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ofgraveconcern · 4 years

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Act II: Part Two: Fantasmagorie to Spiritualism Etienne-Gaspard Robert. 1799 Influenced by the phantasmagoria shows of Paul de Philipsthal, the Belgian physicist, stage musician and painter Étienne-Gaspard Robert, would combine all of his skills into the most elaborate and convincing of all the phantasmagoria illusion shows. A professor of physics specializing in optics, Robert developed a performance based around rear projection onto wax coated gauze, projecting actors in scripted scenes, and through the use of ventriloquism, creating a convincing impression of the appearance of ghosts. He also used smoke and mirrors to further disguise the mechanisms behind his performance. Performing his first show at the Pavillon de l'Echiquier on the 23rd January 1798, the audience was convinced that they had seen real ghosts, with many left terrified by the performance. By 1799 Robert was performing in the apt abandoned convent ‘Convent des Capucines’. The Nightside of Nature. 1846 At the height of the spiritualism movement, The Nightside of Nature was written by the English novelist, story writer and playwright Catherine Ann Crowe. Inspired by German writers, the book gives the reader chilling anecdotes of ghostly events, hauntings and other paranormal phenomena. The book became her most popular work, attempting to find a scientific, or, ‘psychic’ explanation of supernatural sightings and occurrences. The 19th century would revisit the themes of ghosts and the supernatural, culminating in the populism of spiritualism and séances, which would last into the beginning of the 20th century. In February 1854, Catherine Ann Crowe was discovered naked in Edinburgh one night, convinced that spirits had rendered her invisible. #ghost #ghosts #ghostart #ghostsighting #ghostaesthetic #gothicstyle #gothicart #gothichistory #ghosthistory #macabreartwork #dark #darkart #strangehistory #darkhistory #illustration #illustrationartist #darkillustration #darkillustrations #halloween #halloween #mythical #halloweenart #halloweenart #halloweeneveryday #phantasmagoria #gothicliterature #fantasmogoria #horrortheatre #gothiccandles #candleart https://www.instagram.com/p/CG-NS0TAxyN/?igshid=pibf0rpvi3ee

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pervago · 4 years

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Minha adorável quarentena 7

A crise dos significados se dá sempre na ânsia por mais significantes. Para que o tédio não me derrote agora por nocaute, é preciso que eu seja forte e o derrote do único modo possível, por pontos. Respiração. Como dizem os sábios dos filmes de artes marciais chinesas, a força, quando se está enjaulado, não vale nada se não estiver localizada e controlada no ponto certo, de modo equilibrado, paciente, na mente, gafanhoto. De nada adianta estourar os miolos antes do tempo de virar só poeira cósmica ou mesmo o amor, no ar, que seja, no extrato concentrado para o qual nascemos, vagando mais cedo pelas galáxias, invisíveis, como as moléculas do Covid19. A primeira coisa com a qual estou tentando me conformar nesse isolamento é que a gente não vale, por assim dizer, porra nenhuma. Que a gente é fraco e cai no buraco. E que o buraco é fundo e que acabou-se mesmo o mundo. Literalmente.

Mas o mundo, apesar de ser imenso, é mínimo também. Respiração. Pensei que talvez esteja nas pequenas coisas, mais à estatura do vírus, os significantes tão essenciais para me ajudar a atravessar esse meu deserto de entendimento. Lavo delicadamente as frutas, deixo reduzir o molho, desinfeto o chão do banheiro, dou de comer aos bichos da casa, de beber às plantas e eis que me acalmo um pouquinho na nobre função de existir enquanto objeto da casa, só enquanto mobiliário mesmo.

Percebo que há uma geometria, uma arquitetura, uma dança escondida no movimento dos fantasmas de meu confinamento. Procuro decifrá-las. Habitar esse desafio de sobrevivência é saber o que em mim se deteriora e o que em mim mais carece de reinvenção.

Quem se proporia mentalmente a uma nova abstração na coreografia pessoal e na reconfiguração do mundo, se nem bem de pé se encontra? Procuro tranquilizar-me pensando pausadamente em cada habitante agora, na Polinésia, no Nepal, em Málaga, no Gabão, no Alabama, em Aix-en-provence, em Belford Roxo, em Uru Eu Wau Wau (RO), na Tasmânia, em Cordisburgo como na Cisjordânia, meus irmãos refugiados como eu, no fim do mundo.

Respiração. Manja aqueles filmes catástrofes? O avião cai, entre as ferragens o sujeito sobrevivente começa a calcular sua real situação: roupas de frio, mantimentos, segurança, comunicação. Tudo passa então a ser uma planilha de cálculo administrativo das provisões? Pra mim, esse cálculo de falência da motivação x luta desesperada pela vida de um bicho passarinheiro como eu, ora engaiolado, tem de se dar em muitas outras dimensões também.

O que afugenta a sua fantasmogoria? Na língua dos publicitários, "O que não faz você infeliz?". O que te alivia a deprê após cada fala do nosso excrementíssimo chefe de estábulo? Respiração. Pra mim, fantasia é item básico, artigo de primeira necessidade, que me chega todo dia no Ifood da busca pela poesia como antídoto para a fome e as incertezas sufocantes do confinamento.

Portanto, já podemos passar à pergunta que mais interessa: a abdução por disco voador ou sequestro literário conta como violação à quarentena? Se contar, sou um contraventor e estou vivendo há semanas à margem da lei. Ora, mas os ETs são limpinhos, assépticos e a ficção já superou as barreiras microbiológicas. Pelo menos a ficção científica já as superou. Certeza. E considerando também que o teclado do computador está devidamente esterilizado, convenhamos, tenho meus álibis contra essas frívolas acusações de abandono da quarentena.

Deixo registrado aqui: caso um marciano, uma trupe de saqueadores de diligências no Arizona, um monge por um mosteiro, um navegador na volta de uma batalha para os braços de sua amada ou o algum animal de fábula maravilhosa me "Covid" para um passeio, irei. Posso provar que isso é medicamento essencial para o controle de minha loucura confinada. E atualmente só isso me salva dos episódios psicóticos previstos por estresse nesse meu exílio pra dentro, o meu in-xílio compulsório.

Mas esta noite eu tive um sonho bom. Sonhei que atiravam de canhões colocados nas ruas os bolsomínions pra dentro de suas próprias casas, como medida de redução da taxa de mortalidade por idiotia e irresponsabilidade social-ideológica. Foi lindo. #MarcilioGodoy # quarentena #Brasil

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