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Fonte: Pinterest

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Quando a gente se sente esgotado, tudo é motivo pra desabar.

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Às vezes é a única opção… e não é tão ruim como parecia.

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O cansaço sempre me consome muito. Ontem precisei chorar e colocar tudo para fora, porque ha tempos não conseguia chorar, confesso que foi um alívio.

Em outros momentos da minha vida, isso já me deixaria impossibilitada de seguir a minha semana, porque eu focava muito naquilo e as crises de pânico vinham por eu pensar que não daria conta de mais nada.

Aprendi a deixar vir e deixar ir, e isso com tudo na minha vida. Ontem senti tudo o que eu precisava, doeu muito, foi cansativo e ainda dormi muito mal pela agitação interna, mas hoje escolhi deixar passar.

Decidi olhar o hoje como realmente um “novo” dia, uma nova chance de tentar de novo, e aqui estou, finalizando mais um dia de trabalho, e hoje foi muito difícil, as demandas foram intensas…

Enfim, acho importante quando a gente aprende formas de enxergar novas perspectivas nas coisas que acontecem. Aprende a ver e tentar ações de outros ângulos e meios, e isso torna tudo diferente. As tentativas não podem parar.

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Sentei no chão e chorei. Chorei sem parar pelo cansaço de uma luta sem fim. O esgotamento mental vem depois de muita exposição e tormento de ansiedade, e Deus do céu, como é frustrante.

A dissociação fica muito mais frequente porque é uma forma minha de defesa, sair um pouco de “dentro” de mim ajuda muito, mas é cansativo.

Tem um eu dentro de mim que fica tentando me acusar de alguma coisa, fica tenta do mostrar o quanto eu sou um lixo em tudo, infelizmente o meu cérebro é expert em me depreciar e tem momentos que é impossível debater com isso.

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Registrar momentos 🖤

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Ontem tive uma conversa com a minha psicóloga que me deixou muito feliz (e a deixou feliz também). Pela primeira vez eu abordei o tema de autopreservação. Falei do quanto preciso de uma semana para descansar e de outras ações necessárias no meu dia a dia para que eu não chegue ao colapso.

Depois de muitoooo apanhar, entendi que meu corpo da sinais e, ainda mais, aprendi a ficar sensível a esses sinais. Eu estou colapsando, e se não tomar nenhuma precaução agora, a explosão vai ser grande.

É bom olhar pra isso tudo e ver que é possível encontrar uma forma de se organizar. Algumas coisas vão continuar fora do lugar, um pouco de bagunça é inevitável, mas encontrar a forma de lidar com isso é libertadora.

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É terrível a sensação de abandono, a sensação de não pertencer a nenhum lugar vai matando aos pouquinhos.

— Quebraram.

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O cansaço do dia a dia me deixa esgotada. Vocês ja tiveram a sensação de que está a beira do abismo? Como se um passo em falso te levasse a cair? É assim que eu sinto com a sobrecarga e cansaço. Parece que a qualquer momento vou colapsar.

Eu tenho um costume de me sobrecarregar de tarefas, e vou levando e levando até que BOOM, explodi. É sempre esse ciclo, por isso me preocupo com meu cansaço, sei que ele é um fator de risco.

É muito difícil achar esse equilíbrio em todas as partes da vida.

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A tempestade começou a se acalmar e, por mais que eu sei que ela vai voltar em algum momento, estou tentando sentir a garoa e visualizar o que precisa de reparo.

Aparentemente a montanha-russa é assim, você sabe que vai ter a descida, a subida, os loopings e afins, mas qual outra opção existe quando já se está nela, se não ser viver cada um desses momentos?

Vou aproveitar a vista da subida e me permitir aproveitar esse momento, sem deixar o medo da descida me paralisar.

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Foram duas semanas sem terapia, e hoje deu certo! Sai aliviada e uma tonelada mais leve. Porém, analisamos o fato de eu ter somente na terapia esse espaço para conversar sobre a parte ruim das coisas.

Ficou ainda mais claro o quanto me fechei e me fecho cada vez mais para os vínculos, porque mostrar minha totalidade para alguém é algo que eu nunca mais quero fazer. Meio que todos aqueles que mostrei meu lado imperfeito foram embora, então é algo que não pretendo mais fazer.

Sempre temi o abandono, mas me lançava nos relacionamentos (todos eles) de cabeça e me doava por inteiro, fazia de tudo para manter as pessoas em um altar e eu sinto que quando eu falhava as pessoas não toleravam. Queria apenas deixar claro que só explodi com uma pessoa em toda minha vida, pessoa essa que não respeitava meu espaço quando eu pedia, mas com os outros eu nunca, nunca gritei ou fiz nada que pudesse ferir de alguma forma, e mesmo assim todos foram embora e encerrar aqueles ciclos arrancaram um pedaço de mim.

Então eu prefiro assim, prefiro ficar sozinha e desabafar escrevendo, porque as pessoas aceitam meu eu apenas quando performo e tem momentos que não tenho energia pra isso. Mostrar meu lado imperfeito parece inaceitável, então, por hora, seguirei guardando todos os fantasmas escondidos.

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O maior medo de todo mundo que já viveu o fundo do poço é voltar pra lá. É como se todas as ações fossem, na maioria das vezes, para evitar que chegue nesse estado, porque é nele que a gente perde tudo, porque a lama é tanta que âncora nenhuma é suficiente para ajudar a suportar.

Eu sinto que é sempre um modo sobrevivência, sempre cuidando para que não deixe nenhum gatilho acontecer, e talvez seja por isso que eu me fecho tanto para todos os tipos de relações, porque eu sei o quanto encerrar ciclos me destrói.

Estou em um estado de muita agitação e ansiedade, o qual eu chamo de "euforia negativa", porque é como se eu estivesse muito disposta, mas me suga de maneira descomunal. E eu fico sempre com medo de esgotar tanto minha energia que no dia seguinte eu simplesmente não tenha forças para me policiar e tomar o controle de tudo, mesmo que no fundo eu sei que hoje tenho muitas ferramentas para isso, fico assombrada com o medo.

@abismoborder

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Na vida tudo acaba sendo uma questão de perspectiva no final das contas, não é mesmo?! Quando estamos em meio ao caos e em meio a tanta dor, como poderíamos enxergar algo além disso? É quase impossível ver de maneira nítida quando as lentes estão sujas. A ideia é que o sentir existe e é terrível em muitos momentos, mas não é a melhor ideia tomar qualquer atitude nesses momentos. Vai por mim, aprendi isso depois de muito errar, me ferir e ferir os outros, perder pessoas e destruir laços, então não digo só por dizer.

E ter essa consciência quer dizer que não terão mais momentos de insanidade e impulsividade? NÃO! Mas ajuda na maioria das vezes. A impulsividade me levou a tantos comportamentos merda que em alguma hora eu tinha que aprender a controlar, pelo menos na maioria das vezes. Toda vez que um sentimento te consumir e te inundar, espera ele baixar até que você seja capaz de olhar o que tem por debaixo disso tudo para saber qual atitude tomar.

Durante esses dias tomei uma atitude burra e agora sinto as consequências de não controlar a impulsividade de merda, mas o lado bom é ver que dentre tudo o que eu poderia fazer com essa culpa maldita e dor constante, eu to fazendo o melhor, suprindo o vazio de maneiras que somem em alguma coisa. Tive uma hora livre no trabalho, arrumei toda parte do café, pedi salgadinhos, assisti um episódio do que eu gosto e agora estou aqui escrevendo, então isso me mostra que o meu falhar realmente não me define, o meu erro não diz nada sobre mim porque a partir do momento em que ele passou, o controle continua sendo meu.

Não vou mais deixar o controle na mão dos meus pensamentos obsessivos e destrutivos, nem dessa culpa maldita ou de todo vazio que me assola em muitas vezes, o controle da minha vida continua sendo meu, do meu lado racional e do pinguinho de autocuidado que eu tenho aprendido a ter.

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