Tumgik
#Liam paynne imagine
1dpreferencesbr · 1 year
Text
Tumblr media
Why does this have to be that hard?
Pedido: “ Meu pedido vai ser do Liam, ela sendo brasileiro e a família dele tendo preconceito, nao gostam dela por ser latina, por algum motivo eles todos passam um tempo juntos e ela faz comidas brasileiras e vai falando um pouco da cultura e história do Brasil, isso vai interessando eles e quebrando o preconceito sobre o país, ela também ensina português pra eles e quando eles veem as fotos daqui ficam loucos pra conhecer e até combinam uma viagem para assim poderem conhecer a família dela e o Brasil.”
Meu bem, assim que terminei, vi que não ficou 100% fiel ao pedido, mas espero que você goste mesmo assim! Por favor, me digam o que acharam <3 Lembrando que a ask está aberta para pedidos. Boa leitura! 
Contagem de palavras: 2,369
— Vai ficar tudo bem, babe. — Liam disse massageando meus ombros tensos. Tentei sorrir, mas não estava dando muito certo. A família de Liam estava vindo de Wolverhampton passar os feriados de final de ano conosco. E eu estava mais do que nervosa, desde o inicio do nosso relacionamento, quatro anos atrás, a família de Liam demonstrava que não aprovava nossa relação, piorando muito há três meses, quando ele me pediu em casamento.
— Eu não sei, amor. — Suspirei. — Ainda acho que deveria passar esses dias em um hotel, para que você pudesse aproveitar a sua família. — Me virei para ele, colocando as mãos em seus ombros. Liam me olhou com censura, a mesma expressão de dias atrás, quando eu havia sugerido aquilo pela primeira vez.
— Não mesmo. Essa é a sua casa, você fica. — Ele disse segurando meu queixo com os dedos. — Além disso, a minha família só precisa te conhecer melhor, e vão te amar tanto quanto eu te amo. — Me deu um selinho. Eu esperava que aquilo fosse verdade, mas não estava muito esperançosa. No começo, pensamos que a família de Liam não gostava de mim pelo fato de não ser a Mãe de Bear, e eles serem uma família muito conservadora. Até que Liam me levou para passar seu aniversário na cidade natal, junto da família, e eu precisei ir embora, pois não aguentei ouvir as dezenas de comentários preconceituosos por ser latina. Esse era o grande problema. Por mais que a família de Liam convivesse por meses a fio comigo, eu nunca deixaria de ser brasileira, minhas origens eram muito fortes em mim, e eu tinha muito orgulho, mas ouvir os pais e as irmãs do homem que amo dizendo que se um dia tivéssemos um filho ele seria um “mestiço” ou um “bastardo” era demais para mim. Qualquer erro que eu cometesse, até mesmo falando com eles em uma língua que não era minha, era motivo de chacota.
Mesmo após cinco anos, os finais de ano eram muito dificeis de passar longe da minha família. Liam e eu havíamos ido ao Brasil no começo do ano, meus pais e meu irmão mais novo o adoraram, dando uma recepção digna do meu tão amado país. Pensar que passaria por essa época tão difícil tendo que aguentar comentários desnecessários era ainda mais desanimador. Mas, como minha mãe havia me dito na ligação que fiz lhe contando que eles viriam: Se eu quero ter Liam para o resto da vida, preciso aprender a lidar com a família dele.
Depois de fazer minha costumeira faxina de final de ano com a ajuda de Liam, decoramos a casa com enfeites de natal. E eu decidi comprar as coisas para fazer uma ceia gostosa. Na Inglaterra não era um costume a ceia de natal, diferente do Brasil, eles apenas comem frango frito com pijamas em frente à uma televisão. Liam avisou a mãe que a ceia seria no estilo brasileiro, e precisou ouvir um discurso de mais de uma hora ao telefone sobre “estar sendo castrado por uma latina”. 
A família de Liam chegou toda junta, na véspera de natal pela manhã, como de costume, ninguém retribuiu meu comprimento, apenas abraçaram Liam, que depois os levou para seus respectivos quartos antes de se desculpar pela atitude dos pais. 
— Você precisa ter paciência, s/n. — Minha mãe dizia pelo telefone, apoiado em um armário para que ela pudesse me enxergar pela câmera enquanto eu terminava de temperar o frango que logo iria para o forno. Como eu sabia que ninguém ali entenderia o que diríamos, não me preocupei em colocar fones de ouvido ou cuidar o que dizia.
— Eu não sei não. — Suspirei. — Eles me tratam como se eu estivesse “sujando” a família. — Disse fazendo aspas com as mãos sujas de tempero. 
— Quando eles te conhecerem melhor, vão te amar, filha. — Ela disse sorrindo.
— É o que Liam diz, mas eu acho que já tiveram tempo suficiente, e nada mudou. — Falei lavando as mãos. Liam entrou pela cozinha e sorriu para a sogra na tela do telefone.
— Oi. sogrinha. — Disse com o sotaque arrastado, fazendo minha mãe rir. Ela havia passado um dia inteiro tentando ensiná-lo a falar “sogrinha”.
— Olá, querido! Como está? — Ela perguntou com o inglês não muito utilizado. Assim que contei á minha família que havia começado a namorar um ‘gringo’, todos decidirm fazer um curso da língua estrangeira, para que pudessem conversar com aquele que me fazia tão feliz. Mais uma diferença gritante entre nossas famílias. Meus pais fizeram de tudo para que Liam se sentisse em casa quando estivesse lá, até mesmo aprendendo uma língua com a qual nunca tiveram contato para poder se comunicar bem com o novo integrante.
— Estou bem! Sentindo saudades de vocês. — Liam falou devagar, para que minha mãe entendesse cada palavra. Ele era maravilhoso. — Estão falando mal de mim? Ouvi meu nome. — Ele disse me abraçando por trás, deixando um beijinho em meu pescoço.
— Nunca. — Falei rindo ao sentir cócegas quando sua barba roçou em minha pele. — Nunca falo mal de você. — Falei fazendo um beicinho, e ganhando um selinho.
— Vou levar Nicola para comprar alguns presentes, não devo demorar. — Avisou me dando mais um selinho demorado. Liam se despediu da minha mãe e saiu acompanhado pela irmã. Do ângulo em que estava na cozinha, era possível ver Karen e Geoff sentados no sofá da sala, assistindo algo na televisão.
— Queria estar com vocês hoje. — Suspirei, olhando para minha mãe na tela do telefone. 
— Eu também, querida. Logo damos um jeito. — Ela disse fazendo uma careta. O plano inicial para o final de ano era juntar nossas duas famílias para se conhecerem antes do casamento, mas o visto da minha mãe não havia saído a tempo, então não foi possível.
— Espero que o seu visto saia logo. — Resmunguei, e ela sorriu.
— Eu também, bebê. — Disse me fazendo revirar os olhos. — Christian mandou um beijo. 
— Manda um enorme pra ele. — Suspirei. Depois de mais alguns minutos de conversa, precisei desligar, pois ainda haviam muitas coisas a se preparar para a ceia. Assim que desliguei a tela do telefone, Karen entrou na cozinha, com os braços cruzados.
— Quem é Cristian? — Ela perguntou parando do outro lado da mesa, enquanto eu embalava o frango em papel laminado. A encarei surpresa. — Se você acha que pode fazer o meu filho de idiota, e andar com outros caras por aí, você está muito enganada, garota. — A loira se abaixou, apoiando ambas mãos na mesa, me encarando com raiva. — O meu filho vai saber que você fala sobre outros homens dentro da casa dele. Acha que porque estava falando no seu idioma eu não saberia que está falando de outros homens? — Ergueu uma sobrancelha. Antes que Karen dissesse mais alguma besteira, eu a interrompi.
— Cristian é meu irmão mais novo. Minha mãe estava dizendo que ele me mandou um beijo. — Respirei fundo, tentando controlar meu coração, que já batia a toda. Sempre que ficava muito nervosa, acabava me confundindo nas palavras, e dar a ela mais um motivo de chacota seria um inferno. 
— E você espera que eu acredite nisso? — Ela disse com ironia. 
— Não espero que a senhora acredite em nada. Mas é a verdade. — Dei de ombros. — Você pode perguntar á Liam o nome do meu irmão se quiser, não me importo nenhum pouco.
— O meu filho pode ser cego em relação á você, mas eu não sou, e vou fazê-lo abrir os olhos. — Ela disse me encarando.
— Karen, eu amo o seu filho, e me desculpe, mas eu não ligo para o que você pensa de mim. Liam me conhece, conhece a minha família e sabe muito bem o tipo de pessoa que nós somos. Meus pais já o consideram da família, e o amam tanto quanto a mim. Eu tenho pena da senhora, por ter um coração tão pequeno á ponto de odiar uma pessoa que ama o seu filho tanto quanto eu amo. — Comecei a disparar as palavras, sem conseguir controlar. — Se você quiser ir até Liam e dizer mais uma vez, como eu não sirvo para ele, ou como eu mancho o nome da sua família, pode ir. O amor que há entre Liam e eu é muito mais forte do que qualquer comentário que a senhora possa fazer sobre mim. Eu sequer queria estar aqui hoje, Liam me impediu que sair durante os feriados, porque eu não quero afastá-lo de vocês, mas não aguento mais ter que ouvir todo o tipo de xingamentos e mentiras sobre mim. — Meu rosto queimava, e o dela parecia ter perdido a cor. Eu nunca havia falado nada para a família de Liam, apenas ficava quieta e fingia não ouvir. — Já está sendo difícil o bastante passar o final de ano longe da minha família, então, por favor, não piore as coisas. Eu não vou cruzar o caminho da senhor, por favor, não cruze o meu. — Quando proferi a última palavra, vi Liam entrar na cozinha. Eu já estava com os olhos transbordando meus sentimentos. Me dirigi para fora do lugar, vendo Liam caminhar até a mãe com uma expressão de desagrado. Corri para o meu quarto, e pelo olhar de todos na sala haviam ouvido cada palavra. 
Me sentei na cama deixando que as lágrimas escorressem, na esperança de que aquilo me acalmasse. Depois de alguns minutos, Liam entrou no quarto e se sentou ao meu lado. Depois de um longo momento apenas me abraçando, ele ergueu meu rosto e secou com os polegares.
— Me perdoa, babe, foi uma péssima ideia. — Disse baixinho. 
— Está tudo bem. — Funguei. — Eu passei do limite com a sua mãe…
— Não. — Ele me interrompeu. — Ela ultrapassou todos os limites te acusando de traição, além das piadinhas que sempre faz. Eu nunca deveria ter permitido isso, amor. Se tivesse cortado desde o primeiro momento isso nunca teria acontecido. — Beijou minha testa. 
— Você não controla os outros, meu bem. — Deixei um selinho em seus lábios. — Vou tomar um banho, colocar a cabeça no lugar. — Liam assentiu, selando nossos lábios mais uma vez e se dirigindo para fora do quarto. 
Tomei um banho rápido, mas foi o suficiente para fazer meu corpo relaxar um pouco. Coloquei uma roupa quentinha, já que estava muito frio e voltei para a cozinha. Karen ainda estava lá, quieta, e eu também não disse nenhuma palavra. Não me arrependia de ter dito coisas que estavam entaladas há tanto tempo, mas definitivamente havia escolhido uma péssima data para isso. 
Já era quase meia noite, Liam havia explicado aos parentes que no Brasil todos se arrumam para a virada do natal, o que eles fizeram. Eu estava na varanda, com uma taça de vinho na mão e sentindo meus olhos marejaram mais uma vez, agora de saudade.
— Feliz natal, s\n. — Meu corpo enrijeceu ao ouvir a voz da minha sogra se aproximando.
— Feliz natal, senhora Payne. — Respondi. Karen parou ao meu lado, apoiando os braços na sacada e respirando fundo.
— Liam me contou que Cristian realmente é seu irmão, lhe devo um pedido de desculpas. — Ela disse depois de algum tempo. 
— Está tudo bem. Me desculpe gritar com a senhora.
— Eu entendo. — Ela suspirou. — Nesses últimos anos você aguentou coisas realmente horríveis da minha parte. — Disse olhando para as próprias mãos. — Liam disse que sua família o recebeu como um filho, até mesmo aprenderam nossa língua para que ele ficasse confortável. — Sua voz começava a ficar embargada. — Enquanto isso, nós a tratamos muito mal. Espero que possa nos perdoar, e que possamos recomeçar. — Ela disse erguendo seu rosto, e me olhando com olhos marejados. Tenho certeza de que minha expressão era de pura surpresa.
— Cla… claro. — Falei tentando sorrir, mas ainda tentando digerir tudo aquilo. Será que eu estava bêbada demais e imaginando coisas?
— Posso te dar um abraço? — Ela perguntou, com relutância, e eu assenti. Karen se aproximou, me tomando em seus braços, em um abraço apertado que eu retribuí. Senti que em algum momento ela soluçou, e eu a apertei um pouquinho mais, tentando dar conforto. Não vi o momento em que Liam entrou no local, mas reconheci o perfume assim que ele passou os braços em nossa volta.
— Vocês não tem noção de como estou feliz com essa cena. — Ele disse, a felicidade em sua voz era evidente.
Voltamos para a casa, e fomos jantar. Todos comeram bem, e elogiaram a comida. Depois que a bebida alcóolica fez algum efeito, todos estavam rindo. E por mais que fosse estranho, aquele momento de intimidade repentina, me fez sentir muito bem.
Liam mostrou aos pais fotos dos nossos momentos no Brasil, fazendo seu pai rir alto com a minha imagem preferida, Liam sentado no sofá da minha casa enquanto meu pai estava em sua poltrona com nosso cachorro no colo, Cristian estava entre os dois com os braços cruzados fazendo uma cara de bravo, imitando uma cena de poderoso chefão. 
— Sua família parece muito engraçada. — Geoff disse, se dirigindo a mim. O que era novo, já que geralmente apenas me ignorava.
— Eles são. — Liam que o respondeu. — Cris têm onze anos, mas achei que ele fosse realmente me bater quando chegamos lá, s\n é a princesinha da família. — Ele disse fazendo meu rosto esquentar.
— Eu adoraria ir ao Brasil. — Karen disse, antes de tomar um gole de sua gemada.
— Meus pais estão loucos para virem. Talvez consigam no mês que vem. 
— É mesmo? — Ela disse surpresa, a bebida fazendo-a exagerar nos movimentos e um pouco no tom de voz. Eu assenti com a cabeça. — Precisamos aprender português! Para podermos conversar! — Ela disse largando a caneca na mesinha de centro da sala. — Eu e sua mãe precisamos começar a organizar o casamento. — Disse batendo as mãos, animada, me deixando ainda mais surpresa, e fazendo Liam sorrir o máximo que podia. 
— No fim, não foi uma má ideia. — Liam disse assim que deitamos em nossa cama. — Estou tão feliz que acho que posso sair voando. — Ele disse suspirando. Eu estava com a cabeça apoiada em seu peito e podia ouvir seu coração batendo levemente mais rápido.
— Estou feliz. — Admiti. — Quem diria que eu só precisaria surtar? — Brinquei, fazendo-o rir.
— Eu te amo. — Falou em português, fazendo meu coração derreter, como sempre acontecia quando ele fazia isso.
— Eu te amo.
35 notes · View notes