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epitafio · 14 days
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Pétala
O seu amor
Reluz que nem riqueza, asa do meu destino
Clareza do tino, pétala
De estrela caindo bem devagar
Ó meu amor
Viver é todo sacrifício feito em seu nome
Quanto mais desejo um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo gosto em viver, viver
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade, e fim
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epitafio · 15 days
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Poema Transitório
(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
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epitafio · 20 days
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epitafio · 1 month
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epitafio · 1 month
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É uma pena que nem todos conseguem ver essa poesia que eu vejo da minha janela. A vista é a mesma, mas cada olhar é um olhar. Eu vejo um "bolo" de bexigas coloridas rolando com o soprar do vento pela calçada cinza nesse dia nublado, nesse bairro silencioso onde só se escuta o arrastar dos móveis dos vizinhos, o balanço das folhas e o som de um ou outro motor de carro ou moto se dissipando por essas ruas tortas. Penso que essa bexiga que está girando por aí, sem rumo, é um símbolo de um dia, ou uma noite, em que pessoas se encontravam em um espaço acolhedor e barulhento, bem diferente da sua realidade de hoje. E as bexigas reinavam, eram elogiadas enquanto cumpriam a sua função de alegrar aquele momento compartilhado. Mas, depois que cumpriu sua missão, foi descartada, jogada ao véu, lançada ao sete ventos. Seu passado foi apagado, no presente se tornou invisível. Hoje passa despercebida por aí, sem destino, sem função. Mas... eu vi. Eu vi essas pequenas, murchas e opacas bexigas fazer o pouco que as resta: mesmo no fim, elas ainda enchem poesia os olhos de quem quer ver.
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epitafio · 9 months
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Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
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epitafio · 1 year
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epitafio · 1 year
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epitafio · 1 year
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epitafio · 1 year
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Todas as cartas de amor são ridículas
Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas.
As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas.
Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas.
A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.)
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epitafio · 1 year
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epitafio · 1 year
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se não é alegre, não é amor
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epitafio · 1 year
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"Brasil ~ Gal Costa (1994)"
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09 de Novembro de 2022
Hoje a notícia da morte de Gal Costa me atravessou como um tiro. Fiquei um tempo refletindo por que tal fato me atingiu tão profundamente... e como que quase numa sessão de regressão me lembrei que quando criança, um dos meus primeiros contatos com a cultura do país foi a interpretação dessa potência em forma de mulher para a música "Brasil" também muito conhecida na voz e parceria de Cazuza.
"Brasil" é mais que uma canção é um grito, um manifesto, um protesto que chegou aos meus ouvidos pequeninos e mexeu com minha visão de mundo. Acho que ainda mesmo sem entender, eu percebi que o Brasil que eu queria era algo parecido com esse, onde uma mulher, uma guerreira, uma entidade feminina esbraveja com a camisa entre aberta, brincando com o esconde-esconde de mamilos tão emblemáticos que jorrou leite na cara dos caretas por 50 anos.
O Brasil de hoje me entristece, o conservadorismo, a falta de um projeto de nação, o individualismo de seus habitantes me causa enjôo. Talvez por isso ainda tomado por essa ressaca eleitoral a ida precoce de uma intérprete tão única me causou tanto pesar. O "Brasil" que eu queria, se calou junto dela e não sei se um dia voltará a dar a voz novamente.
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epitafio · 1 year
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epitafio · 1 year
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epitafio · 2 years
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Quando Me Amei de Verdade
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epitafio · 2 years
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E continua sendo...
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