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#percebe-se que vermelho é a cor preferida dela?
lacometedemarie · 6 months
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𝐅𝐄̂𝐓𝐄𝐒 𝐃𝐄 𝐅𝐈𝐍 𝐃’𝐀𝐍𝐍𝐄́𝐄 ❅ 【 outfit selected 】
DIA 23 — noite de pinheiro foi, talvez, a noite mais esperada por marie-anne, porque é um tipo de atividade que ela gosta de fazer. é um momento que ela pode ficar confortável e se divertir sem ter que usar da etiqueta para parecer comportada ou elegante. por isso que escolheu um visual mais casual, como a it-girl que é, escolheu peças de marcas pequenas da frança, só para que pudesse divulga-las, mas dentro do estilo que ela gosta.
DIA 24 — no baile foi escolhido um vestido vermelho, com detalhes em pérola que combinava com os arranjos de seu cabelo e os brincos longos que usava. um laço na parte de trás complementa o visual natalino elegante escolhido pela selecionada.
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DIA 29 — na sessão de fotos, a roupa escolhida é tradicional chinesa, foi uma roupa que sua mãe usou no jantar de noivado com o seu pai e, por isso, foi escolhido pela selecionada para homenageá-la. as flores estampadas são a representação das flores de pessegueiro que florescem no palácio de verão, em beijing.
DIA 31 — ano novo combina com dourado e o frio combina com terninho, a junção dos dois nos levar a peça da coleção schiaparelli: fall 2015 couture. usou dourado porque fica bem nela e gosta de chamar a atenção, dinheiro ela já tem até demais.
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darkroom-posts · 5 years
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Maybe I lost you.
Resolvi escrever para falar sobre ela e não quero me importar com pontuação com rima e muito menos com palavras bonitas, ela é todo encanto que a poesia precisa para existir, ela ama livraria e tem aquela mania de cheirar as páginas dos livros como se cada uma tivesse um perfume diferente.
Ela gosta de café e passa várias madrugadas escrevendo sobre suas “neuroses e paranóias” como ela diz, mas prefiro dizer que é sobre o quanto ela sente sobre cada pedacinho de sua alma. A cor preferida dela é vermelho porque a lembra do sangue que circula em nossos corpos e mantém os nossos corações ligados pronto pra amar o próximo, a e o céu ela pode passar horas olhando e se perdendo naquela imensidão e também fica horas falando com a lua (não sabe que eu sei, mas já a vi fazendo isso) olhando o formato das nuvens e procurando constelações que ela mesma nem sabe que existem. Ela vai para outra época ouvindo seu jazz e seus rocks antigos, na verdade, ela parece de uma outra época. Ela ama Arctic Monkeys e odeia quem fica olhando o celular quando está ao lado dela, ela é fascinante tem umas manias estranhas e sempre se acha a pessoa mais complicada do mundo. Ela diz que é uma bagunça mas é a bagunça mais perfeita que eu conheço, ela é extremamente apaixonavel e nunca percebe isso. Ela é engraçada sem querer ser e mesmo a risada dela sendo a mais escandalosa que eu já ouvi continua sendo linda, ela não tenta ser quem não é, ela não quer ser igual, ela é diferente, ela só é ela e isso a torna tão incrível. Ela sempre se interessa por caras babacas acho que ela tem um imã que atraí isso porque ela sempre vai atrás de quem nunca tá nem aí pra vida. Ela tem o sorriso mais lindo do mundo acredito que ele seria capaz de acabar com muitas guerras, a e ela finge que não mas adora flores e clichês. Ela ama poesia e por isso deveria amar-se, ela é poesia. Ela é mais que só um rostinho bonito, ela tem essência tem alma e mesmo dizendo que não ela tem um coração enorme. Eu tenho um milhão de coisas pra dizer sobre ela… eu escreveria sobre ela por dias inteiros e não me cansaria ela é a causa das mais diversas sensações que eu sinto e não sei explicar, eu continuo me perguntando como ela não percebeu que a pessoa mais perfeita do mundo se encontra no interior dela mesma.
- 𝗗𝗮𝗿𝗸𝗿𝗼𝗼𝗺
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1dzaynimagines · 7 years
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IMAGINE NIALL HORAN-PARTE 3 Eu nunca havia passado tanta vergonha na minha vida. Sério. Sempre fui aquele tipo de pessoa extrovertida,mesmo com a catástrofe que minha vida sempre foi,e nunca fui tímida,mesmo que eu jantasse com a rainha.Mas naquele salão de jantar,que,com certeza,valia o meu apartamento,meu carro,meu rim e útero juntos,eu parecia que tinha perdido a língua ou toda a cor do meu rosto. A Sra.Horan parecia aquele tipo de mulher que só o olhar dela já te congelava por inteiro,tipo a Penha da Turma da Mônica.Eu poderia chamá-la de Cruela somente pela cara de poucos amigos que ela me lançou.Baixinha,magricela,com um olhar penetrante e com os cabelos devidamente arrumados em um coque perfeito. - De onde a senhorita é?- ela perguntou,sorrindo falsamente.Tive certeza que ela não havia gostado nem um pouco de mim. Engoli em seco e Niall respondeu por mim: - América.- ele respondeu rapidamente- Ela estava fugindo por conta de uma guerra civil-Do que ele estava falando?Niall,querido,pare.Você não sabe o que está falando.-Os pais morreram antes de embarcarem em Londres e achei-a perdida nas ruas.Aí...- o interrompi,lançando um sorriso amarelo. - O Ni..O Sr.Horan achou-me assim que o navio atracou no porto.Eu estava completamente só e doente.-menti,que descarada.Nem parecia que tudo estava sendo inventado agora.Mereço um Oscar.-Nos esbarramos acidentalmente e desmaiei nos seu braços.- essa parte poderia ser considerada como uma meia-verdade. A mãe dele soltou uma risada nasalada que me fez arrepiar por inteiro.Odiava risadas nasaladas,pois a grande maioria eram carregadas de ironia. - O bom foi que eu apenas perguntei de onde a senhorita era.- engoli em seco,acho que ela não transava desde que Niall nasceu,só pode. Ouvi uma leve risada vinda atrás de um jornal.O Sr.Horan abaixou-o,mostrando seu rosto convertido em divertimento com o comentário da esposa. As pessoas aqui se divertiam desse jeito? - Deixe de ser ranzinza,Carlota.Qual o problema eles falarem como se conheceram?Iria perguntar do mesmo jeito.- a mulher revirou os olhos e suspirou profundamente. Estava na cara que ela não transava há muito tempo e nem comia há muito tempo,não era possível. - Seja bem-vinda,senhorita SN.- o pai do Niall disse,sorrindo levemente.-Onde estão seus irmãos,Niall? - Josh foi cavalgar e Lucy está na biblioteca,eu acho. Uns segundos depois,ouvi passos de alguém que estava correndo e uma garota com um rosto corado apareceu.Ajeitou os cabelos que caíram no rosto e sentou-se à minha frente. -Atrasada,Lucy.Como sempre. - a mãe disse grosseiramente e a garota baixou o rosto,envergonhada. Queria cumprimentá-la,mas estava com medo da Sra.Horan jogar um garfo no meu braço,por isso fiquei no meu canto. - Quem é esta,Niall?- a garota perguntou - Uma amiga.SN,esta é minha irmã,Lucy.Lucy,esta é SN. - Prazer.- ela disse sorrindo e sorri de volta. - Obrigada pelo vestido.-falei e ela sorriu mais ainda. - Lucy,você emprestou um dos seus vestidos à ela? - Sra.Horan perguntou como se a filha tivesse quebrado seu vaso favorito. - Fui eu,mãe.- Niall disse com a voz um pouco trêmula.Um garoto daquele tamanho,com medo daquela mulher?Eu também teria. A mulher suspirou pesadamente e olhou para o filho como se ele tivesse pecado o pior pecado do mundo. - Nunca mais faça isso,Niall James Horan. - ela disse e nesse momento,o irmão de Niall,Josh,chegou e começamos a comer. Após o jantar,Niall me acompanhou até ao quarto. - Perdoe-me pela minha mãe. - ele disse - Ah,tudo bem.Desculpa pela bronca que te fiz passar indiretamente.Amanhã eu vou comprar uns vestidos para mim.Alguma loja aceita cheque? Ele gargalhou alto. - Não os seus,querida. - Eu não sou sua querida,Niall James.- disse seus dois primeiros nomes e ele riu da minha tentativa falha de ficar séria.Ah,era totalmente impossível ficar séria ao lado daquele homem. - Ainda não. - ele disse sussurrando,mas eu tinha ouvido.Não falei nada. - Como vou comprar esses vestidos,pelo amor de Deus?Eu só tenho cheque e cartão de crédito. - Cartão o quê?- ele fez uma careta confusa que achei fofa. - É pra facilitar sua vida.Bom,às vezes,pois há momentos que você quer jogá-lo no chão e pisar em cima.Você pode realizar pagamentos com ele quando não tem dinheiro vivo,em cédulas,sabe? - Ah,bom,com certeza não aceitariam esse cartão e muito menos as suas cédulas. - Eles podem guardar com relíquia para que seus descendentes possam utilizá-lo.Estarei fazendo um favor pra eles,acredite em mim. - Não se preocupa com isso,SN.-ele pegou nos meus dois ombros para que eu me acalmasse.- Eu irei com a senhorita amanhã à rua e compraremos alguns vestidos para você. - Não,Niall.Você está vendo esse dedinho?Balançando de um lado a outro?- balancei meu dedo num sinal negativo na cara dele.-Você já fez muito por mim e não posso dar nada em troca.Estou me sentindo envergonhada por abusar da sua hospitalidade.Não quero que gaste seu dinheiro comigo. - Por favor,SN.Serão só alguns vestidos e,modestia à parte,não passarei fome com isso.Tenho dinheiro suficiente e quero ajudar uma amiga. - Eu sou sua amiga?- perguntei um tanto emocionada. -Sim. - ele disse franzindo um pouco as sobrancelhas como se aquilo estive óbvio. - Eu nunca tive um amigo desse jeito.Todos os caras queriam algo em troca e geralmente era sexo e...-ele tapou minha boca. -Não sei como vocês conversam por lá,mas,por aqui,não é muito legal falar disso em público e muito menos entre um homem e uma mulher. - percebi que ele estava vermelho,muito vermelho. -Desculpa. - disse quando ele retirou sua mão.- Ainda tenho que me acostumar com isso. -Tudo bem. - ele sorriu.- Vá descansar,pois amanhã sairemos cedo. - Você não vai comprar nenhum vestido para mim!- falei confiante. Estava saindo da loja com cinco sacolas com vestidos que Niall tinha acabado de comprar para mim.A vontade de estrangular aquele sorriso era grande,mas a vontade de abraçá-lo por estar sendo tão legal comigo era maior.Não eram muitos vestidos,mas o essencial para mim.Falei que não compraríamos mais nada para mim,mas ele disse que eu não poderia ficar sem sapatos. - Niall.Esses vestidos rastejam pelo chão.Ninguém vai perceber meu tênis.- falei e ele revirou os olhos. - Que tamanho você calça?- ele perguntou,ignorando totalmente meu comentário. - Não vou falar.- cruzei os braços com um olhar malicioso. - Tudo bem. - ele puxou meu pé enquanto segurava o meu braço para eu não cair e leu o número que estava no meu sapato.Por que eu falei pra ele que havia numeração dos sapatos no futuro? - Tem sapatos prontos do tamanho 35?- perguntou para o cara que estava com uma fita métrica em volta do pescoço. - Para a dama?- ele perguntou e Niall assentiu. - A senhorita Melbourne encomendou alguns pares,mas 2 não couberam.Acho que servirão para a senhorita.Um instante,por favor. Quando o cara saiu pela porta dos fundos,cheguei perto de Niall. - Quem é a senhorita nome-de-cidade-da-Austrália? - Quê? - ele perguntou e eu bufei. - Vocês já descobriram a Austrália? - perguntei - Já,mas não é um lugar que vá querer ir.É uma colônia penal. O assunto morrer assim que o sapateiro chegou.Eu estava devendo uma a senhorita Melbourne.Os sapatos serviram perfeitamente e eram bonitos,simples,mas charmosos.Do jeito que eu gosto. Após as compras,Niall levou-me para passear pelo parque.Era tudo tão verdinho e bonito. - Eu vinha aqui todas as semanas.Com minha família.Brincávamos,fazíamos piquenique… - Você,seus irmãos e seu pai,né? - A minha mãe também.- ele disse rindo- Ela era uma boa pessoa,até aquele dia. - Desculpa perguntar,mas o que houve? - O casamento dos meus pais foi arranjado.Minha mãe estava apaixonada por outra pessoa,mas teve que se casar com meu pai.Deu à luz a nós três.Não era carinhosa,mas ia ao parque,via a gente se divertir.Mas piorou depois que ela soube que o amor dela se casou com outra pessoa. - Ah.- foi tudo o que eu disse. Sabia que o amor podia mudar as pessoas,mas não sabia que transformava numa pessoa tão rabugenta.Para mim,o amor faz a gente se tornar pessoas melhores.O amor te bota nos trilhos,não te faz perder o caminho. Ficamos conversando sobre várias coisas.Sobre nossas infâncias,adolescência,amores,comidas preferidas,livros e hobbes favoritos.Descobri que Niall gostava de dançar música irlandesa,já se apaixonou por uma garota chamada Betty,ou Bettanny,mas a garota se casou no mês passado,e que ele adorava frango.Imaginei-o num restaurante,comendo loucamente num balde cheio de frango frito e um coca do lado.Ri da situação. Niall era a pessoa mais legal que já havia conhecido.Não sabia se ele sentia o mesmo sobre mim,mas eu me sentia livre para falar tudo que me convinha.Não sentia vergonha dele e gostava disso. Antes do anoitecer,voltamos para sua casa.Mas assim que pisamos na sala de estar para irmos para os quartos,o rosto de Niall empalideceu. - Niall,querido,- sua mãe disse com aquela voz fria e assustadora-chegou bem na hora.Esta é a Elizabeth Melbourne. - É um prazer. - ele fez uma ligeira reverência e beijou a mão da moça muito,muito,muito bonita.Digna de um nome de cidade. - Sente-se,querido.- a Sra.Horan disse e fique ali,parada. - Quem é você?- Elizabeth perguntou e eu sorri. - Uma criada.- a mãe de Niall disse rapidamente – SN,traga chá para as convidadas,sim? - Mãe,o que..-Niall tentou falar algo,mas sua mãe o interrompeu com um gesto com a mão. - Vá logo.- repeti e engoli em seco. Fui até a cozinha e avisei que a madame queria chá para duas convidadas.Depois que ficou pronto,levei até à sala de estar. O povo daquela época não tinha mão por acaso?Porque eu deixei o bule em cima da mesa de centro e todos me olharam como se estivessem esperando algo de mim. - Não vai servir?- Carlota,ou %$@!,disse e servi chá para todos.Segurando-me para não jogar a água quente na cara dela. - Esse casamento vai ser divino.- ela disse sorrindo levemente. Casamento? - Temos que fazer um baile de noivado.- Carlota continuou. Enquanto eu servia o chá,acidentalmente,a Sra,Horan deixou o chá,que por sinal estava quente,cair no meu braço que estava descoberto. Engoli um grito. - Sinto muitíssimo,SN.- ela disse descaradamente e segurei as lágrimas. - Tudo bem. - falei baixinho e peguei a travessa para levar à cozinha. - Não via a hora de casar meu Niall.Ainda por cima com uma jovem belíssima. Gelei.O Niall estava noivo?Da cidade australiana? A travessa deslizou pelo braço saudável e tive que ajoelhar-me para pegar.Que humilhação. Dei as costas e sai.Larguei a travessa na bosta da cozinha e corri até o meu quarto.Droga!Droga!Eu só o conhecia a 2 dias!Por que estava com uma enorme vontade chorar só porque ele vai se casar com outra?Meu braço,senhor. Coloquei uma pomada,que achei na minha bolsa,contra queimaduras e tirei aquela roupa sufocante.Tudo naquele século era sufocante. - Por que eu vim parar aqui? - perguntei quando me deitei na cama,olhando para o teto.- Por que não me mandou para um lugar com bichinhos felizes e pôneis saltitantes? Mas,como sempre,não obtive respostas. E a vontade de chorar só aumentou.Queria chorar,porque meu braço estava doendo,por conta da humilhação que Carlota me fez passar,por estar presa no passado,por ele.Droga.Droga. Droga. ••• Enquanto escrevia esse imagine,ouvi “A way back into love” do Hugh Grant (♥️) e Hayley B,os dois fizeram um filme muito fofo.Sobre a mãe do Niall no imagine,não me baseei em nada na mãe verdadeira dele. Espero que gostem.Tentarei postar a primeira parte do imagine do Harry na quinta.♥️
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walkingwithcandles · 7 years
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Contos de Umbra - Esmeralda, Safira e Rubi
Depois da visita de Eliah, Umbra se tornou um lugar um pouco mais agitado que o normal. As Jóias de Kaliphas, como eram chamadas as vampiras trazidas pelo clã, eram bastante preciosas, mas igualmente arredias. Ninguém conseguia lidar com elas, nenhum tipo de ameaça, castigo ou tortura as subjugava. Além disso, tentar tirar o poder delas à força era inútil, mesmo acorrentadas nos círculos cerimoniais conseguiam quebrar o fluxo energético, arruinando todo o ritual. 
Nunca entendi exatamente qual o propósito de Devon com aquelas mulheres. Blair comentou algo sobre seu desejo de abrir o portal para os Sete Príncipes do Inferno realizarem seu mais íntimo desejo, mas nunca levei em conta — ela costumava mentir muito. Os demais costumavam falar coisas em tom maldoso, não tinha como considerar, ainda que eu concordasse. Alexa não falava comigo sobre esses assuntos, dizia que não queria me envolver, mas ela nunca me falava muito sobre sua vida e isso me deixava bastante magoada. Alexandra não costumava corresponder o que eu fazia por ela, mas eu continuava fazendo. Então não era culpa dela, mas minha. 
Certa vez, as Jóias de Kaliphas foram enviadas para a masmorra por atacarem Devon. Elas ficaram lá por vários dias esquecidas, no frio e no escuro, sem água ou comida. Comentei isso com Alexandra, mas ela deu de ombros. Apenas comentou que era mais fácil ceder aos caprichos dos seus senhores. Às vezes, ela conseguia ser bem fria e egoísta. Eram coisas que eu jamais seria capaz de apreciar, mas fazia parte de quem ela era e jamais deixaria de ser. Da mesma forma que ela se restringia a contar sobre seus problemas, passei a guardar os meus apenas para mim. 
Ninguém merece o esquecimento, ninguém. Nada dói mais que o abandono, não importa sua justificativa. Eu sabia que elas não eram diferentes daqueles que se divertiam com seu sofrimento, até fariam pior se fosse o inverso, mas precisava fazer alguma coisa pelos meus princípios. Como Alexa estava passeando com Devon, eu estava livre das minhas obrigações. Então, saqueei a cozinha, desci até as masmorras e entrei na cela onde elas estavam sem dar explicações. 
Mal abri a porta e fui imobilizada por uma delas. Era Ashena, a mais temperamental e forte.Tinha a pele cor de ébano e olhos verdes como esmeralda. Suas tranças grossas chegavam até a cintura e ela era bem mais alta que eu. Suas unhas estavam fortemente cravadas no meus pescoço e percebi que suas presas estavam sedentas por sangue. As outras ficaram encostadas na parede do lado oposto e nos olhavam com certo temor. 
— O que quer aqui, desgraçada? 
— Não vou poder responder se continuar me enforcando. 
— Não venha com jogos ou não sairá dessa cela com vida. 
— Faça como quiser. 
Ashena segurou meu braço esquerdo e virou meu rosto para o lado, expondo meu pescoço. Suspirei entediada e isso a deixou ainda mais furiosa. 
— Ashena, não! Ela não é como os outros! Sequer é como nós!
Ashena olhou para Lydia e se afastou de mim. Lydia estava sentada no canto, com as roupas rasgadas e sujas e seus cabelos dourados desgrenhados. Parecia estar muito fraca para se mover, então fui até ela, lhe dei água e mostrei a comida que tinha levado. Ela sorriu e seus olhos azuis brilharam. Sem reverência, avançou nos pães com voracidade. Ashena se aproximou desconfiada e ficou de joelhos perto da amiga, beliscando o pedaço de cordeiro que eu tinha embrulhado em um pedaço de couro. 
Decidi dar espaço a elas e me sentei em frente a porta. Observei que a ruiva não se movia e me encarava com indignação. 
— Não está envenenada e sei que está faminta. Por que não come?
— Pode não ser um deles, mas pertence a pior. Não quero nada de você. 
— Deixa de ser orgulhosa, Aryanah — Lydia sussurrou constrangida — Ela não nos fará mal, sei disso. Coma, você está há mais dias sem comer que nós duas. 
Lydia entregou comida a Aryanah que comeu com desgosto. Permaneci sentada, olhando ao redor, alimentando meu ódio por aquele maldito que só emanava desgraça por onde passava.
— Por que está aqui? Por que se importa? — A ruiva perguntou.  
— Seu nome é Aryanah, não é? Sou Andrea. E acho que estou aqui pelo mesmo motivo que permaneço nesse lugar. 
— E qual é? 
— Não sei explicar e nem sei se deveria. Prefiro me guiar por isso e não buscar explicações. 
— Quantas boas escolhas fez até hoje se guiando por isso, Andrea? — Ashena murmurou com a boca cheia de nozes. 
Calei. Baixei a cabeça e me levantei. Senti meu estômago arder e meu paladar amargar. Se eu sinto, não penso. Se penso, não sinto. Mas quando ambos se manifestam em igualdade, tendo a entrar em colapso por me sentir perdida, ainda que eu lutasse por um propósito, um caminho... 
— Vou achar uma forma de fazer com que ele tire vocês daqui. Não quero que sejam forçadas a fazer o que não querem, mas não é sensato viver em tormenta. Não sei o que ele quer, mas sei que vocês têm todo o direito de não querer dar. Sei que sua raça é sedutora, adaptável. Pessoas arrogantes gostam de ser mimadas acima de qualquer coisa, acima da verdade, da honra e do amor... Apenas tentem se poupar...
Sai batendo a porta e ameaçando o vigia, mas já sabia que minha visita naquela cela tinha chegado aos conhecimentos de Devon. Fui ao meu cômodo, tirei minha roupa e deitei. Estava quase adormecendo quando Alexa chegou aborrecida, puxando meu lençol e abrindo a janela:
— Você nunca pensa antes de tomar uma atitude?! Agora ele quer castigar você!
— Espero que capriche dessa vez. Não estou muito disposta a me levantar para fingir que estou sentindo dor. Você faz isso melhor que eu... 
Alexa bateu no meu rosto com força, realmente queria me machucar. 
— Você é assim, não é mesmo? Trata bem gente suja, mas comigo é estúpida sempre que pode. 
— Você chega me repreendendo como se eu tivesse cometido um pecado e eu que sou estúpida? Em que mundo você vive, Alexandra? Não é porquê você se submete a certas coisas que todos os outros estão errados por não fazer o mesmo! Se ele me tocar com o humor que estou, perderá um membro. Então pare de fingir que está aqui por mim, só quer protegê-lo e a si mesma! Saia daqui!
Nunca tinha sido tão rude intencionalmente com ela até aquele momento. Ela era incapaz de fazer outra coisa que não fosse me me criticar, censurar... Respirei fundo e saí do quarto sem perceber que estava nua. Fui até o salão, onde Devon estava conversando com alguns conselheiros e surpreso ao me ver daquela forma, ele se aproximou com um sorriso cínico mandando todos se calarem.
— É uma forma de pedir perdão, Andrea?
— Vim antecipar o castigo e tentar uma barganha. 
— Na sua posição? 
— Sim, na minha posição. Vai querer me ter como mártir ou algoz? Sejamos francos, você não me mantém aqui por capricho de Alexandra. Você adoraria me torturar até a morte, mas por conveniência todos nós acreditamos que sou a protegida da sua preferida. Mas o caso é que você tem medo de mim, principalmente por não saber o que sou, mas sabe do que sou capaz. Só que somos nobres e predispostos a diplomacia. Estou aqui para que brinque de tirano comigo, pois é o máximo que irá conseguir. Chega de falatório. Qual o castigo?
Devon estava vermelho e seus lábios tremiam. Todos ao redor estavam estáticos, não seriam capazes de emitir um ruido sequer, pois temiam a retaliação do seu líder inflamado. 
— Trinta chibatadas. 
— Sessenta pela libertação das Jóias de Kaliphas. 
— Quem você pensa que é para... 
— Apenas tire elas da masmorra e poderá dobrar seu prazer pelo meu sofrimento. Sessenta chibatadas pela libertação de Aryanah, Lydia e Ashena. 
O desgraçado pediu um chicote ao carrasco e pediu que trouxessem as três até o salão. Dois guardas me colocaram de joelhos e amarraram meus braços para que eu não me mexesse. Ao vê-las chegar, Devon começou seu pequeno discurso:
— Vocês são selvagens imundas, incapazes de sentir medo, dor ou gratidão. Preferem morrer a colaborarem com nossa nobre causa. Preferem o sofrimento a aceitarem sua condição. Estão vendo? Olhem para ela! Ela está aqui por ter desacatado minhas ordens por vocês. Generosamente se dispôs a receber o dobro do castigo para liberar vocês do castigo que mereceram por serem egoístas incorrigíveis. Espero que com isso todas vocês aprendam uma lição valiosa: Aqui só meu desejo importa!
Ele começou a me açoitar com toda sua força. Eu não emitia um único gemido. Não deixava qualquer emoção transparecer no meu rosto. Meu sangue espirrava e aos poucos o salão se enchia, atraídos pelo estalar do chicote. Ashena se ajoelhou e baixou a cabeça. Sentia impotência, vergonha. Lydia chorava compulsivamente. Era como se estivesse dividindo minha dor. Aryanah não se mexia, parecia uma estátua de mármore. Olhava no fundo dos meus olhos, não piscava, mal respirava. 
Olhei tudo em volta. Alguns riam da cena, outros cochichavam. A maioria optou pelo silêncio. Aquela não era a primeira vez e nem seria a última, mas o motivo causava um desconforto em uma fração mais sensível. Eles não gostavam de mim e eu os detestava. Tudo fica nítido na dor. Tudo fazia sentido. Era o melhor que eu podia fazer e o que eu queria. E para mim bastava.
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