Tumgik
#meu filho tem alma latina
bangkboy · 4 months
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Festa dos conselheiros!
Qualquer semelhança entre o estilo de Mark e Agostinho Carrara é mera coincidência! Mark está vestido uma blusa com estampa de onça desabotoada, o pescoço tem alguns colares dourados e pretos, mas principalmente a cruz escura; está com uma calça justa de cintura alta, com acessórios, como correntes e cinto em volta da cintura; nos pés um coturno, para ganhar alguns centímetros a mais. O look se completa com vários anéis e suas mãos e o óculos de sol preto com lente alaranjada.
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nayadefenix · 8 months
Note
Fala mais sobre sua au
*Este fancanon contém toda a história de SCP, mas dentro do meu universo, daí "fan canon" porque é uma história criada por um fã, neste caso eu.
*No meu fan scp fancanon,nesta fancanon se passa em meados de 2013 apos agente Katya da mão da serpente invadir a fundação em buscas da joias de berenice,nisso a fundaçao para economizar dinheiro decide juntar todos os keter e euclideos em so lugar,caso haja fulga de contençao os proprios euclideos e keter lideriam com isso.
Neste universo,a historia e focada no SCP 076,SCP 2396 E SCP 049,apos scp 076 despertar durante a mudanças,ele decide nao mata los,apenas nocauteia alguns guardas,classes D e pesquisadores,encontra Katya como ele sabe todas as linguas percebeu que Katya era latina brasileira,ao decorrer da folga ele cruza com SCP 2396 e mais tarde scp 049,Katya entao da aos 3 algumas das joais de berenice,ao SCP 076 ficou com gargantilha negra e branca ,com a Scp 2396 ficou com o colar de esmeralda e SCP 049 ficou com o um anel de rubi.
Ambos fugiram e se juntaram a mão da serpente e receberam uma missao,buscar os membros da SANTO SANTO PESADELO e buscar a 7 e ultima criança por que existe uma profecia que o filho de Adão,se juntaria a reencarnaçao dos anjos celestais,e caidos, tem coisas sobrenaturais,algum que a mão da serpente acredita por que os 6 membros da minha fancon sao reencarnaçoes possuem alma de luz e trevas dentro deles ou seja sangue divino e caido,eles tem lutar que manter a sua luz ativa,Ivan,Ana rosa & Sean,Elias,Billy e Nay ( a 7 criança perdida) e outros anomalos ,incluindo que sao guardioes do mundo espiritual e dimensional ,tambem havera interaçoes com universoes de saint seiya,welcome home ,yugioh e muitos outros como disse sao guardioes entre os universos e caçam demonios e tem conviver ainda com ultraconservadorismos de seus parentes da igreja.
Todos os 7 sao agrevissos,sendo a 7 criança mais perigosa ,Abel tem sua atençao voltada para ela,todos tem suas faixa etarias entre 150 anos a 26 anos. todos maiores de idade.
o grupo Santo santo pesadelo e alguns agentes do mão da serpente sao ocs criados por mim,pode ter algumas coisas originais nessa fancon,como a igreja do deus quebrado e aldagama e inimigos do mão da serpente ,vale lembrar que sao Caim e Abel da biblia da crença cristã e judaica.É focada na redençao de Abel algo parecido com a Harley quiin ,pode haver shipps ,caso nao goste de ver isso por favor nao me xingue e nem me ameaçe apenas passe longe.
Nos relatorios officiais da scp nenhum dos 3 podem interagir,nem mesmo SCP 076 que o mais agressivo dos 3,ele nao se da bem em trabalhos em equipe, e nem sente amor ou algum assim . os personagens originais pertencem a SCP FOUNDAÇÃO .
CURIOSIDADES:
Meu universo desse fancanon é um tanto "sobrenatural", "irreal" como você quer chamar, já que acontece em um mundo onde existem humanos, animais antropomórficos e até criaturas irreais.
-a santo santo pesadelo e protegida pela mão da serpente,eles sao usados como arma dos ultra conservadores prara matar e punir qualquer cristão que foge da doutrina criada pelo homem( regras que nao tem nada haver com a biblia),apos alguns anos eles abandonam esses conservadores e e seu foco e a mão da serpente e proteger o mundo espiritual e outra dimensoes ,eles cobram por isso ganhando muito dinhero. e Abel os ajudam a controlar sua vontade de matar nao e facil mas eles conseguem…as vezes.
Algo que você deve saber é que, nesta UA, os animais peludos podem decidir se querem usar roupas ou não, porque mesmo que não as usem, eles estão cobertos de penas ou pelos. Os humanos veem como normal que os peludos fiquem "nus" às vezes, assim como ver um animal normal.
-os pais dos 6 reencarnados sao algum parecido com REI ESCARLATE, seres poderosos incluindo o pai de Billy e Nay e Elias.
qualquer duvida me mande uma ask.
-as joais de berenice,controlam poder da natureza do anamalo,nao neutraliza seu poder mas o ajuda a controlado,como e no caso da scp 2396,apenas nessa fancanon tem açgum assim por que nao original ela vie numa fazenda apenas cercada de mulheres.O colar do Scp 076 pode ver almas em seu estado real,isso ajuda a nao matar pessoas, e anel do SCP 049 da poder de incvisibilidade e clamuflagem.
-ha personagens lgbts ,todos nessas fancon sao assexuais,alguns repulsivos a sexo e outros qque gostam.
-tem shounem e echhi cuidado se voce nao gosta XD
APENAS ISSO CURTE A MINHA FANCON.
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fredborges98 · 8 months
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Qual o ponto de intercessão entre as curvas e retas existente entre William Shakespeare, Miguel de Cervantes, Andrea Camilleri, Eduardo Galeano, João Cabral de Melo Neto, Lars Von Trier,Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Heitor Villa-Lobos e o Código Voynich*?
Por: Fred Borges
Em homenagem a meus amigos Charlie Brown e Snoopy.
As guerras mentem pois os homens mentem.
Todos são humanistas de diferentes e complementares ângulos,pedras angulares, e buscaram entender ou interpretar a alma humana.
O problema é que a alma humana é, em parte, um Código Voynich.
O que se sabe é que a alma nasce pura, mas a pureza, com o tempo, vai sendo perdida, portanto a alma vai sendo corrompida internamente, corruido externamente pelo desequilíbrio entre ser e estar, os países que tem como base o latim são prolixos,profiláticos, tornam barroca a alma,rococó deveras na palavra escrita,os anglo saxões são objetivos, folhas secas do outono,os latinos são um eterno verão,o calor esquenta o cérebro enquanto o sol esquentar o planeta, os ladinos ladram e deixam-se corroer pela ferrugem da carruagem, ferrugem trazida pelos ventos alísios, alados,calados, condensados, ebulidos,
pretenciosamente e intencionalmente arrefecidos ou aquecidos, devidamente calados ou silenciosamente silenciados de qualquer expressão que não seja a pungente, dominante, governante elemento elementar da corrupção endêmica, sistêmica e sistemática no calar, calabouço, cadafalso, cala realidade ou disfarçada verdade.
Andrea Camilleri afirma que " um povo se resigna está acabado.
Aqueles que perderam a esperança de encontrar um trabalho e por isso já não o procuram estão dando um passo em direção ao suicídio.
Antes, a atitude era outra (levanta a voz como que a emprestando a um desempregado): perco a esperança de encontrar um trabalho e atiro em você, porque a Constituição diz que a Itália é uma República fundada sobre o trabalho, portanto saíamos às ruas para pedi-lo...
Mas não saímos da praça. Isso requer dizer que a doença é muito grave!"
Pintadas caras viraram governo e se corromperam!
Resignação e resignados resignificaram a corrupção, resignação é tolerar a corrupção, Latina latrina dos excrementos postiços,paralíticos, tetraplégicos políticos da má política, que manipula a todos, inclusive os meios de comunicação, manipulados são a grande maioria dos resignados, calados, omissos por estarem encantados com os restos, migalhas, espalhadas, distorcidas, disseminadas, pasteurizada pela ampliação da ignorância sobre o saber ser, mais do que o estar ou transparecer ser.
"A chave para conhecer o próximo é conhecer a si mesmo.
Entender e saber escutar os demais ajuda a entender a nós mesmos.
Conhecer bem um homem seria conhecer-se a si mesmo.
A desgraça dos homens, o que impede que mostremos o que alenta nossa alma é que sabemos o que somos, mas não sabemos o que podemos chegar a ser.
Não devemos nos compadecer de nós mesmos, mas sim, deixar que as lágrimas ardentes caiam sobre o coração e que nele permaneçam sem secar, até que se desvaneça a causa que as gerou.
Estar atentos ao ensinamento que a dor nos traz:
“não te compadeças de mim! Somente preste atenção ao que vou revelar-te.”
Shakespeare, em Hamlet.
Em SHAKESPEARE, W. Rei Lear (Acto IV, Cena I).
"O VELHO - Oh senhor! Ele é louco!
GLOSTER - Esse é o castigo do tempo, conduzir ao cego o louco. Faze o que eu disse, ou faze o que
quiseres; mas, sobretudo, vai-te.
O VELHO - Vou dar-lhe a minha melhor roupa, venha-me disso seja o que for. (Sai.)
GLOSTER - Eh! Homem nu!
EDGAR - O pobre Tom tem frio. (À parte.) É-me impossível fingir mais
tempo.
GLOSTER - Vem aqui, amigo.
EDGAR (à parte) - Mas é preciso. - Abençoados sejam teus doces olhos, pois estão sangrando.
GLOSTER - Conheces o caminho para Dover?
EDGAR - Cancelas e porteiras, caminhos de cavalo e de pé. Espantaram o espírito do pobre Tom. Filho
do homem pio. Deus te preserve do demônio impuro. Cinco demônios entraram a um só tempo no pobre
Tom: Obidicut, o demônio da luxúria; Obbididance, príncipe do mutismo; Mahu, do roubo; Modo, do
homicídio; e Flibbertigibbet, das caretas e contorções, que desde então deixou possessas as criadas e
governantes. Salve, portanto, mestre!"
Cinco demônios entraram a um só tempo no pobre
Tom: Obidicut, o demônio da luxúria; Obbididance, príncipe do mutismo; Mahu, do roubo; Modo, do
homicídio; e Flibbertigibbet, das caretas e contorções.
Pão, vinho e circo manipulam os ignorantes, dominados pelas ideologias e pela fome para não morrer,saciam as fomes, fomes da sobrevivência, quem sobreviver não viverá o ser, será apenas estar, estar apanhado, apanhando, pescada alma pelo pescador Imperialista, capitalista ou comunista, mas nada mais restará, somente restos e migalhas, como diria em melodia e música Chico Buarque e filosofia de João Cabral de Melo Neto:
"Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
Estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo..."
"E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida)."
Humanismo, humanidade é o que nos dignifica, nos significa, nos dá significado, caso contrário somos mero trema pouco empregado latim reformado, trama, drama, grão, pão dormido, drão em música e melodia de Gilberto Gil:
"Drão, o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra geminar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura?
Dura caminhada
Pela estrada escura..."
Dom Quixote revela a face oculta de um cobrador de impostos, assim como a face de Shakespeare, face da sensata loucura, talvez os loucos sejam os que tem sanidade e a sua insanidade foi ter enxergado por demais da conta, além ou aquém do nosso tempo, e não deram conta que precisamos ser nem secos e nem molhados por demais, na medida certa para viver, ver, negar a realidade por sê-la tão cruel, terrível, terror dos terroristas, de políticos sempre de plantão, oportunistas, exploradores sentimentalistas, populistas subindo a escada nas costas, de costas para a ignorância e a novas formas e formatos de escravidão moderna e eterna.
Em: As guerras mentem.
Eduardo Galeano, declara:
"Nenhuma guerra tem a honestidade de confessar: eu mato para roubar.
As guerras invocam, sempre, motivos nobres, matam em nome da paz, em nome de Deus, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia e se por via das dúvidas nenhuma dessas mentiras for suficiente, aí estão os grandes meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários para justificar a conversão do mundo num grande manicómio e um imenso matadouro.
Em Rei Lear, Shakespeare, escreveu que neste mundo os loucos guiam os cegos e quatro séculos mais tarde, os senhores do mundo estão loucamente apaixonados pela morte, que transformaram o mundo num lugar onde a cada minuto morrem de fome ou de doença curável dez crianças e a cada minuto se gastam três milhões de dólares, três milhões de dólares por minuto, na indústria militar que é uma fábrica de morte.
As armas exigem guerras e as guerras exigem armas, e os cinco países que dominam as Nações Unidas, que têm poder de veto nas Nações Unidas, acabam por ser também os cinco principais produtores de armas.
Alguém perguntará, “Até quando?”
Até quando a paz mundial estará nas mãos daqueles que fazem o negócio da guerra?
Até quando vamos continuar a acreditar que nascemos para extermínio mútuo? E que o extermínio mútuo é o nosso destino?
Até quando?
Até quanto dinheiro será o calcanhar de Aquiles de todas as guerras em formas de guerra, guerrilha, paz, amor de hipócritas, cínicos, desviando o curso do rio Amazonas e calando o canto do Uirapuru pelo pássaro- natureza,por Villa- Lobos, as cores de Tarsila do Amaral, as curvas de Oscar Niemeyer, os jardins de Roberto Burle Marx?
A quem será que se destina?
"Existirmos a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina..."Cajuína de Caetano Veloso.
*O Código Voynich é um dos livros mais afamados do mundo. Ele é um enigma estudado por séculos e até hoje, não decifrado. São 234 páginas belíssimas, sobre as quais nada se sabe.
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kinkascarvalho · 3 years
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A - G R A Ç A - E - A - O B E D I Ê N C I A !
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Geralmente nos nossos estudos apresentamos o tema na introdução, desenvolvemos o nosso argumento no corpo do texto, e no fim apresentamos a devida conclusão. Neste estudo sobre a Graça e a Obediência, porém, devido a tanto abuso e ensinos contrários às Escrituras existentes no meio cristão sobre este tópico, é necessário que logo de imediato adiantemos qual será a conclusão. Devemos entender uma verdade que se encontra em toda a Palavra de Deus, Velho e Novo Testamentos: NÃO EXISTE SALVAÇÃO SEM OBEDIÊNCIA. A grande prova de que alguém alcançou o coração de Deus é o desejo de obedecer ao Pai; o desejo de fazer a Sua vontade. Poderíamos dar centenas de versos bíblicos como respaldo, mas para esta introdução, daremos apenas três, todas elas vindas do nosso Mestre:
• “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele” (João 14:21).
• “…Tua mãe e teus irmãos estão lá fora, e querem ver-te. Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a Palavra de Deus e a observam” (Lucas 8:21).
• “…certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os seios em que te amamentaste. Mas Ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus, e a observam” (Lucas 11:28).
Toda a alma que se salvou até então e toda a alma que se salvará até o último dia deste planeta são aquelas que se arrependeram e a partir de então procuraram viver em obediência às palavras do Senhor (João 3:3). Só pelo fato do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o nosso amado Mestre e Salvador, Aquele que é a razão do nosso viver e a razão que ganharemos a Vida Eterna, nos ter dito as palavras citadas acima, já poderíamos encerrar este estudo aqui mesmo, mas infelizmente Satanás continua solto e seguirá solto por um tempo, e por isso teremos que escrever um pouco mais sobre a Graça e a Obediência ao Senhor.
“No final, a Graça da Salvação é efetuada pela fé, e a fé, por sua vez, é efetuada pela Obediência em Jesus. A obediência é então o fator determinante da salvação.”
O ENSINO VERDADEIRO E O ENSINO FALSO SOBRE A GRAÇA
Existe algo verdadeiro e algo terrivelmente falso no entendimento popular sobre a salvação pela Graça. O verdadeiro e incontestável é que a salvação é algo que vem de Deus, e não de nós, muito correto. O falso é que salvação pela Graça tem algo a ver com a falta de merecimento, como se Deus tivesse um interesse especial em salvar a pessoa má, rebelde e desobediente; aquele que procura não merecer ser salvo. E por causa deste entendimento falso dizem que Graça significa: “favor imerecido”.
Não precisamos pensar muito para ver que o conceito de que Deus procura salvar as pessoas que não merecem não procede das Escrituras e nem faz o menor sentido, pois já que os defensores da falsa graça dizem que nenhum homem merece ser salvo e que a Graça da salvação é dada sem qualquer merecimento, então o que eles estão de fato afirmando — ainda que não admitem — é o absurdo de que todo o homem no final será salvo. A conclusão em que esta estranha doutrina naturalmente nos leva é algo que vai contra tudo aquilo que nos foi revelado sobre o plano de salvação, incluindo o requerimento de que o ímpio precisa se arrepender e afastar do pecado para que Deus o salve: “Tenho eu algum prazer na morte do ímpio? Diz o Senhor Deus. Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” (Ezequiel 18:33).
A EXPRESSÃO POPULAR: FAVOR IMERECIDO, NÃO SE ENCONTRA NA BÍBLIA
Lembrando que o prefixo de origem latina “i” dá às palavras em português e em várias outras línguas, incluindo o inglês, um sentido contrário ou oposto do que seria sem o seu uso. Por exemplo: responsável, irresponsável; legítimo, ilegítimo; legal, ilegal, etc.; e neste caso, “favor imerecido” é o mesmo que “favor sem merecimento” ou “favor dado a alguém que não merece” ou “favor dado a alguém que não faz por merecer”. No uso comum da expressão, quando falamos que alguém não merece algo, geralmente a implicação é negativa e raramente neutra. Quando um patrão diz que o funcionário não merece um aumento salarial, o entendimento é o de que ele foi um mau empregado. Quando uma moça diz que o ex-namorado não merece uma segunda chance, o entendimento é o de que o erro cometido foi grave demais para um possível retorno. Também lembrando que esta expressão, “favor imerecido”, não se encontra na Bíblia; é uma definição puramente de homens. Simplesmente começou a ser utilizada nos escritos e falada dos púlpitos e as pessoas aceitaram sem questionar a séria implicação doutrinária da frase: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oseias 4:6). Em tempo, no inglês, embora também tenha o prefixo “i”, o prefixo usado neste caso, é o “un” e a expressão então fica: “unmerited favor”.
O ENTENDIMENTO CORRETO DA SALVAÇÃO PELA GRAÇA
Mas continuando. Graça é uma daquelas palavras com vários usos, mas todos eles relacionados. Tanto no hebraico [Heb. חן (ren)] como no grego [Gr. χάρις (rráris) s.f. agrado, graça, favor, valor, mérito] da raiz [Gr. χαίρω (rriéro) v. estar contente], a ideia que parece dominar é a de um favor, ou uma bondade concedida a um ser quando ele agrada ou conquista a boa vontade de um outro ser. Podemos confirmar este correto sentido da palavra “graça” nas Escrituras Sagradas, tanto quando o contexto é agradar a um outro ser humano, como também agradar a Deus.
O processo de salvação da alma de fato é pela graça que nos é concedida quando ainda estávamos imersos na ignorância, perdidos em um mundo de ilusão e destinados à morte eterna. Por nós mesmos nem sequer entendíamos que precisávamos ser salvos. Assim como o povo de Nínive, não sabíamos discernir entre a nossa mão direita e a esquerda (Jonas 4:11). Deus então precisou, ele mesmo, iniciar o processo de salvação, nos abrindo os olhos para a nossa condição de perdidos. O que devemos entender, no entanto, é que em todos os casos onde a graça da salvação alcança um ser humano, houve alguma coisa neste ser humano que agradou a Deus, sendo que o reverso também é verdade, ou seja, nenhum ser humano alcançará a graça da salvação se nada na vida deste ser humano agrada a Deus: “O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada” (Salmo 37:23).
SOMENTE DEUS PODE DETERMINAR O MERECIMENTO DE ALGUÉM
O valor, ou agrado, ou mérito que existe na pessoa que Deus salva pela graça é algo que apenas Deus consegue ver: “o Senhor não vê como vê o homem [Heb. אדם (adam) s.m. homem, pessoa, ser humano], pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor [Heb. יהוה‎ (Yerrovah) np.div. Jeová] olha para o coração [Heb. לבב (lêiváv) s.m. coração; fig. alma, mente, caráter]” (1 Samuel 16:7). No céu encontraremos tanto pessoas que segundo o nosso entendimento eram merecedoras de serem alcançadas pela graça da salvação, como também algumas que jamais pensávamos que estariam lá. Podemos confirmar esta verdade em vários exemplos de conversões na Bíblia, como a do Cornélio, o centurião romano que claramente agradava a Deus na sua conduta e o Senhor o recompensou com a graça da salvação: “O anjo respondeu-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido como oferta memorial diante de Deus; agora, pois, envia homens a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro… Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo” (Atos 10:4-5; 34-35). Não existe a menor dúvida neste verso que tanto o anjo, como Pedro, declarou inequivocamente que devido à sua conduta, o centurião mereceu que Deus lhe estendesse a graça da salvação.
Para um exemplo oposto, ou seja, de alguém que não fazia por merecer, segundo o nosso entendimento, basta mencionar a graça da salvação que Deus estendeu a Paulo: “Respondeu Ananias: Senhor, de muitos ouvi falar acerca desse homem [Paulo], quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém… Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios” (Atos 9:13,15). Neste caso, vemos também inequivocamente que Paulo não fazia nada por merecer a graça da salvação, e, no entanto, a graça lhe alcançou. Deus viu em Paulo algo que ninguém naquela época conseguiria. Baseado no entendimento daqueles que o conheciam, a última pessoa que Deus estenderia a graça da salvação seria para este impiedoso perseguidor da igreja (Atos 8:3).
A GRAÇA LIBERTA E NOS DÁ A CAPACIDADE DE ESCOLHA
Concluímos então que quando se trata do homem perdido, não temos a capacidade de afirmar se o nosso semelhante merece ou não receber a graça da salvação, pois apenas Deus consegue ver esta questão de merecimento. O fato, porém, é que Deus vê, e não só vê como também atua quando o indivíduo lhe agrada. A atuação de Deus ocorre através do livre arbítrio. A graça de Deus liberta e liberdade pressupõe capacidade de escolha, caso contrário não é liberdade: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Jesus disse “verdadeiramente” porque não é uma falsa liberdade. Isto quer dizer que Deus permitirá que a pessoa alcançada pela graça a receba ou a rejeite: “tendo cuidado para que ninguém se exclua da graça de Deus” (Hebreus 12:15). Ou seja, o Senhor abre os olhos do homem para que ele possa ver claramente a situação desesperadora em que se encontra e ele então terá a liberdade de aceitar ou rejeitar a graça que lhe foi estendida. O nosso entendimento é que tanto Cornélio como Paulo se mantiveram na graça, e como recompensa foram salvos, mas nem sempre isso acontece, como veremos a seguir.
A DINÂMICA DE CAUSA E EFEITO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO
Jesus chamou a doze, e muito embora todos tiveram o mesmo acesso ao “caminho, verdade e vida”, um deles no final se excluiu da graça e escolheu uma outra direção (Lucas 22:4). Ao jovem rico foi estendida a graça, mas ele, amando mais as riquezas, se excluiu da graça e foi-se embora triste (Mateus 19:22). Após a graça ser alcançada, existe então uma dinâmica de causa e efeito. Quem obedece cresce na graça e é salvo (2 Pedro 3:18), e quem desobedece, rejeita a graça e é condenado (2 Coríntios 6:1; Romanos 2:8). No final, a graça da salvação é efetuada pela fé, e a fé, por sua vez, é efetuada pela obediência em Jesus. A obediência é então o fator determinante da salvação: “Quem crê [Gr. πιστεύω (pistévo) v. crer, confiar, estar persuadido] no Filho tem a vida eterna [Gr. ζωήν αιώνιον (zoin eônion) vida eterna]; o que, porém, desobedece [Gr. απειθέω (apithéo) v. desobedecer, recusar cumprir algo] ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece [Gr. μένω (mêno) v. morar, permanecer, reter, continuar, persistir] a ira de Deus [Gr. οργή του Θεού (orín tu Theú) ira de Deus]” (João 3:36).
A FALSA GRAÇA ENSINA A DESOBEDECER À JESUS
A definição popular de que a graça é um “favor imerecido” pressupõe erroneamente que se o irmão ou irmã procurar viver em obediência aos mandamentos de Jesus, se distanciando do que é errado e procurando fazer somente aquilo que agrada a Deus, ela estaria procurando fazer por merecer e assim se desqualificaria como um recipiente da sua graça, ou como geralmente dizem, a pessoa estaria tentando “ganhar a salvação” e assim não seria salva. Este tipo de acusação, a propósito, foi o que a minha querida esposa ouviu de um líder na frente de várias pessoas, há não muito tempo atrás. Ensinar algo assim, além de ser ilógico e diabólico, é completamente contrário a tudo aquilo que lemos nas Escrituras. O outro lado desta dedução é ainda mais absurdo, pois a pessoa chegará à conclusão de que a melhor maneira de receber a graça da salvação que vem de Deus é não procurar agradá-lo e viver em desobediência, pois agindo assim a salvação será garantida, uma vez que seria de fato imerecida. O apóstolo Paulo, ao ser informado que as pessoas estavam usando dos seus escritos como respaldo para ignorar os mandamentos de Deus (Rom 3:8), abordou este entendimento errado sobre a graça ao escrever: “Que diremos então? Permaneceremos no pecado, para que aumente a graça? De modo nenhum” (Romanos 6:1-2).
DEUS NÃO RECOMPENSA O DESOBEDIENTE COM A SALVAÇÃO
Falemos agora algo extremamente óbvio, mas que deve ser dito para pôr abaixo de uma vez por todas esta tática do Maligno. Nenhum ser humano tem qualquer coisa a ganhar sendo desobediente a Deus e definitivamente não ganhará a salvação como recompensa pela sua desobediência. Por outro lado, o homem que procura ser obediente a Deus tem tudo a ganhar e definitivamente não será punido com a perdição por isso. Muito pelo contrário. A palavra é bem clara que todo aquele que de fato ama a Jesus o obedece e recebe a salvação: “Se alguém me ama [Gr. αγαπάω (agapáo) v. amar], obedecerá [Gr. τηρέω (tiréo) v. guardar, vigiar, manter, preservar] à minha palavra [λόγος (lógos) s.m. palavra, mensagem, verbo]; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada [μονή (moní) s.f. ficar juntos, estabelecer residência]. Quem não me ama, não obedece às minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo [Gr. ακούω (akúo) v. ouvir, prestar atenção, entender, considerar] não é minha, mas do Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai] que me enviou [Gr. πέμπω (pémpo) v. enviar, despachar]” (João 14:23-24).
Da mesma forma, qualquer indivíduo que se diz cristão e que desobedece às palavras do Senhor, e que se acomoda com o pecado, confiando que mesmo assim será salvo por causa da graça, está completamente enganado, pois de forma alguma o Senhor estenderá a sua graça ao homem que conscientemente persistir na desobediência. Este ensino não vem de Deus e quem se apoiar nele se verá condenado no juízo final. Isso foi o que o nosso irmão Paulo quis dizer quando nos escreveu, após relatar uma série de pecados que alguns membros da igreja de Éfeso estavam cometendo (Efésios 5:3-4): “Ninguém vos engane [Gr. απατάω (apatáo) v. enganar, iludir] com palavras vãs [Gr. κενός (kenós) adj. vazio, vão, sem conteúdo]; porque por estas coisas vem a ira [Gr. οργή (oryí) s.f. sent.prim. ira, raiva, indignação; sent.sec. punição, justiça] de Deus sobre os filhos da desobediência [Gr. υιούς της απειθείας (yiús tis apithías) filhos da desobediência]” (Efésios 5:6).
PAULO CHAMA AS PESSOAS QQUE NÃO OBEDECEM AOS MANDAMENTOS DE JESUS DE “FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA”
É muito bom que as palavras acima foram escritas por Paulo, pois os seus escritos são os mais distorcidos por aqueles que defendem esta doutrina diabólica da falsa graça. Note que o apóstolo chama os pecadores impenitentes (sem arrependimento) de “filhos da desobediência” [Gr. υιούς της απειθείας]. Mas porque “filhos da desobediência”? Paulo deixa bem claro para os seus leitores que a obediência ao Senhor é o que define o novo nascimento — tornar-se filho de Deus — e que quem deixar-se levar pelos ensinos contrários à obediência aos mandamentos de Jesus está sendo seriamente enganado [Gr. απατάω]. Se alguém não tem como a maior alegria na vida fazer os desejos de Deus, então ele ainda não é um filho de Deus, mas continua na mesma condição que estava no passado: “nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2. Ver também Colossenses 3:6). Ou seja, se o indivíduo que se diz cristão vive em desobediência, o espírito que opera nele não é o Espírito Santo (João 3:6), mas sim o espírito do príncipe das potestades do ar, que é Satanás. Dizer que alguém que, da sua própria escolha, carrega este espírito em si está salvo pela graça é pura blasfêmia.
JESUS É A ÚNICA FONTE DE CONHECIMENTO PARA A SALVAÇÃO
Queridos, conforme temos deixado bem claro em toda esta série, a nossa grande fonte de conhecimento para a salvação sempre deverá ser as palavras que saíram dos lábios de Jesus (os mandamentos de Cristo). Insistimos neste ponto porque isto foi exatamente o que o nosso Pai nos ordenou: “Eis que uma nuvem brilhante [Gr. φωτεινός (fotinós) adj. cheio de luz, brilhante] os cobriu [Gr. επισκιάζω (episkiázo) v. lançar sombra, obscurecer]; e dela saiu uma voz [Gr. φωνή (foní) s.f. voz, som] que dizia: Este é o meu Filho amado [Gr. υιός μου ο αγαπητός (yiós mu o agapitós) Lit. Filho meu, o amado], em quem me deleito [Gr. ευδοκέω (idokéo) v. estar satisfeito com, se deleitar em, ter prazer em]; escutem [Gr. ακούω (akúo) v. ouvir, prestar atenção, entender, considerar] o que ele diz!” (Mateus 17:5). Note que Deus não nos instruiu a escutar a nenhum outro, mas apenas ao seu Filho amado. Certamente que isto não quer dizer que não podemos ouvir a nenhuma outra pessoa, quer seja dentro ou fora da Bíblia, não, de maneira nenhuma, pois se fosse este o caso o nosso próprio ministério nem existiria. O que quer dizer, sim, é que tudo aquilo que nos for comunicado sobre o nosso relacionamento com Deus e muito em especial, sobre a nossa salvação, deverá ser compreendido e filtrado pelas palavras de Jesus.
TODA A DOUTRINA PARA A SALVAÇÃO DEVE SE ENQUADRAR NAS PALAVRAS DE JESUS
Deixe-me colocar o que foi dito acima de uma maneira ainda mais clara. Qualquer doutrina relacionada com a salvação de almas (doutrinas primárias) que nos for apresentada deverá enquadrar perfeitamente com os ensinos de Jesus. Não importa a sua origem, não importa a sua popularidade e tampouco por quanto tempo ela é conhecida. Se não existir respaldo nas palavras de Jesus, então sabemos que não procede de Deus. A graça é uma doutrina que procede de Deus, mas não o seu entendimento distorcido que mencionamos neste estudo, pois este entendimento contraria as palavras de Jesus sobre a obediência necessária para a salvação. Ou seja, somos salvos pela graça no sentido de que a salvação vem de Deus e não do homem? Correto, pois este entendimento possui o respaldo naquilo que Cristo ensinou: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44-45). Somos salvos pela graça no sentido de que mesmo não obedecendo a Jesus seremos salvos? Incorreto, pois este entendimento não possui o respaldo, e até contradiz as palavras de Jesus: “Quem me rejeita [Gr. αθετέω (athetéo) v. rejeitar, desprezar, ignorar], e não recebe as minhas palavras [Gr. ρήμα (rima) s.n. palavra, ensino, mensagem, instrução], já tem quem o julgue [Gr. κρίνω (krino) v. julgar, condenar, decidir]; a palavra [λόγος (lógos) s.m. palavra, ensino, verbo; tit.div. Jesus] que tenho pregado, essa o julgará no último dia [Gr. τη εσχάτη ημέρα (ti esrráti iméra) exp.idio. o último dia, fim do mundo]. Porque eu não falei [Gr. λαλέω (laléo) v. falar, conversar, declarar] por mim mesmo; mas o Pai [Gr. πατήρ (patír) s.m. Pai], que me enviou [Gr. πέμπω (pémpo) v. enviar, despachar], esse me deu ordem [Gr. εντολή (endolí) s.f. ordem, comando, regra, mandamento] quanto ao que dizer e como falar. E sei que a sua ordem [endoli] é vida eterna [Gr. ζωήν αιώνιον (zoin eônion) s.f. vida; adj. eterna]. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me disse [Gr. είπον (ipon) v. falar, dizer, ordenar]” (João 12:48-50). Ponto final. Espero te ver no céu.
*No Amor de Cristo,
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cronicasthay · 3 years
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Violeta, mais que uma flor, a dona da primavera!
Escrito em 04/04/2019 - jornal acidade
“Quero brotar da espiga da consciência, do homem novo que luta por sua manhã e proclama seu tempo azul...” Faz um tempo que fui apresentada a uma artista que assim como Frida Kahlo, fez-se morada em meu coração. Tenho uma paixão intensa pela cultura latina, e não fugiria a regra essa artista ser chilena. Seu nome é Violeta Parra, musicista, compositora, artista plástica, lutadora pelos direitos das mulheres e carregava o sonho de promover cursos e dar voz e espaço a artistas menos conhecidos, ampliando o espaço da cultura popular, sua paixão e missão de vida. Foi ela quem fundou a música popular chilena. Sendo considerada a mais importante folclorista do país. Vinda de família pobre, seu pai era professor de música e sua mãe camponesa, ambos admiradores da música folclórica. Na infância teve varíola, e viveu em distintos locais da zona de  Chillán, no Chile, localizada numa região vulcânica, onde encontrou suas primeiras experiências artísticas. Estudou até a segunda série para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos. Autodidata, cantora e tocadora de violão desde os nove anos, ingressou definitivamente na carreira musical aos 15 anos, após a morte do pai, quando deixou a casa da mãe, no interior do Chile, e foi morar em Santiago com o irmão Nicanor, que estudava na capital. Na época, formou com a irmã Hilda a dupla "Las Hermanas Parra", que cantava músicas folclóricas na noite. Violeta teve três relacionamentos complicados que não deram certo, sendo sua ultima separação um dos motivos de sua morte, um suicídio, aos 49 anos de idade. Tinha um sentimentalismo aflorado, em suas musicas falava, além da música folclórica, sobre suas experiências de vida. Em um programa da TV suíça, a crítica de arte Magdeleine Brumagne pede que Violeta Parra explique uma de suas arpilleras, uma técnica têxtil de raiz popular e também uma forma de expressão, de narrativa do cotidiano. “Estes são os que amam a paz”, responde, mostrando as figuras desenhadas: ela própria, um amigo argentino, uma amiga e uma índia chilenas. “As flores de cada personagem são suas almas”, prossegue Violeta. Vê-se um fuzil, “que representa a morte”. E ela conta: “Os camponeses no Chile são muito pobres, como o meu avô. E eu não posso permanecer indiferente. Essa situação me incomoda”, afirma, chamando a obra de A Rebelião dos Camponeses. Violeta se “atirava”, ela não tinha travas. Se meteu a pintar, a bordar, a fazer cerâmica. Ela quis fazer um centro cultural, e hoje tem um Museu dedicado a Violeta localizado em Santiago, Chile. Violeta queria que as pessoas conhecessem a cultura popular de seu país. Saía pelo Chile atrás de quem pudesse contar e cantar, ela copiava e, quando possível, gravava suas canções e canções de personalidades conhecidas como Rosa Lorca. Em uma entrevista a uma rádio Violeta é apresentada como “incansável batalhadora” em defesa do folclore. O narrador é o professor de História Mario Céspedes, que após o golpe de 1973 no Chile seria preso e torturado. Ele pergunta sobre sua participação em um evento cultural, e ela se diz um pouco assustada. “Porque você sabe, Mario, eu não sou oradora, não fui à escola. Sei tão pouco para integrar esse grupo tão valioso”, afirma Violeta, para em seguida defender seu trabalho de coleta pelo país: “Fui aos cantores populares para que conhecesse sua alma, seu pensamento, tal como conheci, como os ouvi falar”. Violeta reconhecia, amava e venerava o canto ao humano e ao divino, desde o ponto de vista do texto literário e do ponto de vista musical, o que podemos notar em suas músicas e em suas obras artísticas bordadas e pintadas. Um dos filhos de Violeta dizia que sua mãe não dava conselhos, dava exemplos, “Sem um tostão, mas com o seu exemplo andamos para a frente, quebrando esse círculo infernal que é nascer pobre e sem educação. Posso dizer que fomos feitos a mão”, disse, agradecido em uma entrevista. Violeta era grata a tudo que tinha e dizia que ninguém deve esquecer ou muito menos negar sua origem. “A pessoa que esquece o caminho tropeça na mesma pedra.” Conheça os trabalhos dessa grande artista, que com nome de flor, fez a primavera no Chile. Seu legado artístico é para todo o sempre, e sua simplicidade e a forma humilde de enxergar a vida faz dessa artista ser cada vez mais consagrada e sempre lembrada.
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fabioferreiraroc · 4 years
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Copacabana, meu amor
Não se mede o tempo em Copacabana. Sem os arcos atemporais da Lapa, Copa nunca dorme: menos negra do que já fora, tem um acinzentado peculiar, uma brancura falida dos outrora glamurosos no bairro mais idoso da América Latina; a brancura dos turistas com algum dinheiro e sanha por libertinagem sem humildade, cheia de paixão e curiosa pela morte.
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Na rua Siqueira Campos, em Copacabana, “saturação” é uma palavra inócua: não dá conta do recado que lhe é dado; não comunica, não executa a mensagem, não é signo. Falta-lhe poder de significado e efeito de significante.  Se tudo no Rio de Janeiro satura, na Siqueira Campos, entre os Postos 3 e 4 da orla marítima da Avenida Atlântica, o derramamento de cores supera até mesmo o derramamento de sangue do cotidiano carioca.
A Avenida Nossa Senhora de Copacabana fecha os olhos para não ver. A rua Barata Ribeiro se acotovela com o Bairro Peixoto, das feirinhas de artesanato. Na fronteira, a favela grita e suspira; desse imbróglio provinciano e cosmopolita, vê-se o Cristo da janela e nos lembramos de certo glamour, logo desfeito, porque sempre alguém passa gritando: “Gostosa! Quentinha! Tapioca!” Não escapou esse contraste de som e paisagem dos olhos azuis do filho do Sérgio, o Buarque de Holanda.
Na Rua Siqueira Campos há um residencial imenso, diluído nas peles do Shopping Cidade de Copacabana. Neste misto de tudo e de nada, a sobrecarga de paisagem urbana extrapola o narrável: não se narra nem se descreve, para o desgosto dos que se perdem na dúvida de Lukács.
Acotovelam-se tudo e todos com a plateia do Teatro Net, os fregueses do Hiper Extra, os clientes de luxo subdesenvolvido dos antiquários sem glamour e empoeirados que aparecem aos borbotões, como se brotassem da terra, mais do que do tempo.
Não se mede o tempo em Copacabana. Sem os arcos atemporais da Lapa, Copa nunca dorme: menos negra do que já fora, tem um acinzentado peculiar, uma brancura falida dos outrora glamurosos no bairro mais idoso da América Latina; a brancura dos turistas com algum dinheiro e sanha por libertinagem sem humildade, cheia de paixão e curiosa pela morte. Os negros e mulatos que fazem o país descer a ladeira para gozar e fazer gozar. A brancura amarela dos latino-americanos que ali se aglomeram e povoam os quiosques e restaurantes: para ser garçom em Copacabana, parece, deve-se ter o espanhol como língua materna.
Abracadabra! Revela-se a mágica do quiosque cubano-caribenho que não dorme. Tem nome de passe de mágica, na saída da Rua Duvivier, Posto 2, ao lado do Beco das Garrafas. Para alguns sem rumo, a Duvivier não tem becos de garrafas, mas becos de palavras, pois é a rua de Ferreira Gullar. Do “Seu Ferreira”, como dizem os mendigos e comerciantes de bairro que ainda chamam os clientes pelo nome e lhes perguntam pelos seus entes queridos com intimidade desinibida. São padeiros, jornaleiros, floristas, todos saudosos do poeta, com anedotas mil a respeito dele.
Em Copacabana tudo gira como torvelinho. Na Siqueira, então, vive-se o centro do torvelinho. É o meio do meio, o olho do olho do furacão onde se vende e se come o olho de quem passa para olhar tanto olho sendo comido nos becos e detrás das árvores, em carros de vidros escuros que chacoalham e gemem, suam, sussurram. As madrugadas são rápidas — se em São Paulo o Sol custa a dar o ar de sua graça, em Copa ele vem cedo demais, como se fosse contaminado pelo voyeurismo sem censura, hedonista, voluptuoso daquelas ruas sufocadas por prédios antigos e árvores em fartura.
Os de Copa são mais cariocas do que os cariocas. Toda a sorte de prazeres e desprazeres sobra ali. Nada é medido ou pesado. Tudo vem em aos montes, em arroubos carregados de proteção e perigo. A ameaça de ontem se torna — Abracadabra, de novo e sempre — o ombro amigo de hoje, o cúmplice de amanhã, que sente, protege e comunga suas dores, ri de sua alegria, deseja-lhe o vento solto e atemporal, sem pressa e sem prezar a vida das presas suas: lealdade é comprar as suas brigas, mais do que beber da sua glória.
Um país às avessas, de quem nada teme porque todos os dias são alto-falantes ligados no máximo; caldeirões que fervem nos olhos e na alma de tudo o que lá respira e conspira.
Tudo em Copa está pronto para viver e para morrer. Vive-se de modo desligado de tudo e imerso em tudo. Vinte anos valem duzentos. Se a média de idade dos habitantes é a maior da linha abaixo do Equador, seria infinitamente, fantasticamente maior caso se pudesse medir a idade das almas. Todo mundo e tudo é velho em Copa. Sem espaço para a ingenuidade. Sem beira para o encanto juvenil. Quem mora em Ipanema vai à praia. Os de Copa nem se lembram que ela existe.
Cidade dentro da cidade. Ruas com nomes de gente, de santos, de pedras. Becos cheios de mitologias. Travestis e prostitutas não disputam as calçadas: elas dão a vez, elas se protegem delas mesmas, como todos. De uma mão com centenas de mortes gravadas em sua epiderme cheirando a pólvora, mistura-se o dedo em riste para as ordens, o afago naqueles que elege para serem o seu “peixe”: confusa contradição, pois dessa cristalina dubiedade entre crime e afeto nasce uma lealdade que não trai, porque não precisa. Espaço de nudez espiritual em que ninguém ousa fingir que é o que não se é. É tão claro que incomoda e cega os olhares puritanos, e estes não resistem, não frequentam Copa.
Os nomes ficam para sempre. Uma vez dito, você é o peixe, você é o Chris, você é a Dolores; e se for o líder dos pequenos núcleos que se distribuem pela densidade do bairro, não importa a idade, vira o tio. Tio Adelson; Tio Tony. Seu Fernando; mas para os íntimos de ontem, Tio Fê. Amizades de infância nascem, em Copa, de um dia para o outro.
Ao lado da Rua Duvivier, numa travessa ao lado, com três minigarrafas pet do drink mais baixo clero, o Corote, passava o professor. O sabor artificial das bebidas, mesmo ruim em demasia, ajudava a suportar os goles sedentos de quem brindava com vinho de padre e só suportava adocicadas caipirinhas e mojitos. No bolso, aditivos para o fim do sofrimento.
Era um professor apenas; em Copa, vira personagem. Seus alívios para a eternidade, comprados na Siqueira Campos, são diluídos nas minipets de plástico barato, comprados na Banca Nossa Senhora. O professor bebe; ele tem gula incomum; sede sem fim pelo fim. Sem medo. Os multicores de Copa viram. Sabiam dele. Em Copa todos sabem de tudo a respeito de cada um.
Não se mata e não se morre em Copacabana por sorte ou azar. Quando vem, nunca parece que foi sem que seja hora e vez de quem foi.  Toda morte é crônica anunciada. O barco do Caronte, em Copa, tem brilho de bala, cheiro de pólvora, obediência de cão adestrado que só ladra ou morde quando lhe é permitido ou solicitado fazer. Nem uma ou sete tentativas de salto pro infinito podem dizimar o peito que infla de amor e não se encaixa por sentir demais. Para cada ato insano em Copa, um amor insuportável em suas delícias e dissabores reina absoluto e não lhe deixa fechar as cortinas.
Se no sertão Deus, quando vier, terá que vir armado, em Copa Ele, onipresente, está no rosto, nos bolsos, na luxúria, nas lascívias dos suores e peles morenas, brilhantes de suor e sol, salpicadas aqui e ali de areia da praia menosprezada pelos autóctones. Deus está nos corações que se protegem para um código particular de justiça. Deus está no peito e nas mentes que, até quando fazem o mal, agradecem a Deus por terem saído ilesos. Civilização e barbárie; beleza e caos; claro e escuro; leite e sangue; amor e ódio: aurora na estátua.
Quem em Copa vive, por uma vida ou por um tempo de sua vida, ganha um anexo à sua identidade. Depois de Copa você é um brasileiro, mas um brasileiro de Copa. Ou qualquer outra coisa, e mais, ainda: é de Copa.
Quando se nasce em um lugar, pertence-se a ele por força do destino. Quem renasce em outro lugar porque ele não lhe permitiu deixar de ser, porque ele o salvou, teimou com você e o suportou, repaginou, passa a pertencer a este lugar duas vezes mais. Ou, por que não, sete vezes, “sete vidas coloridas, avenidas para qualquer lugar”.
Disse o maranhense da Rua Duvivier: “a cidade é o refúgio do homem, pertence a todos e a ninguém”. Copa é mais… mais, ainda. Singular. Carta primeira e única do baralho dos dias.
Copa. Ás de copa.
Copacabana, meu amor Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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ygor-pierry · 7 years
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O SILÊNCIO DA URBE E OS SUPER-HERÓIS DO COTIDIANO
 --  MENDIGOS... E O PODER DA INVISIBILIDADE. 
É-me impossível dormir enquanto o papel não tiver o necessário contanto com os reclamos da minha alma. Não há sono que leve para cama uma alma inquieta e que reclama imediata intervenção da caneta, da tinta e da incessante força que impulsiona a transformar em significado as sombras tenebrosas do dia a dia, as lágrimas emudecidas dos sacrilégios e a fome não satisfeita da malfazeja miséria humana: a riqueza não partilhada; a sorte não compreendida e o ímpio segredo do outro.
O professor Cláudio Lembo publicou uma fantástica obra chamada Visões do Cotidiano. Gostaria de usar esse título para o que pretendo escrever, mas seria aproveitar-me impiamente da genialidade do mestre e ainda confundir a pesquisa de tantas pessoas que procurarão esse livro para seus trabalhos sobre as Ciências Políticas. Eu, contudo, não escreverei sobre Ciências Políticas, Direito de Estado, Direito Público, Direito Internacional ou América Latina – matérias que tenho me dedicado com disciplina militar no mestrado – mas me convém tecer O Silêncio da Urbe. Portanto, a vida que escoa pela sarjeta tem algo a dizer.
São Paulo, 30 de outubro de 2017. Rua Benjamin Constant. Cruzamento com a Praça da Sé. Uma das portas fechadas da Livraria da UNESP. Olhos vidrados e cálidos como o inferno que refletem a tortura sádica da árdua luta pela vida. Pela rija, amarela, conspurcada e enferma. Vê-se os olhos semicerrados de quem não dorme, mas desmaia entorpecido pela dor recorrendo aos entorpecentes necessários da marginalidade. Uma cena que se fosse de um irmão, filho, pai, mãe ou parente próximo causaria o desespero público. Ali, porém, o silêncio.
Eu gostaria de ter tirado uma foto, mas expor aquele senhor por quê? Era como se tivesse que olhar mais uma vez para meu avô que faleceu vencido pela dependência do álcool. Era como se olhasse para ele novamente a uma década atrás – quando enfim deixou de sentir dor e faleceu no seio de sua família – e sentisse novamente sua dor rasgar sua pele magra de um homem frágil, velho e cansado que, nos seus aproximadamente trinta e poucos quilos, resistia em líquidos e dor aguda.
Eu ainda sinto o pânico tocar-me as veias desse meu sangue embriagado de angústia. Era o meu avô, eu juro! Aquele idoso deitado no chão gelado do coração Bandeirante cujos ventos gélidos de uma manhã fria e nublada eram vencidos somente pela coberta velha doada em um dos natais passados – o dia dos esquecidos: Natal – enquanto que ele, em si mesmo, dormia como se a morte estivesse e ali, naquela multidão de corpos verticais, eu senti a solidão daquele corpo horizontal.
 Agora ouvindo músicas como I Dreamed a Dream (Les Miserábles), Where Is The Love? (The Black Eyed Peas) e Empty Chairs at Empty Tables (Les Miserábles), eu sinto a impávida vergonha dessa dolorosa condição humana no silêncio da multidão. Aquele corpo desfalecido como um cadáver não tinha outra opção a não ser o silêncio desumano de esquecimento. Entretanto, aquela multidão ensurdecedora de vozes que passavam por ali permanecia no mais doloroso silêncio: cobriram àquele corpo com a dalmática de ferro e uma mortuária de chumbo e fizeram do seu silêncio o testamento dos esquecidos.
Ninguém viu aquele corpo no chão?
... Não, ninguém viu! Ele adquiriu como os heróis da TV ou do cinema dons mágicos e super-humanos da invisibilidade ficando mais invisível que os mitos do século XXI que vemos na internet, nos quadrinhos e nas revistas. Thor, Capitão América, Batman, Flash. Quem diria que eles - mitos do vazio humano - seriam mais visíveis que o meu avô desfalecido na sarjeta? Ou do teu Pai perdido? Ou do teu filho ignorado? Infelizmente, ele não tem mais nenhuma talento para fazer chorar as almas humanas em um reality show, pois a simples humanidade não basta. 
Ali eu me despedi do meu super-herói urbano. 
Ygor Ditão - SP 30/10/2017 -- São Paulo. 
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                                   O PADRE GREGÓRIO MANFRED
Nascido em Santa Catarina, Brasil, no ano de 1903, Gregório Manfred desde pequeno sempre demonstrou vocação para seguir a vida religiosa, seus pais se regozijavam disso, ser padre e formar-se em teologia sempre foi algo bem quisto pra sociedade ainda mais na América latina , num país catolicíssimo e jovem como o Brasil.
                                                    1973
Eis que ás 03:00 hs da manhã, Nicolas está com insônia em seu quarto quando sente sede e queimor  no céu da boca, levantando-se para beber água, abre a geladeira, esvazia o copo em segundos tendo o som da garganta a sugar de maneira gutural o líquido gelado. Ao voltar para o quarto onde sua esposa dorme como uma pedra, ele passa pelo varandim que há na sala e vê algo estranho prostrado em cima da igreja, “ Mas o que diabos seria aquilo?! Uma pessoa ? Um boneco ? Espantalho ?”
Aproximando-se da janela entreaberta, pondo o rosto para fora, pôde observar que se tratava do antigo sacerdote da cidade, a vontade de perguntá-lo o que estava ocorrendo lhe perturbava, mas Nicolas não queria falar alto a incomodar a vizinhança, a criatura se mexe, vira de costas, achega-se ao lado do compartimento de onde fica o sino e não deixa dúvidas que é o padre Gregório a perambular sobre o telhado de sua paróquia.
É impossível não reconhecê-lo, mesmo de costas e estranhamente imóvel, o sacerdote encara a paisagem que há detrás dali, onde há de ser visto um horizonte longínquo e montanhoso, o sobretudo preto e o chapéu estilo Fedora o identificara, os mais distraídos  habitantes daquele distrito o reconheceria mesmo á distância.
Bléimmm !
Faz o tinido do sino...  parecia mais o toque de recolher pois ao retumbar o som estrépito, o padre locomoveu-se em direção ao alçapão e desceu.
Esse fato ocorreu todas as noites até que Nicolas pudesse enfim, obedecer o que sua consciência mandara. Tantas e tantas noites ele desejara não ser o único a ver o padre desvairado e estático sobre o telhado da paróquia, observando sabe-se lá o quê ?
Habitante há dez anos daquela cidade tão pacata e ordeira, Nicolas  Chegou a perguntar para o vizinho por nome de Walter Nunes se o padre aparecera também pra ele, nunca o mesmo acordou para ver , nem quando Nicolas ligou-lhe de madrugada fazendo o telefone zunir no corredor da casa .
Foi quando mais uma vez, sucinto e persistente, o padre Gregório em mais uma missa, mira lá do altar seu olhar cruciante em Nicolas a rogar :
“ Preciso que os homens de pouca fé, que os adúlteros e os corruptos, confessem seus mais horrendos pecados. Aqui nessa missa, nessa celebração, existem indivíduos que têm dívidas com o nosso senhor, e não existe paz de espírito nem alma translúcida enquanto se esconde o mal feito pelas mãos indignas, comunico então, que sempre após a missa e diariamente todas as tardes, das 15:00 ás 16:00 hs, Estarei no confessionário me prontificando a ouvi-los e assim, suplicar a deus que liberte-os, desde os mais ingênuos aos mais sórdidos penitentes desse mundo cão.”  
Vamos todos em paz e que deus nos acompanhe...
Finalizou o padre Gregório que para Nicolas, sequer quis disfarçar o olhar  ora perdido, ora direcionando-o, a condená-lo, em pleno altar daquela missa lotada.
Nicolas arrependido, queria chegar até o sacerdote com meticulosa discrição, decidiu que a tarde era o melhor horário para exprimir o que havia no túmulo da sua consciência mediante seus segredos irreveláveis, confidências que jamais cogitou contar um dia, mas a fatídica hora exata que o ponteiro do relógio aponta toda madrugada o faz despertar infalivelmente. Três horas da manhã em ponto, como se sabe desde a antiguidade, nunca foi um bom horário para se acordar, a espera frenética daquele sino enfim atingir o badalo e ressoar, é melindrosa, só o segundo batido faz o padre virar-se sentido o alçapão e descer, sem falar na boca sequiosa que é o principal motivo do seu levantar enfezado, em busca assídua por água.  
Nicolas é açougueiro de um conhecido frigorífico daquele povoado, ordenou naquela tarde de quinta-feira, que seu ajudante ficasse responsável pelo estabelecimento e aguardasse o dono chegar, deixou um recado na gaveta da sala do proprietário e mandou-se para a igreja São Bento da paz. Desconfiado, cabisbaixo e usando um imenso óculos escuro, ele adentra na paróquia e da porta de entrada já vê o confessionário situado lá no canto, suas cortinas são vermelhas, os dois lugares são encobertos, que bom ! Foi proposital e a mando do padre Gregório aquele lindo compartimento do século passado ter chegado com suas cortinas a mascarar os pecadores penitentes e suas mais diversas reações de remorsos e contrições. Nicolas se senta na primeira fileira e finge estar rezando, intrigado, ele só queria olhar para trás e observar a reação das pessoas ao vê-lo entrar no templo das confissões.
– Boa tarde padre Gregório ! – Disse Nicolas ajoelhado a cumprimenta-lo.
– Boa tarde filho, o que o traz até aqui ?
– Vim pra me confessar, não aguento mais esse segredo que me perturba –
Responde quase pondo a gola da camisa a cobrir o nariz, ter que inspirar aquele hálito sufocante que vinha do outro lado era de embrulhar o estômago, notava-se que era alho puro, se havia algo mais vindo daquela boca, seria cebola estragada.
– Comece meu filho –
Nicolas não se segurou, mesmo se sentindo metediço e inconveniente, antes de iniciar perguntou :
– O senhor gosta muito de alho não é ? –
– Nem tanto filho, só estou usando para espantar eles –
– Eles quem ? –      
– Os espíritos obsessores, eles são que nem vampiros sabe ! Vivem a nos rodear querendo haurir o que temos de melhor, além de muita oração, devo me purificar com alho –
– Os espíritos obsessores perseguem o senhor ? –
– Só quando seus algozes estão perto de mim ou ao meu redor, eles querem que eu os persiga, querem vingança –
O calafrio que arrepiou Nicolas era como se tivesse trincado sua espinha, agora ele está entendendo o por quê do padre Gregório ser meio lunático, a vontade de perguntar o quê diabos ele faz em cima da igreja toda madrugada a exata três da manhã é assoladora .  Resistindo a curiosidade e decidido a saber se realmente após o fato de revelar seus pecados e segredos tudo voltaria normal no que se refere a dormir em paz e não acordar sedento. Nos últimos dias Nicolas vem percebendo que são os pesadelos o qual ele sempre se esquece, além de um leve batido do badalo a tocar o sino que o faz acordar áquela mesma hora .
– Está na hora filho ! Conte o que tem de contar – Disse o padre Manfred.
Nicolas respira fundo, solta o ar e inicia :
– Padre Gregório, eu vi o homem que matou  Ivan poeira –
– E você avisou a polícia meu filho ? –
– Não, e nem sei por quê... na verdade aquela noite foi tudo muito estranho, o tal homem usava uma baita máscara daquelas de gás, não vi seu rosto, sua roupa cobria ele por completo –
– Conte mais meu filho, o que te deixou com culpa e tão compungido ? –
– Seu padre, ele gesticulou com a mão a me chamar e eu instintivamente fui, a princípio tudo parecia que ele ajudara o servente da vizinhança a se levantar, quando me pus a ajudar, algo bateu em cima da minha nuca, desmaiei, quando acordei estava diante do corpo, não entendi, acho que ele me deu uma coronhada e foi embora –
– O que fez depois meu filho ? –
– Eu fiquei sem entender nada, me evadi do local o quanto antes para que nem a polícia nem ninguém pudesse me ver –
– E o senhor poeira já estava morto meu filho ? –
– Creio que sim, ele estava imóvel, gelado ! –
– Está achando que matou ele ? –
– Eu não sei, eu não sei ! – Vociferou Nicolas a bater com as palmas das mãos nas própias têmporas ajoelhado e nauseabundo.
Sua inquietação e nervosismo a se autoflagelar intrigou o padre Gregório, que não obstante, persiste curioso e provocador.
– Não tem ideia de quem era o homem que te chamou, não é filho ? –
– Não padre, eu não sei quem era, eu não sei !– Lamenta  transtornado.
– Se você não sabe quem era, se não sabe se realmente ceifou aquela vida, em nada puderes ajudar, filho, vá para casa e reze cem pai nosso, cem ave maria e dez creio em deus pai –
– Obrigado padre, minha angústia acabou e meu coração está brando agora–
Como de costume, desde que se deparou com aquela visão acima da paróquia e despertar azucrinante Nicolas toma o chá relaxante que sua esposa faz para poder dormir, dessa vez, ele sequer acorda para verificar se o padre perambula por ali, com uma leve impressão que o sino não se mexeu madrugada passada, na noite seguinte, fica de espreita na sala com o despertador do rádio relógio a tocar ás 02:59. E até as 03:30 hs da manhã, estagnado, seu olhar ensimesmado o faz convencer que o padre não mais aparecera e que seu sagrado sono, dali por diante, voltaria ao abrandamento jubiloso.
O padre Gregório, ao contrário de Nicolas, não ficaria em paz por muito tempo, em mais uma celebração de eucaristia aos olhos atentos dos populares religiosos, o seu sermão há de tocar mais um pecador sentado em meio áqueles assentos de cores amadeiradas, o pedido para a confissão e arrependimento das criaturas amarguradas que ali sentam, é requisitado novamente, Nicolas chega a pensar que é com ele, mas sua confissão e sentimento de culpa estão mais que superados e absolvidos, além do mais, o áspero sacerdote não o olhara de modo viperino.
A noite não é tranquila para Luigi Hernandez, aquelas duras palavras ditas por Gregório Manfred não seriam para desacovardar e tocar o coração de algum fiel ali sentado entre os bancos, mas sim para um de seus diáconos, nem ele mesmo presumira que um de seus assistentes é que tremia as pernas ao ouvir tais verdades lancinantes.
Luigi mora ao lado da igreja São Bento, assim como deveras, o maldito horário o faz despertar sequioso e aflito, o mesmo sino perturbara tão somente a ele e a ninguém mais, já na terceira noite em que acorda, o que mais queria saber na vida, era quem estaria no auge daquelas madrugadas acompanhando o padre? Sabia que não era o sacerdote que fazia tocar o badalo, pois a autoridade religiosa, trajando o mesmo sobretudo e chapéu vintage já se encontrava imóvel, braços insistentemente arriados, olhando  para os terrenos ermos detrás da paróquia enquanto muito sutilmente, ressoava o som da batida do sino, Luigi já se encontrava estático a olhar pela sua janela antes mesmo da quarta hora do novo dia, descobrira com o tempo, que só ele despertava pelo leve ressoar do badalo, bem como era com Nicolas.
Ao contrario de Nicolas, Luigi não teve o olhar julgador do pároco autoritário a afligi-lo, ele era um diácono de confiança e visto como um diácono de muita fé, no início, o padre Gregório sempre de costas para seus auxiliares, a sermonar e reger as missas para os assíduos fiéis, parecia inofensivo aos olhos de Luigi, mas seu coração tremeu, sua consciência titubeou ao ouvir o padre discursar com bravura clamorosa ; que não dormia em paz, devido as almas vagantes, que não descansam e perseguem seu sono sagrado.
Luigi mora com sua mãe, costumava dormir no sofá da sala assistindo a tv recém-adquirida, era para poucos possuir um televisor colorido nessa época. Luigi não suportava mais ouvir os mesmos sermões rigorosos três  vezes por semana, ainda a vê o seu mestre religioso perambulando baratinado sobre a igreja. Pensativo, na madrugada obscura que o induz a pular da cama, começa a ligar os fatos e se convence enfim que tudo era por sua causa, está chegando o dia da confissão, é o melhor momento de contar e confessar o que nem sua mãe sabe, ela que conhecia seus segredos, na há de descobrir seus mais terríveis pecados, guardados a sete chaves no túmulo da sua mente.  
– Padre Gregório, eu vi o pescador Nestor Baracho morrer no riacho das sinistras –  Disse Luigi, mãos cruzadas, olhos abertos saltitantes, ajoelhado e nervoso frente ao padre, bafejava o mesmo hálito de alho, que mastigava para se proteger dos possessores que o rodeavam .
– O que está me dizendo filho ?! Tem certeza ? –
– Sim, eu o vi se afogando, pedindo ajuda –
– Conseguiu salvar ele, meu jovem auxiliar de eucaristia ? – Pergunta o padre misterioso e introspectivo, olhando para cima aguardando o depoimento que afligia o jovem diácono .
– Não, quer dizer... nem sei o que aconteceu naquele dia, quando cheguei até ele e o abracei, algo me jogou em direção a uma pedra –
– Não sabe o que o empurrou ? –
– Não –
– O que aconteceu depois, por quê não deu para salvar o senhor Nestor ? –
– Não sei explicar, eu estava me aproximando das pedras quando minha cabeça foi lançada numa outra grande pedra, desmaiei na hora –
– Não conseguiu ver o que foi –
– Não, mas lembro-me de ter visto uma sombra, não se tratava de uma sombra de um humano –
– O que era essa sombra Luigi ? –
– Não tenho ideia, uma espécie de meio anfíbio meio homem, foi aquilo que me empurrou, e quando eu acordei... –
– O que viu quando acordou ?–  Empolgou-se o sacerdote, é inevitável a curiosidade diante de uma testemunha mais que ocular daquela morte misteriosa.
– Acordei sem reação, prostrado numa pedra e vendo o sangue vermelho escoar pelo riacho, quando dei por mim, vi que era meu sangue jorrando desde a pedra que me acolheu desacordado ás águas sossegadas –
– Deixou o pescador lá ? –
– Sim –
– Não quis salvá-lo ? –
– Não –
– E por que não ? –
– Por que eu só queria sair dali –
– Estava com medo de ser atacado novamente ? –
– Sabe que eu não sei... se a dor que eu sentia na cabeça era maior que o medo de ver aquela coisa e ser atacado de novo –
– A circunstância te fez ir embora filho! –
– Acho que sim padre –
– Sim, vá para casa e ore pela alma do pescador Baracho –
Ordenou o padre ao seu diácono, que se prepara para auxilia-lo em mais uma cerimonia dessa vez de um importante casamento que haverá dia seguinte.
Dali por diante seu sono também voltara ao normal e mesmo acordando as três em ponto da manhã, certifica de vez que o padre não mais andejava inquieto em plena laje fria e extensa da igreja secular.
Quinze dias se passaram para que o sacerdote passasse a abandonar seu leito de recolhimento e descanso, para perambular rigorosamente as três da manhã. Certamente era para mais um que tivera visto algo na hora da morte de alguém, quem acorda aturdida é dona Laila Miranda, casada há dez anos com Jonas Ferrera, ele nem imagina da insônia e despertar azucrinante que ela passa a ter a partir de então, o sino ressoa, a boca resseca, a visão é a mesma e inusitada, ver o padre com mesma roupa e chapéu vagando ali em cima e estático o deixa mais intrigada e buliçosa que os outros dois ;
– Ei, sai daí, quem é você, é o padre Gregório ? –  Grita ela, quase a acordar a vizinhança, sorte que as almas errantes assopram os ouvidos parecendo atingir os tímpanos dos que dormem seu sono profundamente letárgico. A moçoila de 35 anos é mais uma frequentadora das missas, qual habitante daquela pacata cidade não é ? Se não fosse, assim seria considerado um descrente excomungado, e essa qualificação ninguém queria pra si, eram poucos que se atreviam em época de religiões impostas e olhos julgadores, que impunhavam a determinar a índole de quem povoa a região, bem como se a pessoa é respeitosa e tem boa reputação  .
Nem seu marido sabe seus segredos e o pecado sórdido que ela acha que cometeu, como que o padre Manfred sabe ? Afinal, aquelas palavras soam como indiretas para ela, desde quando o sacerdote fez o sermão homérico direcionado a Nicolas, que ela se sente amargurada pelas palavras lancinantes ditas diante de mais uma missa lotada.
Completa um ano daquela noite confusa, Laila resolve se abrir e libertar seu coração combalido, passavam das três da tarde do dia seguinte, no confessionário da igreja, ajoelhada, nervosa, ela aguardou uma moradora de rua que rezava na ultima fileira ir embora, ( não queria que mais ninguém pudesse ouvi-la ) para se aproximar do padre, encoberto pela cortina de cor sangue ( carmim ) e enfim, confessar-se.
– Padre, estou aqui para a confissão, faz tempo que não me confesso na verdade, só me confessei na minha primeira comunhão aos 12 anos –
– Isso é muito tempo minha filha, todo mês devemos nos redimir para deus–
– Padre Gregório, á um ano atrás, um homem foi encontrado enforcado no município de... –
– Atalanta ! – Interpelou o padre.
– Sim, como sabe ? – Perguntou inocentemente.
– Ora! O único suicídio que teve mais próximo daqui foi no povoado de Atalanta – Sobressaiu o sacerdote.
– Teve o de dona Cecília também ha seis meses, não é ?! –
– Sim, é verdade – Responde o padre Manfred arrependido de tê-la  interrompido, a notícia daquela morte do povoado ao lado nem fora divulgada na impressa ou jornais locais da redondeza, como ele saberia ?
– Há um ano atrás, eu estava em Atalanta numa visita á minha sogra que mora lá, eu e minha filha subimos a serra do pitoco, vimos algo estranho nas arvores antes de chegarmos na cachoeira –
– O que tem de demais nisso ? –
– Um homem ! Surgiu com o pescoço amarrado num galho e se debatia a enforcar... –
– Calma filha, não pode parar pra beber água, respire fundo e continue –  Amenizou o padre ao vê-la choramingando.
– É uma cena desagradável para uma criança de 8 anos padre –
– Sem dúvida minha filha –
– Me arrependo amargamente de ter ido sozinha com ela –
– E o que quer confessar filha ? –
– Eu deveria ter ajudado, ele estava quase tocando os pés no chão, mas tinha algo ou alguém em cima do galho que fez um gesto com o dedo na boca para eu me calar –
– Ficou com medo ? –
– Sim, ele estava querendo gritar socorro, mas eu corri com medo e puxei minha filha –
– Fez o que deveria fazer filha –
– Eu tentei me aproximar para segurar aquela pessoa, mas aquela coisa me assustou –
– Que coisa Filha ? – Perguntou o padre.
– Uma criatura de forma humana com uma máscara horrível –
– Pretende contar isso a polícia, filha ? –
– Não padre, não contei nada na época e me sinto mal por isso, e se não foi um suicídio ? –
– Deus está perdoando você agora minha filha, vá pra casa e reze 100 pai nosso e 50 Ave Maria – Ordenou o padre a prosseguir:
– Talvez fosse o anjo da morte que vocês teriam visto, ás vezes ele aparece aos que têm sensibilidade de espírito –  
Das pessoas que se confessaram através do chamado do sacerdote, a invoca-los, Laila Miranda foi a mais obediente e ao mesmo tempo a mais duvidosa e intrigada em seu âmago, foram noites a fio, espreitando na janela para ver se a criatura que perambulava em cima da igreja apareceria novamente, soube dentro de si, que se tratava do padre, coitado, o homem de meia-idade vagueava áquela altura, fizesse chuva ou fizesse brisa.
“O que é que eu estou fazendo aqui ? ”
Diziam Nicolas, Luigi e Laila Miranda, de mãos amarradas, sentados em uma cadeira de ferro congelante naquele mês de julho, onde o inverno atingia o seu auge desalmadamente.
Estavam juntos os três, caíram na carta de armadilha que receberam :
Carta de remissão definitiva para seus pecados ;
Meu filho, convido você a comparecer ao modesto mosteiro de São Bento localizado detrás de nossa paróquia e recém-construído com intuito de ser perdoado o seu pecado mais vil e indecoroso, trata-se de uma convocação espiritual e aguardo sua presença sem falta.  V. Em.a. Padre Gregório Manfred .
Dizia a carta.
“ Vocês passaram no lugar errado, numa hora errada !”
É o que os três conseguiam ler em letras de cores encarnadas e garrafais o que estava escrito na parede cinza, em frente á suas vistas.
A frase escrita com intuito de avisar algo, foi a última coisa viram na vida antes de serem brutalmente exterminados e excluídos do mapa, o padre apesar dos 70 anos não parece um velhote de idade avançada, ressurge com sua máscara de gás em sua face:
– Não era anfíbio idiota! Muito menos uma criatura desconhecida, sou o sacerdote príncipe das trevas que levará suas almas vagantes ! –  Vociferou com um tom baixo detrás daquela máscara verde-escura, para que Luigi e Laila descubram o que de fato avistaram áquele dia e assim, levassem em seus túmulos o motivo do por quê, serem mortos.
“Atitude e olhos metediços na ocasião errada, idiotas !”
Estava escrito mais embaixo...
Os baldes de ácido sulfúrico que ele e seu assistente seguram são despejados em cima de suas cabeças, o que restam de seus olhos conseguem avistar o padre mascarado a segurar um punhal e perfura-los, um por um, seus cabelos decaem no chão, suas peles derretem, parecem frigirem-se ainda mais quando seus corpos são jogados num saco de estopa. Enfim, ao chegar da madrugada gélida, quem sairia na rua?  Seus corpos são enterrados pontualmente ás três da manhã por ele e seu fiel assistente, chamado Juan Bakodoux, o mesmo que tocava o badalo para atormentá-los no despertar indefectível.
Jamais descobrirão aqueles corpos enquanto o sacerdote viver.
Sua igreja, seu mosteiro, sua capela, toda paróquia enfim é insuspeita, sob qualquer olhar e questionável circunstância.
“ Então era isso ?! Gregório Manfred ficava em cima da laje da igreja observando junto ao canto lúgubre das corujas, o terreno baldio e aberto que preludiava o que iria esconder debaixo de seus matos e areias inquietas”.
Pensou Juan Bakodoux, ao ver o micro mosteiro ser inaugurado para o sacrifício e enterro das três testemunhas, as testemunhas que viram e cogitaram impedir ou atrapalhar os suicídios daqueles três indivíduos.
Tamanha foram as súplicas desses suicidas... para que a extrema-unção do príncipe da morte, o sacerdote Manfred enviado das trevas, abençoasse suas partidas.  
Quanta inconveniência atrapalhá-los !!!                      
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verdadenapratica · 5 years
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A PROFESSORA DA VIDA
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Vivi o tempo em que estudávamos o latim no antigo curso secundário brasileiro. Gostaria de o ter estudado mais, entretanto essa disciplina foi abolida do currículo escolar precisamente no ano em que eu voltaria a estudá-la. Quando muitos pensam que apenas as línguas neolatinas é que vão beber na fonte do latim, temos como certo que, apesar de o idioma inglês ter por base a língua dos anglo-saxões, cerca de sessenta por cento [ou mais] do léxico inglês provêm diretamente do latim, ou deste descendem por via oblíqua mediante o francês.
Foi com muita avidez que estudei o latim. Encantavam-me as explicações da minha mestra, demonstrando-nos a origem do termo ónibus, que tem parentesco direto com o caso dativo plural de “omnis”, i.e., “omnibus”, cujo significado em português é “para todos”. Se forem remexer o inglês, encontrarão lá o “omnibus“, que depois se reduziu para “bus”. Pessoalmente tenho profundo apreço pela variedade europeia do português. Sem desejar, contudo, criar braço-de-ferro entre as duas variedades da língua portuguesa [europeia e brasileira], creio que, neste exemplo, o ónibus brasileiro ultrapassa em etimológica vantagem o autocarro lusitano.
Aprendemos lá no nosso curso de latim como surgiram as formas divergentes e convergentes existentes no português. Aquelas partiram do mesmo étimo e desembarcaram no português com formas diferentes. Exemplo disto é o termo latino “macula”, que, pelo caminho erudito, trouxe ao nosso idioma a palavra mácula, e, pela via semierudita, mágoa; mas não só: há também malha, mancha e mangra. No caso de palavras convergentes, rio é um exemplo; na sua aceção verbal, descende de “rideo”, tomada como substantivo, resulta de “rivu”.
A nossa professora fazia-nos estudar porções dos “Commentarii de Bello Gallico”, um texto escrito pelo vitorioso Júlio César, no qual ele relata as operações militares desenvolvidas nas Guerras da Gália [58 a.C. a 52 a.C.]. Dissecava-os cirurgicamente a fim de retirar deles os conhecimentos essenciais do latim. Usava as máximas ditas em latim pelos pensadores da antiguidade, para assim nos transmitir lições de vida e minúcias do idioma, como, por exemplo, “Historia magistra vitæ est”, isto é, a História é a mestra da vida [Cícero]. No meio desse caldo todo, impregnou-se em meu espírito uma inesquecível e significativa frase latina: 
“Non scholæ, sed vitæ discimus”, que em português significa que nós “não aprendemos para a escola, mas para a vida”.
Com esta visão de que o conhecimento adquirido no meio académico deve ter aplicação finalística na vida, penso ter chegado o momento oportuno para lhes dizer o porquê do título do nosso texto. Ei-lo:
Uma professora habituada a paraninfar turmas de formandos comoveu-se numa solenidade de formatura. No específico caso, tratava-se da colação de grau de uma turma do curso de Letras. Em tais alturas, é previsível que os oradores enalteçam as boas qualidades da pessoa eleita paraninfa, especialmente se se tratar genericamente de um mestre, pois pode não o ser. Com efeito, ao assomar o púlpito, a representante da turma – referida pela professora homenageada como uma mui aplicada e destacada aluna – passou a tributar honras e reconhecimento à mestra madrinha. Esta, à sua vez, estava razoável e emocionalmente preparada para os receber, por ser este um procedimento de praxe.
A professora homenageada estava realmente preparada para ouvir os elogios? Não, não o estava! No máximo, ela nutria a expectativa de ser declarada a “Professora Feliz”, ou talvez a “Professora do Ano”. Entanto, a oradora da turma foi além, bem mais além. A plenos pulmões, declarou que a mestra homenageada era a “Professora da Vida”! 
Para fundamentar tão justo louvor, a representante da turma esclareceu que nos primórdios do curso provocou a querida professora a dar pistas do que seria a felicidade. Em resposta, ouviu que “a felicidade não estaria no estabelecimento de uma posição social, nem mesmo na criação de filhos e muito menos na aquisição de bens ou fortunas, mas na ampla compreensão de outra alma humana. Se entendêssemos o ser humano, nada mais precisaríamos na vida.” 
Lá no seu íntimo, a professora não se continha de emoção. Conjeturo que os seus humedecidos olhos ganharam um brilho especial, em simultaneidade a um invisível laço compressor que se deve ter formado à volta do seu pescoço, deixando escapar tão-somente involuntários e fartos soluços que a deixavam sem voz. Entrementes, uma súbita e crescente alegria invadia-lhe o ser, ao perceber que a estudiosa aluna apreendera o “verdadeiro sentido da vida”, qual seja “a ampla compreensão de outra alma”, que, ao sentir da sensibilizada mestra, era “a mais difícil, porém a mais bela de todas as tarefas.”
Vê-se, portanto, que a lição romana alcançara a jovem oradora, pois, indubitavelmente, em pleno ambiente escolar e mediante a instrumentalidade da capacitada professora, ela absorvera importante ensinamento, cuja repercussão positiva se irradiaria ao longo de toda a sua existência. Por outras palavras, nós “não aprendemos para a escola, mas para a vida.”
No ocaso deste texto, elucido nunca ter tido contacto com aquela ilustre e inteligente oradora. Não a conheço nem tenho a mínima ideia de quem o seja. Quanto à professora, porém, não é difícil encontrá-la entre nós. As interações no ambiente do Twitter renderam a este escrevinhador o privilégio de aceder a essa bela história. Estou concretamente a falar da capacitada professora Zilda Carloni, registada nos meandros do Twitter com o designativo @ProfZi. Ademais, aproveito o ensejo para render-lhe merecida homenagem pela transcorrência do seu aniversário de nascimento, que se comemora no dia 25 de fevereiro.
Embora sem mandato expresso outorgado pelos colegas microcontistas do blogue Umas Linhas – do qual a digna professora é colaboradora – ouso falar em nome de todos eles, para assim expressar à distinta professora aniversariante os nossos votos de vida longa, saúde, paz e felicidade.
Magno R Andrade @magnoreisand – siga-me no Twitter
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zzyzxxrd · 5 years
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210119
Meu filho, eu te tive no auge dos meus vinte e um anos. Perdi muitas festas, muitas bebidas, muitos cigarros, muitos amigos. Mas te ganhei e te ter ao meu lado acalenta todas as perdas superficiais. Não saí como as tuas dindas, não tive aventuras loucas pra guardar na memória, não peguei um argentino e nem experimentei drogas alucinógenas. Mas sei todas as músicas do mundo bita, qual marca de fralda não vaza durante a noite e a listagem de alguns remédios. E isso basta. Não basta sempre, as vezes nada basta. Tem dias, meu amor, que eu só queria fugir pra bem longe e esquecer das minhas obrigações. A vida me fez adulta antes da hora. E eu me deixei ser feita. Por nós.
Vai ter um dia que tu vai estar no auge dos teus vinte e um anos e eu vou dar um tapa nas tuas costas e falar: faz o que eu não fiz. E vou falar também: ou faz o que eu fiz, a vida é tua. É a minha cara falar isso. A tua vida é tão tua que deve ser vivida da forma que tu achar correta. Como tu achar correto. Com quem tu achar correto. Onde tu achar correto. Tu é livre, tem alma livre, olhar livre, desejos livres. E eu vou te contemplar sempre, assim como contemplo há sete meses.
As vezes eu sonho contigo, tu já é adulto e é tão lindo e livre, meu filho. Tão lindo e livre que parece o vento. Nos meus sonhos teus cabelos são compridos e encaracolados, tu usa uma camisa vermelha e nós estamos em uma viagem pela América Latina. Libres. Tu me fala da tua luta diária contigo mesmo, eu falo que isso tu puxou de mim e nós dois rimos. Tu fala sobre amores que já teve e tem. Eu te dou conselhos capengas. Nós tomamos uma cerveja gelada. Tudo está tranquilo, por que nós temos um ao outro. E se nós temos um ao outro o mundo se acalma.
Eu me acalmei desde que te vi, desde que teus olhos certos olharam para os meus cheios de dúvidas. Teu olhar era de quem sabia o que veio fazer e o meu olhar era de quem sabia o que tinha que fazer.
Eu te amo tanto meu pedacinho. Nós dois juntos somos imbatíveis!
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shakirabrasil · 7 years
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Confira a entrevista de Shakira para a revista Vanity Fair da Itália
A nossa musa latina é a capa do mês de junho da versão italiana da revista Vanity Fair, e pra variar, ela está LINDA!
A revista que comumente aborda temas como entretenimento, política, sucesso, moda e beleza teve uma conversa descontraída com a nossa loira, e é claro que a equipe do Shakira Brasil já traduziu tudo pra você não ficar de fora! Acompanhe:
Shakira: “Sou uma mãe tigresa e venci o medo parada voltar aos palcos”.
Quando criança, foi dito a ela que cantava como uma cabra… O sucesso veio, mas depois de se tornar mãe, entrou em crise e pensou em desistir da música. Ao invés disso, Shakira voltou aos palcos e segundo ela, “foi libertador”.
Poucos dias após o massacre de Manchester, em 22 de Maio, durante o show da cantora Ariana Grande, perguntamos a Shakira como ela se sente hoje, uma artista acostumada a cantar para milhares de pessoas, e se o pensamento é “Isso poderia acontecer em um dos meus concertos?” Ela responde:
“Bem, como humana, é difícil dissipar, vivemos em tempos difíceis. É claro que há medo, mas há também a vontade de não desistir, continuar a fazer música para viver uma vida plena e satisfatória”.
Não ceder ao medo, é a resposta mais diplomática que dará ao longo da entrevista, mas é também uma resposta de coração, porque se há alguém que sempre representou os valores da inclusão e a mistura de culturas, este alguém é ela, tanto que ela mesmo costuma dizer “Eu sou uma fusão“.
Colombiana de nascença, libanesa por parte do pai, espanhola e italiana por parte da mãe,  é influenciada tanto pela música do oriente médio como também pelo pop inglês, Shakira é uma diva Global por excelência. Primeiro se tornou famosa em espanhol, com o álbum Pies Descalzos (era 1995) e, em seguida, explodiu ao redor do mundo através dos sucessos “Whenever, Wherever“, “Hip’s don’t lie“, “Don’t Bother” e “She Wolf“. Ela diz:
“A língua espanhola é o mais próximo do meu coração, mas certas coisas, por algum motivo, é melhor pra mim em inglês”.
O novo álbum é chamado ‘El Dorado’ e é uma espécie de retorno após o nascimento de dois filhos, Milan (4 anos) e Sasha (2 anos), junto com o jogador de futebol do FC Barcelona, Gerard Piqué. Os dois se conheceram em 2010 no set de gravação do vídeo “Waka Waka”, a canção oficial da copa do mundo na África do Sul, de fato, cantada por Shakira.
“É um álbum eclético, com uma mistura de canções muito pessoais como o single Me Enamore (dedicado a Piqué, que aparece no vídeo) e outros mais pop’s, com influências de Bachata Latina e Reggaeton”.
Um sentimento subjacente de todo o álbum é a liberdade: El Dorado, segundo ela, “É talvez o disco mais libertador que eu já escrevi, e ainda mais divertido”.
Após a maternidade você tinha dado uma pausa, quando você percebeu que era o momento certo pra voltar?
“Foi um processo gradual. Eu sou uma mãe novata que tem que conciliar o papel de mãe com o papel de artista, meu maior desafio. Eu tinha decidido que apenas quando Sasha estivesse mais independente eu estaria de volta ao estúdio. Mas eu não tinha contado com o conflito entre estas minhas duas almas e o medo que poderia aparecer. Em certo ponto, o medo virou o medo do palco. Eu estava confusa, eu também estava tentada a me aposentar, largar tudo”.
O que te fez mudar de idéia?
“Ele interveio, Gerard. Ele sem rodeios disse que nunca permitiria que eu me aposentasse, disse “Garota, você só vai se aposentar quando não tiver mais coisas a dizer. Agora vá lá e faça o que você faz “. Ele estava certo. Eu estava com medo. Digo, aterrorizada“.
Gerard te desbloqueou?
“Absolutamente. Mas entre decidir gravar um novo álbum e fazê-lo realmente levou tempo. Ele têm a pressão e as dúvidas: onde eu encontro inspiração? Como posso trabalhar em um ambiente tão novo para mim? Passei uma semana pensando o que eu já não teria feito. Escrever um álbum a partir do zero parecia uma tarefa impossível, como se eu tivesse que escalar o Everest. Logo, algo estava desbloqueado, mais uma vez, eu publiquei uma canção, “La Bicicleta”, juntamente com Carlos Vives e vi que os fãs talvez não esperassem um álbum completo, que mesmo uma canção seria suficiente. A pressão foi aliviada. E algo em mim estava desbloqueado”.
Logo, aliviou-se a pressão.
“No passado, produzir uma música atrás da outra era um dever. Mas a idéia de me trancar em um bunker, isolada de tudo e todos por quem sabe quanto tempo a fim de produzir uma enorme quantidade de trabalho, me aterrorizava. Felizmente, a indústria fonográfica mudou muito nos últimos anos, e um artista não é mais obrigado a produzir tendo em mente um álbum inteiro. Em suma, quando eu disse “ok, não preciso criar um álbum inteiro” eu vi a luz no fim do túnel. As músicas começaram a fluir mais suave do que nunca, e eu nunca me senti tão livre e criativa como agora”.
Qual é a lição aprendida?
“Que não podemos ouvir o que as outras pessoas querem, mas seguir o seu instinto e suas épocas. E, se necessário, derrubá-las. Eu fiz isso, hoje ser mãe é o meu verdadeiro trabalho. A música se tornou um hobby para que eu possa fazê-la de uma forma descontraída. Eu nunca pensei que diria tal coisa, pois eu trabalho desde que eu tinha 14 anos”.
Mas isso  muito provavelmente é pelo estresse do papel de ser mãe?
“Porque eu sou uma mãe tigre. Leva-me muito tempo para restabelecer-me as energias, quero que meus filhos desenvolvam plenamente a sua capacidade cognitiva, criativa, comportamental. É muito cansativo. Outro dia eu li um estudo que diz que as francesas são as mães mais tranquilas. Aqui, eu quero ser francesa, mas, infelizmente, eles não são. Eu não tenho desapego, eu vivo com toda a paixão, a mil, e uma vez que a maternidade é agora o meu trabalho integral, eu coloco muita energia nela. É bonito, emocionante, maravilhoso, mas cansativo ao mesmo tempo “.
“Bastou Gerard para libertá-la, disse “Garota, você só vai se aposentar quando não tiver mais coisas a dizer. Agora vá lá e faça o que você faz”. – Shakira O que ensinar a seus filhos sobre o sucesso?
“Que isso não tem nada a ver com ser famoso ou rico. O que é muito mais importante é entender o que você realmente quer fazer na vida. E essa teimosia, por vezes, faz com que você consiga ir tão longe com talento”.
Te preocupas que seus filhos cresçam como privilegiados?
“Eu penso sobre isso, e é verdade que os meus filhos estão crescendo com mais recursos do que eu tinha, mas ainda há dificuldades. Só que, para eles será um tipo diferente. Já agora percebo que ter dois pais famosos não é fácil, você vai lutar mais para encontrar o seu caminho. Uma coisa que me importa é que eles cresçam aprendendo muitas línguas, porque essa é a maneira de aprender sobre as diferentes culturas e abrir a mente”.
E o sucesso você dedica a quem?
“Ao meu pai. Quando criança, eu foi expulsa do coral da escola porque o professor não gostou do meu vibrato, ele disse que eu parecia uma cabra. Meu pai me disse para não desistir, para continuar a cantar. “Sua voz é bonita, você vai ver, um dia todos irão notá-la.” Tem sido sempre um sonhador. Talvez não muito bom como um empresário, mas um idealista que me ensinou muito sobre a vida e o valor da perseverança”.
O que dirias agora a Gerard?
“Tê-lo ao meu lado é fundamental. É como se o tivesse tido sempre, sempre. Eu não posso imaginar minha vida sem ele “.
Você sabia que, recentemente, ele foi um dos convidados de uma transmissão italiana e disse que queria se casar com você?
“Eu sei. É algo que ele disse só na Itália, nem mesmo na Espanha. O que você pode dizer? Ter dois filhos juntos já me faz bastante casada, para não mencionar que as nossas vidas e nossas carreiras estão completamente devotadas um ao outro. Eu questiono a necessidade de um pedaço de papel para tornar este um casamento”.
Entrevista por Vanity Fair n. 23
Essa mulher é MARAVILHOSA né?
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wordsaremy-weapons · 7 years
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Maria em uma “Ninguém Se Importa Productions”: vamos falar da segunda temporada da pior melhor série do mundo, aka Shadowhunters, mas que eu amo mais do que deveria.
Olá, esse post poderia ser patrocinado pela Freeform, porém eu tô fazendo de graça mesmo, afinal, eu sou a louca de Shadowhunters. Principalmente a louca de TMI, mas eu vou falar da série PRIMEIRAMENTE E UNICAMENTE. Eu cheguei a um ponto da minha terceira idade em que eu não me importo se tão seguindo ordem de livro/hq em série, porque não tem como ser 100% fiel, mas sim se estão seguindo os PERSONAGENS, a alma deles, pois a história gira ao redor disso. Isso, claro, quando não mudam drasticamente o plot, de uma forma bizarra e alteram coisas de livros/hqs, mas isso é papo pra outra horinha. 
Shadowhunters sempre foi uma série marromenos, mais pro menos mesmo, teen, com efeito cagado e que eu ficava surtando/chorando tendo a consciência (e ainda tenho) de que uns 80% da população acha ruim pra caralho, porém eu li os livros. Porém eu tenho um amor ENORME por determinados personagens dessa história, que simplesmente não sei lidar. PORÉM, eu tenho um amor ainda mais absurdo pela Cassandra e pela forma com a qual ela me apresentou esses personagens, os evoluiu e me fez aprender bastante coisa em questão de escrita e perceber que uma boa história só é sustentada pelas suas “peças” nesse enorme tabuleiro de xadrez que chamamos de TMI saga. 
Em um resumo pessoal: ENQUANTO NÃO CAGAREM MEU FILHO ALEC, MINHA MÃE IZZY, MEU PAI SIMON E MEU DEUS MAGNUS, EU ESTAREI VENDO ESSA CARALHA. ALO ALO GRAÇAS A RAZIEL.
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Eu sei, a série tem uns baixos bem baixos na primeira temporada, umas coisas que até hoje eu não sei como deixaram ir para o ar, mas, estou aqui para falar da segunda temporada e desse primeiro episódio que eu vi às seis da manhã e estava orgulhosa para um cacetinho. Afinal, ACREDITEM SE QUISER, a série aparentemente evoluiu.
Mudaram diretores, roteiristas e eu já tava vibrando eternamente quando afirmaram que os personagens seriam mais fieis aos livros. EU SEI, eu só vi um episódio e provavelmente vou fazer review no fim dessa season, mas a gente já nota uma mudança CLARA no roteiro e como isso tornou a série muito menos bagunçada e que parece que vai realmente tomar um rumo. Acreditem na tia Maria, até algumas falas eram IDÊNTICAS a do segundo livro, eu até agora não to sabendo lidar.
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A gente sabe que uma boa mudança em staff técnica e criação ajuda pra um cacete na série. Eu reparei mudanças até em figurino (principalmente da Clary) e em postura dos personagens, fotografia e o caralho a quatro. Não é porque eu vejo série teen que eu não reparo nas coisas, aliás, principalmente por ver esse tipo de coisa, eu consigo apontar pequenos detalhes que podem levar a maldita série teen a algo a mais. E a segunda temporada me parece caminhar um tanto para isso.
Menos bagunçada, mais encaminhada com pitadas dos livros e com algumas atuações melhores, eu sinto que promete muita coisa. Sendo honesta, foi um episódio bem morno pra uma first season e isso não o fez BOM PRA CARALHO, o que o fez BOM PRA CARALHO é comparar alguns episódios medíocres e até os “melhoreszinhos” da primeira temporada e ver como essas mudanças agiram e evoluíram a série de alguma forma. Não é uma “nossa que evolução do caralho, que evoluçãozão da porra”, mas quem gosta de notar pequenos detalhes, percebe que existe algo ali que pode crescer. E eu espero, de coração, que cresça. Afinal, os livros são fantásticos DEMAIS para que outra adaptação vá pro ralo. 
Vou fazer pontinhos positivos e negativos, pois acho que funciona melhor e tentarei fazer isso quando eu fizer mais reviews do “Ninguém se Importa Maria Productions”.
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PONTOS POSITIVOS
♦ Menina Kat MacNamara melhorou UM POUCO. E eu notei que isso provavelmente é obra da direção, AMÉM. Não é como se ela tivesse se tornado a melhor atriz do mundo, mas eu senti uma evolução. O que eu ainda sinto que é mais proeminente da Clary ser uma personagem um pouco chatinha (na minha opinião) do que SÓ DELA. Quem leu o livro sabe que a Clary demora um pouco pra pegar no tranco ás vezes, então eu vou oficialmente reclamar quando chegar num ponto X da Clary. Daí, se ela não melhorar, ela merece o título de pior atriz do mundo mesmo.
♦ MALEC. ALEC. MAGNUS. DADDARIO. SHUM. DONOS DA SÉRIE. Não tenho muito o que falar, a gente sabe bem qual é o ship que carrega a série nas costas.
♦ Simon como sempre tem aquela pegada cômica que a gente ama e que a gente quer levar pra casa e cuidar, mesmo sendo um vampiro. Talvez principalmente por ele ser um vampiro, me perdoem por ser a louca dos vampiros.
♦ Coisinhas dos livros. Falas, algumas linhas cronológicas que sugerem que eles vão ser UM POUQUINHO mais fiéis a partir de agora.
♦ IZZY E CLARY LINDAS DEMAIS. As duas treinando sempre fez sentido na minha cabeça, desde que a Clary começa a ser treinada no livro, então agradeço aos produtores por isso.
♦ O plot do segundo livro parece estar vivíssimo e poderosíssimo.
♦ Já falei da fotografia, da filmagem, PORÉM VAMOS FALAR DOS EFEITOS ESPECIAIS E DOS VAMPIROS MORRENDO COMO VAMPIROS DE VERDADE, EU TO TÃO FELIZ. Eles não estavam brincando quando mencionaram que a série teria esse tipo de melhoria, PORQUE ESTÁ TENDO, É REAL E TÁ MARAVILHOSO. Amém.
♦ Jace PARECE estar quase sarcástico e melhorzinho, mas não quero falar sobre isso agora no momento.
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PONTOS NEGATIVOS. 
♦ Jace novamente, não consigo lidar ainda, eu fico desapontada, porque falta aquele ar “sassy” dele em alguns momentos. Aconteceu um pouquinho nesse episódio, mas bem pouquinho mesmo. EU ESPERO QUE EVOLUA ESSA CARALHA, PORQUE ELE É O “MAIN BOY”, COMO CS DEIXAM ESSA COISA PASSAR??
♦ Clary, chata como sempre, e alguns probleminhas AINDA na atuação da Kat, porém quem sou eu, nem saberia atuar nessa caralha, mas é ainda algo que incomoda um pouquinho. EU SEI QUE EU ELOGIEI ALI, mas tenho que reclamar aqui também, porque não tá maravilhosamente bem como todo mundo gostaria, mas é o que temos pra hoje ainda. 
♦ MINHA MÃE IZZY APARECE POUQUÍSSIMO, AINDA ESTOU INDIGNADA, PORÉM DONA DA PORRA TODA. Só estou preocupada com o possível plot dela seduzindo o tal carinha novo, Victor, pois EU MARIA ENTENDO QUE IZZY É EMPODERADA E UM MULHERÃO DA PORRA, mas as pessoas são pau no cu pra caralho e sinto que vai vir um hate chato sobre isso só porque ela é “latina e gostosona”, sendo que ninguém vê que ela é muito mais do que isso. Vide o diálogo sobre Arte da Guerra desse episódio. 
♦ Valentim ainda me dá algumas coisinhas, não sei lidar com o personagem, mas é algo que vem desde o livro. Ainda não me convence, mas estou esperando para ser surpreendida, de alguma forma. Sou trouxa e espero coisas boas, me perdoem por isso.
♦ Ainda tá com aquela carga de série teen pra idade dos personagens e como avançaram com a idade deles em relação aos livros e isso é meio chatinho. São personagens de vinte e tantos anos e a pegada ainda precisa ficar mais séria do que isso. Melhorou? Melhorou, mas ainda é uma longa caminhada pra isso também, acho que precisa ficar mais sombria em alguns momentos.
♦ Jocelyn chata pra caralho, meu deus. Mas, pensando na primeira temporada, a personagem se tornou como ela é realmente no livro e como eu sempre tive a impressão de ser. Na primeira temporada ela era “legalzinha” e mosca morta demais para a personagem, agora parece que as coisas vão se encaixar um pouco mais com o livro, como eu disse.
♦ Me irrita ver a mãe do Alec tão escrota e o pai  e o Max esquecidos em churrasco, mas acredito que isso vai vir com tudo quando eles abordarem Idris. E, ALIÁS, VAMO ELOGIAR AQUI RAPIDINHO QUE A PARTE EXTERNA DO INSTITUTO MELHOROU UM BOCADO.
♦ Como eu disse, foi um episódio morno, talvez preparando para coisinhas mais na frente, mostrando que a série tá mudada, mas nada que fosse muito PUTA QUE PARIU MEU DEUS EU TO GRITANDO, somente “okay”. A gente comemora por ter evoluído em algumas coisas, reclama de outras, mas senti que faltava um impacto mais forte no plot, do que o do fim do episódio. Mas, como eu disse, é série teen e a gente tem que saber ter um pouco de paciência com algumas coisas.
Bom, acabei de fazer esse textão do caralho pra nada, porque não recebo nada em troca, mas gosto de expor e refletir sobre coisinhas, ainda que banais e um pouco fúteis ás vezes, principalmente quando giram a redor de série que nem todo mundo gosta. 
Mas eu gosto.
Eu surto sim.
Cs vão ter que me aguentar falando de Shadowhunters se essa série melhorar mais mesmo, me aguardem. Provavelmente voltarei no fim da temporada, então VIDA QUE SEGUE. 
É isso, beijo no core. Até mais, mores. 
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bilgates · 3 years
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O premiado professor de matemática que inspira alunos com música
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Colombiano Federico Ardila tem se destacado nos Estados Unidos pela capacidade de inspirar alunos ‘dentro e fora da sala de aula’, o que lhe rendeu diversos prêmios. Federico Ardila foi premiado pela capacidade de inspirar alunos no aprendizado da matemática Arquivo Pessoal Federico Ardila tem alma de músico, mas, ao mesmo tempo, é um matemático consagrado. Nascido em Bogotá há 43 anos, formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, por sua sigla em inglês) e com uma ampla carreira como professor universitário nos Estados Unidos, Ardila conseguiu usar a emoção da música para otimizar o aprendizado de uma disciplina execrada por muitos: a matemática. Leia também: Superdotados enfrentam ‘jornada’ por direito à educação adequada nas escolas Por conta disso, recebeu diversos prêmios, como o que lhe foi concedido em 2020 pela Associação Americana de Matemática (MAA, por sua sigla em inglês) “por inspirar alunos dentro e fora das salas de aula da San Francisco State University”. Mas, além da vocação como professor, ele também canalizou sua paixão musical e fundou um coletivo de DJs na cidade de Oakland, onde a música latina brilha com luz quase natural. A BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC, conversou com Ardila sobre matemática, inclusão social, música e emoções. BBC – Você chegou à matemática por meio de uma combinação de vários fatores, incluindo sua família e, especialmente, suas irmãs. Por que você se interessou pelos números? Federico Ardila – Sou filho de pais que seguiram duas direções muito diferentes. Meu pai é engenheiro e gostava muito de matemática e minha mãe era socióloga e sua grande paixão era ajudar os outros. Portanto, essas duas mensagens estiveram sempre presentes desde muito cedo: por um lado, o gosto pela ciência e, por outro, uma certa responsabilidade social. Não acredito na ideia de que se nasce matemático, mas é verdade que desde pequeno fui instigado a gostar de números. E quando eu tinha uns 9 anos descobri o programa das Olimpíadas de Matemática da Colômbia. E me inscrevi porque minha irmã e meu primo eram muito bons com os números. Gosto muito de falar sobre isso porque me parece importante: a minha irmã também era muito boa em matemática, mas a nossa sociedade manda as mulheres para o outro lado, certo? Saiba mais: Desigualdades fazem parte da carreira de mulheres cientistas, nota astrônoma brasileira BBC – E sua irmã, nós a perdemos na ciência? Ardila – Ela é música hoje. E vamos dizer que para ela não é uma perda. Quem perdeu foi a ciência. BBC – Um dos seus grandes focos hoje é usar a matemática como uma ferramenta de inclusão social. Como isso funciona? Ardila – A ciência em geral, e a matemática em particular, têm um poder muito importante dentro de nossa sociedade. Em outras palavras, matemática e ciências foram usadas muitas vezes por governos para causar danos. Os militares dependem muito da matemática. Muitos dos modelos de capitalismo são baseados na matemática, a matemática tem muito poder na sociedade. Leia também: ‘A educação precisa permitir o erro’: o professor que colocou a ciência como missão após um momento de eureca Por isso, é fundamental que todos os setores de uma sociedade tenham acesso a essa ferramenta, pois dependendo de quem a possui e de quem a utiliza, ela pode ser uma ferramenta de opressão ou de igualdade. E nós, cientistas, não gostamos de dizer isso, mas a ciência também tem sido uma grande ferramenta para construir a desigualdade. Mas não porque seja ruim, mas porque as pessoas que tiveram acesso a usaram para isso. Pois é por isso que para mim é fundamental, numa sociedade que procura ser mais igualitária, que esta ferramenta seja reinventada por diferentes comunidades. Que se possa decidir, em meio à ideia de construir uma sociedade mais igualitária, que papel a ciência pode desempenhar. Saiba mais: Estudo em SP mostrou que seriam necessários 11 anos de investimentos em educação básica para recuperar os pontos perdidos em matemática durante a pandemia BBC – E como você a aplica em uma sala de aula? Ardila – Todo esse pensamento me levou a me perguntar: como posso contribuir? Eu trabalho em uma universidade pública em San Francisco. É uma universidade de acesso muito aberto e muitos dos meus alunos vêm de comunidades que não tiveram acesso a ciências e matemática. Em outras palavras, muitos deles são imigrantes cujos pais não se formaram na escola. Quero construir espaços onde os alunos se sintam confortáveis. Mas não é tão fácil, porque é um pouco o que eu estava contando sobre a minha irmã quando ela entrou num curso de matemática. Ela não se sentia confortável por causa do ambiente masculino e competitivo. O que tento fazer é construir um ambiente dentro da minha sala de aula onde qualquer pessoa que chegue possa se sentir confortável, cômoda e possa encontrar na matemática uma forma de desenvolver suas habilidades e ter alguma influência. Como eu faço? Eu sou bastante experimental. Então, por exemplo, para deixar os alunos confortáveis, eu coloco uma música. Eu também sou DJ. E eu penso muito na música como um elemento que pode ter um efeito forte. Às vezes, quando eu chego na sala de aula, eu digo: “pessoal, escolham uma música”. E todos os dias um aluno tem a oportunidade de colocar uma música que significa muito para ele. Isso começou como uma experiência divertida, mas o que me impressionou é que os jovens tocam músicas que têm muito significado e contam histórias muito pessoais. Quanto mais faço essas coisas, mais percebo que os jovens também querem aprender matemática, mas acima de tudo querem ser tratados como pessoas. Lembro-me do caso de uma menina que queria nos mostrar a música que cantou no funeral da mãe porque queria agradecer a ela por ter aberto a porta da educação. Esse tipo de coisa é o que chamo de inclusão social em sala de aula. BBC – Existe uma expressão que você usa muito quando fala em educação, quase como um lema: “Ninguém tira o que você dançou”. Ardila – Porque sinto que a educação sempre funcionou como forma de classificar as pessoas. Isso acontece muito nas aulas de matemática, onde muitas vezes o que fazem é classificar quem são os mocinhos e quem são os malvados. E isso me parece muito prejudicial. Se você der a alguém uma prova de uma hora, não poderá saber nessa hora o que essa pessoa pode fazer. Falo muito sobre isso com meus alunos, que é importante que eles saiam bem em uma prova, mas me parece que isso é secundário e que é muito mais importante que eles saibam e sintam que estão aprendendo, construindo e se divertindo com a matemática. E quando eles sentem isso, dentro de seus corações, ninguém tira isso deles. As pessoas ficam surpresas quando falo com o coração em uma aula de matemática, mas sinto que a educação faz isso. Quando você aprende algo novo e entende algo novo, isso pode preencher você muito como pessoa. Seu cérebro entendeu algo que não entendia e ninguém vai tirar isso de você. E um professor pode dar uma nota ruim, mas isso não significa nada se você sabe que aprendeu alguma coisa. Em outras palavras, ninguém tira o que você dançou. Ele também já disse muitas vezes que seu convite é criar espaços com a matemática. Isso vem muito da relação com a música. Quando eu faço festas como DJ ou eventos artísticos, quando você entra em um espaço, se sente de uma certa maneira, E isso influencia muito como você interage com o espaço. Acho que isso também acontece no processo de ensino. Como reinventamos os espaços e como fazemos as pessoas se relacionarem com esses espaços de maneira diferente? Não vejo a sala de aula apenas como sala de aula, mas é um espaço que a gente está construindo, que tem um ambiente e que a ideia é que as pessoas se sintam bem naquele ambiente e que haja um certo fluxo de conhecimento e energia. Que a sala de aula seja um espaço de boas-vindas, que você chega e fala “aqui é bom e eu quero aprender” BBC – Você também já disse muitas vezes que seu atrativo é criar espaços com a matemática. Ardila – Isso vem muito da relação com a música. Quando eu faço festas como DJ ou eventos artísticos, quando você entra em um espaço, se sente de uma certa maneira, E isso influencia muito como você interage com o espaço. Acho que isso também acontece no processo de ensino. Como reinventamos os espaços e como fazemos as pessoas se relacionarem com esses espaços de maneira diferente? Não vejo a sala de aula apenas como sala de aula, mas é um espaço que a gente está construindo, que tem um ambiente e que a ideia é que as pessoas se sintam bem naquele ambiente e que haja um certo fluxo de conhecimento e energia. Que a sala de aula seja um espaço de boas-vindas, que você chega e fala “aqui é bom e eu quero aprender”. BBC – Essa combinação de emoções e ciência na aprendizagem tem muito a ver com a vinda para os Estados Unidos para estudar no MIT, certo? Ardila – Sim, um amigo me incentivou e então me candidatei ao MIT e entrei, também consegui resolver a questão financeira porque minha família não tinha como me mandar para estudar no exterior. A questão é que quando cheguei, embora percebesse que ainda era bom em matemática, não me sentia confortável com o ambiente. Foi como um choque cultural, porque para mim na Colômbia a matemática era algo mais divertida ou lúdica. Uma coisa mais comunitária com os amigos e pais. Digamos que cheguei a um lugar onde muitas vezes era o único latino e culturalmente parecia muito estrangeiro. Comecei a sentir talvez o que minha irmã sentiu quando foi para as Olimpíadas, aquele isolamento. E foi uma coisa complicada, como se você realmente gostasse cientificamente de onde está, mas não se sinta muito confortável. E acho que também foi isso que me influenciou a fazer um grande esforço para construir espaços onde realmente se dê atenção a isso. Porque na matemática tendemos a ser tão intelectuais que às vezes esquecemos que somos pessoas e temos sentimentos, e que às vezes ficamos desconfortáveis ​​e não percebemos. Talvez, por causa disso, de me sentir muito desconfortável naquele lugar, comecei a perceber que essa ciência tem uma parte emocional muito forte. E se você não está bem emocionalmente, é difícil para você ter um bom desempenho acadêmico. Eu sinto que esse é um obstáculo muito grande que a educação tem, que se você está em uma sociedade muito desigual e as pessoas pobres têm situações muito complicadas em seu dia a dia, é muito difícil para elas terem espaço para aprender matemática. E não é porque eles não têm capacidade, mas há tantas coisas emocionais que não permitem que você pense. BBC – Sua área de estudo é ‘combinatronics’, o que é estudado nela? Ardila – O que eu faço é chamado de combinatória e é uma área sobre a qual as pessoas não sabem muito porque é um ramo mais ou menos novo da matemática. Mas digamos que todo mundo faça combinatória no dia a dia, de uma certa maneira. Por que? Porque combinatória é o estudo de possibilidades. O que isso que significa? Eu dou um exemplo. Se você quiser fazer um torneio de futebol, deve decidir em que ordem as partidas serão disputadas. E quem desenhou um calendário deve considerar quais são as diferentes possibilidades e escolher qual é a melhor. Ou o que pode ser o mais rápido. Coisas assim. Sudoku é outro exemplo de combinatória. Isso é pura combinação. Mas a razão pela qual esse ramo se tornou muito importante é porque agora a computação cuida de muitas coisas e a combinatória é como a matemática da computação. Agora tudo é com algoritmos e programas, então a combinatória se tornou um ramo muito central da matemática. É semelhante a quando eles disseram que o cálculo era como o ramo da matemática que poderia fazer aviões. Combinatória é o ramo da matemática que permite que um computador funcione. E muitas vezes essas combinações têm a ver com a combinação de álgebra e geometria, por exemplo. BBC – Existe algum projeto específico onde você o está colocando em prática? Ardila – Algo muito interessante aconteceu comigo. Embora muitos trabalhos levem anos para serem aplicados na matemática, tive a sorte de alguns projetos terem sido executados. Por exemplo, tenho um projeto de filogenética. A ideia é que queremos conhecer a árvore evolutiva das espécies. Para dar um exemplo, vamos começar com cinco espécies: o macaco, o homem, a vaca, o cachorro e o cavalo. Queremos saber de onde eles começaram e como evoluíram para se tornar a espécie atual. E certamente imaginamos que o cavalo e a vaca são mais parecidos, então com certeza eles estão mais próximos naquela árvore da evolução. E com certeza os macacos e nós estamos mais próximos e o cachorro vai para o outro lado. Então o que fazemos é tentar entender o que foi a evolução. É fazer a pergunta, como sabemos? Bem, só podemos medir o que vemos hoje e não temos como voltar a história para trás, para ver o que foi a árvore dessa evolução. Bem, esse é um problema combinatório, porque existem muitas possibilidades. Em outras palavras, quais foram todas as histórias possíveis que poderiam vir a construir a realidade de hoje e qual de todas essas histórias é a mais provável? Então, começa-se a procurar linhas, mesmo aquelas que não são evidentes, e a analisar, com matemática, todas as árvores genéticas possíveis. E com os resultados, podemos fornecer algoritmos que informam se você tem, não sei, dez espécies de peixes. O que é muito mais difícil de saber evolutivamente qual foi a ordem em que eles se separaram. Então faça medições com esses peixe e use métodos combinatórios para prever qual era a árvore evolucionária mais provável. BBC – Agora, voltando ao ensino, como essa criação de espaços e modelos de inclusão pode ser transferida para as salas de aula da América Latina? Ardila – É uma pergunta muito interessante. Sempre penso que na América Latina glorificamos muito o que se faz nos Estados Unidos ou na Europa. E aqui (nos EUA) muitos erros foram cometidos, e sinto que na América Latina podemos realmente aprender com esses erros e pensar em maneiras muito diferentes. Tem um exemplo que para mim tem sido muito significativo no meu trabalho como educador e cientista, que é a Escola de Robótica do Chocó. Para mim, esse é um dos modelos mais interessantes de educação que já vi. Em Chocó (no extremo noroeste da Colômbia), houve um abandono muito forte do Estado. E existe uma ideia de que os problemas têm que ser resolvidos dentro da comunidade, porque ninguém mais vai resolver por eles. Fui dar um workshop lá e algumas coisas me tocaram muito. Primeiro, que a Escola é um espaço muito interativo onde os alunos têm, não sei, entre 10 e 18 anos e são tratados como os intelectuais que são. E então perguntam a eles: o que você quer fazer? O que você quer construir? E eles, como qualquer jovem, têm muitas ideias muito valiosas. E eles trabalham para ajudá-los a entender algo muito direto: como a robótica pode ajudá-lo a resolver os problemas que você vê em sua comunidade? Enquanto eu estou aqui nos EUA quando falo sobre robótica, a cabeça das pessoas sempre vai imaginar um robô. Um Robocop ou um robô da indústria automobilística ou algo assim. Porém, quando se fala em robôs na Escola, eles estão pensando que em Quibdó (capital do Chocó) há muitos incêndios, porque a maioria das casas é de madeira. E os bombeiros não conseguem chegar porque não há infraestrutura. Então, o que eles pensam é “como fazemos um robô bombeiro?” E os alunos de 15 anos estão nesse foco. E eles dizem que agora estão aprendendo ferramentas que são técnicas e que realmente respondem às necessidades deles. E bem, também é uma coisa muito bonita que seja um programa muito integral, que trabalha com os jovens e faz parte da vida deles. E chegam os pais, e chegam as famílias… São processos muito comunitários que são muito inspiradores para mim. Leia também: Psicólogo educacional lista fatores para aluno buscar motivação em meio às dificuldades atuais Saiba mais sobre Educação
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Sumário: Sai Capeta!
Esse subtítulo é de uma série de episódios em que a mãe, convertida com fervor ao evangelho, tenta conseguir através de orações dar uma direção à vida do filho.
O DESVIADO
Junhão perdeu o emprego por causa do seu desvio de conduta no trabalho. A mãe sofre terrivelmente porque ele voltou às farras sem nenhum compromisso com a vida. Todavia ele promete que irá mudar de vida e afirma que ele irá estudar medicina no exterior. Será que ele vai se empenhar nos estudos doravante?
  MÃE
Sessenta e oito anos. É meio-dia quando ela entra no quarto do filho na ponta dos pés para surpreendê-lo dormindo. Fica exasperada quando vê o sujeito roncando em meio à bagunça na cama. Ele está deitado de bruços, muito suado, com lençóis e edredom amontoados num canto, junto à parede. O travesseiro está ensopado de baba. Ela sente enjoo por causa do odor horrível de bebida alcoólica que o Junhão exala. O fedor no quarto é insuportável. Para acordá-lo grita enfurecida:
– Oh, sua “miséra”!… Isso são horas pra “tá” escornado na cama, “inresponsável”? Seu bafo de onça! Não tem um ser humano normal que aguente uma catinga dessa. Misericórdia!…
JUNHÃO
Quarenta e oito anos. Após muita zoada promovida pela mãe, ele abre lentamente os olhos vermelhos da cor de brasa e se espreguiça ainda deitado. Atordoado, passa algum tempo tentando entender o motivo da irritação dela. Depois fala demonstrando raiva:
– Que zorra!!!… Ninguém pode mais dormir em paz nesta casa! O que houve? Morreu alguém? Se não, me deixe descansar por que tou de ressaca!!!
MÃE
Ao ouvir o esporro que o filho lhe dera, perde as estribeiras e vocifera enlouquecida:
– Seu ordinário imprestável! Quer passar o dia todo entrevado na cama?! Esse sujeito “tá” todo errado e fica se achando cheio de direito! Por que não fica em casa estudando, ao invés de dormir embriagado todas as noites?!
JUNHÃO
Ao perceber que não foi atendido no seu intento de continuar dormindo, senta-se na cama e resmunga contrariado:
– Quem tá errada aqui é você que não deixa ninguém dormir. Quando começa a falar parece uma matraca. Não tem quem aguente um “porre lento” desse.
MÃE
Continua parada em pé junto à cabeceira da cama, porém a queixa do filho a faz arregalar os olhos. Então ela coloca as mãos nas cadeiras e balança nervosamente a ponta do pé cuja perna não está apoiada com firmeza no chão. Incisiva, fala com deboche:
– É cada uma que eu ouço… Esse “bicho-preguiça” pensa que é o dono do mundo. É um pra nada na vida! Um salafrário! Um peso morto! Por sua causa eu estou sofrendo sem poder ir aos cultos!
A seguir completa com raiva:
– Quem tem o direito de dizer o que está certo ou errado aqui é o seu pai, coitado, que anda sofrendo pelo sertão como caixeiro-viajante pra dar boa-vida a um parasita igual a você.
JUNHÃO
Fica irritado com a alegação da mãe e reage:
– É obrigação dele me sustentar, porque eu sou filho e não pedi para nascer.
MÃE
Está indignada com o que ouve. Tremendo de raiva, diz:
– A obrigação dele cessou quando você completou dezoito anos. Dessa idade em diante o filho tem que se virar sozinho.
E diz incisiva:
– Quanto ao seu nascimento, a pedido ou não, eu tenho um grande desgosto porque a miserável da cegonha errou e entregou você aqui em casa. Era para aquela peste incompetente ter lhe jogado em outro endereço.
JUNHÃO
Fica retado porque a mãe derrubou o argumento dele. Contudo não se dá por vencido e continua a falar:
             – O velho “tá” no sofrimento trabalhando porque quer. Ele poderia já estar aposentado e ficar muito bem em casa descansando, curtindo a grana da aposentadoria…
MÃE
Um rubor cobre-lhe a face e os olhos esbugalham quase saindo das órbitas. Está furiosa com o raciocínio errôneo do filho e grita para fazer com que ele entenda a situação:
– Curtindo o quê, infeliz?! Ô “seu” jumento, se ele continua trabalhando é por sua causa! A aposentadoria que o “éni-pê-ésse” paga é uma miséria que não dá prá ninguém viver, por isso ele tem que continuar trabalhando para que você continue os seus estudos.
A seguir fala com amargor:
– Mas eu sou a culpada por ele ainda estar na labuta. Vivo mentindo para lhe proteger. Não sei porque não digo a ele que você é um imprestável; um embusteiro; um oportunista; um egoísta; um mal-agradecido…
JUNHÃO
Ouve calado e faz muxoxo desdenhando do que a mãe lhe diz. Gostaria de estar dormindo para não estar com esse bolodório no “pé do ouvido”.
MÃE
Depois continua num tom lamentoso:
– O infeliz vive iludido se “lascando” pelo mundo, pensando que você está prestes a se formar. Quando ele reclama do seu longo tempo na faculdade eu digo que você está indo bem nos estudos; que vai ser engenheiro, que o doutorado é demorado. E o coitado acredita…
JUNHÃO
Ao ouvir a confissão de culpa, ele se sente confortado. Aproveita a situação para acusar a mãe:
– Tá vendo aí? Não mandei você viver mentindo para o “paizão”. Era só dizer a verdade: que sou muito esforçado, pois já fiz dezoito vestibulares!
MÃE
Não se contém e dá uma gargalhada nervosa. Depois comenta com deboche:
– E daí? De que valeu tanto esforço? Não conseguiu ser aprovado em nenhum…
Vingativa, continua a falar debochando dele:
– Os três filhos de minha amiga Lindaura passaram todos no vestibular de medicina! E de primeira!!!
Entristecida, lamenta:
– Quanto a você, só me faz vergonha… Não aguento mais as minhas amigas perguntarem na falsidade: e o Júnior, conseguiu passar no vestibular dessa vez?…
Conclui envergonhada:
– Não suporto saber que elas ficam rindo às minhas costas.
JUNHÃO
Confrontado com a verdade, tenta avocar a razão para si:
– Ora, não consegui aprovação no vestibular porque aquelas provas são muito difíceis, só passa quem é “cê-dê-éfi”, por isso não consegui entrar para a faculdade.
Infla o peito e fala com soberbia:
– Mas já descobri uma solução para acabar com o seu estresse. Vou estudar medicina! ¬ A mãe se espanta com a declaração dele e arregala os olhos.
Percebendo que atingiu o seu alvo, continua:
– Tem uns países na América do Sul que não tem vestibular, basta comprar um cadáver para entrar na faculdade. É só você falar com o velho prá me arranjar a grana que eu compro o finado e viajo. Um ano depois eu volto com o diploma de médico para alegria de vocês. ­
MÃE
Está indignada com a desfaçatez do filho e dá-lhe um esporro:
– Não é possível que você queira me subestimar; posso ser “ingnorante”, mas não sou burra! Se você não passa nas provas é porque não estuda, pois só quer viver nas farras sem pensar no futuro. E não vai fazer merda de medicina em canto nenhum, porque é mais uma vigarice sua!
Revoltada, comenta:
– Vem prá cá me dizer que se forma em um ano… Só se fizer curso de magarefe em algum açougue… E eu não sou louca pra sair por aí atrás de “difunto” pra você!
A seguir zomba dele:
– Mesmo que fosse estudar pra ser açougueiro eu duvido muito que você consiga tirar um diploma de marchante com essa falta de disposição que tem para os estudos…
JUNHÃO
Está sentado ouvindo o esporro. Desanimado, apoia os cotovelos nos joelhos, abaixa a cabeça e segura-a com as mãos. A tristeza invade a sua alma. Lágrimas escorrem pela face demonstrando um choro mudo. A preocupação está consumindo a sua mente, porque prometeu levar a namorada Janete numa viagem turística pelos países da América Latina. Está frustrado porque esperava, como sempre, a aprovação e o apoio da mãe.
MÃE
Percebendo que o filho está alquebrado, fica pesarosa. Deprime-se, porque não gosta de contrariá-lo desde o tempo de quando ele ainda era criança. O arrependimento devido a sua criação permissiva está deixando-a amargurada. Não gosta de ver o filho sofrer. Por isso diz-lhe de modo maternal:
– Você estava indo bem quando estava frequentando a igreja onde houve aquele problema horroroso. Mas o maligno forçou você a fazer aquela besteira de afanar o dinheiro da coleta. Depois daquele infortúnio pensei que tinha se emendado, mas agora vejo que o satanás continua imperando na sua vida para desgosto meu. Você voltou às farras incorporado do demônio, o tal de “Zé Pilintra”. O meu sofrimento nunca cessa, meu Deus!…
Para o relato e suspira fundo. A seguir olha longamente para o vazio como se estivesse rebuscando a mente para se lembrar de fatos passados. Depois reinicia:
– Tenho absoluta certeza de que você não ficou na fé religiosa por causa daquela fulana chamada Janete. Fiquei sabendo que a dita-cuja é dada à feitiçaria. Você ia se tornar um Levita de Deus, mas a sujeita deve ter ficado fustigando o seu juízo para convencer você a cair na esbórnia.
JUNHÃO
Nesse momento, sentindo a compreensão da mãe porque ela colocou a sua culpa nas costas de outra pessoa ¬ no caso, a Janete ¬ ele se anima e expõe a “sua verdade”:
– Durante o período em que frequentei a igreja eu vi vários crentes dando depoimentos dizendo que Deus havia falado com eles. Que eram ungidos. Então fiquei encucado pensando qual seria o motivo daquela gente ter mais moral do que eu perante o Chefão. Por mais que eu orasse, jamais Ele entrou em contato comigo, por isso eu abandonei a fé.
MÃE
Acha o motivo de pouca relevância para que ele abandonasse a religião e explica:
– Talvez as suas orações não tiveram o fervor necessário para que Ele pudesse entrar em sintonia com você. Também pode ser por causa dessa sua ligação com gente que mexe com magia negra.
JUNHÃO
Está desesperado quando vê os seus planos de fazer turismo ruírem, “indo por água abaixo”. Fica irritado de repente, engrossa a voz e diz ordenando:
– Pô! Que papo chato! Como é, vai arranjar o dinheiro para eu ir estudar medicina ou não?!
MÃE
Põe-se a pensar com benevolência. Está feliz com a decisão do filho. Apesar de todos os dissabores, no seu íntimo ela tem a necessidade de agradá-lo. Compadecida com a vontade dele em estudar, ela irá falar com o marido para que ele tome um grande empréstimo.
Já tem “na ponta da língua” o argumento que usará para convencer o esposo. Enquanto isso ela pensa na solução:
“Justificará dizendo que Juninho desistiu do curso de engenharia e que vai estudar medicina num país da América do Sul. E que o curso será mais rápido porque irá eliminar muitas matérias que ele já estudou na faculdade. Ela tem a certeza de que o pobre coitado vai ceder porque ele sempre acredita em suas mentiras.”
Complacente, depois responde à indaga do filho:
– Vou sim, meu filho. Hoje à noite eu falo com o seu pai. Ele é um homem muito bom. Tenho certeza de que ele irá ficar muito feliz em saber que você quer se tornar um médico. Tenho fé em Deus que Ele vai “mim dá” essa glória!
Texto: Joswilton Lima
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EPISÓDIOS DO JUNHÃO: ‘O DESVIADO’ Sumário: Sai Capeta! Esse subtítulo é de uma série de episódios em que a mãe, convertida com fervor ao evangelho, tenta conseguir através de orações dar uma direção à vida do filho.
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Pastor Ércio Miranda
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
500 ESBOÇOS DE MENSAGENS BIBLICAS OBJETIVAS. GRATIS
Compartilhe os Esboços de Mensagens Bíblicas Objetivas que a nosso Equipe Novas de Paz no Brasil vai postar com a autorização do Escritor e Conferencista Ércio Miranda.
Vamos começar pela ordem decrescente todos os E.M.B.O 
ADQUIRA A MENSAGEM COMPLETA EM LIVRO DIGITAL FORMATO PDF POR APENAS R$ 5,99
MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 467
Postagem do dia 16/05/2019
Tema: O retrocesso da flecha do Arqueiro
TEXTO: Salmos 127: 4-5, parte "a".
"Como flechas na mão de um homem valente, assim são os filhos da mocidade. Bem aventurado o homem que enche deles a sua aljava."
INTRODUÇÃO: Originariamente, o Salmo 127 é pregado para as famílias, sendo um texto muito comentado em cultos determinados "Cultos de Família". Mas hoje nós temos uma novidade e trataremos o assunto de uma maneira bem diferente:
"Eu sou uma flecha e pretendo alcançar o alvo para o qual eu fui lançado"
I. O FILHO, A FLECHA
A Bíblia diz que os filhos da mocidade são como flecha na mão do valente ou na mão do arqueiro, conforme a versão. Então, como os filhos são utilizados? Como fica a dinâmica do texto lido?
Sobre nós, as flechas, falaremos posteriormente. As flechas não são arremessadas sozinhas.  Para isso são necessários:
Um Arqueiro;
Um Arco;
Um Alvo;
Uma Aljava.
Vejamos então cada Componente:
II. O ARQUEIRO:
O arqueiro é comparado, em primeiro raciocínio aos pais e também pode ser comparado aos líderes (Conselheiros, líderes de departamento, Pastores).
Antigamente, o arco e a flecha era uma das principais armas de guerra, utilizada de forma obrigatória. Bons arqueiros no exército era sinal de grandes chances de vitória em uma guerra. O arqueiro ou valente era uma pessoa altamente treinada, condicionada especialmente para desempenhar tal função. Afinal, um arco e uma flecha sem arqueiro nenhum efeito tem.
Como dito anteriormente, o arqueiro pode ser o líder, pois os seus liderados dependem de comando para poderem desempenhar as suas atividades. O liderado ( no caso: nós, os jovens) só deve agir ao comando do líder do presidente da mocidade, do conselheiro (se houver nas igrejas) ou do pastor que pode comparar as suas ovelhas como filhas, devido à responsabilidade que pesa sobre os seus ombros.
O Arqueiro precisa ter o domínio do arco que utiliza e conhecer as flechas que estão sendo utilizadas. O mau uso da arma pode trazer consequências desastrosas, fatais.
III. O ARCO
" O Arco é uma arma elástica que consiste em uma haste de madeira, aço, laminados ou outro material flexível cujas extremidades estão ligadas por uma corda que quando refisada e solta arremessa a flecha"
Desse conceito, podemos apontar algumas características:
ü O Arco é uma ferramenta flexível;
ü O Arco é uma ferramenta de propulsão;
ü Sem o arco é praticamente impossível utilizar a flecha da maneira adequada;
ü O arco não pode ser maior do que o arqueiro e sua envergadura;
ü O arco deve ser selecionado de acordo com a flecha a ser utilizada;
ü O arco, dentre vários acessórios, tem um chamado mira.
ü Ao que o arco pode ser comparado?
ü O Arco pode ser comparado a como estamos encaminhando os nossos jovens, filhos (eu ainda não tenho... [risos]), liderados, as flechas.
ü Podemos entender então que precisamos ter flexibilidade em certos momentos, que você que é pai, líder tem em mãos o que precisa para impulsionar o seu filho, jovem, liderado. Não podemos utilizar recursos que estão fora do nosso alcance ou entendimento. Devemos utilizar estratégias diferentes conforme a pessoa e principalmente: o filho deve ser criado com VISÃO.
IV. O ALVO
O Alvo é o local determinado o qual a flecha deverá atingir. Não é necessário falar muito para dizer que o alvo é Jesus, a Obra do Senhor, e o objetivo? Combater o inimigo de nossas almas. No entanto, devemos observar que cada pessoa tem uma habilidade, dons específicos.
Então:
O alvo tem que ser possível: Não se pode mirar um alvo inatingível, seja pela sua distância demasiadamente excessiva ou pela impossibilidade literal de se arcertar o alvo. O projeto tem que ser viável, e sempre pensado de modo sensato e sábio.
O arqueiro tem que ter força suficiente para fazer com que a flecha atinja o alvo: Pai, Líder, o empenho de vocês é fundamental para que o jovem alcance a meta proposta por vocês.
E necessário uma boa mira. A eficiência no tiro é fundamental para que não haja desperdício das flechas...
A ALJAVA
A bíblia diz: " Bem aventurado o homem que enche deles a sua aljava". A Aljava é uma tipo de bolsa, onde as flechas eram armazenadas para ser utilizadas pelo arqueiro, enquanto ele estava em guerra ou praticando. Um guerreiro sem aljava pode ser comparado a um policial nos dias de hoje, sem munição. Ou seja, sem a aljava estava em maus lencóis. Na aljava as flechas ficam reunidas, sempre à disposição do arqueiro. Estar na aljava é sinal de estar pronto para ser utilizado...
 V. A FLECHA
Agora chegou a nossa vez.
A flecha é instrumento de alcance do alvo. Mas a flecha tem alguns requisitos para ser usada:
Não pode estar empenada;
Não pode ser pesada;
Tem um diâmetro e cumprimento exatos;
Tem que estar à disposição.
A flecha é preparada com cuidado, perícia. pois é um instrumento que não pode ser fabricado com erros. De acordo com o material utilizado na fabricação da flecha, ela precisa de certos cuidados (armazenamento, proteção, etc) enquanto ela não é utilizada, para que não haja deterioração, destruição e posterior perca, desperdício.
Hoje, todos nós somos flechas. Alguns de nós já fomos lançados. Outros estão sendo preparados. Outros estão a disposição, prontos para serem lançados. Mas infelizmente poderem haver flechas perdidas, por várias situações. Mas é tempo também de entrar na cesta de flechas, recuperar a utilidade, estar novamente pronto para ser utilizado, por Deus. Digo assim porque a bíblia diz também que Deus é HOMEM DE GUERRA (Êxodo 15.3). Você é filho de Deus. E se os filhos são como flechas na mão do valente: Meu amado, minha amada, você é capaz de fazer muita diferença na mão de Deus. Ser instrumento de poder na mão do Senhor contra o inimigo, cumprir o propósito determinado pelo Senhor. Estar na Aljava do Senhor para ser usado e atingir o alvo proposto por Deus para a sua vida!
MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 468
Postagem do dia 11/04/2019
Titulo: Panos no chão e o lenço dobrado
Texto: João 20:7
INTRODUÇÃO: O detalhe do lenço ou guardanapo dobrado é encontrado no relato da ressurreição de Jesus em João 20:7, 'e que o lenço, que estivera sobre a cabeça, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte' (KJV). Diferentes traduções respeitadas da Bíblia lidam com este verso de maneira diferente. Três deles traduzem o verso com a palavra guardanapo (KJV, AS, RSV). Outros traduzem-lo com "mortalha" (NVI), "lenço" (NVI), ou "pano da face" (NVI). A palavra grega é saudarion, que vem de uma palavra latina para "suor." Pode se referir a uma toalha para limpar o suor da sua face. É usado no grego para denotar uma toalha ou pano, mas não especificamente um guardanapo ou lenço de mesa.
A outra palavra chave é dobrada. O lenço funerário ou o guardanapo estavam dobrados no túmulo? Duas das traduções usam a palavra dobrada (NIV, NKJV). Outros traduzem a palavra como "enrolada" (NASB, ASV, RSV) ou "cilintrada" (KJV). A palavra grega é entulisso, que é uma palavra que pode significar "torcer" ou "entrelaçam". O fato é que não há nenhum acordo que era um lenço de mesa ou guardanapo de mesa e nenhum acordo que foi cuidadosamente dobrado de forma significativa. O significado primário de João 20:7 é que o tecido, que foi colocado sobre a cabeça de Jesus ou o rosto no sepultamento, foi separado do resto de suas vestes funerárias. O significado disso, se houver algum, é desconhecido.
Há rumores de que dobrar o guardanapo na mesa é um costume judeu que significa que a pessoa que dobra o guardanapo pretende retornar. Atém se conta a história de que no costume judaico antigo, os nobres que tinha servos costumavam jogar o lenço na mesa de qualquer modo ao terminarem as refeições. Mas se tivesse dobrado, isto significaria que ele iria voltar. Numerosas fontes de estudo da Bíblia, dos pais da igreja e das fontes judaicas foram verificadas, mas não há nada sobre este costume judaico dos guardanapos dobrados. As únicas referências a esta história parecem ser de postagens na Internet e e-mails que parecem ter se originado em 2007.
Muitos comentaristas e autores da Bíblia usaram essa ilustração criativa para fazer uma aplicação específica à ressurreição e retorno de Jesus Cristo. A verdade é que os lenços ou guardanapos de mesa, como os que usamos hoje, não eram usados ​​nos dias de Jesus. Os judeus faziam uma lavagem das mãos antes das refeições como parte do ritual de comer. Lavar as mãos antes de uma refeição é obrigatório de acordo com a tradição rabínica, mas depois de lavar as mãos, as pessoas as secavam com um pano? Obviamente, mas não há fonte rabínica que discuta como as mãos faziam depois de lavá-las. O dobramento do lenço como um sinal de que um convidado para o jantar foi terminado pode ser bom costume europeu, mas parece que este costume era desconhecido na terra de Israel, no tempo de Jesus.
Outra opção para o "Lenço Dobrado", o Talit
A palavra mais adequada para o tecido utilizado para cobrir o corpo de Jesus poderia ser o Talit, o Xale de Oração que é utilizado até o dia de hoje pelos judeus em todo Mundo.
Além disso, até o dia de hoje, quando um judeus ortodoxo é sepultado, ele é envolto em panos conforme descrito a seguir:
“Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte.”
João 20:6–7
Se for assim, a ilustração mais apropriada pode ser sobre o uso do Talit e o Talit dobrado ao lado dos panos que haviam envolvidos o corpo do Mestre Jesus.
Na tradição judaica antiga era considerado permitido o uso de um objeto que pertence a outra pessoa com a finalidade de cumprir um mandamento. A primeira vez que isto foi posto em escrito foi no Shulchan Aruch que foi escrito no século XVI, baseado em textos da Gemara e da Mishnah que é fazer uso, sendo que o Talit deve ser encontrado dobrado. Pois se não estivesse dobrado, de fato e dono ainda está presente no local, mas se dobrado, é que saiu e voltará.Além disso, no Shulchan Aruch recomenda-se que o Talit seja colocado exatamente como foi encontrado, para que o dono possa voltar e utilizá-lo. Porém, é importante salientar, que de acordo com grego, não há como afirmar que se tratava de um Talit, mas pode ser um pano, um lenço ou até mesmo, realmente um Talit.
A Mishná e a Gemara foram escritas por volta do Século II, e como fontes desta tradição judaica, estão muito mais próximas da tradição européia do uso de guardanapos ou lenços usados na mesa.
O mais importante mesmo é que entendemos que algo tremendo e sobrenatural ocorreu naquele dia em Jerusalém, e que Yeshua com certeza voltará, da mesma forma que se foi. Não será um lenço ou um manto de oração dobrado que fará diferença para aqueles que crêem.
Que Adonai nos livre dos contos que só servem para enganar o seu Povo, e nos faça buscar somente em sua Palavra o verdadeiro alimento espiritual!
Desde Sião.
MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 469
Postagem do dia 19/11/2016
Titulo: Itai, o geteu, um exemplo de amizade e fidelidade
Texto: 2 Sm 15. 17-21
INTRODUÇÃO: Quem era Itai, o giteu?
Era um filisteu de Gate, guerreiro de Davi, provavelmente eles devem ter se conhecido na caverna de Adulão, período em que o Rei Davi fugia da presença de Saul.
Compreendendo a história
Após furtar o coração de parte do povo de Israel (2Sm 15.6), Absalão havia usurpado o trono de Davi seu pai, sendo assim era certo que todos aqueles que apoiassem a Davi correriam risco de vida, tanto que Davi e seus servos tiveram que fugir de Jerusalém. (2Sm 15.14).
No meio da fuga, Davi percebe a presença de Itai ,o giteu, e seus homens (600) eles eram estrangeiros exilados da Filistía, sendo assim o rei suplicou para que Itai e seus companheiros não fossem com ele, mas ficassem em Jerusalém , pois sendo eles estrangeiros não corriam risco de vida, e poderiam terem as suas vidas poupadas por Absalão.
Mas Itai recusa a proposta do Rei, e jura lealdade ainda que tivesse que pagar com a própria vida, aquela declaração comove o Rei, que permite que Itai e seus companheiros pudessem o acompanhar.
O que podemos aprender com Itai, o geteu?
Ele foi leal ao verdadeiro Rei.
O verdadeiro cristão é leal em todo tempo, independentemente da situação ele permanece fiel, podem vir às lutas e as provas, a sua lealdade permanece intacta.
Ele não se separou do Rei.
Ele poderia muito bem permanecer leal ao Rei, mas se separar do rei, poderia junto com a sua tropa fugir para outras bandas.
O verdadeiro cristão ele não se separa do seu Senhor,
·          Ele não deixa de congregar.
·          Ele não deixa de participar dos trabalhos da igreja.
·          Ele não deixa de participar da santa ceia.
·         Ele está ao lado de Cristo o tempo todo.
Ele levou a sua família.
Ele poderia permanecer com o rei, mas enviar a sua família para outras bandas afim de protegê-los de Absalão.
·         O verdadeiro cristão incentiva a sua família a permanecerem com rei (Jesus).
·         O verdadeiro cristão não divide a sua família. (o marido congrega em uma Igreja e a mulher com o filho em outra)
Ele renunciou coisas por causa do Rei
·         Ele renunciou a paz temporária que teria em Jerusalém.
Devemos recusar a paz temporária que o mundo oferece, a verdadeira paz está com o Rei Jesus Cristo.
·         Ele renunciou o conforto que tinha em sua casa.
Devemos recusar as ilusões e os prazeres que o mundo oferece, o verdadeiro prazer está em servir ao Rei Jesus Cristo.
·         Ele estava disposto a renunciar a própria vida se possível.
Sim, se necessário, devemos renunciar até mesmo a nossa vida, pois as coisas vis deste mundo não se compara com o que está reservados para nós.
MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 470
Postagem do dia 15/11/2016
ADQUIRIRÁ A MENSAGEM COMPLETA EM LIVRO DIGITAL FORMATO PDF POR APENAS R$ 5,99
TEMA: POÇO VAZIO, CALABOUÇO COM LAMA E COVA CHEIA.
INTRODUÇÃO 
Muitas vezes, quando atravessa as adversidades nesta vida, o crente se vê como o profeta Daniel, na cova dos leões. Mas se ele confiar em Deus será vitorioso. A cova dos leões não é para nos matar, mas sim para experimentarmos o grande livramento de Deus.
Existem 3 fases do poço:
1ª. Poço vazio – José 37.24
2ª. Calabouço com Lama – Jeremias 38:1-13
3ª. Cova Cheia de leões - Daniel 6.16-23 (cheio de leões)
Jeremias estava na 2ª. fase do poço. É o que fazem com quem fala a verdade, profetiza da parte de Deus e é fiel à Deus. Jogam-no dentro de um poço! Poço este, cheio de ódio, de amargura, de mágoas, de tristeza, de maldades, de calúnias, de contendas, de disse-me-disse…Jogaram Jeremias no poço e como já não bastasse ainda fizeram questão que estivesse com lama.
A lama tipifica as frustrações, a inveja alheia, a covardia, a incredulidade, a surdez espiritual, a cegueira espiritual, a arrogância, a soberba.
Mas Deus ouviu a voz do profeta dentro daquele poço, ainda que sem forças para pronunciar palavras com a sua boca, Deus ouvia o seu coração. Deus então enviou até aquele poço um homem chamado Ebede-Meleque.
                       MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 471
Postagem do dia 05/10/2016
TEMA. O CAMINHO DO JUSTOTEXTO: SALMO 1
Introdução: Este salmo é considerado o prefácio dos salmos, pois apresenta o conteúdo de todo o livro. É desejo do salmista ensinar-nos o caminho para a bem-aventurança e avisar-nos sobre a destruição certa dos pecadores. Este, portanto, é o assunto do primeiro salmo, que em certos respeitos pode ser visto como o texto sobre o qual o todo dos salmos compõe um sermão divino.
DIVISÃO
Este salmo consiste de duas partes: na primeira (do versículo 1 ao versículo 3), Davi expõe em que consiste a felicidade e a bem-aventurança de um homem piedoso, quais são os seus procedimentos e quais as bênçãos que receberá do Senhor. Na segunda parte (do versículo 4 ao final), ele contrasta o estado e o caráter daqueles que não têm Deus, revela o futuro, e descreve, em linguagem impressionante, seu destino final.
DICAS PARA O PREGADOR
VERS. 1. Pode fornecer um texto ótimo sobre "O progresso no pecado", ou "A pureza do cristão", ou "A bem-aventurança dos justos". Sobre este último, fale do crente como abençoado:
1. Por Deus,
2. Em Cristo;
3. Com todas as bênçãos;
4. Em todas as circunstâncias;
5. Através do tempo e da eternidade;
6. Até o mais alto grau.
VERS. 1. Ensina uma pessoa piedosa a precaver-se (1) das opiniões, (2) da vida prática e (3) da companhia de pecadores. Mostre como a meditação sobre a Palavra nos ajudará a manter distância desses três males.
A natureza insinuante e progressiva do pecado (J. Morrison).
VERS. 1. Relaciona-se com o salmo inteiro. A grande diferença entre os justos e os ímpios.
VERS. 2. A palavra de Deus.
1. A satisfação que proporciona ao crente.
2. O conhecimento da Palavra que o crente ganha.
Aspiramos estar na companhia daqueles que amamos.
VERS. 2.
1. O que se entende por "a lei do Senhor".
2. O que há nessa lei que pode ser um deleite para o crente.
3. Como ele mostra esse deleite, como pensa nela, passa a lê-la mais, a falar dela, a obedecê-la e a não se deleitar no mal?
VERS. 2. (última cláusula). Os benefícios, as ajudas e os empecilhos da meditação.
VERS. 3. "A árvore frutífera":
1. Onde cresce?
2. Como chegou lá?
3. Quanto produz?
4. Como ser igual a ela?
VERS. 3. "Plantada à beira de águas correntes".
1. A origem da vida cristã, "plantada".
2. Os riachos que a sustentam.
3. O fruto que se espera dela.
VERS. 3. A influência da religião sobre a prosperidade (Blair).
A natureza, as causas, os sinais e os resultados da verdadeira prosperidade.
"Frutos no tempo certo"; virtudes a serem mostradas em certos tempos: paciência na aflição; gratidão na prosperidade; zelo na oportunidade.
"Suas folhas não murcham": a bênção de manter um testemunho que não murcha.
VERS. 3, 4: (título sugestivo) "A palha espalhada pelo vento" (Sermão de Spurgeon). O pecado provoca contradição em cima de cada bênção.
VERS. 5. A condenação dupla do pecador.
1. Condenado no tribunal de justiça.
2. Separado dos santos.
A racionalidade dessas penas, portanto, e como escapar delas.
"A comunidade dos justos" vista como sendo a igreja do unigênito acima. Isso pode fornecer um assunto nobre.
VERS. 6: (primeira frase). Um doce incentivo para o povo experimentado de Deus. O conhecimento aqui significava:
1. seu caráter: um conhecimento de observação e aprovação.
2. sua fonte: vem pela onisciência e pelo amor infinito.
3. seus resultados: sustento, livramento, aceitação e, por fim, glória.
VERS. 6. (última cláusula). O caminho do prazer, do orgulho, da descrença, da blasfêmia, da perseguição, da procrastinação, da auto-ilusão. chegará ao fim.
MENSAGEM BÍBLICA OBJETIVA Nº 472
Postagem do dia 09/08/2015
TEMA: A orelha direita de Malco.
TEXTO: Lucas 22:50-51
50 E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. 51 E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
João 18:10
10 Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
 Jesus esta no Getsêmani orando
Em uma noite fria e de angustia
De repente na madrugada surge o seu traidor, Judas e oficiais do sumo sacerdotes e fariseus.
Ele foram prender Jesus e de repente algo acontece.
Pedro corta a orelha do servo do sumo sacerdote, Malco.
1.                O QUE ERA O SERVO DE UM SUMO SACERDOTE:
2.                Eram aqueles que almejavam um dia ser sacerdotes, Dedicavam sua vida de 5 à 8 ,anos ao estudo da Toráh, Se dedicavam ao trabalho no Templo (12 em 12 horas colocando lenha no altar para o fogo não apagar; etc…),
3.                No fim de seu estágio, quando faltava 1 ano para ser consagrado ao Sacerdócio, se tornava SERVO DO SUMO-SACERDOTE.
4.                Acompanhava o sumo-sacerdote o tempo inteiro, na condição não só de aprendiz (discípulo), mas de servo.
5.                Um grande equivoco que muitos cometem, é dize que Pedro cortou a orelha do soldado.
A Bíblia não diz que Malco era um Soldado; os quatro Evangelhos dizem que Malco era “SERVO DO SUMO-SACERDOTE” (Mt.26:51 ; Mc.14:47 ; Lc.22:50; Jo.18:10).
Etimologia: MALCO - Ou Malchus, é a forma helênica do hebraico Meleque, que significa “rei”. Na Bíblia ele é identificado por João como aquele servo do Sumo Sacerdote Caifás que lidera a legião de soldados romanos para prender Jesus.
6.                O Sumo Sacerdote tinha, em geral, quatro grupos de servos:
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becomingbroccoli · 5 years
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Inclusão Do Surdo No Ensino Regular E Na Sociedade
Você Já Assistiu O Brasil Paralelo? Desirée
Tenha aproximação imediato à todos os Documentários Exclusivos fabricados pelo Brasil Paralelo e ajude na produção dos próximos. Aliás, é a segunda moeda mais importante do planeta: tirando os países da Europa, ela é usada por mas de 210 milhões de pessoas no mundo todo. A série anterior (Congresso Brasil Paralelo) conta algo da história antiga do Brasil e analisa os eventos mais recentes, como último processo de impeachment.
Em 1998, foi gerado Referencial Curricular Vernáculo para a Instrução Infantil (RCNEI), trazendo mudanças na extensão da ensino infantil, considerando a menino como um ser em processo de construção de identidade, autonomia e de importância para a sociedade. ultimo decreto governamental 5626 de 22 de dezembro de 2005 trouxe importantes inovações para a fundamentação para a instrução de surdos.
Evidente que não pretendemos reduzir à obra de Caldeira a chanchada do Brasil 500 da Mundo, mas desta forma, no mínimo, é um desconforto para Brasil Paralelo, que pretende oferecer uma visão objetiva e séria de nossa história, uma visão profunda e liberta de ideologias, se escorando em figuras que participaram de alguma coisa tão canhestro.
Entendemos que, os eventos nestes três momentos da história brasileira e da América latina estão correlacionados, porém em medidas diferentes, tanto a revolução cubana como a guerrilha do Araguaia tiveram sua atividades revolucionarias apresentadas pela prelo brasileira, que até logo, era quase que em sua totalidade, exercida por carros de comunicação, que eram mantidos ou originários do governo vigente.
Temos uma métrica que sinaliza que a cada persona que adquire conteúdo pago do Brasil Paralelo, milénio novas pessoas assistem às séries gratuitas através do investimento que fazemos em anúncios de vulgarização. Fomos doutrinados e alienados em uma cultura histórica Brasileira que não existiu, fomos ingratos com àqueles que fundaram um país que estava prometido a ser maior da américa, éramos Brasil da Promessa.
Desde 2016 à gretar da produção do Congresso 2016 Brasil Paralelo, Brasil Paralelo se tornou uma das primordiais iniciativas da mídia independente do Brasil, no que refere-se ao volume de material e procura por vozes que sejam relevantes no atual cenário.
vídeo, de um conduto guasca chamado Brasil Paralelo, entrevista procurador Hugo César Hoeschl, de Santa Catarina, que citação "estudos com reconhecimento internacional" que indicam "que a possibilidade de fraude na última eleição presidencial brasileira foi de 73,14%", mas não especifica que estudos são esses.
Espero continuar contribuindo com essa cintilante disposição, e formulo, desde já, meus melhores votos de pleno sucesso ao acontecimento (ou sucessão de informações no formato virtual), e que ele tenha continuidade, não somente em suas virtudes didáticas (quer dizer, de instrução em cidadania para conjunto da população), porém sobretudo como fomento à formulação de políticas de reformas contínuas no Brasil, em todos e cada um dos setores.
Na ano de 2011, a política fiscal adotada pelo governo foi contracionista que resultou na elevação do superávit primário do setor público de 2,77%. Se você possui interesse em distinguir que se passa no Brasil e acredita que merecemos existir em um país com mais liberdade e segurança é importantíssimo observar aos documentários fabricados pelo Brasil Paralelo.
De,, compreende-se que bilingüismo é aceito na maior número das escolas, sendo considerada maneira mas apta de estar trabalhando com os alunos surdos, contribuindo de forma direta para ensino da língua escrita e propiciando ao aluno surdo uma melhor aprendizagem.
Das bases da nossa Constituição ao sindicalismo e ao trabalhismo que formam pequeno número de das mentes que comandam regime no Brasil, documentário reforça e embasa alguma coisa que, em tese, já deveria ter se furacão óbvio a qualquer um que acompanhe a política vernáculo: a defesa do livre mercado estabelecida na Constituição brasileira não passa de uma ficção.
Se quisermos chegar a um nível de sociedade como a da Costeleta, a da Dinamarca ou a dos Estados Unidos, é preciso tutelar os mesmos valores que tornaram esses países desenvolvidos e não acompanhar os pensamentos baseados na inveja, na mediocridade brasil paralelo e no totalitarismo que destuíram países e levaram centenas de milhões de pessoas à miséria.
Além destas duas séries de documentários e as mas de 100 horas de conteúdos como palestras e entrevistas com especialistas, se tornando um membro da Brasil Paralelo, você irá se tornar protagonista de uma das revoluções mas promissoras das últimas muitos anos neste país.
No Brasil princípio da vida cotidiana nos condomínios não tem a ver com alma de comunidade no sentido político, nem de ativismo e participação social, como pode ocorrer em outros países, porém com status de possuir uma vizinhança com padrões homogêneos em relação à renda.
Vivemos em um país democrático onde é a população quem escolhe os seus representantes legais, e a superior forma de situar Brasil no caminho correto para a prosperidade é garantindo que a população saiba conhecimento necessário para votar e colocar as pessoas certas para os cargos públicos, isto é entregar a administração do país.
Em 1998, foi desenvolvido Referencial Curricular Pátrio para a Ensino Infantil (RCNEI), trazendo mudanças na extensão da instrução infantil, consideração a gaiato como um ser em processo de construção de identidade, autonomia e de relevância para a sociedade. ultimo decreto governamental 5626 de 22 de dezembro de 2005 trouxe essenciais inovações para a fundamentação para a ensino de surdos.
A moeda brasileira está bastante baixa em relação a outras, não vale a pena investir lá. 4 2 5 Depois Congresso Brasil Paralelo, foi lançada a série "Brasil, a Última Cruzada". Na sua pré-estreia, sexto incidente do Congresso Brasil Paralelo Afastamento Brasil, Do Apogeu a Queda, lotou salas de cinema pelo Brasil inteiro, ganhando comoção e aplausos de muitas autoridades sobre matéria.
Foi aí que apareceu a teoria de converter essas entrevistas em uma série de documentários que conectassem as diferentes pautas sobre a situação política do Brasil em uma narrativa didática, porém que também fosse comovente. Ao tornar-se membro, você terá entrada a mais de 140 horas de teor restrito das entrevistas realizadas que, por motivos vários, acabaram não entrando na produção final do Congresso.
Atendendo a pedidos, analisei ep. 1 da série de vídeos de história do Brasil Paralelo, que recebeu título geral Brasil: A Última Luta”. A nova série original do Brasil Paralelo traz essas respostas, Brasil: A Última Batalha” é a série que todo brasiliano precisa e deveria assistir.
Basta digitar Congresso Brasil Paralelo na barra de busca. No momento, estamos mas concentrados na produção de conteúdo, aplicando nossa ciência de séries em assuntos que ainda carecem de amplificação e transparência. A língua de sinais é canal que os surdos dispõem para aceitar a herança educacional, e a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é utilizada pela comunidade surda brasileira que se torna dissemelhante das línguas orais.
No final da década de 1920 e no início dos anos 1930 as mulheres que trabalhavam fora lutaram por locais onde pudessem deixar seus filhos durante horário de trabalho, então que a creche surge no Brasil no final do século XIX de cunho assistencialista tendo em vista somente cuidar”, decorrente do processo de industrialização e urbanística do país.
Com isso surdo ficou proibido de se discursar por meio da língua de sinais, passando a usar somente oralismo, qual era a superior forma do surdo estar inserido na sociedade, porque por mas simples que a língua de sinais fosse não acreditavam que sem oralismo surdo pudesse se discursar.
Finalmente espera-se que educador que for trabalhar na ensino próprio tenha consciência das dificuldades, porque cada aprendiz tem uma urgência educativo, em que ninguém é igual a absolutamente ninguém, deste modo este educador terá que ter discernimento ao ministrar teor, utilizando uma metodologia diferenciada, pois cabe a este transmitir conhecimento para aprendiz surdo de forma que este absorva de forma mais completa possível, autonomamente das condições sociais do envolvente.
STROBEL, L.K. Surdos: Vestígios Culturais não registrados na História. Contando com a participação de mais de 60 especialistas, documentário é sucessor do Congresso Brasil Paralelo”. Busca e vídeo divulgados pelo Insight Brasil Paralelo traz uma radiografia da violência no país e mostra que a falta de segurança é uma das mais grandes dores de testa do brasílico.
Fundamentos da Educação de Surdos. A ensino pública no país está bastante longe de preparar a população brasileira a serem cidadãos com pensamento crítico. A série atual (Brasil - A Última Empenho) conta histórico não só do Brasil, como toda a história portuguesa que nos precedeu.
Agora ele posta em seu Facebook que foi entrevistado por Henrique Zingano, da Brasil Paralelo, de Porto Alegre, que está produzindo uma série de documentários sobre história do Brasil, do descoberta fim da despotismo militar”. Euro é a moeda oficial da Zona do Euro, composta por 19 países do continente Natural da Europa, e da UE.
A politica fiscal nesse novo mandato governo Lula é caracterizada por uma maior flexibilização da politica economia através de aceitar de medidas voltadas à extensão do crédito ao consumidor e ao mutuário, do aumento real no salário-mínimo, da adoção de programas de transferência de renda direta, da geração do programa de aceleração do desenvolvimento (PAC), da amplificação da atuação do BNDS para estimular investimento público e privado, e das medidas anticíclicas de combate à crise mundial a partir de 2009.
Agora Brasil Paralelo almeja usá-la como arma política da chamada novidade direita na sua luta contra globalismo, comunismo e islã. regime de metas de inflação, é uma exigência para país ser visto com credibilidade diante de a outros países, impondo uma política fiscal expansionista, com o propósito de país tenha como honrar seu endividamento público.
No Brasil princípio da vida cotidiana nos condomínios não tem a ver com anjo de comunidade no sentido político, nem de ativismo e participação social, como pode ocorrer em outros países, porém com status de possuir uma vizinhança com padrões homogêneos em relação à renda.
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