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#¹ não- não é possível que eu seja tão azarado
lotuswasches · 2 years
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@espantalhofiyero​​
Lotus sentia que suas memórias eram como um copo preenchido por óleo e água. Havia bem distinguida sua vida fora da maldição e as falsas sensações de Storybrooke, passadas em sua mente como se tivesse assistido a um mesmo filme onde ele era o protagonista várias e várias vezes. Ainda assim, era possível mexer o conteúdo do copo para fazer com que esses dois líquidos, esses dois momentos, se unissem e se perdessem entre si momentaneamente. Era assim que se sentia quando encontrava pessoas específicas que serviam no filme para destacarem fortes sensações, como alegria, tristeza ou raiva: as memórias não eram reais, mas as intrigas eram, sim. Jamais imaginaria uma realidade onde crescesse ao lado do Espantalho, e muito menos que seriam inimigos declarados desde criança, ainda que tivessem passado por bons e maus (predominantemente maus) momentos juntos. Todavia, apesar de todos milhões de pesares, havia conseguido evitar o irmão de criação com sucesso até então. Só não esperava que o encontraria enquanto estava fazendo seu serviço honesto de suportar a comunidade local da venda de drogas ilícitas. Oras, estava com uma dor de cabeça tremenda, que mal um baseado ou um papelote debaixo da língua fariam? Ninguém poderia julgá-lo, oras, aquela era a sua única maneira de se sentir em casa novamente. ❛❛ —- No– No es posible que ando tan pavoso. ¹ ❜❜ o espanhol perto de Fuego era automático. Queria até acreditar que não era ele que o venderia as drogas que pediu, mas seria coincidência demais ele estar no mesmo ponto que combinou, sozinho às duas da manhã. ❛❛ —- Ok. Ook, eu volto outro dia. Mas nem fudendo que eu vou lidar com você hoje. Ah, não. Bai bai, güebón. ² ❜❜
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cheshircsmile · 2 years
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@fiyerx​
Trigger Warning: menção à drogas.
Lotus sentia que suas memórias eram como um copo preenchido por óleo e água. Havia bem distinguida sua vida fora da maldição e as falsas sensações de Storybrooke, passadas em sua mente como se tivesse assistido a um mesmo filme onde ele era o protagonista várias e várias vezes. Ainda assim, era possível mexer o conteúdo do copo para fazer com que esses dois líquidos, esses dois momentos, se unissem e se perdessem entre si momentaneamente. Era assim que se sentia quando encontrava pessoas específicas que serviam no filme para destacarem fortes sensações, como alegria, tristeza ou raiva: as memórias não eram reais, mas as intrigas eram, sim. Jamais imaginaria uma realidade onde crescesse ao lado do Espantalho, e muito menos que seriam inimigos declarados desde criança, ainda que tivessem passado por bons e maus (predominantemente maus) momentos juntos. Todavia, apesar de todos milhões de pesares, havia conseguido evitar o irmão de criação com sucesso até então. Só não esperava que o encontraria enquanto estava fazendo seu serviço honesto de suportar a comunidade local da venda de drogas ilícitas. Oras, estava com uma dor de cabeça tremenda, que mal um baseado ou um papelote debaixo da língua fariam? Ninguém poderia julgá-lo, oras, aquela era a sua única maneira de se sentir em casa novamente. ❛❛ —- No-- No es posible que ando tan pavoso. ¹ ❜❜ o espanhol perto de Fuego era automático. Queria até acreditar que não era ele que o venderia as drogas que pediu, mas seria coincidência demais ele estar no mesmo ponto que combinou, sozinho às duas da manhã. ❛❛ —- Ok. Ok, eu volto outro dia. Mas nem fudendo que eu vou lidar com você hoje. Ah, não. Bai bai, güebón. ² ❜❜
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sobrebarbarapalvin · 3 years
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Entrevista da Barbara Palvin para InSytle China - janeiro de 2020.
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 Com um coração agradecido, Barbara Palvin compartilhou com a InStyle os pedaços que a moldaram e a fizeram. Com um rosto angelical, ela se diz otimista e com sorte e acredita que "não haveria melhores condições na vida [para ela]".  Barbara Palvin, um nome que soa um pouco estranho, mas esse rosto de boneca que parece um anjo, até para um estranho que não liga muito para o mundo moda, ela vai parecer familiar. Isso mesmo, com o "rosto perfeito com que as marcas de beleza sonham", ela foi anunciada como musa da publicidade por gigantes internacionais da beleza não muito depois de sua estreia, e agora, como embaixadora global da Armani Beauty, com publicidade que varre o mundo, esta Angel da Victoria's Secret da Hungria, está se tornando cada vez mais popular.  De frente para a câmera, em comparação para longe das câmeras, ela é apenas um pouco mais profissional, mas continua o mesmo natural e casual, o mesmo jeito doce, o charme gentil, que realmente se espalha pelo ar, animando a atmosfera do dia de filmagem. Não é de admirar que Karl Lagerfeld foi cercado por ela durante sua vida.  Com apenas 26 anos, ela tem um poder de luta incomparável. Ela fez sua estreia como modelo no Japão. Depois de se tornar a embaixadora de uma marca de beleza [L'Oreal Paris], sua carreira está progredindo rapidamente. Ela já desfilou para Prada, Chanel e outros grandes nomes. Já foi capa e estrelou editais para Vogue, W, Harpers Bazzar e outras revistas de primeira linha. Depois de dois shows na Victoria's Secret em 2012 e 2018, eles a declararam como uma Angel da Victoria's Secret no início deste ano [2019].  Em meados de 2019, ela participou do Festival de Cinema de Veneza e compareceu à cerimônia de estréia do filme "Seberg". Ela usava um vestido carmesim sensual. Ela usava o vestido de alta costura Armani Prive da mesma cor do batom. A postura do rosto era elogiado pelo "Daily Mail" britânico como "uma combinação perfeita com o tapete vermelho e a aparência deslumbrante."  Essas "grandes façanhas" fizeram com que ela continuasse a ser comparada com a lendária modelo da geração anterior - Natalia Vodianova, e até mesmo uma vez foi chamada de sucessora de Natalia por especialistas europeus e americanos da indústria. Vendo isso como uma espécie de grande elogio, e aceitando com prazer, "26 anos já é muito velha para a indústria da moda. Comecei com 13 anos e levei 13 anos inteiros para obter tal reconhecimento."  Para as dúvidas internas, Barbara não tinha suas próprias respostas e ria com vontade, enquanto dizia repetidamente que era por causa de sua "boa sorte". Claro que, para valorizar melhor esta “honra”, é necessário fazer todo o possível para encontrar um bom estado, por isso um pequeno sacrifício na vida pessoal é inevitável, “A profissão de modelo é mesmo especial, exceto pelo glamour que todo mundo vê. Além de ser bonito, há muitas "prioridades". Mas tudo tem dois lados. Quando você pode se divertir, tenho que controlar estritamente minha dieta e administrar meu corpo. Isso é fácil de dizer, mas eu tenho um cronograma e uma carga de trabalho apertados. Quando é enorme, as coisas não são tão fáceis quanto você pensa. "  Isso não é nada para seu "jovem desportista". A vida e a personalidade estão completamente invertidas, o que é realmente uma dor de cabeça, "Sou uma pessoa muito planejada, mas na indústria da moda, a cooperação vem a qualquer momento e há muitas coisas que não podem ser planejadas com antecedência. Viagens curtas, ou cursos de treinamento avançado, já estive na metade do caminho inúmeras vezes e depois cancelei, então agora simplesmente não faço planos, sou forçado pela vida." Depois de terminar, ela suspirou desamparada, "Agora estou completamente acostumada com isso. Não importa o quão cheia esteja minha agenda. Eu nem acho que minha vida vai ser diferente."  É esse temperamento sincero que torna Barbara uma luz diferente na história da Victoria's Secret. Ela ainda conseguiu mais votos do que Miranda Kerr, em um "Concurso de Beleza" tão disputado aqui [China], e isso é o suficiente para explicar seu desempenho e valor de charme.  O Victoria's Secret Show anual é, sem dúvida, um banquete visual, mas as disputas de igualdade de direitos causadas pela diferença entre as perspectivas estéticas dos sexos estão aumentando a cada ano, e Barbara é ainda mais polêmica. A sua altura é menor que a média [das modelos], e o corpo é com muitas mais curvas. Mas ainda assim é capaz de sair por cima, ela carrega a "doçura" nos olhos dos homens e nos olhos das mulheres.  Por falar na Barbara, não podemos deixar de mencionar sua infância. Hoje em dia, quando a mídia social está focada na moda, a modelagem é uma profissão com um forte atributo de exibição, e está realmente de acordo com o gosto das pessoas. Nas famílias comuns da Europa Oriental, há mais de 20 anos, ser modelo não seria uma carreira decente e estável na impressão das pessoas. Quando era criança, ansiava por ser advogada, e muitas vezes era ridicularizada pelos pais por chorar: "você pode ser atriz quando crescer", não importa o que aconteça, a ideia de ser modelo não mudou.  “Antes de eu ter 13 anos, eu nunca tinha ouvido falar da indústria da moda, muito menos o que as modelos estão fazendo.” Esta animada garota do Leste Europeu se sentou de pernas cruzadas em uma cadeira, compartilhando suas experiências de infância. "Quando eu era jovem, era um completo moleca (Tomboy). Jogava futebol com meninos todos os dias. Ninguém sabe quantos pares de tênis estraguei e meu pai brigou comigo por isso. O mais azarado é meu pai. Trabalhando em uma fábrica de sapatos, às vezes eu pegava alguns sapatos bons para mim. No dia seguinte eu ainda os usava para jogar bola. Agora, pensando nisso, eu realmente pareço um menino.” Talvez ela ainda não saiba. Ela é como um menino travesso no momento.  Se pode dizer que tudo foi um acidente, ou se pode dizer que é o destino. Ela, com 13 anos, e sua mãe caminhavam à noite pelas ruas da Hungria. Elas foram chamadas por um agente, mas ela não esperava inaugurar uma vida gloriosa. Se houver uma chance de ter um diálogo consigo mesma há mais de 10 anos, Barbara ainda diria: "Siga seu coração e faça o que você quer fazer. Não haverá melhores condições na vida do que isso."
 InStyle: Vivendo sob uma dupla identidade de modelo e celebridade, existe alguma confusão inesperada?  Em primeiro lugar, a carreira de modelo mudou a minha atitude original perante a vida, agora estou muito confortável, por mais apertado que seja a agenda, mesmo que seja repentino ou temporário, estou completamente bem e habituada. Então eu acho que ainda tenho muita sorte. Minha vida é muito diferente daquela das estrelas do cinema e do entretenimento. Quase não há problemas com perseguição de paparazzis. Quando não estou trabalhando, sou como uma garota normal. Saio sem maquiagem e faço compras à vontade [nas ruas]. Não há problema onde quero comer [em restaurantes]. No trabalho, gosto do glamour da indústria da moda, maquiagem perfeita, penteado e roupas lindas. Eu realmente me sinto sortuda por poder viver como uma garota comum e ser capaz de ter essas coisas que as garotas gostam. Mas se você quiser vir e tirar uma foto comigo quando eu estiver namorando Dylan em um jantar, com certeza vou recusar com raiva, haha.
 InStyle: Você ainda toma decisões impulsivas de forma rebelde atualmente? Que experiência fez você se sentir um fracasso?  Na verdade, desde que eu me tornei modelo aos 13 anos, quase não tomei decisões extraordinárias ou ousadas. Atrás de mim está uma equipe muito perfeita e forte. Todas as decisões são baseadas em suas deduções deliberadas. Eles pré-avaliarão todas as possibilidades para escolher o melhor e evitar problemas. Isso é muito importante para criar uma boa perspectiva de carreira. Ocasionalmente, tenho meus próprios pensamentos. Assim como recentemente, também quero ser preguiçosa. Por exemplo, pedi para trocar a passagem e dormir um pouco, mas eles sempre usam uma análise racional especial para me dizer todos os tipos de consequências graves. Então eu vou... OK, vou escutar vocês.  A audição alguns anos através para o Victoria's Secret Show 2018 me fez perceber que eu não me valorizava o suficiente, não tinha muita atenção ao meu estado físico e mental, não tinha autodisciplina e reduzia minhas exigências. Esse incidente me deixou muito frustrada. Mas acho que todo mundo comete erros, porque é esse tipo de experiência que pode nos tornar quem somos agora, então a desaceleração também faz parte da minha vida. Aceito todo o bom e o ruim e me coloco em mim mesma.
 InStyle: Aos seus olhos, em que partes Dylan Sprouse é mais charmoso?  Onde? Ele é encantador em todos os lugares! Ninguém pode pensar que ele não é encantador o suficiente! Ok, eu admito que ele me deu uma taxa para o elogiar muito, hahaha. Ele é muito charmoso, apaixonado pela vida e pelo trabalho, e o garoto que mais admiro deveria ser assim. Você entende esse sentimento? Ele me fez sentir do fundo do meu coração que eu era a namorada ideal que ele sempre quis encontrar em seu estado de solteiro nos últimos anos. Esse tipo de veracidade e sinceridade me tocou particularmente. Então eu não posso deixar de dizer que ele é muito sexy e tem um corpo lindo.Você pode conferir o Instagram dele, hahaha.
 InStyle: Como vocês se conheceram? Aonde você vai a um encontro?  Nós nos encontramos na agência da festa de um amigo e, depois de deixarmos o número do celular um com o outro por 6 meses, trocamos informações. Infelizmente, ele fez um filme na China e novamente continuamos a conversar por mensagens por 3 meses. Portanto, antes de realmente estabelecermos o relacionamento, era quase como isso por quase um ano. Nós dois somos preguiçosos quando não estamos trabalhando, então ficamos em casa para cozinhar e assistir animes.Também viajamos com frequência para o Japão e a Itália [antes da pandemia].
 InStyle: Você ainda se lembra da experiência de ser descoberta e trazida para a indústria pelos olheiros?  Eu nunca deveria esquecer isso. Caminhando com minha mãe na rua à noite, duas pessoas passaram, mas imediatamente se viraram e nos pararam, e começaram a popularizar a indústria da moda e as condições de trabalho para nós. Eu nunca tinha ouvido falar da indústria da moda antes dos 13 anos, muito menos que queria ser modelo.  O que me surpreendeu na época não foi o quão glamourosa era a indústria da moda, mas que no trabalho podia viajar com frequência sem pagar nenhuma taxa. Naquela época, a situação financeira da nossa família não podia ser considerada baixa, mas não era considerada rica, por que não aproveitar a oportunidade para viajar sem pagar?
 InStyle: Se você não tivesse entrado na indústria da moda, o que estaria fazendo agora?  Se eu fosse escolher uma profissão, seria advogada. Tinha uma série de TV brasileira que eu gostava muito quando era jovem, e era sobre advogadas fortes, independentes e sábias, para mim que era uma menina na época, essa era a imagem feminina mais admirada.  Se eu não trabalhasse como advogado e fosse pensar da forma mais prática, cursaria e trabalharia com finanças. Em primeiro lugar, sou muito boa com matemática e, em segundo lugar, posso cuidar do negócio de sapatos da minha família. Mas acho que tudo está destinado, e não há melhor arranjo na vida do que agora [como modelo].
[Fonte: kuaibao.qq.com/]
Entrevista traduzida pela equipe do Sobre Barbara Palvin no dia 09 de março de 2021 às 09:50.
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killcrluck · 4 years
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‘ YOU’VE GOT A FRIEND IN ME ’     ›   𝑻𝑨𝑺𝑲 007
                                 𝖂𝖊'𝖗𝖊 𝖇𝖊𝖘𝖙 𝖋𝖗𝖎𝖊𝖓𝖉𝖘. 𝖂𝖍𝖆𝖙 𝖈𝖆𝖓 𝕴 𝖘𝖆𝖞?                                   𝕾𝖙𝖆𝖞 𝖜𝖎𝖙𝖍 𝖒𝖊. 𝖂𝖊 𝖈𝖆𝖓 𝖌𝖔 𝖆𝖓𝖞𝖜𝖍𝖊𝖗𝖊.                                    𝕾𝖙𝖆𝖞 𝖜𝖎𝖙𝖍 𝖒𝖊 𝖍𝖔𝖑𝖉 𝖔𝖓. 𝕴'𝖑𝖑 𝖇𝖊 𝖙𝖍𝖊𝖗𝖊.
Nome: Ju-Long.
Sexo: Macho.
Animal representante: Baku. É uma criatura mitológica japonesa e com origens chinesas, é conhecido como uma fera benévola visto que ela é o devorador de pesadelos e má sorte. Eu queria algo que tivesse haver com a origem dele(Difícil considerando o amor da China por dragões e fênix, viu?), achei que o Baku se encaixava bem justamente por ser uma fera que devora a má sorte, e o Liu Xiang é bem azarado e o próprio nome do menino significa literalmente morte a sorte. E também por que se acredita que o Baku seja capaz de devorar os maus espíritos causadores de pragas e doenças, o que é um bom contraste considerando que o menino quase morreu por uma doença.
Características: Ele possui o corpo de um urso, patas de tigre, tromba de elefante, cauda de boi e olhos de rinoceronte. Ele é consideravelmente um animal de porte médio grande. Ele anda de maneira calma em contraste a Xiang, caminha bem devagar e costuma falar da mesma forma, a voz é grossa, porém serena e ótima para embalar uma boa soneca. Ele age como se possuísse todo o tempo do mundo, sendo um verdadeiro teste de paciência para o inquieto Xiang.
Personalidade: Ju-Long parece não se estressar com absolutamente nada, difícil ter alguma coisa que o tire do sério. Ele é tão bem humorado quanto seu humano, sempre fazendo algum comentário bem humorado e descontraído, ele consideravelmente Pacífico e não parece querer brigar com ninguém. Good vibes é que chama?
Relação do seu personagem com o daemon: Ainda que Ju-Long seja um constante teste de paciência para o inquieto Xiang, eles se dão bem, visto que tem o mesmo senso de humor e são pessoas que não querem briga com ninguém, a única coisa que causa algum atrito é a diferença de ritmo dos dois. Ju-Long é bem respeitoso com os outros daemons e pessoas, busca até mesmo os ajudar se possível, visto suas habilidades.  
Primeira reação do seu personagem ao encontrar o daemon: Foi definitivamente estranho para Xiang acordar e dar de cara com um Baku, se perguntando se havia tido algum pesadelo no meio da noite e chamado pela fera, mas ao constatar que seus outros colegas de quarto estavam em situação parecida, ele logo entendeu que era algo diferente. O daemon parecia quase tão confuso quanto ele, sequer sabia o próprio nome, com isso o jovem Xiang no nomeou como Ju-Long que significa tão poderoso quanto um dragão, o que era de se esperar de um jovem menino que havia recebido um Baku no lugar de um tigre ou dragão. O sentimento que teve foi confusão, mas logo se acostumou com a ideia, esperando que Ju-Long finalmente o livrasse de todos aqueles anos de má sorte.
Como foi o primeiro contato do seu personagem com o daemon e como está agora? O primeiro contato foi definitivamente estranho, mas agora ele já se acostumou mais com a presença do animal, ainda que se irrite por Ju-Long caminhar muito devagar, ele sabe que não pode fazer muito a respeito, acha maldade fazer o animal correr sem necessidade também. Porém, a ideia de ter o animal sempre consigo a todo instante, fazendo comentários sobre suas decisões e piadas lhe deixa bem constrangido, afinal, ele é um adolescente ainda e a insegurança não lida bem com comentários debochados.
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prophetstrash · 5 years
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Exaltando (muito) The Boys
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Quando algo fica muito tempo na moda, inevitavelmente começa a cansar e fazer o público querer por algo diferente e inovador, e de preferência, que seja mais ousado, mais original, que se distancie daquilo que está em voga. E a moda do momento são as séries e filmes de gente com poderes sobre-humanos que vestem roupas coladas, soltam muitas piadinhas, batem em vilões genéricos e salvam o mundo, ou melhor, os Estados Unidos. Mas eis que a Amazon Prime, novo serviço de streaming, adapta uma hq subversiva e grotesca e nos salva da monotonia e irrealidade dos super-herois coloridos apresentando The Boys, a série que já ganhou o coração da internet em pouquíssimo tempo. E não é a toa, não é só por representar o exato oposto dos herois bonitinhos e certinhos que estamos acostumados, mas por muitas outras razões que... eu vou ter que comentar separando em tópicos, porque é MUITA coisa pra falar desa série. Vamos lá:
E se os super-herois existissem no mundo real?
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The Boys se baseia numa premissa interessante: os super-herois REALMENTE existem no mundo real, e por conta da sua mera existência e poderes especiais, eles são endeusados pela sociedade e alçados ao status de ultra celebridades. Sendo assessorados por uma empresa poderosa, eles chegam a vender produtos licenciados e fazer filmes pra engrandecer sua marca, participar de eventos, tirar selfies com a galera, deixar a internet em polvorosa, enfim, fazer tudo que os atores da Marvel já fazem, só que com poderes de verdade.
Entretanto, se as celebridades do mundo real já são suscetíveis a cometerem excessos, se envolverem em polêmicas e guardarem segredos obscuros, por que esses herois não sucumbiriam a isso também? Como é possível eles não se corromperem com tamanho poder e influência que tem na sociedade?
Sim, é uma premissa interessante, e executada com maestria pela série, mas não é uma premissa nova. Essa coisa de “super-herois realistas” está presente nos filmes do gênero há um bom tempo, e na verdade, está presente nos próprios quadrinhos, desde os anos 60, pelo menos! As pessoas só acham que essa premissa é inovadora porque não leem quadrinhos de super-herois.
Verdade seja dita, apesar desses poderosos estarem na moda hoje, os quadrinhos em si, o material-fonte de todos esses filmes e séries, continuam sendo algo que pouquíssimas pessoas consomem e conhecem de fato. O público geral só conhece eles por causa dos desenhos animados que via na infância, como Liga da Justiça, X-Men, Batman, Homem-Aranha, Super Choque, Jovens Titãs, etc. Depois, se ele quiser saber mais sobre super-herois, ele não vai comprar e ler os quadrinhos originais, vai preferir ler as listinhas e matérias rápidas da Legião dos Herois, e procurar canais de YouTube que falam desse assunto. É muito mais prático, né? A vida tá muito corrida e as pessoas são muito preguiçosas, não querem saber DE VERDADE sobre quadrinhos de super-herois, pois se quisessem, perceberiam que os personagens da Marvel já investem nessa pegada “realista”. Eles já são mais próximos de nós ao possuírem falhas, defeitos, dúvidas e problemas mundanos. Coisas que os super-herois tradicionais (da DC) não possuem.
Pegue o Homem-Aranha como exemplo, ao invés dele ser um deus magnânimo e invulnerável que não enfrenta nenhum problema cotidiano igual o Superman, ele é gente como a gente, é azarado, neurótico, atarefado, pressionado de todos os lados, cheio de boletos pra pagar, enfim. 
Em outras palavras, a Marvel foi quem introduziu o conceito de “super-herois realistas” láááááá atrás, e acabou influenciando os super-herois de forma geral a investirem nessa pegada, num processo lento e gradual. Tivemos os X-Men enfrentando o preconceito da sociedade e dramas pessoais bem novelescos, tivemos o Homem de Ferro enfrentando o alcoolismo, que é um problema muito mais realista do que qualquer vilão espalhafatoso, vimos o Homem-Aranha tendo que lidar com a morte irreversível da sua namorada, tivemos Arqueiro Verde e Lanterna Verde discutindo abertamente sobre problemas sociais, entre outras histórias que iam deixando a inocência de lado e amadurecendo.
Pode-se dizer com tranquilidade que o ponto de virada pra uma mudança impactante de verdade foi o lançamento de Watchmen e Batman Cavaleiro das Trevas, pois embarcaram fundo nessa proposta e apresentaram histórias abordando o mundo e a sociedade de forma ampla, desenvolveram temas sérios e tangíveis, e mostraram personagens com profundidade psicológica e conflitos adultos. A partir daí, os quadrinhos de super-herois não podiam mais voltar a ser inocentes, bobos e inofensivos. Mas essa mudança não seria acompanhada pelo público geral, porque ele não lê quadrinhos.
Ele só seria apresentado a ideia de “super-herois realistas” muuuuuito depois, a partir da trilogia do Batman do Christopher Nolan de 2005. Ela explica e detalha absolutamente tudo, dos traumas do bátima até de onde vem os apetrechos dele, além de possuir um tom bem sóbrio e sério, sem nada de espalhafatoso, exagerado ou surreal.
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Outros filmes que ajudaram o público a se familiarizar com essa ideia, foram Os Incríveis, Hancock, Watchmen e Kick-Ass. Os Incríveis era uma animação de uma família super-heroica tentando se encaixar numa vida normal (e falhando nesse processo). Hancock era um bêbado superpoderoso que queria fazer o bem, mas era inconsequente e indisciplinado. Watchmen era o grupo de justiceiros sem poderes e sem moralidade e ética tradicionais e inabaláveis. E Kick-Ass era um moleque que queria usar uma roupa ridícula e combater o crime, mas acaba se fodendo de verde e amarelo. Junto com Batman do Nolan, esses filmes foram bem importantes e impactantes pro público (apesar de Hancock ter sido esquecido rapidamente, por ser ruim). Fizeram ele ver que super-herois não precisavam ser só aqueles bonzinhos, certinhos, lindinhos e inatingíveis.
Pois bem, já que a premissa de “super-herois realistas” não é algo inovador, por que The Boys é tão bom?
O quadrinho
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Pra falar a verdade, esse não é um conceito inovador nem nos quadrinhos. Watchmen, The Authority, Os Supremos, e outras obras que não lembro agora, já abordaram como super-herois agiriam num mundo real. A maioria delas tem as mesmas características: um tom profundamente pessimista, cínico e violento, apresentando um mundo decadente e sem perspectivas aonde os poderosos atuam usando força excessiva, possuem sérias falhas de caráter, e agem como babacas a maior parte do tempo. Apesar de que o leitor médio de hqs não vai achar que eles são babacas, e sim “estilosos”, “fodas”, “casca-grossa”, porque basta o personagem fazer pose de mau, ser violento e irônico, que ele é automaticamente adorado.
Enfim, The Boys também possui todos esses traços, mas o seu diferencial, é que foi concebido por Garth Ennis, um autor britânico conhecido por suas histórias subversivas, chocantes, ultra violentas, absurdas e com muito humor negro. E o mais importante: ele assumidamente odeia super-herois. Então The Boys não é só um quadrinho subvertendo os clichês dos supers, é ZOANDO mesmo! É uma carta de ódio a esses seres de colante. Não é a toa que o quadrinho cria paródias de vários herois já consagrados (Liga da Justiça, Vingadores, X-Men, Jovens Titãs, etc), e mostra eles sendo/fazendo o que a gente brinca e zoa o tempo todo: a maioria deles é gay ou lésbica, muito imbecis na personalidade, e totalmente irresponsáveis nas suas batalhas. Sabe aquela coisa de “matar o bandido, mas matar 3562457 inocentes no processo”? Pois é. E pra deixar a coisa pior, alguns “herois” são supremacistas, outros são pedófilos, e de forma geral, todos estão nessa só pela adoração do público, influência, fama, dinheiro, sexo, drogas e escrotices em geral.
O principal grupo de herois desse universo é Os Sete, uma paródia da Liga da Justiça liderado por Homelander/Capitão Pátria, uma mistura de Superman com Capitão América que representa o símbolo máximo da verdade, justiça e modo de vida estadunidense. Representa tão bem que é loiro de olho azul, é vaidoso, mimado, pavio curto, arrogante, metido, e tem uma cara que dá vontade de socar bastante. Também temos Rainha Maeve, a paródia da Mulher Maravilha, que pode até ter começado com a vontade genuína de representa a justiça e o poder feminino, mas a essa altura, já desistiu de acreditar no valores que diz lutar. A-Train/Trem-Bala é como o Flash, só que mais irresponsável, babaca e inconsequente. Deep/Profundo é o Aquaman, um cara zoado por todos. Black Noir é... bom, seria o Batman, mas ele é tão sombrio e calado que chega a ser esquecido. Os outros herois são modificados ou tratados de forma diferente na série, o que nos leva ao próximo tópico:
Diferenças entre o quadrinho e a série (e porquê ela é excelente)
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A maioria das matérias que tem por aí fazem esse tipo de comparação “obra original x adaptação” só por curiosidade, só servem pro leitor saber o quanto a adaptação é fiel ou não ao material original. Mas eu vou fazer diferente, não vou só pontuar as diferenças, como também justificar porquê elas tornam a história melhor, e como fazem a série ser melhor do que o quadrinho.
Sim, a série é muito melhor que o quadrinho. Não que ele não tenha seus méritos, mas vamos por partes. Começando pela caracterização dos personagens...
Os Sete tem um visual tão imponente e fodão nos quadrinhos quanto qualquer outro super-heroi. Já na série, eles tem esse visual aí de cima, e... Não sei você, mas pra mim, eles parecem meio... ridículos. Essas roupas não chegam a ser feias, nem amadoras como um cosplay, mas não parecem tão sofisticadas quanto os uniformes dos herois do cinema, parecem uniformes das séries bregas da CW, tipo Arrow e Legends of Tomorrow. E ISSO É BOM! Porque isso faz os Sete se apresentarem como o que realmente são: ridículos!
Mas talvez você tenha achado esse visual decente, o que é ótimo também, porque no fim, ele funciona pra todos os públicos: pra quem achou tosco e pode vê-los como patetas em roupas colantes bregas, e pra quem achou legal e pode vê-los como ídolos dignos de respeito.
Aliás, achei muito apropriado a paródia da Mulher Maravilha ser essa atriz magérrima que não faz o porte de lutadora guerreira, pois está igualzinha a Gal Gadot, que também não tem esse porte! Assim ela acaba parodiando não só a personagem, como também a atriz da vida real!
Falando em vida real, o Trem-Bala nos quadrinhos não é negro como na série, e isso é ótimo, não só pelo quesito “representatividade”, mas principalmente porque referencia o Usain Bolt e nos conecta com o mundo real. O heroi até faz a pose do velocista no terceiro episódio!
Agora a última diferença focada no visual: o valentão Billy Bruto tem um visual no quadrinho que parece uma cópia do Justiceiro. Na série, ele tem uma barba que ajuda na sua cara de mau. Mas o interessante nesse detalhe besta é que esta é a segunda adaptação de um quadrinho do Garth Ennis que tem um personagem fodão barbudo de cabelo arrepiado. A primeira adaptação é Preacher.
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Será que é porque Preacher e The Boys tem os mesmos produtores? Quem sabe...
Agora vamos falar do que considero mais importante: o tom do quadrinho e da série. Ambos tem essa pegada de violência extrema, sarcasmo, acidez e humor negro, mas na série isso é muito melhor usado, porque é dosado. As situações podem ser explícitas, grotescas e absurdas, mas não são frequentes, e isso garante que o público sempre se sinta impactado e não julgue nenhuma cena como “desnecessária”. Só é “desnecessária” pra quem não gosta de ver esse tipo de coisa, e nesse caso, é melhor nem assistir a série.
Agora, no quadrinho... bem, não existe nenhuma sutileza, nenhuma moderação, nenhuma calmaria antes da tempestade, é tempestade o tempo inteiro, ao ponto da gente ficar acostumado aos trovões barulhentos. Sendo menos metafórico: são tantas cenas explicitamente grotescas e escabrosas que acabam perdendo seu efeito e fator surpresa. Aliás, essa é uma das características essenciais do estilo de Garth Ennis, então se você estava pensando em ler The Boys ou outras coisas dele, é bom estar ciente de que ele exagera muito na escrotidão, parecendo até um adolescente querendo se provar como adulto o tempo todo, colocando o máximo de cenas escrotas e chocantes possível.
Pra você ter uma ideia do nível: imagine que você está na cama com sua amante, e é surpreendido pela sua namorada, que abre a porta do quarto violentamente. Se Garth Ennis escrevesse essa cena, você estaria de lingerie (?) transando com sua amante e o cachorro dela (?!), e na hora que sua namorada abre a porta e dá o flagra, você goza e o jato vai direto no olho dela (?!?!?). E pra completar, o pai da sua amante está assistindo a tudo isso com um binóculo se masturbando (?!!?!?!?!!O________O??). Não, eu não tô exagerando, pergunte a qualquer leitor de Preacher, Hellblazer, Justiceiro e outras obras do Garth Ennis, é esse o nível da coisa.
Na série, a gente não vai ver coisas tãããão horríveis assim, só coisas horríveis “normais”, tipo a heroína novata tendo que fazer um oral no heroi veterano pra poder ser aceita nos Sete. Que foi? No quadrinho ela teve que chupar 3 de uma vez.
Daí vem outra coisa que é muito melhor na série: a agência que essa heroína novata, a Luz-Estrela, tem na trama. Aliás eu só vou chamar ela de Starlight, como é o original, porque “Luz-Estrela” é ridículo. Enfim, no quadrinho ela é essencialmente a nova namoradinha do protagonista... e só. A gente pensa que ela vai fazer algo crucial e importante no fim, mas... não. Ainda bem que, na série, ela faz diferença real pra história e praquele mundo, sabe impor suas vontades e ser fiel a si mesma dentro daquele ambiente hostil, e junto com o protagonista, é um dos únicos resquícios de dignidade, honra e retidão. Mesmo ela tendo uma personalidade ingênua e boazinha, o que faz a personagem ser dócil e forte ao mesmo tempo.
E ela também protagoniza várias cenas que abordam discussões e temas sociais atuais, aquele tipo de temática que faz os machos alpha incels revoltadinhos de hoje ficarem de mimimi. A minha cena preferida desse jeito é essa:
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Dois caras que cuidam do marketing dos Sete inventam uma história inteira só pra justificar a mudança de uniforme da Starlight, que é basicamente um maiô com zíper. Típico “uniforme” de super-heroína, né? Mas ela recusa a usar esse novo traje, porque não tem nada a ver com ela. Os marketeiros falam que tem tudo a ver sim, porque é ousado, corajoso, feminista! Ela pergunta isso que está na imagem, e o marketeiro responde que é empoderador, mostra que ela se sente bem com o seu corpo e não tem medo de mostrá-lo! Depois a chefa da empresa fala que ela tem liberdade pra usar o traje que quiser... mas se quiser continuar nos Sete, vai ter que ser usando aquele traje novo.
Em resumo, numa cena simples e rápida, a série mostra como as empresas, indústria da moda, agências de publicidade, etc, utilizam esse discurso de “empoderamento feminino” pra, contraditoriamente, explorar a imagem da mulher. É claro que tem mulheres que se sentem confortáveis mostrando seu corpo e o usam para se impor, mas isso é escolha delas. Quando se trata de mulheres que se sentem mais confortáveis não mostrando tanto assim o corpo, também é escolha delas, e não são menos “fortes” e “empoderadas” por causa disso. Luz-Estrela não é a única que participa desse tipo de cena “crítica social foda”, mas as mais importantes e memoráveis são dela.
E essa imposição sobre a roupa dela é algo que acontece com todos os herois. A Vought, empresa que financia os Sete e outros herois de segundo e terceiro escalão, são os responsáveis pelo seu visual, seus produtos licenciados, seus compromissos, sua imagem pública, até mesmo sua vida particular. No quadrinho a gente não sente essa onipresença e onipotência da Vought, mas na série, ela é tão sufocante que, frequentemente, pensamos que os herois não tem nenhum controle sobre seu destino. Tudo está na mão dessa megacorporação, que monopoliza tudo igual as gigantes da vida real, o Google, Facebook, Disney... Amazon...
Isso nos leva a outro ponto que a série é melhor que a hq: a super exposição midiática dos herois. No quadrinho isso era feito somente através da tv e jornais. Só não sei se isso refletia o espírito da época que a hq foi lançada (2006 até 2012), ou se os criadores tiveram preguiça de mostrar eles repercutindo na internet também. De qualquer forma, a série é ótima em mostrar as redes sociais que nós tanto usamos hoje em dia, isso deixa a trama muito relacionável, acreditável e coerente com o nosso tempo.
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Na verdade, o quadrinho nem se preocupa muito em retratar os herois repercutindo entre o público, ele é mais focado nas operações realizadas pelos Boys. Esta é outra mudança essencial que, pra mim, foi pra melhor: nas hqs, os Boys são um grupo governamental meio nas sombras, um tentáculo obscuro da CIA, que tem como objetivo fazer vista grossa e agir apenas quando os supers cruzarem alguma linha, exagerarem, passarem do ponto. Eles também já são totalmente cientes dos podres dos herois, o que, novamente, acaba com o fator surpresa para o leitor. Já na série, os Boys são um grupo muito mais clandestino, e que não quer se limitar a ficar de olho e só agir quando os supers forem longe demais. Não, os Boys são movidos pela força do ódio e querem destruí-los o quanto antes, ao mesmo tempo que expõem todos os seus podres e segredos nefastos.
Outra coisa que a hq faz, é ser estruturada em mini-arcos, cada um centrando numa investigação ou caso específico. Num arco eles estão cuidando da morte de um jovem gay supostamente morto por um super, noutro arco eles querem plantar escutas na sede de um grupo de herois, e por aí vai. Enquanto o “caso da vez” é resolvido, a história principal é desenvolvida paulatinamente, junto com as relações entre os personagens. Esse tipo de estrutura narrativa poderia funcionar pra série também, mas creio que seria uma decisão ruim, porque hoje em dia não temos muita paciência pra séries procedurais. Agora preferimos séries com uma história contínua, já que nos acostumamos a ver um episódio atrás do outro, maratonando.
Em outras palavras, a série não dá rodeios e vai direto ao ponto. Estabelece bem o objetivo dos Boys, da Vought, dos Sete, do protagonista, da Starlight, do governo estadunidense, tudo sem enrolação nem barriga. O dinamismo dela é algo louvável, mesmo com episódios de uma hora, você nunca se sente cansado, ou tem a impressão de que você está sendo enrolado. E mesmo com tantas cenas de núcleos diferentes uma atrás da outra,a  gente nunca fica perdido ou pensando que está perdendo algo, todos os personagens e conflitos estão tendo seu devido espaço.
TODOS MESMO. E essa é a última coisa que a série faz melhor que a hq: dá profundidade pros seus personagens. Não precisa passar tanto tempo assim pra percebermos que os personagens não são unidimensionais ou meras cascas vazias, eles tem complexidade e humanidade. Mesmo os herois escrotos não são escrotos o tempo inteiro. O Profundo, por exemplo, tem genuína preocupação com os animais. O Capitão Pátria tem seu lado vulnerável e emocional. O Trem-Bala sofre de verdade com as coisas horríveis que é obrigado a fazer. Não existe personagem sobrando nessa série.
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Até essa japinha que parece meio avulsa no começo. No quadrinho é pior, ela parece mais um animal de estimação que os Boys acionam quando precisam estraçalhar e matar os inimigos. Na série ela é um elemento de uma subtrama maior.
Agora a última característica que faz a série ser imperdível: The Boys tem uma trilha sonora rock and rol!!! Isso deve ser por causa de Eric Kripke, um dos produtores que já foi um dos cabeças responsáveis por Sobrenatural, aquela série que se tornou galhofa há muito tempo, mas se destacou no começo por sua trilha sonora de rock oitentista. Pois bem, parece que ele colocou a sua playlist do Spotify em The Boys, porque a variedade é boa, e dão o tom “rebelde” e agitado que a história pede.
Então o que você ainda tá fazendo aqui? Assista logo essa série, e de forma pirata, pra não dar dinheiro pra megacorporações gananciosas, seja a Vought ou a Amazon.
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nolovewillbeshown · 3 years
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Hope / Fear
depois de meses do que estava parecendo ser uma constante tempestade, um tempo que estava sempre nublado, apesar do sol lá fora, parece que hoje, um raio de sol conseguiu quebrar isso tudo, dar uma trégua nessa tormenta..
é simplesmente indescritível o bem que você me faz.. ontem e hoje, os dias correram muito melhores.. foi quase.. normal.
só tô com medo disso ser algo passageiro, efêmero.. eu sou tão azarado, sabe.. conseguir consertar isso da forma que eu espero seria algo muito fora da linha.. mas ainda assim, tô pedindo ajuda ao Universo pra que seja duradouro, pra que isso seja o início da solução dessa situação.. tô quase rezando.. rs
confesso que ainda sinto um pouco de ansiedade.. mas ter uma resposta sua já ajuda demais.. quero tanto que as coisas se acertem, que a gente se entenda.. acredito tanto que isso ainda é possível.. que “nós” ainda é possível..
me dá sua mão.. vamos juntos terminar de construir isso
:3
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ao mesmo tempo.. me pergunto.. “o que tá acontecendo..? porquê agora..? porquê ainda mantendo a situação..?”
eu não quero pressionar.. não tenho sequer o direito de fazer isso.. muito pelo contrário, tenho que te agradecer infinitamente pelo que está acontecendo.. mas.. você consegue entender o que eu penso..? eu não quero ser um peso.. um incômodo, uma coisa que vai te atrapalhar de qualquer forma ou em algum momento.. mas.. ao mesmo tempo, você sendo meu objetivo, o que mais eu poderia fazer..? só sei que ficar longe e sem contato é o pior dos cenários.. e ao mesmo tempo que eu preciso dessa esperança, tô com muito medo de estar só me iludindo demais.. mas você não é ilusão.. nunca foi, nunca vai ser..
eu preciso muito de você eu amo muito você eu quero passar minha vida com você eu quase perdi você, mas tô aqui lutando pra isso não acontecer.. eu não quero te perder, nunca
“Why give me hope, then, give me up? Just to be the death of me? Save the rest of me..”
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beccaethaisite · 5 years
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Quarto Gatilho — Primeiro Capítulo
— EU DEVO SER MESMO algum tipo de imbecil azarado... — Foi sua mais sábia conclusão ao se deparar com a situação deprimente na qual se encontrava e que, mesmo contra sua vontade, já estava durando dias.
Graças ao barulho, ele foi forçado a sair do seu devaneio que já batia seu record, durando cinco minutos, e voltar à realidade precária. Uma luz fraca da penitenciária se acendeu e fez regressar suas pupilas, mostrando as íris em cor mel que sempre soavam provocativas pelas perspectivas de alguns.
O ruim, na verdade, não era estar dividindo o espaço de cela com mais três brutamontes que tinham o dobro de seu físico, e sim raciocinar sobre como fora parar ali, para começar. Passara os dias que se seguiram tentando não pensar no ocorrido, tentando relaxar o tanto quanto possível. Tarefa que se tornou árdua quando foi forçado a ouvir os gritos — ora entusiasmados, ora frustrados — dos presidiários agarrados nas grades que lhes restringiam da liberdade, enquanto tentavam assistir ao que, pelo que sua falta de interesse sugeria, deveria ser algum jogo de futebol.
Maldição. Por fim, essa palavra resumia sua vida.
Passar alguns dias na cadeia não era tão ruim, afinal. Era quase como tirar férias. É claro que você deveria esquecer-se das baratas, dos ratos, da comida ruim, das ameaças, das gangues dentro da prisão e... Ok, certo, estar preso era uma droga. E por mais que comicamente, o destino cruel de metade dos detentos ali fosse culpa dele, a desculpa não serviu para livrá-lo da corrupção de alguns policiais, que se transformavam em cegos quando outros tentavam estourar seu rostinho bonito. Duas, talvez três tentativas de assassinato que não se sucederam, afinal, ainda estava vivo graças a sua garantia de luta e percepção, agora tendo que testemunhar a briga apenas para aqueles animais ouvirem ao jogo que o carcereiro degustava nas sextas-feiras.
Sendo assim, Leonhard tinha os seus dias em paz. Ou, pelo menos, o máximo de paz que suas preocupações conseguiam tirar daquela situação.
Estava começando a perder seu bronzeado pela falta de Sol, mas o cabelo, sempre desgrenhado, ainda era estranhamente claro. Não que ele se importasse com sua aparência; de nada adiantaria preocupar-se com algo como vaidade sem qualquer regalia ou meios de enaltecer ainda mais o seu charme natural.
Mas se tivesse uma chance, uma oportunidade para reverter um único momento, talvez não estivesse passando sufoco, testemunhando uma vida miserável onde as duas pessoas que lhe eram mais importantes estavam dentro de um trailer sujo e velho bem próximo dali. Eles eram o motivo das suas principais preocupações e, se não fossem seus dois irmãos, Leonhard aproveitaria com gosto aqueles dias de folga dentro da prisão.
Quase conseguiu rir daquela maldição: tentava proteger seus irmãos das más influências, mas que argumento teria se a passagem para sua cela foi por conta de algum alienado o acusar de vender drogas?
O que mais chamou sua atenção desde o momento em que permitiu os policiais revistarem sua "toca", ciente de que não tinha nada a temer, era como aquele maldito pacote de cocaína surgira dentro do seu fogão.
— Allegra — concluiu de certa forma irônica.
A irmã do meio tinha defeitos sérios quando se tratava de defender os amigos traficantes com os quais convivia. Possivelmente, um desses amigos lhe pedira um "favor" e isso não serviu de desculpas quando a polícia local invadiu o trailer e o algemou após achar aquela bela porcaria.
Mesmo assim não culpava sua irmã, afinal, era mais ameaçada que ele próprio. Deveria ser consequência por morar em um dos piores subúrbios de Palermo, onde as ruas imundas, o odor pútrido e as pessoas sinistras se destacavam junto com o comércio boêmio, o tráfico e a violência que se espalhavam como praga em lavouras. E aconteceu do nada. A máfia tinha piorado aquele lugar em cento e cinquenta por centro nas três últimas décadas, priorizando-se ainda mais naquela região do país.
Não que fosse uma surpresa, afinal, as organizações estavam em todo lugar.
Leon até mesmo conseguia rir — dessa vez, realmente rir — quando pensava que fora preso por uma coisa tão estúpida quanto porte de drogas. Sabia que tinha alguma algo errado quando chegara em casa e avistara uma viatura da polícia parada na frente da porta do seu trailer.
Aquilo não acontecia, não com ele.
Dois policiais o esperavam.
Estavam o esperando, pois provavelmente não tinham um mandado de busca, até porque, como teriam se não existiam provas? Sem hesitar, deixou que entrassem e revistassem seus pertences.
Leonhard não soube dizer o que o havia acontecido, mas quando percebeu, um dos oficiais abriu o seu fogão, pegou as drogas e o algemou, empurrando-o para fora do trailer. E ele não teve outra escolha a não ser entregar-se, afinal, que exemplo de irmão mais velho seria se desarmasse um policial em frente ao caçula de apenas sete anos de idade?
Não poderia, não quando o único fator que chamava sua atenção enquanto praticamente o chutavam para a viatura era o rosto em prantos e apavorado de Theodore, ao lado de Allegra, que por sua vez tinha os olhos castanhos arregalados de tão nervosa que estava. Além da fagulha de culpa estampada em sua expressão. Ah, a fagulha de culpa estava lá e naquele momento Leonhard entendeu tudo.
Amaldiçoou-se por ter deixado os policias entrarem na sua casa; se tivesse negado, poderia antecipar-se em se livrar da droga e assim esperar eles chegarem com um mandato de busca. Pelo menos servia de lição, para que assim não fosse ingênuo demais novamente, preso por uma idiotice como aquela.
Suspirou com pesar em sua cela.
Os outros três detentos haviam voltado para seus respectivos lugares, resmungando. Pelos xingamentos, o carcereiro devia ter desligado o jogo, por obviamente estar vendo às escondidas. Pelo que pôde prestar atenção, porém, não seria muito difícil prever que a tal Juventus iria ganhar.
— Leonhard Weiszäcker. Alcova Norte, A36. Número 78.540. — Um policial penitenciário bem arrumado em seu uniforme parou em frente a cela de Leon, batendo a caneta na prancheta em mãos.
O molho de chaves rodopiou no buraco da fechadura e repercutiu em um barulho infernal.
— Presente. — O prisioneiro chamado respondeu com pouco caso, como se estivesse em sala de aula.
— Engraçadinho. Saia daí antes que eu me arrependa — ele disse.
A porta foi aberta e o policial colocou a mão sobre uma pistola calibre 38, que ele demorou para sacar e certamente não tinha muito jeito para manejar. E se fosse avaliar a segurança e possibilidades, tinha certeza que aquele homem de estatura tão baixa seria rendido facilmente pelos companheiros presidiários.
Por milagres à parte isso não aconteceu e Leonhard se levantou do chão, seguindo para o corredor.
— Fica quietinho aí. Eu não confio em você — falou, trancando a cela e algemando o rapaz. — Tem alguém que gostaria de vê-lo.
Leonhard ia soltar uma risada, que acabou ficando presa na sua garganta.
— Espero que seja a Britney Spears. Eu já estava me acostumando a dormir perto do vaso.
— Continue com essas piadas ridículas e não restará muito de você — advertiu, lhe apontando a prancheta no rosto. — Eu não sou os bandidinhos que você desarma por aí.
Um sorriso petulante rasgou o rosto de Leon, e quando o guarda notou a falta do peso em suas calças, já era tarde. Ali estava a arma que havia acabado de usar para ameaçá-lo: nas mãos do prisioneiro.
— E-Espera ai! — Ele vasculhou a cinta e chegou à conclusão de que não havia mesmo nada ali. Sua expressão se formou em um misto de surpresa e em seguida, irritação. — Seu ordinário! Quando fez isso?!
— Entre o "têm alguém" e o "vê-lo" — respondeu, um sorriso irônico pairando em seus lábios.
O policial tomou a arma de suas mãos em um movimento brusco e a guardou de novo, constrangido. Empurrou o jovem para frente pelo ombro, forçando-o a andar.
Após um período de caminhada, passando por várias celas, onde muitos dos detentos eram antigos abordados e desarmados pelo próprio, o garoto não pode deixar de reparar em um deles, que lhe dirigiu um olhar de "bem feito" no qual Leon devolveu com uma expressão que dizia: "Pelo menos eu estou saindo".
Saindo de uma forma que talvez jamais esquecesse.
Subindo intermináveis lances de escada, logo estavam nos setores de administração, mais precisamente na sala do delegado.
O cômodo era relativamente grande, com mesas, arquivos, enfeites bregas comprados em qualquer loja barata e sem muitos trabalhadores, a não ser uma secretária loira de uniforme social, a qual Leonhard considerou bem encorpada, deixando isso evidente em seu olhar persuasivo, no qual ela retribuiu com um sorriso tímido; e um homem gordo teimando com as teclas de uma máquina datilográfica. Ele poderia estranhar o uso de um acessório de escrita tão antigo, se não soubesse que era mais seguro registrar informações neste do que em computadores, e não era qualquer um que sabia lidar com uma interligação de redes tão grande. Era uma garantia. Constatou, portanto, que o delegado daquele lugar era alguém bastante sagaz.
Ou, sim, o homem simplesmente poderia preferir usar a máquina datilográfica.
Tão a porta se fechou, pôde massagear os pulsos quando policial que o acompanhou retirou as suas algemas.
— Fica na sua quando a delegada chegar. Ela não é qualquer uma. — Mostrou os dentes em um sorriso convencido.
Leon sorriu de canto. — O que acha que vou fazer?
— Provavelmente desarmar os guardas, atravessar a segurança com posse de um colete à prova de balas, um dos rifles do cofre, duas algemas só por diversão, e um distintivo para se vangloriar nas festas. Além de, claro, chamar Michelle para sair — respondeu uma voz feminina autoritária, que, ao atravessar todo o recinto, cruzou um olhar severo para com a secretária. — Sou a nova delegada do presídio de São Martine, décima tenente regente do Esquadrão de Anti-tráfico de armas do país, Carmelia Bertolli.
Uma mulher de corpo curvilíneo entrara na sala, equilibrada em sapatos de salto alto tão finos que poderiam se quebrar na menor pisada em falso. O vestuário social preto com mangas compridas e saia justa lhe cabia bem — na humilde perspectiva de Leonhard —, além do cabelo grená, trançado em box braids, que escorriam até a sua cintura. O rosto era fino e bem delineado e o nariz, pequeno e discreto, não chamava tanta atenção diante do batom violeta que fornecia um volume maior aos seus lábios cheios. Tudo isso exposto no quadro de uma pele pigmentada suavemente no tom de chocolate amargo, o que se tornava quase metafórico para descrever a austeridade encontrada nos olhos esverdeados.
Carmelia era o que podia ser chamado de "mulher perigosa", do tipo que mesmo os marmanjos mais cabeças-duras não se atreveriam a cruzar o caminho.
— Duvido — Leonhard deixou escapar. — Sou muito novo para isso.
Era verdade. Tinha somente vinte e três anos e detinha para si um amadurecimento que muitos com idade até mais avançada não possuíam, por simplesmente não terem a sua vivência sofrida.
Observou Carmelia sentar-se sobre a vasta mesa e cruzar as pernas, o olhando como se penetrasse no lugar mais âmago de sua alma. Então, Leonhard teve a ligeira impressão de que alguma coisa estava muito, muito errada. E que aquela conversa não lhe traria bons frutos.
De qualquer jeito, teria que pagar para ver. Não que tivesse alguma opção... estava preso, maldição. Preso em todos os sentidos.
— Sei muito bem que idade não define status — disse. — Sei também que é um peão dos LIBRAS e está preso em flagrante por porte de drogas.
Leon curvou o cenho. Talvez tivesse escutado errado, mas tinha quase certeza que o que saiu da boca da delegada fora "LIBRAS". Se fosse o caso, já tinha alguma ideia do que viria a acontecer.
— Pois se quiser continuar o seu serviço de "pedreiro", terá que seguir as minhas regras. E isso inclui não se colocar mais em confusões ridículas do tipo.
— Não sou eu que me coloco em confusões ridículas, delegada — disse ele. — As confusões é que me acham, mesmo sendo essas tão idiotas como uma armação de porte de drogas.
— Você é ótimo com mentiras. Será que também sabe se redimir assim tão bem? Porque... — ela sorriu, parando para analisá-lo. — Porque, bem, você pode ser bom, mas não é o melhor.
Poderia dizer que não era sua culpa e que fora tudo uma grande armação feita por mais um dos seus inimigos, de verdade, mas ele conhecia as pessoas o suficiente para saber que ela não acreditaria. E também, não tinha importância: não seria Carmelia Bertolli, a nova delegada, que o libertaria dali.
— Se não acredita que estou falando a verdade, por que me chamou aqui? Isso já é um interrogatório? Porque se for, eu acho que tenho direito a pelo menos um advogado.
Ela sorriu. Um sorriso inconformado, mas que tinha um tom de diversão.
— Não será necessário — disse. — Veja, por bem ou por mal, eu assinei a sua condicional de liberdade.
— O quê?
Carmelia apossou-se de uma folha de papel assinada com algum tipo de declaração, mas dobrou-a e fez uma espécie de origami.
— Você é um dos melhores agentes dos Libras, é sábio sobre tudo que envolve armamentos e não me surpreenderia se soubesse quantas delas há nessa sala nesse momento.
— Dezessete. Contando com o estilingue do gordinho — afirmou sem desvios. Imediatamente todos olharam para o sujeito, mas este, meio constrangido, voltou sua atenção para a máquina de datilografia. — Você responderia se eu perguntasse por quê?
— Tente adivinhar, você se acha tão esperto.
— Hah. — Leonhard rolou os olhos. — Isso tem cheiro de merda dos Libras.
Ao invés de responder, Carmelia se levantou da mesa e caminhou até o ex-detento com passos demorados e largos.
— Nos veremos ainda, acredito... — disse, ajeitando a gola da camisa de Leonhard sem sua permissão. — Eu tenho um sexto sentido muito aflorado, sabe?
Leonhard sorriu cínico e retirou as mãos frágeis e hábeis dela de sua camisa surrada pela imundice da cela.
— Se quiser eu afloro os outros cinco também. — A indireta fez Carmelia erguer uma das sobrancelhas. Leon já desconfiava que ela seria imune a cantadas malfeitas e bufou. — Eu vou indo. Tenho que comprar cereal para o Theodore. Ele fica muito chato quando não tem cereal para o café da manhã...
— Boa sorte. E caso tenha se perdido no calendário, hoje é domingo — enfatizou de propósito, voltando à sua mesa. — Além de estar de noite. Se preocupe em chegar em sua casa ao invés de comprar cereal.
— Claro... — Aquele pequeno detalhe havia realmente passado despercebido. — Obrigado pela estadia de uma semana, mas verifiquem os banheiros coletivos: além de entupidos, tem canivetes e lixas dentro da tubulação.
Adiantando o aviso e sem esperar qualquer resposta, Leonhard finalmente se virou e saiu da sala, sendo acompanhado por um guarda que já o esperava do lado de fora.
Carmelia balançou a cabeça negativamente e sorriu para o nada. O policial se antecipou, ainda desconfiando.
— É seguro deixá-lo solto por aí? Não é a primeira vez que se mete em confusão.
— Devemos a ele a violência dessa região ter abaixado em dois por cento. — Deu de ombros e voltou a atenção para os papéis pendentes em cima de sua mesa. — É só um azarado de plantão.
Leonhard podia até então voltar para casa, mas após atravessar o portão do presídio e dar de cara com uma vizinhança esquecida por Deus, resolveu tomar um rumo alternativo.
A noite gélida permitia que a fumaça do cigarro esvoaçasse de sua boca com mais nitidez, mas não impedia os pensamentos decepcionantes com relação à sua vida: um garoto que aprendeu a atirar com sete, foi abandonado aos oito e cresceu acompanhado do pior tipo de gente para que conseguisse sobreviver até entrar para o exército. A partir da sua saída de cadete, sua nova sina era trabalhar como agente, escolhido a dedo pelo seu bom desempenho com o que fazia de melhor: atirar.
Era uma vida maldita. Não por ele, mas pelos irmãos, que sofriam pela falta de dinheiro, ausência, e situação desde sempre precárias.
Abaixar as armas e desistir estava fora de cogitação, entretanto. Havia jurado viver sozinho com seus objetivos quando ateou fogo à própria casa após o pai desaparecer. Acreditou por certo tempo que esqueceria as ruínas do passado, mas Allegra aparecera com Theodore em seu trailer, ambos crianças e filhos legítimos de seu pai que Leonhard mal sabia que existiam. Tinha que continuar vivo por eles, mesmo que os anos tivessem transformado a menina doce em uma rebelde de dezessete anos que usava roupas góticas e que só pensava em se enquadrar naquele lixo de mundo, e o garoto de nove sofrendo de anemia falciforme — uma doença rara devido à má nutrição na infância.
Só eles faziam Leonhard acreditar que era possível recomeçar.
Mas como?
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kyungsoofest-blog · 7 years
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FANFIC #20 - FELIZMENTE CAMISA 10 (1/1)
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Título: Felizmente camisa 10
Plot-#: #117
Couple: XiuSoo; SeSoo
Classificação: +18
Contagem de palavras: 3.726
Avisos: Insinuação de sexo, linguagem imprópria, nudez, sexo
Sinopse: Eu achava que o castigo por ter socado a cara de Kim Jongin fosse ser horrível, mas saiu melhor que o esperado… Tudo pelo camisa 10 do time, mas conhecido como Kim Minseok, meu primeiro e, até hoje, o único crush.
Ok, eu sou realmente um azarado.
Não totalmente, mas em partes.
Eu, Do Kyungsoo, sou apaixonado pelo Capitão do time de futebol da minha escola.
Mas não é o tipo de paixonite fofa, ou algo do tipo. Eu sou REALMENTE apaixonado pelo camisa 10 do time.
Kim Minseok, ou Xiumin como os mais próximos dele o chamam, é o melhor jogador do time, tendo sobre si várias garotas e garotos, entre eles, eu.
Mas eu não gosto dele por ele ser o foda do time, ou algo do tipo.
Eu gosto dele desde a primeira vez que o vi entrar pelos portões do colégio. Ele era um novato, mas que logo ficou muito popular por ser o calouro que entrou no time principal, e que em pouco tempo passou a ser o capitão do time.
Já eu... eu era popular também, só que em outra categoria.
Existem os populares bonitos, os estudiosos e os jogadores. Eu fazia parte de dois deles. Dos bonitos e estudiosos, porque eu sou sim bonito. Por mais CDF que eu seja, eu sou vaidoso também, talvez até demais. Mas eu adoro me cuidar.
Mas agora voltando pra parte em que eu sou azarado, eu vou explicar.
Bom, eu acabei me metendo numa briga com um dos meninos do grupo dos bonitos do colégio, Kim Jongin.
Sério... que cara chato e metido. Tá bom que ele é lindo para um caralho, mas menosprezar outras pessoas por não serem tão bonitas e dentro dos padrões impostos dentro daquele inferno que chamamos de colégio já é uma puta sacanagem, ainda mais quando a vítima é o meu melhor amigo Sehun.
Eu ainda acho que Jongin é afim do Sehun, porque não tem explicação ele pegar tanto no pé do Sehun, dando a desculpa de que Sehun é ridículo, sendo que Sehun é lindo até demais que nem eu aguento, tanto é que já nos pegamos algumas vezes e quando estamos carentes de sexo um ajuda o outro, nada sério. Ambos gostamos de pessoas diferentes e nossa amizade é maravilhosa.
Voltando...
Por conta disso e por eu ter deixado um roxo lindo no rostinho bonito dele e um corte no lábio inferior de Jongin, eu acabei recebendo um castigo de 1 mês que é, nada mais, nada menos QUE... limpar o vestiário masculino do pessoal do futebol.
Aí você deve estar pensando "Nossa, Kyungsoo! Que sorte, assim você vê o Minseok sem roupa".
Quem me dera...
Aquele lugar era horrível!! Um monte de homem pelado e fedendo a bicho morto, roupas sujas por todo canto, sangue no chão quando alguém se machucava, ou seja, sempre tinha sangue no chão, incrível.
Aí você se pergunta de novo "Mas e o Minseok?".
Então, caros amigos... o máximo do corpo que eu vi exposto do Minseok são os braços, cabeça e as pernas dele quando ele usa short, ele não toma banho enquanto tiver gente no vestiário, por isso ele é sempre o último a sair e eu tenho que ficar esperando a princesa ir embora pra cumprir meu castigo naquela sauna fedida.
Várias vezes eu já tive vontade de gritar com ele pra ele ir logo pra casa porque eu também tinha que ir, parecia de propósito isso, mas eu tinha que me controlar, afinal, era meu crush e eu não queria que ele tivesse uma má impressão de mim logo de cara.
Já trocamos algumas palavras graças a ele mesmo, que veio puxando assunto sobre eu gostar de futebol e eu disse que não era muito fã e depois foi bem estranho pois ele me jogou contra um dos armários do vestiário e ficou me encarando, indo embora depois.
Depois daquele dia eu tenho tido alguns sonhos meio obscenos com ele me prensando contra todos os cantos daquele vestiário e me...
- KYUNGSOO!!
- AI, CACETE! QUE FOI, SEHUN?
Acordei dos meus pensamentos impuros graças a um Sehun irritante gritando comigo, mereço.
- Você está secando o Minseok o jogo todo e nem disfarça. Ele já riu várias vezes dessa sua cara de zumbi.
- Ele viu???? Ai meu senhor, que vergonha!
Falei escondendo o rosto em minhas mãos.
- Viu e ficou encarando de volta, acho que você nem percebeu, estava no mundo da lua de novo. Por que não se assume logo e da pra ele? Você mesmo disse que ele já te jogou contra o armário do vestiário.
- Não fale essas coisas, Sehun! Sou um menino santo. Fora que... ele não gosta de mim da mesma forma que eu gosto dele.
- Santo... claro. Você já tentou por acaso? Não! Deixa de medo e pula nele, pronto. Ele é sempre o último a sair do vestiário mesmo.
- Eu não vou dar minha bunda num vestiário sujo e fedido, ainda mais na escola!
- Cara, você mora praticamente sozinho. Só não é totalmente sozinho por conta dos seus cachorros e seu gato. Leva ele pra sua casa, sei lá, já estão nisso desde o primeiro ano e já estamos terminando o segundo.
-Fala o cara que não admite que tem um abismo por Byun Baekhyun e Kim Jongin ao mesmo tempo.
- A questão aqui não sou eu, não venha mudar de assunto.
- Ah ta, ok.
Ri com a cara que Sehun fez e selei sua bochecha rapidamente, encostando minha cabeça em seu ombro, voltando a prestar atenção no jogo.
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- Sehun, já disse pela milésima vez. Minseok não gosta de mim desse jeito. Ele só me vê como o cara que limpa o vestiário masculino porque se meteu numa briga com Kim Jongin.
- Qual é, Soo! Ele te lança olhares tão intensos que parece te despir, chega me arrepiar.
- Me poupe, Oh Sehun. Agora, se me der licença, tenho um chão sujo de sangue e suor pra limpar antes de ir pra casa. Até amanhã.
Me despedi de Sehun com um abraço e peguei minha mochila, caminhando calmamente pro vestiário. Faltava só mais aquela semana pra acabar meu castigo e não podia estar mais feliz com isso.
Vi que não tinha mais ninguém no vestiário e deixei minhas coisas num armário que o diretor tinha disponibilizado pra mim naquele período em que iria realizar trabalho escravo.
Fui trocar minha roupa pra limpar aquele lugar, coloquei uma música qualquer nos meus fones e comecei a limpar o lugar, me assustando ao ver um Minseok só de toalha saindo de um dos chuveiros.
- Minha nossa... mas o que é que é isso, senhor?
Praticamente babava ao ver ele sem camisa. O corpo bem definido, e... puta merda, ele tinha uma tatuagem no peito e nas costas. Já podia sentir o ar me faltando e tentei disfarçar, voltando a limpar o chão como se não tivesse o percebido ali, tentando me concentrar na música que tocava em meus fones.
"Será que ele me viu? É óbvio que viu, né! Ai que vergonha meu senhor. Que caralhos ele faz aqui?", pensava comigo enquanto via ele se movendo com o canto dos meus olhos.
Ok, acho que meu coração vai parar.. o filho da mãe gostoso está me encarando e andando até mim.
O que fazer?
1ª Opção: Agir naturalmente.
2ª Opção: Ignorar ele.
3ª Opção: Sair correndo.
4ª Opção: Pular nele e...
- Kyungsoo?
Ai, cacete.
Ignora, Kyungsoo!!
- Kyungsoo!
Tirei os fones e olhei, agora já vestido, um Minseok perto demais de mim.
- E-eu...?
- Sim, você.
Respondeu dando aquele sorriso filho da puta que fazia com que eu suspirasse.
- O que tem eu?
- Acho que você não ouviu, mas eu perguntei o que ainda faz aqui? Seu mês de castigo já não acabou?
- Hã? Ah, não! Ele acaba essa semana. Por que?
- Por nada. Me desculpe por ainda estar aqui, é que eu pensei que você já tinha terminado o castigo e fiquei mais tempo que o comum.
- Não, está tudo bem, imagine!
Bem até demais, socorro.
- Bom, eu tenho que ir agora. Te vejo amanhã.
- Ah, ok... até amanh-...
O.Filho.Da.Puta.Apertou.Minha.Bunda.
Deus... isso é algum teste ou castigo? Ou eu estou sonhando?
NÃO É POSSÍVEL!!!
O cachorro ainda riu da minha reação.
- Qual é a tua, Minseok?
Ok, eu não deveria ter reproduzido meus pensamentos.
- Como assim? Eu não fiz nada!
- Ah, claro. Apertar minha bunda não é nada. Ok então.
Droga, se controla, Kyungsoo!
- O que? Isso?
ELE APERTOU DE NOVO! AH NÃO, PODE ISSO, PRODUÇÃO?
- Pare... sério.
OU EU NÃO ME RESPONSABILIZO POR MEUS ATOS!
- Ok, parei. Até amanhã.
E ele simplesmente saiu. Que legal. Nossa...
Meu crush apertou minha bunda... DUAS VEZES!
Ganhei minha noite.
1299
Já em casa, cansado, com fome e fedendo, fui pra cozinha fazer algo pra comer.
Enquanto as panelas estavam no fogo, fui alimentar meus três filhos, voltando pra cozinha e terminando de fazer meu delicioso macarrão com kimchi.
Comi demais, estava muito bom, não é atoa que quero fazer faculdade de gastronomia.
Lavei a louça e fui pro meu quarto, tirando meu material da mochila e os deixando sobre a mesa do notebook, logo indo pro banheiro tomar meu amado e desejado banho, fazendo questão de demorar.
De banho tomado e roupa trocada, peguei meu celular e me joguei em minha cama, vendo que tinha algumas mensagens de Sehun e logo me lembrei do acontecimento de hoje no vestiário. Resolvi não contar pra ele por mensagem e o deixei curioso. Iria levar uns tapas amanha dele, mas estava rindo das caras raivosas que ele mandava e eu apenas ignorava.
Recebi uma notificação do messenger avisando que eu tinha uma solicitação de conversa e abri, gelando no mesmo instante.
- Ai, cacete. O que ele quer dessa vez?
Questionei enquanto aceitava a solicitação de Minseok, vendo que era apenas números.
- Cachorro... se ele acha que pegar na minha bunda, duas vezes, e mandar o número de telefone dele vai fazer com que eu mande mensagem, ele está muito enganado!
Falei irritado, bloqueando meu celular e o deixando de lado.
- Mentira, volta aqui, ele está certíssimo.
Eu sou fraco, me julguem.
Desbloqueio o celular e salvo o numero dele, logo mandando uma mensagem.
"O que você quer, Minseok?"
Mandei curto e grosso pra esse palhaço.
"Kyungsoo? Quanto ódio no coração, seja mais delicado"
Que cara de pau.
"Tu vai ver a delicadeza da minha mão na tua cara, palhaço"
Não sou obrigado. Quem ele pensa que eu sou?
"Calma, eu estava brincando"
"Fala logo o que quer. Estou cansado, quero dormir"
"Quero saber se não está afim de sair comigo sem me bater ou me espancar verbalmente como fiquei sabendo que é de seu feitio fazer algo do tipo"
Kim Minseok me chamou pra sair. O.CRUSH.ME.CHAMOU.PRA.SAIR.
Pai amado, venci o mês. Ele está sabendo legal sobre mim, hein. Gosto assim.
"O que te garante que eu não vá te bater ou algo do tipo?"
"Os seus sentimentos por mim?"
É O QUE? COMO ASSIM? QUE MERDA É ESSA?
"Tu fumou, Minseok? Ta andando muito com o Chanyeol e com o Kris. De onde tirou que eu tenho algum sentimento por você?"
"Qual é, Kyungsoo. Não banque o desentendido. Eu vejo você me comendo com os olhos. Você é meio lerdo ou muito afim de mim pra não ter percebido que eu lanço os mesmos olhares pra você. Cara, o jogo de hoje eu quase fiquei duro pela forma que você me olhava durante todo o jogo."
PAI AMADO, QUE VERGONHA, SEHUN TINHA RAZÃO... Mas.. perai. KIM MINSEOK ADMITIU QUE É AFIM DE MIM? O CRUSH ME CRUSHA? MINHA NOSSA, VENCI O ANO! SEHUN NÃO VAI ACREDITAR. Mentira, vai sim e vai ficar jogando na minha cara milhares de "Eu te avisei".
"Kyungsoo? Dormiu?"
Ai, cacete. Devo ter ficado refletindo por uns minutos e não respondi o coitado.
"To aqui. Estou digerindo sua confissão. Mas sim, eu saio com você. Não, você não prefere vir aqui? A gente assiste algum filme ou série, joga alguma coisa... sei lá"
"Seus pais não vão achar ruim ou algo do tipo?"
Sério, Minseok? Eu te convido pra minha casa, praticamente todo aberto pra você... Ah mano, mereço.
"Eu moro sozinho"
"Sério???"
Não, jumento, imagine. Falei pra zoar mesmo.
"Sério :)"
Nunca falem o que REALMENTE pensam logo de cara, ainda mais pro crush que te crusha.
"Tudo bem então. Quando?"
"Agora, se quiser"
"Mas você disse que estava cansado e que queria dormir"
MINSEOK CALA A BOQUINHA, POR FAVOR!!
"Fica quieto e vem logo. Vou te mandar meu endereço"
Mandei pro coitado meu endereço e nem esperei uma resposta, fui logo pro banheiro me "arrumar" porque minha intenção era estar apresentável pro crush se rolasse algo mais... hot, digamos assim?
Vesti um blusão e um short curtinho de dormir e fui pra sala, ligando a TV num filme qualquer e enquanto ele não chegava, liguei pra Sehun.
- Acho bom ser importante, estava quase dormindo.
- Minseok está vindo pra minha casa e admitiu que me crusha.
-É O QUE?
Eu amo Oh Sehun, amo mais ainda deixar ele curioso.
- Amanhã eu te conto, mas enquanto isso fica falando comigo até ele chegar.
- Me conta essa porra direito seu anão de jardim satânico.
- Sehun, me respeite! Sou mais velho.
- Grande coisa. Agora me conta logo isso, sabe que vou ficar te enchendo o saco a madrugada toda até me contar, não sabe?
- Eu te odeio.
- Também te amo.
Resolvi contar tudo pra ele, explicando cada coisa com calma pois Sehun era meio tapado e fazia com que eu perdesse o foco.
- Foi isso.
Falei depois de terminar de contar.
- Eu te avisei.
Filho da mãe, eu odiava quando ele falava aquilo, porque era verdade.
Ia xingar o infeliz, mas logo escuto o interfone.
- Eu tenho que ir, deve ser o Minseok.
- Tenho pena das suas pregas. Até amanhã se você conseguir andar até a escola.
Apenas revirei os olhos e desliguei a ligação, indo atender o interfone, liberando a entrada de Minseok e voltei pra sala.
Fiquei assistindo TV enquanto isso e logo a campainha toca. Gritei um "Já vai!" e fui atender, abrindo a porta com calma e quase suspirei ao ver um Minseok todo de preto e cabelos escuros levemente molhados, me fazendo engolir em seco disfarçadamente.
- Entre.
Não gaguejei, ótimo. Dei espaço pro coitado entrar e fechei a porta, o guiando até a sala.
- Fique a vontade. Quer alguma coisa?
- Obrigado. Quero sim...
- O que quer? Água, refrigerante...?
Sou um menino certinho, não bebo nada que contenha álcool... ATA. Mas é que não tinha nada com álcool pra oferecer mesmo.
- Água, por favor.
- Já venho.
Deixei ele ali na sala e fui pra cozinha, pegando um copo de água e levando pra ele, me sentando ao lado do mesmo no sofá.
- Então... que papo foi aquele? É sério mesmo? Não é algum tipo de brincadeira entre você e seus amigos não, né? Porque se for... tenho pena de você e dos seus dentes perfeitos.
- Calma, Kyungsoo!! Pra quê toda essa violência? Não é brincadeira ou algo do tipo, eu realmente sou afim de você, só que você é lerdo demais pra perceber.
- Vai ver o lerdo na tua cara.
- Desculpe, mas é verdade. Até seu amigo, o Sehun, sabe que sou afim de você.
- Eu ainda mato Oh Sehun... enfim, o que quer fazer em relação a isso?
- Bom, creio que essa seja a hora em que a gente se beija, não?
Ok, Minseok está perto demais de mim e eu não sei o que fazer. O cheiro desse filho da mãe é tão bom, tão forte... tão Minseok. Apenas fechei meus olhos e deixei que ele chegasse mais perto, logo sentindo os lábios finos e quentes sobre os meus, me arrancando um leve suspiro de satisfação.
Depois de quase dois anos nessa paixão, que eu julgava ser platônica até minutos atrás, finalmente eu estou beijando Kim Minseok!! E eu achando que não podia ficar melhor, o filho da mãe pede passagem com a língua, pai amado, que delícia.
De um simples selar, evoluiu pra um beijo mais quente, mais apressado, eu já sentia as mãos dele apertarem minha cintura enquanto eu puxava de leve os fios da nuca dele, ficando no colo dele segundos depois, sentindo as mãos curiosas irem mais pra baixo, apertando minhas nádegas com força, me fazendo gemer contra os lábios do mais velho.
- Minseok... segunda porta do corredor.
Falei entre o beijo, agradecendo mentalmente por ele ter entendido de primeira. Me segurei com força nos ombros dele ao sentir ele se levantar comigo em seu colo, não deixando de apertar minhas nádegas com força um segundo sequer, arrancando gemidos e suspiros baixos de mim.
- Céus... você não sabe o quanto eu desejo apertar essa sua bunda com força sem todas essas roupas.
Falou entre o beijo, arrancando de mim um sorriso safado.
- Estou percebendo mesmo... porque não faz o que deseja? Eu não acharia nada ruim, sabe? Até agradeceria, na verdade.
Foi ótimo eu ter dito aquilo, porque a forma com que ele apertou minha bunda em seguida me fez gemer muito alto. Espero não receber uma multa no dia seguinte.
Um tempo depois, senti o colchão macio em minhas costas e logo o corpo do mais velho sobre o meu. A expressão de Minseok e o volume entre suas pernas mostravam o quanto ele me desejava como eu o desejava. Não esperei nem ele se recuperar do beijo anterior e logo já estava puxando o mesmo pra cima de mim novamente, tomando os lábios vermelhos em outro beijo quente e necessitado.
Meio apressado, comecei a retirar suas vestes, deixando o mais velho apenas de boxer e nossa... que boxer, hein. Praticamente babei ao ver Minseok daquela forma sobre mim. Passei meus dedos levemente por sua tatuagem no peito, indo até as costas e arranhei ali com vontade assim que senti as mãos do mais velho apertarem minhas coxas, retirando meu short e minha blusa em seguida, ambos apenas de boxer agora.
- Me diga, Soo... você ainda é virgem ou eu posso ser um pouco bruto com você?
- Minseok... nem a minha cara é de santo. Não, eu não sou virgem, fique tranquilo.
- Ótimo.
Sorri ao ser virado na cama, ficando de bruços pra Minseok, que logo tratou de retirar minha boxer com pressa, me arrancando gemidos altos de surpresa ao sentir tapas fortes em minhas nádegas e logo suas mãos apertando ambas com vontade.
O que veio a seguir poderia ser descrito como "Conheci o Paraíso", pois Minseok começou a me chupar em um lugar que eu sequer sabia ser possível sentir tanto prazer apenas com a língua, bem no meio da minha bunda, conhecido como ânus. E nossa.. como aquela língua trabalhava bem, e quando ele acrescentou os dedos então, gritei de prazer por tamanho tesão que eu estava sentindo naquele momento...
1299
Já nos encontrávamos na terceira rodada de sexo. Minseok era um animal na cama, pai amado. Na primeira vez ele foi até que calmo na cama, distribuindo beijos, mordidas leves, lambidas aqui, lambidas ali, movimentos rápidos, mas leves de certa forma... Na segunda ele quis me foder na sala. Coitado do meu sofá precioso, estava todo sujo de porra, suor e baba. Agora, na terceira rodada, estávamos na cozinha, comigo deitado na mesa e ele sobre mim, me fodendo com certa força, até que finalmente gozamos novamente, pela terceira vez naquela noite.
- Nossa... você é demais, Minseok. Mas eu ainda acho que você não está me fodendo como REALMENTE quer.
Falei ofegante, sentindo ele ainda em meu interior, ambos respirando de forma ofegante e desregulada.
- Ok... vou te foder como eu REALMENTE quero. Só aviso que você não vai pro colégio amanhã.
- Vamos ver se eu REALMENTE não vou...
Mordi meu lábio inferior ao ver a forma com que me olhava e pedi pra que saísse de dentro de mim, logo me levantando e sentindo meu corpo doer por conta de todo o esforço que tinha feito. Sorrio ao ver a situação de Minseok. Seu corpo estava todo marcado de chupões, arranhões, mordidas, seu cabelo uma bagunça, todo suado... eu estava da mesma forma, só que com mais marcas de chupões e mordidas.
- Nem vou tentar esconder essas marcas amanhã, pois teria que gastar muita maquiagem da minha irmã e ela me mataria.
Ri baixinho com o que ele diz e andei pela cozinha, pegando água pra nós dois e lhe entreguei um copo.
- Eu só tenho irmão, e tenho certeza que ele não usa maquiagem, ou seja, não tenho como esconder isso.
Falei apontando pro meu corpo todo.
Deixei o copo vazio na pia e senti Minseok me abraçar por trás, sentindo seu membro levemente duro entre minhas nádegas e sorrio, me virando de frente pro mais velho, envolvendo o pescoço alheio com meus braços.
- Preparado pra ter que faltar uns dois dias na escola?
- Só dois? Pensei que fossem mais...
Essa noite vai ser longa...
1299
Acordei lentamente com o Sol no meu rosto e meu celular tocando sem parar, indicando que eu tinha dormido demais.
- Cacete...
Xinguei enquanto me sentava na cama, sentindo meu corpo todo doer. Olhei pro lado e encontrei Minseok dormindo, me fazendo sorri meio envergonhado por ver ele nu na minha cama, todo marcado.
- Eu dei pro crush... venci na vida.
Murmurei comigo mesmo e voltei a me deitar, gemendo baixinho de dor e fiquei acariciando os fios de Minseok, vendo ele acordar aos poucos e alcancei o celular ao meu lado na cama, nem lembro como eu trouxe ele pra cá, desligando o despertador em seguida, voltando a admirar Minseok acordando.
- Bom dia...
Sussurrei ao ver Minseok acordando, acariciando levemente o rosto dele.
- Hmm.. bom dia, Soo.
Ele respondeu abrindo um sorriso tão fofo que não resisti em selar os lábios dele.
- Dormiu bem?
- Muito bem, pra falar bem a verdade.
Que fofo, nem parece o mesmo animal de ontem.
- Que bom. Quer comer alguma coisa?
- Querer eu quero, mas acho que não vai dar.
- Minseok... estou morto, não consigo nem levantar sem gemer de dor.
- Então por que perguntou se eu queria comer alguma coisa?
- Eu ia dizer onde estaria e você ia lá pegar.
- Entendi.
Rimos juntos e eu me derreti todo quando ele selou meus lábios.
- Agora sim é um bom dia.
Sussurrou contra meus lábios.
Talvez eu possa me acostumar com ele em minha casa todo dia de manhã e com o Sehun de xingando de lerdo cheio dos seus "Eu te avisei!"
1299  
Notas finais: Fico feliz se você tenha gostado, eu me diverti escrevendo e é um dos couples que mais gosto, aproveite bem <3
Descrição do plot: Tudo o que KyungSoo menos gostava no colégio era de Educação Física e como castigo tinha sempre que limpar o vestiário do time de futebol do colégio. Porém sua recompensa veio ao ser encurralado nos armários do vestiário pela sua paixonite - o camisa 10 do time
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eduardope2027-blog · 7 years
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Bem Vindo Ao Meu Blog! Que esses homens (foto) abrange dentro de comum é futebol. Mas, gostaria com realizar certo amante pedido, sobre da Nobreza do Goleiro do Bom Paulo, consolando Renam arqueiro do botafogo depois de jogo, na azarado bola que resultou no 1o. arco sãopaulino.A nobreza so poderia partir com certo homem de carater como Rogerio, e também por isso gostaria que seu programa desse enfase ao feito, destinado a que certo arqueiro tão adolescente, demonstrando agigantado aptidão, não deixe que as criticas levem para as raias do ridiculo, porque tenho certeza que surgi ai um amanhã alegre, e com nivel destinado a compilação de qualquer pais. Consciência seria capaz estar aqui listando as mais com 50 formas com Imigrar destinado a Canadá (e eu também vou te enviar esse material se você estiver cadastrado em minha listagem com e-mails) mas a minha função até este lugar é te ajudar da melhor maneira possível. 1-Quem Sabe -Carlos Gomes;2- Guarani-idem;3-Aquarela do Brasil-Ary Barroso;4-Aquarela-Vinícius,Toquinho,G Morra, M Fabrizio;5-Luiza, Afinação Jobim; 6-Construção-Chico;7-Paz do Meu Amor-Luiz Vieira;8-Detalhes-RCe EC; 9-As rosas não falam-Cartola e 10-Saudosa Maloca-Adoniram Barbosa. Situação deseje saber qual processo que melhor se enquadra dentro de teu perfil, recomendamos procurar por informações no site administrativo de Imigração destinado a Canadá () e / ou contratar os serviços de um especialista - advogado (a) / agenciador com imigração - que atenda às cerimônia prescritas pelo CIC. Geito maneiro e agudo das informações me agrada bastante, assim como a briga amante do Paulista com fantastico Montanhês, que faz com que as vezes no transito, sorrindo sem ajuda no sinal fechado, habitante do automóvel ao ala fica imaginando que sou um louco. Faço pessoas que se sentem estagnadas, perdidas e também até desmotivadas com trabalho a se reencontrarem consigo mesmas, melhorarem suas agilidade, adquirirem novas competências e também então passar pela transformação na atalho, visando a realização e também felicidade profissional transformando sonhos em realidade em menos tempo. Adalberto,sou ouvinte do teu programa, gosto muito do quadro: Quatro em alçada, as rivalidades cerca de Paulistanos, Cariocas e Mineiros, é aparatoso, mas como vocês são formadores de considerações; só Carlos Eduardo Eboli foi afixado na sua opinião/ética. Apresento nesse argumento um mercadoria que toda mulher que se preocupa dentro de remodelar seu organismo aparecia sonhando dentro de adquirir. É um espaço tendencioso … rs…rs…. Para participar dentro de um college (autorização) você vai precisar de certo bom nível de inglês (ou francês, situação sua opção seja Quebec).
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cnsp-blog1 · 7 years
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(Não) dê uma festa
6 de fevereiro de 2016
Ainda estou vivo.
Apreciando meus últimos suspiros.
Primeiro mandamento do Manual Como (Não) Ser popular.
“Não darás uma festa na sua casa. ”
Coisas que você espera que aconteça ao dar uma festa na sua casa:
1. Se divertir muito
2. Fazer tua imagem e conhecer mais pessoas.
3. Beijar, beijar pra porra.
4. Se divertir mais ainda.
5. Comer e beber coisas deliciosas.
6. Ser adorado por todos.
Coisas que você não espera que aconteça ao dar uma festa na sua casa:
1. Ficar bêbado.
2. Encontrar sua casa destruída no dia seguinte.
3. Beijar alguém e não se lembrar quem foi.
4. Novamente, ficar bêbado, bêbado o suficiente para ter apenas memórias mastigadas da noite anterior.
5. Acordar na banheira do quarto da sua mãe abraçado com um rodo.
6. Ter como convidado o cachorro do vizinho. (Eles urinam e defecam pela casa inteira).
Coisas que acontecem com o Min Yoongi quando ele decide dar uma festa:
1. Todos os itens da lista acima.
2. Lei de Murphy.
16:35
Imagine que você já tenha se ferrado de todas as formas possíveis, tanto que é difícil imaginar que algo pior pode acontecer. Aí, quando você menos espera, a vida faz o favor de mostrar que mais uma vez você está errado sobre suas especulações. Eu me sinto exatamente assim nesse momento, e estou me perguntando se na minha cidade tem algum adolescente mais azarado que eu.
Acho que não.
Aliás, acredito que no mundo existem dois tipos de pessoas.
Pessoas 1: As que se dão mal por um bom tempo até que a vida começa a ser generosa com elas.
Pessoas 2: As que as coisas parecem ir bem, então a vida por uma questão de tédio, ou falta de louça para lavar, decide puxar o tapete e foder com a vida delas.
Eu estou no segundo grupo. Ou pelo menos é o que parece até o momento.
E qual vocês querem primeiro? A boa ou a má notícia?
Ah, sarcasmo, não tenho nenhuma boa notícia.
Vou tentar contar o meu grande azar para vocês, só não garanto que durante o processo eu não comece a xingar sem parar ou rasgue pelo menos umas 15 folhas deste caderno idiota, ou... Desmaie de tanto cansaço.
Eu não sei dizer em que horas o meu dia começou, se foi de madrugada no qual eu estava tão bêbado que minhas lembranças sobre essa hora são malditos flashes, ou se foi há uma hora atrás, onde eu acordei abraçado com um rodo. Vou considerar que foi há uma hora atrás, já que meu relógio biológico só considera o dia seguinte depois de eu tirar umas boas horas de sono; então, pode ser meio dia, se eu ainda não tiver dormindo, ainda estou no dia anterior.
Eu fiquei uns quinze minutos embaixo do chuveiro olhando para a parede e pensando nas desgraças da vida enquanto ouvia Namjoon, Hoseok e mais alguém aos risos. Considerei isso um desrespeito ao meu momento infeliz, eles não tinham esse direito de estarem felizes enquanto minha morte estava próxima.
Estressado com os risos escandalosos deles, repassei, ou pelo menos tentei, os momentos em ordem cronológica do que tinha acontecido ontem e fui montando o quebra-cabeça com as informações que meu cérebro tinha guardado e mais as que Namjoon tinha me fornecido.
Eu sei que nas vistas dos outros convidados a festa foi considerada um sucesso, talvez essa seja a única boa notícia já que;
1. Jackson trouxe bebida alcoólica e cabulou a minha bebida e dos outros organizadores da festa para não darmos azia;
2. Jefferson encontrou o caos quando chegou aqui e disse que amanhã (segunda) iremos ter de fazer diversos trabalhos nas aulas que teríamos, Hoseok falou que vai dar tentar dar um jeito nisso;
3. Eu beijei alguém.
Acho que tudo sobre antes das 16:00 horas já está claro para vocês, né? Então, irei contar com mais detalhes as coisas que se passavam das 17:00h para frente.
17:00
Foi nesta hora que eu criei coragem para ir verificar a situação em que a casa se encontra. Muita louça suja, alguns copos descartáveis ainda jogados pela casa — Namjoon, SeokJin e Taehyung começaram a limpar — o chão um pouco sujo, móveis afastados do local rotineiro deles e no total de umas 5 camisinhas no banheiro de visita e nos cantos da casa onde se é possível ter uma foda.
Fiz Taehyung pegar nas camisinhas, eu não ia pegar naquelas coisas nem a pau. Ele colocou uma sacola nas duas mãos e as catou com cara de nojo, nem na hora de limpar o coco do nosso convidado cachorro ele fez uma cara de nojo assim.
— Bom, pelo menos alguém transou nessa merda — Hoseok parou de esfregar o pano no chão para comentar isso, assim que Taehyung se afastou — Eu estava bêbado demais para conseguir sequer achar o zíper da minha calça.
— E mesmo que fosse esse o caso, não acho que você teria feito algo — SeokJin soltou enquanto caminhava rapidamente para a cozinha.
Vi Hoseok friccionar os lábios com desgosto.
Não gosto de fofocas, mas Namjoon me contou que aparentemente Taehyung e Hoseok foram vistos discutindo, e Jimin e Jungkook também.  
Isso levantou seriamente algumas suspeitas no meu cérebro e eu as ignorei com forças naquela hora, continuei a passar o pano pelo chão junto a Hoseok, que limpava melhor que eu.
Até em limpar chão o desgraçado era bom e ele não tinha cara de quem algum dia na vida realmente precisou limpar a casa, já vai sempre ter empregadas(os) para isso.
Tentei o meu melhor para me igualar a ele, uma tentativa sem sucesso. No fim, ele que limpou tudo já que onde eu tinha passado ainda tinha sujeira, mesmo eu tendo achado que já estava limpo.
18:15
Nessa hora meus braços, meus ombros, costas e pernas já estavam doloridos, minha cabeça só não latejava mais porque Jungkook tinha passado aqui e deixado um remédio. Vale dizer que quando ele voltou nem sequer olhou na cara de Jimin. Ao que parece os boatos estavam certos.
Jackson também tinha voltado e foi recebido em meio às gargalhadas por Jimin e Hoseok, vi os olhos dele arderem em chamas.
Apesar de Jackson ter zoado a nossa bebida, Jimin e Hoseok não deixaram barato e colocaram laxante na bebida dele. Jackson às duas horas da madrugada teve que sair às pressas para a casa dele com o braço sobre o estômago e o rosto em um tom de pimenta.
— Isso vai ter volta.
— Volta por quê? Estamos a par agora. — Hoseok cessou a risada na hora e assumiu um tom agressivo.
Lembra sobre a diplomacia? Eu não estava mentindo, os dois se odeiam e se tratam bem apenas para manter um equilíbrio de harmonia.
Hugo também brotou do inferno dizendo que sabia de um monte de podres e tinha visto muitas coisas interessantes durante a noite, e quando passou por mim me lançou um olhar cheio de sarcasmo e malícia. E se esses dois itens fossem um liquido, gostaria que ele se engasgasse.
Mas sobre ele eu não poderia fazer nada. O ponto é: ele sabia de algo e se eu quisesse descobrir teria que andar na linha com ele.
Conforme as pessoas iam aparecendo para ajudar a limpar a casa (Taehyung tinha solicitado ajuda) e acordando, porque sim, ainda tinha gente se recuperando da noitada na minha casa, mais boatos iam correndo;
1. Pelo menos três casais brigaram;
2. Dois meninos que não foram identificados saíram aos murros na esquina da rua;
3. Uma menina ficou seminua e vários garotos tiraram fotos;
4. Três pessoas tiveram que ir para o hospital porque passaram muito mal.
Sobre os casais que brigaram sei pelo menos um, e de qualquer forma, nenhum deles me interessa além de Jimin e Jungkook. Até aproveitei o momento para tentar me aproximar mais de Jimin, cheguei nele com um sorriso quase cínico perguntando se estava tudo bem, mas ele se resumiu apenas a balançar a cabeça, fungar e se afastar de qualquer pessoa que tentava puxar assunto com ele que não fosse o Hoseok, esses dois pareciam estar tramando algo.
Hoseok e Taehyung brigaram de fato, mas ninguém sabe que eles são um casal então vi um grupo de garotas comentando que achavam que o Hoseok e o Taehyung tinham brigado por causa de outras meninas. Vai saber até onde essa historia foi.
Confesso que me senti uma Regina George falsificada quando Jimin se afastou. Minha primeira tentativa consideravelmente filha-da-puta de me aproximar dele em um momento delicado como esse falhou de uma forma magnífica. Talvez meu horóscopo da semana passada estivesse certo; eu nasci para ser o nerd excluído da escola, e não a protagonista de Meninas Malvadas. Isso porque eu não acredito em horóscopo.
E eu não sei quem escreveu esse horóscopo, mas sim, era isso o que ele dizia.
Mesmo não sendo possível ter total certeza de quem estava na esquina, acredito que um dos caras envolvidos na briga era Nathan, se lembram do que eu disse? Temperamento explosivo e uma festa sem Nathan saindo nas porradas com alguém, não é uma festa. Ouvi Hugo dizendo que tinha sido Jackson enquanto eu estava na cozinha pegando café para Regina — sim, a desgraçada tinha me feito ir buscar café para ela já que estava “ocupada” limpando o sofá e socializando com Nayeon.
De início não tinha feito muito sentido a história Jackson e Nathan brigarem, mas logo depois descobri que assim que foi noticiado que alguns meninos tinham tirado a foto da garota semi-nua, Jackson foi atrás de cada um e os fez apagar.
E como isso se interliga? Nathan também é o tipo de cara que tira foto de garotas que não estão em plena consciência de seus atos, mais um motivo para Tyler o acompanhar em todas as festas, só que dessa vez por infelicidade, Tyler também foi uma das vítimas da bebida zoada.
Pelo menos para isso o Nathan soube usar a inteligência, uma pena isso ter sido para fins de um ato ruim. Mas quem sou eu para falar disso?
Só que aqui vai um conselho de Min Yoongi: Você vai morrer um dia, mas não morra sendo o cara que faz a sacanagem de tirar foto de uma garota em uma situação ruim.
Para caras desse tipo, existem caras como Jackson que apesar de toda idiotice sabem que isso errado, e afinal, se até caras como Jackson acham isso um absurdo imagina o nível de caras que tem a coragem de fazer coisas assim?
Depois desse caso que me deixou meio perturbado eu até apaguei o vídeo de Hoseok com Taehyung, só não contei isso para ele, não naquele momento. Eu sei que isso ia me pôr em uma situação de grande desvantagem, mas a coisa da menina me deixou com a consciência tão pesada que percebi que não valia nem a pena ganhar popularidade em cima de um jogo tão baixo.
Não ouvi muitas informações sobre as traições, só escutei SeokJin contando sobre isso para o Namjoon, quando eles perceberam que eu estava ouvindo a conversa trataram de mudar de assunto, olhei para Namjoon com ódio e esperança ao mesmo tempo, talvez depois ele me contasse, só que é algo meio difícil já que agora SeokJin oficialmente era amigo dele, já estava até chamando dele de Jin! Pode isso?
Aposto que o “Jin” ele deixa ser o Batman!
E sobre os azarados que tiveram que ir para o hospital, Regina se responsabilizou por eles já que ela estava de carro, tem carteira e não estava bêbada, garantiu que deixou todos em casa depois que tiveram o devido atendimento e só voltou a festa para buscar as amigas dela, depois foi para casa.
Hugo não deve ter gostado muito disso, não tinha nada ruim sobre ela para ser fofocado.
Tirei conclusões boas e ruins dessa festa. Bom, as pessoas não são tão babacas quanto parecem e gente tipo Jackson e Regina também tem lados positivos e eu devo julgá-las menos.
Depois de todo esse discurso encerro aqui o momento Min Yoongi legalzão.
19:56
A casa agora parece normal, acho que a Dona Morte não deve estar muito feliz, minha morte não está mais próxima. E se vocês vissem ela algumas horas atrás e neste exato momento não iriam acreditar que se trata do mesmo local.
Hoseok, Nayeon, SeokJin e Regina tem uma habilidade e tanto para limpar casas.
Eu, Taehyung, Jackson e Jimin fomos do tipo que atrapalharam mais do que ajudaram. Uma hora Regina jogou uma sapatilha no Jackson porque ele estava deslizando pelo chão molhado junto com Taehyung.
— Tomara que caiam de fuça no chão e engulam os dentes — ela praguejou passando o rodo pela água — E saiam daqui antes que eu jogue a outra.
Era só Jackson e Taehyung que estavam fazendo bagunça, mas ela olhou feio para mim, Jimin e Hugo que também estávamos por perto, mesmo sendo a minha casa eu decidi sair de perto e deixar ela limpar.
— Bom, espero que sua mãe não perceba nada de estranho depois de todo esse nosso esforço — Nayeon falou quando eu apareci na varando após Regina me expulsar de dentro de casa, Hugo já estava sentado ao lado dela em um dos sofás que minha mãe resolveu deixar na varanda porque, segundo ela, decorava bem.
— Se usarem os produtos certos minha mãe raramente vai perceber, ultimamente ela quase não anda parando em casa — me sentei no chão com as costas descansando sobre a parede, nesse ponto eu não aguentava mais ficar em pé.
No domingo, sem dúvidas, esse foi o único período de tranquilidade que tive.
Jackson tinha passado na cozinha para pegar a garrafa de café — foram feitas umas quatro garrafas de café — e Jimin trouxe pequenos copinhos descartáveis, ele se sentou à minha frente, encostado em uma cerquinha que rodeava o resto da varanda.
Reparei as fortes bolsas em volta dos olhos dele e também o olho pesado de sono, um olhar vago e distante, até que ele capturou o meu o observar e retribuiu isso com um sorriso que não consegui decifrar nenhuma mensagem por trás.  
Nayeon pegou café para mim e me entregou, mesmo não estando com humor para mais café, aceitei automaticamente e fui dando bebericadas, Jimin parecia estar fazendo o mesmo que eu.
— Regina costuma ser tão amorosa, mas é ela se concentrar em algo parece que baixa o satanás no corpo dela — Jackson falou para Jimin ou qualquer pessoa que estivesse afim de comprar algum assunto aleatório.
— Amorosa não sei onde — retruquei, mas pelo visto ninguém ligou.
— Meu irmão também é assim, ele é um bom garoto até você ir conversar com ele quando ele está na frente do computador jogando algo — Nayeon falou, ela era o tipo certo de pessoa para esse momento, adorava jogar papo fora.
— Quem é seu irmão? — Jackson perguntou.
Todos olharam para ela com uma pequena curiosidade.
— Namjoon.
Jackson analisou a resposta por uns segundos, será que ele conhecia até os alunos menos populares da escola? Ou se limitava apenas a saber o nome das pessoas que estavam no mesmo patamar que ele?
— É aquele garoto que esta andando com o SeokJin?
É, pelo visto ele tinha ao menos uma noção de quem era.
— Sim — Nayeon e Hugo responderam juntos.
— Ah, ele parece legal — Dessa vez Jackson estava falando apenas por falar.
— Ele é, se você não for o melhor amigo dele — Tentei entrar na conversa de novo.
E aqui estava, eu e outras pessoas que tirando a Nayeon jamais estaria travando uma conversa, ou melhor, jogando papo fora, ainda mais o assunto sendo Namjoon, meu melhor amigo.
— Ele não é legal — Nayeon falou rindo.
— Tenho que concordar — Hugo falou.
— E eu tenho que concordar com o Hugo — Continuei a brincadeira.
Jackson e Jimin sorriram com a conversa. Finalmente algo tinha subido o astral de Jimin. Jackson passou a mão na cabeça dele de forma brincalhona e se confortou mais na cerquinha.
— Foi mal por ter colocando remédio na bebida de vocês.
Ah, tinha sido remédio? Eu jurava que era quantidade em excesso de álcool.
— Sinceramente, isso foi muita sacanagem — Respondi.
Jackson riu e abaixou o rosto.
— Acho que para você eu nem devo pedir desculpas, quem te ferrou foi o Jimin, ele até adiantou meu trabalho, acabei rindo um bocado com Nathan quando a gente viu Jimin levando você junto para a fossa.
— Pau no cu.
Ele riu mais ainda, Jimin sorriu e deu dois tapinhas no ombro de Jackson.
— Eu te perdoo, afinal eu também coloquei laxante na sua bebida
Hugo e Nayeon desataram de tanto rir, Taehyung que tinha chegado na varanda naquele momento mesmo sem saber o assunto começou a rir junto com eles e perguntava o que tinha acontecido.
— Sério o que foi? — Ele perguntava e ria, não o culpo a risada de Hugo e Nayeon estava contagiando todo mundo.
No final, estavam seis idiotas rindo de qualquer coisa e um deles nem sequer sabia o motivo da risada.
— Por que a gente está rindo? — Jimin perguntou em certo momento.
Depois que ele parou de rir, se deitou no chão do jeito que pode e caiu no sono.
As risadas foram cessando, Jackson também se deitou no chão com o braço em cima da testa, ele diferente de Jimin não dormiu e ficou apenas calado mordiscando a beira do copinho de plástico, e eu entrei para o grupo dele, os que se reservaram a ficar preso apenas na mente.
Hugo, Nayeon e Taehyung começaram a conversar sobre coisas que tinham acontecido na festa, falaram sobre o caso da menina que tiraram foto, Taehyung disse ainda suspeitar que algum menino tem foto, Jackson se pronunciou só nesse momento para falar que se a foto saísse ele ia quebrar a cara do desgraçado que fizesse isso. Depois Hugo conseguiu mudar propositalmente a conversa para as brigas que rolaram, Jackson pareceu incomodado e fingiu estar tentando dormir, e ele não foi o único que se incomodou, Taehyung estava sorrindo e o sorriso foi se perdendo.
— Fiquei sabendo que você e o Hoseok tiveram uma discussão por causa de umas meninas, é verdade isso? — Hugo tomou a liberdade de perguntar.
Taehyung não gostou da pergunta, mas agora estavam todos o encarando, até mesmo Jackson tinha se interessado nisso, ele não era o tipo de pessoa arrogante, não iria dar uma resposta rude e nem deixar Hugo no vácuo.
— Não... — Ele respondeu com um tom amigável, mas forçado — Foi coisa boba, porém, ainda estou com raiva dele. Não quero falar sobre.
Hugo ia perguntar algo, só que Nayeon sem perceber salvou Taehyung ao falar sobre o cabelo dele e como ela tinha o achado bonito, Hugo acabou me encarando ao tentar se afastar da conversa.
— Ouvi que você por outro lado se deu bem na festa e ficou com alguém — Hugo comentou.
Olha esse aí faz jus ao cargo que tem no conselho da escola, nunca vi alguém gostar tanto de “informações” como esse aí, nem Namjoon é assim. Na verdade, Namjoon gosta de compartilhar informações, e não distribuir fofocas.
— Também ouvi... — Eu não ia mesmo dar corda para ele e nem ser simpático como Taehyung tinha sido, mas me lembrei que ele provavelmente sabia demais coisas — Porque o interesse?
— Você não se lembra quem foi, né? — Ele falou, senti um tom de deboche na voz dele.
— É... — Assumi com o orgulho ferido.
— Bom, naquele horário que você estava enfurnado no quarto da sua mãe, tenho foto de pelo menos quatro pessoas passando por lá.
— Quem?
— Jimin, seu amigo Namjoon, Hoseok e Taehyung, mas com certeza outras pessoas foram lá, vi algumas entrando e saindo do quarto da sua mãe, foi lá que aconteceu, né? — Ele fez uma pausa tentando se lembrar de mais coisas — As que eu me lembro são essas mesmo, acho que vi Tyler também, mas ele só estava procurando o irmão.
Agora eu só estava torcendo para ter acontecido uma coisa: Jimin entrado naquele banheiro e me beijado.
Olhei para ele e Hugo acompanhou meu olhar, ele sorriu malicioso.
— Pelo que fiquei sabendo ele e Jungkook discutiram por causa de Taehyung — ele falou baixo apenas alto o suficiente para que eu ouvisse.
— Como assim? — Perguntei.
Antes que Namjoon aparecesse pedindo para a gente ajudar ele e SeokJin a encontrar o celular de alguma menina, Hugo me contou que Jungkook em algum momento da festa segurou a mão de Taehyung, Jimin como é ciumento tomou isso como ofensa e provavelmente foi fazer a cabeça de Hoseok para ele ficar com raiva de Taehyung também, e deu no que deu.
Eu vivo na quarta geração de Skins e nem sabia.
Tentei dizer a Namjoon que não havia celular algum na casa, já que havíamos arrumado ela e ninguém encontrou nada. Mas Namjoon é tipo mãe; e com mãe não se discute. Acho que nem preciso dizer que foi perda de tempo. Geral saiu da sua zona de conforto e foi procurar por um celular que 40 minutos depois foi encontrado, na casa da garota que havia perdido ele.
Jimin parecia um zumbi procurando pelo aparelho. O cara já nem tem olhos direito, agora com eles inchados e com olheiras ele parece o Fofão.
Ainda assim continuava lindo.
Gostaria de separar um cantinho aqui no meu manual para fazer teorias de como Park Jimin consegue ser tão crushável, mas infelizmente todas as minha hipóteses terminam em; Simplesmente porque ele é Park Jimin, e isso basta pra todo mundo.
Jungkook é um cara de sorte, mas se Deus, ou qualquer outra força divina, quiser, essa sorte vai ser repassada pra mim. E sinceramente eu não tô nem um pouco preocupado com o fato de eu estar alucinando uma vida ao lado de Jimin, se eu não conseguir namorar com ele na vida real, faço ele no The Sims.
Teríamos uma família linda; três filhos e quatro cachorros, contando com o Hugo.
Infelizmente, ou felizmente, não sei ainda, não consigo parar de pensar no que o Hugo disse mais cedo. Das quatro pessoas, ou cinco contando com o Tyler, que passaram a menos de 2 metros do quarto da minha mãe na noite passada, uma delas, provavelmente, foi quem enfiou a língua dentro da minha boca. Ou eu que enfiei a língua? Não lembro mais, só lembro que foi bom.
Na verdade isso depende de quem foi a vítima, porque se foi o Namjoon, o Hoseok e até mesmo o Taehyung, o beijo foi péssimo. Mas aí vem o título do meu próximo livro;
As Teorias de Min Yoongi; motivos básicos para não ser Namjoon:
1. É o Namjoon.
2. Ele e SeokJin provavelmente foram os únicos que ficaram sóbrios na festa, não teria motivos para ele me beijar, a não ser que o mesmo esconde uma paixão platônica pela minha pessoa, e convenhamos que isso é impossível.
3. Ele passou a festa toda com o amiguinho do Hoseok, o tal SeokJin que ainda acho um ser humano descartável desse mundo.
4. Como eu disse, é o Namjoon.
Motivos básicos para não ser Jung Hoseok:
1. O cara me detesta, e não ser que a minha vida vire o filme Dormindo com o Inimigo, não tem motivos plausíveis para ele me beijar.
2. Ele ama o Taehyung, eu acho.
3. Se ele tivesse me beijado provavelmente estaria jorrando álcool, desinfetante, cândida, ácido sulfúrico, o que for, na boca pra ver reverter a situação. E hoje ele só bebeu refri e café.
4. Como ele mesmo havia dito; estava bêbado demais para sequer achar o zíper de sua calça.
Motivos básicos para não ser Kim Taehyung:
1. Eu e ele não temos laço algum, nem de amizade, e nem de inimizade, acredito eu. Então não teria motivos pra ele me beijar. Isso me faz pensar uma coisa: Ninguém tem motivos para me beijar, mas mesmo assim uma delas fez isso. Então cancela toda a lista e vamos começar com uma nova.
Motivos (talvez inexistentes) para Namjoon me beijar:
1. Nenhum.
Motivos (talvez inexistentes) para Jung Hoseok me beijar:
1. Nenhum.
Motivos (talvez inexistentes) para Kim Taehyung me beijar:
1. Cacete, nenhum também.
O que me leva a lista mais interessante e talvez a única cabível daqui:
Motivos (talvez existentes) para Park Jimin me beijar:
1. Ele, segundo Jackson, me levou junto com o tal remédio na bebida. De acordo com o meu conhecimento intermediário em séries e filmes adolescentes e nada realistas, uma pessoa só faz isso com outra por dois motivos; para pegar ela, ou para matar ela. E bom, eu ainda respiro. Menos perto dele. (ZOEIRA)
2. Os boatos de que ele e Jungkook brigaram na noite passada tomou mais forma hoje pela manhã quando os dois sequer se olharam. Pode ser que Jimin me usou em um momento de raiva ou carência e supostamente tropeçou com a boca na minha. Se Jimin tiver me usado, adoraria ser usado mais vezes por ele. (ZOEIRA DE NOVO)
3. Ele pode estar namorando Jeon Jungkook apenas para esconder o fato que é terrivelmente apaixonado por mim. E é claro que eu já estou viajando demais.
Tudo indica que foi Jimin, e estou tentando descobrir desde então se isso é algo bom ou ruim visto que eu tecnicamente furei o olho do Jungkook — não que eu veja problema nisso — e ele, e toda a panelinha de atletas com forças consideravelmente maiores que a minha, ficariam, no mínimo, enfurecidos comigo e minha sentença de morte seria anunciada.
Depois do não desaparecimento do celular de uma garota também não conhecida por mim, todos nós nos reunimos na sala. Parecia que depois da noite passada, a terceira idade havia chegado mais cedo para todos nós. Todos estavam cansados, até mesmo Hugo que não fez porra nenhuma.
— Aí, eu não estou nem um pouco afim de fazer os trabalhos que o Jefferson vai passar amanhã. — Reclamou Taehyung, iniciando uma nova conversa e deixando o papo de “como galinhas conseguem ser mais barulhentas que patos” de lado.
— Não os faça. — Hoseok deu de ombros encostado no sofá, provavelmente essa foi a única interação que os dois tiveram hoje. A criatura é tão folgada que além de estar praticamente deitado no meu sofá, estava com braços esticados atrás da cabeça, olhando para o teto. — Vamos cabular a aula amanhã.
— E fugir da punição? — Perguntei com sarcasmo já que estava claro que se não a cumprissemos amanhã, faríamos outro dia.
— O que tu acha, Branca de Neve? — Ele revirou os olhos e a um uníssono de risadinhas preencheu a sala, até mesmo o traidor Namjoon riu. Esse povo realmente acha que pode vir na minha casa pra ficar zoando comigo?
— Branca de Neve? Que merda é essa agora? — Regina abriu a boca. Quase mandei ela ir limpar o sofá de novo porque estava claramente sujo, mas Hoseok me interrompeu.
— Pelo que eu saiba, a princesinha aqui foi beijada enquanto estava inconsciente, ou quase isso. O que resta saber agora é se foi um príncipe ou um dos sete anões. — Ele riu.
Realmente admiro muito o tamanho da cara de pau de Jung Hoseok. Mas eu também sei ser tão filha da puta quanto.
— Pois é, e se tua "namoradinha" foi o príncipe ou um dos sete anões nunca saberemos, né?
Vejam que eu enfatizei o namoradinha.
Hoseok fechou a cara e a galera soltou um “Ohhh” típico de tetra enquanto riam. Taehyung, ao contrário do que eu pensei que faria, nem se pronunciou, na verdade ele riu, o que deixou Hoseok ainda mais puto.
Terceira Lei de Newton, Hoseok. Toda ação tem uma reação. E nesse momento fiquei feliz por finalmente ter calado a boca dele, e talvez, mas só talvez, ter achado seu ponto fraco; Kim Taehyung.
— Mas qual é o plano sobre amanhã? — Jimin retornou ao assunto, cortando meu momento glorioso de ter vencido Hoseok nessa pequena partida de alfinetadas. Ele estava ajudando a encobertar Hoseok, eu consegui perceber isso de cara.
— É só não ir, galera. Vamos pro parque ou pro shopping amanhã em vez de ir pra aula que tá tudo certo.  — Jackson revirou os olhos e Hoseok assentiu em concordância. Talvez o fato de não se darem bem não queira dizer que não pensem da mesma forma.
— Claro, vamos fazer isso, aí o Jefferson vai avisar nossos pais e além de pegar um castigo daqueles ainda teremos de fazer os trabalhos. — Resmungou Taehyung, deitado no chão em frente a lareira, que por sinal estava desligada, fiquei tentando descobrir o motivo dele estar deitado lá.
— Ele não vai ligar para os nossos pais e dizer “Oi, seus filhos não vieram para a aula hoje porque ontem eles fizeram uma festa e quando eu fui lá ver, tinha bebida, música mais alta do que o permitido, cachorros e pessoas quase transando na frente de outras. Não, eu não acabei com a festa. É claro que eu fiz alguma coisa! Ia passar trabalho pra eles hoje…” — Regina fez uma breve imitação de Jefferson e foi inevitável até pra mim não rir daquilo.
— Então fechou, vamos matar aula amanhã. — Disse Jimin consideravelmente mais animado. — Mas alguém avisa o Jungkook.
— Como vocês estão? — Hugo perguntou já pegando o celular na mão. Alguém passa um óleo nessa cara de pau, não é possível que ninguém aqui tenha tomado um pouco de semancol pelo menos uma vez na vida.
— Estamos numa rota de fuga de você, Hugo. Vê se me erra.
— Caramba, que bom que eu já terminei o colégio. Deus me livre de vocês. — Nayeon riu.
— Eu não acho uma boa ideia — Disse SeokJin que parecia ser bem mais amigável de boca fechada.
— Eu concordo com o Jin. — Namjoon, o traidor, fazendo umas uma de suas traisisses, e sim, eu acabei de inventar essa palavra, até porque se Deus criou Namjoon no mundo eu posso criar uma palavra feia também. Fim de papo. — Isso vai dar ruim, ainda mais se nos pegarem.
— Então vá pra aula e faça todos os trabalhos que ele mandar fazer. — Hoseok se levantou e procurou o celular com os olhos, o encontrando no outro sofá. — Aproveita e diz pra ele que trouxeram mais entorpecentes pra festa, já que mais cedo ou mais tarde ele vai ficar sabendo.
— Ninguém que está nesta sala vai amanhã. Vamos pro shopping disparar os alarmes dos carros no estacionamento e sair correndo. — Regina sempre compartilhando conosco ideias úteis e totalmente maduras.
— Tirando a parte dos alarmes dos carros, eu tô com a Regina. Ninguém vai, todo mundo se safa. 7 horas na frente do portão. Avisem sobre o plano no grupo do whatsapp. Tô vazando. — Avisou Hoseok já dando as costas para nós e dirigindo-se a porta.
— Espera que eu vou junto! — Avisou SeokJin e logo estavam todos de pé para irem embora.
Confesso que amo paz e harmonia, coisas totalmente contrárias as pessoas que estão na minha sala, mas estava me acostumando tanto com o clima cômico e infantil deles que senti um pequeno aperto enquanto saíam pela porta.
Aperto esse que se intensificou ainda mais quando Jimin, o último a sair, me parou em frente de casa, depois de me despedir dos demais.
— Preciso falar com você depois. É um assunto sério, então sem Namjoon, sem Nayeon e sem Hoseok.
— Tá, é sobre o que? — Perguntei com o nervosismo mais conhecido como o cu na mão.
— Até amanhã, Yoongi.
E foi só isso. Ele saiu me deixando plantado em frente o portão segurando uma bomba daquelas. Meu coração acelerou e pareceu apitar quando vi o carro dos meus pais virar a esquina.
Eu não estou bem.
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