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#NETA SOARE
jurnaldeoltenia · 2 years
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FESTIVALUL TOAMNEI FILIAȘI - Incearca gusturile tradiţionale! Vino în weekend-ul 16-18 septembrie la Filiași!
FESTIVALUL TOAMNEI FILIAȘI – Incearca gusturile tradiţionale! Vino în weekend-ul 16-18 septembrie la Filiași!
Dacă vrei să pui la încercare gusturile tradiţionale te aşteptăm în weekend-ul 16-18 septembrie în Orașul Filiași, Strada Stadionului, la FESTIVALUL TOAMNEI FILIAȘI! Dintre toate bucătăriile lumii, cu siguranţă cea tradiţional românească poate satisface toate gusturile gurmanzilor rafinaţi din întreaga lume, fie că vorbim de băuturi, deserturi sau preparate autohtone. Ia-ți prietenii cei mai…
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pirapopnoticias · 7 months
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beaphoenixeu · 1 year
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Drama artistei Neta Soare! A fost la un pas de moarte în timpul unui turneu
Drama artistei Neta Soare! A fost la un pas de moarte în timpul unui turneu
Neta Soare este una dintre cele mai îndrăgite cântărețe de muzică populară, iar de-a lungul timpului a adus fericire pe chipul celor care o ascultă. Interpreta are mereu zâmbetul pe buze, însă în realitate aceasta ascunde o adevărată dramă. Artista a mărturisit că a fost la un pas de moarte în timpul unui turneu, însă din fericire, a fost salvată la timp de niște prieteni. Neta Soare se consideră…
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gazeta24br · 2 years
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Clássicos da música popular brasileira animam crianças em tratamento de câncer e familiares, nesta quinta-feira (25), pelo projeto Famílias do Instituto em Ação Cultura   As crianças em tratamento de câncer e familiares no Instituto Ingo Hoffmann fizeram uma verdadeira viagem pela história da música popular brasileira, nesta quinta-feira (25). O espetáculo “Ary Barroso no coração do Brasil” levou alguns dos maiores clássicos do compositor à instituição e animou a plateia. A apresentação faz parte do calendário do projeto Famílias do Instituto em Ação Cultura. O objetivo do show “Ary Barroso no coração do Brasil” é fazer uma homenagem a composições já consideradas parte do patrimônio histórico do País, além de divulgar a história da MPB. O projeto reuniu Fredy Fevereiro na voz e violão, Thiago Lourenço no piano, Beto Brim na guitarra, Alex Mendonça no contrabaixo e Cássio Soares na bateria. No Instituto Ingo Hoffmann, o público pôde relembrar e cantar junto sucessos como Camisa Amarela, No Rancho Fundo, Isso aqui é o que é, No tabuleiro da baiana, Na baixa do sapateiro e Aquarela do Brasil. “Já tivemos a experiência de levar esse espetáculo a vários lugares, mas estar no Instituto Ingo Hoffmann foi muito especial. Senti que as pessoas poderam abserver as músicas e esquecer um pouco os problemas. Espero ter levado alegria para o coração dessas crianças”, destacou o vocalista Fredy Fevereiro. Para Lúcia Helena, que veio do sul de Minas Gerais para acompanhar a neta em tratamento, a tarde de música foi um momento único na vida das famílias abrigadas na instituição. “Nós vivemos uma tensão muito grande, aqui, porque cada dia é diferente. Numa hora está tudo bem, na hora pode não estar. Nós precisamos mesmo de momentos de distração, e essa apresentação tirou o nosso foco da doença”, disse.   Famílias do Instituto em Ação Cultura O objetivo do projeto é oferecer mais conforto e qualidade de vida às crianças e suas respectivas famílias em tratamento do câncer, atendidos pelo Centro Infantil Boldrini, hospital referência mundial em tratamento de crianças, no interior paulista. Além das apresentações, as famílias na instituição contam com oficinas diárias artes, literatura, contação de histórias, música, cinema e internet. O projeto de cultura, denominado Calendário de Atividades Socioculturais – Plano Anual | Ano 2, tem como patrocinadores: CI&T, DHL, ABL Antibióticos do Brasil, Usina São Domingos, Alibra Matera e 2º Tabelião de Protesto de Campinas.   O Instituto O Instituto Ingo Hoffmann é uma entidade beneficente e sem fins lucrativos fundado em 31/08/2005, tendo como missão inicial proporcionar maior oportunidade de cura para crianças em tratamento de câncer, através de uma parceria com o Centro Infantil Boldrini no projeto denominado Casa de Apoio à Criança e à Família. Trata-se de um modelo de moradia temporária. No total são 30 chalés, divididos em 10 vilas, construídos em um terreno com mais de 6.000 metros quadrados, localizado ao lado do edifício da Radioterapia do hospital. Além das acomodações, o local possui brinquedoteca, biblioteca, academia interna e externa, refeitório e lavanderia. O objetivo da Casa da Criança e da Família é abrigar crianças em tratamento intensivo de câncer e seus acompanhantes, vindos de diversas regiões do Brasil e da América Latina para fazer tratamento no Centro Infantil Boldrini, e que não têm condições de serem mantidas por suas famílias fora de suas casas. Saiba mais sobre como doar pelo site: http://www.ingohoffmann.org.br *Todos os artigos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não expressam a linha editorial do portal e de seus editores.
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evreuxdharcourt · 4 years
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𝒄𝒂𝒓𝒆𝒆𝒓 𝒅𝒂𝒚 (𝒕𝒂𝒔𝒌 #5)
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               Apesar de ter dito para Cédric que estava ali porque queria ajudar ele e apenas isso, Geneviève viu-se voltando para a feira de profissões na terça-feira à tarde depois da sua sessão de monitoria. Disse para si mesma que ia dar apenas uma volta porque não estava a fim de ir para casa imediatamente, porém a verdade era que logo após alguns minutos a garota começou a andar até o estande de Direito como se estivesse hipnotizada pela sua visão. Chegando lá, enquanto escutava os universitários explicarem aos interessados, a d’Harcourt permaneceu ali, há vários pés de distância de realmente ser considerada parte da horda de alunos que escutava atentamente, porém perto o suficiente para ouvi-los; o coração pesava e na sua mente apenas passavam filmes sobre uma versão mais nova e mais ingênua dela, confabulando sozinha como seria seguir os passos de gerações da família e ser tudo aquilo que esperavam dela desde que nasceu. 
             A cabeça latejava. Para não parecer uma completa idiota, Viv deu alguns passos e chegou até à mesa das brochuras das universidades. Sorbonne, Università di Bologna, Oxford University, Harvard... Université d’Harcourt. A garganta ficou seca e o estômago afundou. “Posso ajudar?”, perguntou uma garota com o nome Brigitte em seu crachá. O sorriso era reluzente e tinha a aparência impecável; Geneviève se viu um pouco nela, ou pelo menos quem costumava ser. Nem um fio de cabelo fora de linha. ❝ — Ahm, não, obrigada. Só estou um pouco perdida.❞ — acabou falando, o que incrivelmente não era uma mentira. Estava perdida, não geograficamente e sim espiritual e psicologicamente falando. É claro que Brigitte não tinha como saber disso. “Não se preocupe, isso é muito normal, principalmente para alunos do último ano do Lycée. Se você quiser, posso passar os pontos principais e mais importantes com você agora”, propôs ela de forma doce. ❝ — Certo. De qual faculdade você veio?❞ — perguntou, pensando que não ia conseguir lidar com uma aluna da universidade dos seus pais, não conseguiria nem olhar-lhe nos olhos. A menina estufou o peito antes de responder:  “Universidade de Sorbonne, em Paris”, e Geneviève assentiu de forma aliviada. Prosseguiu a lhe explicar coisas que Geneviève sabia de cor e salteado, coisas que sabia desde menina, que provavelmente nasceu escutando. Depois de diversos minutos, o que realmente chamou sua atenção foi sua fala final. “Na sexta-feira, uma das professoras mais renomadas da minha universidade vai vir aqui em pessoa. O nome dela é Jessica Finelle, é uma das advogadas mais famosas de Paris no campo de Direitos Humanos, aliás a sociedade de advocacia dela, Zimeray & Finelle, é especializada nesse tipo de demanda, além de Criminal e Comercial Internacional. Ela gosta de vir aqui porque foi onde ela se formou no Lycée. Enfim, eles oferecem uma vaga bem bacana no verão para estagiários que ainda não entraram na faculdade e desejam se inteirar no meio. É um jeito e tanto de começar a faculdade de Direito, se quer saber. Você deveria vir, porque apesar da concorrência não custa nada tentar”, comentou Brigitte, entregando-lhe um panfleto sobre o dito estágio. Viv agradeceu e viu a garota se afastar e começar a dar o mesmo discurso para as próximas pessoas que se aproximavam.
               Geneviève saiu do ginásio como se estivesse pegando fogo. Não parou de correr até que chegou no seu carro no estacionamento. Sentou-se à frente do volante com o coração acelerado e encostou a cabeça no banco, fechando os olhos. Durante o curso da história dos Harcourt, seus membros sempre escolheram a vida pública ou os negócios privados. Médicos, advogados, diplomatas, militares, professores de um lado e do outro CEOs, empreendedores e investidores. O Groupe Harcourt e todo pacote que ele trazia ou a vida pública. Não bastasse isso, do lado da mãe também havia a participação no Groupe Artémis. E adivinha quem era a última filha e neta possível para herdar aquela responsabilidade toda? Touché. Nenhum dos irmãos teve o que era necessário, nenhum deles teve a coragem suficiente para colocar a roupa de gente grande e viver como um verdadeiro herdeiro Évreux-Olonde-Harcourt. Os pais esperavam que a sua caçula, a sua Genny, a sua lady assumisse tudo, na realidade desde muito pequena eles já apostavam todas as suas fichas que seria ela a maior fonte de orgulho para eles. Nascer, ser inserido na sociedade nobiliárquica européia, estudar em um colégio privado francês, estudar direito na Université d’Harcourt, conseguir o primeiro emprego e uma dos negócios da família e decidir uma vez por todas: vida pública ou de negócios. Casar com alguém igualmente rico, ter vários filhos, morar na comuna Harcourt e morrer com tudo e ordem. Um plano traçado por gerações e gerações. Então poderia rir quando anunciavam: “venha decidir seu futuro na Feira de Profissões!”. Decidir o que? Não estava tudo muito claro?   
              Era isso que queria? Fazer Direito como todos os seus ancestrais? Ser a filha que seus pais sempre quiseram? Não, não, não quero fazer mais nada em nome deles. Mas se não era isso, qual seria seu propósito? Ela não sabia. O que gostava de fazer? O que queria ser? Como gostaria de passar o restante dos anos da sua vida? Quando tivesse filhos e eles olhassem para a mãe, o que eles veriam? Eram muitas perguntas sem respostas, muitas perguntas que faziam a aura e atmosfera hedonista que Viv custou a construir no último mês ruir. Era como se a fachada começasse a desmoronar, como se dissesse que ela não era aquela pessoa que tentava ser nos últimos tempos. Só que ao mesmo tempo, também não sentia que era a menina que os pais lhe ensinaram a ser. Então quem era? Não sei, não sei. A resposta era: não sei!
               Frustrada, Geneviève deu um soco no volante, fazendo a buzina soar. Como poderia ser justo ter que decidir naquele ano de merda o restante da sua vida? No ano em que perdeu o seu namorado e melhor amigo, que perdeu uma amiga próxima, que perdeu a confiança nos pais, que perdeu a confiança na sua melhor amiga de anos pela primeira vez? No ano em que estava sendo constantemente ameaçada e se sentia culpada vinte e quatro horas por dia? Como alguém iria decidir tudo agora? Se sentia pressionada, encurralada pelo tempo. Tempo, tempo, tempo. ❝ — Que se dane.❞ — ouviu-se responder a si mesma. Não precisava pensar quem seria, não hoje, não agora. Ainda tinha uns seis meses até que as aulas acabassem e as aplicações da faculdade começavam só em maio. Dane-se quem ela era agora, o que ela queria ser agora. “E pau no cu dessa escola por me fazer pensar nisso antes do tempo, eu tenho cento e oitenta dias, metade de um ano inteiro e não vou pensar em nada além do que vai acontecer nos próximos dez minutos. Eu vou ajeitar minha postura, respirar fundo, ligar o carro e ir para casa. E é tudo o que eu preciso saber por enquanto.” 
               Geneviève abriu os olhos, respirou fundo. Viu largado no banco o panfleto do estágio. Apenas nos próximos dez minutos, repetiu internamente como um mantra. Guardou o panfleto na bolsa, no meio de sua agenda. Ajeitou a postura no banco, ligou a ignição e foi embora.      
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szlectionhq · 4 years
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A Corte Ocenliana tem o prazer de lhe apresentar THALIA PACKOVA, vindo(a) diretamente de(a) ZADETH. Com seus VINTE E DOIS anos, cansou de ouvir comparações de sua semelhança com ALISHAN MALBORA. Seus aposentos estão prontos para sua estadia enquanto CUMPRE SEU SERVIÇO DE DAMA DE COMPANHIA DA RAINHA DE ZADETH. Que a Corte lhe trate bem.
I. HEADCANONS.
A ambição por vezes estraga o ser humano e o transforma em um ser terrível. A história que irei contar a vocês pode soar confusa e por isso é preciso se ater aos detalhes. Lady Lorelay Packova vem de uma família de antigos anciões, tornando-se a primeira mulher anciã da família. Seus descendentes são da Casta Dois (Yaysht) e donos de uma empresa renomada de jóias. Os Packova foram pioneiros na exploração de pedras preciosas e design de jóias, tornando-se conhecidos não somente por serem da família de um ansião, mas também por serem o principal fornecedor de jóias para a corte. Lady Lorelay era quem tomava as decisões pela empresa e desde que sua neta Thalia nasceu, tinha vontade de deixar a empresa para ela. Algo que causou conflito na família. E é aqui que a história complica. A senhora Packova perdeu o marido a alguns anos e foi seu filho Waldak quem assumiu os negócios da família, na época havia um dilema familiar, pois o primogênito tinha retirado a esposa da casa principal da família e colocou a amante com seus dois filhos (filhos bastardos dele) lá. Lady Lorelay nunca confiou na amante e sentia pela primeira esposa que não conseguia ter filhos ser deixada de lado dessa forma. Todos eram muito jovens e o inesperado aconteceu. Um evento diplomático em Zadeth fez com que Lorelay se envolvesse um dos conselheiros zadethianos e gerasse uma vida em seu ventre. Ela não podia assumir a criança logo de início, seria um escândalo. Teve então a ideia de dar a esposa de seu filho para cria-la e assim Thalia cresceu como sua neta.
O laço entre Lorelay e Thalia sempre foi muito forte e a Lady torcia para seu filho voltasse para esposa, algo que não aconteceu e infelizmente acabou em uma verdadeira tragédia. A mulher fora assassinada e até hoje não se sabe quem a matou. Além disso, Waldak temendo que a mãe passasse a empresa para a neta, enviou Thalia para Zadeth. A garota tinha apenas 10 anos e foi enviada para um país estranho, mesmo que fosse amigo e aliado de Ocenli. Ao menos fora recebida de braços abertos pela corte e presenciou de perto a luta interna que se estabeleceu no país, a luta por duas famílias pela coroa. Acabou se tornando próxima de Elisia e nutrindo um carinho de irmã.
Elisia não é apenas sua rainha, mas também sua amiga e ela está grávida, logo Thalia não poderia deixa-la que fosse sozinha acompanhar a seleção em Ocenli, além disso a garota está empenhada em ajudar sua rainha a conseguir aliados que assegurem seu reinado, algo que infelizmente está em risco. No entanto, seria mentira dizer que a ocenliana retornava ao seu país de origem apenas para acompanhar a rainha zadethiana, a Packova encontrou a mãe morta na infância e se culpa até hoje, tem certeza que foi a amante de seu pai quem está por trás do assassinato e pretende reunir provas para desmascará-la.
Há muitas coisas mal resolvidas na vida de Thalia, ela nem desconfia quem são seus verdadeiros, não possui uma boa relação com o pai tem muito ressentimento por ele ter a enviado para Zadeth e ainda tem algumas coisas mal resolvidas com sua avó, não entendo como ela pôde permitir que Waldak a mandasse para longe sem nem ao menos tentar interferir.
A jovem possui uma cabra de estimação, um animal bem fofinho e inteligente que ela jura que entende tudo que ela fala. Thalia acabou aprendendo a ler cartas de tarot e tem toda uma vibe mítica e afrodisíaca em volta de si, por vezes dizendo coisas que só fazem sentido para ela por aí ou simplesmente dançando em locais e momentos não muito apropriados
II. PERSONALIDADE.
Atrevida, essa é a principal característica de Thalia, não é uma garotinha boba, sonhadora ou inocente, sabe exatamente o que quer e não mede esforços para conseguir, ainda que não seja o tipo de pessoa que passa por cima dos outros para conseguir algo. Ela tem muito caráter e é autêntica. Não possui o hábito de mentir, mas muitas vezes usa da dissimulação, se faz de desentendida ou abusa de uma personalidade desagradável para sair de certas situações. Muito inteligente, costuma pensar de forma estratégica e sempre observa tudo ao seu redor, se adequando às diferentes situações. Não costuma medir muito as palavras ou ações em determinados momentos, principalmente quando vê algo injusto ou que considere errado, que é quando sua impulsividade aflora.
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Vâlcea. ,,Drumul Vinului Vâlcean”– o ediție de toamnă târzie la  Prundeni
Vâlcea. ,,Drumul Vinului Vâlcean”– o ediție de toamnă târzie la Prundeni
 S-a tras cortina peste o nouă ediție din acest an, a Târgului de Comerț al Olteniei, din Craiova, unde  Comuna Prundeni din județul Vâlcea, a fost vedeta evenimentului cu o expoziție numită sugestiv “Drumul Vinului Vâlcean” .
Duminică 22 octombrie, primarul Ion Horăscu a petrecut, alături prieteni invitați din toate colțurile țării, dar și de consătenii săi, la cea de-a șasea ediție a…
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rybxxwade-blog · 5 years
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—  𝔢𝔳𝔢𝔯𝔶𝔱𝔥𝔦𝔫𝔤 𝔦𝔰 𝔞𝔟𝔬𝔲𝔱 𝔱𝔬 𝔠𝔥𝔞𝔫𝔤𝔢.
Uma carta? Quem ainda mandava cartas em pleno século 21? Pessoas que, provavelmente, não querem ser rastreadas. A morena compreendia muito bem a necessidade que alguns indivíduos tinham de se comunicar sem serem rastreados, e aquela era uma missão praticamente impossível com a evolução da tecnologia, por isso cogitava a possibilidade do remetente daquele envelope conhecer muito bem as atividade ilegais nas quais estava envolvida. Ou talvez, aquela se tratasse de uma revelação, talvez Ruby estivesse prestes a descobrir que era a neta perdida de uma rainha adoecida e que ela era a única candidata a assumir o trono após sua morte. Pensar na possibilidade fez com que ela soltasse um riso enquanto segurava o objeto. Jogou-se sobre o sofá, abrindo a carta sem muita emoção, passando os olhos sobre as letras antes de realmente lê-las.
Mal começara sua leitura e já se sentia entediada. A longa introdução para o texto lhe parecia um tanto forçava e deprimia seu interesse no que ela dizia. Mas, calma que vamos chegar lá daqui a pouco. Revirou os olhos. Não compreendia a necessidade de todo aquele mistério, ou frescura, como preferia denominar naquele momento. Soltou um riso fraco ao ler os comentários sobre aquela tal Michelle. Não fazia ideia de quem se tratava, mas se divertia com o modo como ela era denegrida em uma carta para alguém que sequer a conhecia. Mutantes. No instante em que seus olhos se depararam com aquela palavra o sorriso em seus lábios se dissipou e seu cenho se franziu, enquanto ela ajeitava seu corpo de uma maneira que lhe parecia mais apropriada para manter seu foco nas palavras que vinham à seguir. 
Sentia-se tola por ter menosprezado aquela carta, que agora era lida pela quinta vez seguida, na tentativa de absorver e compreender cada palavra escrita ali. Trinta. Havia trinta pessoas como ela? Trinta pessoas com habilidades consideradas sobre-humanas? Aquilo podia, inicialmente, soar como um absurdo, mas seria estupidez da mulher acreditar que era tão especial ao ponto de ser a única capaz de coisas incríveis e inexplicáveis. Bem, inexplicáveis até aquele momento, pois parecia estar cada vez mais próxima de conquistar algumas respostas para questões que sempre estiveram em sua mente, atormentando-a a cada momento em que parte de seu corpo tornava-se invisível.
Após checar novamente o envelope e constatar que esquecera de pegar a segunda folha, pôde perceber todo o esforço que o remetente misterioso tivera para, pelo menos, passar o mínimo de credibilidade para a história que acabara de contar. A única certeza de Wade tinha naquele momento, era que investigaria a fundo a origem daquelas informações para se certificar de que eram verdadeiras, e então vasculharia tudo que pudesse encontrar sobre si mesma no hospital que lhe fora indicado. Ora, por que nunca pensei nisso antes? Por que nunca pensei em investigar meu passado, investigar a mim mesma? Culpava o carinho que nutria sobre sua habilidade e o medo de revelar-se, por ter reprimido em si essa necessidade de procurar por respostas. Sempre preferiu investigar a vida das outras pessoas.
Tudo aquilo podia não passar de uma grande ficção criada por uma mente brilhante e desocupada. Mas se alguém logo descobriria se aquele era realmente o caso, esse alguém era Ruby Wade. Por grande parte de sua vida havia se considerado uma forasteira, não pertencendo a lugar algum e muito menos a um grupo. E a possibilidade disso mudar subitamente, de encontrar pessoas que passaram pelas mesmas coisas que ela, a assustava ao mesmo tempo em que a intrigava. A verdade era que não esperava que uma surpresa como aquela fosse jogada sobre si, mas não havia nada que ela gostasse mais do que aventuras como aquelas, quebra-cabeças que precisavam ser desvendados. Decidida, deu um pula do sofá com as cartas ainda em suas mãos, e logo ligou sua mais preciosa arma: o computador.
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mugunghwarp · 2 years
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Idade: 26 anos
Gênero: Feminino cis
Qualidades: Atenciosa, dedicada
Defeitos: Cabeça dura, pavio curto
Nacionalidade/Etnia: tailandesa-coreana/tailandesa
Temas de interesse: Todos
Faceclaim: Minnie - G-Idle
Twitter: MV96WR
OOC: +18 ela/dela
TW: estupro
TW: menção à familiares falecidos, desavença familiar
Vim de uma família muito bem estruturada que não soube lidar com o falecimento do meu avô - viva a ironia - e que preferiu não lidar com a viúva.
Uma família que queria que minha avó se sentisse bem, mas não tanto. Uma família que se ofereceu para ajudá-la em qualquer circunstância que ela precisasse, mas desistiram assim que perceberam que a fortuna dela não passava de uma quantia medíocre rendendo em uma poupança. Uma família que dizia amar a famosa atriz, Mali. mas só quando estava no auge de sua carreira e ainda era convidada para dar entrevistas no rádio. uma família que queria ver minha avó bem, mas melhor se houvesse dinheiro envolvido.
Tinha dez anos quando vovó perguntou a minha mãe se podia me criar.
Sei que isso pode soar absurdo. Em famílias normais, isso nunca aconteceria. Mas pra minha mãe foi quase que um alívio. Minha avó queria me criar porque eu dava trabalho pra minha mãe. Mordia as crianças na escola, era violenta, odiava ser educada e me comportar. Sem contar que ela e meu pai brigavam muito. E não é daquele tipo de bate boca normal. Demorei a entender isso.
Não lembro como começou ou por qual motivo. Pensava que todas as pessoas precisavam ouvir berros assustadores e que todas as crianças tinham que conviver com os pais que pareciam crianças. Também sei que muitas das minhas memórias não fazem sentido, ao mesmo tempo que sei que absorvi muito dessas poucas coisas que me lembro ao que sou agora.
Também aprendi desde cedo que os adultos mentem, mesmo quando tentam ensinar para as crianças o quanto isso é feio. Cobram honestidade quando não conseguem nem ser sinceros consigo mesmo. que por acharem que possuem uma certa idade, eles estão livres para ocultar a verdade.
Pra ser bem sincera com você, não me lembro como me senti na época. Só lembro de ir embora para busan com uma pelúcia embaixo do braço.
Durante a viagem, vovó disse que eu era a neta mais bonita que ela tinha. ninguém nunca havia me chamado de bonita antes, só encrenqueira e mal educada. Vovó me enchia de elogios, tanto para características físicas que nunca notei que podiam ser bonitas aos olhos alheios quanto coisas que eu fazia e ela julgava incrível.
Então, fui amolecendo. A Winnie que prometia atear fogo em cortina caras só queria saber o que mais ela podia ser de acordo com a avó.
Era inegável que sempre fui diferente. As outras crianças sabiam disso, eu sabia disso, minha avó sabia disso e provavelmente até minha mãe. E não era só pelo fato de ser tailandesa. Demorei uns anos para entender que sou bissexual. Minha avó não se importou, não fez um escândalo e nem nada assim. Ela me disse que as pessoas iriam tentar me punir por amar. Que as pessoas iriam testar minha paciência e que eu deveria ser franca e manter a calma. Que dali em diante, eu precisava saber quem eu era.
Não me lembro quase nada sobre os meus pais. Não me lembro se eles me colocavam para dormir ou se um deles sabia cozinhar. De vez em quando, não é sempre, fico pensando como seria minha vida na Tailândia. Se eu iria odiá-la ou me odiar em primeiro lugar. E em todas as vezes que me pego pensando nisso, agradeço a todos os deuses existentes no planeta por ter sido tirada de um lugar que, definitivamente, não poderia ter sido chamado de lar.
Bom, eu aproveitei essa distância que as crianças criavam comigo para fazer algo útil. Vovó sempre falava que mente vazia é oficina do diabo. Ela me matriculava em todos os tipos de aulas possíveis. Fiz basquete, natação, dança, futebol, aulas de canto e até esgrima. Ela queria que eu tivesse um leque de opções para quando fosse decidir o que queria fazer da vida.
Tinha planos em me tornar cantora e dançarina. Quando me apresentava, era como se realmente conseguisse me conectar com o melhor de mim. me sentia energizada, revigorada, forte e o mais incrível, em paz. Tudo que envolvia música me fazia feliz.
Só que não posso chegar aqui e te contar que toda a minha vida foi incrível e que não tive nenhuma dificuldade. Olhe bem, não sou rica pra conseguir comprar oportunidades quando elas não são conquistadas com meu próprio esforço.
Mas a questão nem é essa. Tentei dar um passo maior que a perna. Eu queria uma bolsa de estudos e sabia que conseguiria. Era esforçada, tinha zero interesse em relacionamentos desde o desastre que foi o meu primeiro beijo e o fiasco que foi meu primeiro relacionamento, então, todo o meu foco era no meu objetivo, só que eu nunca fui boa em dosar as coisas.
No mesmo ano em que tentava conciliar tudo com as provas do final do ensino médio, tive uma lesão no ombro esquerdo, me impossibilitando de continuar treinando da forma que precisava treinar. Aquilo foi um choque, tanto para mim quanto para minha avó. tive acompanhamentos diários com fisioterapeutas para tentar melhorar aos poucos o estado do ombro e também acompanhamento psicológico por conta da tristeza profunda que me atingiu ao receber a notícia de que não poderia continuar dançando. Ao menos não como queria. senti que não tinha controle sobre o seu futuro, visto que a única coisa que poderia me fazer feliz dali em diante foi levada embora.
Por anos fiquei meio sem rumo. Não tinha noção do que seguir, nenhuma profissão me parecia boa o bastante. E para uma jovem adulta de vinte e dois anos, me dava a falsa sensação de estar vivendo em um limbo. As pessoas esperam que você tenha essa confusão quando está se formando no ensino médio, mas depois dos vinte, elas esperam que você esteja com um cronograma perfeito sobre sua vida pelos próximos cinquenta anos, caso contrário, a pressão pode se tornar ainda pior.
Não sei quem inventou essa tese nada estruturada sobre ter vinte anos e ser bem sucedido. Sobre(viver) ocupada ao ponto de mal conseguir respirar. Não sei quem inventou que deveríamos escolher uma profissão é apenas uma profissão para nos enfiar com tudo. Por isso, fiz do meu jeito.
Tentei focar em cantar, mas não deu certo. Pouco tempo depois descobri que tinha nódulos nas cordas vocais e foi só aí que aceitei a derrota da minha antiga eu. Fui entregadora de pizza, aprendi a cozinhar e tive uma barraquinha de comida que foi fechada pela vigilância sanitária em menos de uma semana (um recorde, eu diria), trabalhei em restaurante, de segurança e até motorista de aplicativo já fui. E todas essas coisas só me apontavam para outra paixão que eu sequer sabia que podia me render frutos; fotografia.
Gostava de registrar tudo que fazia, uma mania que herdei da minha avó. Ela sempre dizia que a mente humana era limitada e que tínhamos que eternizar cada memória, mesmo a menor e mais insignificante que fosse. Temos o costume de fazer aqueles álbuns todos decorados com recordações e fotografias. tenho um só para as minhas decepções relacionadas a trabalhos. E foi aí que eu descobri uma vocação.
Aos 24 anos, me formei como fotógrafa e exerço a profissão desde então. Antes era apenas freelancer, gostava da liberdade de fazer meus próprios horários, mas aí a coisa foi apertando, minha avó fazia questão de ajudar a família mesmo com o pouco que tinha e sobrava menos ainda pra gente. Então comecei a procurar um emprego fixo.
Mas tínhamos que ser pés no chão, os custos em Busan eram absurdos e os empregos para fotógrafas iniciantes eram inexistentes. Então, descobri Mugunghwa, uma vila pequena localizada em uma ilha. O cenário perfeito para uma atriz de cinema passar os seus últimos anos reclusa e para mim, uma doida querendo recomeçar em um lugar onde tivesse oportunidades e conseguisse ajudar a avó da forma que sempre foi ajudada.
Mudamos no início de setembro para Fleur de Crocus e em outubro arrumei um emprego na nuage bakery. Meu foco não era ser confeiteira, mesmo amando doces e cozinhar. E talvez a minha falta de comprometimento com o trabalho tenha acabado com a minha jornada lá. Em dezembro fui demitida e passei um tempo desempregada, tentando esconder a cara pelos cantos para não me reconhecerem como a causadora dos problemas higiênicos da nuage.
No início de fevereiro, as coisas foram se ajeitando. Finalmente consegui um emprego na minha área, na kallisti ent. Parece que tudo está caminhando conforme o famoso planejado. Enquanto tento conciliar o trabalho com a vida social, a mentira para mim mesma e o meu hobby que pode acabar me causando uma lesão permanente, tento não enlouquecer com as escolhas que tomo e a saudade que sinto de dançar e cantar. Graças a minha avó, sempre soube o valor que tenho no mundo e que por mais que ele tente me derrubar, sempre posso tentar no próximo dia. Hoje em dia me sinto como uma camaleoa. Nenhuma bússola moral apontando para o norte, nenhuma personalidade fixa, apenas uma indecisão interior que era tão larga e vacilante quanto o oceano.
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monogataribr · 2 years
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007. SURUGA MACACO
Conto: Suruga Monkey—Bakemonogatari 01
Fonte: Bakemonogatari 02—Vertical
Tradução: Arthur—twitter.com/Juranzab
Entre todas as tralhas que encontrei no quarto de Kanbaru (desde latas de refrigerante, copos de macarrão instantâneo até revistas eróticas), houve algo que chamou minha atenção: uma antiga caixa feita de Kiri. [1] Ela estava um pouco danificada, com algumas arranhaduras—Acredito que devido ao descuido que Kanbaru tinha com ela—E desbotada—Este acredito que era devido à idade. Ela parecia conter algo importante, como um vaso ou alguma peça de arte. Algo nada anormal, principalmente quando levado em consideração o quão glamorosa era a casa japonesa que eu estava.
Mas, quando eu a abri, não vi nada dentro.
Não sabendo o real valor dela, acabei a colocando sobre algumas caixas de papelão e voltei à faxina. Mas quando fomos falar sobre o ocorrido da noite anterior, Kanbaru se levantou, pegou a caixa e a colocou entre nós. Após isso, ela me perguntou o que havia dentro dela. Um vaso? Eu respondi.
“Então até você é capaz de errar... Sinto muito se isso soar rude, mas estou aliviada. Acho que essa foi a primeira vez que vi um semblante de sua humanidade.”
“…Então o que tinha?”
“Uma múmia,” respondeu Kanbaru. “Uma mão esquerda mumificada.”
“......”
A primeira vez que ela a utilizou foi durante o fundamental. Ela a recebeu de sua mãe a oito anos atrás, quando ainda estava na terceira série.
Essa também parece ter sido a última vez que Kanbaru a viu.
Poucos dias depois de receber a caixa, seus pais sofreram um acidente no meio da estrada. Uma coincidência realmente incrível, até parece que a mãe dela sabia que isso ocorreria. Kanbaru me disse que tudo isso aconteceu enquanto ela estava em uma aula de matemática. Eles morreram devido um capotamento, o carro acabou pegando fogo, deixando o corpo dos dois em um estado indescritível.
Depois que isso aconteceu, Kanbaru foi levada para morar junto de seus avós. Levada para casa japonesa que atualmente nos encontrávamos.
Devido ao casamento conturbado entre seus pais—Enquanto seu pai tinha vindo de uma família extremamente tradicional, sua mãe era de um mundo nem um pouco usual, fazendo com que os dois tivessem que se casar sem o consentimento de suas famílias—Kanbaru teve que viver a sós com eles. Eu achava que esse tipo de coisa não ocorria mais, mas ela me disse que isso era mais comum do que eu imaginava.
“Minha mãe sofreu muito por causa disso e meu pai acabou tendo todos os laços com sua família cortados. Tanto que eu só fui conhecer meus avós no enterro dos meus pais. Eu não sabia o nome deles e eles não sabiam o meu. Me lembro que essa foi a primeira coisa que perguntaram.”
“Huh...”
“Mas não precisa se preocupar, esse tipo de coisa acontece...”
Inundado em cima e queima embaixo. [2]
E mesmo seus avós ainda tendo desavenças com sua mãe, Kanbaru ainda era a filha única de seu filho, ou seja, sua neta. Então cuidar dela era a coisa normal a se fazer. E foi assim que Kanbaru saiu da cidade na qual viveu toda sua vida. E, como esperado, também teve que mudar de escola.
Mas ela acabou não conseguindo se adaptar ao seu novo ambiente.
“O jeito que eu falava era diferente. Eu posso falar assim agora, mas naquela época era bem mais puxado para o dialeto de Kyushu [3], talvez como forma de nos afastarmos ainda mais daqui. Eu não diria que sofri bullying..., mas as crianças zombavam da maneira que eu falava, então acabei não conseguindo formar nenhuma amizade.”
“Hum... então você não estudava na mesma escola que a Senjougahara?”
“Isso, só fui conhecer ela durante o fundamental II.”
“Certo.”
Faz sentido. Ela provavelmente não devia conhecer a Hanekawa também.
“Bem, eu também não colaborava muito. É óbvio agora, depois de tanto tempo, mas a morte dos meus pais me abalou tanto que acabei criando um tipo de muralha ao meu redor. E se você não trata os outros com gentileza, é de se esperar que eles te tratem da mesma forma. E mesmo meus avós tendo jogado fora todas as recordações daquele tempo, eu continuava perplexa. Pensando bem, é como se eles quisessem que eu não tivesse nenhuma relação com meus pais.”
“Dito isso,” falou Kanbaru, “eles são ótimas pessoas e eu realmente os respeito. Também sou muito grata por terem cuidado de mim por todo esse tempo, mas eu realmente não consigo entender essa relação que eles têm com meu pai e minha mãe.”
É, tempo demais já se passou para aquilo ser uma mera discordância.
Fazendo com que as únicas lembranças que Kanbaru tinha de seus pais fossem suas memórias e aquela caixa de Kiri.
Ela estava bem fechada, porém ninguém a disse que era proibido abri-la.
Mas havia outra coisa além da mão mumificada—A qual chegava até o pulso naquela época—Uma carta escrita por sua mãe, ou melhor, um manual de instruções. Nele dizia que a múmia era um objeto que realiza desejos, qualquer desejo. Mas que ela pode realizar apenas três deles.
Ela já estava na quarta série e tinha seus nove a dez anos, mas esse não é o ponto que quero chegar, o que realmente importa é algo que ocorre por volta dessa idade. É nessa faixa etária que as crianças começam a duvidar de coisas dessa origem. Assim criando dois grupos: aqueles que dizem acreditar, mas que tem suas dúvidas e aqueles que dizem não acreditar, mas que também tem suas dúvidas; nem mais nem menos. Mas talvez essa seja apenas uma concepção da minha e das antigas gerações... Bem, não me lembro de acreditar em algo como o Papai Noel quando tinha essa idade, mas talvez eu acreditasse nos apetrechos que apareciam nos desenhos.
Mas enfim, Kanbaru estava nessa dicotomia. Em outras palavras, ela tinha dúvida se funcionaria ou não. E assim como você usaria aqueles amuletos que dizem trazer sorte, ela fez, casualmente, um desejo à mão mumificada.
Não importava qual fosse o primeiro
Isso era igual aqueles amuletos.
Ela só estava fazendo por fazer.
“Mas eu já sabia o que pediria se o primeiro fosse realizado.”
É claro que ela sabia, até eu sabia, seria algo envolvendo os pais dela, não é?
Pedindo que eles voltassem à vida ou algo assim, né?
Eu quero ser mais rápida.
Essa foi a primeira coisa que Kanbaru desejou à múmia. Ela aparentemente era bastante lenta... e isso, juntamente com seu modo de falar, contribuía para que ela fosse zombada pelas outras crianças. Talvez alguém daquela idade não considerasse um sotaque diferente como algo digno de chacota, mas ser lento certamente era. E parece que estava perto de haver uma gincana na escola dela, sendo “corrida a pé” uma das modalidades. Pensando que sua reputação poderia mudar se vencesse a corrida, Kanbaru fez seu primeiro desejo.
“Não era questão de ter reflexos lentos ou algo assim, eu chegava a tropeçar enquanto andava.”
“Huh...”
E agora a estrela do nosso time de basquete.
“...Espera, então...”
“Quem dera...” disse Kanbaru. “Na verdade, eu acabei tendo um sonho na mesma noite. Ou melhor, um pesadelo. Nele, vi um monstro encapuzado puxando algumas crianças de suas camas e as atacando com sua mão esquerda.”
“......”
“Tenho certeza que você já deve saber onde quero chegar... Na manhã seguinte, quando fui para o colégio, quatro estudantes tinham faltado, todos eles iriam participar na mesma corrida que eu.”
Segundo a lenda, A Pata do Macaco realiza os desejos de quem a possui.
Mas, segundo a lenda, ela os realiza de uma forma inesperada para o portador.
“Fiquei horrorizada. Em pânico, corri para biblioteca para saber o que aquela mão mumificada era. E foi quando encontrei o livro ‘A Pata do Macaco’, de William Wymark Jacob. Senti um calafrio por todo meu corpo ao pensar o que poderia ter acontecido se eu tivesse pedido o segundo desejo primeiro. Felizmente não houve nada grave, mas eles certamente poderiam ter morrido.”
Kanbaru, então, colocou a múmia de volta na caixa, a selou ainda mais e a colocou no fundo do seu armário. Não haveria um segundo ou terceiro desejo. Ela só queria esquecer de tudo aquilo.
Mas, não importa o que fizesse, ela não conseguia esquecer.
Mesmo com o acidente, a gincana não foi cancelada. Fazendo com que Kanbaru tivesse que ser colocada em outro grupo.
Agora havia cinco pessoas, ela teria que correr contra outras cinco pessoas.
“O que você acha que fiz?”
“......”
“O que você acha que eu deveria ter feito?”
O que quer que eu pensei, se ela sentou e não fez nada, as consequências eram óbvias: aquilo iria se repetir de novo e de novo. Normalmente, para sair dessa situação, seria necessário fazer outro desejo à Pata e pedir que ela anulasse o primeiro. Mas agora que Kanbaru descobriu o que a múmia era, ela estava com medo. A Pata realiza desejos, mas de uma forma inesperada para o portador, e ela não sabia como esse pedido seria realizado.
E é por isso que Kanbaru correu.
Correu, e correu, e correu.
Ela era lenta, então, se esforçou até que ficasse rápida.
“Minha única opção foi realizar meu desejo por conta própria, assim a Pata não teria um motivo para atacar as outras crianças. E felizmente comecei a pegar o jeito da coisa—Não havia nenhuma questão física que me impedia, como ser acima do peso ou ter uma perna ruim—Então apesar de eu não ter ficado rápida da noite para o dia, aquilo certamente me ajudou a conseguir o primeiro lugar na corrida. Demorou um pouco, mas finalmente consegui fazer amizade com meus colegas de classe.”
Assim foi como Kanbaru fez seu primeiro desejo virar realidade. Mas, mesmo depois da gincana, ela não parou de treinar. Dizer que ela é talentosa desde o princípio seria um ultraje. Seu esforço chegou ao ponto de chamar a atenção de vários times de atletismo quando ela entrou na sexta série.
Já que Kanbaru não sabia a “validade” de seu desejo, ela não podia arriscar entrar em algum time, afinal havia a chance de ter alguém mais rápido que ela. Talvez ele tenha “vencido” no momento que ela conseguiu o primeiro lugar na corrida, mas também era possível que ele durasse para sempre. E essa incerteza a enchia de medo.
Kanbaru sabia que não prestava para corridas de longas distâncias. Ela me disse que a gincana foi fácil porque quase ninguém estava competindo seriamente, mas que isso mudaria no fundamental II e ensino médio. Se encontrasse alguém um pouco mais veloz que ela, todo seu esforço teria servido de nada.
Talvez esse tenha sido o motivo dela ter entrado no time de basquete. Enquanto estivesse dentro da quadra, não haveria ninguém mais rápido que ela.
“Bem, desistir de entrar em algum clube e parar de praticar esportes também era uma opção, porém eu não só precisava ficar em boa forma, por questão de precaução, mas o esporte também servia como uma válvula de escape para mim. Eu tinha a sensação de que morreria se não fizesse nada. Algumas pessoas me chamam de esportista, mas a verdade é que não sou motivada por nada além de medo.”
Mas ela acabou gostando, ela descobriu que jogar basquete era divertido.
Sua velocidade—A qual pensava como apenas uma forma de fugir da Pata—Finalmente podia ser usada de forma positiva. Finalmente usada para um objetivo concreto.
Foi assim que Suruga Kanbaru virou a estrela do time de basquete, e também foi como conheceu Hitagi Senjougahara.
“Ela era a estrela do time de atletismo... e graças a minha reputação de ser bastante rápida, ela foi me ver. Talvez ela já tenha esquecido... e mesmo que se lembre, é bem provável que não pense nada sobre, mas foi ela a primeira a vir falar.”
“Huh...”
Que inesperado. Mesmo que estejamos falando da Senjougahara de antigamente, eu não estava esperando que esse fosse o caso.
“Ela me convidou para uma corrida de cem metros, até disse que não precisava ser algo oficial. Me senti horrível em ter que rejeitar o pedido dela. Ela era mais velha e tão linda. Acho que não foi amor à primeira vista, mas eu já estava apaixonada poucos dias depois de ter começado a conversar com ela. Comecei a querer passar mais tempo com ela. Era terapêutico ficar perto dela.”
“Terapêutico”, essa palavra era tão distante da atual Senjougahara quanto Plutão é do Sol, mas pelo tom que Kanbaru estava falando, parece mesmo que a Senjougahara pôde fazer com que ela esquecesse da caixa, do acidente com seus pais e da múmia.
Kanbaru finalmente conseguiu esquecer o que tanto queria.
“Mas é claro que aquela não foi a última vez que tive vontade de usá-la, a tentação nunca me deixou, ela sempre esteve no meu subconsciente. A maioria das vezes eu sentia em algum momento um pouco desesperador. Como quando tive que jogar contra um time extremamente forte, quando briguei com um dos meus amigos, antes de fazer a prova de entrada do Colégio Particular Naoetsu ou... quando a Senjougahara me rejeitou.”
Mas, todas essas vezes, ela se controlou.
Todas essas vezes, ela realizou sua vontade por conta própria.
Ou, às vezes, desistiu de realizar sua vontade.
Kanbaru já havia compreendido o motivo de ter recebido a caixa de sua mãe, ela queria que sua filha virasse alguém que resolveria seus problemas por conta própria. E diferente do que A Pata do Macaco presente no livro queria ensinar, que as pessoas deveriam simplesmente aceitar os seus destinos, sua mãe queria que ela crescesse em alguém que alterasse o destino com suas próprias mãos. A múmia parece ser um tipo de herança da parte materna de sua família. Essa mesma lição vem sendo passada de geração em geração.
Ela não nasceu com sua inteligência e aptidão atlética, ela os conseguiu por meio de suor e lágrimas. E ela sempre teve plena ciência disso.
Então, mesmo podendo resolver o segredo da Senjougahara se pedisse à Pata, ela, quietamente, se distanciou dela.
Ela desistiu de estar ao seu lado.
Desistiu de segurar sua mão, de beijar os seus lábios.
Se Senjougahara pedisse que ela morresse, ela faria sem pensar duas vezes.
Kanbaru me disse isso com clareza, com firmeza.
Ela tentou esquecer algo que nunca queria esquecer.
Mas, não importa o que fizesse, ela não conseguia abandonar aqueles sentimentos que tinha por Senjougahara.
“E foi por volta de um ano depois que eu ouvi falar sobre você. Descobri que ela agora estava namorando. E foi ao seu lado que a vi fazendo um sorriso que eu nunca tinha visto antes...”
Aquele foi o meu limite... disse Kanbaru.
Ela não se lembra quando abriu o armário, quando retirou a caixa dele, quando a abriu ou sequer quando fez o desejo, ela nem mesmo parou quando viu que, agora, a Pata chegava até o cotovelo. Ela só consegue se lembrar do pavor que sentiu quando percebeu que seu braço tinha virado a de uma fera.
“...Então é por isso que você começou a me seguir. Parando para pensar, você sempre perguntava se algo de estranho tinha ocorrido comigo nos últimos dias.”
Então ela não estava tentando puxar assunto.
Nem tentando espiar o que a Senjougahara estava fazendo. E mesmo provavelmente não querendo sair em público com o braço daquele jeito, ela foi ao colégio por estar preocupada comigo—Alguém que nem conhecia direito...
Mas, quatro dias depois de ter começado a me seguir—Na noite do quarto dia—Ela teve um pesadelo.
Nele, um monstro encapuzado me atacava.
Sendo esse o motivo dela parecer tão calma quando entrei na sala dela.
Ela já sabia de tudo.
A explicação dela não foi exatamente como eu esperava, pensei que havia o envolvimento de outra monstruosidade, mas Kanbaru disse que só foi a Pata.
Segundo a lenda, A Pata do Macaco realiza os desejos de quem a possui.
Mas, segundo a lenda, ela os realiza de uma forma inesperada para o portador.
A maneira mais simples de ficar ao lado de Senjougahara era eliminando o seu atual namorado, pensou a Pata.
Pelo menos é isso que Kanbaru acreditou.
Com medo dessa possibilidade, ela começou a me seguir.
Acertando, assim, no processo.
E se eu não fosse eu... se Koyomi Araragi não fosse Koyomi Araragi—Alguém que teve a experiência de ser um vampiro—Eu certamente teria morrido naquela noite. Dificilmente teria conseguido desviar dos primeiros dois golpes, e mesmo que eu tivesse, o terceiro seria letal. Esse é quão absurdo era a capacidade destrutiva daquele monstro encapuzado. Acredito que aquelas crianças sobreviveram graças a Kanbaru ainda estar na quarta série e ainda não ter um corpo atlético, mas ela não está mais assim. Ironicamente, o corpo que ela cultivou para impedir o primeiro desejo acabou deixando o seu segundo ainda mais perigoso. Eu só fui atacado pelo braço esquerdo, mas aquela velocidade (que tive dificuldade de acompanhar) sem dúvidas pertencia a Suruga Kanbaru.
A capacidade de destruição daquele monstro aumentou.
E já que acabei sobrevivendo, aquela não seria a última vez que eu o veria. Assim que Sol se pusesse e a noite viesse, aquele monstro encapuzado me atacaria de novo e de novo, e Kanbaru continuaria tendo aqueles pesadelos.
De novo e de novo, até que eu morresse.
Até que seu sonho virasse realidade.
Até que ela conseguisse o que pediu.
Ela só queria ficar ao lado de Hitagi Senjougahara, isso é tudo que ela queria...
“‘Neste mundo nosso, as idas e vindas das pessoas podem ser bastante cansativas, mas eu por acaso sinto que, você é a única exceção...’”
“Você disse alguma coisa, Araragi-senpai?” perguntou Kanbaru, assim que terminei de recitar o poema.
“Não... só estava me perguntando se seremos bem-recebidos...”
Isso nos traz ao presente.
Sem trocar de roupa ou almoçar, fomos direto àquele cursinho abandonado onde Meme Oshino e Shinobu Oshino viviam, eu de bicicleta enquanto Kanbaru a pé.
Estávamos, agora, de frente a Oshino. Mesmo dando um resumo do ocorrido, ele não mostrava nenhuma reação, ele nem tentou corrigir alguma coisa que eu disse, só ficou observando uma lâmpada desligada presente na sala e balançando o cigarro que tinha em sua boca. Eu disse tudo que havia para falar, inclusive a relação que a Senjougahara tinha com esse caso.
Um silêncio agonizante preencheu aquela antiga sala de aula.
Oshino normalmente falava mais do que devia, até parecia que ele tinha nascido de uma língua, mas também havia vezes que ele ficava em um silêncio profundo. É horas como essa que eu questionava aquela atitude habitual dele.
“As faixas,” disse, finalmente, Oshino. “Tem como tirá-las para mim?”
“C-Claro...”
Kanbaru tinha um olhar de anseio quando falou. Tentando acalmá-la, eu disse: Vai dar tudo certo. Em seguida, ela começou a desamarrar as faixas com a mão direita.
E, sem ninguém pedir, também levantou a manga de sua camisa. A fera agora podia ser vista com clareza. Kanbaru inclinou seu cotovelo, como se fosse para indicar até onde o braço ainda era de um humano.
Dando um passo à frente, ela perguntou: “Está bom?”
“...Tá sim. É, exatamente como eu tava imaginando,”
“E o que exatamente você pensou?” perguntei. “Oshino, eu até que aturo esse seu jeito, mas teria como você ir direto ao assunto sem bancar a de misterioso pelo menos dessa vez? Isso já deve ter perdido a graça faz tempo.”
“Calma, Araragi-kun. Você tá bastante animado hoje, por acaso algo bom te aconteceu?” Após dizer seu clássico bordão, Oshino cuspiu seu cigarro inaceso—Pensando bem, acho que nunca o vi com um aceso—E virou em minha direção, sem tirar aquele sorriso dele do rosto. “Araragi-kun, e você também, senhorita. Primeiro, tenho uma correçãozinha para fazer: isso não é A Pata do Macaco.”
“Hã?”
Ele acabou de destruir toda premissa que tínhamos criado em uma única frase. Aquilo tinha me pegado de surpresa, e Kanbaru parecia estar na mesma situação.
“Houveram tantas versões desde que o original lançou que chega a ser difícil saber qual conta a história verdadeira, mas do pouco que sei, nunca vi uma versão onde A Pata do Macaco se funde ao braço do seu portador. Um caranguejo para Tsundere-chan e um macaco para nossa senhorita aqui seria igualzinho com Saru Kani Gassen [4], mas é uma pena que o mundo não é um lugar aconchegante assim. Você fez uma pesquisa por conta própria, não foi? Por acaso encontrou alguma história onde A Pata do Macaco se fundia com o portador? Se sim, o bom velhinho que vos fala terá que voltar aos estudos.”
“...Fiz sim, mas eu ainda era muito nova.”
“Como eu pensei. Então como essa ideia fincou na sua cabeça, senhorita? Afinal, tenho certeza que sua mãe disse nada sobre essa ser A Pata do Macaco... Bem, eu não posso cobrar muito, elas são realmente parecidas.”
“Como assim ‘elas’?” Perguntei a Oshino.
“A Pata é um objeto com uma história por trás dela. Segundo a lenda, a Pata faz parte de um par. Segundo a lenda, A Pata do Macaco realiza os desejos de quem a possui. Mas, segundo a lenda, ela os realiza de uma forma inesperada para o portador... tomara que seja isso mesmo, ando meio esquecido.”
Hehe, gargalhou Oshino, com aquele sorriso desagradável no rosto.
Era o sorriso de alguém com uma personalidade horrível.
“Talvez essa tenha sido uma interpretação conveniente para você, ou quem sabe uma confortante, não que isso importe. Ela originalmente estava mumificada, não é? E veio à vida quando se uniu a você, certo? Então acredito que estamos falando de Rainy Devil, o Demônio Chuvoso.”
“Reini Déviu...?” Ainda em dúvida, acabei falando alto o nome da monstruosidade. E sem me deixar fazer uma pergunta e nem dando uma pequena pausa, Oshino continuou.
“Araragi-kun, você já ouviu falar em ‘Fausto’?”
“...Aquele que fez o padre?” [5]
“É, parece que não, não que eu esperasse outro tipo de resposta. Mas sem problema, já estou acostumado com isso vindo de você, Araragi-kun. Mas e você, senhorita? Já ouviu falar em ‘Fausto’?”
“Umm, amm...” Kanbaru parecia estar surpresa em ter sido feita uma pergunta. “Eu não sou muito de ler, então não li o livro. Mas sei o básico da história.”
“Entendo, isso é de se esperar de alguém da sua idade. Meu Deus, Araragi-kun, isso é exemplo que se dá pra uma kouhai?”
“Não fale assim dele! Ele só não sabia responder a sua pergunta, nada de mais! Não o julgue só por não saber algo besta como isso! Eu sei muito bem o quão incrível ele realmente é!”
Tendo sido enfurecida pelas palavras de Oshino, Kanbaru começou a gritar com ele. Intrigado pela reação, ele virou seu olhar para mim, como se estivesse esperando uma explicação—Não tive coragem de vê-los.
... Fiquei feliz em saber que ela gostava de mim ao ponto de me defender, nunca pensei que ficaria feliz por algo assim, mas fazer isso logo com o Oshino é basicamente concordar que eu era idiota...
“Kanbaru,” eu disse. “Teria como parar? Eu realmente fico feliz que pense assim de mim, mas nós não vamos chegar a lugar algum se você fizer isso toda vez que o Oshino me zombar...”
“Entendo, Araragi-senpai, não esperava menos de alguém que sempre está de braços abertos para qualquer um. Como alguém sem muitos valores e de pavio curto, tenho dificuldade de compreender sua magnitude, mas se é isso que queres, então me controlarei e perseverarei.” Após dizer isso, ela se dirigiu a Oshino para se desculpar. “Sinto muito por minha atitude,” disse Kanbaru.
“...Sem problema,” desculpou Oshino. “Mas você é mesmo animada, senhorita. Por acaso algo bom te aconteceu? Voltando ao assunto... Johann Wolfgang von Goethe foi um dos principais autores do movimento Sturm und Drang [6], sendo o poema ‘Fausto’ a sua obra mais famosa e aclamada. Essa é a histó... pensando bem, senhorita, teria como você contá-la para ele? Não se preocupe, só diga o que sabe.”
“T-Tá bom.”
Kanbaru me olhou com hesitação, quase arrependida de ter que explicar.
Ela ficou do mesmo jeito quando resumiu “A Pata do Macaco” para mim, Suruga Kanbaru é o tipo de pessoa que precisa ser o mais presunçosa possível para explicar algo para alguém mais velho que ela.
“Como Oshino-san disse, ela é a obra-prima de Goethe, e... bem, ela tem algumas características marcantes. Sendo uma delas o fato de ser uma história contada em duas partes: Urfaust e Faust, ein Fragment, esses dois esboços levaram à criação de Fausto parte 1 e Fausto parte 2. Ela é uma obra-prima extremamente longa que só foi acabada depois de sessenta anos, chega me dá vontade de tirar o chapéu. Goethe também é conhecido por ter escrito Os Sofrimentos do Jovem Werther e As Afinidades Eletivas, mas se tivéssemos que escolher um dos seus trabalhos para representá-lo, a maioria das pessoas escolheria Fausto. Essa é a história de como o protagonista, Doutor Fausto, vendeu sua alma ao demônio Mefistófeles para adquirir todo o conhecimento do mundo. Acredito que essa seja uma introdução boa o bastante. Eu não vou entrar em mais detalhes, porque não quero dar muitos spoilers, mas a parte um é sobre o seu romance com uma plebéia chamada Margarida enquanto a parte dois descreve o estabelecimento de uma nação ideal. Ela geralmente é lida como um tipo filosófica ou, eu deveria dizer, uma narrativa sobre a busca de conhecimento. No seu caso, Araragi-senpai, tenho certeza que já saiba disso, mas ela até deu origem à expressão impulso faustiano, a qual descreve o desejo de conhecer e experimentar tudo que se pode.”
“......”
Me pergunto o motivo pra ela acreditar que eu, alguém que nem mesmo sabia o que era “Fausto”, conhecia esse tal de “impulso faustiano”.
Oshino continuou: “Em resumo, a história é sobre o Doutor Fausto tentando adquirir todo o conhecimento do mundo, mas, para isso, teve que vender sua alma para o Diabo..., mas caso queira saber o que acontece com mais detalhes e como ela termina, recomendo que vá à livraria mais próxima a você. O que a senhorita aqui acabou de falar é o considerado senso comum, mas isso já me ajuda bastante. Estou impressionado que você conseguiu dar uma explicação tão eloquente mesmo não tendo lido o livro antes. A única coisa que eu adicionaria seria algo que surpreendentemente poucas pessoas sabem, é possível encontrar essa informação em basicamente todos os documentários sobre Goethe, mas as pessoas de hoje em dia não têm mais interesse em ler os clássicos. Eu não estou falando de você, senhorita, mas ultimamente as pessoas criaram o hábito de não ler os famosos contos porque acham que já sabem de tudo que acontece neles. Então não se pode culpar muito por não saberem disso, mas ‘Fausto’ foi baseado em alguém que realmente existiu.”
“Quê!? Sério!?” disse Kanbaru, surpresa pela informação.
Tendo nenhum conhecimento sobre o assunto, acabei não entendendo o motivo dela ter ficado pasma.
“Johaan Faust. Dizem que ele esteve vivo durante a famosa era renascentista. Mesmo eu tendo dito que ele existiu, há várias teorias sobre a veracidade dessa afirmação... Sendo isso verdade ou não, tudo sobre aquele homem acabou virando folclore. Ele viveu sua vida como um doutor e alquimista errante que, realmente, vendeu a alma para Mefistófeles. E em troca de todo tipo de conhecimento e experiência, prometeu agir como inimigo da igreja cristã, por vinte quatro anos ele viveu segundo esse ‘impulso faustiano’..., mas no momento que o contrato expirou, ele teve um trágico fim. Você pode procurar por Doutor Faustus para mais detalhes.”
“Huh... eu não sabia disso.”
Kanbaru parecia impressionada pela curiosidade que Oshino deu. Bem, a história tinha a ver com folclore, que é a especialidade dele, então era de se esperar que ele soubesse de algo assim, mas será que ela vai começar a elogiá-lo também? Sendo sincero, realmente não entendo o critério que Kanbaru usava para começar a bombardear alguém de elogios, não é como se ela fizesse isso com todo mundo...
“Eu tinha certeza que era uma história completamente original,” disse ela “Nunca pensei que poderia ser baseada em uma lenda.”
“Você não está completamente errada, boa parte dela é original mesmo. Tanto que a edição feita por Goethe é apenas uma das encarnações do conto do Doutor Faustus. É o mesmo caso de ‘Hashire Melos’ [7], de Osamu Dazai, e ‘Yabu no Naka’ [8], de Ryunosuke Akutagawa. O conto que Akutagawa escreveu toca nesse assunto, não é? A lenda de Faustus foi escrita por várias outras pessoas, exemplo disso seria o dramaturgo inglês Marlowe. Já ouviu falar dele? Não o Phillip Marlowe [9], o qual estou falando é o Christopher Marlowe [10]. Aliás, alguns o consideram o precursor de Shakespeare.”
“É bem interessante saber que Fausto era o doutor,” apontou Kanbaru, com um pouco de timidez.
Huh? Oshino inclinou a cabeça, sem entender o motivo da timidez dela.
Temendo que estávamos saindo das rédeas, falei: “Tá, Oshino..., mas e daí? Eu não tenho muito problema com seus lenga-lenga, mas não consigo entender a relação que tudo isso que você disse tem com a situação da Kanbaru. Aquela parte de ‘se você vender a sua alma para um demônio, seu desejo será realizado’ é realmente parecida com A Pata do Macaco, mas não é como se o braço dela fosse, na verdade, o braço de um demônio, como aquele Mefistófeles, né?”
“É exatamente o que você disse, Araragi-kun. Até que você tá bastante astuto hoje,” disse Oshino, apontando com seu dedo indicador para mim.
“O braço da senhorita com o kanji de ‘Deus’ aqui se alinha perfeitamente até demais, mas não é tão ruim quanto o caso da luta entre o caranguejo e o macaco ou daquela garotinha perdida. Dessa vez, tudo que eu disse só serve como uma pequena dica. Apesar de sua fama como aliado de Lúcifer e em certos lugares ser visto como o próprio Diabo, Mefistófeles, na verdade se encontra entre os rankings mais baixos do mundo demoníaco, fazendo com que alguns demonólogos vejam ele mais como um familiar [11] do que um demônio. Isso normalmente faria ser extremamente difícil determinar sua exata categoria, mas um demônio que usa um capuz de chuva e que tem o braço de um macaco realmente ajuda a filtrar o resultado, e se ele funde com seu portador, então só pode ser um Rainy Devil.”
Rainy Devil
“Não é A Pata do Macaco, mas sim a mão de um demônio. Hahaha, as coisas ficam bem mais fáceis quando se pensa dessa maneira, não é? Pensem bem, por que um macaco realizaria o desejo de alguns humanos sem receber nada em troca? Dizem que a Pata realiza desejos por causa de um mago indiano ter dado poderes mágicos a ela, mas você não precisa de uma explicação ou história se for um demônio. Receber uma alma para realizar três desejos? Que tipo de demônio perderia uma oportunidade dessas, hein?” Oshino estava rindo pelo nariz enquanto dizia isso
“Uma alma...”
Depois de um tempo, ele disse: “Sem contar que a Pata é uma mão direita, e não uma esquerda.”
“...Sério?”
“Ela é um objeto que você segura com a mão direita, então presumo que também seja uma. Mas estou impressionado em ver o braço de um demônio, mesmo que, taxonomicamente falando, não pareça com um. Já que se encontrou com um vampiro, talvez você não esteja mais surpreso, Araragi-kun..., mas encontrar algo assim aqui no Japão é extremamente raro. E mesmo havendo centenas de youkais que fazem quase a mesma coisa, isso não tira seu valor. Tantos ocorridos em tão pouco tempo... essa é mesmo uma cidade bem esquisita. Me pergunto como tudo irá acabar, será que alguém vai invocar o rei do Inferno em pessoa aqui? …Senhorita, foi a sua mãe que te deu a Pata, correto? Kanbaru deve ser o sobrenome do seu pai. Você sabe qual era o sobrenome da sua mãe?”
“É um nome um pouco estranho...” Kanbaru falou lentamente, como se estivesse tentando lembrar. “Se não me engano, era Gaen. Sendo o Ga (臥) de ‘deitar-se’ e o en (煙) de ‘fumaça’. Tooe Gaen (臥煙 遠江), esse era o nome completo dela.”
“...Huh. E Tooe deve ser escrito com os kanjis de ‘longe’ (遠) e ‘baía’ (江), o mesmo presente em Yangtze (长​江​) [12] e Totomi (遠江国) [13], correto? Certo, então é daí que vem o seu nome. Nada mal.”
“E após ela ter se casado, seu nome mudou para Tooe Kanbaru. Mas isso é de alguma importância, Oshino-san?”
“Não, não, só estava enchendo linguiça mesmo. Esse tipo de informação, nesse caso, não importa muito. Mas enfim, agora que sabem com quem estão lidando, qual serão seus planos daqui em diante?”
“Como assim?”
“Veja só, Araragi-kun, eu meio que sou um expert nessa área. E como uma figura de autoridade nesse âmbito, não vejo nenhum problema em ajudar.”
“Você...” Kanbaru inclinou seu corpo para frente, “vai me salvar?”
“Nada disso, só irei dar uma mãozinha. É você mesma que irá se salvar, senhorita. Veio ao lugar errado se é isso que queria, além de que essa não é a minha especialidade. Mas considerando a situação, o que eu devo fazer?” perguntou Oshino, com um tom debochado, mas logo depois ficou em silêncio, como se realmente estivesse esperando pela minha resposta. Mas... não é óbvio o que ele teria que fazer?
“Oshino...”
“Araragi-kun, quero saber exatamente como devo ajudar. Devo ajudar o segundo desejo da senhorita virar realidade? Ou devo tentar anulá-lo? Ou talvez só fazer o braço dela voltar ao normal? Ou por acaso você quer que eu faça todas as opções anteriores? Não posso prometer muito nesse. Bem, também posso fazer nada, esse eu prometo que consigo fazer com facilidade.”
“Huh...”
Tenho certeza que ele diria que “todas as anteriores”, seria impossível. Mas...
“Por ora, há duas maneiras de resolver esse caso. A primeira é deixando o Rainy Devil te matar. Isso fará com que o braço da senhorita volte ao normal e provavelmente realizará seu desejo. E a segunda seria pegar o braço que se transformou e separá-lo do resto do corpo.”
“C-Como assim ‘separá-lo’?” Fiquei inquieto ao ouvir a proposta feita por Oshino. “Huh... não tem como só tirar a parte do macac... quero dizer, a do demônio? E outra pergunta, o braço dela cresceria de novo... né?”
“Não estamos falando sobre o rabo de uma lagartixa, Araragi-kun. Então, infelizmente, não vai ser conveniente assim. Mas até que perder um braço pra resolver toda essa bagunça é um preço bem camarada, não acham?” disse ele, casualmente.
“A-Ah,” interveio Kanbaru. “I-Isso seria um pouco problemático, não teria...”
“Você sabe que tentou matar alguém, não sabe? Não acha que esse é um preço justo, senhorita?” Oshino interrompeu Kanbaru assim que ela mostrou sinais de oposição àquela ideia. Ele agiu da mesma forma com Hanekawa e Senjougahara.
“Mas não há dúvidas de que deixar o Araragi-kun morrer é a solução mais fácil.”
“Oshino, eu entendo o que você quer dizer, mas vamos com calma. Esse ‘alguém’ que ela tentou matar... sou eu, não é? Mas não é isso que ela pediu. Ela só queria ficar ao lado da Senjougahara...”
“Só queria ficar ao lado dela? Ah, não me venha com essa,” ele continuou a falar com o mesmo tom sério de antes, mas dessa vez direcionado a mim. “Quanta gentileza, Araragi-kun. Ouso dizer que nunca vi alguém tão gentil e ingênuo quanto você. Mas quantas pessoas planeja machucar com essa sua gentileza até que fique satisfeito, hein? Por acaso quer repetir a mesma coisa que fez com a Shinobu-chan? E seja sincero comigo, você realmente acreditou nessas palavras dela?”
“...E por que ela mentiria?” Depois que perguntei isso, me virei em direção a Kanbaru, ela estava em silêncio. “Ei, Kanbaru...”
“Araragi-kun, você não acha a história dela um pouco estranha? Por exemplo, por que o braço esquerdo não só a deixou mais rápida em vez de bater naquelas crianças?”
“...Porque A Pata do Macaco realiza desejos de uma forma inesperada para o portador...”
“Mas não estamos falando sobre ela, Araragi-kun.” declarou Oshino. “Isso foi um acordo em troca de uma alma. O desejo deveria ter sido realizado assim como foi pedido. O Rainy Devil pode até ser fraco e ter o hábito de partir para violência, mas um contrato é um contrato. Se você pedisse para ficar mais rápido, seria exatamente isso que receberia. Como que bater nos seus colegas de classe a deixaria mais rápida? Não concorda que tem algo de estranho nessa história? Mas é claro que ela seria colocada em outro grupo se fizesse isso.”
“......” Colocando desse jeito, realmente não tinha como refutá-lo. “Então por quê? Por que aquilo aconteceu com aquelas...”
“Porque era exatamente isso que ela queria. Tendo dificuldade em se adaptar ao seu novo ambiente, a senhorita aqui começou a ser caçoada pelas outras crianças. Ela pode ter dito que não sofreu bullying, mas é exatamente isso que alguém que teve essa experiência falaria. Pense nisso normalmente, seus pais tinham acabado de morrer e agora ela estava em um lugar que ninguém a levava a sério, querer se vingar era de se esperar. Na verdade, seria estranho se ela não quisesse.”
“Eu...” Kanbaru começou a falar, mas não terminou o que iria dizer.
Como ela se explicaria?
Por que ela parou?
O que ela tinha notado?
Oshino continuou: “Dito isso, tenho certeza que não foi uma escolha consciente. Eu realmente acredito que foi algo inconsciente. Se fosse intencional, ela saberia. No ponto de vista dela, seu desejo certamente era ficar mais rápida. Mas não podemos dizer o mesmo sobre a parte traseira de sua mente. Por trás de seu pedido havia uma vontade de se vingar dos seus colegas de classe. O demônio percebeu essa vontade e a fez virar realidade. Pode ter sido inconsciente, mas esses são seus verdadeiros sentimentos. E não querendo aceitar isso, ela buscou por uma interpretação diferente do ocorrido... assim chegando no livro ‘A Pata do Macaco’. A parte importante não foi de que ela realiza desejos, mas sim como ela os realiza de uma maneira inesperada. Esse foi o ponto principal, não foi? Em uma tentativa de não se culpar pelo acidente, ela começou a acreditar que não tinha intenção nenhuma de ter feito aquilo.”
Intenção.
Uma questão de interpretação.
“Isso não é exclusivo à Pata do Macaco, maioria dos casos envolvendo monstruosidades que realizam desejos acabam mal para o protagonista. Então quando a senhorita fez sua pesquisa durante a quarta série, ela poderia ter facilmente encontrado outra história. Ela só acabou encontrando o livro feito por William Jacobs, simples assim. Mas o que você diria se tudo desse errado com ela? Você diria que sua vida é miserável pelo fato do desejo dela ter sido concedido? Você realmente diria que a senhorita é miserável por ter se vingado daqueles ‘colegas’ de classe que a importunavam? Araragi-kun, normalmente esse tipo de coisa não se resolveria com um simples: ‘eles mereceram’?”
“Normalmente..., mas, Oshino...”
“Hahaha, aposto que você quer saber o porquê de eu ter tanta certeza disso. Bem, era só ter prestado um pouco mais de atenção na história dela. Teria como me lembrar o estado que braço dela se encontrava durante o fundamental?”
“...........”
Agora que ele falou, como aquela mão mumificada—Que chegava até o pulso—Estava mesmo?
“Não me lembro dela ter falado sobre ter tido que enfaixar o braço...” destacou Oshino, “E só foi na manhã seguinte, quando notou que aquelas quatro crianças tinham faltado, que ela percebeu o que aconteceu, correto? Se o seu braço tivesse ficado do mesmo jeito do de agora, ela sem dúvidas teria percebido antes. E o que isso quer dizer? Em resumo, o desejo dela se realizou no momento em que seus colegas de classe foram espancados. Sem ela notar, a monstruosidade se fundiu ao seu braço durante a noite e, assim que fez seu trabalho, se separou do braço dela, levando consigo uma parte equivalente de sua alma—Sendo esse o motivo do braço ter aumentado de tamanho.”
“...Então...”
O argumento dele fazia sentido, mas então...
“Você esteve certo desde o princípio, Araragi-kun. Eu até disse que você estava bem astuto hoje, não disse? Não havia nada para se confundir, senso comum era a chave desse mistério. Não faço ideia se irá seguir essa carreira, mas sei que você seria um péssimo juiz. Você roubou a amada senpai dela para si mesmo. E ao saber disso, ela sentiu tanta raiva ao ponto de querer matá-lo. Então a intenção dela tinha, sim, algo a ver com o ocorrido, tudo foi segundo sua intenção. Afinal de contas, um braço esquerdo não tem algo assim.”
Disse Meme Oshino.
[1] Kiri, também conhecida como Paulownia tomentosa ou árvore-da-imperatriz, é uma árvore originária do norte da China e Coreia. Também pode ser encontrada no Japão e, em 1834, foi introduzida na Europa. Devido sua madeira muito maleável e por ser um excelente isolante, ela é usada para fazer móveis, persianas, instrumentos musicais, plataformas de barco etc.
[2] No capítulo 3 de Suruga Monkey, Senjougahara pergunta a Araragi “o que é inundado em cima e queima embaixo”, a mesma responde que esse lugar é a casa de Kanbaru. Essa charada também pode ser relacionada com o kanji 災い (wazawai)—O qual tem o kanji de “rio” em cima e o de “fogo” embaixo—Que significa “desastre”, principalmente de origem divina; ou seja, algo “inevitável”.
[3] O Dialeto de Kyushu (東北弁—Kyushu-ben) abrange o sudoeste de Honshu e as regiões de Shikoku e Kyushu. Ela pode ser dividida em três classificações: Dialetos Hichiku, Hōnichi e Satsugu. Alguns desses dialetos são ininteligíveis pelos japoneses de outras regiões.
[4] Saru Kani Gassen, também conhecida como ‘A Batalha do Caranguejo e do Macaco’, é um conto popular japonês. Para saber mais sobre ele, visite: quiabodoido.com/cultura/saru-kani-gassen
[5] No mangá (especificamente na página 17 do capítulo 35/ página 99 do volume 5), na versão original em japonês, Araragi fala de um Faust (Fausto, em inglês) que lava roupas. Essa é uma referência ao livro “Betty´s Book of Laundry Secrets” (O livro de segredos de lavar roupa da Betty, em tradução literal.), de Betty Faust e Maria Rodale.
[6] Sturm und Drang foi um movimento literário alemão que ocorreu no século XVIII. Ele é marcado pelo combate da influência francesa na cultura alemã.
[7] Hashire Melos ou Corra, Melos! é um conto japonês escrito por Osamu Dazai. Publicado em 1949, Hashire Melos é uma reimaginação de Die Burgschaft, uma trova de Friendrinch Schillers. O conto também foi adaptado em forma de filme, anime e dorama.
[8] Yabu no Naka, Dentro do Bosque/No Matagal, é um conto do escritor Ryunosuke Akutagawa que foi publicado em 1922 na revista Shincho. Ela conta sete diferentes versões do mesmo acontecimento, o assassinato do samurai Kanazawa no Takehiro. O conto serviu de inspiração para o filme “Rashomon”, de Akira Kurosawa.
[9] Philip Marlowe é um personagem de uma série de histórias de detetive escrita por Raymond Chandler, um romancista e roteirista dos Estados Unidos.
[10] Christoper Marlowe foi um dramaturgo, poeta e tradutor inglês que viveu no Período Elisabetano. É considerado um precursor de Shakespeare devido à introdução dos versos brancos para o teatro, uma estrutura que Shakespeare empregaria em suas obras. Também há teorias de que ele é um pseudônimo do próprio “Bardo do Avon”.
[11] Tendo origem no folclore europeu durante a idade média e começo da moderna, os familiars são espíritos, normalmente com forma de animal, que ajudam bruxas e aqueles que os invocam. Há diferentes maneiras de conseguir um familiar, desde fazer um pacto, recebê-lo de outra pessoa (normalmente de um parente) até simplesmente o encontrá-lo por aí. Devido ao modo que eram utilizados, alguns ficaram conhecidos como demônios, enquanto outros como fadas. [12] Yang-Tsé-kiang ou Yangtze é o maior rio da Ásia. Ele vai do monte Kunlun até ao mar da China Oriental.
[13] Totomi era uma antiga província do Japão, ela ficava onde a parte oeste da prefeitura de Shizuoka atualmente se encontra.
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redebcn · 3 years
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Dia da árvore: netos tatuam 'ipê da saudade' plantado como declaração de amor entre os avós em Teresina
Dia da árvore: netos tatuam ‘ipê da saudade’ plantado como declaração de amor entre os avós em Teresina
“O ipê virou um símbolo pra nossa família de união e amor”, revelou uma das netas do casal Teresinha e João Alberto Soares. A família passou então a chamar a árvore de “ipê do amor” e “ipê da saudade”. Dia da árvore: netos tatuam ‘ipê da saudade’ plantado como declaração de amor entre os avós em Teresina “Amor além da vida”. Foi a mensagem que Teresinha de Jesus Paulo Soares e João Alberto Soares…
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pirapopnoticias · 7 months
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portals4 · 3 years
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Resumo da Semana Nazaré de 05 a 09 de julho:
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RESUMO NAZARÉ – capítulo 035, segunda, 05 de julho Cris chega ao hotel completamente transtornado. Gonçalo quer saber o que se passa e Cris mostra o vídeo de Érica e Luís. Gonçalo abraça o filho e diz que terá sempre o apoio da família e que não deve depositar todas as suas esperanças numa só pessoa. Duarte despede o tio e Félix se faz de vítima. Quando Félix está de saída, depois de já ter arrumado as suas coisas, Duarte diz na frente a todos os funcionários que não o quer mais ali. Em casa, Félix queixa-se a Cláudia que perdeu tudo. A amante quer que ele conte tudo à polícia, mas o vilão diz que não pode e que está nas mãos de Verônica. Bernardo observa atentamente o seu quadro de suspeitos do incêndio. De repente, tem uma ideia e vai ao encontro de Verônica afirmando que se Félix matou Antônio tinha que ter um cúmplice. Verônica fica exaltada e diz ao filho para parar com teoria da conspiração. Cláudia vai ao hotel encontrar Laura. Quando está prestes a contar-lhe algo, aparece Verônica que interrompe a conversa. Pressionada por Laura, Cláudia acaba por dizer que Félix não pode ser o responsável pela morte de Antônio, pois estava com ela na noite do incêndio. Verônica fica sabendo que Cláudia é amante de Félix. Heitor vai ao encontro de Félix na Quinta e leva Tozé junto. Ele diz a Félix que Tozé será a solução dos problemas que tem com Duarte. Já na Atlântida, Duarte comunica à administração que despediu o tio. Verônica, sonsa, tenta se colocar ao lado do sobrinho, mas Duarte fica desconfiado da postura dela. Cláudia encontra Nazaré e conta a amiga que disse a Laura que era amante de Félix e que era o seu álibi para a noite do incêndio. Nazaré, revoltada, diz a Cláudia que a mãe foi raptada e pede pra ela desaparecer, pois foi ela que deu cabo do plano. Toni fica admirado com o pedido de Heitor. Pergunta o que ganha com isso e Heitor diz que ele ganhará a sua liberdade e a segurança da sua família. Laura pede para falar com Verônica para lhe dizer que o caso de Rute vai ser arquivado por falta de provas. Verônica fica muito revoltada e liga para Tozé. No Mercado, Dolores ensina a filha a chamar os clientes. Bárbara não tem jeito. Joaquim aparece com um ramo de flores e convida Dolores para ir ao cinema. Toni vai à Atlântida falar com Duarte e diz que está disposto a falar, mas só em troca de dinheiro. Nesse momento, Nazaré liga para Duarte para dizer que quer estar perto dele e para se encontrarem na Quinta. Félix está ao lado dela e controla a chamada. Toni esconde o dinheiro a tempo de Laura entrar. Conta aos dois a história que sabe de Tozé, mas Laura, desconfiada, acredita que Félix possa ter pago para fazer o trabalho sujo. Já na casa de Nazaré, Toni entrega o dinheiro que Duarte lhe deu e Nazaré irrita-se com Toni por este ter dado o nome de uma pessoa inocente. Toni diz que só fez aquilo que Heitor pediu. RESUMO NAZARÉ – capítulo 036, terça, 06 de julho Cris está na casa de Érica. Foi falar com ela para dizer que gosta mesmo dela. Érica pede desculpa e diz que não devia ter mentido para ele. Luís vê o abraço deles e apressa-se para ir embora. Toni segue Heitor, sem que este repare, e ouve a sua conversa com Tozé. Na casa de Nazaré, Toni diz que podia ter ficado calado mas acaba por contar que vão fazer mal a Duarte, pois ouviu uma conversa de Heitor com Tozé. Já na Quinta, Duarte está deixando uma mensagem a Nazaré quando ouve a porta e acha que é a namorada chegando. Dá de cara com Félix que diz querer resolver o mal-estar entre os dois. Tozé aparece em busca de Félix e ameaça Duarte com uma faca. Nazaré e Toni acabam de entrar nesse momento e Nazaré vai ao encontro de Duarte, mas Toni a impede. Tozé avança em Duarte e Félix e acaba levando uma facada, para seu espanto. Tozé fica boquiaberto com o que acabou de fazer e começa a fugir enquanto Duarte ampara o tio. Tozé foge e Toni sai correndo atrás dele. Enquanto Nazaré chama a ambulância, Félix implora ao sobrinho que acredite na sua inocência. Diz-lhe que seria capaz de morrer por ele e pelo irmão. Já em casa, Duarte conta à tia e aos primos que o tio levou uma facada para protegê-lo. Nazaré percebe rapidamente que aquilo foi tudo um plano engendrado por Verónica. Duarte desabafa com Toni e Nazaré e agradece-lhes a ajuda. Duarte se sente culpado por ter desconfiado do tio e Nazaré conforta-o embora saiba a verdade. No Porto, Carol e Tiago dormem dentro do barco. As amarras soltam-se e o barco avança mar a dentro sem que eles reparem. Félix e Verônica falam sobre o plano bem-sucedido e constatam que têm de avançar com a 2º parte para acabar de vez com as dúvidas de Laura e de Duarte. Matias e Patrícia passaram a noite juntos no Hotel. Ele diz que gosta dela, mas Patrícia não quer se envolver muito, pois, muito em breve, vai embora. Ana e Pipo estão na praia à procura de Carol e Tiago e avistam o barco onde eles estão. Ana prontifica-se a entrar no mar para os ajudar. Chegam à praia, os três, e Pipo pega na irmã no colo. Todos aplaudem e a alegria é geral. RESUMO NAZARÉ – capítulo 037, quarta, 07 de julho Félix dá dinheiro a Tozé. Diz a ele para se encontrar com Heitor para receber as passagens e os documentos falsos. Bernardo aparece na sala, de repente, e perante o que vê fica bastante desconfiado. Na Quinta, Verônica queixa-se a Gonçalo que a sua vida está um caos. Gonçalo tenta evitá-la, mas quando Verônica o beija rapidamente se deixa envolver. Ofegantes, dirigem-se para o quarto, onde são apanhados por Cris que estava preparando uma surpresa para Érica. Cris fica em choque enquanto Verônica e Gonçalo lhe pedem que não conte nada. Já em casa, Verônica diz a Félix que achava mais prudente garantirem que Heitor e Tozé deixem tudo resolvido. Félix não dá importância e pede que ela saia. Num barracão longe das atenções, Heitor se encontra com Tozé. Heitor está prestes a sacar a arma para acabar com o assunto, mas Tozé percebe o perigo e eles lutam. Verônica chega, aponta a arma a Tozé e diz que tem uma carta de despedida para escrever. Duarte chega ao barracão e fica em choque ao ver Tozé enforcado. Mais tarde, Laura acaba por lhe entregar a carta de despedida de Tozé em que ele “confessa” ter matado Antônio. Félix recebe telefonema de Laura sobre o desfecho de Tozé e os três (Félix, Verónica e Heitor) fazem um pacto de silêncio sobre esse assunto. Nazaré está muito nervosa, acusa Verônica e diz que sabe que foram eles que mataram Tozé. Verônica diz que ela não tem provas e avisa para continuar a cumprir o acordo se não quem vai sofrer é Matilde. Duarte fala com a família, pede desculpa ao tio. Diz que nunca devia ter duvidado dele, que Félix estava disposto a morrer por ele e pede que volte para a Atlântida. Verônica e Félix festejam o sucesso do seu plano. Gonçalo fala com Cris e pede que não diga nada a Laura. Diz ao filho que ama a mulher e que Verônica o apanhou num momento de fragilidade. Cris aceita, mas diz ao pai para terminar o caso com Verônica e dedicar-se a fazer a mãe feliz. RESUMO NAZARÉ – capítulo 038, quinta, 08 de julho Na Atlântida, Duarte convoca os funcionários para anunciar o retorno do tio. Duarte diz que cometeu um erro e que espera que o tio saiba e consiga perdoá-lo. Já no seu gabinete, Félix fala com Nazaré. Ela quer falar sobre a mãe, mas Félix avisa que ainda pode acusá-la de ser cúmplice de Tozé e insiste para que ela não deixe Duarte voltar para casa. Duarte desliga chamada de Laura e comenta com Nazaré que as suspeitas acabaram. Nazaré força um sorriso e pede que ele continue lá na casa com ela. Gonçalo diz a Verônica que Cris não vai contar nada do que viu, mas diz que eles não poderão voltar a se encontrar porque quer recuperar o seu casamento com Laura. Cláudia fica feliz por Félix estar finalmente livre da chantagem de Verônica. Félix fica aflito e fala que Verônica ainda o pode tramar se quiser. Já na casa de Nazaré, Cláudia fala com a amiga e diz acreditar na inocência de Félix. Nazaré perde a cabeça e avisa Cláudia para não falar mais enquanto não mudar de ideia. Bernardo está muito revoltado. Percebe que Patrícia mentiu pra ele e que não havia atividade nenhuma na praia. Verônica mostra a Bernardo fotografias que tirou de Matias e Patrícia dando um beijo e diz ao filho para esquecer aquela mulher. No lar, Ismael entrega a João uma carta que o deixa bastante emocionado. João diz que é a neta quem lhe escreve e acaba por confessar que esta relação distante que tem com a família é porque ele traiu a mulher e os filhos nunca o perdoaram. No hotel, Bernardo pergunta a Ana se viu Patrícia e diz que precisa de falar com ela. Nesse momento, Patrícia e Matias entram juntos e Bernardo fica completamente fora de si e a acusa de ser uma mentirosa. Ele sai correndo, Patrícia vai atrás e Bernardo só não é atropelado porque Verônica chega no momento certo e se atira para cima do filho. Na casa dos Soares, Dolores e Carlos (também personagem Joaquim) bebem um chá enquanto Carlos se declara a Dolores dizendo que ela é uma mulher fantástica. Dolores está reticente e explica que o único homem ao qual se entregou por completo foi a Joaquim e sofreu uma desilusão muito grande. Carlos não desiste e eles se beijam. RESUMO NAZARÉ – capítulo 039, sexta, 09 de julho No Mercado, Dolores desabafa com Glória. Ela fala de Carlos, diz que está apaixonada e que não sabe o que fazer. Glória aconselha a amiga a se deixar amar. Érica consola Bernardo e diz para ele esquecer Patrícia. Bernardo vê as notícias da morte de Tozé e se lembra de um episódio em casa em que o pai dava dinheiro a Tozé. Ele fica intrigado. Nazaré mente a Dr. Murilo ao dizer que a mãe viajou. O Dr. diz a ele que essa viagem foi uma tremenda irresponsabilidade e que, sem fazer os tratamentos, a operação poderá não acontecer. No Mercado, Elsa (enfermeira de Matilde) se encontra com Verônica, diz que está sendo muito complicado alimentar Matilde e que ela devia ser avaliada por um médico, urgentemente. Cláudia, que estava escondida, ouve a conversa toda. Érica tem andado adoentada. Félix diz à filha que devia ir ao médico para perceber o que se passa. Bernardo faz perguntas ao pai, está interessado em conhecer as suas rotinas. No Hotel, Bernardo se encontra com a viúva de Tozé. Ela entrega ao jovem uma carta de despedida e diz que não acredita que o marido tenha cometido suicídio. Na cozinha do Hotel, todos trabalham em prol do último jantar da caravana. Heitor também está presente e não gosta da proximidade de Sofia e Rogério. No local onde Matilde está escondida, a enfermeira Elsa liga para Verônica e diz que a paciente está tendo convulsões e que tem de a levar para o hospital. Read the full article
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gpsdanoticia · 3 years
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Moradores do Valentina recebem o serviço itinerante do Procon-JP neta terça e quinta-feira
Moradores do Valentina recebem o serviço itinerante do Procon-JP neta terça e quinta-feira
O morador do Valentina de Figueiredo que estiver com algum problema na relação de consumo e precisando da assistência da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, deve ficar atento porque o serviço itinerante ‘Procon-JP no seu bairro’ vai estar na localidade nesta terça-feira (25) e na quinta-feira (27) com o ônibus estacionando na Praça Soares Madruga (Av. Emília Mendonça Gomes –…
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Festivalul ,,Corabia de Aur”- startul celor mai buni interpreți români
Festivalul ,,Corabia de Aur”- startul celor mai buni interpreți români
Festivalul Naţional de Muzică Populară şi Uşoară „Corabia de Aur”, ajuns în acest an la cea de-a 44-a aniversare, s-a desfăşurat pe parcursul a trei zile, în perioada 22-24 septembrie 2017, la Corabia.
Reamintim cititorilor noștri că prima ediţie a acestui festival-concurs de muzică populară, folk şi uşoară, ,, Corabia de Aur”  a avut loc în anul 1973, la iniţiativa prim-secretarului Lică…
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diariodecampinas · 3 years
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Após um ano do 1º caso de Covid na região de Campinas, famílias em luto relatam sofrimento: 'Era difícil segurá-lo em casa'
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Ao longo do último ano, 1.997 pessoas morreram na metrópole e 4,6 mil em toda a região. Veja histórias de quem convive com a perda de familiares, alguns que não se protegiam e outros que cumpriam a quarentena. Cristiane com o pai em foto retirada na última vez que se viram no aniversário dos dois, em fevereiro de 2020 Arquivo Pessoal Campinas (SP) completou um ano da pandemia do coronavírus neste sábado (13) com hospitais em colapso diante do alto número de infectados graves e 1.997 vidas perdidas. O G1 conversou com famílias da região que viveram a incerteza da cura e agora compartilham o luto após a morte de entes queridos. Foram vítimas do desconhecimento em relação ao tratamento no início da pandemia, também de doenças que já possuíam e até de um relaxamento nas medidas de prevenção, como uso de máscara. Veja as histórias abaixo. Covid: um ano após primeiro caso, Campinas tem 1.997 mortos e UTIs no limite VÍDEOS: Veja fatos que marcaram o 1º ano da pandemia da Covid-19 em Campinas 1 ano da pandemia de Covid em Campinas: veja fatos que marcaram Último aniversário Cristiane Caldeira se emociona ao falar sobre a morte do pai, Amadeu Marques Caldeira, de 78 anos. Ele faleceu em 26 de abril em Sumaré (SP), pouco mais de um mês depois do inicio da pandemia. A última vez que ela conseguiu ver o pai foi no aniversário deles, em fevereiro. “Meu pai trabalhava com pequenos consertos na vizinhança, muito requisitado e era difícil segurá-lo em casa. Quando ia fazer algum serviço, não usava máscara.”, conta. Os sintomas apareceram no dia 16 de abril, mas ele foi tratado como paciente de dengue durante dez dias. Amadeu foi internado um dia antes da morte e realizou o exame PCR quando foi entubado. Os dois pulmões já estavam quase totalmente comprometidos. Apenas Cristiane, uma irmã e o cunhado puderam acompanhar o caixão. Após o enterro, ela teve que cumprir isolamento preventivo durante duas semanas longe de todos. Caçula da família Bruno Benedito Ribeiro, de 30 anos, faleceu em 7 de maio vítima da Covid-19 em Indaiatuba (SP). Ele era o irmão caçula da Adriene e Andrea Leal. Andrea comenta que perder o irmão tão jovem teve um impacto forte em toda família. Uma sobrinha, de idade próxima a Bruno, tem frequentado a terapia. O pai deles ainda vai ao cemitério quase todos os dias. “Ele sempre acreditou na doença, comprou máscara, luva e álcool em gel para todos. Não posso afirmar porque não sou médica, mas a impressão que tive ao ler os relatórios é que ninguém sabia como proceder e tudo que estavam fazendo eram testes”, relata Andrea. Bruno trabalhava em uma farmácia e foi internado no inicio de abril. Ele tinha diabetes. Bruno com as irmãs e o restante da família em foto tirada antes da pandemia Arquivo pessoal ‘Fico esperando ele ligar’ Antônio Odair Martins, aposentado de 67 anos, faleceu em 16 de julho, o mês mais fatal da pandemia até agora. Deixou para trás uma esposa, que sobreviveu à Covid-19, e três filhos, em Indaiatuba. Seu Oda, como era conhecido, fez uso das medidas de proteção, segundo a família, mas não adiantou. Ele foi internado durante uma madrugada e foi para a UTI no dia seguinte. Apesar da atenção da equipe médica, seu Oda não resistiu a três paradas cardíacas. “Fico esperando ele ligar, mandar uma mensagem. O luto, ele permanece por ele e por todas as famílias que perderam alguém. Não sei se algum dia alguém vai se recuperar de uma perda.“, conta um dos filhos, Marcelo Fazan Martins, de 34 anos, que é professor. Seu Oda e sua esposa na formatura de Ensino Médio da neta Inaê, em 2016 Arquivo Pessoal “Tenho vontade de sair gritando na rua, porque todo mundo que tínhamos o mínimo de respeito está perdendo. Dizem que lamentam minha perda mas estão saindo, aglomerando. É cada vez mais comum. Não é ‘mimimi’, nem frescura, nem uma gripezinha”, diz a filha, Inaê Soares de Oliveira, estudante de psicologia, de 21 anos. * Sob a supervisão de Patrícia Teixeira VÍDEOS: veja tudo sobre a região de Campinas . Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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