I am free, the enemy of organized, clothed society.
I am naked, and I plunge into the waters of my imagination.
Álvaro de Campos
116 notes
·
View notes
'Give me lilies, lilies,
And roses too.
But if you have no lilies
Or roses to give me,
At least have the desire
To give me lilies
And roses too.
The desire’s enough,
Your desire, if you have it,
To give me lilies
And roses too,
And I’ll have lilies —
The best lilies —
And the best roses
Without receiving anything
Except the gift
Of your desire
To give me lilies
And roses too.'
(Álvaro de Campos, Poem of the Song About Hope)
@professorlehnsherr-almashy @the-blue-fairie @princesssarisa @spengnitzed @giuliettaluce @bixiebeet @angelixgutz @themousefromfantasyland @shelleythesapphic
30 notes
·
View notes
When I look at myself I see a stranger.
So obsessed am I with feeling
That I sometimes lose my way when I step free
From all the sensations I receive.
The air I breathe, the liquor I imbibe,
Both belong to my way of existing,
And I never quite know how to conclude
The sensations I so unwillingly conceive.
Nor have I ever properly ascertained
If I do actually feel what I feel. Am I
Really the person I seem to be?
Am I really who I believe I am?
Even in my sensations I’m a semi-atheist,
Unsure that I am the one feeling those feelings.
Álvaro de Campos, from Three Sonnets
translated from the Spanish by Margaret Jull Costa and Patricio Ferrari
18 notes
·
View notes
I am nothing.
I'll never be anything.
I couldn't want to be something.
Apart from that, I have in me all the dreams in the world.
11 notes
·
View notes
Essere vagabondo e mendicante non è essere vagabondo e mendicante: / È essere fuori dalla gerarchia sociale […]/ È non essere Giudice della Corte Suprema, impiegato fisso, prostituta, / Non essere sordidamente povero, operaio sfruttato, / Non essere malato di un male incurabile, / Non essere assetato di giustizia o capitano di cavalleria, / Non essere, infine, quelle figure sociali dei romanzieri / Che si saziano di lettere perché hanno ragione di piangere le loro lacrime / E si ribellano contro la vita sociale perché hanno ragioni d’avanzo per farlo […]
Álvaro De Campos
13 notes
·
View notes
Álvaro de Campos (eteronimo di Fernando Pessoa), Villeggiatura, frammento
66 notes
·
View notes
Marta Soares.Fernando Cabral Martins.Antonio Sáez Delgado, Pessoa. All Art Is a Form of Literature, exhibition catalogue, 2018
https://archivolafuente.com/exhibition/fernando-pessoa-all-art-is-a-form-of-literature-27/
11 notes
·
View notes
Todas as cartas de amor são
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
21-10-1935
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993). - 84.
2 notes
·
View notes
"Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer.
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida."
— Tabacaria de Álvaro de Campos, Fernando Pessoa [1933]
7 notes
·
View notes
Achei sempre fútil considerar a vida como um vale de lágrimas: é um vale de lágrimas, sim, mas onde raras vezes se chora.
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares.
18 notes
·
View notes
“I consider a dream like I consider a shadow,” answered Caeiro, with his usual divine, unexpected promptitude. “A shadow is real, but it’s less real than a rock. A dream is real — if it weren’t, it wouldn’t be a dream — but less real than a thing. That’s what being real is like.” ― Álvaro de Campos
111 notes
·
View notes
Como eu desejaria ser parte da noite,
parte sem contornos da noite, um lugar qualquer no espaço
não propriamente um lugar, por não ter posição nem contornos,
mas noite na noite, uma parte dela, pertencendo-lhe por todos os lados
e unido e afastado companheiro da minha ausência de existir
Fernando Pessoa
23 notes
·
View notes
Álvaro de Campos
49 notes
·
View notes
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente: eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto me dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
2 notes
·
View notes
18 notes
·
View notes