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Mamãe, Posso Ler?
Resenhas, resumos, notícias e outras coisas legais que dá para fazer com um livro
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O que é humano?
Sabe aqueles livros que você acha que todo mundo deve ler? Pois é, esse é um deles. O protagonista acorda sozinho em uma nave espacial sem memória de como chegou até ali, sem lembrar do próprio nome e encontrando os corpos dos seus companheiros de equipe. Através de flash-backs de memórias dos seus últimos meses na Terra e suas descobertas científicas, Ryland Grace se lembra de que está em uma missão suicida para salavar a humanidade.
Com esse resumo, parece uma história triste sobre heroísmo interestelar. Porém, o autor (o mesmo de "Perdido em Marte") usa de muito humor para construir personagens inesquecíveis e nos fazer perguntar o que faríamos no lugar de nosso astronauta.
O livro é leve, bem-humorado e cheio de desafios. Gostei que os mistérios não levam muito tempo para serem respondidos, o que te deixa preso é que novas perguntas e problemas vão surgindo e sendo respondidos capítulo a capítulo. A obra de Weir é cheia de questões científicas que foram complicadas para mim. Alguém mais por dentro da física, química e biologia com certeza vai aproveitar mais o livro. Mas isso não impede de que qualquer um aproveite o livro e suas questões demasiadamente humanas.
O final é a melhor parte do livro. Imprevisível e, ao mesmo tempo, espetacular.
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As muitas moradas da morte
Como sempre digo, é difícil fazer a resenha do segundo de uma série sem dar spoiler do primeiro. Então, se aproxime com cautela.
Nina descobriu que está mesmo apaixonada por sua morte, mas Richard a ama de volta? Tem horas que ela quase acredita que sim, mas aí ele vem com mais uma ação traiçoeira que confunde a garota. Mas isso é só uma das coisas com o quê ela tem que se preocupar. Nina é uma híbrida: filha de uma morte, um zirquiniano, com uma humana. Este seu status lhe dá vantagens que ela vai aos poucos descobrindo na dimensão de Zyrk.
Gosto de histórias de mundos paralelos, tipo "Fronteiras do Universo" de Philip Pullman. Não tanto das que você se encontra com seu "eu" de outra dimensão. Nesta, com certeza, não há outro "eu": como híbrida, Nina é única na história. A única a conseguir fazer com que os zirquinianos experimentem bons sentimentos. Com isso, ela se torna um verdadeiro tesouro em Zyrk. Ela vai fazer com que os clãs se ataquem com ameaças de guerra. Ao mesmo tempo, vai despertar um lado bom em alguns que vão querer cuidar dela. A viagem de Nina por esta outra dimansão, além de perigosa, vai despertar ganância, luxúria e até amor.
Culminando em um final mais cheio de perguntas do que respostas, a escrita de Pepper vai te fazer querer ir correndo para o último livro da trilogia.
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"Quando a chuva passar, quando o tempo abrir"
Você conhece mesmo seus amigos de infância? A vida passa, as pessoas mudam e onde vocês se encontram?
Após uma desilusão amorosa, Marina decide tentar um concurso em sua cidade natal, Brasília. Chegando lá, ela vai encontrar os antigos amigos e ver que o tempo passa, mas algumas pessoas não amadurecem. Será que ela sempre foi cega para o lado ruim dos amigos?
Em uma festa na casa de Téo, um de seus amigos de infância, Marina finalmente fica com Pedro, sua paixão adolescente. Começa uma chuva torrencial e a moça acorda no casebre em que ficaram juntos, mas sem o rapaz. Em seu caminho atrás dele na casa principal, Marina se depara com uma jovem em sofrimento e que parece à beira da morte. Ela corre para pedir ajuda, mas ninguém mais viu a moça da chuva. O único que acredita em Marina é Rafael, um amigo de seu irmão.
Os dois se juntam para uma busca pela mulher misteriosa da chuva, mas verdades serão reveladas que mostram o quanto tapamos o sol com a peneira em relação a quem amamos.
O decorrer desta história mostra que nem tudo é preto no branco, as pessoas habitam uma zona cinza no meio. A descoberta de defeitos e qualidades nos seus companheiros de brincadeiras faz Marina reavaliar suas prioridades e pensar sobre a vida que ela quer para si.
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Valsando com a Morte
Tive meus momentos de valsa com esse livro por um bom tempo. O primeiro contato que tive com ele foi um folhetinho com os primeiros capítulos em uma livraria aqui no Rio que nem existe mais. Gostei do fato de ser uma autora nacional numa editora que começava a me encantar com suas histórias e seu posicionamento no mercado. Agora, muitos anos depois, vi o anúncio de uma leitura coletiva da trilogia e decidi que era a hora de ler. Só tive surpresas boas com essa decisão.
A primeira foi com a autora: super acessível e entusiasmada com seus leitores. A segunda foi com o conteúdo da história de Nina (isso mesmo, minha xará).
Nina e sua mãe vivem mudando de país. A jovem entende que é pelo trabalho da mãe, mas anseia por uma vida normal e tempo suficiente em um lugar para fazer amigos. Nova York parece ser o destino final das duas e a oportunidade por essa vida mais corriqueira.
Nina finalmente faz amizades e começa a atrair os olhares dos meninos. O angelical Kevin e o irritante Richard. Depois de uma série de eventos desastrosos, máscaras vão cair e a essência das pessoas é mais apavorante do que ela imaginava. Richard diz que é a sua Morte, com M maiúsculo e no sentido literal. A jovem acredita que ele quer matá-la, mas não acredita nessa loucura sobrenatural.
Até onde você iria com a própria Morte? Fugir é a opção pela vida, mas desde quando a morte é tão atraente?
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Millennials
O que você fez durante a pandemia? A Sarah Andersen fez quadrinhos e eu li os quadrinhos dela. Essa é uma autora que é muito forte na internet, mas me identifico tanto com a escrita dela que sempre quero ter em mãos as compilações que ela publica.
Esses quadrinhos falam de obsessões (tenho muitas), da vida de quem é um millennial vivendo neste mundo louco. Andersen fala muito da convivência e seu amor por cães e gatos, da fixação por personagens literários e sua relação com livros e autores.
A tradução de Sofia Soter é perfeita, trazendo bem para a nossa realidade os termos originais em inglês.
O alter ego de Sarah Andersen é uma pessoa esquisita e introvertida que, de vez em quando, acha alguém que a entende ou que a completa. Que você também deixe seus lados esquisitos transparecerem e que encontre (na vida real ou na internet) as pessoas que ajudam a celebrar isso!
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"Não adianta nem me abandonar"
Gavin e Thea estão com problemas no casamento. Ele até saiu (ou foi expulso?) de casa. Mas os amigos dele do time de beisebol têm uma solução: romances de época. Afinal, o que é melhor para entender a mente feminina do que livros escritos por mulheres para mulheres?
Thea nem desconfia dos planos do marido (ou seria ex?). Ela está ocupada cuidando das filhas gêmeas do casal e sonhando com terminar a faculdade de artes que teve que largar com a gravidez e o casamento.
O pivô da separação foi Gavin descobrir que a esposa vinha fingindo na cama há muito tempo durante o casamento deles. Thea sabe que essa é apenas a ponta do iceberg. A falta de comunicação entre eles precisa ser trabalhada. Thea também tem medo de se comprometer devido a um passado traumático com os pais.
Com uma escrita fluida, esse é um livro com uma premissa muito interessante, mas que sinto que poderia ser trabalhada melhor. As gêmeas, filhas do casal, roubam a cena. Thea sabe que precisa cuidar das suas pequenas, assim como sempre cuidou e foi cuidada pela irmã, Liv.
Problemas de família, casamento, carreira e lealdade são o pano de fundo da história sobre segundas chances, que se mistura com a história de uma condessa no livro que os "brothers" recomendaram para salvar o casamento do amigo.
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Paixão e Fé
Tentei ler esse livro quando era criança na biblioteca da escola, mas o larguei porque não era parecido com o filme da Disney. Hoje, é por isso que gosto dele. Gosto de filme da Disney, mas o livro é tão mais adulto e profundo do que ele. Até o subtítulo desta obra é "A verdadeira história de Quasímodo".
O livro tenta usar uma linguagem mais infantil, mas escapam algumas palavras como "pária" e "proscritos" (seria um tradutês que passou?). De qualquer forma, o livro trata de todas as questões presentes no original "Notre Dame de Paris", de Victor Hugo, mas de maneira que as crianças podem entender. As mortes, as paixões e a referência ao canibalismo podem causar pesadelos nos pequenos, mas que eles vão entender, isso vão.
Esse livro também conta com uma introdução que explica que Vistor Hugo escreveu sua obra para tentar salvar a catedral gótica de Paris. No fim, há uma breve explicação sobre a vida e obra do autor, além da repercussão da obra. Nas margens da história, ele explica a vida na época medieval e artefatos que eram utilizados na época. As ilustrações de Tony Smith também são educativas, além de bonitas.
Por fim, ainda não tenho certeza de que essa é uma história para crianças. Mas para crianças grandes como eu, é um ótimo resumo e texto de apoio para a obra de arte da literatura francesa.
#victor hugo#o corcunda de notre dame#notre dame de paris#cia das letrinhas#jimmy symonds#tony smith#hildegard feist
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O primeiro amor
Sabe literatura de conforto? Aquela que dá um quentinho no coração? Heartstopper para mim é isso. Pode ser sem muitos conflitos e sem uma trama que evolui? Até pode ser, mas a representatividade compensa. Apesar de tratar de temas sensíveis, a narrativa pode não ter ápices e pontos de virada, mas os personagens são tão bem construídos que você quer saber o que acontece com eles na próxima página e no futuro.
O mesmo aviso de sempre, falar do quinto volume de uma coleção é complicado não dar spoiler. Leia com cautela.
Mesmo o subtítulo do livro sendo "Mais Fortes Juntos", talvez seja a hora da temida separação de Charlie e Nick. Nick vai para a universidade no próximo ano e Charlie vai ficar para terminar a escola. Nick fica dividido entre ajudar com a recuperação de Charlie e a universidade de seus sonhos. Ao mesmo tempo, os meninos estão querendo dar o próximo passo na relação deles e torná-la mais física. Charlie conversa sobre isso com seus fiéis escudeiros, enquanto Nick percebe que talvez precise se abrir mais com alguém além do namorado.
Nesta mistura de relações de amor, de amizade e familiares, Heartstopper continua nos mostrando que "qualquer maneira de amor vale a pena".
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Civilização e Barbárie
O homem é bom por natureza e a civilização o corrompe ou o homem é essencialmente mau e a civilização é o que o impede de viver seus impulsos? Nesta "prequel" de Jogos Vorazes, poder, nobreza, nome, dinheiro e charme vão entrar na mistura entre civilização e barbárie.
Coriolanus Snow, futuro presidente de Panem, neste livro é um jovem sonhando com a universidade e vivendo da glória do nome da família, sem um tostão no bolso. Seu caminho se cruza com o de Sejanus Plinth, um jovem nascido no Distrito 2 que comprou seu caminho para a sociedade da Capital. Ambos terão, como uma das últimas tarefas escolares, que mentorar um dos tributos que participarão dos Jogos Vorazes.
Os Jogos são uma punição aos distritos rebeldes que perderam uma guerra contra a Capital que aqueles tinham começado. Nos Jogos, dois jovens de cada distrito devem lutar até a morte até que só reste um vencedor. Visto como uma barbárie por quase todos, é tarefa dos jovens acadêmicos e dos gamemakers tornar o evento um sucesso de audiência.
As lealdades serão testadas quando amor, família e tradição entram como pesos na balança.
Snow, mesmo sendo um narrador em primeira pessoa, muda de sentimentos muito rápido e não dá para saber seu próximo passo. O medo e a sobrevivência são fatores decisivos para as suas ações.
Uma leitura fluida e cheia de ação que você vai querer saber o que acontece na próxima página.
#hunger games#jogos vorazes#suzanne collins#the ballad of songbirds and snakes#a cantiga dos pássaros e das serpentes
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Camadas
Em "Machado", Silviano Santiago, em uma mistura de narrador e personagem, senta-se para ler um livro de correspondências de Machado de Assis e, com isso, começa as reminiscências sobre a época do Bruxo do Cosme Velho. Esse passeio pelo Rio antigo fala dos últimos dias do escritor carioca, de sua epilepsia e de sua relação com Mário de Alencar, filho do escritor José de Alencar, com quem Machado mantém um triângulo à la Bentinho, Escobar e Ezequiel.
As obras de Machado de Assis vão sendo lembradas em comparações com a saúde, a arquitetura e outros aspectos da vida no Rio no século XIX. Tuco com o olhar contemporâneo do narrador/personagem (que vai virando cada vez menos personagem ao longo do livro).
O livro é cheio de ilustrações que vão desde quadros a bulas de remédio da época. Cada capítulo começa com duas citações sobre o tema que irá abordar. A leitura é interessante, mas densa, com "fumos" de ensaio.
A parte que mais me interessava, sobre "Dom Casmurro" é abordada mais para o final do livro. A questão (ou fofoca) de que Machado poderia ser pai de Mário de Alencar é apenas subentendida, sem nenhuma sentença assertiva, como, aliás, parece ser todo o livro. Não se trata de uma biografia, mas também não é um romance. São as impressões de Silviano Santiago sobre o autor carioca e sua obra.
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Deuses, monstros e heróis
Esse é um livro para crianças exploradoras. Ele diz que a parte de mitologia foi escrita por Lady Hestia Evans e que o livro seria de propriedade de John Oro, que recheou o livro de Lady Hestia com anotações sobre sua viagem à Grécia. Nas margens do livro teórico, Oro conta uma narrativa em que ele desafiou os deuses nos dias de hoje.
Um dos pontos altos do livro são as ilustrações, lindíssimas. As margens superior e inferior do livro são decoradas com "pinturas de vasos" que contam as histórias dos principais heróis da mitologia grega. Os textos são muito bons também (apesar de terem pontos que me foram ensinados diferentes. Por exemplo, o livro conta que os filhos dos deuses com os mortais são semideuses, a linha que estudei na faculdade afirma que semideuses não existem, heróis são mortais). Além das ilustrações e dos textos, o livro tem abas com explicações a mais sobre determinados assuntos (um resumo sobre a Odisseia, por exemplo) e coisitas más como um oráculo e um óbulo, moeda para o barqueiro do submundo, Caronte.
Um livro precioso para qualquer idade. Atenua alguns pontos mais controversos da mitologia para as crianças, como por exemplo, falar "casamento" para as várias aventuras sexuais dos deuses. Mas pouca coisa é atenuada para deuses tão humanos como os gregos.
Parte de uma coleção sobre outras "mitologias" (egípcia, dos vampiros, dos piratas), só tem tradução para o inglês e o espanhol. Editoras do Brasil, que tal trazer a coleção para nossas crianças?
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"Casos do Acaso"
Você acredita em destino? Rebeca nunca acreditou. Na verdade, a moça não acreditava em nada. Até que sua amiga a carrega para uma cartomante de parque de diversões que acerta o futuro da garota.
Rebeca era uma hacker, que se vê literalmente sem pai nem mãe e tendo que fazer um acordo com a polícia para não ir presa, nem cair nas mãos de um agiota que acha que ela e mãe lhe devem dinheiro. A única previsão boa de Madame Nadeje, a cartomante, é que o 13º namorado de Rebeca será seu amor verdadeiro que irá trazer paz e tranquilidade para a vida dela.
Karl, a Fera, era um lutador no auge da carreira. Após uma luta de grande prestígio em que o mundo está aos seus pés, ele sente falta da namorada Beatriz ao seu lado. Ao ir procurá-la, descobre que ela estava o traindo com outro. Karl pega uma moto, alucinado, e se envolve em um acidente. Acidente esse que vai lhe render um coágulo no cérebro, dando fim aos seus dias de luta e uma contagem regressiva aos seus dias de vida.
Um namoro falso vai unir os dois numa festa de família em que Rebeca vai conhecer um outro lado de Karl. Rebeca quer se aproveitar dele para que seu namorado atual não seja o 12º, mas o sonhado 13º pretendente e Karl quer apresentar a "nova namorada" para a mãe com câncer para mostrar que superou Beatriz.
Gostei da escrita leve e da trama jovem do livro. Não sei se comprei muito o final, apesar dele estar na categoria "inesperado e inescapável".
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"Só quem não amar os filhos vai querer dinamitar os trilhos da estrada"
Essa é talvez uma das resenhas mais difíceis que já escrevi. Não só por se tratar do livro de uma amiga, mas também por ser um livro sobre coisas que eu vi e vivi. Reviver emoções boas e ruins, relembrar onde eu estava em cada passo da estrada. Porém, a história contada com o protagonismo de outra pessoa; por um viés que horas eu conheço, horas é totalmente novo.
Para quem não sabe, canto num coral do Colégio São Vicente desde 2007. "Rebolinho de Maniva" são as memórias de Patricia Costa dos 30 anos de canto coral no colégio. Patricia regia os coros juvenis, enquanto eu canto no coro adulto. Então, mesmo nas partes em que estive presente, a perspectiva em que as coisas são contadas é outra.
Patricia se diz uma "contadora de histórias" mais do que uma autora. Mas acho que as duas coisas se misturam num livro de memórias.
O livro se constitui de relatos breves sobre cada ano que se passou. Muitas vezes só citando coisas que aconteceram. Senti falta de um aprofundamento de casa sessão. Porém, entendo: esse aprofundamento iria criar um livro inviavelmente grande.
A aba virtual é um convite para mergulhar mais a fundo na história e conhecer esse trabalho construído ao longo de tanto tempo.
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Para além do príncipe encantado
Há um tempo, tive a ideia de escrever um livro sobre um príncipe que se descobre gay. Qual não foi a minha surpresa quando ouvi falar do sucesso desse livro. Como diz Elizabeth Gilbert, as ideias precisam nascer e às vezes vão bater na porta de outra pessoa. Mas fiquei feliz, esse livro é um bom representante da "categoria" e ainda deixa espaço para o meu príncipe no armário.
A história é narrada do ponto de vista de Alex, filho da Presidente dos Estados Unidos; esse em dúvidas sobre sua sexualidade. Enquanto isso, seu arqui-inimigo, o Príncipe Henry da Inglaterra, sabe muito bem o que quer. Num golpe publicitário para consertar um erro diplomático, os dois jovens mais visados do mundo tem que passar um tempo juntos para provar que são amigos.
Os opostos se atraem, ou talvez eles tivessem mais afinidades do que pensavam, visto que ambos sabem o que é viver sob os olhares atentos da mídia e com seguranças e contratos de sigilo por todos os lados. Mas será que o amar pode ser um erro diplomático maior ainda?
Já ouvi gente reclamando da parte da política desse livro. Para mim, ela dá um tempero especial à trama (mas eu sou uma pessoa que gosta de tramas de poder).
Ah, um último recado, o livro é 18+, pois as coisas podem esquentar entre os jovens.
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O que é preciso para ser inesquecível?
Há muito tempo queria conhecer melhor a escrita de autoras contemporâneas brasileiras e esse livro é um prato cheio. Cada estação ganha um conto (bem longo). Todos são sobre adolescentes que vivem mudanças que fazem com que aquela estação fique marcada para sempre na memória de cada uma. Nem todos têm a estrutura clássica de contos, mas acho que não era a intenção do livro. São todas histórias de amor narradas por meninas.
No inverno, conhecemos Mabel e sua incrível má-vontade de ir ao Chile com a família. A adolescente preferia ir ao sítio com as amigas e com o carinha de quem ela é afim. Será que as neves do Chile e um certo instrutor de esqui podem fazê-la mudar de ideia?
No outono, Ana Júlia, uma menina que detesta música apesar do nome, vai encontrar um músico de rua isistente em seu caminho do estágio de direito. A adolescente ainda está na escola, mas o estágio é parte de um plano muito estruturado para um futuro brilhante. Será que João Paulo é uma pedra em seu caminho ou mais um degrau dessa escada rumo ao sucesso profissional?
Na primavera, Jasmine vai aprender que a matemática pode não ser o bicho de sete-cabeças que ela sempre pensou que fosse. O temido professor Carvalho vai colocar a garota para ter aulas de apoio com um universitário, Davi. O que poderia ser uma paixão adolescente, pode acabar prejudicando muito aos dois...
No verão, vemos o que um amor de carnaval pode abalar as estruturas da vida de várias pessoas. Entre fama, um camarote na Sapucaí, funkeiras, uma passada em Búzios e a Portela, um mal-entendido vai quebrar o coração de Inha. Será que Guima tem o que precisa para reconquistar seu amor dos dias de samba?
Os quatro contos viraram 4 filmes na Amazon e um concurso de contos no KDP (para ler o meu, clique aqui). Um grande impulso para a literatura nacional. Vamos prestigiar os filmes (e o livro, é claro) para, quem sabe, estimular a mais autores nacionais verem suas obras adaptadas.
#um ano inesquecível#amazon prime#editora gutenberg#paula pimenta#babi dewet#bruna vieira#thalita rebouças
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Demasiadamente Humano
Até onde você iria pela sua família? O que você estaria disposto a abrir mão? Este é um conto sobre legado e o que você faz para honrá-lo.
Luana e sua irmã Muriel são filhas de um lobo com uma bruxa. Uma combinação que pode ser incomum, mas da qual elas têm muito orgulho. Luana, a mais velha, tem um ex-namorado um tanto tóxico. Um lobisomem que honra as tradições dos lobos e que não a deixa praticar magia no casarão onde vive.
Decidida a dar um fim aquele relacionamento (além de servir de exemplo para a irmãzinha, que, cá entre nós, não parece precisar de exemplo nenhum), Luana vai até o território dos lobos para saber o que o ex tanto quer com ela. Será que ela vai conseguir resistir a quem já foi tão apaixonada? Ou honrar a própria família vai falar mais alto?
Um conto fantástico, mas que me impressionou por seu lado humano. A relação entre as irmãs me tocou profundamente.
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Conflito de Gerações
A mãe da gente nunca nos entende, né? Nem usando só preto e pintando o cabelo de azul, ela se dá conta que eu não sou mais a menininha que só tirava o vestido da Bela (a da Fera) para tomar banho. A mãe parece ser o maior problema da Valentina; essa adolescente tão incompreendida.
Proibida de ir passar o fim de semana em Angra com os amigos, a Val se vê obrigada a visitar os amigos da mãe. Entre eles, seu arqui-inimigo: o Enzo, filho da melhor amiga da sua progenitora, que só a chama de Pirralha.
No último verão que passou em Itaipava, sua mãe (de novo ela) disse que Valentina não podia gostar do Enzo, isso estragaria uma amizade de anos. Decidida a se vingar de tudo e de todos, Valentina vai usar todas as armas do seu arsenal adolescente para derrubar a tirania materna. Quem vai dar a última palavra?
Uma história divertida sobre conflito de gerações e os conflitos internos da querida Bela Fera Valentina.
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