Tumgik
toporrodi · 1 year
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Curiosidades
Os nomes de alguns personagens desse livro se referem à personalidade deles:
Raskólnikov, em russo Раскольников, vem de Raskol (Раскол) que significa "Cisma".
Razumíkhin, em russo Разумихин, vem de Razum (Разум), que significa "Razão".
Lújin, em russo Лужин, vem de Lúja (лужа), que significa "Poça"
Marmeládov, em russo мармеладов, vem de Marmelad (мармелад), que significa marmelada.
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toporrodi · 1 year
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Receitas
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Kutya
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Sopa de repolho e beterraba
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toporrodi · 1 year
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"Anjo"
Se Aqueles que são bons na Terra quando vivos Se tornarão anjos depois da morte Você olha pro céu e pergunta por que você não pode vê-los
Assim que as nuvens vão dormir Você pode nos ver no céu Nós estamos sozinhos e com medo
Deus sabe que eu não quero ser um anjo.
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toporrodi · 1 year
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Epílogo & Conclusão
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Sem Título, Zdzisław Beksiński
"Eles queriam conversar, mas não conseguiam. As lágrimas lhes turvavam os olhos. Estavam ambos pálidos e magros, mas em seus rostos doentes e lívidos já brilhava a aurora do revigorado futuro e da completa ressurreição para a nova vida. Fora o amor que os ressuscitara. Um coração encerrava inúmeras fontes de vida para o outro. "Eles decidiram esperar pacientes. Restavam-lhes ainda sete anos, mas haveria, até lá, tanto sofrimento insuportável e tanta felicidade infinda! Ele ressuscitou e sabia disso, sentia plenamente, com todo o seu ser renovado."
O fim do livro é algo que eu descreveria como agridoce. A tragédia está presente. A morte, a dor. As consequências das ações cometidas.
Mas além de ser uma história sobre a culpa e a moral humana, também é uma história que aponta a salvação das pessoas e como alguém pode ser absolvido da culpa de cometer atos imorais, e como essa absolvição se dá principalmente dentro de cada indivíduo mais do que por meio de ação da justiça governamental.
Observei que Raskolnikov nunca foi uma pessoa má. Muito pelo contrario, extremamente altruísta, ele daria (e deu) a ultima moeda para outra pessoa mesmo que isso significasse que ele não teria o que comer. Mesmo assim ele caiu nas garras da ideia de um individualismo doentio, escolhendo se separar das pessoas, de sua família e amigos e seus irmãos seres humanos. Escolheu traçar uma linha divisória, como seu próprio nome indica, e isso o levou a lugares sombrios. Porém, no fim, como diz a frase acima, foi o amor que o ressuscitou. O trouxe de volta desses lugares tão sombrios, assim como Lázaro, o trazendo de volta à vida. O amor, a empatia, a conexão com as outras pessoas foi o que o salvou. Talvez isso seja o que outras pessoas também precisem para serem salvas antes de irem para as sombras.
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toporrodi · 1 year
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Parte VI
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Carta de tarot de Rider-Waite, "Julgamento"
"A gente russa tem alma grande em geral, Avdótia Românovna, grande como a nossa terra, e extremamente propensa ao fantástico, ao caótico; porém ter alma grande sem muita genialidade é uma desgraça."
Última parte do livro antes do epílogo, é aqui que nosso Rodya começa a finalmente enfrentar o desenrolar de sua sentença. O seu crime começa a vir à tona, e ele percebe que apesar de ter feito tudo em seu poder para se separar das outras pessoas, mostrar que é uma pessoa diferente, capaz de grandes atos, ele ainda é apenas um jovem de vinte e três anos como muitos outros e não um gênio do mal e da inventividade.
Não importa o quanto ele tente escapar da finalidade de seus atos e seus feitos, ele nunca conseguirá. Suas conversas com amigos e amigos de amigos (estudantes de direito, policiais e detetives) descrevem o desenrolar da maioria dos pequenos criminosos, e ele pensa que seria diferente deles. Mas, infelizmente para ele, ele não é.
Neste momento o livro propõe que a única verdadeira escapatória para evitar o castigo e a punição é a morte, pois enquanto vivo, mesmo que não pego pela justiça, o criminoso ainda tem que lidar com sua própria consciência. E isso é verdade para nosso protagonista também, que, até esse ponto tem sofrido e sofrido por mais de quinhentas páginas.
É nesse momento que ele se conforma e decide que precisa se entregar, pois talvez assim ele ganhe algum tipo de paz de espírito, se ele for forçado a encarar o que fez.
Se entregar às mãos da justiça dura e cruel da Rússia do século dezenove talvez seja também um tipo de morte.
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toporrodi · 1 year
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Parte IV & V
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Sem Título, Zdzisław Beksiński
"A gente só imagina a eternidade como uma ideia que não se possa compreender, como algo imenso, enorme! Mas por que logo enorme? Imagine que , de repente, em lugar disso tudo, haverá lá um quartinho apenas, fuliginoso como uma casa de banho rural, com aranhas em todos os cantos, e que essa será toda a eternidade."
Nessas partes nosso protagonista é forçado a olhar pra si mesmo, encarara a si mesmo, ao olhar para os outros. Outras formas de violência e imoralidade são colocadas na mesa, por assim dizer, e o nosso Rodya tem que as enfrentar.
Foi lendo esses capítulos, e em especial ao ler uma cena em específico em que Raskolnikov tem uma conversa com outro personagem, Arkádi Svidrigáilov, em seu quarto, numa sequencia que se assemelhou a um estado entre o sonho e a consciência e sobre assuntos tais como a natureza da morte, da eternidade e do espírito, que eu me deparei com uma semelhança com outra obra de ficção que me atrai: A série de jogos Silent Hill.
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Shot de Silent Hill 2
Silent Hill (x) são jogos que exploram o conceito do subconsciente e o poder que ele exerce sobre nossas mentes, e, com influencia das obras de Freud, Jung, e referências aos conceitos de reencarnação budista, o karma, e a purificação do espírito em um purgatório, esses jogos retratam a passagem de personagens por uma cidade que tem o poder de refletir partes reprimidas de suas mentes, seus monstros interiores e os fazem encarar as coisas pelas quais eles sentem culpa. Ao fazer uma breve pesquisa descobri que realmente, os escritores de Silent Hill se inspiraram em Crime e Castigo para traçar a história do segundo jogo da série, onde o protagonista James Sunderland confronta a morte de sua esposa, e é forçado a enfrentar partes de sua psique que o são desconfortáveis.
Rodya tem que fazer o mesmo aqui. Conversar com Svidrigáilov é quase como conversar com a sua própria sombra. Sentir ranço das coisas que ele fez e faz, é como encarar suas próprias ações e admitir o seu próprio erro.
É aqui também que somos apresentados à trajetória de Lázaro; história bíblica sobre o homem que foi ressuscitado, o que me remete mais uma vez às ideias de morte, eternidade trazidas tanto pelo livro quanto pelos jogos Silent Hill, e pela ideia de reencarnação.
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toporrodi · 1 year
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Parte II & III
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Gustave Moreau, Diomedes Devoured by his Horses, 1865
"É mesmo notável que a maioria desses benfeitores e constituidores da humanidade é composta de facínoras mais sanguinários. Numa palavra, eu deduzo que todas aquelas pessoas que, mesmo sem serem grandes, saiam um pouco dos eixos, quer dizer, sejam minimamente capazes de fazer algo novo, hão de ser criminosas por natureza — mais ou menos criminosas, é claro. Caso contrário, teriam dificuldades em sair dos eixos e não consentiriam, por certo, em continuar dentro destes, novamente por sua natureza, nem deveriam, na minha opinião, consentir."
Agora com um pouco mais de leitura feita, é seguro dizer que esse livro é algo como que a toca do coelho em Alice no País das Maravilhas. Profundo, sem fim, abismal.
Raskólnikov matou a sua usurária, e também a irmã da mesma. Ele tinha um plano bem desenhado em sua mente, mas a execução não foi tão boa assim, apesar de que ele conseguiu se safar sem nenhum arranhão. Ou pelo menos, nenhum arranhão externo. A sua psique, por outro lado, sofre tanto a ponto de calafrios febris.
Foram durante essas partes em que eu comecei a perceber e fazer uma análise de que o nosso protagonista, Rodya para os queridos, demonstra traços de bipolaridade. Flutuando drasticamente entre uma depressão profunda e um desespero infindo, e estados de incrível mania, com pensamentos desorganizados, idéias quase psicóticas e inquietude. Coisas que se refletem no próprio nome do personagem. Raskólnikov não é um nome tradicional russo, mas sim um nome inventado cuja raíz é a palavra "раскол" (raskol) que significa cisma, divisão. E ele realmente é dividido. Um dos personagens, seu amigo Razumíkhin (cujo nome também faz alusão à sua personalidade (x)) o descreve em um desses capítulos:
"O que lhe direi? Conheço Rodion há um ano e meio: sombrio, melancólico, soberbo e orgulhoso. nos últimos tempos (ou, sabe-se lá, desde muito antes), desconfiado e hipocondríaco. Contudo, magnânimo e bondoso. Não gosta de manifestar os seus sentimentos, e antes faria uma maldade do que expressaria seu íntimo com palavras. Às vezes, não está nada hipocondríaco, aliás, mas simplesmente frio e insensível até a crueldade, palavra de honra: como se dois caracteres opostos se revezassem nele."
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Shot do clipe de música "Schism" da banda Tool
Já que esse livro é considerado um dos grandes pioneiros da literatura de romances psicológicos eu continuei a minha introspecção à respeito da personalidade de Rodion Raskolnikov.
Existe um tipo de classificação de personalidades chamada Eneagrama (x), e cheguei a conclusão que Rodya é um típico tipo 5, que se caracteriza por ser recluso, individualista, e preocupado com o saber e o conhecimento. Porém esse mesmo tipo, quando em situação não saudável, pode decair e apresentar sintomas que se assemelham ao distúrbio de personalidade esquizóide (x), o que acredito que seja o caso de nosso protagonista.
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Gao Xingjian 高行健
Foram nesses capítulos também que nós aprendemos a real razão por trás das decisões de Rodya. Ele cometeu o crime pois queria, de certa maneira, provar para si mesmo que ele era capaz de fazer algo grande, de sair dos moldes da sociedade. Queria se convencer que era capaz de grandes feitos e de se assemelhar com os grandes nomes da história, como se matando a velha usurária e sobrevivendo ao fato sem nenhum arrependimento e sem ser pego pela justiça ele pudesse absolver a si mesmo do crime, já que não haveria culpa e nem nenhum castigo.
Esse desenrolar me fez pensar nos jovens, especialmente homens, que acabam encontrando na violência algum sentido de grandeza dentro de si. Quando os problemas de nossa sociedade tóxica não permitem a expressão saudável de sentimentos e opiniões e esses jovens se veem seguros em cometer atrocidades, como se isso fosse provar algum tipo de superioridade moral e espiritual.
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toporrodi · 1 year
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toporrodi · 1 year
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"Feche a porta por mim, estou indo embora."
Eles dizem que não podem se arriscar Porque eles tem uma casa uma casa iluminada. E eu não sei com certeza qual de nós está certo, a chuva me espera lá fora, O almoço os espera lá dentro. Feche a porte por mim, estou indo embora.
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toporrodi · 1 year
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"Cisma" Eu sei que as peças se encaixam Pois eu as vi desmoronar Sem culpa, ninguém para culpar Não significa que eu não deseje
Apontar o dedo, culpar o outro Ver o templo desabar Para juntar as peças novamente Redescubrir a comunicação
[...]
Eu fiz cálculos suficientes para saber Os perigos dos nossos questionamentos Fadados a desintegrar a não ser que cresçamos E melhoremos nossa comunicação
O silêncio frio tem Uma tendência a Atrofiar qualquer Senso de compaixão Entre supostos irmãos Entre supostos amantes.
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toporrodi · 1 year
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"Caixa de Cigarros"
E ninguém quer ser culpado por um crime que não cometeu, E ninguém quer fazer o trabalho sujo de outra pessoa,
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toporrodi · 1 year
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Acredito que Raskólnikov seja Bipolar I, com traços de Schizoid pd (o que faz sentido por seu Eneagrama ser 5, em decadência)
ele ser Bipolar também faz sentido pois o nome do personagem em si vem de "cisma".
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toporrodi · 1 year
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eu não gosto muito desse Lújin não...
mas acredito que esse seja o ponto.
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toporrodi · 1 year
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Parte I
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"No início de julho, numa época extremamente quente, um jovem saiu, à tardinha, do cubículo que tinha alugado na viela S***, e devagar, como que indeciso, foi em direção à ponte K***."
Começo por dizer que esse projeto de confeccionar um diário de leitura me animou, pois já sou leitora de muitas viagens e normalmente já faço esse estilo de leitura, geralmente usando meu blog pessoal, meus diários pessoais, ou até mesmo a paciência de amigos pra relatar minhas experiencias enquanto leio.
Escolhi o formato de blog por que já estou habituada a essa plataforma e a esse formato, como disse, por usá-lo nas minhas leituras pessoais e no meu dia-a-dia. Fora isso, acredito que esse formato não apenas acomoda bastante o conceito de intertextualidade e me permite reunir diferentes idéias e artigos multi-mídia em um único espaço com facilidade, mas também acredito que reflete a personalidade do personagem principal do livro que escolhi. Rodion R. Raskólnikov como personagem é um jovem introvertido e propenso à monólogos internos (e às vezes também externos), o que me fez pensar que se ele vivesse nos dias de hoje, quem sabe ele mesmo não teria um blog online para servir de diário pessoal para expor organizar os próprios pensamentos.
Dentre todos os livros sugeridos, poucos eram os que eu ainda não tinha lido. Crime e Castigo esteve na minha lista já faz um bom tempo e achei que esse era o momento perfeito para realizar essa leitura, como se diz popularmente matando dois coelhos com uma só cajadada (ou machadada?)
Como o livro é organizado por partes, resolvi organizar as minhas atualizações e entradas por partes também.
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O livro começa dando um rápido panorama da vida de um jovem universitário russo de vinte-e-poucos anos que está em situação financeira muito escassa, situação essa que interfere com seus estudos e também com sua qualidade de vida. Pelos olhos de Raskólnikov é possível ter uma ideia do tipo de vida que as pessoas pobres da Rússia do século dezenove viviam, e também do tipo de vida que o próprio autor, Fiódor Dostoyévski, também viveu em certos momentos de sua vida. Levado pelo desespero e a necessidade, o destino do jovem Rodya toma um rumo sinistro quando ele decide cometer um crime e assassina a sua penhorista para se apropriar de suas riquezas.
Geralmente eu não sou uma pessoa muito sensível. Não tenho facilidade em estabelecer empatia para com outras pessoas e tampouco com personagens em ficção, então quando comecei a ler não esperava me conectar tão rapidamente com o protagonista. Também universitária, introvertida, de classe média, e de vinte-e-poucos anos eu me vejo refletida nesse personagem, algo que pode ser um pouco chocante considerando o desenrolar da história, mas que ao mesmo tempo demonstra o poder de nossas escolhas como seres humanos com livre arbítrio; como pessoas muito similares podem ter histórias distintas dependendo de como elas exercitam seu poder de livre escolha e livre ação. Em conversas com a minha mãe acabo por sempre perguntar por que as pessoas fazem o que fazem em diversas situações, e a resposta que ela constantemente me dá é "porque podem." Esse livro é, até então, a encarnação dessa afirmação. Raskólnikov decidiu por levantar o machado num quente dia do verão russo por essa simples razão: porque podia.
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A ressureição de Lázaro, 1642, Rembrandt
Como disse anteriormente, eu não sou pessoa muito sensível. Um amigo meu que tem essa mesma sensibilidade (ou falta dela), me encorajou a ler esse livro, pois foi o único que o levou às lágrimas. Fiquei curiosa. Não costumo chorar nem com filmes, imagine com livros (O Pequeno Príncipe sendo uma das únicas excessões que provam a regra, mas como costumo brincar, OPP é mais do que um livro pra mim então não conta.) Quando comecei a ler e me aproximei do término da primeira parte, não imaginei que eu teria a mesma reação, e exatamente durante a mesma cena que emocionou o meu amigo. Uma cena de sonho, onde um cavalo é maltratado. A escrita de Dostoiévski é algo que leva algumas páginas, talvez até alguns capítulos para realmente se internalizar, mas uma vez internalizada a experiência se torna realmente imersiva já que traz algo muito humano no seu estilo. Até então esse livro me faz confrontar partes da minha personalidade que me trazem desconforto, como o fato que a crueldade com humanos não me move tanto quanto a crueldade para com os animais. Acredito que não será a última coisa que essa leitura me fará confrontar, e estou animada e curiosa para saber o resto do desenrolar. Deixo essa introdução por aqui, e volto em breve com mais uma entrada.
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toporrodi · 1 year
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character: Rodion Romanovich Raskolnikov
book: crime & punishment by Fyodor Dostoyevsky
[Dostoyevsky’s characters aesthetics pt1]
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toporrodi · 1 year
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i cannot get over this
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toporrodi · 1 year
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I think this photo captures their natures really well
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