Ao João (Joaninho)
Que falta imensa você faz.
Nem toda a altura do céu,
Nem o ponto do mar mais profundo,
Nem o peso de tudo no mundo,
Jamais poderiam medir mais.
De todas as escalas que existem,
Do subjetivo ao mais racional,
Em Joules, Quilômetros, Gramas,
O que for mais ao sul, ou Ocidental,
Quantos círculos tiverem no inferno,
Ou o calor da mais ardente chama,
Unidade nenhuma mede a saudade sentida de alguém que tanto se ama.
O amor é, por si, sua própria grandeza,
E muito delicada em ser medida,
Tem seu próprio princípio da incerteza,
Mais curioso que qualquer partícula.
Porque o amor sempre está em algum lugar,
E também em todos ao mesmo tempo.
Por mais grandiosa sua intensidade,
Só o captamos de momento em momento,
E sua complitude intraduzível
Segue movendo o mundo inteiro.
Da mesma forma é, então, a saudade,
O outro lado dessa ilustre moeda,
O coração que por alguém bate
Vive sua vida à espera.
Todo lugar não é suficiente,
Precisava estar aqui ao lado!
Perto o bastante para abraçá-lo,
E te ver sorrindo mais uma vez.
Nunca, em toda a minha vida, quis a Europa tão perto da América.
Civilização nova e velha, por uma curta ponte unidas.
Que a viagem nem durasse um dia,
Só uns minutos, menos que horas,
Que nossa distância fosse só uma porta,
E que ficasse aberta, sem cerimônia.
Queria estar perto, para matar a saudade,
E que, assim, mal doesse ir embora,
Pois já bem logo voltaria
Para ouvir do dia suas histórias.
Por mim, faria a nova Pangeia,
Mas tem que colar Portugal no Brasil!
Coimbra bem ao lado de Cuiabá,
Fazer todo esse espaço sumir.
O povo merece ser feliz,
O Ursalino anseia cantar,
Mas não tem música, batida, ou dança,
Enquanto você não voltar.
Não há socialismo que chegue,
Nem bandeira vermelha a tremular,
Vai sempre faltar um pedaço,
Até a saudade passar.
E essa saudade só passa quando voltarem os seus lindos olhos,
Que olhem, atenciosos, para a história do país.
Seus olhos lindos, que tanto choram,
Tanto amam,
E me encantam,
Ao me lembrarem da sorte de ser vista por ti.
Quero mesmo que volte logo,
O mar já está a subir,
Cheio das lágrimas de saudade,
Até que chegue por aqui.
Eu te amo.
Gabriela de Alencar
Setembro de 2023
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ele não me decepcionou uma ou duas vezes
ele me decepcionou dezenas, centenas, milhares, incontáveis de vezes.
depois de ele deixar o mais escancarado possível que ele não poderia dar a mínima para mim, que não restou um pingo de carinho por todo amor que vivemos… talvez tinha alguma parte de mim que não queria acreditar que ele fosse de fato tão frio e insensível
afinal ele sempre se justifica, dizendo que liga sim. que vacilou. que não responde ninguém. e quando eu digo pra ele que eu não sou todo mundo, que eu já fui o amor da vida dele e como me destruiu VÁRIAS vezes quando ele me ignorou quando eu precisava dele. ele abaixa a cabeça e pede desculpas. e eu, perdôo e passo a acreditar que ele vai tomar mais cuidado da próxima vez.
agora, nunca em um milhão de anos eu achei que ele ia ignorar a mensagem que eu comunico o falecimento do meu gato. me ignorar em qualquer outro assunto é algo completamente esperado (ainda escroto, mas beleza). agora num assunto sensível desse, tem que ser de verdade um psicopata para deixar de responder.
o c me mandou na hora uma mensagem carinhosa. amigos e ficantes mandaram mensagem de apoio imediatamente. engraçado que a primeira pessoa que eu mandei a mensagem simplesmente me deixa no vácuo.
a culpa no fundo é minha de achar que ainda existe um b carinhoso, empático, que pensa em mim, que se importa verdadeiramente comigo. o b que eu conheci não existe mais. o atual vive tão perdido dentro do próprio mundinho que não tem tempo ou vontade de ter o mínimo de decência com a pessoa que quase morreu por ele.
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plot bunny
Muse A is travelling (either for business or pleasure) and there - along with another person - witness a crime envolving some politics and dangerous mafia, and is even hunt down and the bad guys think they got rid of her, but muse manages to survive. With the help and advising of the Consulate, both get placed in a witness protection program, which means muse’s death is announced and for a while, has to adopt a new identity. Leaving her family and maybe even serious relationship behind, changes names and moves to a small town. But while they agreed on staying away from their family, they’re still worried and so agree one would help the other make sure they’re ok — and that’s how Muse A starts working as a nanny for Muse B, a widowed/divorced that’s actually a very close family member of the other witness.
To be fair, this is based in a brazilian novela and it would make a perfect 2x2, pairing Muse A and Muse B and also the other witness with some of muse a’s family member or the Protection Program Agent that’s looking after them.
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Amiga, me diz q tú não passou tinta em cima de tinta 😢 se tú tem tinta no cabelo tem q usar descolorante mesmo e fazer em etapas, primeiro comprimento e depois q tá quase na cor, aí tú passa na raiz! E com tinta anterior, as vezes vai ter q descolorir a parte com tinta mais de uma vez e aí só tonalizar no tom desejado p não agredir mais a fibra, eu nem me arrisco a descolorir sozinha mais, o risco de dar merda é muito grande
não, não tinha tinta não. tava natural meu cabelo, só tinha alguns pontos onde eu tinha passado tonalizante, mas já tinha saído praticamente tudo. eu vou ver o que dá pra fazer agora. fiquei com medo de descolorir mais e cair tudo, sabe. mas é o que eu deveria ter feito mesmo, se tivesse descolorido mais uma vez teria dado certo eu acho. vou na cabeleireira e ver o que ela diz, se der pra chegar no tom que eu quero ótimo, se não der kk forças pra mim
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