Tumgik
#igualdade sendo desigual
Text
Tumblr media
PARE DE JOGAR SUAS FRUSTRAÇÕES NAS COSTAS DE QUEM LUTA TODOS OS DIAS PARA TER UMA VIDA MELHOR,QUERER IGUALDADE USUFRUINDO DAS CONQUISTAS DE OUTRAS PESSOAS, NÃO É REALMENTE IGUALDADE, ESQUEÇA A VIDA DO PRÓXIMO,VAI A LUTA, CONQUISTE TUDO QUE DESEJA, ASSIM NÃO TERÁ TEMPO PARA INVEJAR MAIS NINGUÉM.
Jonas R Cezar
9 notes · View notes
bursinbrasil · 2 years
Text
Kerem Bürsin participa da celebração dos 8 anos do movimento HeForShe na Turquia
O ator compareceu à palestras e workshops educativos junto de jovens de todo o país nesta terça-feira (20) em Istambul
Tumblr media
Hoje (20), aconteceu a celebração do aniversário de 8 anos desde a primeira ação do movimento criado pelas Nações Unidas, HeForShe, na Turquia. Para celebrar esse dia, foram convidados jovens socialmente engajados e ativistas dos quatro cantos do país para um dia de palestras e workshops sobre a pauta que motiva o movimento ao redor do mundo: a igualdade de gênero. Como embaixador do movimento na Turquia desde Dezembro do ano passado, o ator Kerem Bürsin também participou desse momento e o jornal turco Gazete Mag registrou o momento.
Kerem já participou de inúmeras ações da HeForShe ao longo dos anos, sendo recentemente nomeado embaixador oficial do movimento e tendo assim participado de vários eventos online e presenciais em nome da marca, para divulgação do movimento e conscientização da causa feminista.
O jornal Gazete Mag conversou com o ator no evento sobre o que significa HeForShe para ele e comentou um pouco sobre esse dia especial. Leia:
“Estou muito agradecido por me juntar com jovens amigos e trabalhar com eles por uma sociedade igualitária. Ver suas perspectivas e ouvi-los nos lembra que podemos nos desenvolver e aprender em cada etapa da vida, ou seja, a mudança é possível e juntos podemos fazer isso. De acordo com o último relatório da ONU Mulheres, se continuarmos no ritmo que estamos, a igualdade de gênero só será alcançada após 300 anos. Esse processo (projetos da HeForShe) busca acelerar isso e os homens devem ter um papel ativo nessa conversa. Os homens devem assumir a responsabilidade de serem mais igualitários. Para isso, devem se reunir mais frequentemente, conversar sobre suas experiências [em uma sociedade desigual] e achar maneiras de eliminar a desigualdade. Este evento é o primeiro de nossos encontros com a HeForShe, e continuaremos nos reunindo com jovens, homens e mulheres, conscientizaremos juntos a população sobre essa questão e discutiremos sobre o papel transformador dos homens na construção de um futuro igualitário.”
O movimento foi celebrado nas redes sociais com as hashtags #HeForShe8Yaşında e #BenDeğilsemKim (Se não eu, quem?), o slogan oficial do movimento na Turquia.
*Atenção: Algumas partes da matéria podem ter sido levemente modificadas para melhor compreensão do leitor, sem que prejudique o contexto original da fala do artista.
3 notes · View notes
pacosemnoticias · 4 months
Text
Elementos da PSP e GNR vão endurecer protestos devido à falta de resposta
A plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR manifestou hoje "preocupação e desilusão" pela ausência do ministro da Administração interna na reunião e anunciou que vão endurecer os protestos devido à falta de resposta do Governo.
Tumblr media
Em comunicado, a plataforma, composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, indica que os dirigentes desta estrutura estiveram reunidos, na quarta-feira, no Ministério da Administração Interna com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, em resposta "ao pedido de reunião urgente" para negociação dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
"Agradecemos o facto de termos sido recebidos, no entanto demonstrar preocupação e desilusão por não estar presente o ministro da Administração Interna", refere aquela estrutura, sublinhando que a atual situação no seio das forças de segurança é "altamente fraturante" e os responsáveis são "natural e obrigatoriamente os membros do Governo".
Em causa está o facto de o Governo ter aprovado, a 29 de novembro, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês, considerando os elementos da PSP e GNR ser "o tratamento desigual e discriminatório".
"Uma decisão de atribuição do suplemento de missão à PJ, num Governo responsável, devia ser necessariamente avaliada e ponderada, tendo em conta os necessários e expectáveis impactos e efeitos colaterais, não sendo razoável e curial que um Governo opere a várias velocidades, gerando assimetrias e diferenças entre carreiras totalmente inadmissíveis à luz do princípio da igualdade de tratamento, ainda para mais tendo em conta a natureza do suplemento em questão", refere aquela estrutura no comunicado.
Segundo a plataforma, a secretária de Estado indicou que estavam a ser desenvolvidos estudos para avaliar o aumento dos suplementos remuneratórios.
Esta estrutura considera que é "totalmente desnecessário", uma vez que os estudos já estão feitos, pois são aqueles que suportam o pagamento do suplemento de missão à PJ nas mesmas condições.
"O racional que está subjacente ao valor do suplemento de missão da PJ encaixa perfeitamente à PSP e GNR", uma vez que abrange "a penosidade, insalubridade e risco da atividade policial", mas devia também"compensar a restrição de direitos", precisa, sublinhando que os elementos da PSP e GNR não têm direito à greve, ao contrário do que acontece na Polícia Judiciária.
A plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR avança ainda que vão "endurecer as formas de luta", apelando à mobilização geral de todos para os protestos que se avizinham devido à ausência de resposta do Governo.
Os vários sindicatos da PSP têm agendados para sexta-feira plenários de protesto nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro e nos Comandos de Polícia de Lisboa, Porto e Faro.
Como a PSP não tem direito à greve, os sindicatos pedem aos polícias que submetam o requerimento que permite a dispensa de 15 horas anuais para assistirem a reuniões e plenários.
Fazem parte desta plataforma a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Nacional Autónoma de Guardas, Associação Nacional de Sargentos da Guarda, Associação Socioprofissional Independente da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, Sindicato dos Profissionais de Polícia, Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Sindicato Nacional da Polícia, Sindicato Independente de Agentes de Polícia, Sindicato Nacional da Carreira de Chefes e Sindicato Unificado de Polícia.
0 notes
pontodepartidapdp · 11 months
Text
QUESTÃO SOCIAL
As questões sociais são problemas intrincados que afetam as pessoas em diferentes sociedades ao redor do mundo. Essas questões são complexas e variadas, abrangendo desde desigualdade econômica e pobreza até discriminação racial, de gênero e social. Neste artigo, exploraremos algumas das questões sociais mais prementes da atualidade, examinando suas causas, impactos e possíveis soluções.
1. Desigualdade Econômica:
A desigualdade econômica é um problema global que resulta em disparidades gritantes entre os ricos e os pobres. Analisaremos as causas subjacentes desse fenômeno, como a distribuição desigual de recursos, a falta de acesso a oportunidades educacionais e empregos dignos, bem como suas consequências negativas para a sociedade. Além disso, discutiremos abordagens que visam diminuir a desigualdade econômica, como políticas de redistribuição de renda e programas de inclusão social.
2. Discriminação e Preconceito:
A discriminação baseada em características como raça, gênero, religião e orientação sexual continua sendo uma questão social significativa. Exploraremos as diversas formas de discriminação que existem e como elas afetam as pessoas em diferentes contextos. Discutiremos também a importância da conscientização, educação e da promoção da igualdade para combater o preconceito e construir sociedades mais inclusivas.
3. Acesso à Educação e Saúde:
O acesso equitativo à educação e saúde é essencial para o desenvolvimento humano e o progresso social. Abordaremos as disparidades no acesso a esses serviços básicos e os efeitos negativos que elas têm nas comunidades marginalizadas. Além disso, discutiremos estratégias para melhorar o acesso à educação de qualidade e aos cuidados de saúde, bem como sua importância na redução das desigualdades sociais.
4. Mudanças Climáticas e Justiça Ambiental:
As mudanças climáticas são um desafio global que afeta desproporcionalmente os mais pobres e vulneráveis. Analisaremos as conexões entre questões sociais e ambientais, destacando a importância da justiça ambiental. Exploraremos como a exploração desigual dos recursos naturais e a poluição afetam comunidades marginalizadas, bem como abordagens para promover a sustentabilidade e garantir uma distribuição justa dos benefícios e ônus ambientais.
Conclusão:
As questões sociais são desafios complexos e interconectados que exigem ação coletiva e comprometimento para serem resolvidos. Neste artigo, apenas arranhamos a superfície de algumas dessas questões, mas é fundamental reconhecer a importância de abordá-las para construir um mundo mais justo e igualitário. Ao promover a conscientização, a educação e o engajamento ativo, podemos trabalhar juntos para superar esses desafios e criar sociedades mais inclusivas, onde todos tenham oportunidades iguais de desenvolvimento e realização pessoal.
0 notes
escritordecontos · 4 years
Text
Altered Carbon
SE O PAPA QUER FALAR DE I.A., espero que tenha assistido Altered Carbon, ontem assisti os 2 primeiros episódios da segunda temporada. Não sei, mas me pareceu, até agora, que a primeira era mais interessante que a segunda. Preciso avançar mais para poder fazer tal afirmação, mas muito, afinal, a temporada tem apenas 8 episódios. Acaba rápido. Quem não assistiu a temporada 1 e pretende ver, cuidado que este post pode conter spoiler, se bem que não pretendo me ater a trama, apenas na ideia de IA e se "amortal", temas que acho fascinantes. A série que retrata um tempo muito a frente do nosso, sei lá, pelo menos 250 anos, talvez mais, é possível morrer sem morrer, ou seja, trocar de corpo quando o corpo não servir mais, uma coisa meio reencarnação sem o lado espiritual e tal. A vida, ou talvez a alma, enfim, a coisa que anima o corpo orgânico, físico, acho qeu você entendeu, o corpo, fica numa espécie de cartucho que é acoplado a esse corpo, mas não como um simples chip que se coloca e liga e tal, o processo é mais complexo, sei lá, tipo um encarnar da alma no corpo, claro, não num corpo de recém nascido, mas na forma adulta que a pessoa já tinha ou deseja adotar podendo mudar de aparência. Só que isso é muito caro, pessoas comuns podem fazer isso apenas uma vezes, talvez por algum direito e tal, e tem também corpos de qualidade superiores e corpos fuleragem que são sintéticos, tipo comprar casaco de pele sintética, de ser uma comparação meio estranha em tempo de salvar os animais da crueldade humana. Em tempo, os bons corpos não são corpos de outras pessoas, são feitos sei lá do que. Nas cenas que mostram isso acontecendo parece ser um processo dolorido, feito dentro de uma câmara com um líquido que faz lembrar um útero materno e tal. Penso que se um dia chegar a esse ponto tudo poderá ser diferente, mas na série é assim e pronto. Gosto dessa ideia de ser "amortal", bem diferente de ser imortal, o caríssimo Harari em Homo Deus já aborda essa possibilidade para um tempo não tão longe, claro, ainda não se trata de mudar de corpo, mas em ter um corpo mais resistente que dure mais tempo, ele acredita que em algumas décadas a estimativa de vida pode se elevar para 150 anos. Isso é muito confortante principalmente para as pessoas que acreditam que morreu e acabou, que não tem vida após a morte, nem paraíso e nem inferno e muito menos reencarnação. É preciso entender que assim como na série e na teoria de Harari essa vida estendida é para poucos, muito poucos, é para os muito ricos. Afinal, hoje já vemos isso no mundo e em particular no Brasil, saúde custa caro, muito caro. E o Brasil é o único país com população de mais de 200 milhões de pessoas que oferece saúde gratuita. Às vezes quando queremos reclamar da saúde pública no Brasil tomamos por referência a saúde na Suécia, Dinamarca, Noruega, enfim, dos pequenos países ricos. Ignorando que países ricos populosos como Estados Unidos e outros tem a mesma dificuldade que o Brasil em oferecer saúde gratuita. A saúde pública e a educação pública bem como a previdência social estão com os dias contados. E quando isso acabar de fato vai acentuar ainda mais as diferenças entre pobres e ricos. O mundo tende a se tornar num lugar cada vez mais desigual. Diria que nossa geração testemunhou um dos melhores tempos da história, chegamos a um ponto que o ideal de igualdade quase permitiu em algumas partes do planeta que realmente houvesse igualdade, mas já atingiu o pico e agora estamos em fase de decadência, ladeira abaixo. Prepare-se, dias melhores não virão, dias piores serão certos. Se o papa se preocupa com a inteligência artificial, na série os católicos são contra a troca de corpos, que é chamada de "reencapar", sendo o corpo apenas uma capa para alma, uma ideia de Platão, corpo como prisão da alma. O papa Francisco alerta para questões éticas da I.A. e pede que o ser humano seja tratado como prioridade, conforme lemos na matéria da coluna >>> Tilt/UOL. Na série aqueles que vivem centenas de anos porque são muito ricos e podem mudar de corpo sempre que desejarem são chamados de Matusas, uma referência a personagem bíblica Matusalém que viveu 900 anos. Os Matusas da série evidentemente não se preocupam com religião porque tem dinheiro e vida em abundância, não morrem, mantém sempre a aparência que desejam e podem gozar a vida como bem entendem. (tem um outra série que as pessoas também não morrem, elas entram numa câmara com um líquido que as restaura das doenças e excessos, mas não mudam de corpos) Na matéria a que me referi o papa entrega um documento pedindo um trato ético e humano para a questão para a IBM e Microsoft, isso aconteceu numa cerimônia no Vaticano ontem (28/02). A ciência dando ouvidos à religião. É interessante isso, o poder real da religião e do papa estão cada vez mais minguados, é como o poder real da rainha da Inglaterra, é real só de nome, mas todo mundo gosta e quer visitar e estar com Elizabeth II. Com o papa acontece a mesma coisa, Mark Zuckerberg e sua esposa estiveram com o papa em 2016, em janeiro daquele ano Tim Cook da Apple esteve com Francisco e no mês seguinte foi a vez de Kevin Systrom, cofundador do Instagram e na época seu executivo-chefe. O avanço da tecnologia é vertiginoso, galopante, avança geometricamente, não pode mais ser parado. A I.A. chegou e vai cada vez mais estender seus tentáculos e abraçar o mundo. Hoje é possível fazer muita coisa dispensando o serviço do ser humano que está se tornando obsoleto rapidamente. Apps cada vez mais resolvem nossas coisas.
2 notes · View notes
gustavonobio · 4 years
Audio
Música e Letra: Gustavo Nobio - © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados.
♫ “Melanina Em Pauta” ♫    Afros, indígenas e europeus construíram um Brasil multifaces E contribuíram pro crescimento de um país tropical, desigual e demagógico Livros ordinários ensinam tudo errado, deflagram guerra de classes A questão é desprezada e omitem a verdade sobre um passado histórico Camuflar não adianta, a situação já é sabida/Concentrada pigmentação é reprimida/Ligar a tevê você deve para ver a mesmice que pesa em minha retina/Somente um modelo “alvo” de beleza predomina/A mão de obra escura que fez a construção dessa nação teve pouco ou nenhum valor/Se atualmente os olhares contra a “cor” são cheios de rancor/Antigamente quilombolas eram atormentados com muita dor/(Ô!)/Ao chegarem no litoral brasileiro vindos do berço africano/Foram recebidos por escravocratas e inquisidores como peças e profanos/Depois de tudo que sentiram na pele os iorubás, malês e bantos/O saldo foi chão encharcado de sangue e rosto molhado de prantos/Os escravos foram duramente tratados/A base de trabalho forçado/E chibatadas de marcar o “lombo”/Castigo que os fez refugiarem pro quilombo/Hoje temos a liberdade/E desconhecemos a igualdade/Qual é motivo de tanto orgulho?/Será que moralmente somos sujos?/A sujeira está na cabeça de quem discrimina/Que pensa estar por cima/Rejeitando seres humanos que têm na pele um tom escuro de melanina Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação Lamentavelmente os negros tiveram uma trajetória marginalizada/Pois da escravidão se tornaram livres sem direito a nada/Sem alimento e sem morada/O crime foi a única solução/Para um povo cor de ébano que não tinha opção/Muito menos um ganha-pão/A favela se tornou a sua casa por falta de condição/Só há um reconhecimento conveniente/Quando o neguinho passa a ser uma pessoa eminente/Aí, todos oferecem a lua, o sol e todo o continente/Devagar estamos conquistando o nosso espaço/Firmando nossa negritude de mente articulada e peito de aço/Humildemente chegando ao estrelato/E mostrando que ser ‘bléque’ não é estar na moda e sim ser um fato/Não cruze os braços, seja ágil feito um negro gato/Batalhe por sua ascensão, por melhores salários e melhores papéis na televisão/Chega de interpretar subordinado ou ladrão/ (É assim que tem que ser/Lute pelo poder)/A teoria que afirma a superioridade do homem caucásico sobre os demais é infundada, foi quebrada e deve ser ignorada/Pois é desconexa a segregação pregada/Pelos radicais racistas, pelos grupos extremistas/Não quero meus semelhantes perseguidos como os judeus pelos nazistas Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação São cães raivosos e não consigo me conformar/Com procedimentos preconceituosos que gente estúpida insiste em adotar/Sabe de longa data que é fruto da miscigenação/(Aceitando ou não está no sangue!)/Tem a cara pau de promover a discriminação/(Falta de decoro, coisa infame!)/Odeia samba-canção, mas ama rock and roll derivado do blues dos campos de algodão/(Então, perceba o liame!)/Está vestindo a camisa do Bob Marley... fumando a erva caliente/Está curtindo o som ousado do Jimi Hendrix... com a guitarra entre os dentes/Faz capoeira e toca berimbau eximiamente/E todo ano pula nos blocos do carnaval baiano enlouquecidamente/(Fui claro, fui entendido?/Pense bem nesse assunto que está sendo discutido)/O racismo humilhou e espancou vários irmãos como se fossem algo empedernido/Provocou a ira dos Panteras e retraiu outros altamente constrangidos/Você que renega sua ancestralidade e acha que descende da suposta raça ariana/Saiba que seus antepassados eram negros e mulatos que colheram o café e cortaram muita cana/Não siga exemplos de uma podre sociedade deletéria/Há uma mistura correndo em sua artéria Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação
Do álbum Sucessos Nobianos Que O Mundo Nunca Ouviu!
  •  Gustavo Nobio: voz e vocais / all vocals •  Bruno Marcus: programações de teclado, guitarra, "loops", mixagem e edição digital / keyboards programming, loops, mixing and digital edition •  Concepção musical / Musical conception: Gustavo Nobio •  Gravação e mixagem / Recording and mixing: Bruno Marcus (Tomba Records)  
Tumblr media
1 note · View note
fadasbrasileiras · 3 years
Text
Ditadura digital e a eutanásia de identidade.
Tumblr media
Um golpe silencioso nos foi dado e a liberdade de nos expressar de forma individual, valorizando nossas diferenças, se tornou inexistente. A padronização segue em crescimento, e tudo aquilo que acende em oposição é marginalizado. Essas palavras parecem o epílogo de um livro de ficção distópica, certo?
Porém não. Se prestar bem atenção, vivemos essa realidade sem ao menos nos darmos conta, e somos contaminados voluntariamente, a cada nova postagem e interação nas redes sociais. Lugar em que acreditamos ter liberdade, e sermos valorizados por nossas individualidades. Mas que a cada coração enviado e recebido para completos estranhos, nos perdemos cada vez mais. Perdemos nossas identidades e personalidades, para sermos aceitos, estamos no centro das atenções, e ter o máximo de corações que pudermos. Mesmo que não sejamos mais a pessoa que está fora da tela, e abriga um coração real.
Não sei se já reparou, mas de forma automática tomamos nossos aparelhos celulares nas mãos, e saímos a distribuir dois cliques em cada foto ao longo da extensão que o polegar nos abre, repetidamente debaixo para cima. Mas aí te pergunto: Por que você "gostou" de todas aquelas imagens? O que elas dizem para você? Consegue se lembrar de algum elemento que te cativou de verdade, e que você realmente gostou? Sim, eu sei! É difícil responder a essas perguntas. Mas por obrigação deveríamos ter a resposta para elas, afinal são nossos ''gostos'', e ninguém os pode controlar além de nós mesmas(os), certo? Ou caso contrário, estaríamos sendo manipulados, controlados pelo automatismo de consumir, aprovar, desejar, e participar, daquilo que não requer nossa real importância.
E assim somos levados todos os dias, de 5 a 8 vezes em que clicamos no ícone colorido de câmera minimalista. Automaticamente consumindo sem saber do que se trata, sem nenhuma profundidade nessa relação social. Já me perguntei dezenas de vezes, qual é o valor desses corações virtuais. O que isso representa? E refletindo me dei conta que todos buscamos por uma coisa: ser notado. Receber atenção, para aquilo que somos, fazemos ou que fingimos ser e fazer. Na teoria, as redes sociais constituem um espaço de criação e compartilhamento de grande parte daquilo que fazemos no mundo real. 
Temos a oportunidade de mostrar para um número infinito de pessoas, quem somos realmente. Temos um espaço, para compartilhar nossos gostos e desgostos. No resumo da ópera, interagir com diversas culturas, diferentes pessoas, e toda pluralidade que o mundo real oferece, mas de forma rápida. Assim na teoria, as redes sociais são a forma prática de aldeia global, dita por McLuhan nos anos 60. A globalização nutre os conteúdos, e cria um mundo mais integrado e igual. Bom, seria ótimo se fosse assim, certo? Oportunidades iguais, as diferenças sendo valorizadas, e todos se integrando e recebendo atenção de forma positiva e igual. Mas eu e você, sabemos que não é bem assim na prática.
Quando foi a última vez, que você interagiu com um conteúdo diferente? Mas diferente mesmo. Não estou dizendo para mudar as palavras de lugar, usar uma outra peruca ou música, e produzir ''6'' chamando de ''meia dúzia''. Estou falando de diferente mesmo, ou seja, fora do padrão. Sim! Esse padrão que passou pela sua mente agora. É dele mesmo que estou falando! Qual foi a última vez que você não o viu nas suas redes sociais? Pois é, dentro dessa infinita loucura de receber o coração de pessoas que não sabemos o som de seus batimentos reais, o sistema criado e aprovado por nós mesmos, retém seus favoritos. Aqueles que sempre serão o motivo da admiração de todos, os merecedores de 3 dígitos e a letra K no final, para indicar seu público fiel. Aqueles que não somam e nem contribuem nas causas da vida real, mas que mesmo assim, enaltecemos sua originalidade plagiada, e os aplaudimos com nossos pixelados corações. E estas criaturas, eleitas pelo sistema virtual, são ninguém mais que: as(os) padronizadas (os).
Já cansei (e espero que você também tenha) de ver garotos e garotas, homens e mulheres (em sua maioria brancos. Só para constar a base do close errado, que continuamos a ''gostar''), com o mesmo estilo, fazendo as mesmas "coisas" e usando as mesmas hashtags, para chamar a atenção para a foto de seu padronizado perfil. Eu sei que você sabe do que estou falando. E dessa forma, suas ações explodem em uma sequência incontável de repetições. Sendo elogiados pela originalidade de suas criações, que possui 550 milhões cópias idênticas, em toda extensão dos nossos ''globalizados'' feeds sociais.
Todos querem ser o mínimo parecidos com ''os padronizados''. Já que se eles recebem tanta atenção, tanto amor, por que não ser como eles? Mesmo que eu deixe de ser eu mesma(o), parando de produzir aquilo que acredito, para produzir o que é fácil de ser consumido. E que eu sei que não somará nada no mundo real. Porque não me enganar mais um pouco? Sim! Sei que já pensou assim, porque eu já pensei e ainda penso. É natural, afinal de contas a única diferença que vemos e interagimos nas redes sociais, é a troca do ''meia dúzia'' pelo número ''6'', e vice-versa. Toda essa padronização repercute de forma tão absurda, que é difícil querer sair do rebanho, quando ''o padrão'' é tudo aquilo que vemos ''dar certo'' e ser ''aceito''.  Mas é necessário acordarmos. E o mais rápido possível!
Pense, se todos esses conteúdos fabricados e genéricos, que recebem toda nossa atenção, fossem de fato conteúdos e questões de importância no mundo real, como por exemplo as petições ambientais. Como nosso mundo seria? Ou melhor, se todos os ''likes'' fossem revertidos em votos, poderíamos retirar com folga, aquele ser desprezível e degenerado do governo do país, certo?. Esses são apenas exemplos, mas que nos põe a pensar: se toda a atenção que damos para páginas e pessoas, que aparentemente não se importam com nada menos que os seus ‘’recebidos", fossem voltada para as causas e pessoas que impactam e realmente importam no mundo fora da tela. Como seria a nossa sociedade? Já pensou nisso? Por isso digo, que já está mais do que na hora de acordarmos.
Hoje felizmente, começamos a ver um mundo onde as minorias raciais e de gênero lutam para surgir em visibilidade, onde a queda de estereótipos e padrões começam a sair da teoria. Todas as mudanças alcançadas até agora, tendem apenas pelo progresso, não há mais como voltar atrás. Mas sabemos bem, que existe em contraponto, mentes que cismam em construir um padrão a ser obedecidos e invejado por todas(os). Fazendo com que todas as conquistas positivas percam seu valor, e que todos aqueles que querem ser diferentes sejam massacrados pelo ''exército padrão''. E o ''exército padrão'' que estou falando, é todo conteúdo e pessoa que se enquadra como ''mais do mesmo''. E que continuam a acender na internet, reforçando com rédeas curtas, todo tipo de estereótipo, preconceito, descriminação; e toda infinita sujeira que o padrão nos faz sofrer. E o pior disso tudo, é que tamanho absurdo infelizmente não se retém atrás da tela, mas ruge ferozmente no mundo real.
Os algoritmos das redes sociais, por sua vez, também não são justos. E a divulgação daquilo que realmente importa, ficará sempre um passo atrás de tudo aquilo que é padronizado, rápido e fácil de ser consumido. Sem precisar usar nossa preciosa e preguiçosa massa cefálica, com dois cliques continuamos a nutrir essa cadeia desigual, sem nem sabemos o nome da pessoa que acabamos de ''gostar''. Se a vida virtual é um reflexo da realidade, vemos que no fundo ninguém quer equiparar as massas, ninguém quer colocar o empregado ao lado do patrão. Mesmo que digitalmente, a desigualdade social está mais real do que nunca. 
Não é preciso pensar muito, mas quantos perfis você já se deparou na tela do seu celular, que tinham ótimos conteúdos e que te fizeram pensar sobre a vida, ou apresentavam um formato diferente do habitual. Mas que não tinham sequer um público com a numeração na casa da centena? E que mesmo tendo noção do que se tratava você deslizou para cima, e abandonou aquela página para curtir o "Faria vs Não Faria" da quadragésima oitava pessoa que repetiu esse conteúdo, ainda naquela hora?? É irônico pensar que por ser um serviço de interação "gratuito", as oportunidades seriam iguais para todas(os). Afinal é o mundo digital, e por natureza é a frente dos nossos tempos, cromado e visionário, assim como Matrix. Mas não! Matrix é reproduzido na forma que vivemos essa simulação de igualdade sem querermos acordar e ver todas as mentiras. 
A desigualdade digital surge tão rápido como um raio, dissimulando nossas certezas, e manipulando aquilo que apoiamos e reprovamos. Quantas vezes você já viu o mesmo conteúdo sendo reproduzido por uma pessoa padrão, e por uma pessoa "diferente", seja pelo seu gênero, cor ou etnia; e você e outras "milhares de pessoas", optaram por alimentar esse ciclo vicioso, deixando o seu coração para ninguém mais que a pessoa padrão? Mesmo tendo visto, entendido e ignorado o que era ''igual'' ao produzido pela pessoa padrão, mas apresentava como protagonista aquilo que era fora do padrão. Me pergunto até quando isso? Até quando vamos continuar nessa eutanásia digital? Onde apoiamos a padronização, mesmo não fazendo parte dela. E com isso concordando em anular as diferenças, matando um pouco de nós mesmas(os), a cada curtida.
Outro ponto que reforça toda essa cadeia de desigualdade, e que prega a falsa valorização da individualidade, é a forma como você deve se  ''autoconstruir'' para receber atenção. Como profissional que trabalha com a construção da imagem, entendo as redes sociais como uma extensão da vida real, e adoraria ver perfis de pessoas que mostrassem quem elas são realmente, com suas diferenças e gostos bem visíveis traduzidos em cada imagem. E não uma predefinição organizada por alguém popular, e passou sua ''receitinha visual'' do sucesso. Deixo bem claro por escrito, minha aversão a presets e " Feed organizado". Penso: por que seguir isso? Por que não fazer as coisas como te agrada realmente? Qual será a consequência de não postar todos os dias? Ou de colocar uma foto que não esteja de acordo com a paleta análoga de tons frios, que você seguiu no perfil de um(a) blogueira(o) X? Afinal qual foi a última vez em que você postou algo que te agradou realmente? Sem se sentir pressionada (o) para manter seu ''feed organizado'' e ter mais "alcance", para ser notada(o) por pessoas desconhecidas, que provavelmente estão te dando um coração de forma automática. Sem se importar com o seu "empenho" em fazer parte da massa. 
Sério!. Qual foi a última vez que você foi você mesmo na internet? Ou sequer você já foi você? É um absurdo nos sentirmos constantemente pressionados em manter um certo padrão a fim de agradar os outros. Já não chega isso acontecer de forma cultural na vida real, infelizmente. Então por que escolhemos essa triste realidade para ser vivida no mundo virtual, também? Essa ditadura digital é altamente tóxica e silenciosa, e quando nos damos conta vivemos vidas paralelas nas redes sociais. Lugar que deveríamos ser nós mesmas(os), e ter conexões amplas com a diversidade global, interagindo com pluralidade social existente. Mas tudo o que vemos são máscaras e disfarces, realidades falsas que buscam incansavelmente fazer parte do padrão. E nesse caminho se esquecem quem realmente são, tendo suas identidades mortas de forma sutil e silenciosa. Na falsa liberdade gozada por nós a cada clique, somos imersos em um mundo onde a desigualdade, a manipulação e as mentiras, são as únicas livres de verdade. 
Somos produtos e consumidores, somos consumidos pela angústia de querer ser aquele atraente produto com 1 milhão de seguidores, e fazemos de tudo e mais um pouco para ser. É uma sela confortável que drena sua energia e sua individualidade a cada notificação. Cada movimento é uma regra a ser seguida, e cada passo dado fora da ''linha padrão'' é julgada como errada, ou melhor dizendo: cancelada. E isso a troco do quê? De atenção? De ser popular? Quem garante que tal atenção e reconhecimento seja real? E que venha mesmo do coração? Daquele coração que bombeia sangue e possui 2 artérias, não da junção vermelha de pixéis. Se lidamos com pessoas no mundo virtual assim como no real, então que venhamos lidar com sentimentos tão concretos como os da vida real também. Pois se não, qual é valor disso? A era das relações líquidas é mais visível do que nunca, e tenho medo.
Recebemos e damos amor, carinho, reconhecimento e afeição artificiais, através de nossos corações de luzes pixeladas. Honestamente não sei onde isso pode parar, pois à medida que as interações digitais se tornam mais rápidas e constantes, mais nos tornamos vazios, frios e artificiais. Sendo controlados pela ditadura digital que não há lugar para diferenças, igualdade e sequer humanidade.
Poderia ficar escrevendo mais dezenas de pontos que esmagam meu juízo todos os dias, sobre a vida virtual. Mas quero deixar um eco real em sua mente para que reflita: o quanto você se encontra perdido nos mandamentos autoritários que te reprimem a individualidade, hoje e agora? O quanto desse silencioso golpe, já tomou parte de sua vida real? Pense...
Então é isso leitoras(es), não deixe de dar sua opinião sobre esse texto. Quero muito saber o que você pensa, sobre essa infeliz ''Ditadura Digital'' que vivemos. Todas as nossas redes estão lá em cima. Até o próximo texto!!
Obrigada por ler!  Um grande abraço de BR, com sentimentos reais.
Rebeca, a fada 2. 
:: Playlist 1# ::
1. Admirável Chip Novo - Pitty.
Para esse texto desabado, não vejo melhor sugestão de música do que "Admirável chip novo" da Pitty. Diretamente do CD da coca cola dos anos 2 mil, e da mente do profeta Huxley.
2. Emoji - AuRa.
E como segunda opção, vamos de ''emogi'' da AuRa. Recomendo assistir ao vídeo também, para melhor compreensão da nossa esmagadora, querida e silenciosa artificialidade sentimental nas redes sociais.
Link da playlist:
https://open.spotify.com/playlist/731AnWHu34d4WMF6SmzLbr?si=e2ad2dab0dc34f2a
0 notes
sentinela · 3 years
Text
Esquerda Centro Direita
"Tem sido quase divertido acompanhar o esforço da grande imprensa em criar um centro político incluindo figuras, como Sergio Moro, Luciano Huck e João Dória, que explicitamente apoiaram o atual presidente de extrema direita.
Essa geometria muito particular tem razão de ser. Para entender, vale antes buscar caracterizar as noções políticas de esquerda e direita.O filósofo italiano Noberto Bobbio estabeleceu essa divisão na disputa em torno da distribuição de renda. A esquerda deseja interferir nela para torná-la mais igualitária. A direita a vê como um dado da natureza, um padrão relativamente imutável, dado pelas diferenças nas qualificações humanas. Interferir nisso gera perdas e deve ser evitado, bastando garantir a igualdade de oportunidades.
Essa é uma boa síntese. Outra forma de conceituar é olhar para a ênfase que cada corrente confere a dois tipos de interação humana: competição e cooperação. A direita tem mais apreço pela primeira e a esquerda, pela segunda.É por isso que a direita defende os mecanismos de mercado. O mercado é a forma de organização coletiva humana que opera primordialmente pela concorrência. A esquerda prefere o estado, organização coletiva por excelência cooperativa.
É claro que há uma oposição entre competição e cooperação, mas elas não são dicotômicas, isto é, para uma ocorrer não é preciso excluir a outra. Pelo contrário, todas as relações humanas contêm em alguma dose ambos os tipos de interação.
Espera-se que um casamento seja cooperativo, mas há elementos de competição: o amor dos filhos, o sucesso profissional etc. Da mesma maneira, é competitiva a relação entre dois comerciantes do mesmo ramo, na mesma rua, mas o conceito de economia de aglomeração chama a atenção para um elemento de cooperação que há nisso. Por exemplo, há quem não saiba o nome de uma loja da rua Teresa em Petrópolis, mas vai lá porque sabe que é um polo de venda de roupas.
Além de sempre estarem presentes nas relações humanas, cada forma de interação tem impactos virtuosos na outra. A competição promove eficiência. Mais eficiência facilita criar/manter mecanismos cooperativos visando à igualdade.
A máxima de Bernard Mandeville “vícios privados, benefícios públicos” - i.e., “faça sem culpa o que for melhor pra si mesmo, pois ao cabo será melhor para todos” – é tributária dessa constatação. A direita adora tal máxima porque ela supõe de um jeito extremo que a competição suplantaria a necessidade de cooperação.
Como notado, na prática isso nunca ocorre. A cooperação atua pela sobrevivência mútua. Sem ela, haveria o que Thomas Hobbes chamou de “estado de natureza”, situação hipotética em que os humanos fazem o querem, se impondo ao outro pela força (competição física). Há máxima liberdade individual, mas também máxima insegurança. A vida sem cooperação não seria boa para ninguém.
Além disso, a importância da cooperação para a competição pode ser vista na divisão de riscos da inovação. Nas etapas iniciais, quando incertezas e chances de perda são maiores, em geral as atividades inovadoras têm seus riscos compartilhados coletivamente através de subvenção pública (compras estatais, garantias, pesquisa nas universidades etc). Se um país não promove essa forma de cooperação tende a inovar pouco e, logo, ser menos competitivo.
Essa maneira de conceituar direita e esquerda, que foca nas ênfases nos processos interativos, permite lidar melhor com a diversidade das disputas políticas.
O lado na questão da desigualdade conta muito, mas também a posição quanto a direitos e costumes. Combater o machismo, o racismo e o sexismo (a pauta identitária) é ser mais cooperativo. A preocupação sem maiores mediações com a segurança ou o direito de andar armado é defender a uma competição algo feroz.
O estado é mais relevante para a esquerda, mas ela pode ao menos em parte ser a favor da privatização de um serviço público se isso trouxer mais eficiência e investimentos visando sua universalização. A direita defende o mercado, mas até o atual ministro da Economia, um ultraliberal de extrema direita, teve que usar o estado para minimamente socorrer pessoas e empresas atingidas pela pandemia.
Como cooperação e competição são formas opostas de interação, mas que uma produz efeitos benéficos para o objetivo central da outra (sobrevivência e eficiência), as relações entre esquerda e direita ficam menos dicotômicas. Há mais nuances. De todo modo, os balanços virtuosos estão de alguma forma ao centro.
Não há um balanço único ou certeiro entre incentivos e políticas que promovem respectivamente a cooperação e a competição. Uma sociedade pode ser mais competitiva do que outra. Num país, o balanço tende a mudar. Numa democracia, as disputas políticas tendem a produzir um movimento pendular, ainda que possa ter uma tendência (não necessariamente o pêndulo volta aos mesmos pontos).
O centro é uma miragem porque ele existe como referência, mas ideologicamente não é bem definido. Ele é resultado da disputa política e se estabelece numa faixa de balanços possíveis. Os atores da disputa estão ao longo do espectro político e tendem a se concentrar à centro-esquerda e à centro-direita, mas não há um ponto médio determinado, que seja indiscutivelmente atribuível a um grupo específico.
O centro ainda pode ser o que no Brasil se conhece por “centrão”, um conjunto de partidos/políticos pragmáticos e/ou fisiológicos que oferece governabilidade ao grupo que está no poder, exercendo pouco filtro ideológico. Mas o “centrão” não é um centro ideológico entre esquerda e direita e, sim, um operador da política.
Num país extremamente desigual, a esquerda nunca deixa de ser uma força política de grande relevância, em especial sob democracia. Por isso, no Brasil a esquerda sempre gosta de ser chamada de esquerda. Mas para chegar e se manter no poder ela luta pelo centro. O sucesso que levou o PT a ganhar quatro eleições presidenciais seguidas foi tê-lo tomado com um balanço entre políticas de combate à desigualdade e de boa convivência com o dito “mercado”, além de ter aceitado iniciativas conservadoras, como as leis da ficha limpa e antiterror, e até ter oferecido indicações de juízes para o STF que não comungam de suas visões.
Esse sucesso fez o PSDB, nas últimas décadas o principal partido de centro-direita, radicalizar o discurso, passando a criticar duramente pautas que tiveram espaço quando ele mesmo governou o país. Daí, vieram os chiliques contra o “kit gay”, as cotas raciais etc. E a criminalização do PT, da esquerda e, claro, da política.
Só que tal tipo de atuação acabou abrindo espaço para a extrema direita. Porém a aposta é que esse domínio será bem passageiro, dado o seu extremismo.
Com o PT sacado de lá, a direita vê que a hora é de voltar a disputar o centro. Porém, sendo uma miragem, o “centro” não precisa estar no meio do espectro ideológico. Ele é um esforço narrativo que visa apenas arrogar para si o lugar para onde a disputa política costuma convergir.
Até Moro – artífice de iniciativas como o excludente de ilicitude, que amplia a licença para matar de agentes de segurança, e político que inclui no seu grupo o vice-presidente “gorila” (apelido que no século 20 a esquerda usava para militares reacionários) - faz parte desse “centro” torto.
O centro político é importante demais para ficar nas mãos dos ditos “centristas”.
*Marcelo Miterhof é economista do BNDES. O artigo não reflete necessariamente a opinião do banco.
1 note · View note
maya-criss-blog · 4 years
Text
O ALUNO IMIGRANTE E A INCLUSÃO SOCIAL
Sabemos que o fluxo de pessoas para diferentes regiões, municípios ou países devem-se a diversos fatores tais como, falta de trabalho, escolas, liberdade de expressão, perseguição religiosa, ou mesmo busca por ambientes mais favoráveis como clima, facilidade educacional, ou união familiar.
A ideia da inclusão se fundamenta numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade, na vida em sociedade. Isto significa garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais). O que isto significa? As pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes.
Sendo assim, antes do estudo do idioma em si, o ensino do português e consequentemente de outras disciplinas, devem ser voltados para a formação de alunos cidadãos que respeitam a diversidade cultural e social e saibam conviver com elas. Naturalmente, essa tarefa não cabe unicamente a escola, e sim, é um trabalho voltado para a comunidade em geral, partindo principalmente do âmbito familiar do aluno.
Tumblr media
#IMIGRAÇÃO #ENSINO #INCLUSÃOSOCIAL
0 notes
emfocotexto · 4 years
Text
O QUE SÃO DISSERTAR E ARGUMENTAR?
1. Conceituando o tema
A linguagem, como constantemente apresentada no “Textualizando”, é fundamental para a constituição dos sujeitos e dos posicionamentos destes no mundo (GERALDI, 2003). Os usos que fazemos da linguagem não se restringem a um mero ato de se comunicar. Ler, escrever e falar são ações que nos permitem compreender o mundo, o outro e, ao mesmo tempo, agir, produzir compreensões. 
Além disso, a escrita de textos, como uma ação de linguagem, tornou-se uma prática requisitada em concursos, vestibulares e provas que almejam avaliar o desempenho e comprovar o domínio da linguagem dos alunos e participantes. Esse domínio, no entanto, não se reduz somente ao conhecimento das regras gramaticais, de ortografia ou de acentuação. Em nossa sociedade, dominar a linguagem envolve saber dissertar e argumentar a respeito de um tema, uma vez a capacidade de discorrer sobre um determinado assunto, aliado à manifestação de um senso crítico que defenda um ponto de vista, tornou-se super valorizado dentro das exigências contemporâneas. 
A contextualização desse reconhecimento da linguagem como uma instância primordial torna possível a compreensão do porquê existem tantos sites, textos e plataformas voltados para o ensino do texto dissertativo-argumentativo. Ou ainda, o porquê de tantos comandos referentes à produção desse tipo textual. Apesar dessa associação recorrente entre a dissertação e a argumentação, no conteúdo desta temática, optou-se, com o intuito de entender como realmente funcionam essas práticas escritas, por outro movimento. Afinal, o que é dissertar e o que é argumentar? 
Para responder a tal questionamento, primeiramente, é necessário compreender o que é produzir um texto. A produção de textos, apropriando-se da definição de Paulo Coimbra Guedes (2009, p.90), “pressupõe leitores que vão dialogar com o texto produzido: concordar e aprofundar ou discordar e argumentar, tomando o texto como matéria-prima para seu trabalho.”. Ou seja, a produção escrita propõe uma relação essencial e intimista entre o autor e o próprio texto que, além de promover  a escolha - a seleção - do que realmente se quer “transmitir/comunicar” ao outro e a materialização desse dizer em forma de texto, visa a possibilidade do leitor construir um sentido, estabelecer a interação e, consequentemente, internalizá-la para a reflexão e produção de outro projeto de dizer, através da refutação, da argumentação, ou da aceitação.
A apreensão dessa funcionalidade do diálogo para a produção de textos permite a visualização de uma particularidade essencial para entender o que é a argumentação: argumentar constitui-se como um ato fundamental para qualquer produção textual. Independente de um tipo de texto, ela faz parte de toda atividade de leitura ou escrita. Argumentar, como explorado no vídeo “Argumentação em textos orais e escritos”, é humano, já que frequentemente, mesmo antes da ida para a escola e da inserção dos indivíduos no universo da linguagem escrita, as palavras são utilizadas para uma eficácia, para um posicionamento, para a emissão de uma opinião. Ou seja, nós estamos constantemente argumentando. 
Para compreender melhor esse primeiro ato, argumentar, como abordam Koch e Elias (2017, p. 24), é “a atividade discursiva de influenciar o nosso interlocutor por meio de argumentos.”. Logo, a argumentação consiste em uma atividade em que um autor – quem fala ou escreve - utiliza meios verbais – os textos – para ter uma ação sobre o outro. Essa ação, por sua vez, pode ser  tanto simples, como uma orientação sobre os modos de ver o mundo ou uma provocação que leve o leitor a questionar sobre um problema, causando um impacto, quanto mais complexa, como fazer o outro aderir a uma tese ou modificar e reforçar uma opinião, uma crença. O princípio da argumentação, desse modo, baseia-se no compartilhamento de modos de compreender o mundo e a sociedade, de uma convicção ou de um raciocínio a fim de persuadir e modificar o comportamento ou a opinião de um sujeito alvo da argumentação. 
Assim, finalizando essa primeira abordagem, pode-se concluir que a argumentação “é o resultado textual de uma combinação entre diferentes componentes, que exige do sujeito que argumenta construir, de um ponto de vista racional, uma explicação, recorrendo a experiências individuais e sociais, num quadro espacial e temporal de uma situação com finalidade persuasiva. (KOCH E ELIAS, p. 24)”.
Compreendido que argumentar é uma forma de agir sobre o outro que não se limita a um único tipo textual, torna-se necessário distinguir o que é dissertação. Dissertar, como delimita uma pesquisa rápida no dicionário, consiste em “expor algum assunto de modo sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito; discorrer”  (DISSERTAR, 2020). Logo, dissertar, assim como argumentar, também é uma atividade discursiva, mas, neste caso, voltada para a exposição de ideias, para a abordagem de uma realidade, um ato muito utilizado no dia-a-dia, visto que, regularmente, há a transmissão de informações, a exposição de uma realidade ou a abordagem de uma temática, como a ação que está sendo realizada para explicar o que é dissertar e o que é argumentar.
Diferentemente da narração, tipo textual predominante em histórias de aventura, e da descrição, como amplamente utilizado em biografias ou diários, a dissertação se fundamenta, de modo bem simples, em um questionamento. Para dissertar, para produzir um texto dissertativo, conforme afirma Guedes (2009), é primordial desenvolver a produção de conhecimento a partir de um determinado assunto, problematizar uma temática e, principalmente, questionar. Ou seja, a dissertação parte do reconhecimento de um problema - de uma questão adversa sobre algum tema - que pode ser exposto, comparado, analisado, definido ou, até mesmo, classificado, clarificando uma realidade e organizando conhecimentos para que o leitor, o público-alvo, consiga compreender, dialogar e internalizar essa produção textual. 
Pronto! Exploradas as semelhanças e diferenças que caracterizam a argumentação e a dissertação, entender o porquê da junção de ambas no texto dissertativo-argumentativo torna-se uma tarefa descomplicada. Essas atividades discursivas, de modo didático, se complementam, uma vez que não basta propor um questionamento, levantar um problema a respeito de um assunto, é fundamental convencer, persuadir o leitor de que essa problemática é real.  É necessário, portanto, desenvolver, encontrar ou, inclusive, procurar incessantemente um ponto de vista sobre o tema, enquanto demonstra as convicções, os modos de ver o mundo que confirmam tal questionamento e que convençam o outro sobre sua veracidade ou importância. 
O texto dissertativo-argumentativo, como pontua as competências elaboradas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), “é mais do que uma simples exposição de ideias” (BRASIL, 2019) . Assim, ao refletir acerca do que te incomoda sobre determinado tema, qual problema circunda esse tema, qual seu questionamento a respeito desse tema, encontrará sua tese, seu posicionamento. Definido isto, resta argumentar, agir sobre o outro por meio de argumentos convincentes, expor o seu problema fazendo com o leitor também o questione, reflita sobre ele.
2. Exemplificando para fixar...
Considerando que a argumentação e a dissertação, como discutido anteriormente, constituem-se como atos discursivos fundamentais com funções e características próprias, mas, simultaneamente, complementares, faz se necessário compreender suas funcionalidades em um dos tipos textuais mais notável: o texto dissertativo-argumentativo. Assim será explorado, a partir da análise de uma “Redação Nota Mil” do Enem sobre a temática “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, como esses trabalhos discursivos são realizados:
                                                  Texto sem título
                                                                                       Julia Guimarães Cunha
O feminismo é o movimento que luta pela igualdade social, política e econômica dos gêneros. Hodiernamente, muitas conquistas em prol da garantia dessas igualdades já foram alcançadas – a exemplo do direito ao voto para as mulheres, adquirido no Governo Vargas. Entretanto, essas conquistas não foram suficientes para eliminar o preconceito e a violência existentes na sociedade brasileira. 
De acordo com o site “Mapa da Violência”, nas últimas três décadas houve um aumento de mais de 200% nos índices de feminicídio no país. Esse dado evidencia a baixa eficiência dos mecanismos de auxílio à mulher, tais como a Secretaria de Políticas para as mulheres e a Lei Maria da Penha. A existência desses mecanismos é de suma importância, mas suas ações não estão sendo satisfatórias para melhorar os índices alarmantes de agressões contra o, erroneamente chamado, “sexo frágil.” 
Mas, apesar de ser o principal tipo, não é só agressão física a responsável pelas violências contra a mulher. Devido ao caráter machista e patriarcal da sociedade brasileira, o preconceito começa ainda na juventude, com o tratamento desigual dado a filhos e filhas – comumente nota-se uma maior restrição para o sexo feminino. Além disso, há a violência moral, ainda muito frequente no mercado de trabalho. Pesquisas comprovam que, no Brasil, o salário dado a homens e mulheres é diferente, mesmo com ambos exercendo a mesma função. Ademais, empresas preferem contratar funcionários do sexo masculino para não se preocuparem com uma possível licença maternidade. 
É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a segurança da mulher brasileira. Desse modo, o Estado deve, mediante a ampliação da atuação dos órgãos competentes, assegurar o atendimento adequado às vítimas e a punição correta aos agressores. Além disso, cabe às empresas a garantia de igualdade no espaço laboral, pagando um salário justo e admitindo funcionários pela sua qualificação, livre de preconceitos. Por fim, é dever da sociedade o respeito ao sexo feminino, tratando igualmente homem e mulher. Assim, alcançar-se-á uma sociedade igualitária e de harmonia para ambos os gêneros. 
Disponível em:  https://g1.globo.com/educacao/noticia/leia-redacoes-do-enem-2015-que-tiraram-nota-maxima.ghtml. Acesso: 24/09/2020 
Posta a delimitação da temática “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, torna-se primordial atentar para como a autora produz um conhecimento, um dado completamente novo a respeito de um tema já dado. Logo, o tema que envolve a persistência da violência contra a mulher é transformado, através de reflexões, em um problema real que consiste na ineficácia de conquistas importantes pelas mulheres para combater um cenário revoltante de agressão. A autora, dito de outro modo, aprofunda o assunto, interpreta uma informação nova e real sobre o tema, analisa uma questão adversa, originando o seu posicionamento, a tese que será defendida durante a produção textual. 
Assim, para compreender como se dá o ato de dissertar, percebe-se, logo no primeiro parágrafo, a problematização que a autora desenvolve a partir desse assunto proposto. A autora questiona essa violência contra a mulher e vai apresentando seu ponto de vista através de uma explicação sobre o que é o feminismo e da exemplificação de direitos já adquiridos pelas mulheres em razão desse movimento, sucedendo  na interpretação e exposição de um problema muito claro, como pontuado no trecho “Entretanto, essas conquistas não foram suficientes para eliminar o preconceito e a violência existentes na sociedade brasileira.”. Ou seja, o texto se organiza na defesa de um ponto de vista, de um posicionamento visível sobre a conservação de uma brutalidade contra as mulheres brasileiras.  
Identificado esse movimento dissertativo que revela o ponto de vista que orientará o desenvolvimento do texto, faz-se necessário construir argumentos que convençam o leitor. Reflita: qual seria a eficácia de apenas apresentar uma problemática? Nenhuma, uma vez que o texto seria constituído apenas pela exposição de ideias. Assim, para a eficiência do texto dissertativo-argumentativo, é necessário possibilitar o desenrolar de um raciocínio que atinja quem está lendo e convença sobre o posicionamento adotado. 
No texto, essa tese de que a aquisição de alguns direitos não significa o fim da violência contra a mulher é defendida – comprovada - pela exposição de três fatos principais: a ineficiência dos mecanismos de auxílio a mulher; a existência de tratamentos desiguais entre filhas e filhos; e, por último, a ocorrência de violência moral no mercado de trabalho. Percebe-se, então, que há um movimento de selecionar fatos verídicos e realistas que produzem um raciocínio lógico capaz de persuadir o leitor, modificar o modo de ver o mundo. Isto é, há um movimento expositivo que desenvolve a argumentação, que permite a defesa do ponto de vista determinado.  
De fato, existe uma linha muito tênue entre dissertar e argumentar, já que, ao mesmo tempo em que expor ideias não é suficiente, é preciso convencer o leitor sobre tal opinião. Para persuadir e desenvolver um raciocínio lógico e convincente, é fundamental a apresentação de exemplos, acontecimentos, experiências ou, inclusive, dados concretos. Nesse texto, esse movimento de construção de argumentos coerentes e consistentes pode ser revelado pelo uso de dados do “Mapa da violência” que comprovam o aumento gritante nos índices de feminicídio e, ainda, pela menção de pesquisas que mostram a discrepância entre os salários masculinos e femininos. 
Tendo conhecimento dessa necessidade de expor e explicar ideias a fim de persuadir o outro, o texto dissertativo-argumentativo, portanto, tem uma dupla funcionalidade. É, conforme materializa o texto analisado, argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque utiliza explicações para justificá-la. 
3. Pondo a mão na massa...
Reconhecidas as particularidades da argumentação e da dissertação, o desafio desta temática consiste em uma reflexão profunda a respeito da temática “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. 
Primeiramente, você deve questionar a persistência dessa violência. Pense nas problemáticas que acarretam esse cenário, o que é possível questionar em relação a isso e o que realmente te incomoda nessa realidade. Após a reflexão, produza uma informação, uma ideia nova que será seu ponto de vista, seu posicionamento. 
Definida sua tese, você deve selecionar fatos, exemplos ou dados que contribuirão na defesa da sua opinião. Pronto, você já tem um roteiro para construção de um texto dissertativo-argumentativo. Nas próximas temáticas, será explorado como transformar tudo isso em texto.
Referências
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A redação no Enem 2019: cartilha do participante. Brasília, 2019.
DISSERTAR. In: Oxford Languages and Google. Google, 2020 Disponível em: <https://www.google.com/search?q=dissertar&rlz=1C1CHBD_pt-PTBR880BR880&oq=dissertar&aqs=chrome.0.69i59j0l4j69i60j69i61l2.6157j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8> . Acesso em: 06/09/2020. 
GERALDI, J. W. Portos de Passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
GUEDES, P. C. Da redação à produção textual: o ensino da escrita. São Paulo: Parábola, 2009.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Escrever e argumentar. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2017.
0 notes
pacosemnoticias · 3 years
Text
Público regressa às competições futebolísticas no fim de semana
O público vai poder regressar às competições futebolísticas no fim de semana, confirmou esta sexta-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em comunicado, após adequação da regulamentação definida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) face à pandemia de covid-19.
Tumblr media
Desde a passada segunda-feira, e mediante a resolução do Conselho de Ministros de 04 de junho, os eventos desportivos dos escalões de formação e das competições amadoras podem contar com um terço da lotação dos recintos, com lugares marcados e distanciados, enquanto o regresso do público às provas profissionais ou equiparadas ficou agendado para 28 de junho.
A DGS determinou o rastreio dos espetadores sempre que o número de participantes seja superior a mil, em ambiente aberto, ou superior a 500, em recintos fechados, sendo possível apresentar testes rápidos de antigénio, realizado nas 48 horas anteriores ao evento, autoteste de antigénio, no dia e no local do evento, sob supervisão de um profissional de saúde, ou teste PCR, até 72 horas antes.
Nesse sentido, "e sem prejuízo das restrições relativas aos municípios considerados de risco elevado e muito elevado", a FPF vai permitir espetadores nos jogos das fases finais das competições de futsal (final a oito da II Divisão, final da II Divisão feminina, final a quatro da Taça Nacional feminina e torneios nacionais de sub-15, sub-17 e sub-19), de futebol de praia (campeonatos e da Taça de Portugal) e futebol feminino (final da II Divisão, terceira fase e final da III Divisão e nos encontros regionais de sub-15 e sub-19).
"Nestas competições não se registam casos de tratamento desigual entre participantes, pois não ocorrem situações em que já tiveram lugar jogos sem participação do público e que, por via da agora possível presença de público, pudessem originar situações de sentido contrário com relevo, assim se julga, para a igualdade das competições. Por outro lado, em algumas das competições elencadas, não são atribuídos títulos nem se determinam subidas ou descidas", lê-se no comunicado da FPF.
Face a isto, "tendo em consideração que já se realizaram jornadas sem público" ou "por serem fases da prova realizadas em eliminatórias a uma mão, de forma a garantir a igualdade das competições e dos participantes, tendo em conta o princípio acima mencionado, não será permitido público" em algumas competições.
Vão continuar a ser disputadas sem espetadores as etapas da primeira fase do campeonato elite de futebol de praia, as eliminatórias da III Divisão de futebol feminino, das taças nacionais de futsal, masculino e feminino, assim como da Série Madeira do campeonato da II Divisão de futsal.
Em causa está o cumprimento do previsto Regime Jurídico das Federações Desportivas, tendo em vista o "princípio da igualdade de todos os praticantes no desenvolvimento da competição", inclusivamente "em situação de emergência de saúde pública".
0 notes
acropolisvirtual · 4 years
Text
Fernanda Melchionna: a democrata radical
Para tratar da candidatura de Fernanda Melchionna decidi utilizar a referência de Rosa de Luxemburgo, mulher socialista, revolucionária, importante teórica e política fundadora das bases marxistas do partido social democrata alemão. Suas críticas são embasadas, sobretudo ao reformismo, que, segunda a autora, decorre de ações para atenuar a exploração econômica, mas que não levam a obtenção do direito de classe proletária adquirido. São cooptações que tentam construir reformas sociais marcadas ainda por ideologias conservadoras, sem alcançar objetivos imediatos que visem melhorar a situação material dos trabalhadores.
No seu livro, ‘Reforma ou Revolução?’, Rosa Luxemburgo (1899) trata de criticar a teoria oportunista a que foram sendo levadas às reformas, que acabaram por acatar as maneiras desiguais, corruptas e alienantes às classes pela prática comum de negociação com os capitalistas. Ao que parece ser uma reflexão antiquada, sua problemática de exploração e de trocas econômicas pelo controle de uma estrutura comandada pelos maiores financiadores e investidores estão ainda presentes na maneira desigual pela qual a sociedade está organizada nas cidades.
Evidentemente que essas formas de produção e diferenças de classe estão mais articuladas em redes financeiras e os interesses dos dominantes são incorporados de forma mais elaborada na mercadorização do valor do solo urbano. Essas condutas ficam claras quando se estabelecem parcerias público-privadas com grandes empresas interessadas na exploração de determinado território, gerando lucro e faturamento e conduzindo sem debate a forma de uso dos espaços. A mobilidade urbana é o maior exemplo na cidade de Porto Alegre, onde a constante pressão das empresas viárias leva a concessões do poder público para aumentar preços de passagem ou fazer investimentos desiguais entre as áreas centrais e periféricas, conforme o interesse privado. Ou ainda às pressões das poucas incorporadoras que detêm grande parte dos terrenos de Porto Alegre e, que, por especulação imobiliária, mantêm o domínio de investimentos e de segregação.
Essa perspectiva ideológica de incessante progresso sem avaliação de riscos sociais na mobilidade urbana e direito à moradia, por exemplo, são lutas pelas quais o PSOL, com a coligação de PCB e o recém-criado UP trabalham para romper. Para tanto, eles representam diferentes formas de organização de classe, tais como as associações de lutas por moradia nas vilas, as agremiações estudantis nas escolas públicas e universidades e os sindicatos de profissionais das categorias de base dos órgãos públicos, como bancários e motoristas de ônibus. Além do mais, a candidatura à frente com a jovem deputada Fernanda Melchionna e o vice da chapa, o árbitro de futebol, Márcio Chagas, também amplia as suas figuras e bandeiras feministas e da causa racial, pelas diversas condutas e projetos que participaram em prol das demandas dessas identidades sociais cuja superação é tratada por meio de ações que estabeleçam a igualdade de oportunidades.
Tendo pela quarta vez candidatura em Porto Alegre, o PSOL tem quadros importantes na cidade, e Fernanda é uma política que rapidamente alcançou o posto de deputada federal pela sua conduta combativa de 10 anos como vereadora. Suas pautas de radicalismos democráticos já tinham respaldos de políticos importantes no seu partido, como Roberto Robaina, Luciana Genro e Pedro Ruas, e que abriram portas para esses debates estruturantes, de propostas nacionais como a taxação de grandes fortunas.
Ela tenta figurar como uma candidatura nova, do movimento estudantil, que nunca esteve à frente do poder executivo em Porto Alegre, como os seus principais adversários que, em sua maioria, representam essas concessões à dominação privada contrária ao bem público. Sua candidatura pode ter dificuldade por estar concorrendo junto de duas mulheres, também no campo mais à esquerda, sobretudo quando ondas reacionárias estão estabelecidas no país e, por isso, com limitações para adesão às suas propostas. Entretanto, ela será uma representante importante a propor projetos coletivos de combate as relações e concentração de poder na cidade, principalmente com o fim de remodelar a auto-organização de uma defesa ao interesse público e popular.
Próximo candidato será Gustavo Paim (PP).
Obs: Obs: Essa é uma análise independente cujas informações adquiridas da deputada foram retiradas a partir de páginas e vídeos oficiais do facebook, canal de youtube e site oficial da candidata. 
@luizhapollo
Tumblr media
0 notes
Photo
Tumblr media
youtube
A pesquisadora e filósofa Judith Butler firma que uma vida precária seria aquela em que precisa de mais que um impulso básico interno para existir, mas depende de condições sociais e políticas que possibilitem essa existência. A precariedade, entretanto, é uma condição generalizada, compartilhada por todos e toda vida é precária pois existe dentro de determinadas condições. Em toda vida há alguma necessidade, desde o nascimento até a morte existem condições de existência tais como abrigo, casa, saúde, trabalho. Entretanto, para algumas pessoas essa precariedade ocorre de forma mais acentuada, sendo distribuída de maneira desigual. E essa distribuição desigual da precariedade vai incidir, conforme trata a autora, conforme a condição de ser lamentado que cada pessoa possui. Algumas vidas são consideradas mais potencialmente lamentáveis que outras, isso significa dizer que há algumas vidas para quem o luto irá existir, são vidas consideradas valiosas o suficiente para serem lamentadas, enquanto outras não são.
Países considerados periféricos são, já de início, locais onde há uma diferença na desigualmente em comparação aos chamados “países desenvolvidos”, que parte de questões econômicas mas se aprofunda em diferenças de raça, classe, orientação sexual, etnia, religião. Dentro dos países essa precariedade também se acentua a partir da atuação do Estado, ou da falta dela, na garantia de direitos e de igualdade.
0 notes
alvaromatias1000 · 4 years
Text
Polarização Política IV: Capitalismo de Competição para a Comunidade contra o Capitalismo de Compadrio entre Estado e Mercado
Tumblr media
É necessária toda a oposição à esquerda abandonar o sectarismo e ter empatia com os possíveis aliados, entre os quais, os liberais clássicos – distintos dos neoliberais aliados com a extrema-direita brasileira. Para tanto, vale ler três livros lançados por professores atuais da Escola de Chicago. Seus títulos são inusitados e provocadores de curiosidade: “Capitalismo para o Povo” (2012); “Como salvar o Capitalismo contra os Capitalistas” (2014); “Terceiro Pilar: A Comunidade entre O Estado e O Mercado” (2019). O primeiro é de autoria do italiano Luigi Zingales, o segundo é de sua coautoria com o indiano Raghuram G.  Rajan, e o terceiro recém-lançado é só deste último.
Zingales afirma os benefícios conferidos pelo capitalismo de mérito reconhecido – em princípio, o norte-americano – não serem mais nem tão grandes nem tão difundidos como antes. Essa mudança enfraquece o apoio político à economia de mercado, mas o que mais prejudica o sistema de livre-mercado é a percepção de as regras não se aplicarem igualmente a todos, porque o sistema é fraudulento.
Essa frustração é semelhante ao sentido por muitas pessoas cada vez mais a respeito do sistema dos EUA como um todo: o jogo parece ser manipulado. As grandes corporações distorcem o funcionamento dos mercados em benefício próprio.
Lá como cá, há uma confusão intelectual entre um sistema pró-mercado e um sistema pró-negócios. Enquanto as duas agendas (Pro Market e Pro Business) coincidirem, encorajará o capitalismo de compadrio.
Esses são os contrastes reais enfrentados pelo liberal clássico:
entre meritocracia e privilégio herdado,
entre responsabilidade e discrição (arbítrio estatal),
entre liberdade e poder, seja estatal, seja de mercado,
entre livre mercado e capitalismo de compadrio.
O verdadeiro gênio do sistema capitalista não é a propriedade privada, nem o lucro, mas sim a competição. Esta sem favoritismos e/ou filhotismo reconheceria os talentos e permitiria a mobilidade social se todos tivessem igualdade de oportunidades.
Luigi Zingales e Raghuram G. Rajan argumentam: na busca contínua pela proteção do governo contra a concorrência, os capitalistas muitas vezes acabam sendo os piores inimigos do capitalismo. Sem um forte eleitorado político os apoiando, e sob a pressão contínua dos interesses particulares, Os Mercados são sempre muito restringidos, nunca muito livres.
Para nivelar a competição, os mercados precisam de regras. Frequentemente, essas regras emergem do processo competitivo – como na formação de associações auto reguladoras – mas, às vezes, elas precisam também ser impostas democraticamente – e impostas por uma autoridade superior: o Congresso nacional. Sem regras devidamente aplicadas, a Lei da Selva, e não a do campo nivelado de jogo, prevalece.
O economista indiano percebe as ansiedades do homem branco de meia idade estar ligada ao risco de perder para sempre um bom emprego de “classe média”. Os trabalhadores com educação apenas até o Ensino Médio vivem esse retrocesso social. Isso tem sérios efeitos econômicos sobre eles, suas famílias e as comunidades onde vivem. É amplamente compreendido as perdas de emprego decorrerem dos efeitos do comércio global e da automação tecnológica sobre os empregos antigos. Menos bem entendido é este progresso tecnológico ter sido a causa mais importante.
Essa ansiedade pública se transforma em raiva, quando os políticos nacional-populistas veem mais valor em atacar importações e imigrantes para proteger os empregos na indústria. Buscam retroceder a ordem econômica liberal em vigor desde o pós-guerra, baseada em regras propícias a facilitar o fluxo de mercadorias, capital e pessoas através das fronteiras.
Na verdade, a liberdade do fluxo de capital e de mercadorias não foi acompanhado pela mesma liberdade para o fluxo de migrantes. Quando houve o repatriamento do capital, o desemprego na periferia – África e América Latina – foi um fator de repulsão a morar na própria terra-natal e um fator de atração para a migração com destino, respectivamente, à Europa e à América do Norte.
Novas tecnologias podem nos ajudar a resolver nossos problemas mais preocupantes, como pobreza e mudança climática. Isso requer manter as fronteiras abertas para essas inovações poderem ser levadas para as partes mais subdesenvolvidas do mundo, caso não sejam tecnologias poupadoras de mão-de-obra. Ao mesmo tempo, os maiores rendimentos atraem pessoas de terras estrangeiras para apoiar as populações ricas dos países em processo de envelhecimento em trabalho manual ou doméstico como cuidadores de crianças e idosos.
O perigo reside não apenas em comunidades influentes não serem capazes de se adaptar e, ao invés disso, impedir o progresso. Além disso, o novo tipo de sociedade possível de surgir ameaça caso nossos valores e instituições não mudarem à medida que a tecnologia empoderar-se e enriquecer de forma desproporcional o centro e enfraquecer e empobrecer a periferia. É possível Estados nacionais do centro tributar progressivamente seus ricos para transferir recursos necessários a uma Renda Básica Universal e impedir a emigração em massa da periferia para o centro?
Este livro de Rajan é sobre os três pilares de apoio à sociedade e como chegarmos ao equilíbrio certo entre eles para a sociedade prosperar. Dois dos pilares sobre os quais o autor se concentra são os suspeitos usuais: O Estado e O Mercado. Mas ele deseja reintroduzir no debate o terceiro pilar, antes negligenciado, A Comunidade, isto é, os aspectos sociais.
Quando qualquer um dos três pilares se enfraquece ou se fortalece, significativamente, seja como resultado do rápido progresso tecnológico, seja como resultante da terrível adversidade econômica como uma depressão, o equilíbrio fica abalado. O período de transição pode ser traumático, mas a sociedade conseguiu superar, repetidamente, no passado. A questão central neste livro é como podemos restaurar o equilíbrio entre os pilares em face da mudança tecnológica e social disruptiva em curso na atual transição histórica.
Rajan argumenta: muitas das preocupações econômicas e políticas de hoje em todo o mundo, incluindo a ascensão do nacionalismo populista e os movimentos radicais de esquerda, podem ser atribuídas à diminuição de A Comunidade. O Estado e O Mercado expandiram seus poderes e alcance em conjunto, mas deixaram A Comunidade relativamente impotente para enfrentar o peso total e desigual da revolução tecnológica.
As soluções para muitos dos nossos problemas também são encontradas ao trazer as comunidades disfuncionais de volta ao bem-estar social, não em reprimir os mercados. É assim o modo como vamos reequilibrar os pilares em um nível mais benéfico para a sociedade e preservar as democracias liberais de mercado, onde muitos de nós vivem.
Uma comunidade sábia vota na volta do estado de bem-estar social com mercados regulados. Tal ação política coletiva se inspira na socialdemocracia europeia e se configurou no social-desenvolvimentismo latino-americano. Busca aprender com (e superar) os equívocos, não suficientes para fazer esquecer a melhor época em termos socioeconômicos.
Publicado originalmente em:
Polarização Política IV: Capitalismo de Competição para a Comunidade contra o Capitalismo de Compadrio entre Estado e Mercado, por Fernando Nogueira da Costa
Polarização Política IV: Capitalismo de Competição para a Comunidade contra o Capitalismo de Compadrio entre Estado e Mercado publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
0 notes
palomaqui-blog · 4 years
Text
Por: Paloma Ros Salvador Sanches
O acesso à justiça como política pública: um olhar sobre a Defensoria Pública do Estado de São Paulo
A Constituição brasileira de 1988 estabelece, em seu capítulo IV, as funções essenciais à justiça, sendo elas: o Ministério Público, a Advocacia Pública, a Advocacia e a Defensoria Pública. Nesse artigo, analisaremos brevemente esta última, enquanto política pública de acesso à justiça; para tanto, escolheu-se como recorte de pesquisa o Estado de São Paulo.
Conforme consta nos termos do artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.” Em outras palavras: o acesso à justiça é direito de todos. Isso não significa, necessariamente, que o processo será gratuito, entretanto, para se fazer cumprir esse direito, faz-se essencial que o Estado arque com os custos dos processos daqueles que não podem pagar por eles. Nesse sentido, a Constituição determina, no inciso LXXIV do mesmo artigo, que “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Tal papel é atribuído justamente à Defensoria Pública, no artigo 134º da Constituição Federal, enquanto instituição que objetiva ampliar o acesso à justiça através da orientação jurídica, da promoção dos direitos humanos e da defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita.
Cinthia Robert e Elida Seguin (2000) expressam muito bem a importância dessa instituição para o Estado Democrático de Direito:
“Na luta pela defesa do Homem algumas Instituições são representativas do patamar de desenvolvimento alcançado. Entre essas, a Defensoria Pública exsurge como um marco da possibilidade de ser garantido ao pobre o Acesso à Justiça e à busca por uma prestação jurisdicional isonômica. O princípio da igualdade entre as partes é densificado pela atuação institucional, fazendo com que uma pessoa não dependa de sua fortuna para ter seus direitos reconhecidos e que se deixe de fazer Justiça em virtude da pobreza do titular do direito.”
Mesmo sendo prevista desde a promulgação da Constituição de 1988, a Defensoria Pública foi criada em São Paulo apenas 18 anos depois, através da Lei Complementar Estadual nº 988 de 9 de janeiro de 2006. Tal lei foi resultado de uma crescente pressão proveniente de diversos setores da sociedade civil e que, em dado momento, culminou na criação do “Movimento pela Criação da Defensoria”.
Antes da criação da Defensoria Pública no estado, a assistência jurídica gratuita àqueles que não podiam pagar era feita por meio da Procuradoria de Assistência Judiciária (PAJ), sub-órgão da Procuradoria Geral do Estado, criada pelo Decreto-lei nº 17.330/47.
Uma diferença importante entre a antiga PAJ e a atual Defensoria Pública do Estado diz respeito à sua autonomia e independência. Enquanto a PAJ foi criada subordinada à então Secretaria da Justiça e Negócios do Interior, a Defensoria, ainda que seja uma instituição estadual, não é vinculada ao governo. Sua autonomia é prevista pela Constituição Federal e a independência funcional de seus membros consta como princípio institucional no artigo 4º da Lei que a criou. Isso representa um passo importante para a democracia brasileira, uma vez que corrobora para que os Defensores Públicos atuem defendendo os direitos daqueles que mais precisam sem estar sujeitos a ordens 一 seja de superiores hierárquicos ou não 一 nem a constrangimentos, podendo seguir a própria convicção nos casos em que atuam.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo trabalha tendo como fundamentos de atuação a prevenção dos conflitos e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza e da marginalidade, e a redução das desigualdades sociais e regionais. Nesse sentido, além de dar assistência jurídica às pessoas que não podem pagar por ela, a Defensoria também mantém outros projetos, tais como a Escola da Defensoria Pública - EDEPE; o Centro de Atendimento Multidisciplinar, que possibilita atenção especializada a demandas complexas, através da atuação interdisciplinar de assistentes sociais, psicólogos e defensores públicos; a criação de cartilhas informativas sobre direitos dos cidadãos; e a política Mães em Cárcere, que atende mulheres presas que estão grávidas, que tenham filhos de até 17 anos ou com mais de 17 quando estes sejam dependentes.
Há de se pensar na importância da Defensoria Pública enquanto ferramenta de garantia ao direito de acesso à justiça. Em um país tão desigual como o Brasil, é inconcebível pensar num Estado Democrático de Direitos sem uma instituição independente e autônoma que defenda judicial e extrajudicialmente os direitos dos menos favorecidos. Nesse sentido, é importante repensar no alcance que a Defensoria do Estado de São Paulo tem hoje. Dos 645 municípios que compõe o estado, ela está presente em apenas 43 deles, com 750 Defensores Públicos espalhados em 66 unidades. Certamente, esse número é bem pequeno para que todos os cidadãos, dos menores aos maiores municípios, sejam atendidos com qualidade, fazendo-se necessário estratégias que aumentem o alcance de atuação da Defensoria. Isso representaria, sem dúvida, um avanço importante para o Estado.
Referências bibliográficas
Bernardes, E.; Ventura, C.Defensoria Pública do Estado de São Paulo, participação social e acesso à justiça. Rio de Janeiro: Saúde debate; 2019.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em 26 de outubro de 2019.
Defensoria Pública do Estado de São Paulo: https://www.defensoria.sp.def.br/dpesp/Default.aspx?idPagina=2868. Acesso em 26 de outubro de 2019.
ROBERT, Cinthia Robert e SEGUIN, Elida. Direitos Humanos, Acesso à Justiça: Um Olhar da Defensoria Pública. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2000, p. 8.
São Paulo. Lei Complementar nº 988, de 09 de janeiro de 2006. Organiza a Defensoria Pública do Estado, institui o regime jurídico da carreira de Defensor Público do Estado. São Paulo, Assembleia Legislativa, [2006]. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2006/lei.complementar-988-09.01.2006.html. Acesso em 26 de outubro de 2019.
São Paulo. Decreto-lei nº 17.330/47, de 27 de junho de 1947. Cria o Departamento Jurídico do Estado, subordinado à Secretaria da Justiça e Negócios do Interior, e dá outras providências. São Paulo, Assembleia Legislativa, [1947]. Disponível em: https://governo-sp.jusbrasil.com.br/legislacao/225203/decreto-lei-17330-47. Acesso em 26 de outubro de 2019.
0 notes
escritosdoesgoto · 5 years
Text
Janaína
As relações humanas são como ondas do mar, transitórias, intensas, nos purifica por sua limpidez, nos machuca por sua rispidez, algumas são tão frias que sentimos nosso coração congelando, há ondas tão grandes que carregam e abalam tudo que há pela frente, já algumas são tão curtas e que se quebram tão fáceis que apenas ficam na saudade e na memória, há umas mornas e que são apenas isso, mas uma coisa é certa, tanto ondas quanto pessoas são únicas.
Uma joia oriunda do mangue, sua família é suja como um rio que teve sua barragem demolida, não nasceram sujos, mas com a ação do homem foram corrompidos e seus leitos enrubreceram.
Naquele oceano não havia diálogo, todos eram frios como geleiras derretidas pelo efeito estufa, nesta família havia um pai lacônico, porém bastante autoritário, o fato desse homem ser um ditador monossilábico é curioso porque espera-se que um comandante seja bastante articulado e persuasivo com seus subalternos, mas aquele iceberg de 2,10 metros de altura assustava a todos com suas orações simples, mas com sua voz rota e ébria ecoava por quilômetros quando dizia:
– Janaína, venha já!!
Trabalhava de pescador e sua frieza nos relacionamentos se contrasta com o forte calor emanado dos deques de Suruacá, um conglomerado de comunidades ribeirinhas do Pará. Mas como toda grande geleira, ele esconde uma água doce e pura em seu interior, onde todas as noites que dorme e tenta abraçar sua amada, sente o lado frio e vazio da cama, assim como seu coração, e cai em prantos emanando sua doçura perdida, escondida onde ninguém possa ver, embaixo de seus lençóis freáticos.
Tirava seu sustento e subsistência no Rio Tapajós, com seus 1.700 Km de comprimento faz com que todos se sentissem, no fundo, presos a toda essa imensidão, por mais que se nadasse ou gritasse, nunca correria mais rápido ou mais longe que as águas turvas e impávidas desse rio, mas os habitantes de Suruacá fazem mais do que só existir, a simplicidade do dia torna-se a felicidade da vida, pescando com suas grandes redes de pesca, conhecidas como tarrafas, tinham que ter a malha muito fina, para pegar pequenos peixes como grupos de tainhas, ou os guacaris (que na cidade é conhecido popularmente como bodó), seja plantando e colhendo mandiocas para assim fazer farinha, massas ou um guizado de leitão. O bucolismo brasileiro os preenchia.
Havia também outros dois irmãos gêmeos, dois seres que agiam como um, sempre que lhes perguntavam algo, eles se entre olhavam e parecia que combinavam a resposta mentalmente, onde sincronizados e em uníssono respondiam a exata mesma coisa:
-Vai se ferrar!!
Geralmente suas palavras eram de baixo calão ou comentários ácidos que tinham o foco de agredir a quem reclamasse de vossas más condutas, os mesmos ocasionalmente ajudavam seu pai a pescar, mas vossa principal função era de descarregar o barco, pois eram estúpidos e desajeitados na mesma intensidade de vossa fúria, e que acabavam dispersando os peixes próximo ao barco. Quando não estavam perturbando outros pescadores atirando pedras nos leitos, rasgando as tarrafas dos rivais de seu pai, atentando animais de rua, rasgando sacos de lixo e colocando na frente de portas, não só isso, mas usavam de seu mimetismo para pregar peças nas pessoas, como furtos a novos navegantes que abarcavam e turistas desavisados que por algum motivo deram azar de descer naquela cidade ribeirinha. Eram burros em questões acadêmicas, pois sempre ficavam trocando entre si as salas para perturbar o máximo de pessoas possíveis e de diversas maneiras, mas no tocante de furtos e enganar viajantes eram safos e rápidos como uma correnteza suja, com seus truques de mágica bobos, mas que impressionava a leigos daquela baia.
Respeitavam seu pai por medo, afinal, todos daquela cidadezinha tinham medo daquele homem misterioso, talvez por isso os dois gêmeos saiam sempre impunes das represálias da sociedade. Sobretudo, os gêmeos tinham raiva, pois seu progenitor não ligava para eles, na mesma intensidade; Quando o pai tinha algo a falar para ambos, dizia para qualquer um deles, pois tinha ciência que ambos saberiam de qualquer forma, porém isso os deixavam extremamente desapontados, porque apesar de gostarem que os outros pensassem que são um só, como a confluência do Rio Negro e Solimões, mas apenas os outros, pois, o quanto possuíam de igualdade, possuíam também de diferença, mas deixavam isso transparecer apenas quando estão em seu lar conturbado, mas seu pai não ligava pra isso, apenas Janaína, que para eles funcionava como a personificação da calmaria, para eles, ela é a doçura em seu mundo amargo, a Afrodite no meio do mangue.
A mãe havia partido quando Janaína havia feito 3 anos, não se sabe ao certo como foi sua morte, os filhos acham que a mesma se matou, pois, demostrava tanto amor, mas seus filhos e marido não a correspondia, pois para eles o amor soava como fraqueza. Os gêmeos sempre lembram de quando eram pequenos e tentaram declarar vosso primeiro amor para duas lindas jovens filhas de lavadeiras e ouviram como resposta:
– Sai daqui seus feios!
E as garotas fingiram forçar vômito e riram da inocência de ambos, desde então a barragem de seus corações se rompeu e seu rio doce se tornou sujo e impotável.
Enquanto todos estavam fora de casa, seu marido pescando como sempre e os gêmeos atentando por aí sobre a suposta guarda do pai, tudo que restava para a pobre mulher era fazer os afazeres de casa, cuidar de sua filha recém-nascida e se sentir vazia por dentro, como um grande lago que antes fora a fonte de renda de famílias ribeirinhas, mas que aos poucos teve seu leito diminuído até que secou de vez. Em um belo dia de chuva e sol, depois de tanto descaso de todos com ela, decide partir de casa sem rumo, e desesperada, deixou sua filha para trás, pois a aventura traz incertezas e por mais que a amasse mais que tudo no mundo, sentiu que essa viagem de si a si mesma era necessária, e como um galho que cai em um escoamento, nunca mais foi vista.
Mas o leito da história é Janaína, teve sua nascente límpida como o nascimento de Vênus, nasceu preta como a noite e radiante como o dia, sua juventude foi presa e sozinha no aquífero que é seu lar, cresceu na trivial função de doméstica, é costumeiro dos homens tentar limitar as costas de grandes rios para de alguma forma sentir-se maior perante a grandeza das mulheres, mas elas nos invadem como tsunamis e o que nos resta é adaptar-se a sua amplitude. Janaína era a bacia daquela família, o ser mais profundo de todos, não era comunicativa, mas quando falavam com ela, não parava de decorrer palavras feito uma cachoeira.
Ainda nova, conheceu um homem que parecia ser calmo como uma lagoa, mas com o passar do tempo, mostrou-se o turbilhão que passava em sua cabeça, todo o relacionamento foi baseado em mentiras e persuasão, quando Janaína se deu conta, já estava no meio do tufão de uma relação abusiva, onde o homem insistia em limitá-la com o argumento de que era para sua própria proteção, mas onde que não permitir que Janaína fale com suas amigas ou se quer sair de casa era proteção?
Com o tempo, a menina foi se acostumando com a ideia de prisão, seus grilhões não doíam mais, não por causa de seu homem, mas foi se habituando com a opressão que desde a infância caia sobre sua cabeça.
Um estopim de sua revolta foi quando soube que ia ter uma cria, no momento ficou desesperada, pois se sentiu encarcerada sem perceber, olhou-se no espelho, e na protuberância de sua barriga viu a história projetando-se, e se sentiu em um ciclo sem fim, onde sua mãe havia sofrido, ela também e, por conseguinte sua amada filha que se quer nasceu, mas já foi determinada a propagar inconscientemente o padrão desigual que sofreram. Após esse momento sentiu que precisava fazer algo, pensar um pouco. Decidiu roubar um dos cigarros que seu marido escondia dela e foi à praia pela madrugada, enquanto o homem dormia feito um monólito.
Sentada na areia, chorou como uma queda d'água, porém seus murmúrios foram abafados pelo som das águas se chocando nas pedras, naquela noite o mar estava agitado, havia pouquíssimos barcos à costa, confusa e sem nenhum auxílio, clamou por Iemanjá que lhe desse um sinal, e após isso as ondas se acalmaram, ao longe ouviu agudos barulhos de conchas sendo chocadas e dentre as curtas ondas surge uma criatura grande como um animal abissal, emanava uma luz própria azulada, possuía uma cauda enorme, mas cabelos cacheados como os seus e uma pele reluzente como uma estrela negra, esta criatura ao encostar nas areias da praia, o que outrora fora uma cauda aquática, agora tornaram-se pernas humanas  a medida que ia saindo d’água, parecia um elo perdido ou uma criatura onírica, Janaína ficou sem entender, apenas parou de chorar, mas não temeu a criatura, pois tinha um formato feminino.
A criatura se aproximou e tocou com sua mão cintilante e escorregadia no rosto úmido e inchado de Janaína, que ao sentir o toque não se assustou, sentiu calma, pois era uma mão quente, denotava que aquele ser pulsava um coração, com a mão encostada no rosto da moça, o ser movimentou seu dedo polegar e retraiu uma unha gigantesca que havia na ponta, para assim limpar as lágrimas da pálpebra arroxeada de Janaína. Entre os dentes afiados da criatura, surgiu uma voz doce e agradável como a uma combinação de arranjos de valsa feitos no violão, disse:
–Tu és uma deusa, tu decides tua vida e teu destino.
No momento que aquela doce voz adentrou pelas curvas de seu canal auditivo, sentiu uma nostalgia de algo que se foi a muito tempo atrás. O que fez repensar sua história, e todas as ações que a mesma não havia tomado e que fizeram chegar naquele ponto, a sociedade insiste em atribuir valor e objetificar as mulheres, um dos mecanismos de dominação é colocando-as de refém com um filho em seu ventre, tomando de assalto seu corpo, seu mente e seu tempo, com esse pensamento egocêntrico vindo dos homens, onde não se cansam de estragar o mundo por si só, sentem a necessidade de criar proles para acelerar essa destruição com pequenos soldados de si mesmos, programados a propagar a limitação, a violação, a deturpação da realidade, utilizando mentiras biológicas para justificar seu ponto injustificável, propagando seu fim e levando todos juntos para esse buraco abissal. Infelizmente, todos daquele local obrigaram Janaína a quebrar as engrenagens do ciclo do vicioso da retirada de direitos, a sociedade já havia sufocado-a em seu próprio mar, negando sua existência e sufocando seu querer em prol do patriarcado arcaico que finda em si mesmo, ao quebrar o ciclo, mesmo que o impacto de sua ação não reverbere tanto na cultura e ultrapasse o grande Rio Tapajós, Janaína finalmente sentiu tomar posse de alguma decisão, finalmente sentiu dona de si mesma, não aguentaria ver sua joia nesse mundo putrefato, Janaína queria mudar as coisas, ver um mundo melhor, mas seus brados não ultrapassavam o som das ondas criando areia ao se chocar contra os rochedos, sentia que suas ações eram como uma goteira perfurando um feldspato, vida e garra nenhuma dura tanto tempo. Janaína fez uma viajem, visitou o passado e o futuro, lembrou de seu Ogun, sua feição que antes era de medo, anseio e apreensão, agora torna-se taciturna emanando uma temperança de decisão tomada e tal qual seus antepassados, se sentiu livre pela primeira vez, as correntes se quebraram e achou o caminho para o quilombo, percebeu que sua mente era seu próprio lar. E após esse ciclone, se virou para a criatura e disse:
– Não vais nascer. Porque eu não quero. Porque eu não quero e basta eu não querer. Não vais viver. Porque eu vivo.
Janaína deu as mãos a sua mãe e finalmente quebrou o ciclo vicioso de sua vida, toda sua pureza suja pelas mãos do homem será limpa nas águas de seu orixá. Dentre as ondas turbulentas e límpidas do Rio Tapajós surge um talho que aos poucos forma um caminho com altas paredes de água, agitadas de felicidade, Janaína olha para sua mãe com os olhos minando gotículas de água, sente um alívio, não sabe o que espera no outro lado do espelho d’água, mas sente que deixou de ser posse, deixou de ser corpo com valor e ética, deixou de ser o que pensavam dela, ela finalmente se pertenceu.
Mojubá.
0 notes