Tumgik
#ong mão amiga
skzoombie · 1 year
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S(ong) C(haracter) - Seulgi
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O corpo da coreana começava a tremer gradualmente, ainda que tampada com o cobertor de inverno, não conseguia controlar o tremor que subia dos dedos do pé até os dentes, batiam ecoando um som baixo, o tecido quente por cima do corpo começava a mexer mais e mais, caindo lentamente para fora da cama e a deixando exposta, completamente nua, despida para a criatura para aos pés do local que dormia. Seulgi matinha as pálpebras fechadas com força, lágrimas imparável caindo pelo canto dos olhos, mesmo com uma desconforto eminente na face pela expressão forçada que estava fazendo inevitavelmente, não sentia a coragem alimentar sua mente, não havia mais pensamentos acidentais que desviasse sua mente da sombra que beirava o colchão da cama.
Com seus sentidos aguçados pelo medo que sentia, a coreana escutou o som dos passos da criatura aproximando-se de seu corpo, passos que pareciam tremer o ambiente, um som que rompia as paredes do cômodo. A lentidão do caminhar da sombra atingia a mais torturante agonia que se sonhar, uma tamanha calma que passaria a sensação que nunca terminaria de caminhar até ela, cinco horas ou cinco minutos, não importava, sempre seria atormentador.
Sem ao menos perceber, seu corpo começou gradativamente a parar de tremer, os pensamentos em sua mente começaram a direcionar a momentos de sua juventude, seu inconsciente parecia querer carregar sua mente a distrações específicas de sua adolescência, um recalque estratégico do cérebro, era o momento exato de clarificar a situação amedrontadora.
Uma viagem aos sentimentos mais reprimidos por ela, a brecha perfeita para se abrir as portas fechadas por si mesma e seus pais principalmente. O monstros da escuridão, parou em frente ao corpo da mulher deitada, lentamente curvou-se para perto da face da mesma, respirou perto de rosto, o que causou pequenos arrepios, uma respiração pesada e alta, esticou a mão, - se assim poderia ser nomeada - tocou o rosto dela e em seguida a mulher pareceu ser puxada para dentro da mente da criatura.
Com uma coragem inexplicável, enfim abriu os olhos, percebeu-se dentro de um grande quarto, na cama do ambiente, não parecia ser do tempo atual. No quarto havia uma pequena televisão de cinco polegadas, um pequeno rádio em cima, ao lado uma mesa com o que parecia materiais escolares espalhados por cima, a luminosidade do ambiente entrava por uma janela grande que se localizava acima da cama onde estava sentada, bem ao lado da mesa com os materiais havia uma porta de madeira com um espelho atrás.
Seulgi levantou calmamente da cama e foi receosamente observar seu reflexo no espelho, observou-se com um uniforme escolar, exatamente o mesmo que usava quando adolescente, seu rosto parecia o mesmo, tudo parecia como novo menos a coreana, continuava com sua aparência de adulta. Afastou-se rapidamente da porta quando escutou a maçaneta ecoar um barulho, avisando que alguém entraria no ambiente, correu para sentar novamente do colchão.
-Ufa, finalmente achei as anotações, não poderia em hipótese alguma perder esse papel, como iríamos estudar?! - quando escutou a voz e reconheceu a pessoa entrando pela porta de madeira, kang seulgi começou a tremer levemente novamente, não parecia possível estar em frente aquela pessoa estar a sua frente novamente, ela havia morrido, como poderia ser possível?
-Lee Mi Suk? - soltou para a amiga que organizava os materiais na mesa.
-Sou eu - estudante respondeu rindo baixo e de forma divertida com o que parecia uma afirmação de nome repentina vindo da amiga.
Seulgi levantou da cama novamente e caminhou calmamente até misuk, parou o corpo em frente ao dela e tocou seu rosto carinhosamente, sem medo de ser incompreendida, início uma sessão de lágrimas, chorava soluçando baixo, agarrou o corpo da amiga da adolescência com força e abraçou a mesma sem receio.
-O que houve? Por que está chorando? - devolveu o aperto mas sem entender como a situação chegou naquele momento.
-Por que você me deixou? - seulgi sussurrava repetidamente enquanto puxava com força o ar pelas narinas, tentava ao máximo impregnar o cheiro único da amiga, queria eternamente sentir o cheiro e o hálito da mesma.
Repentinamente soltou o abraçou e observou o rosto de misuk, puxou a face para perto da sua e iniciou um beijo, amiga pareceu ficar paralisada nos primeiros instantes mas não pensou muito no segundo que devolveu o movimento dos lábios. Parecia uma dança coreografada, como uma combinação perfeita, medida mil vezes para não ter o perigo de não combinar, cambia da forma mais forma de todo o mundo, a saliva que trocavam entre si criava um rio de eterna juventude e desejo dentro de suas bocas, mãos desesperadas que tocavam seus corpos juntamente, nádegas massageadas, seios apertando um contra o outro, uma luta para o que parecia tentarem se fundir e tornarem-se um só corpo.
-Como? Pensei que você não gostasse - misuk perguntou depois de separar os lábios de ambas e encarar de forma confusa a atitude da amiga a sua frente.
-Desculpa por nunca devolver os sentimentos, tinha medo do que as pessoas pensariam. - justificava enquanto fechava os olhos e acariciava a face da amiga com o próprio rosto, esfregava devagar os dois e corria com as narinas para o pescoço para sentir seu cheiro.
-Todos vão pensar que sou uma monstrinha que levou você para o mau caminho - misuk rebateu sussurrando e rindo pelo nariz.
-Então você uma monstrinha que vai viver para sempre me assombrando. - ambas riram juntas e juntaram os lábios novamente.
Uma lembrança revigorada por seu inconsciente, tudo seria mais fácil em sua vida se realmente tivesse acontecido desta forma como foi revisitado, mas a verdade sempre foi dolorosa, uma ferida aberta e que nunca foi dada o tempo de ser curada, quem dera seulgi tivesse ignorado todos os julgamentos alheios e vivido seu grande amor, seu sonho de felicidade. Nunca mais encontrou tamanho sentimento por outro daquela mesma forma, nunca mais houve uma pessoa que a cativasse como na primeira vez, pode ser porque não se permitiu sentir novamente, bloqueou todos os sentimentos por qualquer áurea como aquela.
A forma como sua paixão foi retirada de sua vida, como tudo que viveram e sentiram juntas, simplesmente parece ter sido queimado, uma história que ardeu juntamente com o pedaços de metais do automóvel que explodiu com o corpo e alma de Lee MiSuk dentro. Mesmo que desenvolvesse uma negação de desejo interna todas as vezes que se via em um mesmo ambiente que misuk, mesmo que deixasse a timidez direcionar suas atitudes ao extremo, seulgi jamais vislumbrou uma vida futura sem a "outra" ao seu lado.
Aos poucos a criatura trouxe a mente da coreana para a realidade. Um desconforto insuportável acertou o peito dela, algo que se transformou em dor em questão de segundos, o mundo real era a sua maior angústia desde o fim da adolescência, cada instante naquele tempo e espaço, ardia dentro do peito e transformava as suas motivações de viver cada vez menos prazerosas, sabia que estava chegando o dia que não aguentaria mais "viver apenas para sobreviver".
A Criatura levou a face peluda para próximo da orelha da mulher, respirou pesado causando o que parecia ser pequenos tremores no quarto, abriu a boca e soltou uma respiração forte que espalhou os fios de cabelo dela para o rosto.
A coreana abriu os olhos lentamente e com coragem encarou a criatura gigante colada ao seu rosto, deixou mais lágrimas escorrerem quando percebeu sua visão embaçando e formando a imagem de Lee MiSuk irradiando uma luminosidade cintilante em meio a escuridão profunda do quarto na madrugada. A monstrinha sussurrou com uma voz cavernosa que tremia tudo.
-O que te causa tanto medo, kang seulgi?
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re-can-to · 2 years
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o arco íris, o sonho, o vazio
esses dias voltando da faculdade ali na passagem do rio sul, uma moça a trabalho divulgando uma ONG ou algo do tipo, esqueci o nome agora, alguma coisa aldeia, eles sempre ficam por ali, todos são sempre muito simpáticos, mas parece que só se você tiver acima de 25 anos que é relevante pra eles por algum motivo que ainda desconheço, como eu tenho 23 (faço 24 daqui a duas semanas), não sirvo de muita coisa, mas sempre me param e perguntam "você ainda não tem 25 aninhos, né?". mas enfim, essa moça. depois de me perguntar a idade e verificar que realmente não me enquadro no perfil, ela me disse "ei, olha lá!" apontando pro céu. eu fiquei até meio assim, sem jeito, pensei "será que vai fazer alguma brincadeira comigo?" mas bom, olhei. era o esboço de um arco íris. estava chovendo com sol e ali na passagem dá pra ver o céu de uma forma bem bonita. falei "ih, verdade!" enquanto ela me mostrava o arco íris. demos um sorriso juntas. e isso foi bom. 
eu estava sentindo falta dessas pequenas coisinhas, dessas mini conversas e encontros que trazem um sorriso pra gente de alguns segundos que logo passam, mas que fazem seguir o caminho de volta pra casa mais leve. fiquei pensando justamente o quanto tinha saudades disso durante a pandemia, do movimento, do deslocamento e dos pequenos-grandes encontros imprevisíveis que perpassam pelos nossos caminhos.
eu queria aqui juntar duas coisas que não têm muito a ver, queria falar de como venho me sentindo esquisita em relação às minhas amizades, o que à primeira vista não tem lógica com o que descrevi agora acima. mas sei lá, penso que tá tudo conectado, ainda mais quando vem em associação assim (oi freud). então, acho que a ligação entre esses afetos é a seguinte: eu voltei a sentir a potência dessas interações produzidas no cotidiano, tem sido bom ter curtos diálogos com desconhecidos ou reencontrar pessoas e perguntar o famoso: como você tá não te vejo desde antes da pandemia!? mas, por outro lado, isso me faz pensar também que venho sentindo falta de possuir vínculos mais profundos, o que diz respeito ao que falei no início: tô esquisita em relação às minhas amizades.
e aí eu queria contar sobre um sonho que tive essa noite. sonhei que eu e Luiz Otávio estávamos estudando na UFF de Macaé (não, não tem UFF em Macaé) e era tudo estranho, um mundaréu de gente, colegas dele, pessoas que eu nem conhecia. Luiz estava fazendo engenharia mecânica lá (no mundo real ele tá fazendo economia na UFRJ feliz da vida, mas relevemos as maluquices dos sonhos), e eu fui pra lá terminar psicologia (imagino que pra ficar perto dele? mas não sei dizer com certeza). nisso, eu falei "olha, eu não sei se vou conseguir ficar aqui não, acho que devia voltar pra UFRJ" algo por aí, parecia que não tava dando muito certo pra mim, sabe?
e aí eu pensei: meu deus isso tem tudo a ver com o que eu tô sentindo agora. só que eu não tô em Macaé, nem na UFF - eu nunca sai da UFRJ, contudo parece que eu sai e entrei em outra nessa volta. esse sentimento é de mão dupla porque sinto que tanto eu, quanto a UFRJ, não temos mais os mesmos modos de existência que tínhamos até 2019. daí vem essa sensação de desconforto e de confronto com a realidade, porque os que eram quase amigos, se tornaram colegas e os que eram colegas, se tornaram apenas conhecidos.
 e agora, como faz pra resgatar? deve-se resgatar? ou criar?
eu falei ontem pra minha amiga num áudio: a real é que meus laços estão muito fragilizados, tanto com as pessoas da faculdade, quanto com as de fora dela. e é isso. meu aniversário é daqui a duas semanas e talvez esse fato tenha dado ainda mais carga pra esses sentimentos. é, aniversário é essa época que você comemora mais um ano de vida com as pessoas que ama e que te amam também, né. 
mas e quando você não sabe mais com quem encontra o amor?
ou pra quem você consegue dar o seu amor?
fica um vazio que se não cuidar, sufoca. 
...
(pode deixar, tô tentando cuidar disso)
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namoradadoenzo · 3 months
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pra quem nao me conhece, meu nome é alice almeida. tenho 31 anos, sou jundiaense, travesti e artista.
venho de uma familia humilde, de metalurgicos, entao desde criança eu escuto conversas sobre greve, sobre politicas publicas e sobre justiça social.
na adolescencia eu ja era rebelde contra o cistema. e aos 15 eu entrei numa boate pra nunca mais sair. aos 15 eu descobri uma cidade que nao existia de dia. nanoite eu conheci uma diversidade de corpos, de amores, de culturas, de economias, uma realidade tao palpavel...
la pelos meus 20, eu conheci uma galera que tava, pronta pra fazer revolução com as proprias mãos. e desde entao eu estou ao lado de varias lutas. eu estive ao lado do movimento aliados na construção da ong e na oficialização da parada do orgulho como evento oficial no calendario da cidade. eu fiz parte do conselho da juventude que na epoca tinha uma sede no complexo fepasa e que era ponto de encontro pra conversas e oficias educacionais. eu estive ao lado das minhas amigas discutindo sobre moda e consumo consciente num coletivo cultural. eu estava ao lado da virada cultural e de tantos outros eventos feitos pos nós e para nós.
eu estava ao lado dos movimentos sociais quando a discussao da nossa cidade era IDEOLOGIA DE GENERO... tive minha foto estampada no jornal enquanto eu gritava. fui exposta por uma figura da direita eatraves de um meme...
eu estive ao lado e agora eu quero estar a frente! nao da mais pra voltar pra tras.
estamos em 2024, numa cidade cada vez mais conservadora, onde nao temos nem 1 cadeira de esquea na camara dos vereadores pra ajudar a construir uma cidade mais inclusiva.
jundiai se diz a cidade das crianças, mas eu quero transformas ela na cisde da jventude. na cidade dos adultos e principalmente na cidade dos idosos! e das travestis idosas!
jundiai tem tanto potencial pra melhorar, tanta praça pra
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vida-longa-e-paz · 4 months
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Lança, Vingança!
Três amigos, Thiago, Yago e Vander resolvem curtir um baile pela primeira vez em uma favela bem distante que nunca tinham ido. Quando chegam lá, durante esse baile conhecem umas garotas, que os convidam pra uma resenha em uma casa. Eles acabam aceitando e topam nessa resenha. Um desses três amigos na resenha nessa casa, acaba beijando uma menina num quarto sozinhos, usando bastante lança perfume e outras drogas, a menina acaba tendo uma crise e falece na cama. Em desespero, Vander, que estava com ela, da tapas em sua cara… E uma amiga da garota que acaba de falecer, bate na porta do quarto e chama sua amiga. Vander então ouve e coloca sua roupa sem pegar nada e tenta sair do quarto pela janela, quando outra amiga da garota morta chega com as chaves, abre, e ver a cena de sua amiga morta na cama, e Vander na Janela tentando fugir, mas acaba nao conseguindo passar ha tempo e as amigas da garota morta puxa suas pernas e batem muito em Vander, que ficou sem reação, elas entao chamam um amigo bandido e acaba matando Vander com um tiro na cabeça. Sem dar ouvidos as suas explicações, e tendo chance de falar. Yago e Thiago, amigos de Vander que foram com ele, percebem todo o alvoroço na resenha e com medo de serem acusados de algo, partem da resenha e descem o morro em prantos com a perda do amigo. Chegam em uma linha do trem que passava por meio da favela, em plena madrugada, caminham rapidamente com passos longos, vão caminhando e sem saber onde estão com medo de entrar em alguma área de outra facção se negam a pedir informação as raras pessoas que apareceram durante o trajeto da linha do trem. Vendo o dia quase amanhecendo, sem comunicação, ou celular pra saber onde poderiam ir. Seguem andando e percebem que mais a frente num beco há bandidos armados, mesmo com medo continuam andando e um bandido com um fuzil na mão interfere os dois e pergunta rindo se o baile tinha sido maneiro. Yago e Thiago riem desconfortados e perguntam se tem algum ponto de ônibus próximo pois tinham se perdidos, eles disseram que tinha saído do baile, mas não disseram qual baile, sem questionar o bandido respondeu onde tinha ponto e disse: "Se adianta lá, é a gente!", Yago e Thiago percebem então que estavam em uma área de outra facção Seguem o caminho e chegam no ponto de ônibus, com medo de serem cobrados em sua favela pela situação do amigo que foi morto acusado de matar a menina, resolvem abandonar tudo e começam a vida em um favela de outra facção, e acabam jurando vingança contra o bandido e as garotas que mataram sem questionar seu amigo Vander, fecham na boca dessa favela, passando uns anos chega o dia de invadir essa favela, durante essa invasão acaba dando tudo errado e Thiago morre baleado, Yago consegue fugir e volta pra favela, e frustrado resolve abandonar a vida do crime, se acerta na vida, volta aos estudos e depois de 35 anos se forma em serviço social, até que chega o dia que um dos projetos do curso seria dar assistência em uma ong, na favela onde seus amigos Vander e Thiago foram mortos. Num momento de reflexão percebe que é melhor deixar o passado de lado e focar em um futuro e ajudar os jovens dessa favela, para que em vez de curtirem so baile, quererem ser só bandidos, usarem drogas, se iludir com mulher que só fica contigo pelo teu dinheiro e tuas drogas, por estar de fuzil na mão. Chega então em um momento até que um dos jovens que frequentavam essa ong descobre de onde era Yago e assemelha que ele poderia ser um dos amigos que na mente dele foi o causador da morte de sua mãe, que era a garota que morreu drasticamente sob uso de lança perfume e mais drogas no quarto com Vander. Revoltado pega a glock de seu tio que era bandido, e mata Yago, tendo a ilusão de vingança e justiça.
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colunatranslacao · 1 year
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OS RITOS DE MORTE QUE NOS CONDUZEM A UMA LUTA BASEADA EM VALORES ÉTICOS E ESTÉTICOS INEGOCIÁVEIS
Ana Beatriz Almeida cria corpos ancestrais para desaparecidos políticos negros que foram mortos na ditadura e nos leva a uma profunda reflexão sobre o universo
A luta não se negocia, e tendo já dito com o próprio corpo – este que é revestido de legítimo material bélico, com a própria pele em chamas por tudo – está quem ressalta aos nossos olhos e ouvidos: “A luta não é negociável, e não se vende a memória”. Vamos assim, de maneira trôpega, acompanhando o movimento das omoplatas, tateando esquinas do tempo, que se dobram para fora do pensamento eurocêntrico, diferente do que nos ensinaram nas escolas. Ainda de mente imatura, vamos ensaiando cuidadosamente embarcar na obra de Ana Beatriz Almeida, uma artista múltipla e apaixonante que nasceu no ano de 1987, no bairro do Fonseca, em Niterói – RJ.
Ela, que é uma estudiosa sobre a morte e iniciada na religião Vodoun, nos deu a honra de ser nossa entrevistada na terceira edição da Coluna Translação. É um alento poder ouvir Ana Bee, batizada carinhosamente por esta coluna como a nossa Abelha Rainha. É precioso imergir em suas mágicas construções e perceber como é bonito redescobrir o desejo de aprender outros desejos, outras narrativas, que não passem pelas mãos brancas da história. “Eu criei entidades para desaparecidos políticos que tiveram seus corpos sumidos pelo Estado. O trabalho considera essas pessoas que lutaram pela democracia e eram negras. Então, na verdade, elas estão lutando numa luta contínua que vem desde a escravidão. E assim, acabam vindo para aconselhar a gente como forças atuais, poderosas, que impactam o porvir. Tudo isto aconteceu em 2016, durante o impeachment da Dilma. Ainda não vendi estas obras no Brasil, é uma performance ritual e o que crio são entidades”, antecipa Ana Beatriz, sobre a obra Kalunga, que dá inicio ao segundo ciclo de danças de cura, criadas a partir de ritos de morte do candomblé do Recôncavo baiano.
O projeto é uma parceria com o artista Thiago Consp e a cineasta Luara D, onde Ana Bee desenvolveu rituais de transição para duas personalidades vítimas da tortura na ditadura militar no Brasil. Numa instalação-rito, percorre-se um trajeto composto por três fases onde imagem, corpo, texturas e cheiros guiam o público através de um rito de passagem. Nesta travessia, o mar aparece como metáfora para a morte. Entre sensorialidades, fotografia e videoarte, o público é introduzido com beleza profunda e cuidadosa ao universo simbólico da morte na cultura afro-brasileira. Guiada por duas vertentes distintas da resistência política da época: o líder operário da greve na Fábrica de Perus, João Breno, e a estudante negra que abandonou o curso de letras da USP para aderir à guerrilha do Ararguaia, Helenira Resende Nazareth – a quem Ana nitidamente cultiva uma ligação ancestral de resistência que virá ser o foco principal deste trabalho. Através de Sumaia Leite, uma amiga que já sabia da pesquisa em andamento, Ana conheceu Helenalda Resende Nazareth, que, infelizmente, ainda em 2015 buscava o corpo da irmã assassinada pela ditadura. “Sem um corpo não há crime, eles não querem encontrar o corpo, pois um corpo é uma evidência de um crime bárbaro com magnitude suficiente para devastar quem ficou aqui sentindo saudade. Eu quis dar algo para esta irmã, era o mínimo que eu podia fazer naquele momento”, relembra.
Sua paixão pela pesquisa sobre a morte se deu por um acaso profissional, embora já fosse engajada desde os 17 anos na prática do butô, dança que surgiu no Japão pós-guerra. Foi só em 2010 que Ana soube da existência da Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte. “Cheguei no município de Cachoeira sem querer. Na verdade, fui para estudar tecidos de santo, através de pesquisa antropológica para uma ONG. Me falaram desta antiga irmandade, provavelmente o primeiro grupo feminista abolicionista da América Latina, que se instaura por volta de 1820 em Cachoeira. Lá foi o local que recebeu o maior número de pessoas durante a escravidão. O mais louco é que eu nunca mais parei de ir lá e nem de pesquisar sobre isto. O tema da minha última obra se chama o Sacrifício Ritual, e fala justamente sobre este corpo ancestral que criei para Helenira Resende, a única mulher negra do curso de Letras da FFLCH-USP, foi torturada por Sérgio Fleury na ditadura. Depois ela foge para o Araguaia e vira líder de destacamento de tiro. Helenira morre em 1972. Ela merecia um portal preciso de comunicação, porque a vida dela significou muito, é urgente recordar esta existência. O trabalho quer relembrar que ela foi a filha de um dos mais antigos médicos da cidade de Nazaré das Farinhas, provavelmente um dos primeiros médicos da Faculdade de Medicina da Bahia, e que era comunista como o meu avô era. Tem umas narrativas, uns deslocamentos que se repetem, e justamente é esta a lógica do candomblé”, explica Ana.
Com uma ternura ácida e irreverente na maneira de doar-se, a artista tece uma infalível trama, de liga potente, capaz de transformar o conhecimento de sua ancestralidade em um verdadeiro presente para nós. A partir dos olhos dela, a lógica do retorno, junto com as dobraduras do tempo, vai nos ensinar o que ninguém nos contou, mas precisávamos finalmente saber. Ana é capaz de mover a energia da morte através de ritos de renascimento e também transitar entre mundos desconhecidos através de suas performances, baseadas em experiências profundas de autoconhecimento. Sua pesquisa e seus trabalhos lançados nos dão fortes indícios de que é inútil tentar separar a linha da vida e da morte, e esta dedicação virtuosa tem levado a artista pelo mundo afora.
Ela foi curadora convidada da Bienal de Glasgow 2020, é mestre em História e Estética da Arte pelo MAC-USP e doutoranda no King’s College (Reino Unido). Depois do final de 2018 e início de 2019, realizou workshops em instituições africanas e europeias com sua pesquisa sobre novas ferramentas de crítica de arte contemporânea da África e Ritos de ascendência africana (Instituto ANO – Accra / Gana, Zinsou – Cotonou / Benin, Tate Modern-London /Inglaterra, CCA- Glasgow / Escócia, KM Institute for Contemporary Art- Berlin / Alemanha).
Dotada de uma paciência também irreverente, a artista segue esmiuçando para nós a dinâmica dos ritos com origens no candomblé, e nos empresta conhecimento para avançar, fazendo o exercício instigante de pensar conosco sobre o mercado de arte brasileiro, que, ainda muito atrasado, continua excluindo cinicamente artistas negres, através da lógica do racismo estrutural de uma elite branca defasada. Na militância artística, Ana desenvolve um brilhante trabalho com a 0101 Plataform, onde atua há um ano como curadora, captando, projetando, apoiando grandes artistas contemporânies, proporcionando visibilidade, lutando por equidade. Metaforicamente, cumpre o papel da águia bravia, protetora de seus filhotes: não negocia suas obras, nem as des artistas que representa, sem que haja uma política de reparação, ações afirmativas em relação à porcentagem de vendas das obras destes artistas negres.
tem os odus, como se fosse a cabala dos iorubás, mas ela também existe nos Ewe, produzir estas divindades em forma de ritual vai de encontro com o sentido de produzir novos Orixás. Provavelmente a Helenira é um Orixá meu. Assim é, um ori que tem uma trajetória proxima à minha. Que eu estou cuidando com carinho para não ser esquecida. Querem que ninguém saiba que Helenira existiu, mas eu sei que ela existiu. E aí, olha a curva do tempo se formando, esta obra está sendo desejada por grandes galerias aqui no Brasil. Queremos vender, mas não em valores que repitam uma vulnerabilização estrutural. Tem coisa que não pode ser negociada, a luta não tem preço. Você não negocia a luta, a vida dela já foi roubada, já foi extirpada. Até hoje ninguém sabe cadê o corpo de Helenira, eu não posso simplesmente vender o ‘corpo’ dela, né? A construção destes ritos vem daí, produzir novos Oris. Quebrar a lógica do sistema. Somos 1% no mercado de arte, ou menos, é um dado triste e cruel, estamos bem ligados sobre a perpetuação destas práticas, queremos reparação”, diz Ana.
A militância nos campos da arte e da política foi inevitavelmente inspirada pelos avós maternos de Ana. “Da minha avó [que costurava para drag queens] eu herdei o desejo de ser artista, do meu avô, o chamado urgente de lutar contra injustiças. Ele participou da Var Palmares, um braço da luta armada no Brasil. Era boxeador, depois foi diretor da Central dos Bondes, durante a ditadura permaneceu clandestino com a família”. Para a artista, o universo que lhe sobrava ainda criança era o cotidiano de uma casa afetada pelo medo de perder a liberdade democrática, este foi um fator marcante para encadear o desconhecido e transformar agonia em arte. “Minha mãe sofreu muito com ansiedade infantil. Imagina uma criança de oito anos que vive nervosa pois ela acha que o pai irá desaparecer. Esta noção de um possível sumiço político foi um trauma. E aí usarei a lógica iorubá para pontuar. Você é a sua mãe e sua mãe é você. O seu óvulo estava sendo formado na no útero da sua avó, então você e sua mãe têm mais do que uma raiz. Ela nunca me falou sobre isto claramente, foram coisas que eu descobri muito tempo depois. A ansiedade dela sempre foi visível. Angústia com comida sempre foi visível. Nunca entendi direito de onde isto vinha. Eu sabia que tinha a ver com o momento em que meu avô estava clandestino, mas eu nunca soube em detalhes. O Natal na minha casa era uma loucura. Minha avó adorava fazer a ceia, minha mãe usava os tecidos africanos na mesa e meu avô gritava que éramos iludidos”, relembra a artista.
Ainda em Niterói, num universo em que ela não se encaixava, inclusive por ser uma das únicas alunas negras da escola, a artista sentia que aquele ali definitivamente não era o seu lugar no mundo. “Queria sair deste lugar. Eu não clara, nem branca, não tinha o estereótipo da Malhação. Não tinha vocação pra ser uma Juliana Paes. Esteticamente eu era negra. Não tinha saída para mim, eu não ia ter uma adolescência ok. Eu era esquisita, eu era vista como ‘aquela aluna negra’. Queria saber como seria viver num lugar diferente. Então prestei vestibular para USP, para cursar tecnologia têxtil, mas tinha algumas atividades artísticas e de engenharia. Fiz Tecnologia Têxtil, que é o atual Têxtil e Moda. Eu quis também ir à São Paulo para fazer CPT (Centro de Pesquisa Teatral) e trabalhar com Antunes Filho”, conta.
Outro ponto crucial para alçar voos maiores foi descobrir a verdadeira e brutal história da colonização, através de uma viagem com a mãe na infância. “A minha mãe era muito de boa, ela fazia umas mensagens subliminares comigo, é muito boa pedagoga, não precisa dizer que está fazendo uma coisa para ela fazer a coisa, é canceriana e muito manipuladora. Quando eu fiz seis anos ela me perguntou: você quer uma grande festa ou viajar pela Bahia? Obviamente eu falei que queria viajar. E a gente fez o que eu nunca vou esquecer, uma viagem que ia de Abrolhos, passando por Arraial D’ajuda, Vera Cruz, no primeiro lugar onde os portugueses chegaram, até Salvador. Ela queria fazer esta viagem independente do que a escola iria me contar nos próximos anos. Ela queria que eu visse como meus próprios olhos como se deu a colonização, me transformando para sempre”, conta Ana.
Já estabelecida na cidade de São Paulo, sua vocação artística gritava cada vez mais alto, sobrepujando a rotina acadêmica e seus métodos de pesquisa dentro da USP. Ana precisou reconsiderar o rumo de sua pulsante jornada de descobertas. “Eu queria ser artista, mas eu não queria assumir. Virei antropóloga, aí durante o período que eu estava pesquisando a Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, eu percebi que eu ia ser muito escroto publicar sobre aquelas mulheres. Elas me contaram várias coisas íntimas dos rituais. Liberando para mim coisas muito sérias e importantes. Se publicasse dentro da antropologia, iria instrumentalizar aquele conhecimento que estava sendo confiado a mim. Então, resolvi mudar de antropologia para arte e aí cheguei aqui onde estou, uma pesquisa que já dura quase dez anos”, ressalta.
“Eu queria ser artista, mas eu não queria assumir. Virei antropóloga, aí durante o período que eu estava pesquisando a Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, eu percebi que eu ia ser muito escroto publicar sobre aquelas mulheres. Elas me contaram várias coisas íntimas dos rituais. Liberando para mim coisas muito sérias e importantes. Se publicasse dentro da antropologia, iria instrumentalizar aquele conhecimento que estava sendo confiado a mim. Então, resolvi mudar de antropologia para arte e aí cheguei aqui onde estou, uma pesquisa que já dura quase dez anos”, ressalta.
De tal modo, encontrando seu lugar no mundo, a artista estabelece uma relação afetiva de ancestralidade com a comunidade onde nasceu o candomblé. “Lá é onde tem a igreja de onde saíram os três primeiros terreiros mais antigos, Gantois, Casa Branca e o Ilê Axé Opó Afonjá. Elas tinham uma igreja na Barroquinha, que foi queimada em 1820 pelo Governo da Bahia. Na frente tinha os ritos católicos. E, nos fundos, os africanos e afrodescendentes podiam cultuar suas tradições. Sem interferência, por conta da fachada da igreja católica. Esta irmandade se organizava com o intuito de promover um funeral justo para a os escravizados. Antes da irmandade havia uma deposição dos corpos das pessoas escravizadas na rua. Se você fosse um escravizado sem família, se você morresse trabalhando, não teria um funeral. Você era só uma mão de obra, e como o corpo estava desprovido de alma, eram jogados na rua, provocando desequilíbrio psicológico na população escravizada. Então a Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte se organizava em torno de fazer um ritual justo para aqueles que morriam em situação de escravidão, elas também adquiriram a liberdade de outros escravizados para que eles não morressem dessa forma”.
Outra análise pertinente da artista questiona o conhecimento detido pelos antropólogos sobre os ritos de candomblé. “Acontece que depois desta uma década estudando a Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte para a Unesco, como uma pesquisa da USP, sabendo muito, pois elas se abriram demais para mim, eu fui realmente abraçada pela comunidade a ponto de não conseguir publicar coisas sobre elas, sem elas. Na minha defesa da dissertação mesmo, trabalho com duas irmãs da Boa Morte. É uma disputa de narrativa mesmo da antropologia. Os antropólogos são os que detêm grande poder, grande conhecimento sobre o candomblé. E na maior parte eles são estrangeiros, como Pierre Verger, Roger Bastide, nenhum deles é mulher, nenhum deles é negro, e eles são de cânones do candomblé. Esta pesquisa é um trabalho de transformação, compreensão e generosidade. A irmandade é um grupo feito só por mulheres negras e existe até hoje. Falando com você fica bem nítido para mim que a 0101 Platform, vem desta inspiração. Você tem estas mulheres que se organizam em uma estrutura, que permite tudo, permite a vida. Elas se organizavam nesta estrutura da igreja, na verdade você tinha ali muitas etnias, e elas possibilitavam que eles pudessem cultuar seus ancestrais, qualquer um que tivesse um culto, podendo ser Zulu, Jejes ou Bantus. Enfim, eles podiam cultuar seus ancestrais, que é uma das coisas mais importantes, né? O direito à ancestralidade. É isto que tirava a humanidade das pessoas. Então a organização destas mulheres é justamente construir um lugar onde se podia cultuar estes ancestrais”, conta.
A trajetória política de Ana ganha mais fôlego em 2016, onde passa a atuar diretamente na Ocupação Preta, da Funarte. “Depois do impeachment ficou tudo muito estranho. Me movimentei bastante. Fizemos a ocupação virar uma ocupação preta, depois fomos para o Aparelha Luzia, centro cultural e quilombo urbano de São Paulo. O Aparelha foi criado pela ativista, artista, educadora e deputada estadual Erica Malunguinho. Evidenciamos as candidaturas de mulheres negras, principalmente a Erica e ela foi eleita. Estar neste movimento e na luta contra a criminalização do candomblé. Foi isto que eu fiz enquanto a Helenira estava dormindo. Nesta época fiquei pensando, cara eu sei tudo isto. O que que eu vou fazer? Continuei a pesquisar a Boa Morte e pensei na Tia Ciata [Hilária Batista de Almeida, com 16 anos, participou da fundação da irmandade na Bahia], que perseguida, veio para o Rio de Janeiro e acabou fazendo o carnaval. Quase tudo que a gente vê de carnaval foram conceitos da Tia Ciata. A ala das baianas é uma homenagem à irmandade. As passistas também, e elas são referências a esta mulher, durante o período fértil. E é aí que ela é perigosa, o período fértil da mulher é próximo do sangue. Pensei no sacrifício da Tia Ciata, o sacrifício das mulheres negras negligenciadas”, ressalta.
Carnaval, democracia destroçada, o corpo deposto da mulher negra, o sacrifício da existência de uma, acontecimentos que conduziram Ana a viver na pele a emblemática figura da passista, na Vai-Vai, em São Paulo. Literalmente na avenida, ela rasga mais uma camada de sua pesquisa, complexificando para sempre a objetificação da mulher negra. “Somos sacrificadas em prol da construção no país. Principalmente a figura da passista e como este ícone da identidade nacional carrega uma consagração ao estupro deste próprio corpo. Ao mesmo tempo é um fundamento da Tia Ciata, que relaciona a mulher negra, nesta fase fértil e jovem. Como que ela pode negociar finalmente. Pois ela está longe da morte e perto da vida. Ela negocia o sexo, ela negocia a festa, a alegria, ela negocia com o corpo. O corpo vira a própria arma bélica dela com a sociedade. E a passista é rainha de qualquer forma. Aquela para onde todos os olhos estão olhando. Ela é um sujeito. É muito difícil matar uma passista no carnaval. Tem muita gente olhando para ela. E aí está a ferramenta usada pelas mulheres da periferia. De tentar ser passista para garantir que não vai morrer. Uma garantia que você não vai ser condenada ao trabalho doméstico. Fiz o processo seletivo de passista mesmo, e aí volta o lado do antropólogo, né? Tudo para entender o que é isto. Este corpo criado pela Tia Ciata, pela irmandade. Pensando nas yamis, que também é uma figura da cultura e iorubá e funciona na atualidade. Esta zona de negociação. Consegui virar passista, curto muito esta obra, que se chama o Sacrifício Ritual”, conta a artista, que já teve a obra exposta no Can Serrat, em Barcelona, e na Bienal de Glasgow, Escócia.
Deitando novamente sua obra aos ritos de morte no candomblé, Ana dá seguimento ao sacrifício e vai fundo numa outra fase do ritual-performance. “O corpo da passista entrou em vários lugares. Toda hora alguma instituição brasileira pede este trampo. Aí é isso, é o corpo estuprado que deu origem à nação. Ela tem este poder que a Tia Ciat Home a falou, poder de negociar que tipo de vida se vai ter. Na sequência vêm os fundamentos do candomblé. O frango tem uma função, daí eu fiz o tchiodohun, que é o rito de divinização do ancestral, na cultura Ewe. Eu peguei o corpo da passista, que no caso era o meu corpo mesmo, e botei numa canoa de madeira maciça e enviei este corpo para a pedra que tem o assentamento mais antigo das divindades femininas primordiais, Nanã, Olokun, Oxum e Iemanjá, e eu mandei este corpo para este assentamento que fica em Cachoeira, é o assentamento mais antigo do Brasil dessas divindades”, explica Ana, que com a obra faz uma reencenação artística do rito de divinização dos reis de Uidá e Daomé. O thiodohun consiste em colocar o corpo do rei morto em uma canoa que atravessa o rio que une o país de vives e o país des mortes, afim de que ele adquira poderes sobrenaturais.
Ao finalizar a obra O Sacrifício Ritual, algo parece de fato mover o tabuleiro dos Orixás. As confluências que não passaram despercebidas pela jovem artista agora lhe darão uma espécie de licença para explorar geografias mais profundas de sua ancestralidade. “Logo depois que terminei o ritual fui para uma viagem curatorial que passou por Gana, Togo, Benin e Nigéria, na qual eu encontrei artistas que eram Ewe e jogaram Fa para mim. No jogo eles me falaram que, se eu cheguei ali, é porque devia ter feito um sacrifício para voltar. Disseram que sou do grupo de pessoas que não poderiam voltar para o continente depois da escravidão. Mas, já que eu tinha conseguido voltar, me questionaram se eu tinha feito algum sacrifício antes de chegar lá. E na hora eu pensei, claro que sim, fiz O Sacrifício Ritual. Mas eu precisei fazer outro sacrifício lá, para poder voltar à África. Me deram algumas opções de locais, depois fui saber que era onde estavam espalhados os Almeidas. Acabei chegando ao Benin, e lá conheci-os, uma parte deles, são a cara da minha família paterna de São Gonçalo. Meus tios são um a cara do outro. Quando nos encontramos teve um jogo de Fa para confirmar se eu era mesmo da família. Meu Vodoun é o mesmo que de meu ancestral que retornou ao Benin [Joaquim de Almeida, Zoki Azata], significa que sou muito da família. E tem umas brisas, minha função é de Bokor Visionaire, que significa aquele que tem a missão de comunicar o material com o imaterial, e o visível com o invisível”, revela.
Dentro de tão amplo aspecto, a trajetória artística que passeia pela geografia ancestral vai se fortalecendo e ganhando novos sentidos. “Depois de tudo que vivi, ficou bem mais nítido, meu foco era a Nalda, irmã da Helenira. É ela quem está viva para sentir saudade. Foi assim que eu fiz Onira. Se você ver a fotografia, tem uma árvore enorme, eu fiz esta roupa como quem faz roupa de Egun mesmo, embora eu não possa me iniciar no candomblé brasileiro, daí depois eu descobri que é por conta detsa história do Vodun. Pois a lógica do candomblé é esta, quando você é iniciado no candomblé você está se reconectando com seus ancestrais. Como o meu ancestral acabou conseguindo morrer onde os avós deles morreram, não faz sentido me reconectar com os meus ancestrais aqui, porque de alguma forma eu posso voltar, e os meus ancestrais estão lá. Estão aqui também, mas a conexão mágica deles é lá. Então, não faz sentido eu me conectar com eles aqui. Eu nunca fui iniciada no Brasil, mas aqui eu seria de Oya Balé, que é divindade que separa a alma do corpo, e é a divindade que cuida da roupa do Egun. A roupa que o ancestral vai vestir para vir falar com os ancestrais. Para falar com quem ficou sentindo saudade. Então, eu fiz a roupa, depois a gente foi para esta árvore na Ilha de Itaparica, é um lugar sagrado de Baba Egun, na Gameleira. Uma igreja que foi construída em 1530. Uma Gameleira que é conhecida como Baobá brasileiro na memória da África. Ela cresceu em torno da igreja que estava em ruínas, agora a igreja é sustentada pela árvore. Foi lá que eu fiz o ritual de iniciação do corpo novo de Helenira, que se chama Onira.
Onira é uma qualidade de Iansã que está relacionada com a borboleta, também está relacionada com os heróis que morrem no campo de batalha. Na verdade, é como se a borboleta fosse a alma de um herói que morreu num campo de batalha. O que as galerias querem comprar é isto, o registro de imagem destes rituais, entende? A luta tem um valor ético e estético inegociável. Porque ela, em si, já é o último recurso de negociação entre as pessoas e os sistemas”, termina Ana Bee.
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gilsondelazari · 3 years
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Podcast - Marcão dos Animais e Paula Reami da ONG
Podcast – Marcão dos Animais e Paula Reami da ONG
https://d3ctxlq1ktw2nl.cloudfront.net/staging/2021-7-24/0c7600bd-de37-8c0b-df10-44677ae4fb30.mp3 Os protetores(a) dos animais Marcão e Paula Reami participaram do Podcast NH News e promoveram um debate sobre os direitos dos animais e demais assuntos relevantes para quem gosta do tema “pet”.Se gostou e quiser apoiar o NH News, você pode fazer um Pix no valor que quiser, use o celular como…
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idontw4nnaeat · 3 years
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É meu primeiro post nesse tumblr novo. O outro foi cancelado.
E eu realmente queria um lugar onde eu pudesse escrever o como me sinto e organizar tudo.
Há anos eu tenho me sentido completamente infeliz. Desde a infância foram anos de bullying e quando eles pararam a minha cabeça começou me culpar.
Porque tão feia? Se cuida.
Porque tão gorda? Emagrece
Eu confiei em pessoas que não deveria. Que me quebraram, me machucaram fisicamente e psicologicamente.
Aos 16 desenvolvi crise de pânico, aos 18 depressão severa.
E aos 22 diagnóstico de borderline.
Eu não sei se sou uma pessoa boa ou má, mas eu queria conseguir alternar entre as duas e achar um equilíbrio.
Meu pai me deixou em uma situação vulnerável que me machucou até hoje. E eu entendo que não foi culpa dele, mas a humilhação que eu passei, deixaram marcas. E talvez tudo tenha começado ai, aos meus 12 anos.
Eu consegui reconstruir uma parte da minha vida e veio mais necessidade... eu trabalhei em um puteiro na recepção e recebia vários convites, mas nunca consegui aceita-los.
Eu estava sozinha, eu precisava comer, eu precisava comprar mistura eu precisava daquele salario naquele lugar das 16 da tarde as 7 da manha.
Após isso quando as coisas começaram melhorar, eu me afundei de novo. Porém consegui um novo emprego. Trabalhei no aeroporto e eu juro, nunca me senti tão aceita em um lugar como lá. Eu sentia que tinha amigos, pessoas que gostavam de mim do jeito que eu era.
Mas mais uma vez, um "relacionamento" começou me sabotar.
Eu tinha planos com o Lucas, ele era meu amigo e a gente planejava viajar, eu estava trabalhando, podia ajudar ele a se reerguer e era tudo que eu mais queria. Mas eu sinto que falhei, e as vezes sinto que ele não se importa em ver o quanto isso dói em mim. Porque nunca foi proposital.
Eu ontem, quis morrer, eu notei que perdi tudo, amizades, emprego porque fiquei doente e nem conseguia dormir. Minhas crises, minha compulsão alimentar, minha anorexia, minha depressão, minha crise de pânico, so me afundaram. E eu só queria alguém pra me dizer "eu sei o que é passar por isso. Vai ficar tudo bem. E não soltasse minha mão".
Eu errei, errei rude, errei feio, e eu nem sei como consertar tudo com todos porque me sinto a pior pessoa, a pior versao de mim. Eu não me reconheço mais.
Eu era sorridente, eu era feliz, eu era alto astral, e me ver nesse buraco me destrói, e sei que destrói as pessoas que eu amo.
Talvez esse seja meu último post escrito aqui. Nao sei, talvez eu so tenha escrito pra mostrar pro meu futuro psicólogo, pro meu melhor amigo, ou pra alguém um dia encontrar e saber o como me sinto e que eu realmente sinto muito.
Eu acordo e pulo o espelho porque me odeio, mas uma dose de remedio e eu consigo fazer umas fotos e entrar no mundo de camgirl. Eu preciso de dinheiro, preciso pagar as contas básicas e a pandemia... fodeu com tudo.
Eu nao sei mais no que focar. Nao tenho mais emprego, não tenho mais faculdade e eu tento sorrir pra todos pra fingir que tá tudo bem porque as pessoas tem seus próprios problemas.
Eu oculte situações de quem eu amava porque eu simplesmente tinha tanta vergonha de mim. Vergonha de viver chapada, de beber álcool, misturar com remedio. Eu queria o coração dele desde o primeiro momento que conversamos, e eu perdi tudo por que não consigo chegar a ser uma pessoa estável, nem bonita o bastante, nem ajudar o bastante.
Talvez se meu psicólogo ler isso, ele possa me diagnosticar melhor, entender a dor e as coisas que eu nunca disse, que eu só tenho coragem de falar aqui.
Eu era uma garota prodigio. Eu tinha notas boas, faculdade boa, uma familia quase perfeita.
Eu só queria entender qual foi o dia que tudo desmoronou. Qual o dia que acabou com tudo de bom que eu tinha.
Eu sei que talvez nem leiam, mas eu penso tanto em mandar e dizer:OLHA , OLHA TUDO QUE EU NUNCA CONSEGUI DIZER MAS TO DIZENDO. PORQUE EU NAO QUERO PERDER MAIS NINGUEM. PORQUE EU NAO QUERO MAIS VIVER DESSA FORMA. PORQUE EU QUERO MINHA VIDA DE VOLTA. OU MELHOR.
Eu sinto tanto por todas as vezes que tentei me matar. Ontem eu deitei na cama e so conseguia chorar, lutar contra minha mente que dizia: se enforca. Pula da janela. Você sabe o que fazer.
E eu so conseguia ajoelhar e pensar: por favor, se existe algo ou alguém, me ajuda. Eu preciso fugir disso, eu nao quero. Minha própria mente tá me convencendo.
Eu ouvi músicas, eu fiz uma forca com lençol, eu fui na beira da janela e eu só conseguia olhar pro céu e falar: DEUS POR FAVOR NÃO.
Era uma dor diferente, doia meu corpo, me faltava o ar, porque eu sabia que 90% estava propicio a eu nao desistir.
Eu devo ter machucado minha melhor amiga em algum momento também, pra em 2020 ela ter ido embora sem se despedir, e eu sou tão burra que não sei o que aconteceu. Mas eu queria tanto ela bem, queria tanto ter cuidado dela. Queria tanto um conselho dela aqui, um abraço ou qualquer coisa que não me fizesse sentir a pior pessoa do mundo. Eu fiz tudo que pude e não fui suficiente. Eu chorei por horas, eu implorei, eu liguei, eu fui na cidade dela... eu fiz tudo e nada foi bom o bastante. Eu me culpo tanto e eu nem sei porque. Eu so queria uma resposta e isso me corrói sempre que penso.
Eu queria que as coisas esses últimos meses, tivesse dado certo, porque mesmo que eu tivesse na merda, a pessoa que amo estaria bem.
Eu disse coisas horríveis, eu fiz escolhas horríveis que me levaram até aqui e eu só queria que ele me desse a mao e dissesse que tudo bem, que ele entenderia porque passou algo semelhante. Que ele entendia que imprevisto acontece. Que eu tô realmente tentando.
É horrivel sentir que nada pode ser como antes. E meu medo é não ter mais aqueles planos, aquele abraço, aquele sorriso.
Eu não aguento mais a pressão dos meus pais sobre emprego, remédios, ou coisa do gênero. Nao sei se me fazem mais mal ou bem.
Meu corpo esta exausto de lutar, mas eu ainda tô aqui, não sei se por Deus, ou por covardia. Ou pelas pessoas que mais amo, mesmo podendo perde-las arriscando mandar isso.
Mas eu tenho um coração. Um coração que ha meses atrás era feliz cozinhando pra moradores de rua e ongs. Participando da hamburgada do bem. Pensando em me formar logo pra atender publicamente famílias carentes.
Então onde, quando foi que eu me perdi?
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thesapatona · 3 years
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Você não gostava do mundo em que vivia, tão pouco quanto isso. E, por essa razão, decidiu que tentaria o mudar, mesmo que fosse com passos de formiguinha. Parou de comer alimentos de origem animal, se engajou em projetos de ONG’s regionais, passou a liderar clubes de ativismo na East Wenk e usar suas redes sociais para apoiar causas sociais. Não poderia ficar calada e não se importava de ser considerada chata por seus colegas. Você queria mudar o mundo e faria isso da forma mais impositiva que conseguisse pois acreditava em seus ideais e no seu senso de justiça. Será que suas convicções sobreviveriam a vida adulta? Ou deixá-las de lado seria a forma mais fácil de sobreviver?
The Activist ou Dorothea Jenkins  atualmente tem 30 anos, mora em New York e trabalha como jornalista e digital ingluencer.
Na East Wenk diziam que era muito parecida com Alexxis Lemire, mas atualmente vivem comparando ela com Eiza Gonzales.
Em seu yearbook, Thea disse: “ Mesmo que uma verdade seja inconveniente, ainda sim ela deve ser dita ”.
Você e THE REVELLER são inseparáveis desde criança. E é claro que a dinâmica da amizade vocês foi mudando com o tempo, porém, você não sabe ao certo como aconteceu, mas você acabou desenvolvendo outros tipos de sentimentos por sua melhor amiga. Por isso você se preocupa tanto, por isso sempre briga com ela, detesta o comportamento autodestrutivo alheio e a forma no qual ela se humilha para outros rapazes. Mas você é paciente, na medida do possível. Ainda assim, é impossível para você não desejar que um dia se dê conta de que a pessoa perfeita para ela sempre esteve ali.
Se tornaram amigas devido ao acaso de sempre escolherem as mesmas extracurriculares, e diferente de outras garotas, você não tinha queixas quanto ao comportamento de THE TOMBOY. Pelo contrário, você admirava a coragem e criatividade dela, sendo extremamente gratas por a mesma se demonstrar solicita sempre que precisou de ajuda.
Quando seus pais avisaram que seus tios estavam se mudando para New Jersey e que você ajudaria seu primo THE SOUTHERN a se adaptar você ficou receosa. Demorou um pouco para se aproximar dele, sentia-se intimidada pela diferença de personalidades e realidades. Com o tempo, a convivência e o carinho familiar se sobressaíram e vocês se tornaram amigos.
THE GOSSIP foi sua primeira namorada, antes de tudo, de toda fofoca e todo o drama. Mas não deu certo. O comportamento passivo-agressivo alheio te incomodava, era cansativo estar com alguém no qual teria que pisar em ovos sempre, a insegurança da outra prejudicou muito o relacionamento. Você disse uma vez que amá-la era cansativo, mas se arrependeu. Com o tempo, diante de todas situações no qual ela se colocou, você se sentiu mal pelo que ela havia se tornado. Bio:
Ser adolescente nos dias de hoje não é uma tarefa fácil. É pensar ser diferente de todos à sua volta. Agora imagina isso a alguns anos atrás e realmente ser o próprio Nemo perdido no oceano? Pois é, Thea se via exatamente assim um peixe palhaço no meio de um oceano repleto de tubarões e peixes ferozes prontos para devorá-la a qualquer momento. Salvo algumas poucas pessoas como sua melhor amiga, com ela conseguia ser verdadeira e sincera ,em quase todos os aspectos, e surpreendentemente era acolhida e amada. Mas este é um outro capítulo. Thea pode ser descrita como uma pessoa apaixonada pela vida, pelas pessoas e principalmente pelo planeta! Cuidar do planeta era uma preocupação que lembrava de ter desde que se entende por gente. Talvez ela leve este assunto a sério demais, como da vez em que liderou um protesto na escola fazendo greve de fome na frente de uma árvore que seria derrubada para a construção de uma quadra esportiva. Infelizmente tudo que ela conseguiu com o ato foi um estômago roncando e uma advertência para os pais. Fora mais ou menos nessa época em que tinha assistido ao documentário “ Uma verdade inconveniente”  e depois do fracasso de protesto resolveu que deveria fazer algo concreto e que estivesse em suas mãos para mudar a situação do planeta. Parou de comer carne e aos poucos estudando e conhecendo mais sobre o assunto achou que não seria justo com o resto dos animais usar ou comer coisas provenientes da exploração de seres inocentes. Decidiu virar vegana, fortalecendo ainda mais sua veia militante. Fundou clubes com esta temática, alguns anos bons, outros nem tanto. Precisava-se admitir que era uma garota determinada. Tirando quando o assunto era veganismo e meio ambiente, era uma garota tranquila e odiava discutir. Seu senso de justiça era afiado e não conseguia presenciar injustiça. Talvez por isso tenha sido fácil se tornar vegana, a empatia era algo natural para ela.  Para conseguir alcançar seu simples objetivo ( salvar o planeta) fundou grupos no facebook, e no final das contas acabou virando uma influencer digital, referência de dicas, informações e não menos importante, receitas! Comunicação estava em suas veias, e ver que ao fazer aquilo que tanto gostava poderia levar a informação para o mundo inteiro não podia escolher outra profissão se não a de jornalista. A faculdade não fora tão diferente quanto a esse assunto, continuará envolvida no  ativismo, juntando-se por um período ao CUBO, um grupo ativista vegano que tem o intúito de mostrar para as pessoas a crueldade que os animais sofrem trazendo a visibilidade dos atos horrendos que são escondidos através das embalagens bonitinhas das prateleiras do supermercado. Hoje trabalha como jornalista no Greenpeace, apesar de não ter um salário incrível, tem o emprego que sempre quis e ainda trabalha viajando, o que ajuda na sua renda extra que são as publis do instagram. Pode-se dizer que é uma mulher realizada profissionalmente. Já no amor, são outros quinhentos… E bota quinhentos nisso. A vida amorosa da jovem nunca fora algo pleno, nada na sua vida era. Thea parecia gostar de estar constantemente em uma montanha russa emocional. Depois de sua primeira namorada no ensino médio não teve muitos relacionamentos sérios. Evitava apresentar as pretendentes para os pais, pois, se os mesmos se gostassem da garota  já praticamente as casavam na primeira visita. E sinceramente, às vezes o fazia só pelo susto, era muito mais fácil do que terminar . No final das contas dizia que relacionamento não era para ela, principalmente por causa do trabalho, mas no fundo sabia que tinha relação aos sentimentos trancafiados a mil chaves que não a permitiam se entregar completamente a alguém. Certamente motivo para uma boa terapia, que obviamente ela não o fazia. Pois fugir dos próprios sentimentos era uma habilidade adquirida ainda na adolescência.  
Algumas outras informações Sexualidade:  Nunca fora um tabu muito grande dentro de casa este assunto, a maior dificuldade para Thea fora a própria aceitação, pois os pais a apoiaram desde o início. Isso muito provavelmente foi um dos motivos de ter sido tranquila esta saída do armário. Se envolveu com alguns meninos na adolescência, antes de ter a coragem de ser quem realmente era. Com a ajuda de sua primeira namorada , e também da melhor amiga, foi quebrando essas barreiras internas e externas.
Relacionamentos: No quesito amizade é uma pessoa bem aberta, gosta de conversar sobre tudo. Principalmente sobre questões que ela acredita e defende, pode ser uma grande aliada ou grande inimiga! Já em relações amorosas não se entrega facilmente ao sentimento, se percebe que uma relação está ficando séria , e profunda corre na direção oposta.
Veganismo: Quando o assunto é o veganismo,  você pode encontrar uma pessoa receptiva a conversar e ensinar ou uma leoa pronta para defender seus ideais,  tudo depende de como a pessoa a aborda. Família: Thea dá muito valor a família, cresceu  em um lar repleto de amor e respeito, Dorothea tem os pais como inspiração e deseja encontrar alguém que possa constituir uma família tão boa quanto a dos pais, mesmo que este desejo esteja escondido nas profundezas do coração dela.
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little-big-fan · 4 years
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Imagine Harry Styles
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Do Harry onde eles sao amigos q ja tiveram alguma coisa e todas as vezes que se encontram, não resistem e acabam ficando. Aí ele fala que eles devem parar de fingir que não tem nada mais além de amizade entre eles e assumir a química, a sintonia e o amor que existe entre os dois, então eles assumem um relacionamento sério publicamente.
Oiê, confesso que esse imagine é um dos meus favoritos, eu amei escrever. Espero que gostem.
 Harry estocava freneticamente contra minha intimidade, eu estava em chamas, minhas unhas fincava suas costas largas, meu tesão estava inabalável, eu estava quente, em chamas. Os cachos dele grudados na testa suada, revirando os olhos, enquanto deliberava frases safadas no meu ouvido era como gatilho para o meu orgasmo. Senti minha intimidade contrair e o puxei para um beijo, rápido e desalinhado, ao mesmo tempo em que sentia meu corpo convulsionar.
 Ele ainda golpeou mais algumas vezes dentro de mim. Fechei meus olhos relaxando completamente, quando sentiu seu liquido me preencher e seu corpo cair ao meu lado. Eu ainda estava ofegante, nossas transas estavam cada vez mais intensas e inovadoras.
— Quer que eu pegue água? — Me virei de lado para olhá-lo. Ele havia jogado o cabelo para trás e sua boca estava avermelhada, um fato sobre Harry Styles, ele fica extremamente sexy, pós foda.
— Uhum. — Respondi normalizando minha respiração, mas antes dele se levantar o puxei para um beijo intenso, e ele deu uma risadinha.
— O que acha nós ? — Ele me perguntou quando deixei o copo de água na escrivaninha do lado da cama.
— Acho que somos ótimos parceiros sexuais. — Me aninhei no seu peito, dando uma risadinha. Que tipo de pergunta era aquela? 
— Sua boba, eu tô falando sério. — Senti seu peito da uma vibrada fraca, quando ele riu anasalado. — O quê nós somos? — Senti seus dedos embrenhar nos meus cabelos, fazendo carinho.
— Por que tá perguntando isso? — Arqueei a sobrancelha confusa. — Nós somos amigos, Harry.
— Amigos? — Sua expressão parecia de indignação. 
— Você é um amigo com privilégios. — Zombei e o sorriso sumiu do meu rosto ao ver que ele permanecia sério. — O quê foi? Por que tá assim? Hum?
— Eu tô assim porque acho que nós somos mais que amigos. 
— Como? — Me sentei para olhá-lo melhor. 
— Por que você age como se não rolasse nada entre nós? — Eu continuo encarando sem retrucar. — Acho que já podemos parar de fingir que somos só amigos, você não percebe a química que temos? Formamos um casal perfeito e...
— Harry. — Interrompo sua fala — Eu acho que devemos ir com mais calma. 
— Mais? — Ele se altera um pouco e seus olhos esbugalham de leve. — Nós conhecemos tem sete anos, S/n. Não sete dias.
— Acho que não quero entrar em um relacionamento agora, eu… 
— Que saber? Me esquece. — Harry mal veste as calças e sai praticamente correndo da minha casa. 
Visto uma blusa qualquer que está jogada pelo quarto e vou atrás dele: — Harry, esp… — Ele fecha a porta da entrada principal.
Ótimo. 
Por que eu sempre tenho que estragar tudo? 
[...]
 Já devia ser a octogésima quinta vez que eu tentava ligar para Harry, eu já tinha enchido sua caixa postal, mandado várias mensagens, até para a casa dele eu liguei e nada, ele estava me ignorando, e com razão, eu tinha sido uma completa idiota. 
 Dou uma última retocada na minha maquiagem, tinha que esconder as olheiras, já que não dormi nada. Eu ia entrar ao vivo no Ellen Shows, ouvi alguém dizer que em cinco minutos estaríamos no ar. 
— Aclamada pela mídia e muito comentada entre os usuários de diferentes redes sociais, todos os dias, então se reinventa e traz até nós um conteúdo diferenciado, fazendo jus ao seu número considerável de seguidores. E hoje, tenho a honra de anunciar sua ilustre presença em meu programa. Recepcionem S/N/C. — Ellen anunciou. E assim que eu apareci em campo de visão a plateia vibrou.
— Olá Ellen. — A comprimento com um abraço e dois beijos na bochecha. — Oi pessoal. — Aceno com a mão para o público. E me sento na poltrona em frente a ela.
— Faz muito tempo desde a última vez em que esteve aqui. Você se lembra? — Ela perguntou nostálgica.
— É claro! Eu estive aqui para falar mais sobre o projeto beneficente Red Nose Day, em Gana.  — Sorri. — Como poderia me esquecer? Foi sensacional.
— Você faz muitas ações pela África, né? 
— Sim, eu comecei fazendo um intercâmbio voluntário. Aí quando eu comecei a ganhar visibilidade, eu fui chamada para participar de projetos.
— Recentemente saiu uma notícia em que você estava fundando uma ong em Moçambique, você confirma essa divulgação?
— É verdade sim, mas ainda precisamos de muito para realizar esse sonho. Infelizmente não é tão fácil. 
— Sério? Por quê? — Indagou.
— São burocracias e afins, que nem eu sei explicar. —  Gesticulei enquanto tentava explicar. — Mas vai dar tudo certo.
— Eu não tenho dúvidas, querida, vai ser um sucesso. Por falar em sucesso, sua ida a Gana com a ex boy band one direction, bateu o recorde de doações. Você pretende chamá-los para se apadrinhar a ong futuramente? 
— Hoje eu só tenho contato com o Harry. — Antes de eu terminar de completar a frase a plateia já vibrava com gritos e palmas. — Mas tenho total certeza, de que todos topariam.
— Olha só, eu já ia me esquecendo. — Ellen deu uma risada antecipada. — Eu seria odiada se deixasse você passar por aqui sem te perguntar mais sobre você e o cantor Harry Styles. — Um frio tomou conta do meu corpo, e eu fiquei totalmente sem reação.
— O quê? — Franzi o cenho confusa. 
— O quê você e Harry Styles são? — Antes que eu pudesse abrir a boca para responder ela continuou. — Não responda agora, vamos deixar o melhor para o final. Quando anunciamos que você viria no programa, recebemos um número muito grande de mensagens perguntando sobre você e o Styles, então resolvemos atender o pedido do público. — Os berros do auditório ficaram mais altos, e soltei uma risada de nervoso. 
Minhas mãos estavam suadas, eu estava nervosa, não fazia ideia do que éramos, não depois de ontem.
— Você sabe que tem muitas teorias sobre o shipper de vocês, né? Alguns dizem que é amizade e outros que vocês vivem um romance secreto, e com teorias. E hoje vamos mostrar algumas aqui. — A loira continuou. — Preparada?
— Eu tô muito curiosa para saber de tudo, então vamos lá. 
— A primeira teoria diz que você e Harry tem um relacionamento desde 2013, o ano que tiveram em Gana. — No telão apareceu algumas fotos nossas de sete anos atrás. Fotos nossas distraídas que eu nem sabia que existia. — Mas o mais impactante está a seguir, essa é uma foto de uma pessoa, que estava no mesmo lugar que vocês. — O retrato de mulher surgiu no painel. — O quê você ver, querida? — Se direciona a minha pessoa, com um sorriso brincalhão.
— Eu vejo… — Analiso a imagem. — Eu vejo uma moça posando para foto. 
— Agora, vamos mostrar o que o fandom ver. — A imagem dá um zoom e eu e Harry estamos lá atrás, sentados no chão, quase nos beijando. 
— Olha, quem achou essa foto, com certeza se sairia uma ótima detetive. — Balancei meus ombros quando um riso saiu da minha garganta.
— Sabe, os clicks espontâneos de vocês parece que entregou muita coisa a respeito do afeto entre vocês. Eu diria que essa química não é apenas de uma amizade não. — Ellen falou causando um alvoroço no público. — Temos essa daqui também. — Uma imagem de um tweet que escrevi há um tempo atrás. — "É  tão difícil ter que ficar na ponta dos pés para beijá-lo" — A apresentadora leu. — O quê tem a dizer sobre isso?
— Então chegaram a conclusão que eu postei isso por causa da nossa diferença de altura? — Perguntei divertida.
— Também, mas o que chamou mais atenção dos fãs, foi que a maioria das fotos de vocês, você está na ponta dos pés, tentando ficar a altura dele. — Explicou.
— Podemos passar para a próxima? 
— Claro, vamos para a última e a melhor suposição. — Soltou uma risadinha, batendo palmas animada. — Nesse outro tweet você escreveu: "Esmeralda é definitivamente minha pedra favorita". — Ellen nem terminou de ler e os berros do público ecoaram por todo o auditório. — Você e a Ashley Benson são muito amigas, né? 
— Ela é uma das minhas melhores amigas. — Não entendi muito bem a pergunta.
— Suponho que se você e Harry tivessem algo ela saberia, certo? — Afirmo com a cabeça. — Okay, vamos lá. Assim que você postou esse tweet, sua amiga comentou algo e logo em seguida apagou, mas me parece que não passou em branco, vamos dá uma conferida. — Logo apareceu o comentário da Ashley no quadro: — "Kiwi também é a sua fruta favorita?" 
Senti meu rosto esquentar, enquanto todo o público ia a loucura. — Vocês conseguiram me deixar sem palavras, com certeza seriam ótimos agentes da fbi. 
— Os fãs, aparentemente, acharam uma conexão direta entre Harry e os seus tweets. Mas, quero saber de você. O quanto ele tem estado presente em sua vida? — A loira perguntou. — Todos nós queremos saber se vocês realmente vivem um secreto secreto?
— Não tinha ideia de que vocês soubessem de tantas coisas. — Coloquei uma mecha atrás da orelha, eu sempre faço isso quando estou envergonhada. — Mas sim, estávamos nos conhecendo melhor.
— Esse "estávamos" é no passado? Pode nos contar melhor sobre? — Ellen se concertou na sua poltrona, se concentrando melhor no que eu tinha para falar.
— Vocês vão me odiar por isso. — Soltei uma risada anasalada. — Harry queria assumir um relacionamento sério comigo. Mas eu meio que rejeitei. — A plateia soltou em coro um "ah", triste. — Acreditem, eu estou tão arrependida.
— E já tentou falar com ele? 
— Já sim, eu liguei várias vezes, enchi sua caixa de mensagem, mandei várias mensagens e ele não me atendeu. — Sorri sem mostrar os dentes.
— Ok, querida. Será que ele não está nos assistindo agora? — Questionou.
— Provavelmente.
— E que tal mandar um recado pra ele, no ao vivo? Se ele não estiver nos assistindo agora, tenho certeza que os fãs vão se encarregar que ele assista o vídeo.
— Para qual câmera eu olho?
— Pra qual você quiser — Ela responde
— Certo, então vamos lá. — Me endireitei na poltrona branca e respirei fundo. Deus... Como eu estou nervosa. — Harry, sei que minha fala vai chegar até você em algum momento, então, gostaria que soubesse o quão arrependida estou, pelo meu comportamento ruim diante da sua proposta. Você tem sido a melhor parte de mim, nos últimos anos e estar longe de você é a coisa mais difícil que eu já fiz em toda a minha vida. Nós nos encaixamos de uma maneira tão perfeita que é como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Por muito tempo, quis esconder meus sentimentos, fugir de um relacionamento, mas, agora, meu único desejo é pegar na sua mão e assumir para o mundo o nosso amor. Harry Edward Styles, aceita namorar comigo? — Ouvi um "awn" em coro do público, e senti minhas bochechas esquentarem.
— Meu Deus, você tá vermelhinha. — Ellen zombou e eu gargalhei. — Ok, no próximo quadro vamos jogar eu nunca.
[...]
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Kaa
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clubinhodaluta · 4 years
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you and me, we got big reputations.
sunmi estava com a cabeça cheia naquela noite.
sabia que deveria estar se divertindo como as amigas estavam, mas simplesmente não conseguia se distrair tanto por saber que seus problemas não poderiam ser resolvidos com bebidas e trocas de beijos com os rapazes bonitos e aparentemente simpáticos que via por ali. seu nervosismo estava especialmente centrado no vestido que estava usando, um exemplar de uma marca famosa que era tão caro quanto era bonito. mas não era seu de verdade, era apenas um empréstimo não autorizado durante aquela noite, um favor feito por uma amiga próxima que era vendedora na loja da tal marca do mesmo. era essencial que o deixasse inteiro e sem nenhuma mancha sequer até o final da noite, quando o entregaria para a amiga e então poderia finalmente se sentir aliviada por saber que não havia feito nenhuma besteira que a encrencasse. o que mais queria era poder pagar por um vestido daqueles, mas simplesmente não tinha o dinheiro necessário e se recusava a usar a mesada de mensalidade e estudos que seus pais mandavam para comprá-lo, ainda mais por saber que não o usaria novamente – uma pessoa de seu status não poderia repetir uma roupa sequer, ao menos não em eventos sociais.
viver essa vida de mentira se tornava cada vez mais exaustivo para si, mas estava tão envolvida na história que contava aos outros sobre como sua vida era que nem mais sabia se era possível se desassociar dela. o arrependimento de ter feito tal escolha era forte, tanto que não eram raros os momentos em que desejava nunca tê-la feito. sunmi sabia que não poderia voltar atrás sem ser completamente excluída e deixada de lado pelo círculo de amizades que tanto lutou para conquistar, então o que podia fazer era contar que conseguiria organizar a sua vida algum dia, sem ter que mentir para os outros sobre a pessoa que era. temia que seus pais descobrissem sobre suas mentiras, afinal, sabia que os mais velhos ficariam extremamente magoados se soubessem que ela inventou uma história sobre quem era a sua família, e não poderia julgá-los por aquilo. só queria que as coisas fossem mais simples, mas tinha noção de que não poderia culpar ninguém além de si mesma pela forma em que sua vida estava indo.
passou as mãos pelo tecido do vestido, mais especificamente na parte abaixo da cintura, sentindo a maciez do mesmo – ah, se tivesse o dinheiro para comprá-lo para si... sentia-se extremamente bonita com ele e estava adorando a forma de como ele valorizava as curvas de seu corpo, das quais tanto se orgulhava. não era narcisista nem nada, mas tinha noção de que era uma mulher bonita e atraente, que chamava a atenção dos outros, até mesmo se sentia bem com isso. era uma forma de se sentir melhor consigo mesma, mesmo com toda a vontade que tinha de se encher de tapas por ser tão... bem, estúpida. a coreana se pôs a observar o local a sua volta ao cruzar os braços com tranquilidade, em uma tentativa de encontrar as amigas. mas o surgimento de um rosto de certa forma conhecido por si fez com que franzisse o cenho de leve, embora não tivesse total de certeza de que aquele era quem acreditava ser. seria muita coincidência que um rapaz que fora seu amigo de infância estivesse ali, ainda mais por nenhum dos dois ser da cidade – e por não ter notícias dele desde muitos anos antes.
sua curiosidade a levou a caminhar até onde havia avistado o tal rapaz, não escondendo a surpresa em seu rosto ao se aproximar e constatar que ou realmente estava no mesmo local que uma amizade antiga, ou de uma pessoa muito, mas muito parecida. parou na frente do outro, abrindo um sorriso simpático e torcendo para que não passasse nenhum tipo de vergonha errando a identidade alheia. “me desculpe se eu estiver errada, mas...” sunmi fez uma pausa na fala, soprando os fios de cabelo que caíram sobre seu olho direito. os dedos da mão destra foram até os mesmos e os colocaram atrás da orelha, então dando uma risada baixinha. “por acaso, o seu nome é minhyun? ong minhyun?”
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Um pouco sobre quando tudo mudou em minha vida...
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Bom sou um menino de 24 anos e fui diagnosticado Soropositivo no dia 28 de Novembro de 2018 com o Teste Rápido, Coletei o exame de sangue no dia 10/01/2019 às 07:30:00 e foi publicado no site do laboratório no dia 14 de Janeiro de 2019 às 15:11:36, não consegui abrir o exame pelo site e fui em minha consulta marcada com o infecto.
ANTICORPOS ANTI-HIV (I+II)
Resultado: REAGENTE
Indice (Leitura/Cut-off): 44,570
Para mim foi um choque mesmo sabendo um pouco do assunto, pois passei por 3 relacionamentos soros discordantes e sempre com prevenção e do nada quando estou solteiro vem essa bomba o resultado REAGENTE para HIV/AIDS, surtei sim não vou mentir chorei muito, me bati, tentei me matar afim de acabar com o sofrimento, mas graças a Deus não deu certo, foi aonde decidi fazer o tratamento, foi aonde conheci a ONG Casa de Apoio Mulher & Vida e me apaixonei pela casa pelas pessoas e la estou fazendo meu tratamento psicológico e aprendo varias coisas legais, descobri o quão possível é viver com HIV, não é por isso que vou sair incentivando as pessoas pegar HIV/AIDS, e sim quero conscientizar ao publico a prevenção, como evitar pegar o vírus.
O preconceito conosco que vivemos com HIV é grande e de bobeira, pois não vamos transmitir o vírus em um aperto de mão, um beijo, um abraço ou qualquer outro gesto de carinho e coloquem na cabeça de vocês, não é porque temos HIV QUE SOMOS PESSOAS MORTAS.
Bom quando descobri meu diagnostico passei por algumas situações de desconforto e preconceito. Uma delas foi com o medico que comecei a passar quando fui encaminhado do postinho, eu havia acabado de chegar de viajem quando fui ao medico e como era pra mim pegar a confirmação do que eu tinha quis descontrair um pouco e contar que peguei insolação durante a minha viagem e logo depois o medico me soltou: ”é seria bom se estive somente com insolação, agora você pegou uma DOENÇA QUE NÃO TEM CURA”.
Aquilo acabou comigo, pois aquelas palavras fortes ficou em meus pensamentos “DOENÇA QUE NÃO TEM CURA”, logo depois que sai da sala do medico não parava de chorar e me culpar, pois oque ele disse foi uma forma de julgamento para comigo, fui embora triste e sem esperanças.
Outra forma de preconceito que passei foi quando por um deslize a minha rua ficou sabendo do ocorrido, onde eu tinha um carrinho de lanche, quando todos pararam de comprar lanches comigo e ficavam me olhando com olhar de nojo, me julgando pelas costas, mas querem saber se precisava de uma palavra amiga, um abraço ninguém vinha me oferecer.
Ai pensei comigo quanto mais conheço os seres humanos, amo mais os animais RS, alguns amigos que achava que eram amigos se afastaram quando eu contei a eles, se afastaram aos poucos mais se afastaram neh...
Minha Família, foi tranqüila em questão de apoio para continuar o tratamento, mais ainda assim tive alguns problemas em questão a preconceito, minha irmã uma vez soltou em uma briga minha e dela “você escolheu ter HIV”, minha mãe com o pensamento que não seria capaz de morar sozinho por conta do vírus, meu pai com a preocupação excessiva. Mas hoje posso dizer que eles estão graças a Deus mais tranqüilos em relação a isso.
Bom pra mim ainda ta sendo um pouco difícil em lidar com isso, já melhorei bastante, mas não conseguimos superar de uma hora pra outra, são muitos os fatores que me assombram em questão ao vírus:
O Remédio: Bom todos dias tenho que tomar dois comprimidos, que são o coquetel e assim lembro todo os dias porque estou tomando aquele remédio, parece não ser difícil para quem esta de fora, mas sim é muito difícil, pois todos temos nossas fraquezas psicológicas e essa é uma delas.
Relacionamento: Contar ou não para pessoa que estou conhecendo logo de cara ou esperar um pouco pra contar, não consigo não ser verdadeiro com alguém que esteja conhecendo para viver do meu lado e acabo contanto e varias vezes se afastam por conta disso.
Auto Estima: O remédio às vezes (varia de um organismo pra outro), mexe bastante com o nosso psicológico e acabam trazendo a bipolaridade junto deixando nossa auto-estima tanto la em cima, quanto la em baixo também.
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aegrorisdaily · 5 years
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Adele Estienac se mostra pouco preocupada com a questão, e coloca a maternidade sobre qualquer outra circunstância. "Nunca é cedo demais para pensar em filhos…", afirmou em entrevista.
Confira o texto na integra!
AEGRORIS DAILY: A seleção é uma cerimônia tradicional no nosso país, mas nos últimos tempos tem sido alvo de controvérsias, internacionalmente. Como você se sente em relação a Seleção, de modo pessoal?
ADELE: Infelizmente, nem todos são capazes de entender o significado de um evento da grandiosidade da Seleção e de como ele é importante para manter as tradições de Aegroris vivas. Não devemos desprezar a ideia de feminismo, mas aqui não se trata da objetificação de mulheres. Nos oferecemos para isso. Na verdade, tenho certeza que todas as candidatas estão orgulhosas, assim como eu, em poderem representar suas nobres Casas diante dos olhos do mundo todo. Por muito tempo esperei por uma oportunidade como essa e encaro como uma possibilidade de fazer ainda mais por meu país, caso venha a ser escolhida ao final.
AEGRORIS DAILY: Indiscutivelmente, é uma honra ser escolhida como representante da própria casa nobre, na competição pelo trono e pelo nosso belíssimo príncipe herdeiro. Qual foi sua reação quando recebeu a notícia de que você havia sido selecionada?
ADELE: De fato, uma grande honra para qualquer garota, seja nobre ou não. Confesso que não esperava por isso — minha família possui outras representantes tão capazes quanto eu e que com certeza dariam ótimas rainhas (minha prima Cecelia, por exemplo) — mas me sinto muito grata por ter conseguido, apesar da responsabilidade. Acredito que chorei de emoção quando descobri — desculpe a falta de detalhes, foi tudo muito intenso… E, bem, se me permite, belíssimo não é o único adjetivo que cabe a Vossa Alteza Real, o príncipe Caspian.
AEGRORIS DAILY: Bom, vamos falar da nossa amada família real, mas principalmente, do nosso príncipe. Teve oportunidade de conhecer nossos rei e rainha de modo mais íntimo? E quanto a sua alteza? Qual sua impressão sobre ele?
ADELE: Não posso dizer que os conheci intimamente, apesar de ser esse um desejo meu para esta Seleção. Tanto o rei Theodore quanto a rainha Isobel são verdadeiros exemplos de liderança, e só temos elogios à sua boa governança. É inegável que Aegroris cresceu muito nas mãos da Dinastia Vasselli, e tenho orgulho de me declarar como súdita fiel desta Casa. É lamentável que o que tenha desencadeado uma nova Seleção tenha sido o estado de saúde de vossa majestade, mas estamos todos rezando por sua rápida recuperação. Passei muito tempo em Seyrés nos últimos anos, visto que optei por realizar minha formação na Universidade Saint Bernard de Clairvaux — a mesma do príncipe Caspian, por acaso. Esse período foi suficiente para que frequentasse os eventos no palácio com alguma frequência, mas ainda há muito a conhecer. Quanto ao príncipe Caspian, pode-se dizer que pude conhecê-lo melhor durante o tempo passado em Seyrés. Sempre me pareceu bastante íntegro, educado, uma ótima companhia — é o que posso dizer por ora. Somos bons amigos.
AEGRORIS DAILY: Bom, nós não podemos deixar de perguntar sobre o seu passado. O background de alguém que pretende se tornar a próxima rainha de Aegroris, de fato, não tem como passar desapercebido. Deixe nossos leitores a conhecerem melhor. Fale-nos um pouco sobre sua educação, formação e também seus interesses, gostos…
ADELE: Tive uma educação bastante rígida e formal em casa. Meus pais acreditavam que esta seria a melhor forma de ensinar uma nobre nos caminhos que se deve andar, sem influências negativas externas. Fiquei reclusa durante anos em Morith, na zona rural de Brousseau, mas acredito que isso contribuiu muito para que me desenvolvesse. Minha formação universitária em leis se deu na Saint Bernard de Clairvaux, como mencionei — com toda a certeza uma das melhores épocas de minha vida. Gosto de me manter informada, e pensante. Atuar em uma carreira jurídica era um de meus planos, tendo deixado de lado temporariamente, uma vez que servir ao meu país como candidata à rainha mostra-se muito mais necessário. Em meu tempo livre me dedico a treinar arremesso e combate corporal. Também gosto de passeios ao ar livre e conhecer restaurantes novos.
AEGRORIS DAILY: E por falar em passado, acho que nos cabe ser minimamente indiscretos nesse momento, em nome da informação do nosso público, mas nos conte: há rivais no seu passado com os quais o Príncipe Caspian deveria se preocupar? Não é como se qualquer outro partido fosse páreo para o futuro rei de Aegroris, mas nos conte, há algum relacionamento mal resolvido
ADELE: Não tive muito tempo para me dedicar a interesses românticos nos últimos anos, e mesmo que tivesse, não seria tão simples, considerando que tenho dois irmãos mais velhos como cães de guarda (risos). Foi um tormento para que me deixassem participar da Seleção e só o fizeram porque sabem que o príncipe Caspian é um homem perfeitamente adequado.
AEGRORIS DAILY: É publicamente sabido que o Príncipe Caspian tem muito gosto por causas filantrópicas. Ele mesmo tem alguns projetos assistencialistas na Fundação Vasselli, principalmente nos ramos de sustentabilidade e agricultura familiar sustentável. Qual o seu interesse por filantropia, há algum em especial?
ADELE: Admiro imensamente o trabalho do príncipe, inclusive estou buscando informações para servir como voluntária junto a um de seus centros. É maravilhoso o que faz a Fundação Filantrópica Vasselli, já que alimentação é essencial quando estamos falando de assistencialismo. Posso dizer que compartilho dessa paixão pela filantropia com vossa alteza, e conto com o apoio de minha Casa para dar seguimento a um projeto iniciado por eles logo após o falecimento de minha mãe. Trata-se de uma ONG para pessoas com a saúde mental afetada, problemas de depressão e bipolaridade. Buscamos, especialmente, prevenir casos de suicídio — é uma causa que muito me interessa.
AEGRORIS DAILY: É preciso reconhecer que os olhos do mundo inteiro estão voltados para Aegroris nesse momento. Há uma grande expectativa envolvendo a seleção, seu resultado, e consequentemente, o casamento real. Foi noticiado recentemente, que a coroa aproveitou toda essa propaganda espontânea, para convidar representantes de outros países. Aparentemente, o plano é encantá-los com a nossa cultura, e a partir disso, firmar acordos importantes com estes países. Uma grande jogada política. Como você se enxerga em meio a isso? Como entende o seu papel, isto é, se acredita que tem algum.
ADELE: Não encaro como jogada, esse termo me soa um pouco pejorativo. Convivo com o conceito de diplomacia desde muito jovem — minha Casa é conhecida por suas habilidades nesse ramo e nos esforçamos para fazer de Aegroris um país aberto à nações amigas e com boas relações no cenário internacional. A Seleção é o cenário ideal para mostrarmos a riqueza de nossa cultura, uma vez que todos estarão acompanhando. Vejo apenas vantagens em um evento desse porte, e estou ansiosa, também, para conhecer os costumes que serão trazidos para cá — é sempre fascinante ver coisas novas. Farei o possível para auxiliar os hóspedes no que for preciso e para mostrar a eles as belezas de Aegroris, claro.
AEGRORIS DAILY: Pois bem, chega de assuntos tão sérios. Vamos falar de coisas mais próximas do coração. Sabemos como a sociedade Aegroriana valoriza a família, e o quão importantes são essas relações. Como é o seu relacionamento com sua própria família? Vocês são próximos? Foram eles que te incentivaram a participar da Seleção?
ADELE: Sou muito próxima de meu pai desde a morte de minha adorada mãe. Nosso lema fala em coração, e o coração de um Estienac é com certeza um coração grande. Se não fosse pelo apoio e incentivo de meu pai e de meus irmãos não teria chegado até onde cheguei, não tenho dúvidas. Sou muito grata por tê-los junto a mim.
AEGRORIS DAILY: E por falar em família, quais são as suas expectativas para a família que, possivelmente, vai constituir com o nosso príncipe no futuro? Quantos filhos pensa em ter? A rainha Isobel nos deu quatro filhos maravilhosos. Pra você este é um bom número? Teria mais ou menos
ADELE: Nunca é cedo demais para pensar em filhos… Esta é uma parte significativa para pessoas que valorizam tanto o legado e a família como nós. Queremos sempre dar continuidade a nossas linhagens, e uma Dinastia tão importante como a Vasselli precisa de herdeiros. Almejo ser ao menos metade da mãe que a rainha Isobel é, e a tomo como exemplo, já que tenho poucas lembranças da minha. Não posso dizer com certeza quantos filhos teríamos, eu teria de perguntar ao príncipe Caspian, eventualmente, se ele deseja quatro filhos para que possamos dividir a carga (risos), mas espero que também queira uma família numerosa. Crianças são adoráveis, basta ver as princesas gêmeas.
AEGRORIS DAILY: Por fim, a última pergunta. Gostaríamos de agradecer por sua simpatia e colaboração, foi uma conversa muito agradável. Mas enfim, vamos a pergunta: O que diria a nação aegroriana para assegurá-los de que você seria a melhor opção para ocupar o posto de futura rainha?
ADELE: Agradeço pelo convite, também, e me coloco à disposição para outras entrevistas — sempre fui bastante acessível para a imprensa e não pretendo deixar de ser agora, pelo contrário. Seria muita pretensão de minha parte dizer que sou a melhor opção para ocupar o posto de futura rainha, mas estaria mentindo se dissesse que não é um de meus maiores desejos. Sei que posso fazer muito mais do que estou fazendo agora por meu país, e abriria mão de qualquer coisa em razão disso. Todas as selecionadas me parecem bastante qualificadas, mas os Vasselli sabem da lealdade de anos da Casa Estienac e, nesse momento, acredito que o que o príncipe Caspian busca é um elo forte para a manutenção de sua Dinastia. De qualquer forma, tenho certeza de que fará a escolha mais acertada.
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bat-ong-cpma-stuff · 2 years
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diariodecampinas · 3 years
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Nº de pessoas beneficiadas pelas doações do ISA aumenta em 52,7% no primeiro trimestre de 2021
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Quantidade de alimentos saltou de 811 toneladas para 970, e Exército passou a auxiliar na distribuição dos produtos. Associação e Exército distribuem alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade O número de pessoas beneficiadas pelas doações do Instituto de Solidariedade para Programas de Alimentação (ISA), ONG ligada a permissionários da Ceasa de Campinas (SP), aumentou em, pelo menos, 52,7%, comparando os primeiros trimestres de 2020 e 2021. A quantidade de alimentos saltou de 811 toneladas para 970, e o Exército passou a auxiliar na distribuição dos produtos. O assistente social do ISA, Erik Campos, explicou que são 600 doadores oficiais do instituto e que, por conta da pandemia da Covid-19, muitas empresas e civis têm procurado o local para fazer parte da corrente de solidariedade. A ação ajuda 180 entidades do estado de São Paulo, além de famílias que possuem renda per capta de até R$ 200. Segundo Erik, os alimentos oferecidos são aqueles que não têm valor para o mercado, mas que não perderam a riqueza nutricional. “Passa por um processo de seleção, de higienização, de armazenamento e nós destinamos para famílias e entidades e entre os outros atendimentos”, explicou. O aumento do número de pessoas necessitadas de doações se deve à crise causada pela pandemia da Covid-19, que fez com que muitas famílias perdessem a fonte de renda. “O público tem diferenciado, a quantidade de pessoas tem aumentado e essas doações são importantíssimas nesse momento”, complementou o assistente social. Ajuda do Exército Com o aumento de doações e de famílias que precisam de ajuda, militares do Exército entraram em ação para atender a demanda de distribuição. “Nós passamos recolhendo, junto aos permissionários do Ceasa, os hortifrutis que são doados por eles. Nós trazemos para o ISA e, em conjunto com o pessoal do ISA, nós fazemos a separação, a limpeza e a embalagem desse hortifruti”, explicou o Tenente Vanderson Savioli. O assistente social disse, em tom de agradecimento, que “essa mão amiga tem sido essencial, sem eles nada disso seria possível nesse momento”. ISA aumenta número de doações de alimentos para famílias de Campinas (SP) e região Reprodução/EPTV Importância das doações Durante a crise do novo coronavírus, o apoio da população para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade ganha ainda mais valor. “Essa doação para a comunidade é de extrema importância. As frutas, os legumes, as verduras são fundamentais para a saúde da população”, afirmou Rosa da Silva, presidente de uma ONG associada ao ISA. Já a diarista Sueli Rodrigues foi afetada financeiramente pela situação atual e depende do auxílio da associação. “Eu perdi meus empregos, só a minha menina que trabalha, a gente tem conta para pagar. Então, ajuda bastante”, relatou. Como ajudar A distribuição de alimentos é feita para moradores cadastrados e não é necessário ir à unidade do ISA buscar os produtos. Para receber as doações e demais orientações, é preciso ligar no telefone (19) 3476-1020. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no G1 Campinas.
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