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#jay fala português porra
jaywritesrps · 8 months
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Como Escrever Um Personagem Trans
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Olá meus croissants amanteigades, tudo bem com vocês?
Por conta do ocorrido nos últimos meses dias, percebi que ainda tem um vácuo nessa área a cerca de como se escrever ou desenvolver um personagem trans, muito porque há um certo tabu sobre o tema e autores cis não tem experiência com alguns aspectos peculiares da existência como pessoa trans. Além disso, há pouca literatura sobre o assunto no Tumblr, em especial, voltada para a construção e escrita em rpgs.
Esse guia vem para preencher um pouco dessa lacuna, assim como estimular escritores/players cis a criarem e incluírem personagens trans em suas narrativas e jogos. Se após a leitura você tiver dúvida com algum dos pontos ou quiser fazer algum tipo de pergunta de qualquer natureza, não hesite em fazer, a caixa de perguntas está aberta e com o anônimo ligado. Não tenham medo de perguntar, por mais que soe transfóbica a pergunta, prometo encontrar a melhor forma de responder. Só lembrando que asks de hate e transfobia recreativa (quando a mensagem ou comentário é feito com a intenção de ser preconceituose) serão deletadas.
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Primeiros Passos
Antes de tudo, trangenericidade, diferente do que muitos pastores evangélicos, coaches quânticos e youtubers masculinistas afirmam, não é uma modinha. Estima-se que 5% da população mundial é trans. Como esse é um guia com o foco na escrita de personagens trans, não vou adentrar em discussões como passibilidade, performance de gênero e binaridade, você pode ler isso bem aqui nesse link, quando estiver sem nada pra fazer.
Mas o que é transgênero?
Os transgêneros são aqueles que não se identificam com o gênero imposto no nascimento com base no sexo biológico, enquanto os cisgêneros são é aquele que se identifica com o gênero que lhe foi designado de acordo com o órgão genital. Não-binários são pessoas que não se encaixam em nenhuma das pontas do espectro masculino-feminino determinado pela sociedade cristã-ocidental. Alguns se consideram trans, outres não, e tudo bem. Há outros gênero dentro do não-binário como o agênero e o gênero-fluído.
Antes de mais nada, é importante que você tenha em mente que uma mulher trans é uma mulher, um homem trans é um homem, e sempre foi assim. Da mesma maneira que uma pessoa preta sempre foi preta, uma pessoa trans sempre foi do gênero com o qual elu se identifica. Então, quando você estiver escrevendo seu personagem, evite dizer coisas do tipo "quando fulana era homem" ou "quando fulane era mulher" porque quem é transgênero nunca se enxergou com o sexo biológico. Também é preciso ter em mente que um não-binario não é "uma mulher light", "uma mulher meio macho" ou "um homem meio viado". Um Não-Binário é um Não-Binário e acabou.
Lembre-se que cis e trans são adjetivos. Você não é obrigado a utilizar a palavra trans quando vai se referir ao seu personagem. Ele é um marcador de identidade e pode ser usado quando você sentir necessidade.
Ao escrever um personagem trans, é crucial garantir que o arco do personagem não gire em torno dessa parte em especial da personalidade delu. Se você quiser mencionar, é perfeitamente válido. No entanto, o plot e o desenvolvimento do personagens não deve girar apenas em torno disso. Isso é importante também para todos os bonecos que pertencem a uma minoria e/ou são marginalizados, caso contrário, você corre o risco do seu personagem acabar estereotipado.
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Aspectos que Devem Ser Levados em Consideração
Escrever questões envolvendo personagens trans pode ser complicado, mas não precisa ser uma equação matemática colossal. A melhor maneira é que eles se integrem à história e se relacionem com outras pessoas. Trate-os como pessoas cis, ser trans não os define; eles ainda têm os mesmos objetivos que qualquer outra pessoa teria após a transição.
Validar personagens trans é um sentimento mais fortalecedor que os leitores experimentam em suas histórias, não se limitando apenas a pessoas trans. Se eles conseguirem as roupas, os serviços ou qualquer coisa que os deixe confortáveis no gênero adquirido, funciona! Contanto que seja relevante para a história. Por exemplo, se uma mulher trans for inscrita como bruxa em um mundo de fantasia e for aceita como tal, isso funcionaria da mesma forma que comprar vestidos em uma loja ou receber o gênero correto de um estranho.
O mesmo se aplica a outros personagens. Se os aliados do personagem trans o apoiam pelo que ele é e se referem a ele pelo nome e pronomes legítimos, isso significa que ele está sendo integrado à sociedade como uma pessoa trans válida. Nem todo personagem precisa fazer isso. Aqueles que erram o gênero ou nomeiam personagens trans podem ser bons ou maus, desde que sejam repreendidos por seus comentários desrespeitosos. Melhor ainda se esse não for o enredo principal da história.
Torne seus personagens trans complexos porque pessoas trans são complexas. Certifique-se de dar aos seus personagens transgêneros outros traços de personalidade e motivações para algumas das coisas que eles fazem. Eles são então capazes de se passar tão bem quanto possível por homem, mulher ou qualquer outra coisa.
Dando nome aos bois (escolhendo o nome do personagem)
Diferente das pessoas cis, pessoas trans tem a habilidade única de poder escolher o próprio nome. Geralmente, a escolha é muito distante de uma versão de outro gênero do seu nome de nascimento, porque quase toda pessoas trans odeia com o fogo de mil sóis o nome com o qual foi registrado. É tudo preferência pessoal. (Inclusive, nós, pessoas trans, temos um monte de piadas internas a cerca disso na comunidade lgbtqia+ kkkk)
A Regra é clara, Arnaldo, cada um escolhe o nome da maneira que bem preferir. Algumas pessoas escolhem seus nomes rapidamente, outras levam muito tempo para escolher um e algumas passam por vários nomes antes de encontrar um que se encaixe.
Escolhendo o FC e Transição Corporal
Antes de tudo: cheque com a moderação se é permitido FC cis para personagens trans ou apenas FCs trans e não crie problemas, não mande hate ou dê chiliquinho se você discordar. Você pode argumentar de maneira educada e polida, mas a decisão não é sua. Se você discordar, só vai embora. Lembre-se também que Não-binários não devem androgênia pra ninguém. Só você pode determinar como seu personagem se apresenta e aparenta.
Quanto a transição, isso é um assunto complicado. Não vou entrar nas minúcias, porque já abordei isso antes, e talvez você não esteja interessado na parte problemática, mas nem toda pessoa trans faz a transição corporal, tem gente que tem problema com os procedimentos ou simplesmente não deseja fazer o realinhamento. Cabe a você decidir se quer que seu personagem tenha passado por isso ou não.
Caso você opte por seu personagem ter passado pelo tratamento por completo, vou explicar de forma rápida os passos. Primeiro de tudo, pra começar a transição corporal, deve-se passar por um psicólogo ou psiquiatra. Caso seu personagem seja Brasileiro, o SUS fornecesse esse tipo de apoio nos CRAS e nas unidades de saúde selecionadas de cada estado. Hoje, nos EUA, o tratamento é quase todo particular, apesar que existem clinicas como o Planned Parenthood, centros lgbts e Family Health Clinics que ajudam no processo, mas há estados em que existem leis que proíbem o acesso as terapias de transição corporal como a Flórida, por exemplo. Em países que fazem parte da Commonwealth (Colônias britânicas como Canadá, Austrália e Nova Zelândia) e Reino Unido, até o presente momento (agosto/2023), o NHS também oferece suporte nessa área de forma gratuita, mas há projetos de lei em discussão no parlamento inglês que querem barrar o acesso. Coloco a terapia como o primeiro passo porque, infelizmente, em todo o processo vai ser necessário a comprovação de que você está na terapia.
Em seguida, vem adaptação dos documentos pra adoção do novo nome. Isso varia de estado para estado, mas em regra, você pode mudar no cartório. Após isso, vem a adaptação da apresentação social, que é basicamente como você vai se vestir. Depois vem o tratamento hormonal (HRT), testosterona para homens trans e estradiol para mulheres trans.
E por último as cirurgias mais agressivas, as mais comuns são:
Para Homens Trans: retirada de mamas, masculinização facial e faloplastia
Para Mulheres Trans: redução de pomo de adão, implante de mamas, feminização facial e vaginoplastia
A discussão fica a cerca da cirurgia nos genitais (faloplastia/vaginoplastia). Tem gente que faz, tem gente que não faz por uma série de complicações, que geralmente envolvem perda ou excesso de libido. Fica a critério de cada um.
É possível escrever personagens trans que foram transformados por magia ou presos em outro corpo no início, mas isso precisa ser feito com cuidado. Apenas evite ter muitas referências à sua vida passada, pois isso pode causar confusão ou até mesmo fornecer munição para pessoas transfóbicas atacarem o personagem.
A menos que a transição de um personagem seja a peça central de sua história, deve-se evitar entrar em muitos detalhes sobre o processo de transição. Seu personagem deve ser desenvolvido além de sua identidade trans, pois focar demais em sua identidade pode fazer com que pareça tendencioso.
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Pontos a Serem Evitados
Fuja dos pontos abaixo como o Bozo foge da Polícia Federal:
Falar sobre as características físicas ligadas a transgenericidade: Um erro comum, feio e rude pra caramba. Nunca diga coisa do tipo "fulana tem voz de [Turu Turu]" ou "fulana parece trans" e suas alternativas menos ofensivas, mas que todo mundo sabe o que quer dizer. Não há necessidade de ‘dizer’ se a pessoa é trans, mesmo que você mostre isso de maneiras específicas. Falar sobre suas características disfóricas pode contribuir para a transfobia casual. Tenha cuidado ao dizer que os personagens são trans em sua introdução também, pois isso poderia tratá-los como os outros e definir as pessoas cis como padrão, da mesma forma que mencionar pessoas como racializadas. Então, como você aborda esse problema? Bem, você ainda pode descrevê-los pela cor do cabelo e estilo de roupa, como casual ou gótico. Além disso, permita que os personagens mencionem tópicos que indiquem sua transgenericidade, como sua transição ou o quão valorizados eles são como pessoas de um gênero adquirido. Só evite coisas como os ombros largos, quadris grandes, peito grande ou qualquer parte que faça o personagem trans se sentir desconfortável.
Mencionar o Nome Morto/Deadname: Nome morto ou Deadname é o nome de nascimento/registro/batismo. Também pode incluir apelidos anteriores. Geralmente, é bastante ofensivo ficar perguntando isso pra uma pessoa trans. Mas como a vida nem sempre é um morango, muita gente não tem grana ou acesso a mudança de nome. Os únicos momentos em que o nome morto pode ser mencionado é quando você quer reforçar que seu personagem não está assumido para uma pessoa ou grupo específico, ou quando elu está perto de familiares transfóbicos que insistem em chamar pelo nome morto, ou quando esse nome acaba aparecendo em documentos. Um personagem quase nunca dirá que costumava ser “nome morto”. É um nome morto, ninguém usa um nome morto. Revelar que um personagem é trans dando-lhe um nome morto é uma das piores coisas de se fazer. Em resumo, a menos que você tenha motivos para usar o nome morto, não o faça.
Mencionar a aparência de antes da transição: Algumas pessoas trans gostam de compartilhar fotos pré-transição, e seu personagem pode ser uma dessas pessoas. Mas autores cis, infelizmente, se concentraram demais nesse aspecto, e esse tipo de coisa acaba dando a ideia errada de quem é o seu personagem. O problema é que um dos tropos transfóbicos mais populares é o personagem trans ser tirado do armário por algum transfóbico usando fotos pré-transição. Portanto, você precisa estar ciente disso e ser cauteloso ao abordar a aparência de antes da transição de um personagem.
Humor transfóbico: Sabe aquelas piadinhas idiotas nível Danilo Gentili e Pânico na TV com mulheres trans? É isso. Não escreva humor pejorativo às custas do seu personagem trans. Na mídia, em especial na tv aberta, esse tipo de humor é muito popular. Muitas vezes isso significa dizer que uma mulher trans não é uma mulher de verdade ou tentar atacar homens heterossexuais inocentes porque ela é um cara gay disfarçado de mulher. Isso não significa que você não possa usar humor nas suas replies quando estiver escrevendo um personagem trans. Se você tem um personagem trans, terá muitas oportunidades de ter situações irônicas com esse personagem para poder escrever humor.
Tropos transfóbicos: Existem tropos por aí na mídia que podem dar uma impressão errada sobre as pessoas trans na sociedade. Eles podem demonizá-los ou zombar deles a ponto de separá-los daqueles que pouco sabem ou que não vivenciaram as questões LGBT em questão. Já citei alguns aqui, mas queria reforçar mais uma vez o assunto porque é nessa área que a transfobia acaba acontecendo sem querer. Evite o personagem trans perfeito sem defeitos ou o trans que sofreu mais do que Jesus na cruz, ambas são bem comuns e prestam mais um deserviço do que outra coisa. Se você vincular suas ações aos seus ideais ou identidade trans de uma forma prejudicial, eles classificariam a história como ofensiva. Isso não quer dizer que você não possa ter vilões trans, inclusive, seria interessante algum vilão trans no estilo Kilmonger de Black Panther, mas evite situações que possam ser interpretadas como a transição ou não de um personagem sendo a motivação para sua vilania. Ao fazer isso, você corre o risco de pintar as pessoas trans como um todo sob uma luz negativa.
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Termos importantes
Alguns termos que podem aparecer durante a sua pesquisa e que você precisa saber ao escrever um personagem trans:
Ace: Sigla para Assexual. Pessoa que não sente atração sexual por outras pessoas. Não obstante, as pessoas assexuais podem ter relações de intimidade com outras pessoas, elas só não tem interesse.
AMAB: Sigla de "Assigned Male at Birth" (Designado como Masculino no Nascimento). Serve como marcador para Não-Binários.
AFAB: Sigla de "Assigned Female at Birth" (Designado como Feminino no Nascimento). Serve como marcador para Não-Binários.
Agênero: Pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero.
Aro: Sigla para Arromântico. Pessoa que não sente interesse romântico por outras pessoas. Entretanto, pessoas aro são capazes de amar, apenas não tem o foco ou interesse em envolvimentos românticos
Binding:Processo para comprimir o peito de forma a alisá-lo. Exige alguns cuidados específicos para evitar efeitos nocivos à saúde. Quando feito por muito tempo pode causar trauma nas costelas ou músculo mamário
Cisaliade: Pessoa cisgênero que apoia os direitos das pessoas trans
Crossdresser: A palavra designa uma forma de expressão de gênero. É aquele que se veste com roupas associadas, socialmente, a um gênero diferente do seu. Normalmente, se refere a homens que usam esporadicamente roupas, maquiagem e acessórios culturalmente associados às mulheres
Deadnaming: Expressão usada para identificar situações em que intencionalmente é utilizado o nome do registro de nascimento de uma pessoa trans ao invés do nome pelo qual se identifica – independentemente se o nome já foi alterado legalmente ou não. Esta é uma forma de violência contra pessoas trans e não binárias.
Gênero Fluido: São aqueles cuja identidade de gênero flui, ou seja, ao mesmo tempo em que uma pessoa pode se identificar com o gênero feminino ela também pode fluir para o masculino e até para o neutro, entre outras variações.
HRT: Sigla para terapia de tratamento hormonal
Jogar pra fora do armário/Outing: Expressão usada para identificar situações em que a orientação sexual, identidade de gênero e/ou características sexuais de uma pessoa são reveladas a outras pessoas sem o seu consentimento.
Misgendering: Expressão usada para identificar situações em que uma pessoa é tratada pelo gênero com o qual não se identifica (ex: usando pronomes errados) ou quando lhe é assumida determinada identidade. O misgendering pode acontecer de forma acidental ou intencional (podendo constituir transfobia).
Nome Morto/Dead Name: Nome com o qual a pessoa trans foi batizada/registrada no ato do nascimento. Geralmente, são trocados quando a pessoa se descobre trans.
Nome Social: Nome pelo qual a pessoa trans ou não binária se identifica e que pode não corresponder ao seu nome legal.
Queer: Originalmente, uma ofensa em inglês. Acabou resignificado na década de 2010, é um termo adotado como forma de visibilidade a comportamentos fora das normas de gênero e sexualidade. O termo pode ser utilizado como uma orientação sexual, quando não se sabe bem o que se é, apenas que você não é heterossexual cisgênero.
Packing: Processo de utilização de próteses ou outros objetos geradores de volume para aparentar a existência de um pênis.
Sair do Armário: Expressão usada para identificar o processo consensual para revelar a alguém sua orientação sexual e identidade de gênero.
Travesti: A travesti é uma pessoa que foi designada do gênero masculino ao nascer, mas objetiva a construção do feminino. É um gênero trans exclusivo a aqueles que nasceram na América Latina. Atualmente, a palavra travesti adquiriu um teor político de ressignificação de termo historicamente tido como pejorativo.
Traveco: Derrogatório. Ofensa para mulheres trans.
Tucking/Amarrar a neca: Processo para esconder o pênis e torná-lo menos visível. Exige alguns cuidados específicos para evitar efeitos nocivos à saúde. Quando feito por longos períodos, pode causar infecção urinária, dentre outras enfermidades.
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jaywritesrps · 10 months
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Guia: Como Escrever ou Desenvolver um Romance (aka como fazer um jantar com sobremesa)
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Olá tag cheirosa!
Já dizia o pensador contemporâneo Tony Garrido: "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite", e é pensando nisso que resolvi fazer esse guia pra ajudar você, meu queride roleplayer, que quer jantar, mas não faz ideia de como pedir uma janta (ou pra ser jantade, vai do gosto pessoal de cada um).
Zoeira a parte esse guia é pra você que tem dificuldade pra lidar com ships e romances nos grupos, quer seja por vergonha de chegar no coleguinha pra pedir um plot romântico, quer seja porque não sabe mesmo pra onde ir depois do encontro ou depois daquele smutzinho gostoso. Ou até mesmo pra aprender a conciliar o relacionamento com os outros players fora do ship (sim, tem gente fica fechado no ship porque realmente não sabe o que fazer depois que o ship acontece). Está no Keep Reading/Continue Lendo, separado por capítulos pra ficar mais fácil a leitura.
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Capítulo 1 - "Será que Tô de Crush?" (Identificando o personagem)
Tenha em mente que, por mais que você queira, seu personagem não precisa de forma alguma de um ship para conseguir se desenvolver, e que, a qualquer momento, você pode sempre apelar para um NPC caso o outro player rejeite os plots sugeridos ou se os personagens de vocês não tiverem química alguma. Não há nada de errado nisso, e, algumas vezes, dependendo da complexidade ou da toxicidade envolvida no plot, talvez seja melhor fazer com um NPC. Se você realmente acredita que precisa de um romance para tornar seu personagem interessante, recomendo procurar as obras de Robert McKee sobre roteiros e construção de personagens ou estudar mais sobre o assunto antes de se arriscar com um ship. Há muito o que fazer em um grupo que não requer um ship IC. Se você está procurando um interesse amoroso apenas por uma questão de romance, você está jogando errado.
A melhor e mais natural maneira de procurar potenciais parceiros românticos de RP é apenas fazer seu RP como faria normalmente, foque nos aspectos de construção do seu personagem. Além disso, se esforce para conhecer os outros bonecos do jogo, isso significa mostrar interesse nos personagens no rp além do seu próprio umbigo, ler os abouts ou bios ou mesmo prestar atenção no que está sendo jogado na dash, caso as interações já tenham aberto, porque as interações podem te dizer quem aquela pessoa fictícia é além do que está na ficha ou about do boneco.
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1.1 - Flerte
Ok, você já está focade em desenvolver seu boneco. Está feliz com isso e acha que agora é o momento ideal para arrumar um pézinho quente fictício para fazer esquentar pé fictício do seu char, né. Afinal, nas palavras de John Seinbeck: "Um sujeito pode ficar louco se não tiver alguém". O flerte vai depender muito da personalidade do seu personagem, porque é o seu trabalho como o vassalo delu pensar e executar como elu flertaria nas situações do rpg. Exemplo, quando faço personagens trambiqueiros, como a Dominique (Legacies) ou o Diego Lopez (SOA rp/This our world rp/Glee rp), geralmente, apelo pras cantadas de pedreiro, porque, além de serem condizentes com a personalidade deles, por pior que sejam, elas arrancam umas risadinhas e quebram o gelo da primeira interação. Quando são personagens mais introvertidos, como o Beau (Legacies) ou o Hadrian (Vendetta 2), não dá pra ir nessa tática, porque a personalidades deles não permite esse tipo de coisa, com eles, a ideia era ser o mais desajeitado ou o mais esquisito possível, porque é algo que se encaixa neles. A dica aqui é: pense no que vai funcionar melhor com cada boneco.
Além disso, preciso fazer aqui uma observação sobre limites: se uma pessoa disser “não”, respeite-a e se você se sentir desconfortável, avise. Se seu partner disser "não quero mais”, seja IC ou OOC, você obedece. Não é Não, não interessa se já havia sido plotado antes, não interessa se antes a pessoa ou você se sentiam confortável, mas na hora que o plot for executado, uma das partes desistiu. Não é o seu lugar argumentar e tentar fazer esse não virar sim, apenas pare e peça desculpas. Assédio IC ainda é assédio.
Mas tenha cuidado, flertar agressivamente com todas as pessoas, ao ponto de ser inconveniente é uma gafe, além de ser algo que pode lhe causar problema com a moderação. Isso não apenas permite que as pessoas com quem você está flertando pensem que você não se importa com elas (afinal, qualquer personagem serve), mas também faz você parecer desesperade. Pessoas que agem dessa maneira, desesperado por relacionamentos IC, acabam assustando os outros no OOC também. Agir sendo une tarade no cio vai afastar alguém realmente disposto a fazer ship com você. Por outro lado, se alguém está agindo assim na dash, não custa nada você chegar na dm e avisar, porque, muitas vezes, a pessoa nem tem noção de que passou dos limites, só acha que está fazendo um personagem "pegador" quando na verdade, é só mais um vilãozinho da malhação que não sabe a hora de parar.
Capítulo 2 - "Olá Quer TC?" (Convidando o coleguinha pra plotar)
Antes de tudo: Qualquer que seja a forma escolhida, seja sempre educado e saiba se comunicar de maneira honesta, direta e clara. A maior parte dos problemas que acontecem em rpg é justamente pela falta de honestidade e de comunicação, certifique-se de que você e o outro player tenham sempre um canal aberto de comunicação e que vocês não vão ficar pisando em ovos. Saiba que a rejeição é sempre uma possibilidade, e como você lida com ela é que revela se você é um mimadinho bosta que nem o Elon Musk ou uma pessoa bacana com a qual todo mundo vai querer jogar. Mostre interesse pelo personagem do outro, porque a questão não é apenas IC, é OOC também, e nada conquista mais um player do que ouvir "nossa, eu curti tanto seu personagem." junto com você mostrando que realmente leu a bio/about. Não seja um pervertide, que só fala de sexo, nem prometa um romance épico e slow burn, se você sabe que você vai não manter, e nem aceite um relacionamento aberto, se você sabe que vai ficar com ciúmes. O que quero dizer é Não Faça Promessas Que Você Não Pretende Ou Sabe Que Não Vai Cumprir.
Mas ok, você já encontrou um personagem, flertaram, rolou uma química e agora? Bom, agora você tem que chegar no cremoso/cremosa/cremose e chamar pra uma boa e velha safadagem. Como fazer isso?
Tem a abordagem mais clara e direta. Manda um DM, e fala "ow bora plotar uma safadagem entre os nossos chars?" Você deve estar pensando "NOSSA MAS É O CAPITÃO ÓBVIO DE NOVO", mas galera, na moral, é simples assim mesmo. A gente demora a abordar porque incutiram na cabeça da gente de que é melhor esperar alguém vir atrás, só que se todo mundo ficar esperando o outre tomar a iniciativa, vamos ficar todos eternamente jantando sozinho.
Mas se essa não for a sua vibe, você pode sempre chegar na maneira que chamo de "peidar e sair", que é escrever num bloco de notas algo do tipo "oi, gostei do seu personagem, quer plotar alguma coisa romântica?", copiar a mensagem, colar na dm, mandar e sair antes da ansiedade falar alguma coisa. Com esse jeito, que é como tirar um band-aid, a "vergonha" de entrar em contato pra perguntar esse tipo de coisa nem dá tempo de chegar.
Se você quer uma coisa diferente, uma abordagem que nunca falha, é a tática do "Tiozão do Pavê", que é basicamente fazer uma piada daquelas bem bosta (falei "piada bosta" e não "piada que ofende 346854 mil minorias"). É sério, nada ajuda mais a quebrar o gelo do que uma piada ruim ou meme tosco (menos pepe the frog, coisas que nasceram da extrema direita ou do 4chan, ou que podem ser considerados abuso sexual), porque a piada ruim já tira do meio aquele momento chato e desconfortável do primeiro encontro.
Se essa também não é a sua, seja cara de pau e responda um starter do aspirante a ser amado ficcional ou manda um starter fechado. Porque as vezes é melhor você já chegar na voadora nas interações e ver logo se nada ou afunda. Pelo amor de deus, não faça/responda um starter envolvendo logo uma cena sensual ou de sexo logo se cara, tenha o mínimo de noção.
Agora, se essa pessoa disser: "sei lá, acho que não seria legal pro meu personagem" ou algo assim, é seu trabalho recuar gentilmente e voltar a ser como era o seu jogo antes. Você nunca deve forçar o outro player em um ship com você, o outro player tem todo o direito de dizer "hoje não, parça" pra você e tudo bem, faz parte do jogo e da vida lidar com rejeição. A culpa não é de ninguém, só que as vezes a pessoa não está afim. Nesses casos, você só larga pra lá e tenta outra pessoa. Nunca se esqueça que existem outros tipos de conexão sem ser de ship e que você vai ter que lidar com aquele player eventualmente (porque a tag é um ovo de codorna. Todo mundo aqui já jogou com todo mundo). Um "Não" não quer dizer que seu boneco vai morrer sozinho, os sentimentos mudam com o tempo, mesmo em rpgs que acabaram de abrir, tenha paciência e faça seu jogo. Exigir que alguém do rp tenha um romance/ship com o seu boneco, além de nojento e assustador, é um abuso e passível de exclusão de qualquer rpg (E a moderação tem todo o direito de te expulsar do grupo por ser um abusador).
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Capítulo 3 - "Bora Jantar?" (Desenvolvendo o Romance)
Então, deu tudo o certo, e o outro player quer fazer ship com você. PARABÉNS, VOCÊ PASSOU PELA PARTE MAIS DIFÍCIL! Mas não quer dizer que seus problemas acabaram. O "Sim" da pessoa amada fictícia e de seu vassalo (player) não lhe dá licença poética pra meter qualquer ideia romântica que você queira. Seu parceiro não é plot device ou um acessório com o qual você pode flertar quando bem entender ou meter-lhe um chupão imaginário na Dash/TL pra todo mundo ver. Há um ser humano por trás desse personagem e dessa tela, por isso, mais uma vez, pergunte para elu se tudo bem fazer isso pra evitar confusões futuras.
Quanto ao desenvolvimento do ship, O romance entre os personagens é um ótimo para criar um enredo e engajamento, mas não levar o ship com a seriedade necessária, pode fazer com que, além de você desperdiçar o plot, você ainda machuque o player com que você está nessa.
Tenha em mente que relacionamento tem que ter conflitos. Nenhum casal vai ser perfeito todos os dias da vida. Ser o Casal Perfeito costuma ser um arquétipo chato de trabalhar e fica cansativo com o tempo também pra quem está vendo na TL/Dash. Lembrem-se de que é necessário dosar tanto as coisas boas quanto os dissabores, porque até se só acontecer merda na vida dos personagens, acaba sendo chato pra quem está fazendo, porque você sempre tem que ficar procurando coisas novas pra fazer, e chato pra quem tá lendo porque só acontece desgraça na vida daquelas pessoas.
Vocês devem considerar os sentimentos de ambas as partes e o que é orgânico para os personagens, porque nem sempre o que a gente quer fazer e o que o personagem pede estão de acordo. Saiba ouvir o boneco primeiro antes de sair plotando. Entenda que rpg é mutável, é um negócio que está sempre mudando, e pode e vai acontecer de algum de vocês dois querer mudar de ship ou querer conhecer outros personagens. Avise sempre ao seu ship partner se você quiser encerrar o ship ou se planeja algum tipo de traição, não é pq na vida real que o corno é o último a saber que tem que ser do mesmo jeito com seu parceiro de rpg.
Além disso, o plot central do rpg vem na frente do ship. O romance ocupa uma segunda posição quando se trata do plot central porque é o plot central que rege a vida de todos os personagens do rpg, e seu boneco não é especial e imune a isso.
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Capítulo 4 - Smutar ou Não Smutar, Eis a Questão...
Está dando tudo certo, seu ship partner é linde, maravilhose, com cheirinho de lavanda, e chegou no momento da cachorrada e safadagem entre os bonecos.
Antes de mais nada, precisamos falar sobre Cybering. O Cybering é a interpretação pornográfica e explícita do sexo que vale tanto para smut escrito ou para quando você instala mods de safadagem pra ver seus sims cometendo sins. Com o FOSTA/SESTA (lei americana contra o tráfico sexual online), as plataformas de rede social estão pegando bem pesado com esse tipo de conteúdo, uma vez que as empresas podem ser juridicamente penalizadas, em especial se envolver menores. Não sei qual é a política do Twitter quanto a isso, mas no Tumblr e no Discord, smut ou textos identificados como "erotica" podem ser postados sem problema, desde que com as devidas marcações como material adulto ou "Keep Reading". Por conta disso, cheque sempre a política de material adulto quando for jogar em alguma plataforma nova. Como minha mãe diz, até você provar que focinho de porco não é tomada, você já passou muita raiva.
Com isso em mente, não há problema algum em querer deixar no headcanon (HC) o smut. Tem gente que simplesmente não sente confortável smutando e tá tudo bem, eu entendo. O que não está tudo bem é você se sentir desconfortável com isso, e se forçar a escrever porque quer agradar o seu parceiro que gosta de smutar. Nunca faça isso. Comunique para elu sobre seu desconforto. Rpg é um hobby que exige comunicação, tem que ser legal pra todo mundo, você nunca deve aceitar esse tipo de coisa e se seu parceiro forçar, talvez seja melhor sair desse ship. Não vale a pena colocar sua saúde mental em risco por causa de um faz de conta.
Em resumo, a regra é clara: Combinado não sai caro. O consentimento é sempre, sempre, importante. Sempre pergunte ao seu partner os limites. Também vale a pena notar: plots envolvendo estupro e abuso, mesmo que consentido por ambas partes, além de preguiçoso, e banido na maioria das comunidades da tag br do tumblr.
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Capítulo 5 - "Sentimentos são..." (Separando IC do OOC)
Este é o maior erro que pode acontecer com relação a ships. Muitos atores costumam dizer que o corpo e cérebro não sabem diferenciar atuação de uma situação real, o que explica o porque de muitos players terem dificuldade de separar o IC do OOC. Por conta disso, fingir que está apaixonado por alguém pode levar a um aumento rápido na intimidade emocional entre duas pessoas. Afinal, seu parceiro de ship é alguém com quem você passará muito tempo jogando. Passar muito tempo juntos nessas situações românticas pode fazer você pensar que está apaixonado por essa pessoa. Sempre tente manter uma distância emocional saudável. 
Por isso também que as moderações reforçam tanto para players de personagens que estão em relacionamentos amorosos não se fechem em bubbling rp (se fechar em responder só o ship partner). Interagir com os outros membros do RPG ajuda a manter essa distância, além de abrir mais possibilidades de plots para seu personagem.
Acima de tudo, Não Comece Um Ship na Esperança de Evoluir Para Um Romance Real ou Para Compensar Sua Vida Amorosa OOC. Quando eu digo aqui "Sai do computador e vai fazer carinho em um doguinho" é por causa disso, esse movimento de sair um pouco do online é bom pra manter uma distância emocional do rpg e pra saber separar melhor o que é real e o que é ficção. 
Isso também se aplica a coisas como términos de relacionamentos IC. É normal que seu personagem fique triste ou chateado por terminar o relacionamento. No entanto, se você se sentir triste ou com raiva na vida real e se sentir hostil em relação ao seu ex-ship partner talvez seja hora de sair um pouco do tumblr. Rpg não é a vida real. Só porque alguém queria terminar o relacionamento no rp não significa que a pessoa te odeie ou odeie jogar com você. Você não deve reagir a um rompimento de faz de conta da mesma forma que reagiria a um rompimento na vida real.
Embora seu parceiro de ship seja une amigue ou tenha se tornado une amigue, assim como você, elu é apenas alguém que aplicou pra jogar um joguinho pra se distrair. Ninguém em sã consciência entra em um rpg pra arrumar um namoro real. Respeite o espaço e a privacidade de todos, em especial, do seu parceiro de ship.
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Capítulo 6 - Estou Em Um Relacionamento, E Agora?
AEEEEE, você está num relacionamento! Bom pra você!
É importante observar que as seções acima mencionam discussões com pessoas que já estão em ships IC, foi falado sobre interações com os outros personagem do grupo. 
Quando os personagens fazem parte de um plot romântico, há uma tentação enorme em se fechar apenas para responder o ship partner. Por mais que sua intenção seja para estabelecer uma sensação de privacidade ou intimidade entre os bonecos de forma mais rápida, é muito chato pro resto do grupo quando isso acontece. Os outros players também tem a tendência a isolar os ships, por medo de causar ciúmes ou simplesmente porque acha que está interrompendo algo. A dinâmica do grupo e a sensação de controle logo podem parecer desequilibradas tanto para quem está em um ship quanto para que está de fora.
É para isso que interessante as regras contra bubbling e panelinha. É importante que os ships interajam com os outros personagens do grupo, até para saúde mental dos players, já que esses relacionamentos fora do casal deve servir como uma espécie de âncora para ajudar a separar IC do OOC. É importante que todas as partes do rpg tentem interagir.
Conclusão
Parabéns se você chegou até aqui!
Não sou um mestre em escrever ships na tag br, mas essas são coisas que observei ao longo dos anos pesquisei para produzir esse guia. A maior do que foi dito aqui é para ajudá-lo a separar o IC do OOC e a como conseguir aquela jantinha marota. Espero que te ajude a sair do 0 x 0. Obrigado por ter chegado até o final e boa sorte na jogatina.
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jaywritesrps · 5 months
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Olá tag, desculpa tá vindo aqui de novo, mas é que cansei de ver esse argumento de "ain mas é só um rpg" pra defender a existência de rpgs de Harry Potter.
É um argumento idiota pq nunca é só um rpg. Antes de tudo, Rpg tem a ver com comunidade e acolhimento, tem a ver com vc se juntar com outro grupo de pessoas tão desajustado quanto vc e naqueles minutinhos do dia você se desligar do mundo bosta que a gente tem e ter umas graminhas de dopamina no seu cérebro. Tem a ver com vc criar vinculos com outras pessoas através desses minutos.
O problema de HP é muito mais do que "dar dinheiro pra JKR", tem a ver com manter a obra de uma racista transfóbica viva e excluir ativamente pessoas de meios que deveriam.ser inclusivos como os rpgs.
Tá, tá mas é só um rpg...
Não é. O poder da JKR vem de HP, e um rpg por mais besta que seja, ajuda a manter a obra viva, enquanto a obra viver, ela é rentável de alguma forma para JKR e para as empresas envolvidas com a obra. Por isso, nesse caso em especial, não da pra separar autor da obra, pq a obra acaba sendo uma extensão do autor.
A JKR é ativa desde da época da publicação dos livros na política do Reino Unido. Manter a obra viva é garantir que ela continue usando não só dinheiro, mas o nome dela pra afetar a perda de direitos de milhares de pessoas, não só no Reino Unido, mas no mundo inteiro, porque esses grupos que ela apoia tem contato direto com a extrema-direita do mundo inteiro.
É difícil largar dessa mamadeira que é Harry Potter, acreditem sei bem como é isso. Sei que parece absurdo, mas deixa contar uma histórinha pra vcs:
Eu tinha 12 anos quando conheci HP e li pela primeira vez. Virou minha fixação pq minha família é militar, meu pai e minha mãe serviam na época, a gente morava na vila militar e a vida da gente era todo nesse círculo. O negócio é que meu pai tinha problema com bebida, daquele tipo de chegar em casa e esculachar a mulher e os filhos e pra um militar isso é fatal pq é um sinal de fraqueza um militar que nao sabe se controlar e que abusa da família, e isso chegasse no ouvido do oficial superior dele, um abraço: é baixa desonrosa. Então, a gnt fazia de tudo pra esconder esse negócio. Quando HP chegou em mim, era como se eu me visse no garoto da rua dos Alfeneiro número 4, que mora com os tios abusivos e dorme debaixo da escada, pq minha vida não era muito diferente da dele.
Foi nessa época tb que eu comecei a jogar rpg de mesa na escola, pq era a desculpa q eu tinha pra ficar fora de casa por algumas horas na sexta-feira e poder dar um respiro e viver outra vida que não fosse a minha. Então, rpg e Harry Potter são duas coisas que sempre andaram comigo. Foi através delas q eu descobri e aceitei que nunca foi hetero e muito menos cis. Se você me perguntar qualquer fato obscuro de HP, eu sei e te digo o livro e a página onde está ou em qual podcast ou entrevista a JKR disse tal coisa sobre a obra. Pra vocês terem noção, o Caco Cardassi (O Caldeirão Furado) e eu éramos mutuals no twitter até ano passado, quando eu larguei HP de vez.
Levei anos pra conseguir finalmente entender que qualquer forma de relacionamento com a obra ajuda a JKR a se fortalecer. Uma parte minha acreditava que era possível o consumo responsável da obra, mas acontece que é impossível qualquer forma de consumo responsável, pq enquanto a JKR estiver viva, qualquer coisas que se fale de HP mantem ela influente e relevante, tanto positivo quanto negativo, pq os algorítimos não diferenciam comentários bons ou ruins.
Manter ela fortalecida é invalidar a existência de milhões de pessoa. É dizer que tudo bem o pai bebado enfiar porrada no filho pra ele "deixar de ser viadinho e virar homem", é dizer que tudo bem matar um travesti a paulada pq ela tem q "honrar o pinto no meio das pernas", que tudo bem fazer piada com o nariz de judeu de alguém ou dizer que chinês, japonês e coreano é tudo a mesma coisa. Porque no final das contas é isso, nos dias de hoje, infelizmente, é impossível separar autor da obra pq qualquer forma de reconhecimento é passivel de monetizer por conta das redes sociais.
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jaywritesrps · 1 year
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Eu tava debatendo comigo mesmo se ia postar isso ou não, mas foda-se né, o que é um peido pra quem já tá cagado? Mas piadas a parte, ontem à noite me deixou bem assustado com as pessoas que jogam na tag br. Começo a acreditar que aqui talvez seja um dos locais mais inóspitos da internet pra alguém que é parte de uma minoria jogar.
Eu amo jogar em português, como disse bem Fernando Mereilles, diretor de Cidade de Deus: "Eu sei o Inglês, mas não sinto em inglês. Eu sinto em português" e é muito disso, de ser mais fácil de se expressar e de construir um personagem em português, que é a nossa língua materna, mais do que em outro idioma. O problema é que ontem à noite a tag br finalmente colocou pra fora uma transfobia, xenofobia e racismo que passaram anos velados, muito bem embaladinhos em uma galerinha que se diz suuuuper preocupada com as minorias, mas que na primeira oportunidade mete algo ofensivo, disfarçado de opinião, sem é claro, esquecer de dar aquela militada básica (quase sempre errada).
"Ah mas a gente tem que ouvir as pessoas trans" ok, as pessoas trans vieram aqui, falamos inúmeras vezes que todos nós queremos apenas jogar em paz com nossos personagens, sem a cobrança exagerada que é imposta sobre os personagens trans, explicamos de forma didática o porquê, a importância daquilo e de como isso afeta a nossa experiência. Ouviram? Nem a p*&?a de uma vírgula. Cada vez é um argumento mais esdrúxulo do que o outro, chegando no ápice de ontem, de vir gente criar situações hipotéticas, com o cenário mais problemático possível, jogar a culpa nisso nos personagens trans com fcs cis, e ainda fechar com xenofobia e racismo tudo de uma vez só. Ficou bem claro ontem que mesmo a com os aliados cis como a Sandy e o Júnior do @olhaoqueakrpmefaz ajudando e cedendo espaço pra discussão, vocês ainda sim agem como um bando de crentelho, berrando que menina usa rosa e menino usa azul. É a primeira vez nos mais de 10 anos q eu jogo nessa tag que não me sinto seguro de jogar aqui e estou pensando de verdade em só jogar na tag gringa de agora em diante. Me deixa bastante perturbado de saber que no local que era pra ser um espaço pra gente descansar a cabeça estar infestado com um monte de mini-damares usando os fcs da modinha.
E o foda é que esse é só um sintoma da situação delicada que tag br se encontra. Por mais que a gente saiba que as mini-damares estão menor número, elas são mais vocais e mais insistentes (se me perguntar, é falta de atenção parental na primeira infância...), mas olha o estrago que a galera que se comporta como se só tivesse elas no mundo causa na tag. Olha pra rp br e pra krp br, olha a quantidade ínfima de grupos only tumblr que tem nas duas, Não vou nem muito longe no tempo, compara com 6 meses atrás, veja a rapidez com que os grupos abrem e fecham. O último grande grupo que durou mais de 3 meses foi o Legacies, mas o Legacies fechou há quase 6 meses, e fechou de novo, por conta da mesma galerinha pentelha que acha q acha q tudo tem que ser sobre elas e que atazanaram a mod Anna desde o primeiro dia.
Deixa o tio aqui contar uma coisa pra vocês, galerinha mais ou menos que gosta de causar sendo uma pessoa escrota na tag br: NEM TUDO É SOBRE VOCÊS. NÃO É NOSSA CULPA SE SUA VIDA OFFLINE É UMA PORCARIA. A MAIORIA DE NÓS SÓ ESTÁ AQUI PRA TER UMA VÁLVULA DE ESCAPE DA SOCIEDADE MERDA Q A GENTE VIVE, E VOCÊ ESTÁ FAZENDO DESSE LUGAR AINDA PIOR AGINDO QUE NEM UMA CRIANÇA MIMADA.
Enfim, esse texto era só um desabafo mesmo. Ainda não sei se vou continuar tentando jogar por aqui. Mas é isso.
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jaywritesrps · 7 months
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jaywritesrps · 8 months
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Deixa aproveitar a onda de transfobia na tag pra dar uma notícia:
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Desde desse ano, com a lei 14.532/23, injúria racial passa a ser crime imprescritível e de ação penal pública incondicionada, e não mais de ação condicionada à representação da vítima, o que significa que não cabe mais ao ofendido decidir se quer ou não dar seguimento ao processo - quem decide isso é o ministério público. Com a equiparação, Homofobia e transfobia passam a ter a mesma natureza, podendo levar a pena de 2 a 5 anos de reclusão.
Então, fique esperta aí galerinha que ama fazer uma transfobia recreativa, umas piadinhas transfóbicas no ooc e achando que vai dar em nada.
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jaywritesrps · 4 months
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Fazer uma perguntinha marota pra vocês: Será que a tag tem interesse em um rpg com a vibe de De Repente 30?
O plot é o seguinte: Um grupo de pessoas na casa dos 30/40 anos se reencontram na reunião de ex alunos da faculdade. Depois que tudo acaba, eles vão cada um pra sua casa e acordam no dia seguinte como a versão jovem adulto de si mesmos e rapidamente percebem que foram jogados de volta no tempo.
A ideia é ter tb personagens q não foram afetados pela viagem no tempo pra ter mais drama. Seria only tumblr e aberto pros players poderem turnar tanto no passado quanto no presente/futuro. A atividade e as regras seriam mais flexíveis, porque o foco é fazer um grupo pra quem tem interesse de jogar plots fora do ciclo de temas da tag, mas não tem muito tempo disponível por conta da vida OOC. Em resumo, é um grupo pra quem quer jogar um tema simples, porém com uma pegada diferente e que quer jogar de verdade, mas não tem tempo ou paciência pra problematização excessiva dos últimos anos dessas redondezas.
Os textos estão quase todos prontos, mas preciso saber duas coisa pra montar a central: se tem interesse no plot e se vocês preferem skeletons ou não pros personagens. Como Tumblr só permite uma enquete por post, liguei o anônimo, ai se vc votou sim, manda uma ask falando o que você prefere e também o que gostaria de ver no grupo.
Votem com amor e carinho, e se atingir 10 votos sim, eu faço essa central ai e a gente lança a braba. (Ou seja, votar em não não adianta nada)
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jaywritesrps · 5 months
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Vei, na moral, tu quer jogar HP, joga. Não tem ninguém aqui te impedindo disso. Tenho mais o que fazer do que ficar discutindo algo que já falei tudo o que tinha que falar. Tudo isso é bumbum dolorido pq o rpg referido flopou. Se vc quer tanto assim jogar HP vai pra tag gringa e deixa de drama.
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jaywritesrps · 9 months
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Mano, eu vou repetir algo que sempre que o Nael, a pessoa linda que me ensinou a jogar aqui no tumblr sempre dizia: Qualquer Rpg funciona por causa da moderação. Não adianta alguém tentar copiar esse ou aquele rpg ou continuar a história de um rp x que aconteceu ano passado ou dar um twist no plot de um rp q fechou pq a história pertence a Moderação do rp falecido. PONTO. PERIOD. THE END. Não adianta tentar se vender como "sucessor espiritual", fazendo central parecida ou estudando os textos do finado pra ficar semelhante, qualquer um que diga ou tente emular esses rps tá com papo de vendedor da OLX.
Francamente, espero que nenhum outro rp da tag, independentemente do tema, chegue no nível de popularidade de alguns rps do passado porque depende de muitos fatores pra se chegar nisso, e um deles é a moderação se sacrificar pra manter tudo rodando, é um fardo muito pesado sem falar no trabalho de manter tudo em dias com player enchendo saco todo santo dia.
Isso vale pra qualquer um dos rpgs na tag. Mesmo que tenha a mesma moderação envolvida e os mesmos players, é impossível continuar de onde parou pq tudo mudou. Ninguém é passível a passagem do tempo e única coisa constante é a mudança.
Mas tb entendo a frustração dos players que vão entrar num grupo, acreditando que é o sucessor de tal grupo, pra no final, aquilo não é nada do que você achava que ia ser, só porque parecia aquele lugarzinho que te fez tão feliz. É uma sensação de ser engado, e uma das piores coisas do mundo é o sentimento de que alguém pegou algo que era bom pra vc e te passou a perna usando esse negócio bom. Por isso que é melhor só meter o block e deixar pra lá, pq no que vai mudar sua vida se fulaninhe de tal tá copiando o rp tal (que nem é seu, pra início de conversa)? Deixa lá, se isso faz fulaninhe e us amigues delu feliz, bom pra elu, tem muitos outros grupos na tag pra vc se divertir. Não vale a pena se estressar por causa de rpg.
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jaywritesrps · 11 months
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Sei lá, acho que rp de A Seleção dificilmente vinga na tag hj em dia, ou pelo menos, não com a quantidade absurda de player que costumava ter. Porque, geralmente, com duas semanas de jogo, todo mundo e sua mãe já sabe quem vai ficar com a realeza em disputa (quer seja por química ou porque foi plotado antes). Nessas condições, a menos que se tenha muita realeza convidada, nobres que tenham coragem e vontade de interfir no resultado ou selecionades dispostes a causar o caos, o jogo acaba ficando previsível. E é difícil manter o interesse quando você percebe que é carta fora do baralho ou seu objetivo principal pro seu personagem nunca vai ser alcançado.
Acho que pra dar certo, só se for apresentada alguma inovação ou alguma maneira de deixar o gameplay mais dinâmico (como interferência do público ou um sorteio de pares ou algo assim) pra dar uma balanceada no jogo. Ou então, fazer uma coisa mais bridgerton, com mais chances pra todo mundo.
Mas sei lá, é só um pensamento mesmo. No geral, por mais que eu como player curta esse tema, quase nunca jogo de selecionade porque prefiro entrar na parte política do que na parte de ship em si. Se pa, seria interessante um rp desse tema com o príncipe/princesa e us selecionades de npc, e focado nos nobres e na realeza convidada. Imagina a quantidade de coisa q dá pra fazer.
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jaywritesrps · 3 months
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jaywritesrps · 5 months
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Sério, eu ia para porque como já falei, já disse tudo que tinha pra dizer, quer jogar merda? Joga, mas segura o rajadão depois. Queria falar era de outra coisa, que meio que tem a ver mais sei lá. enfim. Bora conversar, sem animosidade.
Eu peço desculpa por ter explodido, mas não me arrependo de nada do que foi dito, porque, de verdade, é uma bosta vir algum filho da outra vir na inbox da melzinha ou do eros e dizer um monte de merda sobre nós 3 e a gente ter que ficar calado tomando no butico "pra não irritar a tag". Concordo com vocês que não deveria ter jogado na tag geral, mas também entendam que quem quer que seja essa infeliz mandando as asks, ela passou a semana inteira remoendo esse negócio, fez um ataque direto, pegou no âmago e mexeu em um lugar que principalmente nós três aqui enfrentamos todo dia, a todo momento. Ok que um errado não faz dois certos, mas também não dá aguentar calado alguém vindo te ofender. Pra quem tá mandando essas asks pra melzinha e pro Eros, quero mais que você pise descalço num chão cheio de legos.
Com isso dito, infelizmente, não vejo as propostas de ações como "produzir resource" ou "educar" mais como opção, porque eu mesmo já tentei isso n vezes desde abril desse ano e é um dos motivos que me levaram a me afastar desse tipo de produção, porque já fiz tudo o que eu podia pra tentar educar, tirando a produção de gifs, que meu tempo não permite, e surtiu resultado nenhum, a única coisa q eu recebi em troca foi um bando de ask de transfobia recreativa perguntando se tudo bem chamar a amiguinha de "mulher de tromba" (censurado pq o termo foi muito pior) e suas variantes. Já falei de passabilidade, de como isso afeta até os cis, já fiz guia de personagem trans, já me disponibilizei pra tirar dúvidas, já falei os motivos de porque um rp de tema transfóbico não é só um rpg e assim, melhorou alguns aspectos, mas parece quadrilha de festa junina andando dois para frente e três pra trás. Olha quantos rps fecharam esse por conta da tag sendo transfóbica, olha quantas vezes a gente foi atacado esse ano desde que foi proposto o uso de fcs cis para personagens trans? Olha como toda vez que algo relacionado a vivência trans surge acaba levando a indiretinhas anônimas relacionadas fetichismo, xenofobia e sexualização? E assim, todo mundo aqui já tem mais de 20 anos e entende bem o conceito dessas coisas pra ficar pagando de "ain mas ocês num mi insina", se tivesse real interesse em aprender qualquer coisa sobre, a demanda tinha aparecido.
Cada vez entendo o Malcolm X quando ele dizia que os pretos deviam usar todos os meios necessários contra o racismo, porque a resistência pacífica só ajuda o opressor, porque é o que acontece todo santo dia aqui com a gente. Chega numa hora em que você não consegue mais segurar e e você simplesmente explode porque já tá de saco cheio de ser bonzinho e mesmo assim cagarem na sua cabeça, ai quando esses momentos acontecem, todo mundo já tá doido pra vir dizer "ah não pode" ou "ah isso atrapalha". Ok, concordo que atrapalha, só que é cansativo você ficar repetindo a mesma coisa por 8 meses, pra vir um xarope da casa do carvalho, dizendo que tudo bem jogar rpg com tema transfóbico, porque "ain é só um rpg" e depois ficar fazendo ataque gratuito contra quem se levanta sobre isso porque o rpg flopou. E falando só por mim, eu tô extremamente exausto disso, de ficar procurando material por acreditar que realmente pode ser só falta de acesso à informação, ter um trabalho lazarento pra falar sobre isso, e só tomar transfobia e ofensa na fuça.
Enfim, era só isso q queria falar e pau no cu da JKR
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jaywritesrps · 5 months
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Pra pessoa q me mandou ask:
Te entendo completamente. Por isso q desliguei o anônimo, pq pra infelicidade do Tumblr em geral, quem gosta de mandar hate não tem coragem de colocar a cara no sol.
O mais difícil de largar HP são mesmo as memórias boas, pq teve uma época que o fandom e os rps de HP (e rps em geral) não eram uma competição e todo mundo conseguia se divertir. O fandom era um lugar legal, mas com a popularização através dos filmes veio muita coisa ruim tb. Desde 2015/16 que tem sido dificil achar um grupo ou pelo menos ser fã pq fan base se radicalizou por conta da autora.
Sobre a autora: se vc parar pra pensar, ela nunca se importou muito com a obra depois q ela publicou o último livro, ela só volta pro universo quando ela quer chamar a atenção pra ela mesma ou quando ela precisa da fama pra promover outros projetos. Arrisco a dizer que hoje a única coisa que impede ela usar a obra e os personagens em propaganda transfóbica é a WB (detentora dos direitos de adaptação) e a NBCUniversal (detentora dos direitos do uso da obra em parques de diversão). Se não fosse esses dois contratos, que são muito lucrativos, ela já tinha feito entregue tudo na mão da galerinha da extrema direita que valida tudo o que ela fala.
E é muito daora ver a galera da tag em geral se reunindo e aceitando o esforço de abandonar HP. Ainda tem muita gente que tá se roendo por dentro, e tudo bem, sabe. Tem gente que não vai mesmo largar esse osso, mas é aquela coisa, se vc sabe dos problemas da obra e mesmo assim vc quer jogar, pelo menos bate no peito e fala "eu quero jogar e foda-se" não fica tentando argumentar pra se justificar ou jogando a culpa nesse ou naquele ou dizer q "É cUlPa Da MiLiTâNcIa" que nem um incel virjão. Assume o que vc faz e arque com as consequências depois. Não sei pq é tão difícil isso.
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jaywritesrps · 3 months
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Anônimo na minha ask, te bloqueei porque meu rolê agora é: não sei, não quero saber, o mundo tá acabando, tem guerra rolando, o capitalismo tá comendo o cu dos trabalhadores do mundo inteiro, inclusive o meu e o seu, o bbb tá passando e não caio mais em conversa de talker ou em bait requentado pra audiência. Vai ler um livro, sei lá. Mas obrigado pq meti o block tb nos talkers, nada contra, tenho até amigos que são, mas não quero mais esse tipo de energia na minha vida online não. É isso.
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jaywritesrps · 3 months
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jaywritesrps · 1 year
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Gente, bora fazer assim:
Situação 1: outro player fez algo com vc, player, e vc não gostou.
Converse como um ser humano civilizado, sem agressividade ou sendo passivo agressivo. Comunique o q a pessoa fez de errado sem dar chilique
Não resolveu? Procure a moderação
Situação 2: você viu na tl ou dash algo q é errado ou contra as regras.
Tire print, salve as urls das interações e Comunique a moderação do ocorrido
Moderação não resolveu? Pede unfollow ou fique inativo.
Procure outra cmm.
É isso. Pelo bem de todos nós e da nossa sanidade mental. É só a porcaria de um jogo de faz de conta It ain't that deep
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