer. It took a second for recognition to register and I was awarded with a small smile and a murmured ‘thank you’. I smiled back as I set the shield aside and waited patiently as Tom removed the leather gloves from his hands. His icy fingers briefly brushed mine as he handed them to me and I felt a pang of sympathy as I watched him slowly flex each digit in turn. He had been outside since the crack of dawn in the cold winter sunshine, filming a gruelling battle scene. Leather gloves were all well and good for protecting your hands from biting reins and glancing blows, but they did nothing to keep in the warmth. I set them aside also and waited in silence for Tom to unbuckle his belt and hand me the sword and scabbard.
He let out a long, shaky sigh as I moved around to his right side and he automatically lifted his arm so I could get to the leather straps holding the armour together. I bit my lip as I loosened the buckle. This was unusual for Tom, the quiet. Usually he was full of chat and niceties, but today he was just standing there sombrely, staring at a fixed point on the wall ahead of him. I cleared my throat as the buckles came undone.
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fkabradypnoea · 3 years
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Healing Factor | indelen | (42/42) - 121k | May ‘20 - Mar '21
Loki was lucky to survive the devastating car crash that very nearly claimed his life. Now, resting and recuperating in his brother's home he has every care and amenity available to help his recovery. A professional physical therapist was hired by Thor Odinson to help get his brother back on his feet. But for the young woman the assignment is not nearly as straight forward as it first may seem. The accident is merely the final link in a chain of traumatic experiences that inflicted wounds far worse than any number of broken bones. And it's not as if Loki was a friendly man to begin with. Shrewd, caustic, mischievous and introverted, incapable of straightforward communication, lacking in patience and not overburdened with an excess of empathy Loki is the worst possible kind of patient to have. Unless, of course, you’re the type to enjoy the challenge…
- Author's AO3 -
It is not my habit to make semi-flirtatious banter with a man about to interview me for a job as this is, of course, completely unprofessional. And it is definitely not my habit to make semi-flirtatious banter with a man whom I knew to be married, no matter how obviously in jest the comments were meant to be. After all, even the most innocuous joke can be misconstrued. And yet, when the front door of a modern upstate New York home opened and nothing short of a Norse god made flesh and mortal stood before me, all that popped out of my mouth was: “Oh, my goodness gracious! Are you the one that needs round the clock care?” Look. If you were there. And you saw him. You would have done the same. Thor Odinson was tall, fair, with cornflower blue eyes and perfect skin. His shoulders were broad and well muscled, his posture was comfortable and assured, his expression was bright and cheery. On hearing my words, he threw his head back and laughed. Even his laughter was energy itself; pure and friendly and unpretentious. Despite myself, I felt stuck down by his charm. It’s not even that he was remarkably handsome, though of course he was, it was that he projected immense health, joy and vitality. I’m a physical therapist specializing in severe injury rehabilitation, so I’ve spent a good chunk of my life looking after very sick or injured people. Often in bleak conditions. I’ve met people would never walk again, talk again, who could not pick up a spoon to feed themselves. It’s a hard job, physically demanding and mentally exhausting but ultimately gratifying. It is extremely rewarding to see a patient pick up that spoon after all. But seeing sick people, day in and day out, it starts to get to you a bit and here before me was this radiant picture of healthy, well-maintained masculinity. My mouth got away from me, but to my great relief Thor took the joke as it was intended. Still chuckling, he stepped aside to let me through into the wide-open front hall of the house and rumbled: “Miss St. Clair I take it? Alas, I am not the one who requires your attention. Please come this way.”
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