Tumgik
simple-past · 8 months
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simple-past · 9 months
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simple-past · 2 years
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tem uma pequena frase rondando meus pensamentos que as vezes chega perto dos lábios, mas se disfarça as vezes ela é "eu gosto muito de ti" por vezes ela parece com "chegou bem em casa?" frequentemente ela se passa por um sorriso mas eu sei quem ela é tem uma pequena frase tentando sair daqui de dentro mas sair é um ato de coragem e se ela sair e não conseguir voltar? o mundo é um lugar selvagem pode ficar aqui dentro mais um pouco, está chovendo lá fora tem uma pequena frase rondando meus pensamentos mas eu tenho medo medo da pequena frase ser tão grande e não caber dentro do peito medo do pequeno instante ser tanto que não suporte o peso de cada palavra medo de encontrar o caminho de volta essa pequena frase transborda pelos meus olhos flutua pela minha pele exala pela minha respiração um pequeno sentimento que me contém uma pequena frase que me toma inteira um pequeno eu te amo que nunca é dito, mas é sempre sentido
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simple-past · 2 years
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Sentada ao lado da árvore solitária no alto da colina eu pensei como seria ser a Pocahontas, e ser aconselhada por uma árvore avó que cuida de mim. Esse sentimento de cuidado é tão desconhecido, faz total sentido minha mente fantasiar uma árvore que faça esse papel.
Mas nesse momento eu só crio mundos melancólicos, que de qualquer forma ainda são uma realidade menos assustadora que o vazio. O silêncio é tão agradável, apesar de o silêncio da natureza ser caótico e pouco quieto.
Eu sempre gostei mais do modo noturno, tanto no computador como na vida. E no momento que a árvore perguntou qual seria meu maior medo, eu de fato não soube responder. Tantos medos, tantos assombros, mas no leito do meu medo eu sou paz. O medo é sempre sobre o desconhecido, e o desconhecido me agrada.
Sentada ao lado de uma árvore imaginaria, falando sozinha e tentando entender as lições de moral que eu mesma tento me passar eu tentei ser alguém que não sou.
Eu me deixei entre as páginas três e quatro daquele livro do Paulo Coelho que fala sobre o sonho que sempre esteve ali mesmo, sob o céu estrelado de Andaluzia. Eu me esqueci naquela história triste, e ainda não voltei para me buscar.
Eu quero me deixar ali mais um pouco... só mais um pouquinho.
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simple-past · 2 years
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Nem toda necessidade esconde uma falta, sabe.
E no mais clichê dos momentos eu deitei e observei a sombra que meus pés na janela faziam na parede. As vezes eu sinto falta de tocar no infinito.
Se eu pudesse tocar o céu todos os dias, com certeza o veludo seria igual ao do teu sorriso. Seria algodão doce, igual teu beijo no meu pescoço, enquanto vestida com tua camiseta eu lavo a louça.
Nem toda necessidade é uma falta.
Necessidade e falta são conceitos opostos, pois necessito o que faz bem... e a falta dói, sabe? Poesia é necessidade.
No mais clichê dos momentos eu deitei com meus pés na janela, ouvindo um love metal da adolescência e sentindo a poesia fluindo pelo tempo que transborda pelas frestas.
Poesia é necessidade que não dói, que enche os olhos, os dedos e a pele. Que é visível no rosar da bochecha envergonhada ao receber um elogio. Que está presente no mel dos olhos ao perceber o doce no olhar do outro.
Deitada vendo o subir da lua eu fui poesia, e fui feliz. O tempo escorreu pelo quadro da janela. Virou poesia. Deixou um beijo plantado na minha testa, um sorriso no meu rosto. 
Se tu fores poesia, te necessito. Se tu fores poesia não seja falta.
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simple-past · 2 years
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No alto da colina havia uma árvore solitária, que assombrava meus sonhos por algum tempo. Em sua imponência verde, seus dedos tentavam tocar o céu todos os dias, mas apenas durante a noite as estrelas deixavam gotas de luz cair pela copa da velha árvore.
No alto da colina a árvore solitária recebia o vento do horizonte, via o sol deitar e a lua nascer, via o céu chorar, via pessoas passarem e voltarem. Via a dança dos pássaros, que cantavam para seus carinhos distantes.
Ao lado da árvore no topo da colina eu sentei e observei, mas meus olhos não viam a mesma beleza... meus olhos em movimento procuravam a excitação em cada segundo. Enquanto a árvore paciente se deleitava com o escorrer do tempo pelos segundos.
O mesmo tempo que passa pelos meus cabelos, também toca as folhas da velha árvore. Mesmo tempo, mesmo céu, mesmo vento sobre o horizonte. Diferente a falta de vontade de deixar o tempo passar sem o extraordinário.
Em seus tantos anos, a árvore não conseguiu entender a vontade humana. Entretanto ela me olhou e perguntou: qual teu medo?
- Nem eu sei.
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simple-past · 2 years
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Mesmo as nuvens não conseguem esconder o azul do céu, nesse dia de lua cheia. Mas sabe, depois da tormenta sempre vem o sol... e eu te aguardo ansiosamente.
Mesmo quando no teu ventre eu padeço nas chamas, e me derreto com gosto no teu calor. Aguardo teus raios tocando minha pele nua, deixando uma trilha de calafrios por onde passa.
Te aguardo ansiosamente, meu sol. Aguardo teu calor escorrendo pelo meu peito, pulsando entre as minhas pernas, enquanto teus lábios mal conseguem deixar os meus.
Depois da tormenta o sol sempre aparece. Mesmo que a lua esteja linda lá fora, eu te aguardo ansiosamente.
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simple-past · 2 years
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Eu que estou aqui, querendo estar aí. Querendo o vento que aí venta diferente, querendo o cheiro que aí é nosso, e aqui é agridoce. Eu que estou aí, querendo estar lá, aqui, acolá. Eu que queria estar onde o vento está, onde o mar quebra, onde o dedo toca, onde a mão não alcança. Eu que aqui olho pela janela, e lembro do teu horizonte. Eu que queria estar em todos os lugares e em lugar nenhum, passo horas viajando e pensando que em algum lugar eu sou vento, e sendo vento eu beijo teu rosto todos os dias.
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simple-past · 2 years
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Os meus sentidos são facilmente confundidos quando meus olhos se agradam do que enxergam. Meus olhos se deleitam no sol, onde a água evapora e volta a se encontrar com o ar, lugar de onde eu nunca saí. Meu tato sente pele, meu paladar concorda com o aroma e minha arte se espalha pela sala como se nunca fosse preciso juntar os pedaços e guardar na lembrança.
Minha arte dança pela sala, ouvindo aquele blues fingindo que era cult. Minha arte dança pelos cantos da tua pele, recorrendo a todos os artifícios necessários para te convidar a dançar comigo. Eu acordei querendo te pedir em casamento, para fugir comigo em uma estrada longa e plana, com as mãos para fora sentindo o vento contra o carro. Eu acordei querendo reafirmar que eu sou o vento, e que o vento não se deixa prender. Mas eu me deixo, eu me deixo prender e aos poucos eu vivo mais a tua arte do que a minha.
Hoje eu acordei sabendo que o caminhante do céu não tem destino, e isso não é mais melancólico, pois nas minhas muitas paradas eu encontrei teus dedos e o profundo dos teus olhos de águia.
Meus sentidos se confundem facilmente com os teus, quando eu deixo de ser eu para entender o teu.
Mas hoje eu deixo de ser você, e eu lembro de quem eu sou.
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simple-past · 2 years
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Independente do cenário, eu teria escolhido navegar contigo. Em todos os teus mares, e na tua plenitude azul, assustadora.
Eu queria por dois segundos ver a beleza do mundo através dos teus olhos de águia, que distorce a realidade que o caminhante vê por baixo das árvores.
Em todos os momentos eu escolhi estar intensamente no teu seio, percorrendo teus caminhos sem pressa, sem hora.
Em qualquer momento eu teria escolhido te ver com a tua aura brilhante, iluminando meu caminho. Tuas ruas tortuosas me assustam e eu paro no meio da estrada para observar se teu ventre é meu lar, mas e eu tenho um lar?
Meu lar é a terra, o ar, o fogo e talvez a água. Meu lar é onde tu quiser estar. Meu lar é caminhar, é explorar e vigiar. Teu lar é voar. Poderia a águia e o caminhante coexistir na mesma jornada?
Dadas as circunstâncias, eu escolho me deixar levar, escolho não escolher.
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simple-past · 2 years
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Um tronco de madeira senta ao lado da fogueira, olhando firmemente para a língua feroz do fogo que consome suas irmãs. Logo será sua vez, mas qual seria a angústia que um tronco de madeira sentiria ao olhar as labaredas violentas que lhe ameaçam com vigor?
A chama observa atentamente e percebe a possibilidade de não mais ser fugaz. O tronco segue esperando pacientemente para ser devorado até apenas cinzas restarem de seu corpo que já foi mutilado e reduzido... mais de uma vez. Sentado ao lado do seu mundo que pega fogo, olhando pela janela e observando as estrelas, o tronco espera sua vez. Olha para a sala e vê ao seu lado uma menina sentada com as pernas cruzadas, um allstar desbotado, olhando para a dança hipnótica das chamas que lhe ameaçam. Nesse breve momento ambos entendem que a vida é um sopro, um momento. E de toda a forma, não é a intenção de nenhum ator desta cena mudar a composição dos fatos. A menina quer continuar vendo a dança hipnótica, apesar de contar a todos que tal ato serve apenas para manter seu calor corporal. O tronco não vê função em sua mutilada vida, e as chamas... as chamas desejam consumir tudo. O tronco, a menina, a melancolia, o coração pulsante. A chama tem sede, a menina tem o deslumbre em seus olhos, e o tronco... o tronco tem esperança que as chamas o devorem logo.
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simple-past · 2 years
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deitada eu olho para o teto
e imagino como seria se ele fosse feito de estrelas
antigamente eu colava pequenos adesivos
que brilhavam quando a luz apagava
eu me perdia naquele brilho artificial
e hoje me perco no escuro
deitada eu abraço meus pequenos ombros
escorrendo em gotas pesadas pelas paredes
nesse dia sem lua o brilho se esvai
e deitada eu imagino como seria não sentir mais tamanho escuro
deitada eu olho para o teto
e nesses amores fugazes eu me desfaço
escorrendo pela minha existência
e em gotas pesadas eu me deixo
o escuro tem cores diferentes
para quem enxerga o mundo com os olhos da solidão
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simple-past · 2 years
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A velha casa dos pais
Seu nome pouco importa, mas eu quero deixar aqui registrada sua história.
Era uma menina de classe média, que quando criança morava em uma casa no interior. A casa não era lá essas coisas, mas tinha tudo que precisava ter, e seus pais providenciavam tudo que a casa precisava para manter todos os seus integrantes felizes e saudáveis. Era uma casa de madeira, com uma pintura que lembrava casas rústicas, mas a sua mãe tinha uma maneira peculiar de decorar o local. Para a menina, de uma certa forma era brega, mas era tão sua casa, que se fosse diferente não seria aconchegante.
Havia uma variedade de estilos, e era possível ver que essa variedade se dava pelo momento que a moda seguia quando tal decoração foi comprada. Como seus pais não conseguiam comprar as coisas para a casa de uma vez só, era possível ver uma linha do tempo ao andar pela casa. O sofá era de uma época onde os marrons estavam na moda, a estante da TV já era mais moderna, com madeiras expostas e lugar para a TV ser pendurada na parde.
A cozinha era alegre, com decorações típicas: potes com folhas verdes pendendo de um armário alto que ninguém naquela casa alcança - como as plantas sobreviviam? - muitas portas que dentro guardam uma desorganização sem precedentes, juntamente com aquela lata de leite condensado escondido bem no fundo, para que caso alguma visita chegasse (e era essa a desculpa que a mãe usava para comprar tal lata) ela tivesse como preparar algum doce.
A sua vida passou por aquela casa de diversas formas, quando criança brincava sozinha na varanda, com uma boneca bem feia, mas tinha um nome de uma companhia bem agradável. Ela nunca fora de muitos amigos. Na adolescência a varanda foi cruelmente substituída pelo seu quarto, onde ela aprendeu a passar seus dias. Não por ter sido expulsa dos outros cômodos, mas porquê no silêncio do seu quarto havia uma janela que era parcialmente bloqueada por uma árvore de pitanga, onde ela se sentava para ver o céu. Ocasionalmente era possível ver a lua a noite, e olhando para a lua ela sonhava com o dia que teria uma casa inteira para si.
Naquela casa haviam fotografias, que mostravam pessoas que ela nem conhecia... Alguns rostos só era possível ver por fotografia mesmo, e foi assim, que criança mesmo, ela aprendeu que é melhor guardar os momentos bonitos em um papel, pois o tempo passa. Algumas fotografias estavam penduradas pelas paredes, mostrando que aquela casa - além da decoração ímpar - tinha uma leve fascinação pelo passado. Eventualmente as fotografias mostravam novos rostos, eventualmente a decoração ia mudando, de acordo com a moda atual (que logo virava moda do passado... e assim por diante).
Um dia ela finalmente concretizou seu sonho: conseguiu uma casinha para si. Ela julgava ter um gosto para decorações muito mais apurado que o da mãe, mas convenhamos, o que não é brega para mim pode ser brega para você. Então quem sabe, seu estilo seja apenas diferente. Na sua nova casa, ela não deixou um espacinho para a saudade, apesar de ela ter vindo junto mesmo assim. Engraçado, que não é da casa exatamente que ela sente falta, sabe?
Ela sente falta daquilo que apenas a fotografia tem: um momento que era exatamente daquele jeitinho. Pessoas que eram exatamente daquele jeitinho. Ela sente falta especificamente de pessoas que mudaram tanto, que já são outras. E essa é a parte mais cruel do tempo. Pois naquele momento exato houve uma conexão e uma cumplicidade que deixaram uma marca enorme. Deixaram um aprendizado, ou um amor, e com certeza um carinho. Mas essas pessoas não existem mais. Seu corpo habita outros seres, desconhecidos, incapazes de fornecer aquele momento novamente.
Olhar para aquela casa hoje é como olhar para um amontoado de lembranças, e acredito eu, que ocasionalmente a casa dos pais acaba sendo isso mesmo, um amontoado de lembranças de outrora. Ela via esse mesmo sentimento no olhar marejado do pai, quando via o esqueleto vazio da casa que em outros tempos abrigava sua avó. E ela reconhecia o sentimento, mas ainda distante... A casa da vó era um lugar de férias, não tinha histórias do dia a dia para ela, então obviamente não tinha como entender o porquê dos olhos do pai marejarem.
Quem sabe ao olhar, ele via num canto uma época onde brincava com a irmã, naquele outro canto uma briga com seu irmão, no outro ele recebeu um conselho de seu pai, na cozinha sua mãe cozinhava o almoço numa manhã de domingo, na varanda seus primos que vieram de cavalo convidar para jogar bola... e hoje ela vê isso.
Durante toda sua vida houveram tantas mortes, tantos momentos que morreram para deixar outros virem, sabe? Infelizmente as fotografias não conseguem aplacar isso. A fotografia não tem cheiro, voz, não ama. E por mais que tenham pessoas novas em sua vida, as antigas fazem falta. Outro dia ela olhava um seriado tosco, mas o episódio era sobre um amigo que fazia de tudo para salvar o outro, que no final, não retribuiu o carinho que seu salvador teve. Aquilo doeu tanto. Pois ela entendeu que em muitas das suas relações ela amou sozinha.
E como pode isso ser um problema do outro? Quando ele não tem obrigação nenhuma de te amar. Ele não tem obrigação de retribuir o carinho. Mas da mesma forma, conter o fluxo das emoções que tu estás sentindo também é uma violência consigo. Então, ela caiu no conto do amor que ama sozinho. Fadado a solidão, e a tragédia do Romeu que ao acordar viu que seu amor não se encontrava mais ali. Sua vida muitas vezes foi essa tragédia Shakespeariana, ao acordar do devaneio se via na sala sozinha, olhando para sua Julieta morta ao seu lado, sem nada poder fazer para trazer a amada de volta.
A velha casa dos pais é uma tragédia Shakespeariana se tu parar para pensar, um eterno Romeu olhando para a Julieta deitada sem vida, mas também é um sonho de uma noite de verão... encontros e desencontros, e eventuais finais felizes. Mas com o passar do tempo a menina entendeu que apesar da nostalgia e da falta que ela sente dos momentos olhando para a lua na janela, ela entendeu que enquanto ela vivia tais momentos, sua mente estava em um futuro que hoje ela tem. A mente nunca está na casa que está - ou está com 15 anos sentada em uma janela, ou com 26 sentada em um sofá confortável. Construir na sua própria casa um sonho de uma noite de verão quem sabe seja mais fácil hoje, entendendo que a magia da casa dos pais continua lá, e a magia de estar aqui, é também uma forma de viver em um conto.
O que é estar sozinha? E como esse texto é meu, e não da menina, eu não terminarei ele de uma forma bela e poética.
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simple-past · 2 years
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água parada
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queria ser como o mar que vem e que vai sem estar aqui ou ali que com os sentimentos se esvai
queria levar minhas águas para outro canto água parada cria mosquitos água encantada que perdeu o encanto não sou água parada no entanto
eu queria ser como o mar levar teu amor para longe daqui para uma praia deserta em outro país deixar o teu amor por aí
agora que vejo por cima das nuvens para onde minhas águas eu levei percebo que queria saber andar para bem longe de ti
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simple-past · 2 years
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A Tormenta e a Serpente
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tu chegou de mansinho e eu que sou tormenta não te vi chegando devagarinho no olho do meu furacão não vi tua brisa soprando bem baixinho
e de pouquinho em pouquinho tu foi roubando tudo o que eu tinha do meu coração só restava um pedacinho que com um sorriso eu te oferecia
esse poema deveria rimar? ora pois sim, é o que os poemas fazem mas não te contaram? os poemas na boca se desfazem
mas nesse conto eu conto sobre a estranheza da vida da tormenta que se apaixonou pela serpente e pelos seus encantos, foi atraída
nesse conto eu conto como nos teus encantos eu caí e enquanto eu olhava nos teus olhos eu me distraí
fui enrolada lindamente estou ficando sem fôlego esperando pacientemente que tu me chame de "meu amor" novamente
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simple-past · 2 years
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bem sabes que te quero que deitada olho para o teto mas bem sabes que me desespero que me levo com teu afeto nessa página em branco que tenho mil cenários eu faço desde o céu em um desenho até o anoitecer no abraço mas bem sabes que mal sabes e quem sabe seja isso que te excita a primeira página de um livro a expectativa de uma boa escrita bem sabes que não sabes se a história te cativa se será uma trilogia ou um livreto sem narrativa mas essa parte é a que mais me desagrada por mais que isso seja excitante pois não sei o que dentro de ti se passa enquanto cedo o controle relutante meu medo não pode falar mais alto e eu só espero não estar me levando para um caminho que só tu conhece enquanto meu coração continua gritando bem sei que me coração palpita mas bem sei que tenho medo pois tu bem sabes que te quero e que enrolada estou no teu enredo
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simple-past · 2 years
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O Fantasma no Trem
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sentei no primeiro assento acompanhada de um fantasma que ia para a mesma direção seu olhar a frente era intacto e o cabelo comprido mal mexia com o vento em algum momento ele me perguntou pequena menina, por que choras? com o olhar firme para a frente da cabina ora meu bom senhor, choro pois não sou uma conhecedora das funcionalidades dos porquês e dos por quê dos porquês. sua postura impassível, do nada se virou e seu olhar congelante, com ternura me encarou - menina, não é olhando para frente que você encontra é perambulando pela vida que a resposta aponta sentada ao lado do fantasma com um bigode importante com a ternura de um olhar congelante que o trem para lugar nenhum tocou adiante pela janela eu via o verde e então um misto de cores se fez presente sentada no primeiro assento eu deixei o trem me levar e o fantasma de olhar congelante com sua voz cortante, se pôs a falar durante o que pareciam horas contamos diversas anedotas sobre a vida que caminha em voltas e por não saber olhar além das estradas a menina perdeu as cores das encostas o fantasma assumiu faces diferentes para contar histórias de fantasma errante por um momento ele teve um olho de cada cor e falou que a vida existia em galáxias distantes aos poucos o choro foi passando pois o fantasma foi suas histórias contando e os porquês que eu tanto buscava pareceram tão irrelevantes por diversas estações o trem passava pessoas saiam, pessoas entravam cores diversas, por todos os lados estavam e sentada ao lado do fantasma de olhar congelante deixei que sua ternura abraçasse minhas lágrimas cortantes o meu caminho ainda seguiria entretanto de forma menos entediante pois o senhor da morte, de forma confiante me disse que para uma viajante a próxima estação é um adeus constante mas também a oportunidade de ver cores novas a cada instante
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