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#diamante acesso aberto
academypediaptbr · 1 year
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Os 21 Principais Periódicos Médicos de Acesso Aberto Que Os Especialistas em Observação de Tecnologia Devem Aproveitar
Introdução :   Acompanhar o cenário tecnológico em constante evolução na área médica pode ser um desafio. Se você é um especialista em observação de tecnologia, precisa ser capaz de identificar rapidamente as tendências emergentes e tomar decisões sensatas com base nelas. Mas como você pode [...] https://is.gd/Gg0jGx
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#business #communication #data #education #ict #information #intelligence #technology - Created by David Donisa from Academypedia.info
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afterlikefm · 1 year
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ERA UMA VEZ . . .
É fácil gostar dos Haddock. Sempre dispostos a dar a outra face, matando os gnomos no seu quintal para você, eles são como os vizinhos dos sonhos de qualquer pessoa. Exceto, é claro, pelo fato de trabalharem diariamente com criaturas cuspidoras de fogo que pesam mais de 10 toneladas e estão mais do que prontas para te enviar direto para o abraço frio e vazio da morte! Sim, fora isso, eles são ótimas pessoas.
Os Haddock foram responsáveis por colocar Berk de cabeça para baixo, perdendo grande parte de seus domínios marítimos, mas ganhando os céus em troca. Escolas aéreas, grandes oficinas entre nuvens e colossais áreas com habitat naturais cuidadosamente construídos para suprir as necessidades de cada dragão capturado, eles se especializaram em serem a guarda armada no alto, os primeiros a enxergar a ameaça. Portanto, são uma das famílias mais importantes de Galvadon, mesmo sendo uma casa menor.
Eles nunca exigiram grandes luxos também. Estão felizes com sua pequena ilha cheia de criaturas ofídicas voando ao redor. Astrid e Hiccup, desde que se casaram, não pararam de viajar um minuto, indo de um lado a outro para resgatar alguma espécime rara perdida em um reino distante. Seus pobres filhos acabam tendo de segui-los em suas empreitadas, e embora tenha servido para que aprendessem muito sobre outras culturas, também rendeu prejuízos terríveis às suas habilidades sociais.
Dispensável dizer que não levou muito tempo para que os filhos, sem muitas coisas fixas na vida, se virassem contra os pais, certo? Pois bem, mas as crianças Haddock são pequenas pestes quando se diz respeito a seus genitores. Estão sempre dispostas a bater portas, queimar coisas, gritar e fazer todo tipo de estardalhaço. Alguns os comparam à prole DunBroch, embora nem mesmo eles tenham condenado sua mãe aos escândalos que os Haddock tem de passar com o comportamento errático e caótico de seus filhos.
Astrid e Hiccup ainda estão discutindo uma forma de corrigir isso… Mas, eu conto ou você conta que esse navio já passou há muito tempo? Os monstrinhos já estão criados. É melhor apenas se aposentar e aproveitar o restante da vida, sabendo que agora seus filhos não são mais seus problemas, mas sim do mundo inteiro — e muito provavelmente da guarda local.
ESPELHO, ESPELHO MEU . . . 
Hiccup Horrendous Haddock III — gênero masculino / 40 - 50 anos / casado / Lorde de Berk, dragonologista e cavaleiro de dragão;
Astrid Hofferson — gênero feminino / 40 - 50 anos / casada / Lady de Berk, dragonologista e amazona de dragão;
1º descendente Haddock — gênero utp / idade utp / profissão utp;
2º descendente Haddock — gênero utp / idade utp / profissão utp;
3º descendente Haddock — gênero utp / idade utp / profissão utp.
FELIZES PARA SEMPRE?
FAMÍLIA DUNBROCH — Ferralas frequentemente torna-se local de estudo e pesquisa para os Haddock. Enquanto Chapeuzinho os espantou às mordidas, literalmente, Merida foi um pouco mais aberto a negociações. Em uma conversa com Astrid, eles conseguiram um acordo bom o suficiente: treinariam as caçadoras da rainha como amazonas de dragões, e em troca teriam acesso livre ao seu território. Ainda que acreditassem que dragões não devessem ser utilizados para tais finalidades, entenderam que seria um módico preço a se pagar pelo progresso. Essa hipocrisia, em algum momento, vai morder as costas dos Haddock com força.
FAMÍLIA HOOK — Os Haddock muitas vezes trazem materiais através de navios da Floresta das Estrelas e da Baía Diamante, onde existem em abundância minérios com esplêndida duração. Todavia, já faz alguns anos que Capitão Gancho passou a mirar seus navios para roubar as cargas, e eles chegam às praias com praticamente nada no convés, isso quando chegam. Isso os obrigou a firmar um acordo secreto com Gancho, garantindo que não mais roubaria nada de sua carga. Ninguém pode saber disso, afinal, seria uma mancha irrecuperável no sobrenome da inigualável família Haddock...
FAMÍLIA WESTERGAARD — Quando descobriram que Hans era um vilão perdoado, foi o suficiente para fazer com que os herdeiros Haddock o colocassem em sua mira como seu alvo favorito para importunar. Seja quebrando suas janelas ou fazendo outras palhaçadas do gênero, Hans acaba irritado e estressado com os jovens. Soluço e Astrid ainda tentam pedir desculpas, mas sabem que não existe nada que possam fazer além de desembolsar o valor para pagar mais uma janela quebrada.
NOTAS DA MODERAÇÃO
CONTOS — Como Treinar o Seu Dragão.
SUGESTÕES DE FCS — Seguindo o primeiro personagem aplicado.
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ocombatenterondonia · 4 months
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“Selo Diamante” em Transparência facilita acesso da população aos dados do Governo de Rondônia
A premiação nacional é resultado do Governo de Rondônia tratar com responsabilidade a transparência  dos dados públicos Com dados abertos, completos, atuais e acessíveis sobre ações e serviços realizados em benefício da população, o Governo de Rondônia obteve, desde novembro do ano passado, “Selo Diamante” em Transparência Pública e se consolidou como referência no cenário nacional em conduta…
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pirapopnoticias · 10 months
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promovevendas · 2 years
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Realidade de Moçambique e opressão dos Ditadores Socialistas Comunistas.
Onde existe ditadura e pobreza, a população destes países são usadas como entretenimento social ao céu aberto - vulgo zoológico humano. Ao serem usadas para atrair turistas e ONGs que queiram fazer ajuda humanitária (uma atividade super rentável para manter a ditadura nestes lugares).
Vale ressaltar. Que nestes países são pessoas negras colocando a própria população negra em condições insalubres (que não faz bem a saúde).
Então. Quando um esquerdista, principalmente se for professor, começar a romantizar que foram os brancos que escravizam os negros na pobreza e servidão. Lembre-se de olhar para estes países que hoje estão sob uma Ditadura Socialista Comunista (Foice e Martelo).
Sabe o filme Pantera Negra?! Pois, é... até nele existe romantismo demais para uma realidade que não condiz que aquele povo sofrido por imposições de pessoas da sua mesma cor.
Assistam o 'Diamante de Sangue', para você entender mais ou menos, o inferno que é nestes lugares. Mesmo assim, você só terá acesso ao 1% do que realmente acontece nestes países subservientes a Ditadura Socialista Comunista.
Não participar das eleições (branco ou nulo), não irá te proteger ou blindar das dores do futuro. Faça um exame de consciência  e não seja omisso!
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bruxurso · 4 years
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╔═════ೋೋ═════╗
🌙 Nome nativo Κέρβερος
Morada Hades
Cônjuge(s) Quimera
Pais Tifão e Equidna
Irmão(s)
Filhos de Tifão e Equidna
Ortros
Hidra de Lerna
Quimera
Ladão ou Dragão das Hespérides
Ethon ou Águia do Cáucaso
Esfinge
Faia ou a Porca de Cromíon
Gorgon Aix
Dragão da Cólquida
Cila
Filhos de Equidna
Hidra de Lerna
Equidnades
Filhos de Tifão
Leão de Nemeia
Dragão da Cólquida, como filho de Gaia e Tifão
Drakones Troiades, As Duas Serpentes Marinhas que mataram Laocoonte e seus filhos
Anemoi Thuellai, os ventos destrutivos da tempestade, filhos de Tifão.
Eles foram mantidos trancados dentro da ilha flutuante de Eólia e liberados sob o comando dos deuses para causar seu caos.
Harpias
Cérbero (em grego antigo: Κέρβερος, transl.: Kerberos – trad.: “demónio do poço”; em latim: Cerberus), na mitologia grega, era um monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.
Família :::
Segundo Hesíodo, Cérbero era filho de Tifão e Equidna, irmão de Ortros, Quimera e da Hidra de Lerna.
Pseudo-Apolodoro inclui Ladão, o Dragão das Hespérides, Ethon, a Águia do Cáucaso, a Esfinge e Faia, a Porca de Cromíon, como filhos de Tifão e Equidna e irmãos de Cérbero, e inclui o Leão de Nemeia como filho de Tifão.
Já Higino inclui Górgon Aix, o Dragão da Cólquida e Cila como filhos de Tifão e Equidna.
Morfologia::::
A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Eneias, Psiquê e Ulisses.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças).
Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão.
Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.
O monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre o terceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dos epicúrios
Aquarela de William Blake (1757-1827); National Gallery of Victoria, Austrália
Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o reino de Hades, o deus do sub-mundo, ao lado de Perséfone (Deusa da primavera, filha de Zeus e Deméter). Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades.
O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Pirítoo, que por tentar seduzir Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da Terra, foi entregue ao cão.
Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.
Cérbero, quando a dormir, está com os olhos abertos, porém, quando o mesmo está de olhos fechados, está acordado.
Apariçoes:::
Cérbero aparece no Inferno dos Gulosos (Canto VI), da Divina Comédia, de Dante Alighieri, onde estes ficam solitários na lama, sem poder comer e beber livremente.
E ficavam sob uma chuva gelada e a presença de Cérbero que os come eternamente com seu apetite insaciável.
Cérbero é a imagem do apetite descontrolado.
Doze trabalhos de Héracles:::
Héracles e Cérbero:::
Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérbero, que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava acima de suas forças; e o próprio Héracles estava a duvidar que conseguisse realizar essa temerária e perigosa façanha. Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua proteção; suas preces foram ouvidas.
A deusa Atena, e Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele, acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo e escuro que levava às portas do mundo subterrâneo. Ao percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, perguntou-lhes o que procuravam.
- Meu senhor Euristeu ordenou-me de levar à terra o cão tricéfalo Cérbero que guarda esta porta, disse Héracles, e é pela vontade de Zeus, senhor da terra e do céu, que eu lhe obedeço. Deixe-me levar seu cão de guarda para poder cumprir as ordens recebidas. Prometo-lhe que Cérbero nada sofrerá e lhe será restituído, são e salvo.
Hades fechou a carranca e respondeu:
- Se você for capaz de carregar Cérbero nos ombros, sem feri-lo, então poderá levá-lo ao seu senhor Euristeu; mas, prometa trazê-lo de volta, ileso.
Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. O caminho era longo, áspero e íngreme, e pesada a sua carga; as três cabeças rosnavam e mordiam, durante todo o trajeto, porém Héracles, concentrando-se no pensamento de próxima libertação, não lhes dava atenção.
Afinal chegou a Micenas. Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se Héracles para a caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às portas do inferno.
🧙🏻‍♀️Namawitch🌙
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ㅤ— [✿🖤Meus Estudos✿] - -❀ೃ .
○°•°♡Bom esse foi o meu blog espero que tenham gostado. Que os Deuses nos abençoe sempre!♡°•°○
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septbellatrix · 5 years
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Já era esperado que BELLATRIX SEPT-ASTÝRIAN estivesse matriculada em nossa instituição — você esquece que ela é uma PRINCESA vinda de OTTAWA, CANADÁ? A carinha de VINTE ANOS não esconde a fama de ARROGANTE E IMPIEDOSA, mas é sabido que seu lado FRANCO E VALENTE compensa. Se não tivesse sangue azul, eu diria que é uma descendente de KAYA SCODELARIO, porque não poderiam ser mais idênticas!
A B O U T
Se lembrava da vez mais marcante em que gritou com o Rei, durante um jantar em família, por lhe ter sido negada a permissão para ao invés de consumir o banquete real, ir perseguir esquilos nas florestas escuras, gélidas. Tinha dez anos. Essa lembrança vinha acompanhado de um som ardido, do tapa que levou no rosto por ter desafiado o absoluto, tão detestável, Rei e pai. O sangue azul escorrendo da bochecha, esse proveniente do corte que foi aberto pelo contato da pele alva da garota com uma das unhas de ferro de Louis IV — tinha implantado no próprio corpo unhas de ferro porque eram melhores condutoras de eletricidade, ao invés do simples tecido gerado pelo seu próprio organismo —, só não manchou o seu vestido porque tal era negro, mas a falta de manchas não apagou o acontecimento.  
Na noite do incidente, ela não se debulhou em lágrimas, não deixou de fazer as suas tarefas escolares (que ela e seus irmãos recebiam diariamente dos tutores anciões) e não questionou a mãe sobre as atitudes do pai quando essa foi lhe contar histórias para dormir. Sabia o porquê de ter sido corrigida, já tinha ouvido as razões mais de uma vez. Quando agia de modo errado, havia uma consequência, e as consequências eram rígidas porque, de acordo com o seu tutor favorito, o Canadá já foi visto como fraco pelos outros países/reinos, quando se retraiu das guerras para sarar as próprias feridas. Se o Rei fosse gentil e benevolente e passasse essa conduta para os próprios filhos, a tradição de governantes rígidos deixaria de ser uma realidade e o Gigante do Norte não mais seria temido. O tamanho, o tutor dizia, não era nada se a falta de atitude predominasse. Nunca mais poderiam ser vistos como gentis, pacíficos, inclusivos, porque essa era a imagem que precedeu o progresso e era relacionada ao antigo Canadá. Tinham que se manter duros, inóspitos, implacáveis, porque o contrário representava um mundo em que os vermes vermelhos eram vistos como iguais dos divinos azuis, e isso era inaceitável.  
“A sua família, nobre Bellatrix, só se mantém em posição de honra desde que essa se fez presente porque o pai do seu pai, e o pai desse, não trataram seus filhos como flores delicadas. Ao invés disso, receberam castigos, prensas e mutilações, como as rochas que são. Você sabia, senhorita Bellatrix, que os diamantes são formados através de intensa pressão? Eles não são acariciados, nem reconhecidos como valiosos, até que apresentem o próprio valor, depois de terem sido provados. Você não é um diamante, não brilha, não tem valor agora, mas se provar-se forte e radiante depois das provações, aí ganhará os títulos e só então poderá se autodeclarar como valorosa, especial” disse o tutor para a caçula em uma manhã nevosa de intensos estudos. Ela e seus irmãos não tinham aulas conjuntas porque estavam em graus diferentes de conhecimento e as idades divergiam, mas ela conseguia lidar com a solidão. A garota tinha os olhos focados na janela enquanto ouvia as palavras do velho ecoarem pela sala grande, e por mais que não quisesse prestar atenção porque eram distração, observava as formas dos flocos de neve, as quais se sobrepunham à visão que a janela dava.
O Castelo Gelado, como era chamado, tinha visão para toda Ottawa e para um lago, que se tornava puro gelo nos dias mais frios do inverno. Depois das guerras, o castelo original que ali existia foi aniquilado e lá foi construído pelos seus antepassados, os primeiros Reis e Rainhas que o Canadá já teve, a fortaleza mais magnânima que já existiu no Norte. Os Sept-Astýrian, por mais que frios, nunca foram individualistas e foi assim que a Casa se permitiu continuar no domínio por tanto tempo. No começo, eram empresários petroleiros, e os recursos que o dinheiro podia comprar foram só o necessário para que tão logo quanto demonstraram predominância de azuis entre membros da família, se autointitularam os merecedores do trono e assegurados por meio de alianças através de casamento e troca de recursos com famílias tão fortes quanto eles, ali ficaram. Toda vez que alguém com um sobrenome que não fosse semelhante ao do Rei começava demonstrar interesse em um golpe, a própria família se unia para aniquilar os possíveis inimigos, independente das próprias rixas as quais sustentavam. Casamento entre familiares também não é um escândalo nessa casa e é inclusive encorajado, em busca de manter a pureza não apenas referente ao sangue azul, mas da família também. Nunca foram incomuns, no entanto, casos de próprios membros da Dinastia Sept-Astýrian assassinando outros para subirem ao trono.  
Sendo a terceira na linha de sucessão, por ser a caçula de dois irmãos, já deixou passar pela própria cabeça a possibilidade de que um dia, no fundo da sua genoma, a vontade de ser uma rainha se plantaria e ela se tornaria uma regicida, obrigada a assassinar os irmãos na busca pelo poder. Não gostava de pensar nessa possibilidade, mas era uma Sept-Astýrian. Amava seus irmãos, mas só teria algum valor se demonstrasse para o pai que era mais do que uma herdeira inútil, gastadora de recursos, como ele mesmo intitulava os próprios filhos.
Não fazia distinção entre os próprios herdeiros. De acordo com o pensamento controverso do Rei, a genitália não influencia a capacidade intelectual que alguém tem para reinar. Seria uma vergonha para a memória da própria mãe se acreditasse que mulheres, principalmente as com sangue azul, eram menos do que homens. Era filho da grande Cassiopeia, primeira do seu nome, que reinou sozinha por duas décadas depois de o Rei, Louis III ter morrido em uma rebelião de vermelhos.  
Justamente por ter crescido sem distinção, teve acesso aos melhores professores que uma princesa pode ter, intensas aulas para o aprendizado de manejo de armas brancas e, é claro, acompanhamento minucioso do desenvolvimento dos seus poderes. Sua infância foi rígida, seguindo o padrão Sept-Astýrian de criação, mas isso não deixou que a personalidade marcante de Bellatrix se desenvolvesse. É conhecida por ser fria, assim como a temperatura das terras das quais vem, cautelosa, traço familiar que permitiu a sua família permanecer no poder por tanto tempo e eletrizante, tanto que já foi relatado que a simples presença de uma herdeira Sept-Astýrian em um cômodo é capaz de deixar a atmosfera mais pesada, tão letal quanto excitante.  
Não é muito aberta a novas amizades porque foi ensinada que só pode confiar na própria família, e que tudo o que precisa existe no círculo social preestabelecido pelo seu rei absoluto. Apesar disso, a curiosidade a qual abriga dentro de si pode ser a porta para o seu envolvimento com pessoas além dos seus irmãos, o que seria uma novidade.
E X T R A S
A família real é constituída pelo Rei Louis IV, a Rainha Andromedae II, ambos da Dinastia Sept-Astýrian (primos de primeiro grau), e seus três filhos. O atual herdeiro do trono, a filha do meio e Bellatrix, caçula. São conhecidos por, além da continuidade e longevidade da dinastia,  terem cabelos escuros e olhos tão intensos quanto a energia elétrica que são capazes de controlar.
A Casa Sept-Astýrian governa com punho de ferro desde que se retirou da Primeira Guerra da Nova Era. O Canadá teve tempo de se recuperar da perca de autonomia que teve ao dar apoio total ao RANU, e enquanto a Segunda Guerra ocorria, o país esteve fechado para interferência estrangeira, uma vez que a prioridade era estabilizar a situação interna. Enquanto não estivessem fortes para recuperarem a própria identidade, o poder bélico e pintarem na mente internacional uma imagem de um Canadá agora autônomo, poderoso e não apenas o irmão mais novo de RANU, não voltariam a interagir com os outros países.
Agora, dispostos a voltarem a serem ativos no cenário internacional, a sua situação interna era um bom exemplo de como se saíram bem na tarefa. Os governantes assumiram pensamento maquiavelista e, em busca de controlar as revoltas de vermelhos, de tempos em tempos permitiam um representante desses assumir cargo de destaque entre os azuis, em busca de passarem a falsa sensação de meritocracia. O pensamento majoritário do povo canadense vermelho era o de que seus governantes, ainda que azuis, só estavam lá porque tinham escalado seus caminhos até o alto e, se fossem persistentes o bastante, conseguiriam o mesmo.
Alguns vermelhos, principalmente os ativistas e intelectuais, notam a jogada política que ocorre atrás dos bastidores, mas a situação econômica é estável o bastante para que não seja o estopim de uma revolta vermelha mais significante. As menores que estouram são facilmente gerenciadas pelo exército do país.
Auto-suficiente no que se diz respeito a recursos, as interações internacionais do Canadá são predominantemente de exportação, visto que sua presença é significativa quando se trata de energia (gás-natural e petróleo) e de recursos naturais, tais como zinco, urânio, ouro, níquel, alumínio e chumbo. Desde a Primeira Guerra, também tem contribuições importantes para o setores bélico e industrial.
P O D E R
Eletrocinese.
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icephas · 2 years
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A Nova Aliança Tem Melhores Promessas - A Nova Aliança E O Novo Coração
Quarta-feira, 16 de Fevereiro
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Podemos ser tentados a pensar que a nova aliança tenha “melhores promessas.” no sentido de que apresenta recompensas maiores do que a antiga (uma pátria celestial, vida eterna, etc.). A verdade é que Deus ofereceu aos crentes do Velho Testamento as mesmas recompensas que nos oferece (leia Hebreus 11:10, 13-16). Em Hebreus 8:6, as “melhores promessas” falam sobre diferentes tipos de promessas.
A aliança entre Deus e Israel foi uma troca formal de promessas. Deus tomou a iniciativa de libertar Israel do Egipto e prometeu conduzi-lo à terra prometida.
4. Compare Êxodo 24:1-8 e Hebreus 10:5-10. Quais são as semelhanças e diferenças entre estas duas promessas?
A aliança entre Deus e Israel foi ratificada com sangue, aspergido tanto sobre o altar, que representava Deus, quanto sobre as doze colunas, que representavam o povo. O povo de Israel prometeu obedecer a tudo o que o Senhor tinha dito.
“A condição para a vida eterna ainda é a mesma que sempre foi: perfeita obediência à lei de Deus, perfeita justiça, exatamente como era no Paraíso, antes da queda dos nossos primeiros pais. Se a vida eterna nos fosse concedida sob qualquer condição inferior a esta, a felicidade de todo o Universo estaria a correr perigo. Estaria aberto o caminho para que o pecado com toda a sua miséria se perpetuasse.” Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 39
Deus satisfez as exigências da nova aliança, pois deu o Seu próprio Filho para vir e viver uma vida perfeita para que as promessas da aliança pudessem ser cumpridas Nele, e então-nos oferecidas, pela fé em Jesus. A obediência de Jesus garante as promessas da aliança (Hebreus 7:22). Ela requer que Deus dê a Jesus as Suas bênçãos, as quais nos são então concedidas. Aqueles que estão “em Cristo” desfrutarão destas promessas com Ele. Em segundo lugar, Deus dá-nos o Seu Espírito Santo para nos capacitar a cumprir a Sua lei.
Cristo satisfez as exigências da aliança; portanto, o cumprimento das promessas de Deus para nós não é incerto. Como é que isto ajuda a entender o significado de 2 Coríntios 1:20-22?
Quinta-feira, 17 de Fevereiro
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5. Compare as promessas da nova aliança em Jeremias 31:33 e Ezequiel 36:26, 27. Como é que elas se relacionam?
O primeiro documento da aliança foi escrito por Deus em tábuas de pedra e depositado na arca da aliança como testemunha (Êxodo 31:18; Deuteronómio 10:1-4). Documentos escritos em pedra, no entanto, podem ser partidos; e pergaminhos podiam ser cortados e queimados (Jeremias 36:23).
Entretanto, Deus ia escrever a Sua lei no coração do povo. O coração refere-se à mente, o órgão da memória e do entendimento (Jeremias 3:15; Deuteronómio 29:4), onde se tomam as decisões conscientes (Jeremias 3:10; 29:13).
Esta promessa não só garantia a todos o acesso à lei e o conhecimento dela, mas também promovia uma mudança no coração da nação. O problema de Israel era que o seu pecado estava “escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração” (Jeremias 17:1). O povo tinha um coração duro (Jeremias 13:10; 23:17); portanto, era-lhe impossível fazer o que é certo (Jeremias 13:23).
Jeremias não anunciou uma mudança na lei, porque o problema não era a lei, mas o coração. Deus queria que a fidelidade de Israel fosse uma resposta grata ao que o Senhor tinha feito por ele; então deu-lhe os Dez Mandamentos com um prólogo histórico, expressando o Seu amor e cuidado (Êxodo 20:1, 2). Deus queria que Israel obedecesse às Suas leis como um reconhecimento de que Ele queria o seu bem, facto revelado na grande libertação do Egipto. A sua obediência devia ser uma expressão de gratidão, uma manifestação da realidade do relacionamento entre eles.
O mesmo é verdade para nós. O amor e o cuidado de Jesus em morrer por nós é o prólogo da nova aliança (Lucas 22:20). A verdadeira obediência vem do coração como expressão de amor (Mateus 22:34-40). Este amor é a marca distintiva da presença do Espírito Santo na vida do crente. Deus derrama o Seu amor sobre nós através do Seu Espírito (Romanos 5:5), que é expresso em amor (Gálatas 5:22).
Se o antigo Israel devia amar a Deus, mesmo sem a compreensão da morte de Cristo, quanto mais devemos nós amá-Lo? Como é que a obediência manifesta a realidade deste amor?
Sexta-feira, 18 de Fevereiro
Estudo adicional: “Se o nosso coração for renovado à semelhança de Deus, se o amor divino estiver nele implantado, é claro que viveremos em obediência à lei de Deus. Quando o princípio do amor domina o coração, quando o ser humano é renovado segundo a imagem Daquele que o criou, a promessa do novo concerto é cumprida: ‘Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos’ (Hebreus 10:16). E se a lei estiver escrita no coração, claramente ela moldará a vida. A obediência – o nosso serviço e compromisso de amor – é o verdadeiro sinal do discipulado. [...] ‘Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.’ (1 João 2:4). Em vez de dispensar as pessoas da obediência, é a fé – e apenas a fé – que nos torna participantes da graça de Cristo, capacitando-nos a obedecer. [...]
Quanto mais perto estiver de Jesus, mais cheio de faltas se sentirá a seus próprios olhos, pois a sua visão ficará mais clara, e as suas imperfeições serão vistas em amplo e distinto contraste com a natureza perfeita de Cristo. Isto é prova de que os enganos de Satanás perderam o seu poder, e que a influência vivificante do Espírito de Deus está a despertá-lo.
Quem não reconhece a própria pecaminosidade não consegue desenvolver um amor mais profundo por Jesus. A pessoa que é transformada pela graça de Cristo passará a admirar o Seu carácter divino; mas o facto de não ver a própria deformidade moral é uma inequívoca evidência de que não tivemos uma visão da beleza e da excelência de Cristo.” Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 60, 61, 64, 65
Perguntas para discussão:
1. Segundo Ellen G. White, quanto mais nos aproximarmos de Cristo, mais veremos os nossos pecados. Como podemos evitar que os nossos defeitos destruam a nossa fé?
2. A lei está a ser escrita no nosso coração. O que significa isto? A compreensão e a prática desta verdade ajudam a evitar o legalismo, as “obras mortas” (Hebreus 9:14)?
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viniciusleal2121 · 3 years
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Gema (mineralogia)
Uma gema (do latim gemma) ou pedra preciosa[1] é um mineral, rocha ou material petrificado que, quando lapidado ou polido, é colecionável ou usável para adorno pessoal em joalharia. Algumas são orgânicas, como o âmbar (resina de árvore fossilizada) e o azeviche (uma forma de carvão). Certas gemas, embora valiosas e bonitas, não são suficientemente duras ou são demasiado frágeis para serem usadas em joias (por exemplo, rodocrosita), mas são exibidas em museus e procuradas por colecionadores.Uma gema (do latim gemma) ou pedra preciosa[1] é um mineral, rocha ou material petrificado que, quando lapidado ou polido, é colecionável ou usável para adorno pessoal em joalharia. Algumas são orgânicas, como o âmbar (resina de árvore fossilizada) e o azeviche (uma forma de carvão). Certas gemas, embora valiosas e bonitas, não são suficientemente duras ou são demasiado frágeis para serem usadas em joias (por exemplo, rodocrosita), mas são exibidas em museus e procuradas por colecionadores.
abrasão em tambor cilíndrico. O seixo maior tem 40 mm de comprimento .
1 - Turquesa, 2 - Hematita, 3 - Crisocola, 4 - Olho de tigre 5 - Quartzo, 6 - Turmalina, 7 - Cornalina, 8 - Pirita, 9 - Sugilita, 10 - Malaquita, 11 - Quartzo rosa, 12 - Obsidiana, 13 - Rubi, 14 - Ágata muscínea, 15 - Jaspe, 16 - Ametista, 17 - Ágata azul, 18 - Lápis-lazúli
Características e classificação
As gemas são descritas e classificadas através de diferentes especificações técnicas. Em primeiro lugar vem a sua composição química. Os diamantes, por exemplo, são constituídos por carbono (C), os rubis e safiras, por óxido de alumínio (Al2O3). Dependendo da simetria dos cristais, as gemas são enquadradas em um de sete sistemas cristalinos: cúbico, hexagonal, trigonal, tetragonal, ortorrômbico, monoclínico ou triclínico. Um outro termo usado é o hábito, a forma ou combinação de formas que a gema exibe. Como exemplo, os diamantes cristalizam no sistema cúbico e são encontrados frequentemente na forma octaédrica.
As gemas são classificadas em grupos, espécies ou variedades. Por exemplo: o rubi é a variedade vermelha da espécie coríndon enquanto que todas as outras cores desse mineral constituem a variedade safira. A esmeralda (verde), a água-marinha (azul), a bixbita (vermelha), o gochenita (incolor), o heliodoro (amarelo) e a morganite (rosa) são todos variedades da espécie mineral berilo. Turmalina e granada são nomes de grupos de gemas, não de uma espécie ou variedade. As gemas caracterizam-se por: índice de refração, dispersão, peso específico, dureza, clivagem, modo de fratura e brilho. Podem exibir ou não pleocroísmo e luminescência e têm um espetro de absorção característico de cada uma delas.
Certos materiais ou falhas numa gema podem estar presentes na forma de inclusões características. As gemas de um determinado local podem apresentar características próprias que não são vistas na mesma gema quando procedente de outros locais.
As gemas e demais substâncias gemológicas podem ser classificadas, conforme se vê na tabela abaixo.
CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS GEMOLÓGICAS
Uma gema é apreciada especialmente pela sua beleza ou grande perfeição, portanto, a aparência é quase sempre o atributo mais importante das gemas. As características que tornam uma gema bela ou desejável são a cor, fenómenos ópticos incomuns no interior da pedra, uma inclusão interessante tal como um fóssil, uma raridade e às vezes a própria forma do cristal natural. O diamante é uma gema altamente apreciada, pois é a substância mais dura conhecida e além disso reflete a luz de uma maneira própria e apelativa quando facetado. No entanto, os diamantes estão longe de ser raros, sendo extraídos anualmente milhões de quilates.
Tradicionalmente, as gemas mais comuns eram classificadas em pedras preciosas e pedras semipreciosas; a primeira categoria foi determinada sobretudo por uma história de uso eclesiástico, devocional ou cerimonial e pela sua raridade. Somente quatro tipos de gemas são consideradas preciosas: diamante, rubi, esmeralda e safira.
No século XIX, opalas, ametistas e pérolas também eram consideradas preciosas, porém a descoberta de grandes depósitos minerais na América do Sul e a criação de ostras em cativeiro tornaram-as mais comuns, o que as fez perder esta classificação. Hoje em dia, todas as gemas são consideradas preciosas[por quem?], embora as gemas cardinais sejam geralmente, mas nem sempre, as mais valiosas.[carece de fontes]
Pedras preciosas geralmente levam mais de milhões de anos para se formarem na natureza. Desse modo, somente uma fração delas vai ser descoberta, extraída, cortadas e vendidas no mercado.
Gemologia é a especialidade da geologia que estuda as pedras preciosas, ou seja, o caráter físico e químico dos materiais de valores gemológicos, sejam esses de origem inorgânica ou origem orgânica. Um gemólogo é capaz de identificar pedras naturais, sintéticas, artificiais, além de imitações. Para que algo seja consagrado como material gemológico, é preciso que apresentem simultaneamente beleza, raridade e durabilidade.
Exemplos de materiais gemológicos
Reino mineral: turmalina, quartzo, esmeralda, rubi, diamante.
Reino animal: marfim, pérola.
Reino vegetal: âmbar.
As gemas são substâncias que apresentam valores estéticos como cor e forma, além de durabilidade,devido às suas propriedades químicas e físicas. As substâncias consideradas gemas podem ser minerais -na grande maioria - ou materiais de origem orgânica, sintética ou artificial.
Mineração
extração de minerais valiosos ou outros materiais geológicos da terra.Mineração é um termo que abrange os processos, atividades e indústrias cujo objetivo é a extração de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás natural e até de água.[1][2] Como atividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção do nível de vida e avanço das sociedades modernas em que vivemos. Desde os metais às cerâmicas e ao, betão, dos combustíveis aos plásticos, equipamentos eléctricos e electrónicos, cablagens, computadores, cosméticos, passando pelas estradas e outras vias de comunicação e muitos outros produtos e materiais que utilizamos ou de que desfrutamos todos os dias, todos eles têm origem na atividade da mineração. Pode-se sem qualquer tipo de dúvida dizer que sem a mineração a civilização atual, tal como a conhecemos, pura e simplesmente não existiria, fato do qual a maioria de nós nem sequer percebe.
A imagem um tanto negativa desta atividade junto da sociedade em geral, sobretudo nas últimas décadas, deve-se aos profundos impactos que ela pode ter no ambiente (sobretudo os negativos) e que têm sido a causa de numerosos acidentes ao longo dos tempos.
Por último, não nos podemos esquecer que a capacidade desta atividade em fornecer à sociedade os materiais que necessita não é infinita, pois muitos dos recursos minerais explorados são, pelo contrário, bastante finitos.
História da mineração
Pré-história
Ocupavam-se sobretudo da obtenção de sílex e cherte para a fabricação de utensílios e armas de pedra. As suas pedreiras e cortas levaram à criação primeiro de galerias e mais tarde de poços e finalmente as primeiras explorações subterrâneas durante o neolítico. Surpreendentemente, algumas destas minas subterrâneas, escavadas em giz no sul da Inglaterra e norte de França atingiam os 90 metros de profundidade. A partir daqui a humanidade passou a dirigir a sua atenção também para os minérios metálicos. Inicialmente os metais eram apenas apreciados como pedras ornamentais. Por volta de 40 000 a.C. era extraída hematite, no atual Essuatíni, para utilização em pinturas rituais. Entre 7000 a.C. e 4000 a.C. desenvolveu-se a metalurgia do cobre até à produção de ligas com características variáveis de fusão, dureza e flexibilidade. A tecnologia pirometalúrgica apareceu pela primeira vez no Médio oriente por volta de 6000 a.C..
Antiguidade
O bronze seria produzido a partir de 2600 a.C.. Cerca de 2000 a.C. os povos do mediterrâneo oriental eram já capazes da produção em massa de cobre, chumbo e prata a partir de minérios de óxidos e sulfuretos de metais, bem como de várias ligas metálicas. Por esta mesma altura, os povos pré-Hititas já utilizavam o ferro e os chineses iniciavam a extração de carvão para utilização como combustível.
As minas de prata e chumbo de Laurium, próximo de Atenas, Grécia foram inicialmente exploradas e posteriormente abandonadas pelos micénios, no 2º milénio a.C.. Eram explorações a a céu aberto com pequenas galerias. Os atenienses retomariam a sua exploração cerca de 600 a.C., construindo numerosos poços de acesso e ventilação e utilizando o método de câmaras e pilares. O progresso da escavação era lento, estimando-se que um mineiro conseguisse um avanço de 1.5 m/mês na escavação de poços.
Cerca de 950 a.C. os Fenícios iniciam a exploração da mina de Rio Tinto, Espanha, para obtenção de prata. Por volta de 700 a.C. são utilizadas as primeiras ferramentas de ferro na extração de sal-gema na Áustria e em 600 a.C. os chineses descobrem o petróleo e o gás natural em explorações de sal. As primeiras armas de aço aparecem na China em 600 a.C..
Idade Média
Em 265 a.C. iniciam-se as Guerras Púnicas pelo controle dos depósitos argentíferos da Península Ibérica e pela mesma altura Teofrasto escreve a sua obra Sobre as pedras. Cerca do ano 900, os chineses inventam a porcelana. A maior contribuição romana para a mineração foram os dispositivos de remoção de água das minas, destacando-se a nora e o parafuso de Arquimedes.
Idade Moderna
Gravura extraída de De Re Metallica de Georgius Agricola, século XVI
Em 1553 são utilizados pela primeira vez carris para movimentação de minérios, na República Checa e em 1556 é publicada a primeira edição de De Re Metallica de Agrícola, o primeiro registo abrangente sobre métodos mineiros e metalúrgicos. Em 1627 faz-se a primeira utilização de explosivos em mina na Hungria e em 1768 inicia-se a utilização bombas movidas a vapor para retirar água das minas de estanho da Cornualha.
Idade Contemporânea
Em 1815 é fabricada a primeira lanterna de segurança para uso em minas de carvão, em 1825 é legalizado o primeiro sindicato mineiro em Inglaterra e em 1829 aparecem as primeiras jigas. 1848 é o ano do início da corrida ao ouro na Califórnia, em 1850 aparece em França, a primeira máquina de perfuração de rocha, em 1864 surge a primeira broca de diamante e em 1865 Alfred Nobel inventa a dinamite. Em 1876 são utilizados pela primeira vez martelos pneumáticos, na Alemanha. Os britadores de maxilas e os moinhos de bolas são aplicados pela primeira vez na Cornualha em 1880 e a primeira máquina de extração a eletricidade começa a funcionar em 1888, em Aspen, Colorado.
Em 1897 é inventada a mesa de Wilfley e em 1900 a lâmpada de acetileno.
Fases da vida de uma exploração mineira
A vida de uma exploração mineira (mina ou pedreira) é composta por um conjunto de etapas que se podem resumir a:
Pesquisa para localização do minério.
Prospecção para determinação da extensão e valor do minério localizado.
Estimativa dos recursos em termos de extensão e teor do depósito.
Planeamento, para avaliação da parte do depósito economicamente extraível.
Estudo de viabilidade para avaliação global do projeto e tomada de decisão entre iniciar ou abandonar a exploração do depósito.
Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar.
Exploração, com vista à extração de minério em grande escala.
Recuperação da zona afetada pela exploração de forma a que tenha um possível uso futuro.
De notar que entre a fase de pesquisa e o início da exploração podem decorrer vários anos ou mesmo décadas, sendo os investimentos necessários nesta fase muito elevados.
Métodos de lavra
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diariodocarioca · 3 years
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Mudança no Coliseu reabre polêmica sobre intervir em monumentos seculares
Construído em 72 d.C. por ordem do imperador Flávio Vespasiano, o Coliseu é uma das mais vistosas relíquias do Império Romano: um anfiteatro colossal, com altura de um prédio de doze andares e arquibancadas que acomodavam 50 000 espectadores sedentos do sangue derramado nos embates entre gladiadores. De tão corriqueiro, perder a vida na arena fazia parte da saudação pronunciada antes do, digamos, espetáculo diante do camarote imperial — “Ave, César, os que vão morrer te saúdam”. O passado de violência e glória foi abruptamente encerrado em 404, quando outro imperador, Flávio Honório, proibiu os confrontos. A partir daí, o Coliseu foi se deteriorando aos poucos até se transformar no cartão-postal mais visitado da capital da Itália, magnetizando uma multidão, antes da pandemia, de 7,6 milhões de pessoas por ano. Agora, uma ousada reforma projetada pelo governo está polarizando opiniões entre os que aprovam a intervenção — instalar no centro do círculo de pedras milenares um moderníssimo piso de madeira e fibra de carbono — e os que acham o plano uma abominável “disneyzação” do monumento.
Não é a primeira briga do gênero. Quanto mais a tecnologia avança e as autoridades buscam maneiras de turbinar suas atrações turísticas, mais os puristas se levantam contra o que veem como uma profanação da história — o tipo de polêmica que não tem solução fácil. O piso planejado para o Coliseu será retrátil e móvel, controlado eletronicamente e medido para cobrir inteiramente a arena — atualmente, pode-se pisar apenas sobre uma pequena faixa, inaugurada em 2000. “Estamos finalmente restaurando a visão que os gladiadores tinham na Antiguidade”, diz Alfonsina Russo, diretora do complexo arqueológico do Coliseu. O piso original, de madeira, foi removido quando escavações em 1870 expuseram o labirinto de corredores subterrâneos por onde circulavam gladiadores e animais selvagens, as estrelas do show. Optou-se então por deixar as galerias a céu aberto, para serem mais bem apreciadas.
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DE OLHO NOS TURISTAS – O piso de cimento facilitou o acesso íngreme e pedregoso à Acrópole de Atenas, mas se tornou um corpo estranho na paisagem. Agora o governo planeja adicionar a réplica de escadaria de mármore da Antiguidade aos soberbos pilares erguidos na Grécia antiga –Yannis Kolesidis/EPA/EFE
Com o novo assoalho high-tech, encomendado a uma empresa de engenharia de Milão ao custo de 18 milhões de dólares e com inauguração prevista para 2023, o visitante poderá caminhar (e, claro, tirar selfies) bem no centro da arena, com as arquibancadas em volta. Também continuará podendo apreciar as galerias embaixo dele no momento em que as ripas girarem 90 graus, como uma persiana. O local ainda deverá ser usado para apresentações culturais.
Os defensores do projeto argumentam que o piso vai, inclusive, contribuir para a conservação das ruínas — além de recolher e reaproveitar a água da chuva, estará equipado para equilibrar a temperatura e a umidade, prevenindo a degradação do subsolo. Nada disso comove os especialistas mais puristas, para quem o Coliseu tem de ser mantido intacto. “A Itália enfrenta um momento dramático no que diz respeito à proteção de seu patrimônio. Os olhos das autoridades estão voltados apenas para o turismo de massa”, critica o historiador Salvatore Settis. A mesma toada acompanha a controvertida adição de um piso de cimento à Acrópole de Atenas, que se arrasta desde 2019. O governo grego afirma que ele é imprescindível para facilitar o irregular acesso ao portentoso Partenon, mas o trecho já instalado impermeabilizou o solo, com consequências deletérias: na temporada de chuvas de dezembro passado, um temporal alagou parte das ruínas, um risco para sua preservação.
Apesar da grita, a Grécia não vai parar por aí. Em fevereiro, o Conselho Arqueológico Central deu sinal verde para o audacioso projeto de reconstrução do propileu, o saguão de entrada da Acrópole, com uma réplica da belíssima escadaria de mármore projetada pelo arquiteto Menesicles em 437 a.C. Em carta endereçada à Unesco, o órgão da ONU que trata de patrimônio histórico, acadêmicos gregos e de universidades renomadas, como a britânica Oxford e a americana Brown, classificaram a empreitada de “desvalorização, ocultação e degradação do maior tesouro arqueológico e artístico da Grécia”. Segundo eles, os acréscimos são imprecisos e desafiam o protocolo internacional de preservação histórica. “Querem erguer uma Acrópole de fantasia, baseada no romantismo dos séculos XVIII e XIX, que não tem nada a ver com a original”, dispara Yannis Hamilakis, arqueólogo da Brown University.
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COM TALENTO DÁ CERTO – O arquiteto sino-americano I.M. Pei projetou a pirâmide de vidro do Louvre sob desconfiança e críticas dos que achavam que ela desvirtuaria o antigo palácio real. Calou a todos com a beleza da obra, artisticamente integrada ao museu, que virou cartão-postal de Paris –Tephane de Sakutin/AFP
Replicar monumentos na base da imaginação também está movimentando times pró e contra na China, onde se discute a reconstrução do Antigo Palácio de Verão, joia arquitetônica de Pequim arrasada pelos ingleses na Guerra do Ópio, em 1860. Uma cópia foi erguida em outro local, ao custo de 4,5 bilhões de dólares, mas a proposta agora é reerguer o palácio exatamente sobre as ruínas do primeiro e, assim, reabilitar uma página vergonhosa do passado. “Há uma série de questões envolvidas. O interior, por exemplo, já que não sabemos como era o original”, diz Ying-Chen Peng, especialista em China da American University, em Washington. No México, o Trem Maia, projeto de estimação do presidente Andrés Manuel López Obrador, está deixando os conservacionistas de cabelo em pé. Quando finalizada, a linha férrea de 1 500 quilômetros vai conectar os principais sítios maias de cinco estados, despejando, de acordo com seus críticos, um excesso de visitantes em ruínas com pouca ou nenhuma infraestrutura e ameaçando a quase intocada natureza local.
A polêmica se estende à restauração de obras de arte, missão que, submetida a mãos incompetentes, costuma resultar em desastre — como a Sant’Anna de Leonardo da Vinci, que se livrou do tom amarelado da idade para ganhar azuis vívidos pouco convincentes. Até a magnífica Santa Ceia sofreu interferências indignas: a sua recuperação deixou espaços em branco que os restauradores preencheram em tons suaves de aquarela. Na briga sobre se vale ou não a pena mexer em obras históricas, os puristas perdem terreno sempre que é citado o exemplo da pirâmide de vidro do Museu do Louvre. Quando o arquiteto sino-americano I.M. Pei (1917-2019) revelou o projeto, em 1985, o então presidente François Mitterrand foi chamado de “aspirante a faraó”, de “Mitterrandsés I” e acusado de desfigurar o centro histórico de Paris. Inaugurada em 1989, a esplendorosa pirâmide — 675 painéis de vidro em formato de diamante sustentados por 128 vigas de aço — calou os críticos, fez cair o queixo de todo mundo e é hoje, por si só, uma atração turística da cidade. A lição de I.M Pei: com talento, sofisticação e coerência, é possível, sim, valorizar ainda mais o legado do passado. Basta ter bom gosto e bom senso.
Publicado em VEJA de 26 de maio de 2021, edição nº 2739
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ocentrodopoder · 3 years
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Mudança no Coliseu reabre polêmica sobre intervir em monumentos seculares
Construído em 72 d.C. por ordem do imperador Flávio Vespasiano, o Coliseu é uma das mais vistosas relíquias do Império Romano: um anfiteatro colossal, com altura de um prédio de doze andares e arquibancadas que acomodavam 50 000 espectadores sedentos do sangue derramado nos embates entre gladiadores. De tão corriqueiro, perder a vida na arena fazia parte da saudação pronunciada antes do, digamos, espetáculo diante do camarote imperial — “Ave, César, os que vão morrer te saúdam”. O passado de violência e glória foi abruptamente encerrado em 404, quando outro imperador, Flávio Honório, proibiu os confrontos. A partir daí, o Coliseu foi se deteriorando aos poucos até se transformar no cartão-postal mais visitado da capital da Itália, magnetizando uma multidão, antes da pandemia, de 7,6 milhões de pessoas por ano. Agora, uma ousada reforma projetada pelo governo está polarizando opiniões entre os que aprovam a intervenção — instalar no centro do círculo de pedras milenares um moderníssimo piso de madeira e fibra de carbono — e os que acham o plano uma abominável “disneyzação” do monumento.
Não é a primeira briga do gênero. Quanto mais a tecnologia avança e as autoridades buscam maneiras de turbinar suas atrações turísticas, mais os puristas se levantam contra o que veem como uma profanação da história — o tipo de polêmica que não tem solução fácil. O piso planejado para o Coliseu será retrátil e móvel, controlado eletronicamente e medido para cobrir inteiramente a arena — atualmente, pode-se pisar apenas sobre uma pequena faixa, inaugurada em 2000. “Estamos finalmente restaurando a visão que os gladiadores tinham na Antiguidade”, diz Alfonsina Russo, diretora do complexo arqueológico do Coliseu. O piso original, de madeira, foi removido quando escavações em 1870 expuseram o labirinto de corredores subterrâneos por onde circulavam gladiadores e animais selvagens, as estrelas do show. Optou-se então por deixar as galerias a céu aberto, para serem mais bem apreciadas.
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DE OLHO NOS TURISTAS – O piso de cimento facilitou o acesso íngreme e pedregoso à Acrópole de Atenas, mas se tornou um corpo estranho na paisagem. Agora o governo planeja adicionar a réplica de escadaria de mármore da Antiguidade aos soberbos pilares erguidos na Grécia antiga –Yannis Kolesidis/EPA/EFE
Com o novo assoalho high-tech, encomendado a uma empresa de engenharia de Milão ao custo de 18 milhões de dólares e com inauguração prevista para 2023, o visitante poderá caminhar (e, claro, tirar selfies) bem no centro da arena, com as arquibancadas em volta. Também continuará podendo apreciar as galerias embaixo dele no momento em que as ripas girarem 90 graus, como uma persiana. O local ainda deverá ser usado para apresentações culturais.
Os defensores do projeto argumentam que o piso vai, inclusive, contribuir para a conservação das ruínas — além de recolher e reaproveitar a água da chuva, estará equipado para equilibrar a temperatura e a umidade, prevenindo a degradação do subsolo. Nada disso comove os especialistas mais puristas, para quem o Coliseu tem de ser mantido intacto. “A Itália enfrenta um momento dramático no que diz respeito à proteção de seu patrimônio. Os olhos das autoridades estão voltados apenas para o turismo de massa”, critica o historiador Salvatore Settis. A mesma toada acompanha a controvertida adição de um piso de cimento à Acrópole de Atenas, que se arrasta desde 2019. O governo grego afirma que ele é imprescindível para facilitar o irregular acesso ao portentoso Partenon, mas o trecho já instalado impermeabilizou o solo, com consequências deletérias: na temporada de chuvas de dezembro passado, um temporal alagou parte das ruínas, um risco para sua preservação.
Apesar da grita, a Grécia não vai parar por aí. Em fevereiro, o Conselho Arqueológico Central deu sinal verde para o audacioso projeto de reconstrução do propileu, o saguão de entrada da Acrópole, com uma réplica da belíssima escadaria de mármore projetada pelo arquiteto Menesicles em 437 a.C. Em carta endereçada à Unesco, o órgão da ONU que trata de patrimônio histórico, acadêmicos gregos e de universidades renomadas, como a britânica Oxford e a americana Brown, classificaram a empreitada de “desvalorização, ocultação e degradação do maior tesouro arqueológico e artístico da Grécia”. Segundo eles, os acréscimos são imprecisos e desafiam o protocolo internacional de preservação histórica. “Querem erguer uma Acrópole de fantasia, baseada no romantismo dos séculos XVIII e XIX, que não tem nada a ver com a original”, dispara Yannis Hamilakis, arqueólogo da Brown University.
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COM TALENTO DÁ CERTO – O arquiteto sino-americano I.M. Pei projetou a pirâmide de vidro do Louvre sob desconfiança e críticas dos que achavam que ela desvirtuaria o antigo palácio real. Calou a todos com a beleza da obra, artisticamente integrada ao museu, que virou cartão-postal de Paris –Tephane de Sakutin/AFP
Replicar monumentos na base da imaginação também está movimentando times pró e contra na China, onde se discute a reconstrução do Antigo Palácio de Verão, joia arquitetônica de Pequim arrasada pelos ingleses na Guerra do Ópio, em 1860. Uma cópia foi erguida em outro local, ao custo de 4,5 bilhões de dólares, mas a proposta agora é reerguer o palácio exatamente sobre as ruínas do primeiro e, assim, reabilitar uma página vergonhosa do passado. “Há uma série de questões envolvidas. O interior, por exemplo, já que não sabemos como era o original”, diz Ying-Chen Peng, especialista em China da American University, em Washington. No México, o Trem Maia, projeto de estimação do presidente Andrés Manuel López Obrador, está deixando os conservacionistas de cabelo em pé. Quando finalizada, a linha férrea de 1 500 quilômetros vai conectar os principais sítios maias de cinco estados, despejando, de acordo com seus críticos, um excesso de visitantes em ruínas com pouca ou nenhuma infraestrutura e ameaçando a quase intocada natureza local.
A polêmica se estende à restauração de obras de arte, missão que, submetida a mãos incompetentes, costuma resultar em desastre — como a Sant’Anna de Leonardo da Vinci, que se livrou do tom amarelado da idade para ganhar azuis vívidos pouco convincentes. Até a magnífica Santa Ceia sofreu interferências indignas: a sua recuperação deixou espaços em branco que os restauradores preencheram em tons suaves de aquarela. Na briga sobre se vale ou não a pena mexer em obras históricas, os puristas perdem terreno sempre que é citado o exemplo da pirâmide de vidro do Museu do Louvre. Quando o arquiteto sino-americano I.M. Pei (1917-2019) revelou o projeto, em 1985, o então presidente François Mitterrand foi chamado de “aspirante a faraó”, de “Mitterrandsés I” e acusado de desfigurar o centro histórico de Paris. Inaugurada em 1989, a esplendorosa pirâmide — 675 painéis de vidro em formato de diamante sustentados por 128 vigas de aço — calou os críticos, fez cair o queixo de todo mundo e é hoje, por si só, uma atração turística da cidade. A lição de I.M Pei: com talento, sofisticação e coerência, é possível, sim, valorizar ainda mais o legado do passado. Basta ter bom gosto e bom senso.
Publicado em VEJA de 26 de maio de 2021, edição nº 2739
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academypediaptbr · 1 year
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Análise SWOT de Leitura Obrigatória de Periódicos de Acesso Aberto Que Os Especialistas em Observação de Tecnologia Não Devem Ignorar
Introdução   Periódicos de acesso aberto estão se tornando cada vez mais populares como uma alternativa aos métodos tradicionais de publicação.   Mas, com as novas tecnologias, surgem novos riscos e ameaças potenciais que devem ser levados em consideração. Neste artigo, exploraremos [...] https://is.gd/wqTG5l
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#business #communication #data #education #ict #information #intelligence #technology - Created by David Donisa from Academypedia.info
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tsarinahq · 4 years
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É oficial! O Jornal Oficial de Moscóvia anunciou que a duquesa MALEETVA "MADEE" ADULYADEJ FROLOVA, da CASA FROLOV da PROVÍNCIA SÃO PETERSBURGO, vai mesmo competir pelo Favorado. Dizem por aí que tem 25 ANOS e que é adaptável e criativa, mas também pode se mostrar rancorosa e impulsiva. Ela até parece uma celebridade do passado! Como era mesmo o nome? Ah, sim, URASSAYA SPERBUND.
TALENTOS 
Sua educação não foi pensada para a vida na corte, de modo que canto, dança e instrumentos nunca fizeram parte dos seus interesses. Contudo, tem um talento natural para o desenho, embora não sejam tão artísticos quanto o desejado. Sua única possibilidade de destaque está em um inofensivo hobby compartilhado com a falecida mãe: truques de ilusão. Quem diria que o aparecer e desaparecer de moedas por entre seus dedos, seria sua salvação um dia?
SETOR DA ECONOMIA 
 São Petersburgo é a principal região portuária de Moscóvia, sendo a entrada e saída de diversos produtos essenciais ao reino. Os negócios de importação e exportação rende aos Frolov montantes absurdos de dinheiro, visto o aparente monopólio da família sobre os portos. Entretanto, é na construção naval que reside a verdadeira fonte de influência dos nobres. Além de fornecer boa parte dos navios de guerra de vossa majestade, serve como sede para o maior esquadrão marítimo moscovita. A localização da província também contribui para sua importância dentro do reino, devido o fácil acesso a diversos países através da água.
FICHÁRIO DA INSCRIÇÃO
Nem todos tem um começo fácil — alguns, nem mesmo um meio ou fim. Infelizmente, Isaree foi uma das contempladas com esse tipo de destino; alguém a quem nunca foi estendida uma mão gentil ou oferecido um sorriso genuíno. Desde o berço, a oportunidade de conhecer a felicidade lhe foi negada e, embora descansasse em sua boca uma colher entalhada em pura prata, não era regalias o que a aguardava. Uma vida de castigos físicos e represálias resultou numa jovem insegura, carente, ávida por uma realidade que não a pertencia. Tais traços, somados a sua beleza, fez dela presa fácil para os lobos da corte tailandesa, que lhe juravam céus e terra, amor e eternidade… Ah, se ao menos parecessem sinceros. Ree apenas esqueceu que a sinceridade podia ser manipulada nas mãos de um homem habilidoso.
Pavel tinha inteligência, charme e uma tendência terrível a desejar tudo que não podia possuir. Sua posição social como futuro senhor de uns dos ducados mais impressionantes de Moscóvia apenas adicionava arrogância a sua persona, que não demorou a encontrar em Isaree a distração de sua viagem diplomática. Como bom predador que era, soube por instinto como seduzir a jovem fora de seu alcance. Não lhe prometeu a lua, muito menos todo o ouro do mundo. Diferente dos outros, limitou-se a oferecer todos os seus momentos e paixão exclusiva pelo tempo que o sentimento durasse. Não mentiu. Fora erro dela, e somente dela, acreditar que seriam algo além de um mero caso. No fim, todos estavam certos: não passava de uma pequena ovelha.
Apesar da dor e humilhação, Ree caminhou para longe de casa grata. Grata pelo primeiro e último gesto de bondade daqueles que a trouxeram ao mundo. Desgraçada pelas próprias escolhas, foi obrigada a encarar um mundo desconhecido, carregando no bolso nada mais que um conjunto de belos diamantes vermelhos e no ventre sua única razão de viver.
Embora grávida e sozinha, não se acovardou ante os olhares condenadores da sociedade. O dinheiro das jóias proporcionou teto, comida e tempo o suficiente para que encontrasse uma vaga de assistente num pequeno atelier de ourives. Não fora fácil viver então — e continuou não o sendo. Contudo, foi na vida repleta de dificuldades que encontrou novos amigos, uma senhora bondosa que a ensinou um ofício e a criança mais doce do mundo, que sempre a recebia em casa com um sorriso genuíno.
É essa a Isaree que Madee lembra: uma mãe que trabalhou até a exaustão, arriscou-se, falhou, aprendeu e nunca desistiu. Foi somente a lembrança dela, quem a amou incondicionalmente, que impediu o mundo da jovem de ruir completamente quando sua estrela mais querida, apagou. No luto, desejava a oportunidade de tê-la de volta, chorava pelas chances perdidas de orgulhá-la. Seus pedidos eram tantos, mas tantos, que alguma divindade deve ter se compadecido de seus choramingos. E, ainda que a linha entre a vida e a morte não pudesse ser ultrapassada, algo poderia ser feito: melhor, alguém. Pois num belo dia de novembro, meses após a partida de sua progenitora, Madee finalmente descobriu que tinha um pai.
Quer dizer, descobriu que ele tinha um advogado.
Naquele momento, Madee compreendeu verdadeiramente o porquê de sua mæ̀¹ ter excluído de suas narrativas o homem que as abandonou, seu nome jamais mencionado. Afinal, não havia motivo para incluí-lo nas histórias de ninar, em seus contos sobre o glamour do passado — não existia romance ali. Um advogado. Aquele que teve uma parcela mínima em sua criação, enviou um advogado para transmitir suas condolências após meses de uma perda que suportou sozinha. A garota podia ser jovem, mal considerada adulta, porém duvidava que houvesse atitude mais fria que aquela, visto que seguido das palavras impessoais e educadas, foi-lhe entregue um envelope. Quem diria que um papel e um punhado de tinta seriam, então, capazes de fazer o que a morte de Isaree não fez?
Anular sua existência. O pensamento desagradável se repetia uma e outra vez enquanto lia a carta. O conteúdo era direto, sucinto e, mesmo assim, de difícil compreensão. Decerto não estavam pedindo, melhor… Informando, que teria que abandonar tudo que conhecia. Recusava-se a acreditar nisso. Sua casa, o ateliê, seus vizinhos, cultura, língua, seu nome — cada detalhe que a fazia ser quem era. Mas estavam. E não havia espaço para escolha. De mãos atadas, viu-se obrigada por lei a seguir as vontades de seu novo guardião que, um pouco atrasado, decidiu que precisava de uma filha.  
Dentro de três dias, Madee viu-se cercada por móveis caros e pessoas que não entendia. No entanto, palavras se faziam dispensáveis diante dos olhares que recebia. Não havia sociedade conhecida que aceitasse bastardos de braços abertos, muito menos quando se tratava de uma estrangeira — e ali não parecia ser diferente. Fora isolada numa casa de campo, sem dúvidas longe o bastante para que o resto da família não tomasse conhecimento de sua presença. Uma tutora fora contratada, assim como um professor de línguas para ensiná-la o idioma local e todo o tempo, durante os meses em que foi preparada, perguntava-se o que teria acontecido se tivesse ousado fugir. Estaria se sentindo tão desolada? Sozinha? Já não podia negar que se dispôs a obedecer as ordens do duque não por medo, mas por… Bem, não importava. “Poderia ser pior”, consolava-se ao fim de cada dia. E a divindade traiçoeira que a levou até Moscóvia, escutou-a novamente.
Uma madrasta, duas meio irmãs e um homem ausente… Por um instante, cogitou se o ano passado em reclusão não teria sido um sonho, tamanha era a semelhança entre sua vida e uma das histórias terríveis contadas pela mãe. Quem sabe tivesse sucumbido ao sono no meio do conto, a mente inquieta logo a transformando numa pobre menina borralheira? Presa em um longo, longo… Pesadelo. Pelos santos. Uma semana em companhia da família do pai e já questionava se a origem de seu distanciamento não era ela, e sim as ladies de mãos maldosas. Sabia ser uma afronta a duquesa, uma prova viva da infidelidade do marido. Nenhuma mulher em seu lugar gostaria de receber em casa uma bastarda, de ter sua vergonha escancarada para qualquer um ver. Entendia sinceramente seu lado, todavia, beliscões já lhe pareciam um pouco demais. Incontáveis foram as vezes que aceitara repreensões esdrúxulas, declarações sobre sua inutilidade e maldições ao seu nascimento, ainda assim, castigo físico era uma linha que negava-se a ultrapassar.
Sua autoridade na casa era nula, de modo que espezinhou o advogado do pai — que se mostrava um dos poucos dispostos a ser gentil —, até que o primeiro encontro com vossa graça acontecesse. Não houve lágrimas, abraços ou declarações de qualquer tipo, apenas um entendimento tácito de quem eram e de como estavam ligados para o resto da vida. Naquela primeira reunião, riscou os castigos de seu dia-a-dia e ganhou o direito de passear conforme seu novo status demandava. Na segunda vez que o encontrara, no ano seguinte, foi-lhe dada a oportunidade de ser apresentada a sociedade. Na terceira, pôde voltar a praticar ourivesaria como hobby; na quarta, um verão tranquilo com o próprio duque e seus amigos, onde escutara os mais diversos tipos de histórias em troca de entretenimento, e a quinta… Ah, nessa descobriu que o senhor Frolov não dava ponto sem nó.
No momento em que os boatos sobre o evento começaram, também o fizeram seus planos. Influente, o nobre não teve escrúpulos de mexer todos os paus necessários para colocar o sangue de seu sangue na disputa. Seria simplesmente espetacular ter sua linhagem entrelaçada a família mais importante de Moscóvia. Com duas filhas casadas, mais herdeiros homens do que podia contar e uma incapacidade ímpar de fechar os olhos a uma boa oportunidade, Pavel preparou Madee pouco a pouco para o grand finale. Madee não, Maleetva Frolova: a controversa candidata ao Favorado.
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fichastsarina · 4 years
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OOC:
●     nome/apelido: Vi
●     idade: 24
●     triggers: parafilias, gore, ataques de ansiedade.
FAVORITA:
É oficial! O Jornal Oficial de Moscóvia anunciou que a duquesa MALEETVA "MADEE" ADULYADEJ FROLOVA, da CASA FROLOV da PROVÍNCIA SÃO PETERSBURGO, vai mesmo competir pelo Favorado. Dizem por aí que tem 25 ANOS e que é adaptável e criativa, mas também pode se mostrar rancorosa e impulsiva. Ela até parece uma celebridade do passado! Como era mesmo o nome? Ah, sim, URASSAYA SPERBUND.
Talentos: Sua educação não foi pensada para a vida na corte, de modo que canto, dança e instrumentos nunca fizeram parte dos seus interesses. Contudo, tem um talento natural para o desenho, embora não sejam tão artísticos quanto o desejado. Sua única possibilidade de destaque está em um inofensivo hobby compartilhado com a falecida mãe: truques de ilusão. Quem diria que o aparecer e desaparecer de moedas por entre seus dedos, seria sua salvação um dia?
Setor: São Petersburgo é a principal região portuária de Moscóvia, sendo a entrada e saída de diversos produtos essenciais ao reino. Os negócios de importação e exportação rende aos Frolov montantes absurdos de dinheiro, visto o aparente monopólio da família sobre os portos. Entretanto, é na construção naval que reside a verdadeira fonte de influência dos nobres. Além de fornecer boa parte dos navios de guerra de vossa majestade, serve como sede para o maior esquadrão marítimo moscovita. A localização da província também contribui para sua importância dentro do reino, devido o fácil acesso a diversos países através da água.
Espiando a sua ficha de inscrição descobri que:
Nem todos tem um começo fácil — alguns, nem mesmo um meio ou fim. Infelizmente, Isaree foi uma das contempladas com esse tipo de destino; alguém a quem nunca foi estendida uma mão gentil ou oferecido um sorriso genuíno. Desde o berço, a oportunidade de conhecer a felicidade lhe foi negada e, embora descansasse em sua boca uma colher entalhada em pura prata, não era regalias o que a aguardava. Uma vida de castigos físicos e represálias resultou numa jovem insegura, carente, ávida por uma realidade que não a pertencia. Tais traços, somados a sua beleza, fez dela presa fácil para os lobos da corte tailandesa, que lhe juravam céus e terra, amor e eternidade… Ah, se ao menos parecessem sinceros. Ree apenas esqueceu que a sinceridade podia ser manipulada nas mãos de um homem habilidoso.
Pavel tinha inteligência, charme e uma tendência terrível a desejar tudo que não podia possuir. Sua posição social como futuro senhor de uns dos ducados mais impressionantes de Moscóvia apenas adicionava arrogância a sua persona, que não demorou a encontrar em Isaree a distração de sua viagem diplomática. Como bom predador que era, soube por instinto como seduzir a jovem fora de seu alcance. Não lhe prometeu a lua, muito menos todo o ouro do mundo. Diferente dos outros, limitou-se a oferecer todos os seus momentos e paixão exclusiva pelo tempo que o sentimento durasse. Não mentiu. Fora erro dela, e somente dela, acreditar que seriam algo além de um mero caso. No fim, todos estavam certos: não passava de uma pequena ovelha.
Apesar da dor e humilhação, Ree caminhou para longe de casa grata. Grata pelo primeiro e último gesto de bondade daqueles que a trouxeram ao mundo. Desgraçada pelas próprias escolhas, foi obrigada a encarar um mundo desconhecido, carregando no bolso nada mais que um conjunto de belos diamantes vermelhos e no ventre sua única razão de viver.
Embora grávida e sozinha, não se acovardou ante os olhares condenadores da sociedade. O dinheiro das jóias proporcionou teto, comida e tempo o suficiente para que encontrasse uma vaga de assistente num pequeno atelier de ourives. Não fora fácil viver então — e continuou não o sendo. Contudo, foi na vida repleta de dificuldades que encontrou novos amigos, uma senhora bondosa que a ensinou um ofício e a criança mais doce do mundo, que sempre a recebia em casa com um sorriso genuíno.
É essa a Isaree que Madee lembra: uma mãe que trabalhou até a exaustão, arriscou-se, falhou, aprendeu e nunca desistiu. Foi somente a lembrança dela, quem a amou incondicionalmente, que impediu o mundo da jovem de ruir completamente quando sua estrela mais querida, apagou. No luto, desejava a oportunidade de tê-la de volta, chorava pelas chances perdidas de orgulhá-la. Seus pedidos eram tantos, mas tantos, que alguma divindade deve ter se compadecido de seus choramingos. E, ainda que a linha entre a vida e a morte não pudesse ser ultrapassada, algo poderia ser feito: melhor, alguém. Pois num belo dia de novembro, meses após a partida de sua progenitora, Madee finalmente descobriu que tinha um pai.
Quer dizer, descobriu que ele tinha um advogado.
Naquele momento, Madee compreendeu verdadeiramente o porquê de sua mæ̀¹ ter excluído de suas narrativas o homem que as abandonou, seu nome jamais mencionado. Afinal, não havia motivo para incluí-lo nas histórias de ninar, em seus contos sobre o glamour do passado — não existia romance ali. Um advogado. Aquele que teve uma parcela mínima em sua criação, enviou um advogado para transmitir suas condolências após meses de uma perda que suportou sozinha. A garota podia ser jovem, mal considerada adulta, porém duvidava que houvesse atitude mais fria que aquela, visto que seguido das palavras impessoais e educadas, foi-lhe entregue um envelope. Quem diria que um papel e um punhado de tinta seriam, então, capazes de fazer o que a morte de Isaree não fez?
Anular sua existência. O pensamento desagradável se repetia uma e outra vez enquanto lia a carta. O conteúdo era direto, sucinto e, mesmo assim, de difícil compreensão. Decerto não estavam pedindo, melhor… Informando, que teria que abandonar tudo que conhecia. Recusava-se a acreditar nisso. Sua casa, o ateliê, seus vizinhos, cultura, língua, seu nome — cada detalhe que a fazia ser quem era. Mas estavam. E não havia espaço para escolha. De mãos atadas, viu-se obrigada por lei a seguir as vontades de seu novo guardião que, um pouco atrasado, decidiu que precisava de uma filha.  
Dentro de três dias, Madee viu-se cercada por móveis caros e pessoas que não entendia. No entanto, palavras se faziam dispensáveis diante dos olhares que recebia. Não havia sociedade conhecida que aceitasse bastardos de braços abertos, muito menos quando se tratava de uma estrangeira — e ali não parecia ser diferente. Fora isolada numa casa de campo, sem dúvidas longe o bastante para que o resto da família não tomasse conhecimento de sua presença. Uma tutora fora contratada, assim como um professor de línguas para ensiná-la o idioma local e todo o tempo, durante os meses em que foi preparada, perguntava-se o que teria acontecido se tivesse ousado fugir. Estaria se sentindo tão desolada? Sozinha? Já não podia negar que se dispôs a obedecer as ordens do duque não por medo, mas por… Bem, não importava. “Poderia ser pior”, consolava-se ao fim de cada dia. E a divindade traiçoeira que a levou até Moscóvia, escutou-a novamente.
Uma madrasta, duas meio irmãs e um homem ausente… Por um instante, cogitou se o ano passado em reclusão não teria sido um sonho, tamanha era a semelhança entre sua vida e uma das histórias terríveis contadas pela mãe. Quem sabe tivesse sucumbido ao sono no meio do conto, a mente inquieta logo a transformando numa pobre menina borralheira? Presa em um longo, longo… Pesadelo. Pelos santos. Uma semana em companhia da família do pai e já questionava se a origem de seu distanciamento não era ela, e sim as ladies de mãos maldosas. Sabia ser uma afronta a duquesa, uma prova viva da infidelidade do marido. Nenhuma mulher em seu lugar gostaria de receber em casa uma bastarda, de ter sua vergonha escancarada para qualquer um ver. Entendia sinceramente seu lado, todavia, beliscões já lhe pareciam um pouco demais. Incontáveis foram as vezes que aceitara repreensões esdrúxulas, declarações sobre sua inutilidade e maldições ao seu nascimento, ainda assim, castigo físico era uma linha que negava-se a ultrapassar.
Sua autoridade na casa era nula, de modo que espezinhou o advogado do pai — que se mostrava um dos poucos dispostos a ser gentil —, até que o primeiro encontro com vossa graça acontecesse. Não houve lágrimas, abraços ou declarações de qualquer tipo, apenas um entendimento tácito de quem eram e de como estavam ligados para o resto da vida. Naquela primeira reunião, riscou os castigos de seu dia-a-dia e ganhou o direito de passear conforme seu novo status demandava. Na segunda vez que o encontrara, no ano seguinte, foi-lhe dada a oportunidade de ser apresentada a sociedade. Na terceira, pôde voltar a praticar ourivesaria como hobby; na quarta, um verão tranquilo com o próprio duque e seus amigos, onde escutara os mais diversos tipos de histórias em troca de entretenimento, e a quinta… Ah, nessa descobriu que o senhor Frolov não dava ponto sem nó.
No momento em que os boatos sobre o evento começaram, também o fizeram seus planos. Influente, o nobre não teve escrúpulos de mexer todos os paus necessários para colocar o sangue de seu sangue na disputa. Seria simplesmente espetacular ter sua linhagem entrelaçada a família mais importante de Moscóvia. Com duas filhas casadas, mais herdeiros homens do que podia contar e uma incapacidade ímpar de fechar os olhos a uma boa oportunidade, Pavel preparou Madee pouco a pouco para o grand finale. Madee não, Maleetva Frolova: a controversa candidata ao Favorado.
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orianathiera · 4 years
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Sua Alteza Real, a Princesa Herdeira Oriana Reyna de Thiera
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MEET HER KINGDOM
O Reino de Thiera fica localizado em várias ilhas, sendo a principal uma ilha vulcânica no Oceano Índico;
Thieriano, o idioma do reino, é uma mistura de latim com grego. O som das vogais geralmente é mais aberto, como no português, por influência latina. O Thieriano também é caracterizado como uma língua de sonoridade forte (como o russo ou o alemão), em virtude de suas influências gregas. A influência das línguas dos aborígenes locais na época de sua formação deixou o Thieriano um idioma característico do país;
Em sua ilha principal a população é concentrada na costa, com pouquíssimos habitantes no interior em virtude do vulcão. Esses habitantes do interior, geralmente, são fazendeiros que plantam no solo vulcânico fértil. Contudo, não é uma regra: Fazendeiros também podem viver nos limites das cidades costeiras;
As construções geralmente são coloridas, com telhas de barro, e as ruas geralmente são em paralelepípedos - algo como Cinque Terre, mas com a diferença das construções não serem tão “coladas” umas nas outras. Há grande preocupação com a preservação natural, fazendo com que as grandes cidades também tenham bastante vegetação;
Há uma preocupação com um estilo saudável de vida, acarretando em uma alta expectativa de vida;
A saúde e educação thieriana muito lembram os padrões australianos;
Em Thiera, há uma extensa lista de animais perigosos e venenosos no país. Foi pensado de tal forma por ser próximo da Austrália;
A filha do rei detém mais popularidade que o próprio rei e rainha;
Os Thiereses são tão patriotas quanto os americanos e tão amigáveis e calorosos quanto os brasileiros;
Os Stavros-Bourbon são extremamente queridos pelo Rei da Espanha, seu primo;
Thiera serve também ao exército espanhol. É como se, basicamente, Thiera “emprestasse” seus soldados para a Espanha. Enquanto em Thiera eles recebem treinamento para agir em matas e em locais de difícil acesso - como se fosse sua especialidade -, na Espanha eles recebem treinamento para combate ao terrorismo. Em troca, a Espanha recebe apoio militar dos soldados Thiereses;
Muitos mineradores mudam-se para Thiera buscando de enriquecer com os diamantes da região;
Tempesta, a capital, está localizada em um penhasco com vista para um mar de violentas águas cor turquesa. Ali, há fácil acesso a termas de água quente natural, que atrai milhares de turistas todos os anos;
MEET HER ROYAL HOUSE: STAVROS-BOURBON 
União entre a casa grega de Stavros e a casa francesa de Bourbon;
A nobreza dos Stavros foi adquirida no período renascentista quando o comerciante Argyros, em uma viagem até a Espanha, tornou-se amigo e confidente do Rei em virtude de suas histórias. Quando este salvou a vida do monarca ao ir em busca de uma curandeira para que o curasse de sua enfermidade, recebeu seu título de nobreza e imensa fortuna. Logo, contratara exploradores para que pudessem saquear tesouros dos nativos das ilhas da Oceania, quando, em 1528, a ilha de Thiera é descoberta. A casa de Stavros estabeleceu-se ali, originando em um país décadas mais tarde;
A casa de Stavros uniu-se à casa de Bourbon no século XX;
É tradição que, o filho nascido homem e pertencente a casa real, tenha uma espécie de “Seleção” para que escolha uma noiva quando este atinge seus trinta anos, logo após servirem ao exército;
A princesa deve ter um casamento arranjado. Para ela, a preferência é de homens políticos ou que tenham sangue real. Ela também deve se casar virgem;
Todos os homens devem ter servido ao exército;
Todas as mulheres devem ter feito algum trabalho voluntário em países sub-desenvolvidos;
Existem lendas que dizem que os Stavros descendem de Calígula;
MEET HER MIND
Aventureira
Irritadiça
Rebelde
Teimosa
Altruísta
Empática
Honrada
Comprometida
Corajosa
Impulsiva
Inteligente
Estrategista
Líder nata
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seulgikpopworld · 6 years
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Mask
1
Coloquei meu vestido. Corpete preto com arabescos em veludo preto, saia armada preta aberta desde a metade de minha coxa esquerda. Uma chocker de veludo preta com pequenos diamantes caindo desde o maior até o menor.
Para finalizar, minhas pernas foram cobertas com meias arrastão e duas cintas-ligas, onde prendi na parte de trás de minha coxa um isqueiro, canivete suíço e minha rosa. Dessa vez, pelo menos, esperava não precisar de armas de fogo.
Cobri parte de meu rosto com a pequena máscara preta. Era o que me permitia, naquela noite, mostrar tanto meu corpo. Ninguém veria meu rosto. Ninguém me reconheceria.
Era o que também me permitia caçá-los.
Não fiz muita maquiagem. Afinal, ninguém veria meu rosto. Apenas passei um batom leve e joguei os cabelos para o lado direito de minha cabeça. Calcei o salto preto aberto e, sem enrolação, desci as escadas para o salão de festas. Estava lotado.
Corri os olhos por entre os convidados, em sua maioria jovens. Garotas com os mais elaborados vestidos com renda e gemas. Máscaras poluídas por penas, brilho e cores vivas.
Por que as pessoas gostam tanto de cores vivas? O preto é bem mais atraente.
Rapazes de ternos praticamente iguais circulavam. O que mudava era a forma que cada um se encaixava no traje. Os mais esguios ficavam estranhos. Os mais cheios se tornavam adultos desajeitados. Ainda tinham os garotos... Sadios, por assim dizer. Perfeitos. Eram minhas presas.
Suspirei e segurei meu sorriso ao descer o último degrau da grande escadaria batendo o salto no mármore gelado e fazendo o baque ecoar.
Dois passos depois de minha entrada, senti meu pulso subitamente ser puxado e meu corpo ser levado lara um canto isolado embaixo das escadas.
Rapidamente, como me foi ensinado, saquei meu canivete e revelei a reluzente lâmina prata recém amolada. Só então, acelerada por dentro e relaxada por fora, olhei para o rosto do homem e suspirei, entediada.
— Oi, pai.
Ele levantou as mãos em sinal de rendição com sarcasmo. É claro que ele me vence em três segundos sem usar as mãos. Guardei a lâmina em minha perna novamente e ele arrumou o terno cinza perfeitamente alinhado ao seu corpo.
— Desculpe, filha, só queria testar se esse é um bom lugar para guardar a faca.
— Canivete.
— Lâmina. – ele revirou os olhos– Enfim, queria conferir se é um local de fácil acesso. Vai precisar.
— Acho que já viu que é um ótimo lugar.
— Vim te avisar sobre os ocultos. – ele diminuiu o tom de voz– Souberam de sua presença e enviaram um enfiltrado. – ele entortou o sorriso– Ouvi dizer que é bonito.
Ri com desdém.
— Como se eu apenas fosse olhar o rosto.
— Você sabe bem o que quis dizer.
— Gostoso?
— Montana!
— O que foi, pai? – ri da reação dele.
— Tenha modos, sou seu pai!
— Por isso mesmo, pra me ter, você fez coisas piores que "ser gostoso".
— Pelo amor de Deus, Montana, foque no trabalho. Tome cuidado com os jovens. Se conseguir achá-lo, já sabe.
— Prender e arrancar informações, machucar se for preciso, não sair do controle, blá blá blá. Você me disse isso umas vinte e cinco vezes só hoje. Já entendi.
— Garota petulante. – ele chegou mais perto– O garoto é forte, Montana. Por favor, fique atenta.
— Já entendi, pai, não vou te decepcionar.
— Bom mesmo. – ele me deu um leve empurrão e me afastei.
Não me irrito facilmente, mas se tem algo que me tira do sério é alguém repetir a mesma coisa várias vezes.
Me recompondo da conversa, bati a agulha do salto no chão branco e arrastei meu vestido pelo salão até chegar ao balcão de bebidas. Me sentei em um banco alto e olhei ao meu redor.
Muitos casais dançavam ao som delicado da música erudita da orquestra de cordas. Dois violinos, um violoncelo, um violão e um lindíssimo piano tocavam Wolfgang Amadeus Mozart. A harmonia era perfeita. A peça nos intuía a interagir silenciosamente e a encontrar um par para a noite. Com ou sem a música, eu acharia um.
— Com licença, senhorita?– me virei para o dono da voz melodiosa– Poderia te pagar uma bebida?
Meu sorriso foi mínimo. Demorou bem menos que pensei.
— Claro.
Ele fez um gesto para o barman, que encheu um copo de Whisky.
— Qual o seu nome, minha cara?
— Montana. Montana Episkey.
— Prazer, sou Oh Sehun. – ele sorriu de lado, como eu.
Essa foi fácil.
··•♦•··
Oi oi oi
Essa é uma short fic que eu escrevi ontem durante minhas sete aulas, porque nas outras duas eu dormi :)
Não queria falar nada não, mas tem uns capítulos aí pra frente que tão um chuchu
Kissus 💙
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