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#sr. efeitos
wfx0 · 1 year
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Meu quadrinho, vovó 001! procure por vovó 001 no tapas.io
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zerctoherc · 2 months
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KEITH POWERS? não! é apenas EUGENE ANDERSON FOSTER, ele é filho de ZEUS do chalé UM e tem VINTE E SETE anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há QUINZE ANOS, sabia? e se lá estiver certo, EUGGIE é bastante BONDOSO mas também dizem que ele é TAPADO. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
ɪ. 𝓅𝑜𝒹𝑒𝓇𝑒𝓈 —
Aerocinese — O usuário é capaz de moldar e manipular o ar, de forma que Eugene pode modificar a direção de correntes de ar e criar rajadas de vento que, dependendo da velocidade e pressão, podem ser usadas para machucar, cortar oponentes e até criar barreiras momentâneas. Através desse tipo de manipulação, o rapaz também consegue criar pequenas ondas de ar capazes de levantá-lo do chão por alguns instantes, dando uma breve ilusão de levitação. Ao influenciar na direção das correntes de ar, Eugene pode mudar a direção de nuvens ou dissipá-las, se elas estiverem carregadas com chuva ou eletricidade, no entanto, o esforço para movê-las é bem maior. Embora não seja capaz de criar tempestades, o semideus ainda consegue, ao se concentrar e se esforçar bastante, criar pequenos ciclones. Tal feito, assim como outras variações de seu poder que produzem efeitos mais poderosos, porém, é extremamente exaustivo e drena suas forças, tornando-o praticamente um peso morto em batalha.
ɪɪ. 𝒽𝒶𝒷𝒾𝓁𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Força sobre-humana e vigor sobre-humano.
ɪɪɪ. 𝒶𝓉𝒾𝓋𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈 —
Membro da Equipe Azul de Queimada e Instrutor de Habilidades Específicas (aerocinese)
ɪᴠ. 𝒶𝓇𝓂𝒶𝓈 —
Thunderclap — Eugene possui um taco de baseball de bronze celestial com marcas de raios desenhadas por toda sua extensão. Em sua forma comum, transforma-se em uma pulseira com diversos pingentes pequenos de raio e um pingente que é uma réplica exata do taco, para transformá-lo de volta em arma basta segurar a réplica de Thunderclap entre seus dedos. Ao atingir seus alvos, o taco é capaz de emitir uma onda de som que imita o som de um trovão. O som é alto o suficiente para amedrontar os inimigos do semideus, enquanto a onda em si dá conta de afastar seu oponente alguns metros.
ᴠ. 𝒽𝒾𝓈𝓉ó𝓇𝒾𝒶 —
— Parecia haver um certo consenso de que Zeus tinha um gosto específico para suas amantes: celebridades, grandes líderes e figuras de destaque. Entretanto, a paixão da vez do grande Senhor do Olimpo havia sido por uma mulher simples de Wyoming. Sienna não tinha nada a não ser as terras deixadas por sua família, a capacidade de ver através da névoa e um espírito feroz e aventureiro para guiá-la. Talvez tenha sido justamente sua natureza indomável que atraiu a atenção de Zeus e, dos frutos dessa relação, nasceu um lindo menino nomeado carinhosamente de Eugene em homenagem ao seu avô mortal. Depois que a criança foi concebida, o deus partiu, deixando para trás apenas um pequeno anel e um aviso: “O objeto ajudará a escondê-lo dos monstros até seus doze anos.” Isso foi tudo, não houveram palavras de despedida ou de conforto, como era de se esperar da parte de Zeus, e Sienna foi deixada para criar seu filho sozinha. Tal fato, no entanto, estava longe de abalá-la, afinal, ela tinha um menino para criar, seu filho.
— Primeiro, Sienna tomou suas precauções: Além de colocar o anel num colar para que a criança pudesse usar a todo momento, protegeu a fazenda o máximo que conseguiu de forma mundana — mesmo que isso não ferisse os monstros, talvez ainda pudesse atrasá-los — e passou os primeiros anos da vida do menino buscando por um sátiro. Felizmente, ela obteve sucesso e não foram precisas muitas palavras para convencê-lo a ficar e ajudar a proteger um filho de Zeus só até ele ter idade suficiente para ser levado ao Acampamento Meio-Sangue. A família Foster ganhou um vizinho e um amigo na figura do Sr. Benjamim, que trabalhava como zelador na escola que Eugene frequentava. 
— Eugene cresceu cercado de amor e gentileza, criado e educado pelo coração caloroso e ardente de Sienna, que ensinou ao menino o valor que existia em atos verdadeiros de gentileza, mas também o incentivava a ser aventureiro e ambicioso. Euggie era uma criança cheia de energia e era, sem dúvidas, o menino mais bondoso de sua escola, infelizmente, ele nunca foi o melhor quando se tratava de estudos. A fim de compensar sua falta de perspicácia acadêmica e, também, para direcionar sua energia acumulada, o menino entrou em uma turma infantil de baseball. Ele lidava muito melhor com esportes e, no baseball, encontrou sua verdadeira paixão, aos oito anos já tinha decidido que queria se tornar jogador profissional.
— Extremamente inquieto e um tanto quanto desajeitado, Euggie ganhou um padrasto aos dez anos. A entrada de James na vida de Sienna inicialmente não foi bem aceita pelo garoto, que tinha colocado em sua cabeça que, um dia, encontraria seu pai biológico. Sienna nunca fez questão de não falar sobre o pai de Euggie, sabendo que era apenas uma questão de tempo até que, de alguma forma, eles se encontrassem, entretanto, ela obviamente fazia questão de manter o detalhe de que ele era filho do Senhor do Olimpo bem escondido. Assim, o pequeno semideus tinha colocado em sua cabeça, da maneira mais teimosa possível, que encontraria seu pai biológico e o traria de volta para casa. Era algo obviamente impossível de acontecer, mas sua mãe apenas ria e bagunçava seu cabelo. Eventualmente, no entanto, James ganhou o coração do menino e os três passaram a viver como uma família feliz. A entrada do padrasto na vida de Eugene também o fez menos ansioso por um encontro com o pai biológico. 
— Foram doze longos e árduos anos escondendo e protegendo o menino, mas seu décimo segundo aniversário seria o maior desafio que os Foster enfrentaram. O amuleto presenteado por Zeus perdeu o efeito assim que bateu meia noite e os parabéns da criança foram celebrados. No entanto, nada aconteceu de imediato, por cerca de doze horas Sienna manteve a ilusão de que poderia viver mais um tempo com seu querido filho, porém, foi durante um dos jogos de baseball de Eugene naquele mesmo dia que a criatura enfim apareceu. Uma poderosa quimera atacou o garoto, que sobreviveu graças aos esforços  combinados de seu sátiro protetor, Sr. Benjamim, e sua mãe. Após esses eventos, Euggie foi levado pelo sátiro ao Acampamento Meio-Sangue. 
— Eugene chegou ao Acampamento no auge do conflito entre os Olimpianos e Cronos, de forma que passou algum tempo no Chalé de Hermes antes de, após o desfecho da Batalha de Manhattan, ser oficialmente reclamado por Zeus. Dizer que era muito para uma criança de doze anos absorver era, certamente, um eufemismo, mas Euggie sobreviveu ao choque, mantendo sua personalidade alegre e gentil. Levando em conta o temperamento geral de filhos de Zeus, chegava a ser um tanto chocante (haha) vê-lo como um descendente direto do Senhor dos Raios. De uma forma ou de outra, Eugene ganhou um “incentivo” de seu pai após ser reclamado: Um bastão de baseball de bronze celestial que foi batizado de Thunderclap. 
— Assim que foi considerado ter idade e experiência suficiente para sair dos limites do Acampamento Meio-Sangue, Eugene correu atrás de seu sonho, sendo descoberto por um olheiro e se tornando um jogador profissional de baseball. Foi preciso bastante esforço da parte dele para ganhar fama e reconhecimento, visto que, assim que saiu do acampamento, ele era apenas um ninguém. Eventualmente, porém, seu talento e potencial foram reconhecidos após uma partida particularmente apertada, na qual o rapaz trouxe a vitória para o seu time, fazendo-o essencialmente ir de zero a herói da noite para o dia e garantindo-lhe uma vaga de titular nos New York Yankees. Seu sucesso trouxe obviamente muito orgulho para sua querida mãezinha e padrasto, com quem manteve contato desde que foi levado ao acampamento através de cartas. 
— Apesar da carreira como jogador profissional, Eugene sempre tirava um tempo para visitar a família e voltar ao acampamento, no entanto, ele estava no meio de uma partida quando recebeu o chamado de Dionísio. Ele ainda ganhou o jogo, mas achou bastante inconveniente ter de dar uma pausa no meio de um campeonato para atender ao pedido do deus do vinho — ele teve de inventar uma lesão para ser dispensado temporariamente. Obviamente, ao chegar ao acampamento, Euggie compreendeu a gravidade da situação e espera dar o seu melhor para resolver essa crise o mais rápido possível, tanto para poupar os semideuses mais novos quanto para poder voltar à ativa… Preferencialmente, antes da final do campeonato.
ᴠɪ. 𝓉𝓇𝒾𝓋𝒾𝒶 —
— em breve.
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astcrixs · 4 months
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Asterios havia juntado um grupo de novos campistas ao redor da fogueira, como era de costume seu como uma peça que pregava nos novatos. "Sim, sim! Eu 'to te falando! Durante a noite eles se escondem debaixo das camas, nem mesmo o Quíron ou o Sr. D consegue senti-los... Quando um semideus jovem, que eles julgam alvo fácil, tenta sair durante a noite pra aprontar... Kchim! Eles o agarram pela perna e arrastam para a escuridão!" O rapaz se voltou para MUSE, fechando seus olhos, atuando com maestria. "Ainda sentimos saudades do pequeno Greg... Não é mesmo?" Procurou apoio em sua atuação vinda de outrém. As írises esmeralda vez ou outra escapando para ver se sua história surtia efeito dentre os jovens. Sucesso.
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sr-pedro-1 · 1 month
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“LOYAL TO FEW, RULED BY NONE”
Fiz questão de tatuar isso, um lembrete para mim, nunca mais mais deixar ser governado por ninguém, não me permitir ser administrado a doses homeopáticas e sem efeito, cozido à banho maria sem que ao menos me derreta por inteiro. Serei fiel aqueles que são fiéis a mim, mas jamais entrarei em brigas por tais com vendas aos meus olhos, não posso me dar ao luxo de errar pois os que confio estão errando, preciso ser fiel a mim, me comandar, me administrar em doses certeiras, me cozer em brasa alta…
Sr. Pedro I
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aubreevivi · 2 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝗆𝗒 𝗆𝗂𝗇𝖽 𝗍𝗎𝗋𝗇𝗌 𝗒𝗈𝗎𝗋 𝗅𝗂𝖿𝖾 𝗂𝗇𝗍𝗈 𝖿𝗈𝗅𝗄𝗅𝗈𝗋𝖾 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝖻𝗎𝗍 𝗂 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖽𝖺𝗋𝖾 𝗍𝗈 𝖽𝗋𝖾𝖺𝗆 𝖺𝖻𝗈𝗎𝗍 𝗒𝗈𝗎 𝖺𝗇𝗒𝗆𝗈𝗋𝖾
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madelaine  petsch ?  não !  é  apenas  aubree-vivienne  ellison,  ela  é  filha  de  persefóne  do  chalé  24  e  tem  vinte  e  oito  anos.  a  tv  hefesto  informa  no  guia  de  programação  que  ela  está  no  nível  iii  por  estar  no  acampamento  há  14  anos,  sabia?  e  se  lá  estiver  certo,  bree  é  bastante  confiante,  mas  também  dizem  que  ela  é  sarcástica.  mas  você  sabe  como  hefesto  é,  sempre  inventando  fake  news  pra  atrair  audiência.
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⠀⠀⠀𝗐𝗁𝖺𝗍 𝗆𝗎𝗌𝗍 𝗂𝗍 𝖻𝖾 𝗅𝗂𝗄𝖾 𝗍𝗈 𝗀𝗋𝗈𝗐 𝗎𝗉 𝗍𝗁𝖺𝗍 𝒃𝒆𝒂𝒖𝒕𝒊𝒇𝒖𝒍? ও⠀⠀pinterest⠀⠀・⠀⠀connections⠀⠀・⠀⠀muse blog⠀⠀ଓ
BIOGRAFIA
Por ironia do destino, Aubree cresceu em uma família de fazendeiros. Filha da deusa Persefone, a personificação da agricultura, a pequena cresceu entre vacas e galinhas, aprendendo a cuidar dos animais e a manejar um trator com destreza. A vida no campo era divertida e despreocupada, cercada pelo calor da família e pela abundância da terra. Até os sete anos, Aubree não se importava em saber quem era sua mãe. A família era grande e unida, oferecendo-lhe amparo e companhia. Mas, ao observar seus colegas de escola falando sobre suas mães, a curiosidade começou a brotar em seu coração. Ao questionar seu pai sobre sua genitora, ele, hesitante, decidiu revelar a verdade. Gradualmente, ele a introduziu à mitologia grega, tecendo histórias sobre os deuses do Olimpo e, principalmente, sobre os habitantes do submundo. O que era para ser apenas um conto fantasioso se tornou realidade aos 11 anos, quando Aubree foi enviada ao Acampamento Meio-Sangue por sua própria segurança. Elio, o pai de Aubree, a deixou na porta do acampamento com um aperto no coração. Na mochila, levava apenas algumas roupas e a promessa de um reencontro futuro. A saudade de casa era imensa, mas a ruiva encontrou no acampamento um lar adotivo e a oportunidade de aprender sobre sua verdadeira natureza. Os anos seguintes foram marcados por treinamento intensivo e pelo desenvolvimento de seus poderes. Aubree aprendeu a controlar seus dons de filha de Persefone, descobrindo o que era capaz. Aos 24 anos, finalmente, ela deixou o acampamento e se aventurou no mundo mortal. Com o tempo, Aubree retomou o contato com sua mãe e passou a frequentar o submundo, explorando suas raízes divinas. Considerava ter uma vida tranquila entre Nova Roma e o mundo humqano, mas quando Sr. D. chamou todos os semideuses, ficou hesitante em retornar, apenas pelo bem da sua liberdade.
PODERES e HABILIDADES
Tecelã (Melogênese) - Aubree pode manipular as memórias das pessoas, apagando-as, alterando-as ou criando falsas memórias, ocasionando uma ligação direta com essas lembranças. O poder é mais fraco em pessoas com previsão e vigor como habilidades. A manipulação de memórias pode causar traumas psicológicos, tanto próprio quanto herdado da ligação.
Sentidos aguçados
Reflexos sobre-humanos.
ARMA
Lágrimas das Flores - A balestra veio depois de uma missão qual Aubree fracassou, mas sua mãe reconhecia o esforço da filha. A arma apareceu após o orvalho das flores expirar e a mesma estar na frente da semideusa. O material da balestra é de madeira de oliveira fundido a sementes de romã. As pontas das flechas são forjadas de ferro estígio, banhadas com néctar, para causar um efeito debilitante nos inimigos.
MALDIÇÃO
Dada por Eris, deusa da discórdia e da confusão, após falhar em uma missão especialmente por ela, sempre que Aubree está sentindo algo negativo sobre alguém, a mesma emana uma névoa que induz a pessoa ao esquecimento. Memórias e eventos recentes se tornam fugazes e nebulosos na presença da semideusa, indo contra o seu próprio poder.
EQUIPES
Líder da equipe Vermelha da Corrida de Obstáculos
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jbfalcon · 4 months
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Notícia de Última Hora
É com profunda mágoa e consternação
Que vos comunico o falecimento do Sr. 2023
Vítima de velhice.
Deixa 12 filhos falidos
E 366 netos na penúria.
O seu funeral realiza-se hoje Segunda-feira
Este acontecimento irá causar efeitos em algumas pessoas,
Como por exemplo
Visão distorcida, tonturas, voz pastosa
E com fortes possibilidades
De contraír ressaca
Para os resilientes e aos que acreditam em dias melhores FELIZ ANO NOVO 2024.
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scottymrtnz · 9 months
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all my flowers grew back as thorns.
MEET SCOTTY ⸻ aka bioshock.
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nome completo: scott alejandro martinez. apelido: scotty. codinome: bioshock. idade: 22 anos. data de nascimento: 25 de agosto. nacionalidade(s): estadunidense, cubano. local de nascimento: new york city, new york — estados unidos. gênero: cisgênero masculino. condição financeira: classe baixa, vivia nas ruas e em lares provisórios e precários até se tornar um discípulo.
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poderes: fitocinese — o poder de controlar e manipular o crescimento, ataque, nível de agressividade e propriedades químicas e físicas de qualquer vida vegetal: plantas, frutas, algas, ervas daninhas, árvores, musgos.
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faceclaim: xolo maridueña. estilo: muitas camisas xadrez, calças jeans rasgadas, par de vans com a sola desgastada.  tatuagens: nenhuma tatuagem, tem medo de agulhas. sinais / marcas: muitas cicatrizes espalhadas de violência sofrida nas ruas ou nos lares provisórios em que morou. alergias: amendoim. vícios: nenhum, e raramente faz consumo de álcool. 
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traços positivos: engraçado, gentil, solícito, generoso, humilde. traços negativos: cínico, negativo, cabisbaixo, rancoroso, cansado. labels: the class clown. signo: virgem. inspirado em: seth cohen (the oc), chidi anagonye (the good place), nick miller (new girl), cameron james (10 things i hate about you).
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orientação sexual: heterossexual.  status: solteiro.
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scotty, como sempre foi chamado, nasceu da união caótica entre dois jovens defensores da causa do meio ambiente. sim, daqueles que faziam protestos contra os navios de petróleo, efeito estufa e coisas do tipo. e esse é o máximo que ele soube de seu pai a vida inteira. o homem sem nome e sem rosto o abandonou antes mesmo que ele nascesse, deixando o pequeno scotty na barriga de sua mãe como um presente indesejado para que ela fizesse o que bem entendesse… e assim ela o fez: precisando de dinheiro, aceitou o acordo com a stargate, recebendo uma quantia muitíssimo satisfatória apenas com a leve contrapartida de que iriam injetar aquele composto feito de sabe deus o que em seu filho. mas não é como se ela se importasse muito, não é mesmo?
sua mãe faleceu (ou pelo menos é isso que lhe dizem) quando ele era apenas um bebê, e depois disso, scotty foi passando de mão em mão, lares adotivos, parentes distantes, orfanatos. a manifestação de seus poderes com certeza não o fazia muito querido, já que estava sempre causando algum tipo de problema com eles. scotty sempre havia sido uma criança curiosa e empírica, interessava-se pelos experimentos com as plantas e um dia, sonhava em poder ajudar o mundo com seus poderes de alguma forma, e sabia que a única forma de fazer isso (e de finalmente ter um lar, uma casa e dinheiro) era ter um contrato. 
stargate, entretanto, não pensava como ele. “seus poderes não se encaixam no que estamos procurando. obrigado por se candidatar!”, foram as palavras que ele recebeu após passar por uma avaliação da empresa. sua única esperança de ser alguém na vida havia acabado de desaparecer, e de repente, se viu sozinho num mundo enorme, sem oportunidade alguma e morto de fome. foi quando sr. crimson o encontrou, e lhe disse que ele poderia ajudar o mundo de uma outra forma. mostrou a verdade sobre os heróis e tocou na ferida de scott: enquanto ele passava fome nas ruas, vivendo de pequenos roubos, tomando sol e chuva… a stargate se banhava em lucros das mentiras que contava. 
scotty não tinha exatamente a personalidade e a revolta que larc crimson queria. era terno demais, mole demais, criança demais. mas o mais velho viu em martinez o potencial de alguém que havia passado a vida toda focado em sobreviver. alguém que foi maltratado, esnobado, humilhado. que aprenderia a odiar. e bem, a verdade é que scotty nunca deixou de ser aquele garoto tão amável, que nunca havia recebido um pingo de amor e ainda sim sabia distribuí-lo por aí, amando os humanos e as plantas. mas é claro que com o seu tempo na mansão, o senso de gratidão a crimson e a iniciativa dos vilões só se tornava mais forte. embora não acreditasse em tudo que era passado, guardava aquele segredo em silêncio pois foram eles os únicos que cuidaram de scotty, os únicos que se importaram com sua segurança e celebraram sua existência. jamais viraria as costas para crimson.
dentro da mansão, é extremamente prestativo, sempre ajudando em qualquer tipo de serviço e tirando do corpo para dar para quem precisa. entretanto, é um tanto quanto relapso em seus treinamentos e vêm sido cobrado por isso — afinal, já está há quatro anos como discípulo, dois a mais do que o previsto, e seus avanços parecem ser bastante seletivos: apenas para as áreas que lhe interessam. ou seja: excelente teórico, péssimo prático, sempre tomando broncas de seus superiores e perdendo nos treinos constantemente.
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🌱 scotty passa a maior parte do tempo na estufa, fazendo experimentos com plantas e desenvolvendo seus poderes. é extremamente territorial quando se trata de seus bebês, e não gosta que curiosos fiquem mexendo na área.
🌱 no tempo que resta, gosta de andar de skate, atormentando todo mundo na mansão que quer um pouco de paz e silêncio.
🌱 brincalhão até demais, tem um humor pouco compreendido que sempre leva a algum tipo de mal entendido. apesar de bem intencionado, sempre acaba se metendo em alguma briga com os vilões de pavio mais curto, que se irritam com as piadinhas de scott.
🌱 tem ascendência cubana e fala espanhol fluentemente.
🌱 no quesito relacionamentos, tem um histórico não muito bom, de alguns poucos encontros e nenhuma ex-namorada. talvez seja a personalidade de não levar nada a sério e o humor incompreendido, talvez seja o nervosismo e a falta de habilidades sociais com crushes e afins, o importante é que scotty é um azarado nesse sentido.
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arquivosmagnusbr · 1 year
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MAG050 — Alicerces
Caso #8141206: Depoimento de Sampson Kempthorne a respeito da arquitetura da casa de trabalho de George Gilbert Scott.
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Aviso de conteúdo: claustrofobia
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Sampson Kempthorne a respeito da arquitetura da casa de trabalho de George Gilbert Scott. Depoimento original prestado em 12 de junho de 1841. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA
Caro Jonah,
É meu maior desejo que esta mensagem o encontre com boa saúde, pois ouvi mais de um conhecido em comum comentar sobre seu atual estado de excesso de trabalho. Enquanto eu sinceramente espero que seja apenas fofoca banal, meu conhecimento de seu caráter me leva a suplicar que você se permita algum descanso ou, pelo menos, contrate mais funcionários de secretariado. Certos bairros pouco caridosos diriam que sua vida consiste em nada além de andar de um lado para o outro em uma casa em Edimburgo, cercado por pilhas de histórias fantasmagóricas e depoimentos de lunáticos. Pilhas, receio dizer, às quais estou prestes a fazer uma adição.
Eu sugeriria que você viesse visitar a mim e Marianne como uma distração, mas se você quisesse fazer isso, você precisaria viajar rapidamente. Veja bem, estamos prestes a partir para a Nova Zelândia para começar uma nova vida lá, longe de Londres e de suas casas de trabalho. E é essa partida iminente que teve um efeito tão libertador sobre a minha caneta. Pois vi coisas que sinto que merecem um lugar em seu manicômio de cartas.
Essas coisas consideram as obras de meu ex-assistente, George Gilbert Scott, cuja própria prática arquitetônica é agora muito respeitada. Fiquei com medo de que as acusações de calúnia pudessem me perseguir se minha história fosse contada, mas com um barco para o novo mundo me esperando e sua excelente reputação de discrição, sinto que pode finalmente ser hora de me livrar das cenas inquietantes que testemunhei.
George veio até mim em 1834, partindo de seu compromisso com o escritório de Henry Roberts, onde estava concluindo seu treinamento. Eu tenho o maior respeito pelo próprio Henry, pois ele treinou com Sir Robert Smirke, que havia recebido seu título de cavaleiro nem dois anos antes. Henry era muito efusivo sobre os talentos e perspectivas do jovem Sr. Scott, e se esforçou ao máximo para me informar que seu jovem protegido também recebeu certas tutelas arquitetônicas do próprio Sir Robert.
Ele disse isso com o mais estranho dos olhares, como se houvesse algum segredo divertido entre nós. Eu apenas acenei com a cabeça, como se dissesse que entendi o que ele quis dizer, e ele saiu em paz. Ele até me mostrou o trabalho de George na elaboração de seus planos para o edifício Fishmonger's Hall perto da London Bridge, que foi inaugurado com grande aclamação. Certamente parecia claro para mim que ele seria um bom assistente, pelo menos durante o tempo que eu fosse capaz de mantê-lo.
E assim começamos nossa breve colaboração, cujo tema era a casa de trabalho, um tópico — como tenho certeza de que você deve se lembrar — muito querido para mim. A situação dos pobres e destituídos tem sido uma desgraça nacional por muito tempo, e quando recebi a tarefa de projetar as casas de trabalho pelos Comissários da Lei da Pobreza, foi um empreendimento no qual embarquei com grande zelo.
Meus projetos originais tinham a intenção de ajudar na fácil segregação dos residentes por sexo, idade ou enfermidade, pensando em capacidade e utilidade acima de tudo. Eu sei que muitos olham para a casa de trabalho com desdém, a chamam de “Bastilha do Mendigo” e veem muito pouca distinção entre ela e uma prisão, mas essa é uma visão profundamente míope. A prisão mantém sua população para a segurança e desenvolvimento da sociedade em geral, enquanto a casa de trabalho existe para o desenvolvimento dos próprios residentes. Criticar as condições como duras é ignorar o imperativo moral básico do próprio trabalho, e acredito firmemente que descartar o punitivo como uma forma válida de desenvolvimento moral é consignar muitas pobres almas à perdição... mas estou divagando, Jonah. Estou tão acostumado a escrever defendendo os meus projetos que parece ser difícil escrever qualquer outra coisa.
Foi em sua ajuda com esses projetos que George começou a mostrar aquelas peculiaridades de caráter com as quais eu ficaria tão pouco à vontade. Seu processo de reformulação era... profundamente perturbador. Ele passava horas no escritório simplesmente olhando para os desenhos sem dizer nada, sem comer ou beber, ignorando qualquer pergunta ou interrupção. Então, em um único movimento, ele reunia todos os papéis e se retirava para seu escritório privado, trancando a porta atrás dele.
Então, do outro lado daquela firme porta de carvalho, eu ouvia os sons mais estranhos, murmúrios e gritos. Era sempre apenas a voz de George, eu nunca conseguia discernir as palavras. Muitas vezes parecia que ele estava em grande aflição, e em mais de uma ocasião eu estava a poucos minutos de chamar a polícia para ajudar a arrombar a porta quando ele aparecia, suando pelo esforço e segurando desenhos completamente refeitos. Tenho certeza de que vi sangue no colarinho dele uma vez.
Os desenhos em si eram um pouco melhores. Ele pegava a funcionalidade sólida de meus planos originais e os refazia em todos os tipos de simetrias estranhas que, embora arquitetonicamente intrigantes, geralmente sacrificavam muitas considerações práticas. Ele também, sem falta, desenhava tudo mais próximo. As passagens eram estreitadas e os dormitórios encolhiam até que um prédio projetado para abrigar 300 residentes fosse refeito para abrigar quase o dobro desse número.
Como mencionei antes, não tenho objeções às duras condições dentro da casa de trabalho para dissuadir os inúteis de residi-la, mas os planos limitados que George me apresentava beiravam o claustrofóbico, e geralmente eu não conseguia utilizá-los.
Cada vez que eu dizia isso a ele, seu rosto se contraía em uma raiva momentânea e seus lábios ficavam pálidos. Então eu observava enquanto ele pegava aquela raiva e a descartava, tornando-se novamente o jovem genial, embora um tanto sério, que eu havia conhecido. Era uma cena estranha.
Quando seu pai morreu em 1834, não foi nenhuma grande surpresa para mim que ele tenha decidido renunciar o trabalho. Ele me disse que considerava necessário se tornar o provedor de sua família, embora eu tenha minhas suspeitas de que ele também estava ansioso para não ter mais seus projetos rejeitados por mim. Desejei-lhe boa sorte, claro, mas para ser sincero, não posso dizer que não fiquei um pouco aliviado com sua partida.
Foi pouco depois disso que recebi um convite para uma pequena reunião social organizada por Henry Roberts. Foi lá que conheci Sir Robert Smirke. Ele era um homem alto com traços afiados, quase melancólicos, e olhos que pareciam te enxergar como um amontoado de proporções e quilos de matéria-prima. Ele era educado e sociável, mas achei difícil ter uma conversa longa com ele, pois ele parecia estar sempre mais à frente na conversa do que eu. Eu nunca conseguiria dizer com certeza se ele estava entediado ou não.
Quando percebi que George não estava presente e não havia sinal de que chegaria logo, resolvi levantar com Sir Robert a questão sobre o que exatamente seu treinamento envolvia. À menção do nome “George Gilbert Scott”, o rosto de Sir Robert ficou subitamente vermelho de raiva de uma maneira não muito diferente da de seu protegido.
Ele me perguntou qual era o meu interesse no Sr. Scott, e eu respondi que ele tinha, até recentemente, sido contratado como meu assistente. Com isso, Robert deu uma risadinha de satisfação e me disse que eu não sabia o quão sortudo eu tinha sido por ter escapado. Perguntei novamente o que exatamente seu treinamento envolvia, e Sir Robert me encarou por um minuto em silêncio antes de finalmente acenar com a cabeça.
"Estabilidade", ele disse. "Equilíbrio. A coisa mais difícil para um arquiteto alcançar. A simetria é fácil, mas não resulta, por si só, em equilíbrio. Agitar os sentimentos do homem, criar um pequeno lugar separado do resto do mundo mantendo esse equilíbrio é o verdadeiro objetivo do arquiteto."
Eu nunca tinha ouvido falar sobre a minha profissão com tanta convicção e paixão antes, e não vou mentir para você, Jonah: o olhar em seu rosto enquanto ele falava me assustou.
Sem ser solicitado, seu discurso continuou e ele começou a falar sobre George, sobre atalhos e simetria, e um patrono que o jovem tolo não compreendia.
Eu conseguia acompanhar muito pouco do que ele dizia, e parecia estar decididamente distante de qualquer coisa que eu considerasse arquitetura, mas seja lá o que Sir Robert tivesse ensinado a George, parecia que as lições haviam sido usadas de maneira menos nobre do que ele pretendia.
Foi nesse ponto que Henry notou a agitação de Sir Robert do outro lado da sala e aproximou-se para acompanhá-lo gentilmente até a sala de fumo. Ele me lançou um olhar de leve reprovação enquanto conduzia seu mentor para longe e eu fiquei ali, parado no meio da sala, totalmente confuso e um tanto abalado.
Resolvi evitar, sempre que possível, ter qualquer relação com George e continuei com meus próprios trabalhos. Ouvi dizer que ele havia se estabelecido com a construção de casas de trabalho baseadas em seus próprios projetos. Ele havia contratado um sócio chamado William Bonython Moffatt, filho de um construtor que não tinha moral para recomendá-lo de qualquer maneira. Eles procuraram vigorosamente vários donos de distritos e conseguiram adquirir várias comissões que antes eram minhas.
Não preciso dizer que fiquei bastante surpreso com essa total falta de etiqueta profissional. Mas eu não estava sem outros projetos, então me esforcei para ignorá-lo e deixá-lo fazer qualquer internação miserável que ele se propusesse a construir.
Foi em setembro de 36 que aconteceu, pouco depois de George e Moffat finalmente abrirem a primeira de suas casas de trabalho. Eu não percebi que isso tinha ocorrido até algum tempo depois, atolado como eu estava no meu próprio trabalho.
A escuridão havia caído e eu ainda estava ocupado, iluminado pelo brilho reconfortante de uma dúzia de velas. Não havia relógio na oficina — uma escolha deliberada para impedir que o correr da hora me perturbasse —, mas suspeito que já passava da meia-noite quando eu ouvi.
Passos. Passos pesados e surdos e o clique-claque de uma bengala robusta. Meus assistentes haviam trancado todas as portas quando saíram naquela noite e, no silêncio do meu escritório, não pude deixar de ouvir o som delas se abrindo novamente. Até o dia da minha morte, Jonah, vou afirmar que ninguém entrou no prédio antes que eu ouvisse os passos se aproximando.
À medida que seus passos pesados se aproximavam e o estalido daquela bengala batia mais alto com uma malícia silenciosa, ouvi outro som abaixo disso: o tilintar de chaves.
Nunca em toda a minha vida fui possuído por tanto medo como naquele momento. As paredes e o chão pareciam se fechar a minha volta, roubando o ar dos meus pulmões até eu jurar que podia sentir as lascas do teto cravando na pele macia do meu rosto. Eu não conseguia me mover quando o barulho da bota parou do lado de fora da porta e a bengala descansou com um estalo final.
Eu esperei. Eu esperei para ter os últimos vestígios de vida arrancados de mim pelo que quer que aquilo fosse. Não sei quanto tempo se passou. E então, como se de repente retirasse um casaco pesado, o peso caiu de minhas costas. A sala voltou às suas proporções naturais, ou seja... ela nunca mudou de verdade. Eu acho. É difícil descrever exatamente, Jonah, então perdoe meus devaneios.
Levantei-me e, em um momento de bravura imprudente que duvido algum dia entender, peguei uma vela e corri para a porta, escancarando-a. Eu vi uma figura se afastando através da porta de um dos escritórios dos funcionários. Era baixo e largo e eu pude ver a madeira do assoalho curvar-se sob suas enormes botas. Ele usava um chapéu preto alto e apenas as mechas mais finas de cabelo grisalho eram visíveis debaixo dele. Em sua mão áspera e avermelhada, segurava uma bengala preta muito gasta com uma ponta de ferro.
Então a porta se fechou atrás dele e ele sumiu. Eu fui para a sala atrás dele, mas ela estava vazia. Não havia sinal do homem, ou o que quer que fosse aquilo, que havia entrado antes de mim. A janela estava fechada e não havia lugar algum para alguém daquele tamanho se esconder. Ainda assim, eu o procurei. Eu não sabia mais o que fazer. Até mesmo as pegadas pesadas pareciam ter desaparecido.
O que eu consegui encontrar, no entanto, caído atrás de uma das escrivaninhas, foi um dos projetos de casa de trabalho de George Gilbert Scott. Não há, é claro, como ter certeza de qualquer conexão entre os dois eventos, mas isso pouco fez para acalmar a raiva escaldante em meu peito quando saí de casa na manhã seguinte. Peguei um táxi até o escritório de George, onde fui informado de que ele estava em seu local de trabalho com Moffat, e peguei outro táxi.
Quando encontrei o local parecia estar havendo alguma confusão — meu ex-assistente de pé ao lado de um muro de pedra alto discutindo com um operário que parecia bastante perturbado. Ele gesticulava descontroladamente para uma área da parede enquanto outro homem, que eu assumia ser Moffat, tentava acalmá-lo.
Quando me aproximei, comecei a entender o que o operário estava dizendo. Ele estava perguntando de alguém a quem ele se referia como “o governador”. Enquanto Moffat tentava muito pacientemente explicar que nenhum governador havia sido nomeado para a casa de trabalho ainda, o operário não parecia estar prestando muita atenção a isso. No entanto, ele continuava repetindo que o governador havia vindo procurar o Harry. Ele não disse quem era Harry, mas presumo que seja um conhecido dele.
Ele disse que sabia que era o governador por causa do tilintar de suas chaves. Ele disse que o governador tinha chamado o Harry de "inútil". Foi nesse momento que eu finalmente fiquei perto o suficiente para ver o muro para o qual ele apontava com tanta emoção. No começo, pensei que eram minhocas, pequenas e pálidas contra a alvenaria. Mas quando cheguei mais perto, eu pude ver claramente. Estendendo-se da pedra sólida imaculada da parede da casa de trabalho havia quatro dedos.
O operário repetiu: o governador tinha chamado o Harry de “inútil”.
Devolvi os documentos de George e fui embora.
Espero que você entenda agora, Jonah, por que tenho evitado a companhia de meus companheiros nos últimos anos. Eu sempre fiquei relutante em fazer qualquer registro da minha história, mas agora que finalmente tenho tudo preparado para a minha mudança para a Nova Zelândia, eu sentiria que estaria desprezando você se eu fosse embora sem compartilhar minha história. Faça com ela o que quiser — estou cansado dela.
Atenciosamente,
Sampson Kempthorne.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Obviamente, tentar rastrear desaparecimentos e mortes em casas de trabalho vitorianas é um exercício inútil, então não quero nem tentar.
Mais importante, quem é Robert Smirke? Li todos os livros que pude encontrar sobre o homem, que são, definitivamente, bem poucos, e nenhum deles mostra qualquer sinal desse outro lado dele, que aparentemente está no coração da arquitetura de edifícios estranhos por toda Londres.
E agora o quê? Estudantes? Aprendizes? Se Henry Roberts era um estudante de algum tipo de método de construção paranormal, ele não parece aparecer em nenhum de seus edifícios — exceto talvez pelo Fishmongers' Hall, que ele projetou junto com Sir George Gilbert Scott para a Worshipful Company of Fishmongers em 1834. É supostamente um foco de assombrações mais discretas, mas nada da magnitude do que ouvimos de outras pessoas.
O Scott é preocupante, no entanto. Enquanto Smirke parece ter construído um punhado de edifícios notáveis em torno de Londres, Sir George Gilbert Scott é responsável por monumentos como a Estação Saint Pancras, o Albert Memorial e a restauração da Abadia de Westminster. Se seus edifícios têm peculiaridades semelhantes, então... pra ser sincero, eu não sei o que isso significaria. Mas duvido que seja bom.
Dito isso, não houve relatos de qualquer tipo de perturbação paranormal ou sobrenatural em qualquer edifício ainda em pé projetado pelo Scott. Isso deveria me fazer sentir melhor, mas de alguma forma não faz.
Fim da gravação.
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Arquivista: Como é?
Tim: Você tá com algum problema?
Arquivista: Não entendi direito o que você quer dizer.
Tim: Bom, tinha uma policial perguntando por você. Sabe, aquela que veio investigar a Gertrude.
Arquivista: Basira. Onde ela... quando foi isso?
Tim: Hã, ontem. Você tava na fisioterapia.
Arquivista: Ela disse por quê?
Tim: Não. Foi meio estranho, na verdade. Já a vi por aqui algumas vezes antes, aliás. Eu, hã... Eu não confio nela.
Arquivista: Desculpa, o quê?
Tim: Bom, eu perguntei se ela tinha algo novo pra relatar sobre a Gertrude e ela só disse que não e aí resmungou e perguntou quando você voltaria, aí ela foi embora. Foi estranho. Ela é estranha.
Arquivista: Você não tem problema com a polícia não, né, Tim?
Tim: Bom, você sabe que eu sou o melhor ladrão de gatos de Bromley.
Arquivista: Tim.
Tim: Ok, sério, eu não entendo por que ela fica vindo aqui sem ser pela investigação.
Arquivista: Ela tá... Eu tô... Tô ajudando ela com algumas investigações. No off.
Tim: Ah. Ahh. Não precisa dizer mais nada.
Arquivista: Tim, o que você...
Tim: Não se preocupa, tá tudo bem. Bom trabalho, chefe!
Arquivista: Ah, não, Tim, não é isso que eu... não é bem assim...
Tim:  Eu vou ver se descubro mais alguma coisa sobre o Scott e te aviso se ela voltar.
Arquivista: Isso realmente não é o que...
Fim do complemento.
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venceslaugama · 2 years
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Operários amigos! Fiquei triste, sendo vosso amigo, quando li certa passagem de dois discursos pronunciados  na Câmara pelo sr. deputado Norival de Freitas. Disse esse ilustre representante – e ninguém o contestou – que o superintendente da Leopoldina, quando soube da parede que fizeram muitos dos vossos camaradas, declarou  que ele na África costumava debelar tais reclamações a chicote. (…) A chicote! Vêm os operários pedir um pequeno aumento de ordenado a um patrão que na paz já era riquíssimo e mais rico ainda ficou durante a guerra; o patrão recusa-se a recebê-los; sorve um trago de whisky; dá uma baforada de cachimbo e grunhe na sua meia-língua: “Oh! Oh! Mim combate isso com chicote! All right!” É Guliver em Lilipute. Como Swift conhecia bem seus patrícios! (…) Entretanto, senhores, vós também podíeis, se o quisésseis, ser humoristas a vosso modo. Antes de tudo, nada de dinamites! Dinamites, turpinites, tiros, arruaças, mortes, tudo isso deve ser evitado, a fim de não dar razão aos plutocratas, que pagam a polícia e os governos para que assassinem os operários em nome da ordem. (…) Mas há ainda muitos outros meios de resistência pacífica contra o estrangeiro que se fizer opressor; e um desses meios é a cobra. (…) Ora, imaginai, amigos, o efeito que produziria uma urutu no quarto de dormir do presidente  Geraque Collet, que, para defender os interesses capitalistas da Leopoldina, manda a sua polícia assassinar os operários. Soltas uma urutu, uma jararaca e uma surucucu no quarto do homem que dorme nos braços da Leopoldina, eu só quisera saber se ele as espantaria a chicote... E como seria cômico ver o sr. Taylor, de pijama, às duas da madrugada, saltando da cama e muito brasileiramente abrindo a janela e chamando o guarda-noturno para matar as cobras! (…) De maneira que, em caso de revolução declarada contra os escravocratas da Leopoldina, eu não aconselho aos operários que fossem tomar por força os arsenais, como fizeram no princípio da Revolução Francesa e de muitas outras revoluções; o aconselhável é irem os meus amigos ao Instituto Butantã e tomarem as centenas de cobras que existem no seu Serpentário; com esses animaizinhos, ó meus patrícios, podíeis fazer as mais pacíficas, brilhantes, proveitosas e revolucionárias pilhérias deste mundo.
Antônio Torres. “Dois dedos de prosa com os operários de Niterói”. Correio da Manhã, 10 de agosto de 1918.
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cvrsedsun · 2 years
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watch out, boy, she'll chew you up. she's a maneater!
As ninfas espalharam que JENNIFER RIVIERAS chegou ao acampamento e estão dizendo que se parece com DANIELA NIEVES, mas deve apenas ser o poder da névoa o confundindo. Ela tem VINTE E CINCO anos e é do panteão GREGO, filha de APOLO. Dizem as más línguas que JENNY é CÍNICA, mas também é MISTERIOSA em seus melhores dias, por isso está na SEGUNDA COORTE e é SENADORA. Espero que se adapte bem, estamos muito felizes por tê-lo aqui!
[ conexões podem ser encontradas aqui ]
Background:
O sonho da mãe sempre foi se casar, mas engravidou do Apolo e deu tudo errado, a família sempre a viu com péssimos olhos. Acabou que ela nunca casou e passou esse desejo pra a filha. Então temos Jennifer Rivieras que nasceu semideusa e foi reclamada por Apolo em visões: uma menina diurna, cheia de vida, artística, fofa, princesas disney ™. No acampamento era perita em arco e flecha e bestas. A voz dela possuía a capacidade de induzir sentimentos e, cantada do jeito certo, induzir sugestões também, quase uma hipnose. Conheceu a Hera e todo o discurso pró matrimônio e família, se encantou e virou devota.
Namorava um boysinho, o grande amor de verdade dela, até que esse rapaz foi numa missão e acabou dado como morto. Muitas lágrimas, muito luto, anos depois ela começa a namorar e chega até a noivar com outro boysinho. Eis que o antigo namorado retorna ao acampamento repentinamente e balança o que eu sentia por outro alguém, dividido entre dois mundos, sei que estou amando mas ainda não sei quem. Numa fatídica noite de conversas e lembranças ela se deixa levar pelo momento e dorme com esse grande amor do passado. Hera obviamente descobre tudo, e como não perdoa traição (traição feminina né, misógina safada) ela bane a Jennifer das devotas e (secretamente) a amaldiçoa a se transformar numa criatura noturna que se alimenta de homens. Jenny fica triste, mas tudo bem, ela está de volta com o boy que ela ama e é tudo mil maravilhas, até que na hora h ela ativa a maldição, entra num frenesi e acaba ferindo ele gravemente. Os dois ficam desnorteados, sem saber O QUE PORRA TÁ ACONTECENDO, até que ela se liga que isso tem dedo da Hera e tenta explicar a ele, mas o que ele faz???? Isso mesmo, ele manda ela pastar, porque deuses o livrem de namorar uma canibal descontrolada que tentou MATAR ele.
Então ela percebe que perdeu TUDO por causa do infeliz. Perdeu as devotas, perdeu o noivo, perdeu até a luz do sol, e ele agora quer dar um pé na bunda dela? HAHAHA. E o que ela faz? Nada, porque ela nem tem forças pra fazer algo, de tão triste. Pior do que isso, ela foge do acampamento com medo de machucar outras pessoas e passa três anos incomunicável. Esses 3 anos são um mistério pra todo mundo, mas quando a Jenny volta, ela volta OUTRA pessoa. Roupas escuras (to match her new soul), atitude cínica e oportunista, tanta aversão à luz solar que parece mais uma filha de Nyx do que uma de Apolo e, pra completar, um pessimismo irreversível, quase um ódio profundo, a Afrodite e tudo o que o amor representa. Casar, ter uma família, ser a moça recatada e do lar? Isso ficou no passado, havia morrido junto com sua primeira versão. Jennifer está no tinder, mas não é para ser sua namorada… Embora talvez aceite um jantar.
Atualmente é senadora. Seus comportamentos noturnos levantam suspeitas, mas ela não é exatamente aberta sobre os detalhes de sua maldição e são raros aqueles que já a presenciaram se alimentando, pois possui um contato direto com o Sr. M. sobre esses assuntos. A luz do sol deveria supostamente matá-la, mas seu parentesco divino foi capaz de atenuar os efeitos e causar apenas queimaduras pela a exposição prolongada, de modo que quando sai durante o dia está sempre protegida e empacotada de roupas UV. No fundo, sente muita saudade de sua vida como devota e, apesar de todo ocorrido, ainda nutre respeito por Hera, apesar de não mais possuir coragem para orar à deusa.
Maldições ou Benções:
MALDIÇÃO DE HERA: após trair o noivo e quebrar o voto, Jennifer foi condenada a se tornar uma criatura da noite e a se alimentar de homens para sobreviver.
Poderes e Habilidades:
Voz hipnótica: Como filha do deus da música, o canto de Jennifer tem a capacidade de induzir emoções e/ou hipnotizar aqueles que a escutam, tornando-os inclinados a aceitar mais facilmente sugestões proferidas por ela.
Mimetismo vampírico: Graças à maldição, adquiriu presas retráteis, certa necessidade de sangue humano (especialmente o masculino) e afinidade com a noite, o que inclui visão noturna e furtividade. Em fato, isso cortou quase que na totalidade a prévia ligação com a luz solar, que se tornou danosa para a semideusa. A ingestão de sangue é capaz de acelerar bastante sua regeneração celular.
Visões: Foi através delas que descobriu seu parentesco divino. São involuntárias, na grande maioria, mas muita concentração garante à filha de Apolo certos spoilers breves (abertos a interpretações duvidosas) a respeito de um tópico de interesse. Nessas ocasiões, seus olhos brilham num amarelo intenso como o sol e ela se desconecta da realidade.
Arsenal: 
Uma besta com infinitas flechas incandescentes, presente dado pelo pai. Atualmente encostar nos projéteis com a mão livre lhe causa dor, então está sempre usando luvas especiais durante o manejo da arma.
Extras: 
Ex-Devota de Hera.
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lienmultifandom · 2 years
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CATER CLUB WEAR IS MINE!!!
Depois de 67 pulls, o Cater Club finalmente chegou em casa
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Ke-kun é um menino malvado que nunca vem cedo, por que me odeias tanto? 😭😭
Porém eu ainda tô feliz já que não precisei chegar no pity, ou passar dele...
Aliás, durante os pulls eu consegui a façanha de ganhar QUATRO SRs no mesmo pull de 10m, foi algo tão incomum que precisei registrar. Além disso, eu ganhei uma cópia do Azul Dormitório.
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Antes e depois dos meus pulls. Graças a Deus tenho 250 pulls prontinhos para o Jack do Port Fest, agora posso respirar um pouquinho melhor até lá ksksksksksks
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Antes de mostrar o Groovy, eu queria falar algo muito importante sobre essa carta. A magia 1 dela gera um damage up no próprio Cater e no aliado, caso ataquem no mesmo turno, que é o mesmo efeito da magia 1 do Cater Birthday Suit Up.
A única diferença é que o Suit Up tem damage up é maior, já que o Club Wear é médio, porém isso acontecem pelos status do Suit, pois ele tem magia neutra e pode chegar a 5k de ataque, enquanto o Club atinge os 7k de ataque e tem magia fogo.
PORTANTO MEUS AMIGOS, essa carta é perfeita para pessoas que possuem o Riddle Dorm e querem tirar nota alta no teste de Grama. O SSS vem pra mim, podem me guardar kssksksksk
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Agora sim vamos ao Groovy. SPOILERS DELE LOGO ABAIXO.
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EU AMO TANTO VER ESSE SORRISINHO DO KE-KUN E ELE FICA TÃO LINDO DE CABELO SOLTO AAAAAAAA
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tscontosnw · 4 days
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Minha taça transborda, IX
Sim, foi isso que pensei. Eles queriam ver o que estavam recebendo. Cynthia esteve sob supervisão por muito tempo. Minha, nossa, recepção foi muito formal. O Sr. Chan queria medir as capacidades de Lizzy.
Os projetos de Mahoney estavam na mesa da sala de conferências.
"Por que você não me enviou os desenhos ontem como eu pedi?"
O silêncio se seguiu. O painel estava muito quieto quando me conheceram. Talvez fosse o traje de força, mas eu esperava que fosse eu quem os deixasse inseguros em sua resposta a uma engenheira bonita. Eu passei até o design da nossa competição. O problema era gritante.
“Preciso fazer uma visita ao local”, disse ao meu público estranhamente silencioso.
Isso produziu um clamor de inquietação e resolveu minha coragem.
Fiquei ali, com ar orgulhoso, usando meus saltos altos Jimmy Choo. Com as mãos na cintura e procurando, para todos os efeitos práticos, uma professora ou secretária executiva muito sexy, eu estava no comando no futuro. Os engenheiros de Mahoney cometeram um grave erro.
Os executivos não tinham ideia de como eu poderia ter descoberto o problema tão rapidamente. E neste momento, Lizzy assumiu o controle da reunião. A personalidade tipo “A” se espalhou.
"Vamos", eu disse em uma posição de comando. Era imperativo que eu satisfizesse minha curiosidade. Pensei que se o metal fosse dobrado na previsão, então a minha hipótese se confirmaria. Foi tão gratificante que esses doze homens seguiram minhas ordens. Lizzy percorreu um longo caminho.
Monica parou e eu sentei no banco do passageiro. Ela olhou para mim com orgulho e ficou impressionada com a forma como lidei com a situação. Tive seis anos de experiência construindo nossa empresa. Acho que às vezes ela esquece nossas raízes. Eu a amo muito, mas acho que caminhar um quilômetro no lugar um do outro a teria ensinado mais.
Eu estava confiante da minha parte. Não usei o capacete obrigatório. O mezanino já havia caído. Com certeza, foi como eu imaginava. E então ouvi uma voz de mulher chamando Mônica. Eram Cynthia e uma equipe de filmagem.
Eu queria fugir. Esta mulher tem sido uma espada em nossos lados há anos. E câmeras de notícias? Eu não sabia o que fazer, então verifiquei minha maquiagem e cabelo. Alisei minha saia sobre minha bunda e esperei pelo melhor. Mônica ficou ao meu lado. Ela assumiu o papel de protetora. Parecia bom, mas ineficaz. Eu estava sozinho. Graças aos deuses, não fui eu o criador desta bagunça colossal. Os danos ao piso de mármore custariam uma fortuna. Não é de admirar que a nova perspectiva seja não projetar cargas para três vezes o necessário, mas para cinco vezes. O projeto de Mahoney teria falhado de qualquer maneira.
Fiquei em estado de choque. A equipe de reportagem queria saber quem era o bebê que todo mundo estava seguindo. Eu sei porque ouvi os murmúrios. Foi maravilhoso ser aceita como a engenheira que interpretei. Monica segurou minha prancheta e fita métrica. Eu me senti mal por estar no comando novamente.
Eu estava preocupado, Cynthia iria fazer algo embaraçoso. Ela havia recebido seu jantar de corvo e estava engolindo ativamente grande parte dele. Foi uma apreensão que não se justificava.
"Aqui está a equipe de engenharia que eu deveria ter contratado", disse Cynthia das vigas.
Fiquei surpreso e encantado, mas logo Lizzy Thompson seria publicamente divulgada como a engenheira oficial da Thompson Engineering. Isso teria implicações de longo alcance. Não havia como escapar dessa situação. Eu fiquei lá em meu terno poderoso, vestido com esmero, com minha esposa ao meu lado, vestida quase como minha contraparte masculina, procurando por todo o mundo como um engenheiro educado no lado receptor de um relacionamento lésbico.
"O que causou esta falha catastrófica?" perguntou o repórter loiro local.
"Não posso divulgar essa informação", disse o mais recatadamente possível.
Minha voz passou no teste em público muitas vezes. Mas eu não queria que este ciclo de notícias tivesse um novo rumo. Lizzy Thompson veio para ficar. O jovem idiota que fingia ser repórter era muito gostoso. Comecei a me comparar com ela. Eu soube então que havia escalado a pilha de fortaleza da engenharia e estava do outro lado desse mezanino em colapso.
“Senhores, o mezanino não estava no plano do projeto do piso estrutural. A rigidez da passarela teria perdurado se fosse ajustada ao equilíbrio da passarela do shopping. A discrepância de um metro e meio foi comprometida com a tempestade do último sábado e a deflexão lateral projetada no escopo original do trabalho", expliquei.
Não consegui atingir meu público, o que me surpreendeu profundamente. Alguns estavam admirando meus novos seios. O fato de os engenheiros estruturais não estarem acompanhando minha descoberta foi desconcertante. Os fatos eram evidentes. Esta era uma grande empresa de engenharia que tinha pouco conhecimento de como as coisas aconteciam no mundo da física.
Cynthia elogiou nossa empresa e pareceu genuinamente arrependida de seu mau julgamento. Sua preocupação genuína diante das câmeras a tornou menos malvada. Eu me perguntei se as pessoas bonitas teriam mais liberdade. Aquela boceta era um bebê.
"Quando a tempestade fez as paredes se moverem lateralmente, o mezanino existente se moveu com ela. A nova ponte rompeu sua amarração, por assim dizer. Quando a estrutura se moveu, a nova ponte não o fez", expliquei. E todos eles entenderam o que eu estava transmitindo a eles.
Carley Turner e Shane entenderam tudo naquele momento. Pude ver o Sr. Turley muito decepcionado com os engenheiros de sua equipe. Ele não precisava dizer isso. Estava claro em seu rosto.
Eu queria ir para casa. Num futuro próximo, teremos tudo na Easy Street. Seríamos a substância por trás de um conglomerado que vendia projetos sem saber como desenvolvê-los.
"Monica, você poderia ir ao Ranch Grocery?"
"Claro porque?" Ela queria saber.
"Os proprietários e o GC (Empreiteiro Geral) conspiraram para resolver um problema sem a nossa contribuição. Ele projetou uma solução para as terças com defeito no antigo compartimento de serviço automotivo do Super K-mart."
“Não, tenho horários conflitantes”, Monica me disse.
Desde que a notícia chegou ao solo, tivemos uma onda de novos clientes. Agora sou a figura de proa da nossa empresa. O relatório e os novos elencos de acompanhamento apresentavam Lizzy. Eu adorava ser ela, mas parecia fraudulento. Eu vivia com medo de que alguém descobrisse quem era Chase. Também achei extremamente injusto com Mônica.
Nosso jogo privado se tornou algo solidificado pela minha estreia pública. Sim, ela parecia feliz com o desenrolar das coisas, mas eu era novamente a chefe da nossa empresa e era claramente a chefe feminina da nossa empresa. Foi perfeito. Monica permaneceu em seu papel de chefe e eu fui o engenheiro responsável por todos os trabalhos difíceis.
É inacreditável. Meu cliente contratou um empreiteiro que sabe tudo e pensou que poderia consertar sozinho uma estrutura de telhado com defeito. A cidade, claro, acertou em cheio. Agora eu precisava encontrar o inspetor municipal e dar minha opinião profissional. Os proprietários da propriedade, o arquiteto, o subempreiteiro excessivamente confiante e o empreiteiro geral precisariam de mim para retificar o que ele construiu.
Eu estava em dúvida. O submarino não parecia nem um pouco preocupado. As saudações foram formais, exceto que o inspetor de construção da cidade era hipócrita e esperava uma reconstrução completa. Caminhando pelo pátio, o cara havia construído uma passarela atravessável com vigas penduradas, pronta para a concretagem das colunas e fundações da CMU. A audácia do submarino era desconhecida para mim. Esse cara era uma anomalia. Eu veria como sua confiança aumentaria quando testemunhasse o que ele usou como uma "solução".
Choque, isso é tudo que eu poderia dizer. Seu design era de elegância simples. Ele incorporou materiais diferentes. Cada viga foi circundada por uma placa com suportes LSU para membros de teto 2x4 na parte inferior da viga. Além disso, os proprietários queriam um teto de bandeja, então ele efetivamente apoiou todas as paredes em um ângulo de trinta graus ao redor de toda a sala.
"As placas não vão até as extremidades da viga. Os dois pés em cada extremidade são um problema?" O inspetor quis saber.
"As placas de flitch vêm em comprimentos de seis metros. O quatro por doze é consideravelmente reforçado na parte central. As extremidades são fortes por si mesmas", eduquei o inspetor enquanto observava o submarino.
"Quanto peso ele adicionou à estrutura?" O inspetor expressou sua preocupação.
"Apenas cerca de quatro libras por pé quadrado", respondi com sinceridade.
O inspetor municipal estava ficando agitado.
"Eu não poderia ter projetado uma solução melhor, inspetor", eu disse honestamente.
E assim, a reunião terminou.
Me incomodava que houvesse pessoas como aquele submarino. Mas algumas pessoas entendem estrutura e física. Esse submarino era uma dessas pessoas. Adorei como os homens em nossa reunião ficavam me olhando de cima a baixo. Foi uma afirmação para minha personalidade Lizzy. Estou cada vez mais determinado a encontrar uma maneira de acabar com o jogo de Mônica e meu. Parecia o curso de ação correto. O problema era como.
Contei a Monica tudo sobre o subcontratado confiante. Foi incrível porque ele poderia ter custado uma fortuna. O antigo compartimento dos mecânicos era enorme e, se eu não tivesse gostado do que vi, ele poderia ter sofrido um grande revés financeiro. Ele não era presunçoso, mas sua confiança era irritante.
"Cynthia vem jantar esta noite", anunciou Monica.
Achei isso muito estranho. Mônica leu minha mente.
“Ela mudou”, disse Monica em sua defesa.
"Então seu perseguidor se tornou seu amigo?" Eu perguntei em dúvida.
Essa foi a segunda vez hoje que tive dúvidas, uma palavra raramente usada em meu vocabulário. As atividades desta manhã provaram que eu estava errado. O inspetor nem queria que eu assinasse o projeto do subcontratado. Ele estava completamente desanimado com o que pensava ter descoberto. Na verdade, ele não estava errado, mas a “solução” foi sublime.
O jantar com Cynthia foi agradável. Os rumores sobre sua ninfomania no local de trabalho não foram dissipados em nossa mesa de jantar; eles foram orgulhosamente confirmados pela própria perpetradora. O fato de ela ter planos românticos com minha esposa também não foi negado, mas admitido foi surpreendente. Cynthia virou uma página em sua vida e procurou aconselhamento. Ela e seu parceiro procuraram um conselheiro de relacionamento “maravilhoso”.
Eu seria um mentiroso se não admitisse que a bela perseguidora da minha esposa não foi retratada ajoelhada diante de mim e chupando meu pau com todo o seu valor. É uma fantasia, nada mais. Usei minhas melhores meias e minha melhor habilidade para criar o melhor look feminino para mim. Cynthia era uma ameaça à minha feminilidade e ao meu casamento. As velhas inseguranças foram renovadas.
Vimos nosso convidado partir. Fiquei feliz por ela ter ido embora e surpreso com o quão envolvente ela era. Talvez não fosse culpa dela, já que ela parecia ter um prognóstico médico. Ela e seu atual parceiro pareciam ter se beneficiado do aconselhamento.
"Ela sabe?" Eu precisava entender.
"Sim, ela sabe que você é Chase e meu marido", Monica me disse, confirmando o que eu já sentia.
"Então, ela mudou?" Eu queria saber.
“Acho que sim”, Monica me disse.
Ela continuou me contando como Cynthia havia se tornado completamente diferente na forma como tratava Monica. Ela entendeu o grave erro que cometeu quando tentou prejudicar a Thompson Engineering. Ela admitiu que a única razão pela qual não foi demitida é que seu estado de ninfomania a levou a chupar todos os parceiros várias vezes. Eles não podiam permitir que ela contasse às suas esposas o quanto ela gostava de engolir seu esperma. E ao contar isso, Monica ficou irritada e incomodada com sua descrição.
“Acho que nosso jogo seguiu seu curso”, disse a Monica.
Meu comentário foi recebido com silêncio. Suas rodas estavam girando. Lizzy era uma figura muito pública e a equipe nunca conheceu Chase. Todos os nossos novos clientes só conheciam Lizzy. Eu me perguntei se ela gostava de ser a Monica masculina depois de dois anos. Eu sabia que amava meu cabelo comprido. Eu não tinha certeza se queria interromper novamente.
"Como?" Mônica disse.
"Acho que poderíamos tirar uma folga e descobrir", respondi, sem saber como desfazer o que havia acontecido.
Isso fazia sentido para Monica, mas ela achava que nós dois não precisávamos de um tempo fora do escritório. Ela pensou que eu poderia voltar e ver aonde isso nos levaria. Enquanto isso, eu atenderia o telefone e continuaria sendo Lizzy até descobrirmos como voltar às nossas vidas normais. Que bagunça.
Foi mais difícil do que eu pensava. Brincos pendentes foram a primeira venda de Lizzy, e foi numa quarta-feira. Coloquei meus brincos de volta e desci até o bar, querendo uma última comemoração com meus amigos. Eu sentiria muita falta deles. Amigos verdadeiros são impossíveis de encontrar. E no fim das contas, eu era o fraudulento. Comprei bebidas naquele dia. Não acho que Tom tenha permissão para beber no trabalho, mas naquela quarta-feira ele bebeu. Eu realmente os lamentaria mais tarde.
Do jeito que estava, chorei no caminho para casa. Foi como se eu tivesse perdido um membro da família. Lizzy iria morrer. Meu rímel estava uma bagunça quando entrei na garagem. Eu precisaria agendar uma consulta com o barbeiro mais tarde. Meus amigos sabiam que algo estava acontecendo, mas, como verdadeiros amigos, não se intrometeram.
Deus, foi estranho. Chase parecia um pouco feminino, mas estava de volta. Meus cabelos longos e tratamentos de cabelo com lazol nas pernas e braços foram os únicos que chegaram até Lizzy. Monica estava quieta naquela noite. Quando ela falou, foi um pouco chocante.
"Espero que você não espere que eu retome o manto feminino. Gosto do conforto de ser um tanto andrógino. Sou o que sou. E me sinto confortável sendo eu", Monica estabeleceu a lei diretamente.
Queria assumir a posição do agressor no quarto. Já fazia muito tempo desde que as coisas viraram de cabeça para baixo. Eu não teria mais as armadilhas do novo espartilho e das meias. A maquiagem, os perfumes e todas as rendas não adornariam mais meu corpo e me tornariam mentalmente submissa. Adorei tudo isso, mas ao me despojar de tudo que é feminino, quis conquistar minha esposa novamente. É a ordem natural. Foi emocionante pensar em retomar o comando.
"Vamos, Chase. Retome sua vida", eu me entusiasmei, tentando me preparar psicologicamente para as possibilidades.
Fiz bife e batatas com aspargos como acompanhamento. A salada com vinagre balsâmico parecia divina. Minhas calças sociais estavam gastas e a camisa social me dava coceira. Mas eu estava determinado a fazer disso uma noite.
Mônica foi receptiva. Sua antiga natureza ainda era acessível – morna, mas ainda presente. Não creio que ela gostasse de ficar deitada no chão e fazer amor com ela, mas estava disposta a tentar recuperar o que já tivemos.
Foi um desastre. Mônica não ficou satisfeita. Como ela poderia estar? Não consegui lançar. Meu pênis não cooperava. Isso seria mais difícil do que eu pensava. Foi só quando Monica começou a me chamar de Lizzy e ajeitou meu cabelo para uma apresentação mais feminina que ela me convenceu a ficar rígido. Ajudou o fato de minhas pernas e braços ficarem permanentemente sem pelos. Monica me forçou a ficar na posição de receptor e atraiu meu pênis para sua antiga glória. Ela começou a falar sacanagem com Lizzy. "Vá calçar as meias, pequenina", disse ela enquanto deslizava pelo meu mastro. "Como você ousa não fazer sua maquiagem corretamente?" Ela continuou. "Você pertence apenas a vestidos. Vou jogar fora o último de seus sapatos baixos de bailarina. Não será nada além de salto alto para você, minha pequena mulher sexy", ela continuou enquanto se levantava e batia de volta no chão. meu pau respondendo.
"Quero que você vá até a chinesa e implore por suas unhas de volta. Quero que minha pequena mulher tenha as unhas dos pés iguais. E não importa o que aconteça, nunca corte esse seu cabelo lustroso. Cancelei sua consulta na barbearia, a propósito", Monica me disse enquanto eu explodia em sua caixa de amor.
Monica teve um orgasmo alto ao tirar de mim meu esforço para ser o homem de nosso relacionamento. Ela, sem querer, me informou que as coisas haviam mudado fundamentalmente. Pelo menos na nossa vida sexual, Lizzy não iria embora. Chase não conseguia levantar. E Monica não parecia mais interessada sexualmente em Chase. Lizzy, porém, era sua amante. Talvez precisemos de ajuda.
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zinesumarex · 7 days
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Robert Miles nem mesmo havia digerido o almoço quando recebeu a visita inesperada de um Agente Merovingi.
Isso não é novidade... em outros tempos eles apareceram sorrateiramente e interferiram no desenrolar de alguns estratagemas. Entretanto, em todas essas outras ocasiões, os agentes de patente inferior eram avisados de antemão; o que não aconteceu agora. Na verdade, o Merovingi em questão já estava acompanhando o caso Sumarex por um período e resolveu interferir pessoalmente.
Mas por que agora?
Depois de trocarem duas frases secretas (de conhecimento prévio por ambas as partes para a devida confirmação dos membros da Agência) o Merovingi se identificou como Larason.
Miles ofereceu um drinque, rapidamente negado. Aquela conversa seria séria demais até para um café.
- Quando foi que os Vigias da Colônia passaram a se encontrar às escondidas com Smees aposentados? Não seria melhor ter acionado agentes da ativa?
- Mil desculpas, Sr. Larason, você deve saber... as coisas fugiram um pouco do controle...
- Não perca seu tempo tentando justificar, Sr. Roberto... Mesmo assim é preciso pontuar que as coisas fugiram do controle e numa escala muito acima do que você sugere. Em questão de três meses Sumarex chegará ao seu segundo ano de existência! Você tem ideia do que isso significa, Miles?
- Nossa... dois anos... eu...
- Dois anos!!! Vocês Vigias são inacreditáveis... acharam mesmo que poderiam deixar um potencial livre e que não haveriam consequências?
- Sr. Larason, veja... nós tentamos de tudo...
- "Tentamos de tudo..." Blá blá blá... Miles, Miles. Vocês simplesmente não tentaram de tudo. Acontece que a arrogância de vocês permitiu, principalmente a empáfia dos Smees enviados para cá.
- Mas veja... o Smee aposentado...
- Agente Falca. Conheço o sujeito. Prossiga.
- Pois bem, o agente Falca esteve com Sumarex e disse que ele não pode ser afetado pela Doutrina...
- Bobagem! A Doutrina é infalível... vocês erraram.
- Falca me disse que ele realizou o Samadhi... está no "tempo do Sol" ou algo assim. Longe dos resultados da causalidade de nossos planos.
- Sim, Miles, sei dessa teoria e posso lhe afirmar que isso não é verdade. Porém, há fortes indícios de que Sumarex está usando o fanzine para realizar Samadhi. A razão que me faz crer nisso é... ele está sofrendo. Então, livre do sofrimento não está. As últimas manobras produziram efeitos danosos em seus familiares. Ele sente por isso. O conteúdo do zine nos aponta para um indivíduo em profunda transformação. Inclusive, é possível que ele tenha descoberto "as várias mortes" e está passando pelos Bardos conscientemente.
- Bardos?
- Sim, Miles, Bardos... ou Intervalos. Eles são análogos aos intervalos entre as notas musicais. No Livro Tibetano dos Mortos ele é descrito como o intervalo entre uma vida e outra. Eles falam com os defuntos durante quarenta e nove dias e indicam o caminho para a libertação do Samsara dentro dos Bardos. Mas essa é apenas a face visível do rito. A face oculta diz respeito à "morte real".
- Estou acompanhando...
- A "morte real" acontece durante a vida do indivíduo. Durante o nascimento e a morte física, o sujeito morre e renasce várias vezes. Essa morte acontece em níveis psíquicos... o corpo físico apenas responde e manifesta. Nesse período há uma brusca mudança nos níveis de experiência, mas o sujeito não compreende. Este paradigma é o engano que os Budistas chamam de Samsara e está enraizado nas civilizações e na base de toda adoração superficial religiosa. Nem mesmo a Agência se preparou pra isso. Nós, os Merovingis, conhecíamos a chance de isso ser entendido profundamente, mas quem diria que seria possível em meio à tanto lamaçal de ignorância!
- Então não é culpa de ninguém?!
- A culpa é de vocês!
- Sr. Larason, não estou entendendo... você acaba de dizer que ele pode ter cristalizado o processo nos Bardos e a tal "morte real"... sendo assim ele está no domínio da situação e todo o resto é consequência.
- Não, Miles. Se assim fosse ele não teria criado o fanzine e exposto vocês. O que você não está entendendo é que todos nós somos apenas personagens dentro da história de Sumarex. Nós não passamos de arquétipos; figuras alegóricas para a representação de características obscuras da própria psique de Sumarex. Em outras palavras, nós só existimos porquê ele quis assim.
- Não, calma aí, amigo... eu sou real.
- Sim, Miles, nós somos reais. Mas apenas quando alguém lê a história. Sumarex sabe disso e usa aquele que lê para nos dar vida.
- Mas por quê um fanzine?
- Ao longo dos séculos alguns raros indivíduos compreenderam essa lógica e usaram da arte para a devida transmutação das densidades originais. Sumarex não é o primeiro e nem será o último. A questão é que ele está falando sobre isso. Ele está deixando um registro claro e isso pode ser a semente de algo muito maior. Poderia ter sido um livro, um disco de hip-hop, um filme, mas ele preferiu um zine, talvez pela influência dos quadrinhos. De qualquer forma, a única chance que temos é se ele falhar. Isso ainda é possível.
- Como é possível? Como ele pode errar?
- Ele pode não concluir a história. Ele pode não entender os próximos níveis. Se ele verdadeiramente compreendeu que está no processo de ressurreição dentro dessa vida, mesmo assim ele ainda terá que enfrentar os resultados de ações equivocadas antes de concluir "os trabalhos". Isso é descrito em vários tratados herméticos sobre alquimia. Muitos enlouquecem nesse estágio. Eles são assombrados pelo que há de mais profundo em seus códigos genéticos. Em outras palavras, eles terão de redimir os erros dos antepassados que estão no subconsciente.
- Se ele não concluir a história, nós desaparecemos, Sr. Larason?
- Não! Nós desapareceremos se ele concluir. Se ele terminar, todos os personagens serão transformados. Todos nós existiremos enquanto história, mas o que ele quer é salvar o próprio mundo, de onde ele escreve. Ele fará emergir a falácia e toda falsa dicotomia através de eventos e fenômenos no mundo físico; e dará fim a tudo isso.
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bunkerblogwebradio · 21 days
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Quando a Europa era Fascista
A um menino de hoje, a chamada Europa fascista lhe parece como um mundo distante, já turvo.
Aquele mundo colapsou. Portanto, não tem sido capaz de se defender.
Os que o derrubaram, ficaram sozinhos sobre o terreno em 1945. Interpretaram, desde então, os fatos e as intenções, como lhes convinha.
Um quarto de século depois da catástrofe da Europa fascista na Rússia, se existem algumas obras moderadamente corretas sobre Mussolini, não existe um só livro objetivo sobre Hitler.
Centenas de trabalhos lhe têm sido consagrados, todos superficiais, sensacionalistas ou inspirados por uma aversão visceral. Porém, o mundo ainda espera uma obra equilibrada, que estabeleça um balanço sério da vida do principal personagem político da primeira metade do século XX.
O caso de Hitler não é um caso isolado. A história – se é que se pode chamar assim – tem sido escrita, desde 1945, em uma só direção.
Na metade do universo, dominado pela URSS e a China vermelha, nem mesmo passa pela mente de alguém a possibilidade de dar a palavra a um escritor que não seja um conformista ou um adulador. Na Europa ocidental, se o fanatismo tem mais nuances, não é menos certo que é, também, mais hipócrita. Jamais um grande periódico francês, ou inglês, ou estadunidense, publicará um trabalho no qual se pudesse destacar o que possa ter havido de interessante, de limpidamente criador, no Fascismo ou no Nacional-Socialismo. Somente a idéia de semelhante publicação pareceria aberrante. Tachar-se-ia de sacrilégio!
Um aspecto tem sido, especialmente, objeto de apaixonadas atenções: se tem publicado, com gigantesca montagem publicitária, centenas de reportagens, freqüentemente exageradas, às vezes grosseiramente falsas, sobre os campos de concentração alemães e sobre os fornos crematórios, únicos elementos que se achou por bem divulgar, dentre a imensa criação que foi, durante dez anos, o regime hitleriano.
Até o fim do mundo se continuará evocando a morte dos judeus nos campos de Hitler, sob os narizes de milhões de leitores espantados, pouco exigentes em matéria de cifras exatas e de rigor histórico.
Também sobre esse tema, estamos esperando um trabalho sério sobre o que é que realmente ocorreu, com cifras verificadas metodicamente e comprovadas; um trabalho imparcial, não um trabalho de propaganda; nada de datas e detalhes sobre o que se diz ter visto e não visto; sobre tudo, de “confissões” atormentadas de erros e improbabilidades, ditadas por torturadores oficiais – como teve que reconhecer uma comissão do Senado americano – a uns acusados alemães a que disputavam a cabeça, e dispostos a assinar o que fosse para escapar do carrasco.
Essa confusão incoerente, historicamente inadmissível, fez efeito, sem dúvida alguma, em uma massa inculta e sentimentalóide. Porém não é mais que a caricatura de um problema angustiante e, desgraçadamente, tão velho como a humanidade. Esse estudo está ainda por se escrever – e, por suposto, nenhum editor “democrático” o publicaria! –, expondo os fatos exatos de acordo com métodos científicos, repensando-os em seu contexto político, inserindo-os honestamente em um conjunto de acontecimentos históricos e considerando os paralelos absolutamente indiscutíveis: o tráfico de negros organizado e explorado pela França e Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, pelo que se pagou o preço de três milhões de vítimas africanas que sucumbiram no transcurso de capturas e de terrível transporte; o extermínio, por ganância, dos peles vermelhas, sitiados até a morte em suas próprias terras que hoje são os Estados Unidos. Os campos de concentração ingleses na África do Sul, onde os Bóers foram empilhados como bestas, sob o olhar complacente do Sr. Churchill; as horripilantes execuções dos cipaios na Índia, pelos mesmos servos de sua Graciosa Majestade; o massacre, pelos turcos, de mais de um milhão de armênios; a liquidação de dezesseis milhões de anti-comunistas na União Soviética; a carbonização pelos Aliados, em 1945, de centenas de milhares de mulheres e de crianças nos maiores fornos crematórios da História: Dresden e Hiroshima; a série de extermínios de populações civis que não faz mais que prosseguir e crescer desde 1945: no Congo, no Vietnam, na Indonésia, em Biafra.
Haverá de se esperar ainda muito tempo, creiam-me, antes que tal estudo, objetivo e de alcance universal, pontue sobre os problemas citados e pese-os imparcialmente. Inclusive sobre assuntos muito menos ardentes, toda explicação histórica é ainda, na hora atual, quase impossível, se já teve a desgraça de cair, politicamente, no lado maldito.
É desagradável personalizar sobre si mesmo, porém de todos os chefes chamados fascistas que tomaram parte na Segunda Guerra Mundial, sou eu o único sobrevivente. Mussolini, após se assassinado, foi enforcado. Hitler disparou uma bala em sua cabeça e, em seguida, foi incinerado. Mussert, o líder holandês, e Quisling, o norueguês, foram fuzilados. Pierre Laval, após sofrer um breve julgamento-espetáculo, se envenenou em sua cela francesa; mal foi salvo de morrer assim, lhe mataram, estando paralítico, dez minutos mais tarde. O general Vlasov, o chefe dos russos anti-soviéticos, enviado à Stalin pelo general americano Eisenhower, foi enforcado em um cadafalso erguido na Praça Vermelha moscovita.
Inclusive em seu exílio, os últimos sobreviventes foram selvagemente perseguidos: o chefe do estado croata, Ante Pavievic, foi crivado de balas na Argentina; eu mesmo, acuado de todas as direções, escapei somente por milímetros das diversas tentativas de liquidação, umas vezes por assassinato e outras por sequestro.
Entretanto, até o momento não fui eliminado. Ainda vivo. Existo. É dizer, ainda poderia contribuir com um testemunho suscetível de despertar certo interesse histórico. Conheci Hitler de muito perto e sei que classe de ser humano era verdadeiramente; como pensava, o que queria, o que projetava, quais eram suas paixões, suas mudanças de humor, seus preferências, suas fantasias. Igualmente eu conheci a Mussolini, tão diferente em sua impetuosidade latina, seu sarcasmo, suas efusões, suas debilidades, sua veemência, seu arrebatamento, mas, ele também, extraordinariamente interessante.
Mais ainda, se houver historiadores objetivos, eu poderia ser um testemunho de valor para completar seus arquivos. Quem, entre os sobreviventes políticos de 1945, conheceu a Hitler ou a Mussolini mais diretamente que eu? Quem poderia, com mais precisão que eu, explicar que tipos de homens eram, nem mais nem menos que homens, homens tal como eram?
Isto não evitou que até agora eu não tenha tido outro direito que o de estar calado. Inclusive em meu próprio país.
Que eu publicasse na Bélgica um trabalho sobre o que tem sido minha atuação pública durante um quarto de século, era simplesmente impensável; entretanto, eu havia sido antes da guerra o chefe da oposição daquele país, o chefe do Movimento Rexista, movimento legal, que aderia às normas do sufrágio universal e que arrastou massas políticas consideráveis e a centenas de milhares de eleitores.
Eu comandei, durante os quatro anos da Segunda Guerra Mundial, os voluntários belgas da frente do leste, quinze vezes mais numerosos do que foram seus compatriotas que elegeram ao lado inglês para combater. O heroísmo de meus soldados nunca se discutiu. Milhares deles deram sua vida pela Europa, é certo, mas sobre tudo e antes de tudo, para lograr a salvação e preparar a ressurreição de seu país.
E, entretanto, não existe para nós a menor possibilidade de explicar às gentes de nosso povo o que foi a atuação política do REX antes de 1941 e sua ação militar depois deste ano.
Uma lei me proíbe formalmente de publicar uma linha dentro dos limites da Bélgica. Proíbe a venda, difusão, o transporte de todo texto que eu possa escrever sobre aqueles temas.
Democracia? Diálogo?
Desde 1945 os belgas não ouvem mais que um só toque de sino. Em quanto ao outro toque – o meu! – o estado belga tem apontado sobre ele todos os seus canhões. Em outros lugares a coisa não vai melhor. Na França, apenas apareceu meu livro “A Campanha da Rússia”, foi proibido.
O mesmo ocorreu, porém há pouco tempo, com minha obra “Almas Ardendo”. Este livro é puramente espiritual. E não obstante tem sido oficialmente proibida sua circulação na França. E isto, vinte e cinco anos depois que minha vida política foi pulverizada! E não é sobre as idéias dos excomungados sobre as que se lançam as proibições, mas que a inquisição democrática se abate implacavelmente sobre seu próprio nome.
Os mesmos procedimentos aplicaram na Alemanha. O editor de meu livro da “Verlorene Legión” foi, desde a aparição do volume, objeto de tais ameaças, que ele mesmo destruiu, poucos dias depois do lançamento, os milhares de exemplares que iam ser distribuídos pelas livrarias.
O recorde foi batido na Suíça, onde a polícia não somente confiscou milhares de exemplares de meu livro “La Cohue” de 1940, dois dias depois de sua aparição, mas que foi na gráfica e obrigou a derreter em sua presença à matriz de impressão, com o fim de que toda reimpressão da obra fosse materialmente impossível.
E, contudo, o editor era suíço! A gráfica era suíça! E se alguns personagens se creram mal tratados no texto, bem fácil lhes seria exigir contas perante a justiça, de meu editor ou de mim mesmo. Ao que, naturalmente, ninguém se atreveu!
Tive que esperar até 1969 para ver aparecer este mesmo livro em Paris, Roma, Bonn, Haya, México e vendê-lo livremente nas livrarias de Bruxelas, após o lançamento destes textos pelo editor de uma grande revista belga “Europa Magazine”. Este proclamou abertamente que não havia razão para que se seguisse proibindo tal publicação, arriscando-se a ser processado. Porém o governo cedeu, com o que os belgas, ao fim, puderam ler os argumentos que esperavam desde um quarto de século.
Maiores dificuldades que para a defesa escrita existe para a verbal. Eu desafiei às autoridades belgas responsáveis para que deixem explicar ante ao povo de meu país, no Palácio dos Desportes de Bruxelas, minha atuação e minhas pretensões então. Ou que aceitem – nada mais! – que me apresente como candidato às eleições do parlamento. O povo soberano teria decidido. Pode-se ser mais democrata?
O próprio ministro da Justiça respondeu que eu seria trasladado “imediatamente” à fronteira, se eu aparecesse em Bruxelas.
E para estar absolutamente seguro de que eu não reapareceria, se improvisou uma lei especial, a qual se batizou “Lex Degrelliana”. Que prolongava em dez anos o prazo de prescrição da sentença contra mim, chegada já ao seu término!
Como então, as massas poderiam pesar os fatos, as intenções, formar uma opinião?
E como, face à semelhante apresentação dos fatos, poderia um jovem distinguir o verdadeiro do falso, especialmente quando a Europa de antes de 1940 não era um só bloco? Cada país, pelo contrário, apresentava características muito peculiares. E cada fascismo tinha suas próprias orientações.
O Fascismo italiano, por exemplo, era muito distinto do Nacional-Socialismo alemão. Socialmente, as posições alemãs eram mais audazes. Contrariamente ao Nacional-Socialismo, o Fascismo italiano não era, em essência, anti-judaico. Era de tendência mais cristã. E mais conservadora também. Hitler havia liquidado os últimos vestígios do império dos Hohenzollern, enquanto que Mussolini, ainda que com relutância, continuava seguindo o espanador de meio metro de altura que agitava sua grande pluma sobre a pequena cabeça desdentada do rei Víctor Manuel.
O Fascismo podia, sem negar a si mesmo, haver estado igualmente contra Hitler ou com ele. Mussolini era, acima de tudo, nacionalista. Depois da morte do chanceler austríaco Dollfuss, em 1934, havia alinhado algumas divisões na fronteira do Reich. No fundo de si mesmo, não queria a Hitler. Desconfiava dele. – Tenha cuidado! Atenção, sobre tudo a Ribbentrop! – me repetiu ele mesmo vinte vezes.
O eixo Roma-Berlim foi forjado, antes de tudo, pelas torpezas e as provocações de uma grande imprensa de objetivos muito duvidosos e de políticos fracassados e ambiciosos como Paul Boncour, palhaço desgrenhado de Paris, Don Juan gasto e desaparecido dos subúrbios genebreses; ou como Anthony Eden, longo guarda-chuva pintado de Londres; e, acima de tudo, como Churchill.
A este eu conheci naquela época nos Comuns. Era muito discutido e estava desacreditado. De humor amargo quando tinha o estômago seco (o que ocorria raras vezes), os dentes tortos entre suas bochechas de bulldog demasiadamente gordas, mal se prestava atenção. Somente uma guerra poderia ainda oferecer-lhe a última ocasião de chegar ao poder. E ele se agarrou ardentemente a esta oportunidade.
Mussolini, até seu assassinato em abril de 1945, continuou sendo, no fundo, anti-alemão e anti-Hitler, apesar de todos os testemunhos de afeição que este lhe esbanjou. Com seus olhos negros, brilhantes como bolas de azeviche, o crânio tão liso como o mármore de uma pia batismal, os rins arqueados como um líder de fanfarra, havia nascido para dar o espetáculo de sua superioridade. Na verdade, Mussolini enfurecia ao ver que Hitler dispunha de um melhor instrumento humano (o povo alemão, sério, disciplinado, não pedia excessivas explicações) do que ele conduzia (o encantador povo italiano, se deleitava com a crítica, era frívolo como uma cotovia que se deixa levar pelo vento).
Deste mau humor fluía devidamente um estranho complexo de inferioridade que foi agravado cada vez mais pelas vitórias de Hitler, quem, até finais de 1943, ganhava sempre, pese aos riscos incríveis aos que enfrentava.
Ao contrário, Mussolini, chefe de estado excepcional, não tinha mais vocação de homem de guerra que um guarda rural de Romagna. Em resumo, tais como homens, Hitler e Mussolini eram diferentes.
O povo alemão e o povo italiano eram diferentes.
E quanto a doutrinas, o Fascismo e o Nacional-Socialismo eram bastante diferentes.
Não lhes faltavam pontos de contato no terreno ideológico, o mesmo que na ação, porém, também existiam oposições que o eixo Roma-Berlim atenuou em seu começo, mas que a derrota, afetando a Itália em seu sangue e em seu orgulho, haveria de ampliar e reforçar.
Se os dois principais movimentos fascistas da Europa, que haviam se erguido ao poder em Roma e em Berlim e que dominavam o continente desde Stettin à Palermo, aparecem já tão distintos um do outro, que ocorrerá quando se considera os outros fascismos surgidos na Europa, fosse em Holanda ou em Portugal, em França, em Bélgica, em Espanha, na Romênia, na Noruega, em qualquer outro país?
O fascismo romeno era em essência quase místico. Seu chefe, Codreanu, chegava montado a cavalo, vestido de branco, às grandes assembleias de mesas romenas. Sua aparição quase parecia sobrenatural. Talvez, era por isso que se lhe chamava o Arcanjo. A elite militante de seus membros levava o nome da Guarda de Ferro. A palavra era dura, como eram duras as circunstâncias de seu combate e os métodos de sua ação. As penas das asas do Arcanjo estavam muitas vezes salpicadas com dinamite.
Contrariamente, o fascismo de Portugal era desapaixonado, como era seu mentor, o professor Salazar, um cérebro que não bebia, não fumava, que viva em uma cela monástica, vestido como um clérigo, que fixava os pontos de sua doutrina e as etapas de sua atuação com a mesma frieza com que teria comentado as Pandectas.
Também na Noruega era outra coisa. Quisling era tão alegre como um coveiro. O recordo ainda, a face inchada, o olhar taciturno, melancólico, quando, como Primeiro Ministro, me recebeu em seu palácio de Oslo, ao pé de um pátio de honra onde um rei de bronze, verdejante como um repolho, brilhava, orgulhosamente, uma fronte coberta de dejetos de pássaros. Quisling, apesar do contável aspecto de descontentamento de sua feição, era tão militar como Salazar o era pouco. Apoiava-se em umas milícias cujas botas eram muito mais brilhantes que a doutrina.
A própria Inglaterra tinha seus fascistas, capitaneava-os Oswald Mosley. Contrariamente aos fascistas proletários do Terceiro Reich, os ingleses eram, em sua grande maioria, fascistas aristocráticos. Suas manifestações agrupavam milhares de membros da Gentry [N.T.: pequena nobreza], vindos para ver o que podiam ser aqueles fenômenos distantes e fabulosos aos que se chamavam trabalhadores (havia, todavia, certo número deles no grupo de Mosley). Os auditórios estavam coloridos pelos tons vivos e vistosos de garotas elegantes, apertadas em suas finas roupas de seda; o conteúdo e o continente eram encantadores. Muito estimulante e atrativo este fascismo! Acima de tudo neste país no qual os longos e finos cabides do mundo feminino tem tantas vezes aparência de plantações de lúpulo.
Mosley me convidou para almoçar em um antigo teatro abandonado inclinado sobre o Tâmisa, onde recebia a seus hóspedes atrás de uma mesa de madeira branca. Era austero e beato à primeira vista. Porém em seguida, apareceram criados perfeitos, e a louça em que se servia era de ouro!
Ao lado do Hitler proletário, do Mussolini teatral, do Salazar professoral, Mosley era o paladino de um fascismo bastante fantástico que, por muito extraordinário que pareça, coincidia com os modos britânicos. O inglês mais rígido tende a exibir uma série de manias muito pessoais, seja em política ou em vestuário. Mosley fornecia mais uma, como Byron ou Brummel haviam fornecido as suas em tempos passados, e como os Beatles fariam também mais tarde. O próprio Churchill tendia a distinguir-se nesse particular, recebendo a importantes visitantes completamente nu, com a majestade morcillera [N.T.: Produtor ou vendedor de morcillas, espécie de embutido] de um Baco britanizado, envolto apenas na fumaça de seus charutos cubanos. O filho de Roosevelt, enviado a Londres durante a guerra para uma missão, achou que morreria sufocado quando viu avançar até ele um Churchill em traje de Adão, a barriga fofa, inchado como um taberneiro gordo que acabara de lavar o traseiro em uma banheira de zinco na tarde de sábado.
Em uma atitude oposta, o Mosley de antes de 1940, o fascista impecável, coberto com chapéu cinza em lugar de um elmo de aço, armado com um guarda-chuva de seda em vez de uma clava, não saía demasiado da linha da excentricidade britânica.
Porém, o fato de que os ingleses, solenes como porteiros de um palácio e conservadores como motores de Rolls Royce, se deixaram arrastar, também, pelo fluído dos fascismos europeus de antes de 1940, diz até que ponto o fenômeno correspondia na Europa a um estado de espírito geral.
Pela primeira vez desde a Revolução Francesa, pese a diversidade dos nacionalismos, idéias ardentes e um ideal ardente causavam reações idênticas. Uma mesma fé brotava, ao mesmo tempo, de um extremo a outro do velho continente, fosse em Budapeste, em Bucareste, em Amsterdã, em Oslo, em Atenas, em Lisboa, em Varsóvia, em Londres, em Madrid, em Bruxelas ou em Paris.
Em Paris, não somente as erupções de ação fascistas possuíam suas próprias características, mas que, também, se decompunham em suas múltiplas divisões de tendência dogmática, com Charles Maurras, velho folião, completamente bravo, surdo como um devedor, pai intelectual de todos os fascismos europeus, mas limitando o seu ciosamente ao estrito recinto francês; de tendência militarista, com os antigos combatentes de 1914-1918, emotivos, ferozes, sem idéias; de tendência mesocrática, com as Cruzes de Fogo do coronel de La Rocque, que adorava repetir com os civis as grandes manobras e as inspeções do quartel; de tendência proletária com o Partido Popular Francês de Jacques Doriot, antigo comunista de óculos, realçando em sua propaganda de seus grandes sapatos, de seus suspensórios, do avental de cozinha de sua mulher, para conquistar o povo, um povo que lhe foi relutante, em seu conjunto, depois de um discreto êxito inicial; de tendência ativista e cheirando a pólvora com os carrascos de Eugenio Deloncle e de José Darnand, duros, fortes, que dinamitavam com entusiasmo, em plena Paris, os centros adormecidos dos grandes capitalistas, para tirá-los de seu entorpecimento dourado com o estrondo. Deloncle, politécnico genial, seria eliminado pelos alemães em 1943 e José Darnand, pelos franceses de 1945.
Esta superabundância de movimentos fascistas parisienses, teoricamente paralelos e praticamente rivais, dividia e desorganizava as elites francesas. E isto conduziria, ao cair do dia 6 de fevereiro de 1934, às manifestações sangrentas da Praça da Concórdia de Paris, sem que o poder, agachado nas trincheiras do pânico, fosse pegue por um só dos direitistas que haviam vencido nas ruas.
O grande homem daquela noite se chamava Jean Chiappe, chefe de polícia de Paris, destituído pelo governo de esquerda. Era um corso inconstante, que levava na lapela uma roseta da Legião de Honra do tamanho de um tomate, brigão apesar dos calcanhares sobrepostos que o faziam parecer que estava em cima de um banquinho. Apesar de seu aspecto jovial, vivia com a apreensão de mil enfermidades imaginárias. Alegando ter reumatismo, não saiu em 6 de fevereiro com os manifestantes. Acabava de tomar um banho quente, se preparava a ir para a cama, já de pijamas. Apesar das censuras cada vez maiores e mais indignadas de seus partidários, não quis se vestir novamente. Não tinha mais que atravessar a rua para sentar-se no assento abandonado do Eliseu!
Em 1958, o general De Gaulle, diante do mesmo assento, não seria tão rogado. Entre estes múltiplos partidos fascistas, franceses, o denominador comum antes de 1940, era a confusão.
Na Espanha, o general Primo de Rivera havia sido, antes que muitos outros, um fascista à sua maneira, fascista monárquico. Muitos cortesãos de palácio, especialistas em trapaças, escorregadios como enguias, ocos como tubos, lhe espreitavam. Muito poucos proletários lhe apoiavam, proletários de coração simples e braços fortes que poderiam perfeitamente seguir a um Primo de Rivera lançado à reforma social de seu país, melhor que se alinhar atrás dos pistoleiros e incendiários da Frente Popular. Os conspiradores do palácio esterilizaram esta experiência associando-a com a liga dos preconceitos de uma aristocracia de salão, vaidosa e politicamente esterilizada desde há vários séculos.
José Antonio, filho do general destituído e morto em Paris pouco tempo depois, era um orador inspirado. Havia compreendido, apesar de sua herança burguesa, que o essencial do combate político de sua época residia no feito social. Seu programa, sua ética, seu magnetismo pessoal lhe permitiu recuperar milhões de espanhóis que sonhavam com uma renovação de seu país, não somente quanto à grandeza e a ordem, mas, sobre tudo, quanto à justiça social. Infelizmente para ele, a Frente Popular havia minado o terreno por todas as partes, inflamado as mesas, elevado entre os espanhóis as barreiras do ódio, do fogo e do sangue. José Antonio podia ter sido o jovem Mussolini da Espanha de 1936.
Este esplêndido rapaz havia abreviado seu sonho àquele mesmo ano por um pelotão de execução em Alicante. Suas idéias marcaram seu país por um longo tempo. Animaram centenas de milhares de combatentes e militantes. Inclusive renasceram, revivificadas pelos heróis da Divisão Azul, entre as neves sangrentas da frente russa, contribuindo para a criação da nova Europa de então.
Como se vê, a Espanha de 1939 não era a Alemanha de 1939.
Tão pouco o coronel de La Rocque, em Paris, duro como um metrônomo e com o espírito imóvel como asfalto moldado, não era o sósia do Dr. Goebbels, vivo como um foto-jornalista; tão pouco Oswald Mosley, o refinado fascista de Londres, era ele um alter ego do denso doutor Ley de Berlim, roxo como um barril de vinho novo.
Não obstante, uma mesma dinâmica trabalhava entre as mesas de todos os países, uma mesma fé os inflamava, um mesmo substrato ideológico, substancialmente semelhante, se observava em todos eles. Tinham em comum as mesmas reações frente aos velhos partidos esclerosados, corrompidos por compromissos sórdidos, desprovidos de imaginação, que não haviam contribuído, em aspecto algum, em soluções sociais, valentes e verdadeiramente revolucionárias, tanto que o povo sobrecarregado por horas de trabalho, pago miseravelmente (seis pesetas por dia sob a Frente Popular!), sem proteção suficiente contra os acidentes de trabalho, as enfermidades, a velhice, esperava com impaciência e angústia ser tratado, de uma vez, com humanidade, não só material, mas também moralmente.
Sempre me recordarei do diálogo que ouvi então em uma mina de carvão, a mesma que deixou cair o rei dos belgas:
– O que é que desejas? – perguntou o soberano, com certo olhar, cheio da melhor intenção, a um mineiro enegrecido de fuligem. – Senhor – respondeu esse, – o que nós queremos é que nos respeite…
Este respeito ao povo e aquela vontade de justiça social se aliavam, no ideal fascista, com a vontade de restaurar a ordem no Estado, à continuidade no serviço à nação e à necessidade de elevar-se espiritualmente.
Ao longo de todo o continente, a juventude repudiou a mediocridade de seus políticos profissionais, notórios mentecaptos, sem formação, sem cultura, eleitoralmente apoiados sobre cabarés e sobre semi-notáveis cercados por mulheres de personalidade fechada.
Aquela juventude queria viver para se dedicar a algo grande e puro.
O fascismo havia nascido em toda a Europa espontaneamente, com formas muito diversas, desta necessidade vital, total e geral de renovação: renovação do Estado, forte, autoritário, com tempo para cumprir seus fins e possibilidade de cercar-se de homens competentes, de escapar aos riscos da anarquia política; renovação da sociedade, liberada do conservadorismo asfixiante de uma burguesia engessada e de pescoço duro, sem horizonte, inchada de ricos mantimentos e de vinhos demasiadamente antigos, fechada intelectual, sentimental e, acima de tudo, financeiramente a toda idéia de reforma; renovação social ou, mais exatamente, revolução social, liquidando o paternalismo tão querido pelos magnatas que julgavam ser generosos a baixo custo e que preferiam ao reconhecimento dos direitos da justiça, a distribuição condescendente de caridades limitadas e devidamente proclamadas; revolução social que devolveria ao capital seu papel de instrumento material, e que fizesse que o povo, substância viva, voltasse a ser a base essencial, o elemento primordial da vida da pátria; renovação moral, por fim, ao ensinar a uma nação, sobre tudo a sua juventude, a elevar-se e doar-se.
Entre 1930 e 1940, não houve nenhum país na Europa que escapasse deste chamado.
O chamado representava nuances distintas, orientações distintas, mas possuía, política e socialmente, bases muito semelhantes, o que explica como se criou rapidamente uma surpreendente solidariedade: o francês fascista, assistia, inicialmente inquieto mas depois entusiasmado, aos desfiles dos camisas pardas em Nuremberg; os portugueses cantavam a “Giovinezza” dos balillas, do mesmo modo que o sevilhano cantava a Lili Marlene dos alemães do norte.
Em meu país, o fenômeno surgiria como nos demais, com suas características próprias, que culminariam em torno de poucos anos nos elementos unificadores surgidos da Segunda Guerra Mundial nos diversos países europeus.
Eu era, naquela época, um adolescente. No verso de uma foto havia escrito (então, já deixava a modéstia à parte): “Eis aqui minhas facções, mais ou menos verdade; porém o papel não mostra o incêndio interior que abrasava e abrasa brilhante e triunfador, e eclodirá amanhã, como uma tempestade”.
A tempestade, levava-a dentro de mim mesmo. Porém, quem mais o sabia? No estrangeiro ninguém me conhecia. Eu tinha o fogo sagrado, porém não dispunha de nenhum apoio que pudesse me assegurar um grande êxito com rapidez. Entretanto, me bastaria apenas um só ano para reunir centenas de milhares de discípulos, para romper em pedaços a tranquilidade sonolenta dos velhos partidos e para enviar ao parlamento belga, de um só golpe, a trinta e um de meus jovens camaradas. O nome do REX seria revelado em poucas semanas, na primavera de 1936, ao mundo inteiro. Eu chegaria a tocar com as mãos o poder aos vinte e nove anos, idade em que normalmente os jovens se dedicam a tomar um aperitivo em um terraço e acariciam as mãos de uma bela jovem com os olhos emocionados.
Tempos prodigiosos nos quais a nossos pais não lhes restava outro remédio a que nos seguir, nos quais por todas as partes jovens com olhos e dentes de lobo, se lançavam, lutavam, ganhavam, se preparavam para mudar o mundo.
Extrato do segundo capítulo do livro “Hitler por mil anos”, escrito por Léon Degrellé em finais dos anos 60.
Fonte: http://www.elministerio.org.mx/blog/2013/07/degrelle-europa-fascista/
Tradução livre e adaptação por Viktor Weiß
O mesmo clima começa a existir novamente – viver para se dedicar a algo grande e puro – e a tendência é que este sentimento aumente. O descaso que os ditos “DEMOcratas” lidam com a coisa pública, em contraste com sua impressionante vontade em valorizar tudo que é degenerado; a inversão dos valores, onde os interesses individuais sobrepõem ao interesse da coletividade; a exploração da população através da sua escravização através dos juros bancários; a crescente barbárie urbana presente nas ações corriqueiras do dia-a-dia, no trânsito, na procura do lucro a qualquer custo; a transformação da personalidade humana em meros organismos vivos condicionados ao consumo mecânico. Inevitável, todas estas ações geram uma reação. Uma lei natural 
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mesolb · 3 months
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Lottie&Norris - February, 2024 - Monte Carlo.
Eu era o homem mais feliz do mundo. Eu tive tudo durante 10 dias e foram os melhores dias que eu vivi.
Estava tranquilo no quarto esperando a Lottie voltar do banheiro, era óbvio que o brilho "diferente" que eu disse que ela estava era coisa da minha cabeça. E então ela parou na porta do banheiro e murmurou algo que eu não entendi antes de me entregar o teste que estampava um claríssimo "grávida". Fiquei sem reação porque queria sorrir, chorar, gritar e me desesperar ao mesmo tempo. Voltei ao meu corpo e abracei a minha noiva o mais forte que pude, tentando passar confiança e calma para ela. Eu sabia que se eu estava assim, ela estaria pior. Dali pra frente, foi uma euforia sem fim. Nossos corações batiam em compasso por um serzinho do tamanhinho de uma uva, o nosso Pontinho. Nossos amigos e familiares também faziam parte de toda a felicidade, para completar toda a animação pela chegada do nosso tão amado bebê.
E então, tudo acabou.
Acordei um grito da Lottie e o meu coração parou ali. Lottie nunca gritava, ela sequer falava ou ria alto. "Amor, é sangue. Eu estou sangrando!" foram as palavras que vieram no momento em que ela viu que eu tinha me sentado. O que aconteceu depois é um vulto na minha mente. Lembro de me trocar e colocar um moletom na Lottie. Lembro de querer chorar pelo meu filho e pela minha mulher. Lembro de que até irmos dormir, ela era uma leoa e agora eu tinha o ser mais abatido em meus braços. Não tive coragem de pedir para ela ter forças e descer até o carro, então a carreguei com cuidado escadas abaixo e seguimos em silêncio até o hospital, sem soltarmos as mãos e com o soluço baixinho da Lottie. Ela foi colocada em uma cadeira de rodas no exato momento que perdeu a consciência. Eu falava desesperado que ela estava grávida e era hipotensa e pedia com todas as minhas forças que salvassem meu filho e a minha noiva. A Lottie foi levada para procedimento e, na sala de espera, tentei ter esperanças e imaginar a melhor das possibilidades. Mas o destino não queria que ficasse tudo bem e eu sabia disso no momento em que o enfermeiro me chamou e me conduziu até um quarto. No caminho, com uma voz doce, ele me explicou "Sr. Norris, eu sinto muito, mas não pudemos fazer nada pelo feto. É natural que o corpo da mulher rejeite a primeira gestação por considerar uma ameaça. Sua esposa esta sob efeito da anestesia da curetagem... Sinto muito mais uma vez". Não era natural. Não era natural que o mundo inteiro desmoronasse assim e ali, sentado na poltrona ao lado da Lottie, eu chorei. Chorei até aliviar a minha alma. Chorei pelo filho, chorei por não ser mais pai e chorei por não fazer ideia de como diria para a pessoa que mais amo nesse mundo que o nosso sonho agora era uma estrela no céu.
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cristianemagalhaes · 3 months
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Checklist – Atul Gawande
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Um livro bem interessante sobre o poder dos checklists em várias áreas. O autor, um cirurgião, pesquisa o assunto junto a setores que os usam intensamente (aviação, construção etc.) com o objetivo de preparar um checklist para cirurgias, de forma a evitar erros que podem ser bem trágicos. A pedido da OMS ele prepara um checklist inicial, faz um teste com 8 hospitais em diferentes países e com diferentes tipos de atendimento para chegar a algo que pode ser aplicado em muitos lugares, mesmo que os médicos e as equipes (não só cirúrgicas) tenham resistência a esse tipo de ferramenta simples, que evita erros ou salva vidas quando um problema acontece (como a colisão de aves contra duas turbinas que levou a um pouso do avião no Rio Hudson (lembra do filme?).
“...quando se está na sala de operações, ou se tem uma complicação ou não se tem. E naquele dia eu tive.
... o tumor estava quase separado quando ocorreu algo que nunca acontecera antes: fiz um corte na veia cava.
... A hemorragia daí resultante foi terrível. Ele perdeu quase todo o volume de sangue do corpo em cerca de 60 segundos....
Pensei que tudo estivesse acabado, que nunca tiraríamos o Sr. Hagermann da sala de cirurgia vivo, que eu o matara. Mas havíamos percorrido o checklist no começo da operação e, quando chegamos à parte em que eu deveria discutir a perda sanguínea para a qual a equipe deveria estar preparada, eu disse: “Não espero muita perda de sangue. Nunca perdi mais de 100cm3.” ..... Mas acrescentei que o tumor estava pressionando a veia cava e que uma grande perda de sangue era, pelo menos em tese, uma possibilidade. A enfermeira interpretou minhas palavras como sugestão para se certificar de que quatro bolsas de hemácias estivessem separadas no banco de sangue...
Igualmente poderoso, no entanto, foi o efeito que a rotina do checklist – a disciplina – exerceu sobre todos nós. De todas as pessoas na sala de operações quando iniciamos a cirurgia – o anestesista, a enfermeira de anestesia, o cirurgião residente, a enfermeira de assepsia e instrumentação, a enfermeira-chefe e o estudante de medicina -, eu tinha trabalhado com apenas duas antes e só conhecia bem o residente. Porém, à medida que cada um de nós se apresentava, sentia-se que os presentes demonstravam cada vez mais atenção e interesse. ...Entramos na sala como estranhos, mas quando o bisturi cortou a pele dele, éramos uma equipe.”
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