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barato.

talvez seja verdade essa coisa tendenciosa de só curtir o que não é pra mim. o que é difícil, o que beira o impossível. 

ou talvez eu só goste desse do jogo - seu jogo. especificamente esse que a gente faz onde você se coloca em uma redoma de vidro e eu fico tentando quebrar todas essas tuas barreiras - porque isso me entretem. 

mas não vou tentar, dessa vez. mesmo com o sopro de vida que você me deu - sem nem saber, mesmo com a inspiração que você me traz.

porque não dá pra regar uma semente que já secou, ela não vai nascer.

#text #texto #blablabla

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muito bem.

então é isso. é isso o que você esperava?! ser parabenizada por ter coragem? receber dois tapinhas nas costas enquanto alguém dizia baixinho com a voz exalando pseudo felicidade um “muito bem”? se era, sinto dizer mas não vai rolar.

ninguém virá te parabenizar por superar desafios que ainda eram como grandes barreiras pra você. todos estão muito ocupados lutando com seus próprios demônios internos, sorrindo suas próprias vitórias e chorando as próprias derrotas.

ninguém vai te dizer o quanto se sente orgulhoso de você por ter superado um obstáculo da vida tardia, principalmente aqueles que já passaram por isso. eles estão em outra fase agora. e eles vão se esquecer. eles vão se esquecer do quanto isso ainda pode ser uma coisa muito significativa para algumas pessoas, porque seus problemas agora são outros.

e o que é a vida senão uma sequência de obstáculos com mínimas pausas de respiro onde nós mal superamos um e já precisamos atravessar outro?

talvez não seja sobre receber felicitações e sim sobre a sensação gostosa que é se sentir capaz de vencer seus próprios medos e ultrapassar limites no mundo. só você por você.

/30 de março

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tu.

tu. o que te traz aqui todos os dias após as dez da manhã? por que sempre voltas a esse lugar tão pouco atrativo? mesmo com teus voos tão altos, continuas retornando. bem na minha altura.

sempre tão alegre e faceira, mais verde a cada dia. da cor da esperança. mais rápida que minhas respirações. 

muitas vezes enquanto teu corpo dança ao redor do meu tão pequeno e frágil, tento te apanhar sem sucesso algum. tua rapidez é o motivo do fracasso ao toque. não há cliques que te capture, não há tempo que espere. uma piscadela e tu te vais. é como se fosse somente sobre esse momento. 

eu e você. nenhuma testemunha, nenhum registro. apenas minha palavra e mente como prova, tu continuas voltando. e mesmo com a certeza de que nunca vou conseguir lhe alcançar, eu tento. 

egoísmo e prepotência pensar que voltas por mim, sempre no mesmo horário em que estou aqui, nos mesmos dias ensolarados, alçando voos tão baixos. não sei nada de biologia e pouco me importa se esses encontros marcados te fazem diferença. mas sei que a cada vez que tu bate estas asas verdes sob meus olhos, o efeito borboleta clareia meu dia.

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and i.

o que você tenta preencher, talvez já até transborde. por de trás dos seus olhos, debaixo de todas as suas camadas, no vão das suas entranhas. no fundo, talvez você saiba que não precisa de nada, nem ninguém. tudo o que se tem é o aqui e o agora.

e se nem tudo for sobre procura? mas sim, sobre encontro. se descobrir. despir-se de si mesmo, sentir-se completo sendo metade, porque as vezes até o inteiro pode ser um conjunto vazio.

ser menos espera e mais movimento. entender que só viver sentado muitas vezes também cansa. que não é sobre buscar algo, mas sim se entregar ao que quer que seja.

sofrer menos por antecipação, porque o que você pensa ser um grande feito, as vezes, só é grande para você e mais ninguém. para os outros podem ser um simples feito.

quem sabe os seus braços não sejam grandes o suficiente para alcançar alguém porque, na verdade, são do tamanho certo para abraçar a si mesmo?

que seus anseios, desejos e vontades nunca te definam, que nunca sejam maiores que você. mas que continuem presentes o bastante para continuar te fazendo ser o que é.

e aí, assim, aos pouquinhos, o copo meio vazio, vai transbordar inteiro de você.

#lovenroll #texto #who #text #love #loveyourself

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De que outra forma a romântica incurável que habita em mim há de ser alimentada senão com livros de romance?

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as projeções são minhas, as pessoas, não.

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quem?

Como posso querer que alguém me conheça profundamente se nem eu sei o quanto me conheço? Será que realmente esqueço de mim ou simplesmente estou tão acostumada com quem sou que já não me percebo mais? Algum dia me percebi? Não saber responder de imediato, me faz uma fraude? Talvez só precise olhar com mais calma e cuidado para mim mesma, ler minhas entrelinhas. Se me recuso a aceitar os estereótipos que me colocam, então, por que as vezes ainda me pego pensando no que estão achando? Talvez o segredo seja não me rotular. Me abraçar em todos os cantos, perceber meus mínimos detalhes e sobretudo amar cada um deles. Não é sobre odiar ler livros grandes e ainda sim concluir a leitura. Detestar chocolate branco, odiar banhos gelados. Ou sobre gostar muito de chocolate, amar assistir vídeos na internet todas as manhãs, ou me cobrar todos os dias por não conseguir fazer algo que planejei. É sobre entender quem sou. E talvez nunca entenda. Porque eu sou só... eu. Desde que me conheço por gente. Progredindo, e aprendendo, tentando ser perfeita o tempo inteiro mesmo sabendo que isso é impossível de alçar. Eu não sou quem era há sete anos atrás, e nem serei a mesma amanhã.

#lovenroll #reflexão #texto #text #reflection #love #in #roll #wait #who #i #am #whoiam #whoami #iam

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quando áries se ascende em virgem.

me torno por inteira controle e cálculo. se não quero falhar, traço meios para triunfar e faço do pouco que posso, mais até do que deveria. corro em busca de algo que nunca vou alcançar, porque também quero ser toda perfeição. sou o que sou e também o que tenho. e só tenho porque estou em constante luta. me perco nas voltas que minha mente dá em torno do próprio eixo e quando estou longe demais, me obrigo a encontrar o ponto de fuga e sair pela tangente. porque me bagunçar não é uma opção. ao mesmo tempo, sou invadida por tamanha intensidade que me faz sorrir ao fim de cada frase. quero transbordar felicidade em toda vida que encosta na minha. tempo de qualidade se torna meu principal meio de comunicação. estalo minha língua sempre com a verdade, mesmo se isso faz doer. permito me doar, dar a linha. mas se me enrola, viro nó cego. não abandono o ninho de forma fácil, tenho medo de voar. mas não há novos caminhos sem pequenos sacrifícios. sou inteira forte. mas também sou meio frágil. sou inteira confiante. também sou meio desconfiança. sou inteira afirmação. mas também sou meio negação. sou inteira esperta. também sou meio boba. sou inteira pé no chão. realista. sincera. mas também sou meio cabeça nas nuvens, pessimista, oculta. sou ansiedade, vontade, desejo, inquietude. também sou meio equilibrada. sou o livro inteiro, não só a capa. sou as entrelinhas e os grifos, e principalmente as orelhas no final das páginas. quero ser lida por inteiro. quero que todos saibam que sou o melhor que posso ser, pra mim.

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sobre espera.

mais um dia procurando por algo que só se encontra quando menos espera.

você também passou a vida inteira esperando por alguém que não sabe quando vai chegar?

acho que na verdade sempre tive essa certeza, sabe!? de que alguém viria. mas ao mesmo tempo, nem imagino como você é. é loiro? moreno? aliás, é um homem? e se for uma mulher? é, digamos que você seja uma mulher.

em que ano será que nasceu? e seu signo? o que será que você cursa? bem... se formos pensar que os opostos se atraem, talvez seja uma pessoa de exatas, que ama uma vida saudável do tipo que corre na praia toda semana, tem tradições com os amigos e sai para curtir toda sexta-feira à noite.

na real, eu nunca fiz a mínima ideia de quem seria você. nunca soube quando iria vir, como e nem de onde. já tentei criar seu rosto na minha mente várias vezes mas nada, nem uma única pista. não consigo pensar quais serão as nossas primeiras palavras. o motivo da primeira conversa fiada ou o ponto chave que irá me prender a você.

mas de uma coisa, sempre soube. você será a pessoa.

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