As notas da paixão
"E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?"
Tati Bernardi
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O prédio musical está frio e calmo quando entra, a sala de prática fica ao alto de um lance de escadas, todas à prova de som, vê pessoas tocando vários instrumentos, alguns individualmente, como violoncelos e violinos, outros em pequenos conjuntos. Quando chega à sala certa, espreitar através da vidraça.
Vê Kun caminhar até o piano e coloca sua partitura no suporte.
Ele senta, com o rosto determinado e o queixo concentrado. Ele está sozinho na sala, afinal tem a chave toda para si. Com cuidado, abre a porta entrando de fininho, tentando ficar o mais silenciosa possível, Kun não olha para cima, para você. Sequer sabe que está aqui, dobra e desdobra o papel, encara a folha com rigidez, risca e anota sobre a partitura só para no final dar um grunhido baixo.
Até que enfim, começa a tocar.
Pode quase pensar que a música do Chinês é solidificação dos sentimentos reais, da vida real.
Sentimentos que não são raiva. Sentimentos que não a frustação.
Adora aqueles dedos voando pelas teclas.
Uma execução magnífica, notas ricas reverberando pela sala. Seus dedos se movem rapidamente, as notas pareçam fluentes e serenas, quando reabre os olhos, vê que seus ombros estão tensos, sua mandíbula apertada, uma mecha de cabelo escuro cai em seus olhos enquanto ele lê a música.
Kun está desconcentrado.
A música para, um silêncio tenso caindo sobre a sala. Sem se virar na sua direção alisando as bordas do piano, meio cantarolando, diz:
— Acho que alguém invadiu a toca do Leão.
Então se vira, a luz suave se projetando no seu perfil em um relevo nítido e a maneira como ele lhe olha faz sua garganta torcer em um nó apertado.
Mas Kun sorri.
Um sorriso que ilumina seu rosto. É uma coisa tão linda, é uma coisa tão celestial. Onde sempre seu olhar geralmente é duro e sério, aqui ele —pra você —se torna algo quente e radiante.
— Incrível como sempre, Senhor Qian.
Fala ao aproximar dele o vendo abaixar a cabeça em agradecimento.
— Você anda me atrapalhado bastante sabe, me pergunto que tipo de punição é apropriada para este tipo situação—Ele tem um ar brincalhão que poucos conhecem, é leve e sutil, mas está ali no canto dos lábios repuxados para cima.
— É rude. Eu sei.— Olha em volta, para as partituras no chão, as mãos acariciando as teclas. — Mas é, apenas... Confortável. Aqui. Com você e sua música
Ele inclina a cabeça, dá um tapinha no topo do piano.
— Sente-se
— Eu não acho que isso vá te ajudar, melhor ir embora e...
Kun passa a mão sobre o topo do ébano.
— Venha sentar e ouvir enquanto eu toco. Acho que essa será uma boa punição.
— Pobrezinha de mim
Kun não responde, mas sua sobrancelha arqueada diz muito. Quando está tentando descobrir como subir mãos prendem em volta da sua cintura e ele te levanta, colocando-a na superfície lisa.
O cheiro de Qian se espalha, como um pedaço da noite implagnado o ar. Pressiona as coxas juntas e alisa a saia, desejando que os joelhos não tremam. Os olhos escuros vão do seu rosto para as suas mãos, então ele se senta no banco e começa a tocar novamente. Haechan vivia fazendo piadas sobre seus dedos rápidos e observando agora, entende. Eles são longos e delgados e definitivamente muito hábeis.
Enquanto toca, seu olhar oscila entre a partitura e o seu rosto e seguindo até seus joelhos para então voltar à música. A melodia é forte, quase violenta, cheia de algo quente, mas não é isso que te emociona.
É a maneira como ele está te olhando enquanto toca.
É impossível ler, o que quer que esteja em seus olhos. Seriedade, sim. Intensidade, com certeza. Por trás de tudo se esconde uma promessa, como se ele estivesse tentando dizer algo sem usar as palavras. Quando a música diminui, seus dedos param nas teclas, o peito arfando.
Engule o silêncio, o coração batendo. Antes mesmo da última nota acabar de ecoar Kun já está saltando para frente, encurralando, as duas palmas das mãos batendo na parte superior do piano.
—Você constantemente— sibila — tem me assombrado, sabe o quanto isso me prejudicou no último teste? — o seu olhar fica mais quente enquando ele acaricia sua bochecha com as costas da mão — É claro que não sabe, a única coisa que faz é continuar me provocando vindo aqui e me fazendo pensar no quão bom seria te fuder em cima desse piano, hm o que acha?.
Lutando por algum pedaço de ar, deixa escapar
— Eu não o faço de propósito.
—Pensa que eu não consigo te ler? Você está errada. —Apesar do olhar feroz, Kun recua um pouco— Eu posso te ler muito bem. Olhe para suas coxas, Princesinha.
Sem realmente querer, o faz, seguindo seu olhar para baixo. Sua coxas e joelhos estão pressionados com tanta força que doem. Os seus dedos, eles pressionam dolorosamente na sua carne enquanto ele força as pernas a se separarem, sua voz soa áspera e baixa quando diz:
— Foi isso que você veio aqui, certo? Para ter minha porra escorrendo da sua boceta pelo resto do dia enquanto ela fica ardidinha — ele passa as mãos mais novamente pela parte externa das suas coxas, persuadindo, — Agora, você pode continua se fazendo de sonsa, ou você pode se sentar e desfrutar do que tanto queira.
Não é uma ameaça. É uma promessa. Já esteve do outro lado dela uma vez. Ja viu aquele olhar em seus olhos e sabe como vai ser. Entorpecida, abre as pernas, dando o acesso mais básico.
Sua voz emerge agora suave como veludo:
— Que princesinha mais obediente — As mãos dele sobem pela saia até desaparecerem completamente. Kun se curva, respirando quente nos teus joelhos. O beijo suave que recebe no interior do joelho estremece sua pele, a sensação escorregadia de língua ao subir gradualmente, explorando o trajeto de carne é algo aterrador. As insnalações profunda ao te inspirar, a boca separada, os olhos fechados. As mãos correm pelos teus quadris, os dedos tentando se prender no elástico inexistente da calcinha.
— Sem nada é? De se esperar. — Achata con as palmas das mãos, empurrando suas coxas ainda mais abertas. Há um momento de silêncio com Qian olhando ardentemente o caminho entre as sua pernas, a língua espreitando para molhar seus lábios. Ele circula a entradinha com o polegar fazendo que seus quadris empurrem para frente por conta própria o que faz Kun sorri, lambendo o dedo seus dedos estão enrolados na borda do piano, apertados com força quando ele os puxa, apoiando-os sobre seus ombros e desce. Desta vez, é sua língua que passa por cima dos nervos. Sua barriga aperta e as mãos, desesperadas por algo a que se agarrar, penetram em seus longos e macios cabelos. Ele geme contra você, a boca zumbindo contra a pulsação molhada. Sua língua parece tão habilidosa esfregando e lambendo de tantas maneiras enquanto seu polegar faz círculos em torno da sua entrada. Os olhos estão com as pálpebras pesadas e vidradas, a boca brilhando com a seu líquido. E então ele usa seus polegares para espalhar as dobras e achata a língua contra meu pontinho nervoso mas um vez só te resta agarrar dois punhados daquele cabelo e se esfregando contra sua boca, a mandíbula aberta enquanto suspira. Porém, Kun agarra seus quadris te puxando até recuperar o equilíbrio mínimo do chão com as pontas dos pés e te gira fazendo seus seios ficarem pressionados na madeira fria, um tapa estrala em sua bunda.
Arqueando as costas, o recebendo em seu interior apertado, ele segurando seus quadris, empurro dentro e fora, puxando sua bunda no ritmo forte e rápido para si. Agarra seu cabelo até que suas costas estejam grudada nos botões da camisa preta dele, chega perto da sua orelha acariciando com os lábios até sussurrar.
— Eu vou te deixar cheinha e quando sair daqui vai ficar na porta do prédio, me esperando e se alguém perguntar de quem é a porra escorrendo da sua bucetinha o que você vai dizer?
Porém te impede de responder na hora quando desliza a mão até seu pescoço, apertando moderadamente.
— Hm, o que vai dizer?
E na hora sabe que Qian está se referindo a um certo japonês do curso de literatura, um verdadeiro bon vivant da noite boêmia que às vezes faz de você seu sarau particular.
Mas tem a resposta na ponta da língua.
— Que é sua Kun, só sua.
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N/a: Sou toda dele até o Yuta dizer o contrário.
@klimtaes ( eu tentei minha rainha)
Pq ele poderia me tocar de todas as formas invocando uma sinfonia ainda maior de quando eu o vejo.
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