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#o guardador de rebanhos
juancarlosserrano · 11 months
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Si yo pudiera morder la tierra entera y sentirla en el paladar, sería más feliz un instante... Más no siempre quiero ser feliz. Es necesario ser de vez en cuando infeliz para poder ser natural... No todo es días de sol y la lluvia, cuando falta mucho, se ruega. Por eso tomo la infelicidad con la felicidad con naturalidad, como quien no se extraña que haya montañas y llanuras y que haya peñascos y yerba... Lo que se precisa es ser natural y tranquilo en la felicidad o en la infelicidad, sentir como quien mira, pensar como quien camina, y cuando se va a morir, acordarse que el día muere, y que el poniente es hermoso y hermosa la noche que permanece... Así es y que así sea...
– Alberto Caeiro (Fernando Pessoa), El guardador de rebaños: XXI
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cartografiadaausencia · 7 months
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Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas pessoas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos…
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem não anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros…
Alberto Caeiro, "O Guardador de Rebanhos"
12.03.2020
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maryflorlovyblog · 7 days
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"My look is clear like a sunflower I have the outfit to walk the roads Looking right and left, And every now and then looking back... And what I see every moment It's something I've never seen before, And I know how to do that very well... I know how to take the essential step Who has a child, if at birth, Notice that he was actually born... I feel born every moment For the eternal novelty of the World..."🌻🌻
[Alberto Caeiro -Note: Excerpt from "O Guardador de rebanhos", from the book "Poemas de Alberto Caeiro", by Fernando Pessoa (heteronym Alberto Caeiro).]
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o-druida-ebrio · 1 month
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— Poema "Guardador de Rebanhos", de Fernando Pessoa, no livro "Poemas de Alberto Caeiro [O Guardador de Rebanhos]". (Ed. Ática; 10.ª edição [1993]).
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schizografia · 1 month
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Verso il 1912, salvo errori (che comunque sarebbero minimi), mi venne l’idea di scrivere qualche poesia di indole pagana. Abbozzai qualcosa in versi irregolari (non nello stile di Álvaro de Campos, ma in uno stile di media regolarità), e lasciai perdere. Si era abbozzato in me, tuttavia, in una maltessuta penombra, un vago ritratto della persona che stava scrivendo quei versi. (Era nato, senza che io lo sapessi, Ricardo Reis). Un anno e mezzo, o due anni dopo, un giorno mi venne in mente di fare uno scherzo a Sá-Carneiro: di inventare un poeta bucolico, abbastanza sofisticato, e di presentarglielo, non mi ricordo più in quale modo, come se fosse reale. Passai qualche giorno ad elaborare il poeta ma non me ne venne niente. Alla fine, un giorno in cui avevo desistito — era l’8 marzo 1914 — mi avvicinai a un alto comò e, preso un foglio di carta, cominciai a scrivere, in piedi, come scrivo ogni volta che posso. E scrissi trenta e passa poesie, di seguito, in una specie di estasi di cui non riuscirei a definire la natura. Fu il giorno trionfale della mia vita, e non potrò più averne un altro simile. Cominciai con un titolo, O Guardador de Rebanhos. E quanto seguì fu la comparsa in me di qualcuno a cui subito diedi il nome di Alberto Caeiro. Mi scusi l’assurdità della frase: era apparso in me il mio Maestro. Fu questa la mia immediata sensazione. Tanto che, non appena scritte le trenta e passa poesie, afferrai un altro foglio di carta e scrissi, di seguito, le sei poesie che costituiscono Chuva Oblíqua di Fernando Pessoa. Immediatamente e totalmente… Fu il ritorno di Fernando Pessoa - Alberto Caeiro al Fernando Pessoa - lui solo. O meglio, fu la reazione di Fernando Pessoa alla propria inesistenza come Alberto Caeiro.
Apparso Alberto Caeiro, mi misi subito a scoprirgli, istintivamente e subcoscientemente, dei discepoli. Estrassi dal suo falso paganesimo il Ricardo Reis latente, gli scoprii il nome e glielo adattai, perché allora lo vedevo già. E, all’improvviso e da derivazione opposta a quella di Ricardo Reis, mi venne a galla impetuosamente un nuovo individuo. Di getto, e alla macchina da scrivere, senza interruzioni né correzioni, sorse l’Ode Triunfal di Álvaro de Campos: l’Ode con questo nome e l’uomo con il nome che ha.
Fernando Pessoa, Lettera a Adolfo Casais Monteiro
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velhojupiter · 1 year
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Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho.
O guardador de Rebanhos. Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa.
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carlosdmourablog · 1 year
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O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"
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(...)
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."
Fernando Pessoa, (Alberto Caeiro)
"O guardador de rebanhos" (1911 - 1912)
Antologia poética
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empessoa · 9 months
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Alberto Caeiro
8-3-1914
― “O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).
. Foto: almanakedanemeton.wordpress
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lisboaumretrato · 9 months
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O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
O Guardador de Rebanhos In Poemas de Alberto Caeiro Fernando Pessoa, 1914
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la-zu-li · 10 months
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Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
E se a terra fosse uma coisa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
“O Guardador de Rebanhos”, Alberto Caeiro
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O luar através dos altos ramos,
Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.
Mas para mim, que não sei o que penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos.
Alberto Caeiro - Heterônimo de Fernando Pessoa, in 'O Guardador de Rebanhos - Poema XXXV'
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Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca. Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor Me sinto triste de gozá-lo tanto, E me deito ao comprido na erva, E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, Sei da verdade e sou feliz.
Alberto Caeiro - Fernando Pessoa
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piece-of-my-heart2 · 12 days
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O mistério das coisas, onde está ele? Onde está ele que não aparece Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? Que sabe o rio e que sabe a árvore E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas, Rio como um regato que soa fresco numa pedra. Porque o único sentido oculto das coisas É elas não terem sentido oculto nenhum, É mais estranho do que todas as estranhezas E do que os sonhos de todos os poetas E os pensamentos de todos os filósofos, Que as coisas sejam realmente o que parecem ser E não haja nada que compreender. Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: — As coisas não têm significação: têm existência. As coisas são o único sentido oculto das coisas.
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa.
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o-druida-ebrio · 2 months
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— Poema "Guardador de Rebanhos", de Fernando Pessoa, no livro "Poemas de Alberto Caeiro [O Guardador de Rebanhos]". (Ed. Ática; 10.ª edição [1993]).
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nedsecondline · 3 months
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Fernando Pessoa – Pensamentos.me/VEM comigo!
” Sinto- me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.”   Fernando Pessoa. PESSOA, F. O guardador de rebanhos. Porto: Civilização. 1997 https://www.pensador.com   Marii Freire. https://Pensamentos.me/VEM comigo! Imagem:pinterest/ James Graham Santarém, Pá 30 de janeiro de 2024 Source: Fernando Pessoa – Pensamentos.me/VEM comigo!
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