Tumgik
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30 de Agosto, ANO 22 (Seokjin) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo The Direction Where the Sun Rises
Há duas notas do dia 30 de Agosto do ANO 22 do Seokjin neste livro. Esta é a primeira.
Seokjin 30 de Agosto, ANO 22
Eu recebi o buquê de flores Smeraldo no último minuto. Já tinha passado da hora marcada, e eu estava olhando impacientemente para o meu relógio. Felizmente, o caminhão de entrega apareceu antes dela. O proprietário da floricultura estava dirigindo um caminhão com a logo Flor Smeraldo na lateral.
“Me desculpe. O festival dos fogos de artifício me atrasou.”
Depois que o caminhão foi embora, eu notei que não tinha cartão no buquê, o qual eu pedi com as flores. Eu liguei para o proprietário imediatamente.
“Ah, eu vou dar meia volta agora. O farol acabou de mudar.”
Antes que o proprietário terminasse a sua frase, ela surgiu à vista, andando em minha direção a partir de um cruzamento à distância.
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linguagem-bangtan · 4 years
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30 de Agosto, ANO 22 (Seokjin) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo The Direction Where the Sun Rises
Há duas notas do dia 30 de Agosto do ANO 22 do Seokjin neste livro. Esta é a segunda.
Seokjin 30 de Agosto, ANO 22
O caminhão de entregas parou subitamente depois de dar meia volta. Seus faróis piscavam. Eu fiquei ali impotente em meio a cena da batida, do ressalto e da queda. Eu não consegui ouvir ou sentir nada por um momento. Era verão, mas o vento estava frio. Então eu ouvi algo bater e rolar na estrada. A fragrância de flores atingiu meu nariz. Eu voltei à realidade. O buquê de flores Smeraldo caiu da minha mão. Ela estava deitada no meio da estrada. Sangue começou a fluir debaixo de seus cabelos bagunçados. Sangue vermelho escuro escorreu pela estrada.
Com um forte estouro, a primeira série de fogos de artifício explodiram no ar no céu noturno à distância. Em algum lugar, eu ouvi um espelho rachar.
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30 de Agosto, ANO 22 (Jungkook) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
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Jungkook 30 de Agosto, ANO 22
Eu cheguei na ferrovia bem cedo. O ar esfriou depois do pôr do sol, e estava escuro. Eu pensei em entrar no contêiner mas decidi sentar em um canto da plataforma do outro lado da ferrovia. Fazia um tempo desde que nos encontramos. Um sentimento misto superava a alegria e a expectativa. Eu era constantemente lembrado do dia do acidente.
Jimin foi o primeiro a chegar no contêiner. Ele abriu a porta, verificou dentro, mas não entrou. Eu pulei da plataforma e atravessei a ferrovia novamente. Yoongi apareceu naquele momento, caminhando lentamente com seus olhos fixos no chão, e olhou para trás. O Hoseok estava atrás dele, carregado de sacolas nas duas mãos.
Eu me senti desconfortável e agitado. Eu estava animado para encontrar eles. Mas eu não conseguia desfrutar desse momento livremente. Eu esperei tanto por esse momento, mas queria dar meia volta ao mesmo tempo. A primeira série de fogos de artificio explodiram no ar sem aviso. As chamas brancas surgiram no meio do céu noturno e explodiram em milhões de pétalas cintilantes e flamejantes com um grande estouro.
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28 de Julho, ANO 22 (Yoongi) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Yoongi 28 de Julho, ANO 22
Eu finalmente consegui levantar de tarde. Eu sofri com febres severas por dois dias depois de descer da montanha. Eu não conseguia me lembrar de nenhum detalhe daqueles dois dias. Eu tremia e me arrepiava de febre. Às vezes eu recuperava a consciência mas a perdia rapidamente.
Meu lençol estava ensopado. Eu ainda me sentia tonto. Eu sai da minha sala de trabalho, tentando me manter estável. Eu fui ao hospital para tomar soro e depois enchi minha boca de comida. Mas eu vomitei tudo. Eu li a mensagem do Jimin enquanto eu lavava a minha boca no banheiro. Embora o número próximo à mensagem tenha diminuído, não havia respostas.
Andei ao longo da ferrovia e cheguei no ponto de ônibus. Havia um prédio inacabado à distância. A construção tinha sido suspensa por meses. A loja de música era subindo um pouco a colina depois de passar por aquele prédio. Eu parei na frente da loja de música. Não havia som de chamas crepitantes ou uma performance desajeitada e lenta de piano. Eu não tinha energia para me abaixar, pegar uma pedra, e jogar. A coisa toda parecia como um passado distante e me fez perguntar se realmente aconteceu. Eu podia ver um piano através da vitrine.
“Você não vê que todos nós estamos sofrendo também? Você não vê isso?” Isso foi o que o Hoseok disse outro dia. As memórias daquele dia estavam todas enroladas na minha cabeça. Mas eu me lembrava distintamente que o Hoseok estava um tanto diferente. Não foi a primeira vez que o Hoseok ficou zangado comigo. Ele nunca foi tão extremo, mas ele sempre me empurrou, puxou e encorajou toda vez que eu caí. Por quê pareceu diferente?
Eu abri a mensagem do Jimin de novo. “Onde você está, Hoseok?” Várias horas se passaram, mas o Hoseok não tinha respondido. Eu podia ver que eu o decepcionei. Parecia que algo dentro de mim estava se debatendo. Hoseok frequentemente ficava com raiva e nos afastava. Mas ele nunca ficava em silêncio ou desviava o olhar. Era ele quem sempre abria o caminho para eu voltar, não importava o quão distante eu tivesse ido. Não desta vez. Parecia irreparável desta vez.
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07 de Agosto, ANO 22 (Namjoon) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Namjoon 07 de Agosto, ANO 22
Eu liguei a luz e olhei para o folheto que estava preso na porta do meu contêiner. Dizia “renovação” e “demolição”. As pessoas devem estar falando da renovação dessa área novamente. Sempre havia conversa sobre a demolição dos contêineres alinhados na ferrovia e dos prédios invadidos do outro lado. Eu amassei o folheto e joguei na lata de lixo. A conversa de renovação não começou ontem. Mas ela sempre esquentava como se a demolição fosse acontecer no dia seguinte e então apaziguava depois de um tempo.
Eu larguei minha bolsa e deitei no chão. Fazia um tempo desde o pôr do sol, mas o interior do contêiner ainda estava quente. Eu passei todas as noites aqui depois que eu visitei o Jungkook. Era exaustivo. Às vezes meu nariz sangrava quando eu lavava o meu rosto. Mas eu sempre voltava aqui em vez do quartinho do fundo do posto de gasolina.
Ninguém mais abriu a porta e entrou aqui. Talvez ninguém nunca iria. Todos aqueles que conhecemos devem partir, sem exceção. Podia ser a nossa vez. Mas, se alguém ainda sentia a necessidade de “nós” estarmos juntos, eu queria enviar a ele um sinal de que eu estava aqui. Eu queria mostrar a ele que “nosso” esconderijo ainda estava aqui, ainda estava aceso.
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28 de Julho, ANO 22 (Jimin) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Jimin 28 de Julho, ANO 22
Eu verifiquei dentro do Two Star Burger. Hoseok não estava em lugar nenhum. Fazia quatro dias desde que ele apareceu pela última vez na sala de ensaio. Alguém disse que ele falou para minha parceira de dança que ele faria uma pausa, mas depois disso ele não atendeu as ligações de ninguém. Ele nem mesmo leu as mensagens postadas na conversa em grupo do Just Dance.
Eu sabia que seu tornozelo estava incomodando ele. Talvez foi naquela noite. A noite quando minha parceira de dança se feriu por minha causa. Choveu naquela noite, e ele a carregou nas suas costas até o hospital na chuva. Sua condição deve estar piorando.
Quando entrei no restaurante, os funcionários me cumprimentaram alegremente. “O Hoseok está de folga hoje?” Eles disseram que ele estava de licença médica, provavelmente por três semanas, mas eles não tinham certeza. Seu tornozelo piorou. Ele tinha que usar um gesso, e o gerente recomendou que ele tirasse uma folga.
Eu corri diretamente para a casa dele. Eu não pude esperar pelo ônibus, então eu corri pela subida. Estava escaldante aquele dia. Minha costas pingavam suor. Eu disparei pela escada até o seu quarto na cobertura. A maçaneta, esquentada pela luz do sol, estava queimando. Estava trancado. Eu deixei uma mensagem na nossa conversa em grupo. “Onde você está, Hoseok?” No final do dia, ele ainda não tinha respondido.
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25 de Julho, ANO 22 (Hoseok) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Hoseok 25 de Julho, ANO 22
Eu me deparei com o Yoongi no meu caminho para a sala de ensaio depois de eu sair do hospital. Eu estava me dirigindo para a sala de ensaio sem perceber e parei. O que eu seria capaz de fazer lá? Meu tornozelo piorou. O gesso leve foi substituído por um molde de gesso de verdade. O médico me repreendeu. “Você não deveria tensionar o teu tornozelo.” Mas eu não podia me sentar trabalhando na lanchonete. Tinha muita coisa acontecendo na sala de ensaio também. “Você precisa ser extra cuidadoso com o teu tornozelo. Já foi lesionado antes, e ele pode ficar permanentemente danificado a menos que você tome cuidado extra.” O médico ficou dizendo isso repetidamente.
Eu entrei na estrada principal que levava para a minha casa com as minhas muletas. Eu nunca fui para casa tão cedo antes. Eu nunca faltei ao ensaio sem um motivo especial. Fiquei cara a cara com o Yoongi. Ele estava bêbado e cambaleando em uma faixa de pedestre. Ele não me reconheceu quando passou por mim.
Eu virei minha cabeça e fixei meus olhos na placa de ‘Ande’. Dois dias depois da minha visita ao Jungkook no hospital, eu fui à sala de trabalho do Yoongi. Ele não atendeu a minha chamada, então eu fui direto para a sua sala de trabalho. Deve ter sido de manhã porque foi antes de eu ir para o Two Star Burger. Eu bati na porta, mas ninguém respondeu. Som fraco de música fluía pela porta. Eu pensei em ligar para ele de novo, mas desisti. Eu chutei a porta em vez disso.
Eu conhecia o Yoongi desde o ensino fundamental. Eu sabia como sua mãe morreu, como a morte dela o impactou, e como ele sofreu depois. Eu tentei ser um amigo reconfortante e confiável para ele. Eu ri de suas palavras rudes e levei ele por aí apesar dele achar que eu era irritante. Mas não éramos importantes para ele. Nós pensamos que pelo menos o Jungkook era diferente. Ele com certeza sabia o que ele significava para o Jungkook. Ele já ficou sabendo do acidente do Jungkook pelo Jimin. Mas ele não foi ao hospital. O pior, uma mulher que se dizia sua parceira de música veio até mim do nada alguns dias atrás. Ela me disse que me encontrou depois de perguntar por aí para todo mundo. Ela disse que não conseguia entrar em contato com ele.
A placa de ‘Ande’ ficou verde. Eu comecei a atravessar a faixa de pedestre, cambaleando. Eu olhei para trás enquanto acelerava meus passos. Eu tentei não olhar, mas não pude evitar. Yoongi estava deitado na rua na frente de um carrinho que vendia acessórios. O vendedor gritava para ele porque os transeuntes franziam a cara.
“Quando você vai parar de fazer isso?” Ele me olhou inexpressivamente. “Você acha que você é o único passando por momentos difíceis? Você acha que eu sorrio na frente dos outros porque a minha vida é um mar de rosas? Me diz. Com o que você está tão chateado? Todo mundo sabe que você é bom em música, e eles todos aguentam você de boa vontade mesmo quando você age assim. Sim, você deve ter sofrido desde que tua mãe morreu. Eu sei. Mas você não pode continuar assim para sempre. Você não vai fazer música? Você pode viver sem ela? Você não ficou feliz, pelo menos uma vez, por causa da música? Por quê você não foi ver o Jungkook? Você não sabe o que você significa para ele? Você não vê que todos nós estamos sofrendo também? Você não vê isso?”
Eu não queria pressioná-lo tanto, mas eu estava realmente chateado. Não era completamente por causa dele. Eu estava chateado que eu estava de muletas. Lesões eram inevitáveis, mas também fatais para dançarinos. Eu pensei que eu estava vigilante, mas eu me machuquei em um momento inesperado. Foi minha culpa. Ninguém mais podia ser culpado por isso. Eu sabia que eu ficaria nervoso e consciente do meu tornozelo toda vez que eu dançasse, e isso me deixaria desanimado. Ou então, eu me machucaria de novo. E ainda assim eu não conseguia escapar. Eu não podia viver sem a dança. Eu tinha que continuar dançando apesar de estar desanimado e lesionado.
“É hora de parar de fugir. Se você vai fugir, nunca mais volte.”
Eu me virei e atravessei a rua. “Hoseok.” Pensei ter ouvido ele me chamar mas não olhei para trás. Eu sempre me culpei por tudo o que deu errado. Eu sempre pensei que eu deveria ter feito isso ou suportado aquilo. Eu não queria mais viver assim.
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24 de Julho, ANO 22 (Taehyung) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘After Returning From The Sea’]
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Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo After Returning From The Sea
Taehyung 24 de Julho, ANO 22
Eu disparei pela escada, subindo três e quatro degraus por vez. Garrafas de licor estavam rolando ao redor aqui e ali, e copos e pratos estavam espalhados pelo chão. Meu pai estava caído no chão em um canto com sua cabeça curvada. Minha irmã disse que não era o que eu estava pensando antes mesmo de eu abrir a boca. “A voz do pai estava um pouco alta, e alguém deve ter chamado a policia, pensando que ele estava batendo na gente.”
Então os policiais surgiram à vista. As mulheres da vizinhança que estavam reunidas na frente da nossa porta estalaram suas línguas e se afastaram. Minha irmã continuou se desculpando e se curvando para os policiais. “Nada foi quebrado e ninguém se machucou.” Eu não precisava ter vergonha desta situação. O hábito de beber do meu pai tem sido fofoca da vizinhança há tempos, mas eu desviava o olhar. Parecia que o pai tinha dormido. Seu rosto estava queimado pelo sol e coberto com uma barba espessa porque ele trabalhava como operário diurno em um canteiro de obras. Ele tinha mais cabelo grisalho do que antes. Eu podia ver o interior aquoso de sua boca e língua.
Eu costumava matar meu pai nos meus sonhos. Uma vez eu quase o apunhalei na realidade. Talvez tenha começado a partir daquele momento. Eu comecei a simpatizar com ele. Eu me odiava por simpatizar com ele. Essa pessoa podia ser chamada de pai? Ele não estava qualificado para ser um.
Alguém cutucou o meu ombro, eu olhei para trás e vi um rosto familiar. Ele era um policial que tinha sido despachado para minha casa algumas vezes. Eu também tinha o visto na delegacia de policia várias vezes quando eu era acionado por grafitar. Eu curvei minha cabeça para baixo. Era um gesto para dizer ‘Me desculpem por fazê-los se apressarem até aqui por nada’, mas eu também estava incerto de qual olhar colocar em meu rosto. “Seus vizinhos devem estar bastante preocupados com vocês. A mulher que reportou esse incidente não soou nem um pouco irritada e pediu repetidamente para nós virmos rapidamente antes que alguém se machucasse. Tenha certeza de procurar ela e a agradecer mais tarde.” Eu perguntei a ele se a voz dessa mulher era grave e rouca. Ele não conseguiu se lembrar mas podia ser. Minha irmã, que estava falando com outro policial, virou sua cabeça para mim.
“Você mantém contato com a mãe?” Eu perguntei a ela depois que todos saíram. Ela estava limpando as garrafas e pratos espalhados pelo chão, e eu estava sentando contra a parede. O pai ainda estava dormindo naquela posição desconfortável. O sol já tinha se posto, e a janela longa acima da cabeça do pai estava totalmente escura.
Minha irmã se levantou e sentou na mesa de jantar. Ela não disse uma palavra, mas seu silêncio mais do que respondeu minha pergunta. Eu pedi a ela pelo endereço e telefone da mãe. “Eu não sei o número dela. Eu só sei que ela vive em um apartamento alugado em Buk-gu, Munhyeon. Taehyung, por que você quer contatar ela?” Ela perguntou. “Para perguntar a ela. O que ela estava pensando. Porque ela partiu. Porque ela apareceu de novo.” Minha irmã sentou ao meu lado. “Taehyung, a mãe sente sua falta.”
Eu bufei e levantei. Ela claramente não percebeu o quão furioso eu estava. Eu disse a ela que eu estava indo fazer essas perguntas para a mãe, mas eu não estava particularmente curioso pelas respostas. Como isso me ajudaria mesmo se eu soubesse o porque ela partiu? Eu só queria liberar o meu ressentimento. “Por que ela veio aqui? Foi ela quem abandonou a gente. E agora ela quer bancar a figura materna?”
Eu comecei a andar para o norte, na direção de Munhyeon. Eu queria andar mais rápido do que o meu coração latejante. Esse era o único modo de eu ser capaz de continuar respirando. Já passava da meia noite. Os ônibus tinham parado de circular e eu não tinha dinheiro para um táxi. Andar era a minha única opção. Para chegar lá, eu tinha que atravessar a ferrovia, uma ponte e passar pelo centro. Eu devo ser capaz de chegar lá antes do sol nascer. Eu senti os passos de alguém atrás de mim quando eu estava atravessando a ferrovia. Jungkook estava me seguindo. Eu tinha me esquecido completamente que o Jungkook estava comigo quando eu corri para minha casa quando vi o carro da policia na frente.
“Vá embora!” Eu gritei para o Jungkook e continuei andando sem olhar para trás. Ele deve ter visto tudo. A policia, os vizinhos estalando suas línguas, garrafas de licor rolando, meu pai roncando, e minha irmã com sua cabeça curvada. Jungkook deve ter visto tudo. Eu nunca disse a ninguém sobre a violência do meu pai. Nunca. Eu nunca disse aos outros que minha mãe fugiu. Não era por causa do meu orgulho. Talvez era. É só que não parecia justo que eu deveria ter que explicar minha situação e vida miserável sozinho.
Acelerei o meu ritmo. Eu finalmente tinha saído da área residencial e subido as escadas de uma passarela de pedestres acima da ferrovia quando eu ouvi passos atrás de mim. Eu dei uma olhada rápida e vi o Jungkook. Eu ia gritar porque ele ainda estava me seguindo mas mudei de ideia. Não era da minha conta. Eu pisei na ponte depois de descer da ferrovia. Jungkook ainda estava me seguindo de longe. Eu parei no meio da ponte e olhei para o rio.
Na calada da noite, estradas e prédios estavam vagamente iluminados pelos postes de luz, mas o rio não. O rio preto azeviche corria ferozmente sob meus pés em um rugido. Soava mais ameaçador porque não era discernível no escuro. Jungkook também parou atrás de mim e olhou para o rio. Havia só nós dois na ponte. Sem pedestres e sem carros. Nossas camisetas estavam molhadas com suor e ondulavam ao vento.
“Você sabe que estamos andando há uma hora?” Eu acenei para o Jungkook, e ele se aproximou. Começamos a caminhar lado a lado. “Posso perguntar para onde estamos indo?” Eu disse a ele que eu estava indo na minha mãe. Eu tinha algo para dizer a ela. Jungkook assentiu com a cabeça. Meu ritmo estava ficando mais lento. De repente me perguntei se eu estava realmente indo na minha mãe. Eu não sabia exatamente onde ela estava morando. Eu não sabia o seu número ou endereço. Eu não tinha nenhum plano para depois de chegar no apartamento. Minha raiva tinha diminuído em apenas uma hora e foi substituída por fome e dor.
Eu imaginei como o nosso encontro seria. Na verdade, eu já tinha o imaginado inúmeras vezes. Era o próximo passo que não estava claro. Depois de perguntar a minha mãe as minhas perguntas, o que ela diria? Ela responderia todas? Se sim, ou se não, como eu deveria reagir? Talvez fosse melhor para todos nós se eu não a encontrasse. Essa sempre foi a minha conclusão. Mas eu continuava imaginando o momento e agora estava caminhando pela rua à noite desse jeito, sem nenhum plano, para ver a minha mãe.
“Sua perna está bem?” Pensando bem, Jungkook acabou de receber alta. E eu o fiz andar por horas. “O médico disse que eu deveria caminhar bastante como reabilitação.” Jungkook me mostrou um sorriso e me ultrapassou como se ele estivesse tentando provar isso. Eu não consegui falar que deveríamos parar aqui. Eu decidi caminhar lentamente. “Você não está com fome?” Conforme eu relaxava, todos os meus sentidos voltaram clamando. “Eu me arrependo de não ter terminado o bolo e o hambúrguer.” Eu ri com as palavras do Jungkook. Seres humanos são tão absurdamente fortes, ou tão absurdamente fracos, e nós éramos a prova – se sentindo famintos, reclamando que nossas pernas doíam, e rindo juntos mesmo nessa situação.
As luzes ficaram mais brilhantes e exuberantes, e uma rua agitada logo apareceu diante de nós. Era tarde da noite, mas a rua iluminada vivamente estava lotada de pessoas e carros passando. Era três e meia da madrugada. Sentamos em uma mesa ao livre de uma loja de conveniência.
Jungkook disse que ele estava com sede quando estávamos na metade do nosso macarrão instantâneo. Eu entrei na loja para comprar bebidas. Quando voltei, alguém estava de pé na frente do Jungkook. Ele tinha suas costas virada para mim, então eu não podia dizer quem ele era ou o que ele estava fazendo. Jungkook estava olhando para ele com um rosto apreensivo. Eu corri para o lado do Jungkook e olhei para o homem.
O homem estava usando um sobretudo cáqui escuro no meio do verão. Ele tinha cabelo grisalho espesso e sujo, e sua barba desgrenhada estava manchada com caldo de lámen. Ele fedia a álcool. Ele estava devorando o meu macarrão instantâneo gulosamente. Não faria diferença perguntar para ele quem ele era ou porque ele estava comendo meu macarrão. Eu estava surpreso, mas não com raiva. Na verdade, eu estava com medo.
Naquele momento, alguém de um grupo de encrenqueiros saindo da loja de conveniência empurrou o ombro do homem, e outro deu uma rasteira nele. O homem de sobretudo perdeu seu equilíbrio e empurrou a mesa enquanto caia. O macarrão instantâneo do Jungkook tombou e o caldo espirrou tudo em suas pernas. Jungkook deu um pulo e esfregou o caldo apressadamente de suas calças. Ele disse que estava bem e que não se queimou já que o caldo já tinha esfriado.
O grupo de encrenqueiros estava se afastando, rindo. O homem de sobretudo sujo estava olhando para o copo derrubado. Seus dedos estavam na mesa e cobertos de macarrão. Eu não consegui me fazer perguntar se ele estava bem. “Vocês não deveriam se desculpar? Vocês acabaram de fazer essa bagunça.” Eu gritei para os homens. Eles olharam para trás. “Não, não fizemos. Ele fez. E ninguém disse para você se sentar ai. Vagabundos estão por ai a essa hora.” Os homens xingaram inarticuladamente.
O homem de sobretudo sujo olhou para mim. Nosso olhos se encontraram. Ele tinha olhos amarelados e um rosto coberto de marcas de idade. Ele me lembrava alguém. Alguém que estava sempre bêbado, balançando seus punhos para tudo, e vivendo como um ditador e um perdedor.
O que eu esperava acontecer aconteceu. Eu me arremessei nos homens, e dois do grupo me deram socos. Eu desviei do primeiro soco, mas o segundo passou de raspão no meu queixo. Jungkook se meteu no meio para me parar mas foi pego na briga também. As mesas e cadeiras de plástico foram viradas, e a placa ‘Estacionamento Proibido’ foi chutada. O funcionário da loja de conveniência já tinha chamado a policia, como se já fosse acostumado com essas brigas. Pudemos ouvir a sirene um minuto depois. Nós todos demos um pulo e corremos em direções opostas, gritando uns para os outros que eram sortudos de terem escapado dessa vez.
Eu era particularmente bom em fugir. Às vezes eu era pego de propósito, mas agora não era uma dessas vezes. Eu continuei a liderar o caminho, checando se o Jungkook estava acompanhando. Um carro prateado passou por nós a toda velocidade. O espelho lateral passou de raspão no Jungkook. Atordoado, ele caiu. Ele tinha acabado de receber alta do hospital depois de dois meses por causa de um acidente de carro. Era natural ele estar atordoado. O carro parou bruscamente, e um dos homens que bateu na gente mais cedo colocou sua cabeça para fora da janela de passageiro. “Se liga. Estamos deixando vocês irem só dessa vez. Não vai ter misericórdia da próxima.” E o carro desapareceu com o rugir do motor.
Jungkook se levantou lentamente, segurando em meu braço. Ele parecia desconfortável. Ele deve ter machucado sua perna quando caiu. O interior da minha boca latejava. Sangue manchou as costas da minha mão quando eu limpei minha boca com ela. “Onde devemos ir?” Jungkook perguntou. “Com essa perna? Estamos voltando.” Jungkook começou a andar, dizendo que ele estava bem. “Olha! Eu estou bem.” Eu fiquei parado e observei o Jungkook arrastar uma perna.
“Vamos voltar!” Eu gritei para o Jungkook. Olhei o meu celular. Era quatro e cinquenta da madrugada. Ainda tínhamos algum tempo para matar até o primeiro ônibus vir. Eu olhei ao redor e encontrei uma colina baixa atrás do distrito do entretenimento. “Você já viu o nascer do sol?”
Eu apoiei o Jungkook enquanto subíamos pela colina. Sentei nas escadas no final da encosta suave. Dizem que o céu é mais escuro logo antes do sol nascer, e era verdade. Nenhuma estrela era visível no céu escuro como breu. Mas letreiros de neon de diferentes formatos e cores estavam radiando luzes brilhantes na cidade abaixo. Eu virei meus olhos para o norte. Eu adivinhei mais ou menos a vizinhança que a minha mãe deve estar morando. Lá, deve ser lá. Ela deve estar comendo, dormindo, e limpando aquele apartamento.
“Jungkook, eu segui a minha mãe na época.” Jungkook olhou para mim. Eu fixei os meus olhos nas luzes fluindo das janelas do condomínio. Na época. Aquela noite. Aquela noite dez anos atrás quando minha mãe foi embora de casa. Aquela noite quando minha mãe, minha irmã e eu fomos espancados pelo meu pai e choramos até dormir. Eu não conseguia me lembrar porque ele bateu tanto na gente. Mas eu me lembro nitidamente de pensar ‘eu devo ir nadar com meu amigos amanhã, e eu acho que a mamãe não vai poder fazer meu lanche. Meus lábios machucados vão sarar até amanhã? Se não, eles vão tirar sarro de mim. Meus ombros doem. Eu não deveria ter tentado virar para desviar dos socos dele. Minha irmã está chorando silenciosamente. Foi ainda mais angustiante ouvir isso hoje.’
Meio adormecido, eu tive um vislumbre da minha mãe parada em nossos pés e olhando para nós. Ela estava indo embora. Ela estava nos abandonando. Eu sabia instantaneamente. Eu fingi estar dormindo, levantei, e a segui. Eu não tinha nenhum plano. Eu não estava pensando em ir embora com ela. Eu não senti amargor ou medo. Como seria não ter mãe, como seria viver sem uma – não era algo que você podia simplesmente entender.
Eu a segui por algum tempo. Na minha memória, eu andei a noite toda. Mas minha memória deve ter exagerado já que eu era uma criancinha na época. Ela não olhou para trás. Nem uma vez. Ela realmente não sabia que eu estava seguindo ela? Talvez ela estava lutando para olhar para frente com medo de ter que me levar com ela se ela olhasse para trás. “Claro, esse pensamento me veio depois. Quando eu lutava para entender ela. Agora? Eu não sei porque vim tão longe.”
“Ei.” Eu olhei para cima ao ouvir a voz do Jungkook. “Me desculpe.” Eu olhei para ele. “Pelo que você está se desculpando? Por quê você está se desculpando?” “Você não pode ir ver a tua mãe por minha causa.” Jungkook respondeu. “Você é idiota?” Eu me exaltei. Eu não pretendia perder a cabeça. Mas minha voz ficou mais alta por conta própria. Minha língua continuava a tropeçar já que eu não era bom em falar e não sabia como expressar os meus sentimentos. “Por que você está se desculpando? As pessoas deveriam se desculpar para você. O que você fez de errado? Eu deveria me desculpar por trazer você aqui. Meus pais, que me fizeram trazer você aqui, deveriam se desculpar. Aqueles caras que começaram a briga deveriam se desculpar.” Eu continuei a levantar a minha voz. “Você é uma boa pessoa. Você é tão bom quanto pode ser. Não é tua culpa. Não é tua culpa!”
O céu, que parecia ter ficado escuro para sempre, começou a ficar azulado em um instante. A luz que permeava o céu da extremidade mais distante sugou o vislumbre dos letreiros de neon. Nós assistimos o sol nascer sem dizer nada. O grande e quente sol vermelho surgiu acima do condomínio. A mãe está assistindo o nascer do sol também?
Nós dois sentamos atrás do ônibus ao lado um do outro no caminho para casa. Foi antes do alvorecer romper acima de nós. A estrada estava vazia, e o ônibus continuava a andar. Eu virei a minha cabeça e olhei em direção ao norte novamente. Aquela noite. A mãe parou de andar. Ela ficou imóvel por algum tempo. Ela não olhou para trás também. Se eu tivesse continuado adiante naquele momento, eu teria alcançado ela. Eu poderia ter segurado em sua mão e perguntado onde ela estava indo, onde ela estava se dirigindo apesar de estar nos deixando para trás, e quando ela estava voltando. Eu poderia ter chorado, feito birra, e talvez arrastado ela de volta para casa. Mas eu só me virei e voltei para casa sozinho. Meu corpo inteiro doía e eu não podia ir nadar com os outros. Eu me deitei no chão, suando e tentei dormir. Eu não sabia porque.
“É aquele homem de novo.” Ao ouvir a voz do Jungkook, eu olhei para fora da janela. Um homem curvado em um sobretudo cáqui estava andando sozinho.
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13 de Junho, ANO 22 (Taehyung) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘After Returning From The Sea’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo After Returning From The Sea
Taehyung 13 de Junho, ANO 22
“Como o Jungkook está?”
Isso foi tudo o que eu consegui dizer. Eu terminei meu turno na loja de conveniência, fui para a rua e vi poças aqui e ali. Tinha chovido algumas horas atrás. Eu tinha notado a chuva quando virei minha cabeça para olhar para a porta de vidro quando um dos clientes comprou um guarda-chuva. Meu rosto estava refletido para mim na poça. Meus olhos cheios de lágrimas e minha garganta sufocada.
Hoseok disse que ele estava com o Jungkook e que ele parecia melhor do que ele pensou. Eu desfaleci. “Eu estou bem.” Hoseok deve ter dado o seu celular para o Jungkook. Parecia que ele estava fingindo estar bem. “E você?” “Se preocupe com você mesmo.” Minha resposta foi seca sem eu querer. Jungkook riu timidamente. “Eu vou ai agora.”
Eu não pude manter a minha palavra. Eu cheguei no hospital em um instante, corri para as escadas porque eu não consegui esperar pelo elevador, e disparei pelo corredor. Eu estava prestes a entrar no quarto do Jungkook, mas eu congelei. Eu podia ouvir vozes pela fissura da porta. Era o Namjoon. Seokjin estava lá também. Eu recuei sem perceber.
“Eu sou sempre o mesmo.” Namjoon disse. De fato, ele era. Ele só continuava com a sua vida. Eu sentei em um banco no corredor. Pessoas com uniforme de paciente passavam, e algumas estavam chorando. Se alguém perguntasse, eu deveria ter respondido o mesmo. Que eu era sempre o mesmo. Essa era a verdade. Eu só ia e vinha entre minha casa e a loja de conveniência. Meu pai ainda estava bebendo e causando problemas de tempos em tempos. A luz ainda estava fraca e o ralo entupia com frequência.
Houve uma mudança. O pesadelo tinha parado. O pesadelo do Yoongi morrendo, Jungkook caindo, e o Hoseok em um frenesi de desespero. Pensando bem, o pesadelo deve ter parado depois da noite que brigamos na praia. Foi substituído por um outro sonho. Lágrimas escorriam pelo rosto do Seokjin. Pétalas de flor azul rolavam no asfalto à noite, pisoteadas, e tingidas com o sangue de alguém.
Eu virei meus passos. O elevador estava chegando do segundo andar. Eu olhei para o quarto de paciente. Eu não estava pronto para me encontrar com o Seokjin e o Namjoon ainda.
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02 de Maio, ANO 22 (Seokjin) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Things With Wings’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo The Thing With Wings.
AVISO DE GATILHO: há cenas que podem causar desconforto nos leitores, tenha isso em mente antes de ler esta nota.
Seokjin 02 de Maio, ANO 22
Eu estava tão nervoso que meus dedos endureceram. Eu apertava e desapertava meus punhos. E se eu falhar? Eu tinha feito isso repetidamente, mas eu me sentia apavorado toda vez. Eu dei uma respiração lenta e profunda e pensei no Yoongi. Ele deve estar bêbado agora, acendendo seu esqueiro com uma mão e segurando seu celular com a outra. Ele pode estar deitado no sofá, contemplando as razões pelas quais ele deveria continuar vivendo. Ou as razões pelas quais não continuar.
Como o Yoongi vê o mundo e a si mesmo? Eu confrontei essa questão toda vez que tentei salvá-lo. Eu não conseguia entender como ele podia continuar tentando destruir a si mesmo. Isso não significa que eu estava exultante vivendo neste mundo ou que cada dia da minha vida era cheio de felicidade. Na verdade, eu nunca fui cativado por nada, nem mesmo pela vida e morte.
Olhando para trás, eu não era diferente de quando comecei tudo isto. Eu seria capaz de endireitar os erros e salvar a todos nós? Eu não compreendia a profundidade e o peso dessa questão. Era verdade que eu queria desesperadamente salvar a todos nós. Ninguém merece morrer, se desesperar, ser oprimido, e ser desprezado. Acima de tudo, eles eram meus amigos. Nós podíamos ter nossos defeitos e cicatrizes e termos sido torcidos e destorcidos. Nós podemos ter sido ninguém. Mas estávamos vivos. Tínhamos dias para viver, planos para seguir, e sonhos para realizar.
De inicio, eu não pensei muito nisso. Eu pensei que tudo dependeria de quanto esforço eu colocasse depois de eu descobrir quem eu precisava salvar e do que. Isso foi o que eu pensei. Eu acreditava que eu poderia resolver tudo persuadindo eles e mudando as coisas. Eu era tão simples e ingênuo. Mas não era mais do que uma tentativa de salvar a minha própria pele. Depois de uma série de tentativas e erros, eu percebi. Não era tão simples salvar os outros.
Yoongi não era fácil de lidar. Ele provavelmente era o mais difícil de todos. Ele estava sempre mudando o tempo e o lugar de suas tentativas de suicídio. Eu tinha que me aproximar dele de forma diferente dos outros. Uma solução que funcionou bem na ultima vez não funcionou na próxima. Logo que pensei que eu finalmente tinha desvendado um mistério, isso levou a outro problema.
No começo eu não conseguia entender suas razões. Depois de tudo, tudo o que eu podia imaginar era que a angústia do Yoongi estava conectada ao seu conflito interno. Namjoon foi pego em uma briga por causa daqueles clientes rudes no posto de gasolina. Mas Yoongi era diferente. Ele não tinha alvo e causa definidos. Ele tinha muitas variáveis.
Eu tentei imaginar o que estava acontecendo na cabeça do Yoongi. Uma vez, eu o segui secretamente por horas. Seus passos eram incertos e imprevisíveis. Ele cambaleava pelas ruas noturnas e tentava se lançar no fogo. Às vezes ele se agachava no chão e ouvia a música que fluía de algum lugar dentro de um shopping subterrâneo. Depois de seguir ele por uma noite, eu percebi o quão seca, monótona e chata minha própria vida era. Não era que eu invejava o Yoongi. O sofrimento que ele deve ter suportado, indo de um extremo para o outro, estava além da minha imaginação. Tudo o que eu podia fazer era assistir ele cambalear.
Um contratempo era sempre seguido de outro. Uma nova camada de desespero veio antes mesmo da anterior ser arrancada. Eu posso não ser capaz de salvar o Yoongi no fim. Eu não conseguia encontrar uma reviravolta. Mas naquele momento, a esperança voou. Uma vez eu ouvi que a esperança tinha asas. Que era um passarinho com asas.
Um pássaro voou para dentro da oficina do Yoongi, que se encontrava em um prédio abandonado no meio de uma renovação da vizinhança. Foi decidido demolir a vizinhança a muito tempo atrás, mas foi deixada abandonada quando o plano de renovação começou. O pássaro voou por uma janela quebrada. Yoongi estava parado no meio da oficina com um esqueiro em sua mão. A oficina inteira cheirava fortemente a gasolina. Eu estava parado bem atrás da porta. Estava prestes a entrar quando eu ouvi um grande baque e o bater de asas. A porta estava meio aberta, então eu espiei. Yoongi estava de costas para mim.
O pássaro caiu no chão. Ele bateu suas asas novamente, mas não conseguiu subir no ar. Yoongi estava completamente parado e olhava para o pássaro. Eu ainda não conseguia ver seu rosto. O pássaro tombava ao redor da oficina procurando uma saída. Ele esbarrou suas asas na parede e na cadeira, e as penas que caíram flutuavam pelo chão. Yoongi só olhava para ele. Sua mão segurando o esqueiro suspendia no ar. Ele finalmente abaixou seu braço, sentou no chão e cobriu sua cabeça com as mãos.
Eu fui em sua oficina naquela noite. Era espaçosa, mas desolada. Um sofá sujo, uma cadeira, e um piano foram tudo o que eu pude encontrar lá. Pedaços de papeis amassados estavam espalhados por todo o chão. Ele deve ter tentado iniciar um incêndio. Alguns deles pareciam linhas de música, com frases de letras rabiscadas nelas.
Olhei ao redor. Eu encontrei a coisa com asas. O pássaro estava encolhido atrás do piano, com sangue seco ao redor das feridas de suas asas. Parecia estar petrificado e encolhido de medo quando me aproximei. Minusculas gotas de sangue estavam espalhadas pelo chão. Migalhas de pão e água estavam colocadas em frente ao piano.
Eu dei um passo para trás. Mesmo se eu deixá-lo sair pela janela, ele ainda não seria capaz de voar. Quanto tempo demoraria para as feridas curarem? Yoongi continuaria são e salvo enquanto o pássaro estivesse ali? Então, um pensamento veio em minha mente. Yoongi deve ter se impedido por causa disso. Desse passarinho machucado. Uma coisa frágil que não conseguia proteger e salvar a si mesmo. Um ser minusculo que confiou sua vida ao Yoongi.
Depois daquele dia, eu percebi. Se todas as variáveis relacionadas a tentativa de suicídio do Yoongi existem dentro do Yoongi, por quê não arrastar pelo menos uma delas para fora? Eu teria que procurar pelo alvo certo e criar a situação certa. Uma variável que poderia dar ao Yoongi uma razão para parar de se auto destruir. Alguém que poderia compartilhar de suas cicatrizes e desejos. Aquele alguém não era eu. “Não é algo que você consegue fazer sozinho.” Eu fiquei dolorosamente consciente do significado pleno dessas palavras que ouvira pouco depois disso tudo começar.
Eu percebi que o Jungkook tinha o mesmo olhar do Yoongi em seus olhos quando o Namjoon disse “Jungkook ainda tem aquela foto”. Ele se referiu a foto que tiramos juntos na praia no ensino médio. Namjoon aparentemente queria me dizer que o Jungkook ainda pensava em mim, mas me lembrei de uma cena completamente diferente.
Naquele dia nós fomos procurar por aquela pedra que fazia sonhos se tornarem realidade, rimos, reclamamos, e brincamos sob o sol escaldante. E, devastado ao descobrir que a pedra tinha desaparecido, clamei o meu sonho, o qual nem mesmo eu conseguia ouvir, para o mar.
Naquele momento, eu vi o Jungkook gritando alguma pergunta para o Yoongi. Eu não consegui ouvir o que ele estava dizendo, mas eu podia sentir que era importante para o Jungkook. O que ele perguntou ao Yoongi? Por quê ele? Eu não tinha pensado duas vezes nisso naquela época. Yoongi não era vívido como o Hoseok, não era amigável como o  Jimin, e não era confiável como o Namjoon. Por quê o Yoongi? Eu percebi de repente. Foi o Yoongi quem salvou o Jungkook. Os dois tinham o mesmo olhar em seus olhos.
Não foi difícil enviar o Jungkook para o Yoongi. Jungkook ficava sozinho na escola e em casa. Ele não tinha para onde ir depois da escola. Ele geralmente passava seu tempo na lanchonete do Hoseok ou perambulava no contêiner do Namjoon. Eu tranquei a porta do contêiner e fiz o Hoseok sair da loja antes do Jungkook passar por lá. Depois de vagar por ai por um bom tempo, Jungkook finalmente se dirigiu para a oficina do Yoongi. Parecia que ele tinha sentimentos mistos. Eu deveria entrar? E se ele pensar que sou irritante? Expectativa e medo rodopiavam pelo rosto do Jungkook. Desde aquele dia, ele visitava a oficina do Yoongi todo dia. No inicio, Yoongi disse a ele terminantemente para ir embora, mas ele não queria dizer isso de verdade.
Uma sombra apareceu brevemente. Era o Jungkook. Eu me enterrei mais fundo no assento. Eles ainda não sabiam que eu estava de volta. Exceto pelo Namjoon, que encontrei no posto de gasolina. Namjoon disse que todo mundo ficaria muito feliz, mas eu recusei me encontrar com eles. Eu estava esperando pelo momento certo. Eu tinha que esperar até que todos nós estivéssemos juntos.
Talvez nós estivéssemos amarrados juntos com cordas e apoiando um ao outro. Não era fácil traçar essa teia de cordas. Era como um labirinto intrincado. Quando algumas cordas e nós eram compreendidos, outras partes quebravam. Quando uma corda era puxada muito forte, tudo colapsava em um instante. Eu tinha que conectar os pontos, uma corda com outra, observar os outros de perto, para fazê-los se salvarem sem perceberem.
Jungkook parou em frente a oficina do Yoongi e olhou para o segundo andar. Ele não parecia muito animado. Yoongi tinha passado por um momento difícil nos últimos dez dias. Ele esteve bebendo muito e se atormentando. Eu empurrei o Jungkook para dentro desta agonia profunda. O sofrimento do Yoongi deve ter sido esmagador demais para o Jungkook. Uma vez, Jungkook desistiu do Yoongi. Naquela época, Yoongi se jogou nas chamas. Mas cruelmente, Yoongi não morreu. Jungkook nunca se perdoou por falhar em pará-lo.
Cerca de dez minutos se passaram desde que o Jungkook entrou na oficina do Yoongi. O som de algo se despedaçando veio da janela do segundo andar, e Yoongi, com lábios golpeados, apareceu na entrada do prédio, cambaleante. Ele se apressou pela estrada inclinada. Eu olhei para a janela do segundo andar. Jungkook deve estar sentado lá junto ao espelho despedaçado. Ele deve estar pensando que ele não conseguiu salvar o Yoongi. Ele deve estar pensando que era impossível.
Eu liguei o carro depois de ver o Jungkook correr do prédio. Yoongi deve estar se dirigindo ao hotel descendo o quarteirão. Eu deveria deixar um indicio do paradeiro do Yoongi para o Jungkook. Isso era tudo o que eu podia fazer. Eu deixei alguns lenços com manchas de sangue próximo ao portão do hotel.
Sentado no carro, eu vi o Jungkook subir as escadas do hotel. Eu deixei uma foto em frente do espelho na oficina do Yoongi esta manhã. Era a foto de todos nós tirada naquele dia que fomos para a praia. Jungkook viu a foto? Não tinha como eu saber se o Jungkook seguiu o Yoongi por causa daquela foto, se Jungkook decidiu tentar ver uma pequena semente de esperança, ou se Jungkook estava motivado por outra coisa.
Eu não tinha certeza de como Jungkook podia salvar Yoongi. Aquele momento decisivo na vida, aquele último momento, para cada um de nós, incluindo Jungkook e Yoongi, não pode ser interferido. Só pode ser compartilhado por aqueles que sofrem da mesma ferida, entende os medos, sonhos, e derrotas um do outro, e assim, vê através do outro até o núcleo.
Eu olhei para a janela do hotel. Me perguntei o que o Jungkook e o Yoongi estavam conversando lá. E eu desejei desesperadamente que aquela coisa com asas fosse capaz de decolar para o céu de lá.
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11 de Abril, ANO 22 (Taehyung) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘Epilogue: Nightmare’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo Epilogue: Nightmare.
Taehyung 11 de Abril, ANO 22
Era madrugada quando acordei. O cheiro e o ronco familiar do meu pai fluíam de seu quarto. O ar soturno do outro lado do pedaço de vidro translucido da porta da frente perturbava. Levava apenas três passos da estreita entrada da frente, onde os sapatos ficavam espalhados por todo lado, para o quarto principal. Eu comecei a dormir lá não sei desde quando.
Eu senti pressão nas minhas costas e ombros quando levantei. Fui para fora com um copo de água em minha mão. Descuidadamente calcei qualquer sapato e andei lentamente. Passei pela delegacia, pelo beco, pelo viaduto de pedestres, e a ferrovia surgiu à vista. Era antes do sol nascer, e a rua estava imersa em silêncio sem carros ainda. O vômito do inicio da noite de alguém fedia.
Eu andei ao longo da ferrovia. Um, dois, três, quatro. Eu parei na frente do quarto contêiner a partir da extremidade. Era o do Namjoon. Alcancei a maçaneta e travei. Namjoon deve estar dormindo agora. E o que eu vi ontem à noite no meu sonho não deve ser nada mais do que um pesadelo.
Eu tomei um gole de água e me virei. Estação e ferrovia arruinadas, casas abandonas, árvores e mato cresciam aleatoriamente entre elas. Uma sacola de plástico preta rolou até mim e então voou no ar. Era uma vizinhança pobre.
No meu sonho, esta área estava envolta em chamas. A cena toda parecia brilhar e ondular. Talvez por causa do calor ou talvez porquê eu estava sonhando. O grito de alguém, algum tipo de som de batida, o som de choro, e o som de algo desmoronando, todos se juntaram e encheram a minha mente. As imagens que brilhavam à distância de repente chegaram perto rapidamente. Eu me senti enjoado e fechei meus olhos, mas era um sonho. Eu não conseguia me livrar deles fechando meus olhos.
Meu olhar, inicialmente bloqueado por chamas, atravessou pessoas de costas para mim no minuto seguinte, e então parou subitamente. Um, dois, três, quatro. O quarto contêiner era do Namjoon. A porta tinha caído. Havia manchas de sangue. Chamas surgiam de dentro. As pessoas afastaram-se para o lado uma depois da outra. O chão surgiu à vista. Namjoon estava deitado lá. Alguém disse abruptamente, “Ele está morto.”
Eu abri meus olhos e vi o teto da minha casa. Eu podia ouvir o ronco do pai. Foi tudo um sonho. Minha palma doeu de repente. Eu liguei a torneira gelada e estendi minha palma. Parecia adormecida debaixo do jato de água. Enchi um copo com água e bebi. Foi um sonho. Um pesadelo.
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17 de Dezembro, ANO 21 (Namjoon) — [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘I Must Survive’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo I Must Survive
Namjoon 17 de Dezembro, ANO 21
Eu prossegui desacelerando meu ritmo e finalmente cheguei a um ponto. Era o alvorecer em uma vila rural onde nem mesmo os ônibus funcionavam frequentemente. A vila inteira estava coberta sob a neve luminosa que caiu a noite toda. As árvores estavam encurvadas como grandes feras brancas e derramavam neve toda vez que o vento soprava. Eu sabia sem olhar para trás que eu era o único deixando pegadas pelo campo de neve na vila. Meus pés estavam encharcados há muito tempo por causa das solas rasgadas do meu par de tênis. Uma vez eu ouvi dizer que Deus nos fazia solitários para nos levar a Ele¹. Mas eu não estava solitário. Eu não estava seguindo o caminho rumo a mim. Isso era um recuo. Eu estava fugindo de mim mesmo.
Minha família chegou nesta vila no outono passado. A quantidade de pertences que trazíamos continuava a diminuir toda vez que nos mudávamos para uma nova cidade. Agora só precisamos de uma pequena van de entregas para mudar. Não estávamos em posição para sermos exigentes em relação a onde morávamos. Havia apenas duas condições. Uma era um hospital para o papai, e a outra era um empregador disposto a contratar alguém sem um diploma de ensino médio.
Esta vila tinha ambas. O ônibus que funcionava duas vezes por dia parou em frente ao hospital administrado pelo condado, e a um conjunto de restaurantes alinhados no riacho atrás da cidade. Estes restaurantes vendiam guisado e frituras feitas com pequenos peixes pescados no riacho, e os meses de verão eram sua alta temporada. Multidões procurando uma excursão ribeirinha emanavam de cidades próximas, e a demanda por entregas para aqueles hospedados na vila com a área de descanso na cordilheira eram alta. Durante o inverno, quando o riacho congelava, os restaurantes usavam peixes conservados pegos no verão. Não havia tanto turista quanto no verão, mas chamadas para entregas se mantinham estáveis. Eu era um dos entregadores da cidade.
Claro, havia competição aqui também. A maioria das famílias viviam da agricultura, e, como dá para imaginar, não eram endinheiradas. Serviço de entrega era o único trabalho de meio período disponível para os garotos da cidade. Os donos dos restaurantes faziam a gente competir uns com os outros. “Não é natural que eu contrate quem quer que me impressione mais?” Pare eles, não importava se éramos menores de idade e não tínhamos habilitação de motorista. Os garotos que já tinham sido contratados agiam de modo muito territorial. Eles eram poucos, mas me ameaçavam com trotes rudes.
Durante as férias, a competição se tornou feroz. Nós voluntariamente e competitivamente fazíamos tarefas e tirávamos o lixo para os donos. A conivência deles só nos incitava mais. E contudo, quase inesperadamente, acabamos desenvolvendo um tipo de solidariedade entre nós. Éramos rivais, mas tínhamos uma espécie de simpatia um pelo outro. Se um de nós não aparecia, o resto se perguntava o que tinha acontecido. Eles também me lembravam do tempo que eu passei naquela sala de aula de armazenagem no ensino médio. Alguns deles eram parecidos com o Yoongi, e alguns com o Jimin. Eu não conseguia evitar me perguntar. Se meus amigos da escola tivessem se conhecido aqui nesta vila, teríamos competido e tentado superar um ao outro? Se eu tivesse conhecido esses entregadores na escola, teríamos nos tornado amigos?
A neve caia quando nossa competição, instinto territorial e estranho senso de solidariedade atingiram seu auge. Então, a competição apaziguou instantaneamente. Uma lambreta era uma necessidade para fazer entregas na vila com a área de descanso, mas era muito perigoso dirigir uma moto leve pela trilha montanhosa coberta de neve. A trilha que levava para a vila com a área de descanso era íngreme e sinuosa. Entregar a pé não era uma opção. No fim, foi um confronto entre o Taehyung e eu. Taehyung era dois anos mais novo e vivia nos arredores da vila perto do pomar. Taehyung não era o seu nome verdadeiro. Era ou Jongsik ou Jonghun. Mas ele me lembrava do Taehyung. Ele não tinha aquele sorriso bobo ou se abria facilmente para qualquer um com sua natureza gentil e ingênua. Pelo contrário, ele sempre parecia agressivo, nervoso, e descontente. Por fora, ele parecia com o Yoongi, mas, estranhamente, ele me lembrava mais do Taehyung.
Taehyung e eu éramos os únicos miseravelmente pobres o suficiente para correr o risco e continuar fazendo entregas naquela cidade da montanha coberta de neve. Era o mesmo aquele dia. Quando mais um outro pedido foi pedido no restaurante, eu estava vagando ao redor do riacho. Ninguém tinha aparecido já que a previsão do tempo previa neve pesada na tarde. Taehyung apareceu alguns minutos depois. Em vez de ir para dentro do restaurante e conversado como sempre, ele desabou no chão perto da ponte e não se moveu. Era um daqueles dias. Aqueles dias em que seu rosto estava cortado e ferido. Aqueles dias em que seus olhos estavam vermelhos e suas roupas manchadas de sangue. Havia algo de errado com ele? Alguém estava batendo nele? Eu não perguntei.
Começou a nevar enquanto eu esperava pela comida ser preparada. No mesmo momento eu senti algo frio roçar no meu pescoço, a neve começou a cair mais grossa e pesada. “Você tem certeza que ficará bem?” O dono colocou sua cabeça para fora. Taehyung ficou de pé, e eu virei minha cabeça em direção a ele. “Claro!” Nós dois respondemos simultaneamente. “Nunca se sabe quanta neve a mais vai cair daquele tipo de céu!”, disse alguém de dentro do restaurante. “Acabou de começar a nevar. Eu vou estar de volta em um minuto.” O dono olhou para o meu rosto com um olhar duvidoso. “Mas você ainda não é tão bom em dirigir a lambreta.” Taehyung se aproximou, dizendo que ele tinha dirigido a lambreta muitas vezes. O dono estalou sua língua quando viu o rosto dele. “Não, você hoje não. Vá descansar.” Eu não perdi a minha oportunidade e interrompi. “Há uma primeira vez para tudo. Hoje é a primeira vez que faço uma entrega na neve. Você sabe que sou muito cauteloso.” O dono desistiu. “Venha aqui. Você terá que fazer algumas viagens de ida e volta, então tenha cuidado.”
Eu podia sentir o olhar do Taehyung me seguindo pelas minhas costas enquanto eu entrava no restaurante. Ele me rodeava enquanto eu embalava a comida pronta e as colocava no recipiente. Era estranho. Taehyung geralmente era muito orgulhoso para agir assim. Quando eu olhava de volta para ele, ele dava um passo em minha direção como se ele tivesse algo a dizer. Então, ele se virava novamente. O dono continuava me incomodando acerca de dirigir em uma estrada coberta de neve. Eu fingia ouvir, concordando entusiasticamente com a minha cabeça. Dirigir uma lambreta não era algo que requiria muita atenção, habilidade e estresse.
Ao contrário do que eu pensei, não era fácil subir a encosta em meio a flocos de neve em uma lambreta. A neve não tinha começado a grudar na estrada, mas meus nervos estavam no limite porque ela voava por toda direção em flocos grossos. A decrépita lambreta lutou na encosta. Era como se ela estivesse grudando em mim. Estava frio, mas eu estava pingando suor e todos os meus músculos estavam tensos. No minuto seguinte, meu suor secou e eu senti um arrepio nas minhas costas. Eu continuava repetindo um pensamento para mim mesmo. Eu subi e desci essa estrada sem problema nenhum por todo o outono até o inicio do inverno. Além disso, a neve não está grudada e a estrada não está escorregadia.
A lambreta escorregou impotentemente na descida da minha terceira viagem. Eu tinha acabado de começar a ganhar confiança e pensar que eu era bom em manusear a lambreta em um dia de neve. Como a neve estava caindo já fazia um tempo e a estrada tinha pouco tráfego, ela começou a ajuntar aqui e ali. Mas ainda estava OK no centro da estrada, e a encosta não estava tão íngreme. Então, assim que esse pensamento passou pela minha mente, a roda traseira deslizou. Assustado, eu apertei os freios fortemente. Eu estava segurando eles muito forte? Esse pensamento preencheu minha cabeça. Eu acho que eu me lembrei do dono dizendo algo sobre os freios. Os avisos do dono que eu escutei pela metade correram pela minha mente. A lambreta pareceu ganhar controle por um momento, mas as rodas começaram a guinar antes mesmo que eu pudesse dar um suspiro de alívio. Na respiração seguinte, eu fui lançado para a estrada. Eu cai como se a lambreta tivesse me quicado o mais forte que pudesse. A lambreta deslizou pela estrada sozinha e deve ter esbarrado em algo. Eu ouvi uma batida alta.
Me levantei em um pulo. Eu não podia me dar ao luxo de checar se eu estava machucado ou onde doía. Eu corri até a lambreta, que estava de lado embaixo de uma árvore no lado direito da estrada. Estava coberta de folhas caídas. Eu a peguei e encontrei um arranhão profundo e imperdível na sua parte inferior. Eu coloquei a chave e a girei. Não ligou. Suor rolou pela minha nuca. Todas as articulações do meu corpo doíam. Eu estava tomado pelo medo. Não tinha como eu pagar pela lambreta.
Eu girei a chave novamente, desta vez chutando o motor. O motor pareceu agitar e voltar mas morreu rapidamente. Eu xinguei sob minha respiração, fechei meu olhos e chutei o chão o mais forte que podia. Minha mão, que segura a chave, não parava de tremer. Os rostos dos meus pais e irmão passaram pela minha mente. Eu olhei para o céu e recuperei o meu juízo. Apertei e desapertei os meus punhos. Então, eu girei a chave outra vez.
O motor finalmente ligou depois de várias tentativas. A lambreta funcionou, soando como o ganido de um animal morrendo. Eu desabei no chão. Eu estava esgotado. O arranhão profundo estava ao nível dos olhos. Eu pulei e o esfreguei fortemente com a ponta do meu tênis. Era uma lambreta velha, coberta com inúmeros entalhes e arranhões. Pode passar despercebido.
Quando levantei, um dos meus tornozelos formigou de dor. Só então que eu comecei a checar minha própria condição. Felizmente, não havia feridas sérias. Havia um pequeno corte acima do osso do meu tornozelo esquerdo que estava sangrando. Minhas coxas e cintura podem doer na manhã seguinte, mas eu já passei por isso.
Taehyung me assistiu estacionar a lambreta e entrou no restaurante. Ele percebeu? Eu comecei a ficar nervoso, mas conversei com o dono o mais casualmente possível. O pedido de entrega seguinte chegou logo. Eu tinha que sair de novo antes mesmo de me esquentar.
“Hey...” Taehyung falou comigo enquanto eu me aproximava da lambreta. Ele viu o arranhão? Eu respondi em uma voz deliberadamente alta. “O que?” Depois de um pouco de hesitação, Taehyung continuou. “Eu tenho um favor para te pedir.” “Favor? Que favor?” Foi quando o meu celular tocou. Eu levantei uma mão para pedir silêncio a ele e me virei. Era a mamãe. O papai tentou ir para fora sozinho e caiu. Ela me pediu para levá-lo ao hospital. Eu fechei meus olhos. Raiva subiu de dentro. Eu cerrei meus dentes. Eu podia sentir a minha irritação lentamente surgindo do meu estômago. Flocos de neve, agora perceptivelmente maiores, caiam no meu rosto. Eu estava subindo e descendo aquela estrada escorregadia neste clima para ganhar quase nada. O corte no meu tornozelo esquerdo doía, e minhas coxas estavam queimando. Mas eu estava saindo para dirigir aquela lambreta de novo. Era o único modo de ganhar aquele pouco de dinheiro hoje.
Eu podia entender o porquê ele tentou caminhar sozinho. Era o seu orgulho restante como o chefe da nossa família e sua tentativa de manter sua dignidade como um pai. Mas nós não podíamos nos dar tal luxo na cara da pobreza. Dignidade, orgulho, senso de justiça, e moral só levavam a um fardo maior e mais dinheiro a gastar. Quando abri meus olhos, Taehyung estava olhando para mim. Eu entreguei a chave para ele.
Quando papai e eu saímos do ônibus do hospital, o sol já havia se posto. O grandes flocos de neve de mais cedo tinham continuado a crescer e criou montes de neve. O ônibus se arrastou adiante. Demorou o dobro do tempo habitual para chegar ao hospital e voltar para casa. Eu andei para casa carregando o papai nas minhas costas sem ninguém à vista para segurar um guarda chuva para nós. Meu cabelo estava úmido e minhas mãos o segurando estavam entorpecidas pelo frio.
Eu dei uma pausa embaixo de uma árvore zelkova na rua do aterro. Eu segurei minha respiração e olhei para cima. Uma vista panorâmica da vila preencheu os meus olhos. A vila coberta debaixo da neve parecia tranquila e pacífica. Luzes amarelas calorosas fluíam pelas janelas de diferentes casas aqui e ali. O cheiro de arroz e guisado cozido afiaram meu apetite. Quando entramos no beco após passar pela ponte, cachorros começaram a latir. Embora tenhamos vivido nesta vila por vários meses, os cachorros ainda latiam para mim como um estranho. Mamãe se levantou em um pulo quando entramos. “Ele precisa receber tratamento ambulatório por pelo menos mais três dias.” Eu deitei o papai no seu quarto e fui para fora. Ainda sem sinal da neve parar. “Por que você me odeia tanto? Me deixe ao menos saber o motivo.” Eu gritei para os cachorros latindo. Eu ouvi sobre o acidente do Taehyung no dia seguinte.
Quando eu passei pelo restaurante do lado do riacho, eu vi o dono falar com um policial. Eu congelei instantaneamente. Eu pensei que ele tivesse vindo por mim. Eu danifiquei a lambreta no dia anterior. Eu podia ficar com problemas por dirigir abaixo da idade permitida e sem uma habilitação de motorista. Eu deveria correr para casa? Mas o ônibus não viria por horas. Não era possível fugir com o papai nas suas condições.
“Você ouviu?” Era a dona de outro restaurante. Ela disse que o acidente aconteceu quando o Taehyung estava dirigindo ladeira abaixo após a entrega. Seu corpo ficou lá por mais de três horas até que alguém passando de carro o encontrou. Um residente da cidade com a área de descanso ligou para o dono do restaurante, mas ninguém empenhou-se para encontrá-lo.
O policial disse que o Taehyung era um motorista inexperiente. Ele também o culpou por não usar um capacete. Eu vi um capacete, o qual eu nunca vi antes, colocado no balcão do restaurante. O dono continuou dizendo que ele nunca forçou o Taehyung a sair para entregas e até mesmo tentou convencê-lo a não ir. Era verdade. Taehyung e eu insistíamos que estávamos OK com isso. Os vizinhos contribuíram. Era uma vila pequena onde todo mundo conhecia todo mundo. Eles tinham ao menos uma ou duas memórias de todos ali, fosse de uma briga de punhos, calunia ou traição. Uma série de episódios sobre ele começaram a fluir. Ele viveu com sua mãe e sua irmã e não tinha pai.
A mão do Taehyung se retorcia em agonia em um banco em frente ao restaurante e lamentava. Traga meu filho de volta. Traga meu pobre, pobre filho de volta. É uma morte injusta...No inicio, os vizinhos tentaram a acalmar e choravam com ela. Mas estava frio e o sol se pôs mais cedo. Na tarde, a mão do Taehyung foi deixada sozinha, e o cheiro de janta fluía pelas janelas como sempre. Toda vez que o vento soprava nas árvores alinhadas no riacho, neve caia aos montes. Ela só ficou sentada lá no meio dela.
Eu a vi sentada sozinha enquanto eu estava levando o papai para casa do hospital. Sem perceber, eu parei de andar e lembrei do lugar do acidente. Depois de ouvir sobre o Taehyung, eu andei pela trilha sozinho. Minha respiração congelou e eu cai no chão como cristais de gelo. A silhueta do Taehyung desenhada em um contorno branco na estrada estava meio apagada. Eu parei em seus pés. Folhas úmidas estavam rolando ao redor, e os traços acinzentados de cloreto de cálcio ainda restavam. Poderia ter sido eu deitado ali. Se eu tivesse feito aquela entrega, se tivesse sido eu em vez do Taehyung, então este seria o meu contorno. Poderia ter sido a minha família lamentando naquele banco em vez da do Taehyung.
Eu virei os meus passos após papai tossir violentamente. “Namjoon.” Papai me chamou quando estávamos prestes a entrar no beco após atravessar a ponte. Assim que eu diminui meus passos, os cachorros começaram a latir. Papai continuou com uma voz fraca. Era dificilmente audível, perdida entre os latidos ferozes. Eu fingi que eu não o ouvi.
Mais uma semana passou. A vila rapidamente voltou ao normal. A mãe do Taehyung às vezes chorava amargamente na frente do restaurante, mas ninguém dividia o seu sofrimento. As pessoas simplesmente repreendiam a irmã do Taehyung até que ela a levava. Alguns diziam que era só um acidente de trânsito. Eu comecei a trabalhar em outro restaurante. De fato, eu estava encarregado com todas as entregas para a vila com a área de descanso. Mais uma nevasca pesada se seguiu, e a trilha continuou a congelar e descongelar. Pedidos de entrega só estavam voltando agora, mas ninguém se submetia a fazer o serviço de entregas. Eu fazia cinco ou seis entregas por dia, e minha renda aumentou bastante. Eu sempre tinha certeza de usar o capacete e os equipamentos de proteção. Eu nunca tirava os olhos da estrada com todos os nervos atentos.
Noite passada, eu fiz a minha última entrega. Eu não sabia que seria a minha última naquele momento, mas foi. A área de descanso fechou para os meses de inverno de qualquer forma. Quando eu fui lá, pessoas estavam reunidas no escritório. Parecia que estavam discutindo a venda do estabelecimento. Eu não reconheci alguns dos rostos. Eles deviam ser estranhos que acabaram de se mudar. Enquanto eu deixava a comida e pegava o dinheiro, um deles começou a falar do acidente do Taehyung. Um outro estranho estalou sua língua e mencionou o quão perigoso era dirigir uma moto em um dia de neve. O estranho que mencionou o acidente do Taehyung primeiro me alertou para sempre tomar cuidado extra. Eu o agradeci por se preocupar comigo. Mas não foi de coração. Se ele estava tão preocupado com a encosta coberta de neve e minha segurança, ele não deveria ter pedido comida em primeiro lugar.
“Você sabe o que é realmente perigoso?”, o estranho disse sem consideração logo antes de eu fechar a porta atrás de mim. “Cloreto de cálcio e folhas molhadas, não a neve em si. A menos que você seja um motorista muito bom, você vai derrapar se passar por cima delas. Não nevou aquele dia? Então, ele deve ter - ”. Suas últimas palavras ficaram inaudíveis quando a porta fechou. Eu atravessei a vazia e sombria área de descanso. Eu passei pela lanchonete estreita e pelo balcão local de descontos especiais e me dirigi para a saída.
Eu desci as escadas um degrau de cada vez. Estava abaixo de zero, mas não parecia tão frio. A chave ficava escorregando dos meus dedos, e eu ficava a girando sem sucesso. Eu apertei e desapertei meu punho. A velha lambreta se agitou como louca e finalmente ligou. Eu sai da área de descaso lentamente. Uma curva começava na placa de sinalização da área de descanso. Eu fiz uma curva à direita em um circulo amplo, desci uma seção reta curta, e cheguei em outra curva que virava para a esquerda. Esse era o ponto onde eu escorreguei primeiro, e então Taehyung teve problemas.
Eu mantive meus olhos adiante e rapidamente passei pelo ponto. Eu tentei me convencer de que eu não estava tirando os olhos da estrada para minha segurança, mas era por culpa. Culpa por sobreviver sozinho. Culpa por me sentir aliviado por eu ser o que ainda estava vivo. Culpa por não ser capaz de seguir em frente. Culpa por eu não defender suas habilidades de direção e por não confessar que eu nunca vi um capacete no restaurante. Talvez eu só era um hipócrita fingindo ter uma consciência de culpa.
Eu tinha espalhado as folhas molhadas no lugar onde Taehyung caiu. Eu não queria que isso acontecesse, mas eu era responsável por isso tudo. Fui eu quem aspergiu o cloreto de cálcio. Com boas intenções, para prevenir a estrada de congelar. De fato, eu fiz isso por mim mesmo porque eu realmente acreditava que eu faria a próxima entrega e a outra depois dela. “Você sabe o que é realmente perigoso?”. O que eu ouvi na área de descanso continuava se repetindo na minha mente. “Ele deve ter passado por cima delas e escorregado”. Se eu tivesse removido as folhas, se eu não tivesse aspergido cloreto de cálcio, ele estaria a salvo?
Muitas pessoas já estavam no ponto de ônibus, esperando pelo primeiro ônibus do dia. Eu acenei minha cabeça em cumprimento e a mantive abaixada. Eu tentei não fazer contato visual com ninguém. O primeiro ônibus do dia surgiu à vista.
Ele parou aos poucos. Com a minha cabeça abaixada, eu entrei depois dos outros passageiros. Eu não tinha um plano especifico. Eu só estava escapando. Do rosto exausto da minha mãe. Do meu irmão se extraviando. Do meu pai lutando contra a sua doença. Da sorte da nossa família indo ladeira abaixo. Da minha família exigindo sacrifício e obediência de mim. De eu tentando renunciar ao meu destino. E, acima de tudo, da pobreza. Pobreza come o coração da vida. Transforma o que é precioso em algo sem significado. Faz você desistir do que não deveria ser desistido. Faz você duvidar, temer e se desesperar.
Noite passada eu saí da area de descanso, passei pelo restaurante, e então fui para casa. Eu não me lembro quem eu encontrei e o que eu conversei e pensei. Meu corpo inteiro e minha mente pareciam entorpecidos. Eu não sabia dizer se estava ventando, se estava frio, como cheirava, ou quem eu encontrei. Meu cérebro parecia ter congelado. Eu estava me movendo mecanicamente como um zumbi alheio a quem eu sou, o que eu fiz, o que eu estou fazendo, e o que eu estou pensando. Foi os cachorros latindo que me tiraram do transe, na boca do beco indo para casa. Naquele momento, todos os meus sentidos, que estavam paralisados, acordaram todos de uma vez e incontáveis cenas do meu passado apareceram diante dos meus olhos: os dias de mudança de um lugar para o outro, o momento em que eu escorreguei na estrada, eu me arrastando para o dono do restaurante e competindo com os outros garotos para descarregar os trabalhos de entrega, os garotos que riam de mim, e eu olhando para os meus colegas em seus uniformes escolares esperando pelo ônibus. O som dos cachorros latindo e a visão de seus olhos ameaçadores cheios de ódio foram adicionados àquelas cenas.
Eu quase gritei, “Parem! O que vocês querem eu que eu faça?”, mas eu me segurei. A voz do meu pai ressoava em meus ouvidos. Sua voz fraca, debilitada. Eu pensei no que ele me falou naquela noite em que voltávamos do hospital para casa...o que eu fingi não ouvir, mas ouvi claro como o dia através dos latidos dos cachorros. O que eu tinha refletido repetidas vezes desde aquele dia. O que eu tentei não pensar sobre. “Vá, Namjoon. Você deve sobreviver.”
O ônibus partiu, previsto para chegar em Songju algumas horas depois. Eu não deixei nenhuma mensagem quando eu deixei Songju há um ano atrás. Agora, estou retornando para a cidade sem nenhum aviso. Eu pensei nos meus amigos. Eu não mantive contato com nenhum deles. Eu me perguntei o que eles estavam fazendo e se eles ainda estavam lá. Eu não conseguia ver o lado de fora pela janela coberta com gelo. Eu escrevi lentamente na janela com meu indicador. “Eu devo sobreviver.”
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30 de Agosto, ANO 22 (Yoongi) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
Esta nota está presente no livro 花樣年華 THE NOTES 1, no capítulo The Direction Where the Sun Rises
Yoongi 30 de Agosto, ANO 22
Eu desci do ônibus e caminhei ao longo da ferrovia. Contêineres surgiram à distância. Eu vi o Taehyung pela janela do ônibus no caminho para cá. Ele também estava andando na direção dos contêineres. Os outros devem estar vindo também.
Eu terminei a música vários dias atrás. Eu mudei a versão que enviei ao Hoseok mais algumas vezes. Dei a ela o título de “Esperança”. Sendo sincero, o título não combina com a música na verdade. Continha o meu medo, minha covardia, e inferioridade. Continha todos os momentos que eu tentei evitar, fugir e pelos quais me repreendi. Mas eu não conseguia pensar em nenhuma outra palavra que pudesse abranger tudo isso.
O contêiner do Namjoon apareceu. Alguém estava parado na frente. Seu rosto não estava visível mas, baseado no seu físico, era o Jimin. Eu parei e olhei ao redor quando alguém me chamou pelas costas. Aquele alguém estava acenando para mim na frente do primeiro contêiner.
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29 de Agosto, ANO 22 (Taehyung) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
HYYH The Notes (화양연화 The Notes) são notas, como um diário, de cada membro, narrando eventos do Universo Alternativo do Bangtan. Elas foram lançadas pela primeira vez contidas nos álbuns da série Love Yourself, e em março de 2019 o livro 花樣年華 THE NOTES 1 foi lançado; mais notas são encontradas nos álbuns da série Map Of The Soul. Elas narram e conectam alguns eventos que vimos anteriormente nos MV’s, nos short films de WINGS, no Highlight Reels de Love Yourself, e nos VCR’s das turnês. Veja aqui mais informações e todas as notas listadas cronologicamente.
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Taehyung 29 de Agosto, ANO 22
Foi ideia do Hoseok nos reunirmos para ver os fogos de artificio. Depois do seu retorno, nossa conversa em grupo começou a vibrar e tocar novamente. Nós dissemos a ele o quanto sentimos a sua falta de maneira reprovadora e acolhedora, e Hoseok respondeu brincando que nós deveríamos ter percebido a importância da sua existência mais cedo.
“Certifiquem-se de vir para ver os fogos de artificio.” Todos nós concordamos. Namjoon chegaria mais tarde depois do seu turno no seu trabalho de meio período, e o Seokjin também prometeu vir, no entanto tarde, depois de seu compromisso. Eu me lembrei do meu sonho quando vi a mensagem. Uma mulher morrendo em um acidente e o Seokjin assistindo. Aquele sonho terminava com fogos de artificio. Pétalas brancas em chamas caindo do céu.
Eu balancei minha cabeça para descartar esses pensamentos. O local do nosso encontro era o contêiner do Namjoon. Às vezes eu caminhava na direção dele quando eu não conseguia dormir de noite ou quando meu pai ficava bêbado e causava problemas. Eu não andava até a porta ou ficava por muito tempo como eu costumava. Eu só dava meia volta quando eu passava da estação de trem para ter um vislumbre do contêiner.
Mas o contêiner estava aceso toda vez. Eu não tinha percebido o quão estranho isso era até recentemente. Estava sempre aceso. Mesmo quando ele devia estar dormindo. Eu percebi que isso era um sinal para nós entrarmos a qualquer hora. Não tinha como eu saber. Era só uma suposição. Mas eu estava convencido. Ainda assim, eu não conseguia bater na porta e entrar porque eu não sabia o que dizer.
A exibição dos fogos é amanhã. Eu conseguirei chegar a tempo se eu sair assim que eu terminar o meu turno.
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15 de Agosto, ANO 22 (Seokjin) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Seokjin 15 de Agosto, ANO 22
Eu a vi pela primeira vez na ferrovia. Foi cerca de um mês atrás em um dia que eu tinha muita coisa na cabeça. Eu fui ver o Jungkook no hospital mas fiquei lá por apenas 10 minutos. Eu raramente falava com o Jungkook quando estava lá. Por algum motivo, o Jungkook ficava tenso e mantinha sua guarda contra mim. Nenhuma mensagem foi postada na nossa conversa em grupo. A mensagem do Hoseok, a qual ele dizia que não iria mais manter contanto, foi a última. Eu senti que aquela mensagem foi direcionada ao Yoongi. Mas, sempre que eu a lia, parecia que ela foi direcionada a mim por alguma razão.
Eu sai do hospital e andei às cegas. Eu percebi depois de um tempo que eu estava na frente do cruzamento da ferrovia. A barra de cruzamento estava abaixada, e eu podia ver um trem se aproximando à distância. Me lembrou da vez em que eu entrei no avião sozinho na minha infância. Pode soar bobo, mas foi parecido. O que eu estava esperando? O que quer que fosse, eu não deveria esperar algo assim? Aquele sentimento de pertencimento foi nada mais do que uma ilusão? O que era esse vazio? Eu estava completamente sozinho afinal? O que eu fiz de errado? Essa linha de pensamento continuou com o vento forte agitado pelo trem que passava.
O trem desapareceu de vista tão rápido quanto se aproximou. A barra levantou e o cruzamento estava aberto novamente. Ela andou na minha direção, balançando contra o fluxo de ar trazido pelo trem. Ela derrubou o seu diário enquanto passava por mim. Em seu diário estava a sua lista de desejos: fazer aula de italiano, se juntar a um programa de estadia em um templo, se voluntariar em um abrigo de animais, fazer um curso de barista, e dividir seu fone de ouvido com seu namorado durante uma caminhada. Smeraldo era um deles.
Debaixo de um recorte de revista da Smeraldo estava o seguinte parágrafo:
O amor não é essencialmente um relacionamento com uma pessoa específica; é uma atitude, a qual determina a relação de uma pessoa com o mundo como um todo. Se eu verdadeiramente amo uma pessoa, eu amo todas as pessoas, eu amo o mundo, eu amo a vida. Se eu posso dizer para outrem, “Eu te amo”, eu devo ser capaz de dizer “Eu amo a todos em você, através de você eu amo o mundo, e também me amo em você.”  – De A Arte de Amar por Erich Fromm
Eu fiz muitas coisas com ela por um mês. Caminhamos, dividimos o fone de ouvido e ouvimos música como ela queria e nos voluntariamos juntos em um abrigo de animais. Não pudemos ficar em um templo, mas pegamos um ônibus e viajamos até o último ponto e passamos tempo no nosso café favorito.
Smeraldo é uma flor dita crescer somente na parte norte da Itália. Eu fui até uma grande floricultura nas proximidades, mas ninguém nunca tinha ouvido falar da flor. Então encontrei esta pequena floricultura ainda em construção. Era na esquina do lado esquerdo depois do cruzamento da ponte até Munhyeon.
Eu não tinha altas expectativas quando o proprietário, que estava organizando alguns documentos em um canto, se aproximou de mim. Ao ouvir o nome da flor, o proprietário olhou para mim por um longo tempo e me disse que ele seria capaz de me entregar a flor, embora sua loja ainda não estivesse oficialmente aberta. “Por que precisa ser essa flor?”
Ela não sabia que eu estava com o diário dela. Ela nunca seria capaz de imaginar que eu segui a lista em seu diário para fazer todas as coisas que fizemos juntos no mês passado. Eu não devolvi o seu diário ou disse a ela que eu estava com ele. Eu sabia que isso era errado. Eu sabia que eu estava praticamente enganando ela. Eu tentei confessar tudo algumas vezes, mas eu estava com medo. Eu estava com medo que ela pudesse me deixar assim como meus amigos. Eu estava com medo de que seu coração se tornaria frio assim que ela tivesse um vislumbre dos meus erros, meus delitos, da minha insensatez, e dos meus medos.
Eu queria fazê-la feliz. Eu queria fazê-la rir. Toda vez que eu fazia ela feliz, parecia que eu tinha me tornado uma pessoa melhor. Parecia que meus defeitos estavam sendo escondidos. Eu só tinha mais uma coisa para preparar. Era uma flor que significava “a verdade não contada” no idioma das flores.
O proprietário pareceu perplexo com o meu pedido para pegar a flor Smeraldo até dia 30 de Agosto e disse que seria difícil encontrar uma até lá. Mas tinha que ser esse dia. Uma exibição de fogos de artificio estava programada para acontecer no Rio Yangjicheon. Ela era apaixonada pelo céu noturno. Eu estava pensando em confessar o meu amor por ela quando os fogos de artificio explodirem no céu. Eu estava pensando em presentear ela com a sua flor favorita e confiar o meu coração a ela na sua hora favorita, em seu lugar favorito.
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13 de Agosto, ANO 22 (Hoseok) – [花樣年華 THE NOTES 1; Capítulo ‘The Direction Where The Sun Rises’]
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Hoseok 13 de Agosto, ANO 22
Eu apareci na sala de ensaio do Just Dance pela primeira vez depois de um tempo. Eu fui recebido pelo som da batida da música, o ar cheirando a suor, e a sala cheia de adrenalina. Meu coração tremulava toda vez que eu vinha aqui. Depois de uma rodada de saudações barulhentas dos membros, eu sentei encostado na parede e assisti eles ensaiarem. Quando eu seria capaz de dançar novamente? Eu estava impaciente e empolgado. Eu pensei na dança do homem. Eu serei capaz de dançar como ele um dia? Naquele momento, alguém se aproximou e sentou ao meu lado.
Era a garota. Ela bateu no meu ombro, sorrindo e disse, “Onde você esteve? Você estava se divertindo sozinho?” Nós dois no espelho estávamos sentados lado a lado encostados na parede. “Como você tem estado?” Ela me fez uma expressão que pareceu me repreender pela pergunta retórica. Eu continuei, me olhando no espelho. “Eu já te contei sobre a minha mãe?” Eu devo ter repetido isso centenas de vezes. Mas ela sempre ouvia a minha história entusiasticamente. “Ela deve estar vivendo feliz em algum lugar, não é? Então eu estou bem. Mesmo se nós nunca nos encontrarmos de novo, estará tudo bem se ambos estivermos felizes.”
Ela me olhou. “E eu pensei que você parecia com a minha mãe. Mas não parece. Eu estive ocupado resolvendo isto.” Ela pareceu confusa. Eu ri e continuei a falar.
“Então, quando você parte? Não, não era isso que eu ia dizer. Parabéns. Era o teu sonho.” Ela curvou sua cabeça e a levantou novamente. “Me desculpa. Eu deveria ter contado a você primeiro.” “Se você está arrependida, me compra comida. Eu vou dar uma festa de despedida muito legal para você.”
Eu dei um sorriso deliberadamente grande e fiz um escândalo. “Vamos nos encontrar novamente um dia como dançarinos famosos. Trabalhe duro. Porque eu não vou deixar você me superar.” Ela acenou com a cabeça. Nós dois no espelho sentados um ao lado do outro encostados na parede.
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