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#arretado
cdlicarnaval · 1 year
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DOM BOSCO ITAQUERA LANÇA ENREDO PARA 2024
Em suas redes sociais a escola de samba da Zona Leste de São divulgou seu enredo para o Carnaval de 2024 em homenagem ao povo nordestino. Imagem redes sociais-divulgação “Um causo arretado de um povo pra lá de valente…O cordel de um nordeste independente” A Dom Bosco de Itaquera continua sua missão de trazer para o carnaval enredos culturais que exploram a riqueza de nosso país. Assim, para o…
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'DEIXA AS DUAS': BARRAQUEIROS ARRETADOS NÃO CONSEGUEM SE RESOLVER NO DIÁLOGO E 'CORO CANTA'. VEJA VÍDEO
  Nesta quarta-feira (22/5), um vídeo inusitado está viralizando nas redes sociais, mostrando uma cena de briga entre duas “pocs” no meio de uma praça em Maceió, Alagoas. Os jovens, que são conhecidos por uma amizade conturbada, iniciaram uma discussão que rapidamente escalou para uma troca de tapas e, eventualmente, uma queda no chão onde continuaram a se atacar.   O que chama a atenção no…
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tyongbrat · 1 year
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Ty, sabe aquele post de sexo de reconciliação com o Doyoung? Como você acha que seria com os outros meninos?
NCT 127 + SEXO RECONCILIAÇÃO 🥀 (o doyoung tá aqui)
• TAEYONG: caso vocês brigassem ele não ia fazer o tipo birrento, na verdade eu acho que o taeyong cederia facilmente a sexo de reconciliação. Provavelmente seria bem manhoso, do tipo que se esfrega em você, e eu vejo muito o sexo partindo dele como forma de te persuadir também.
— só um pouquinho, vai, deixa eu te mamar — o homem esfrega o rosto contra os teus seios cobertos pelo tecido leve do pijama.
— taeyong! — chama atenção dele — para com isso.
— vai, amor — ele instiga — vamos ficar de boa.
• TAEIL: geminiano arretado! Ia ficar puto da vida com você, se você viesse de saliência pra cima dele, com certeza te daria um chega pra lá no início, mas com jeitinho tudo se acerta. Ia ceder ao sexo por puta insistência da sua parte.
— vira essa bunda pra lá, mulher — taeil joga o edredom por cima do seu corpo. Se concentra em não olhar a sua bunda comendo a calcinha minúscula que você escolheu pra usar após a briga.
Briga que ele agora já nem se lembra mais o motivo.
• JOHNNY: o mesmo que o doyoung! Foge de problemas, mas se o problema vem até ele, então ele não costuma ceder não. Ia te dar o sexo, mas não seria de reconciliação. Vejo mais como um sexo pra descontar a raiva da briga.
— cadê as respostas que você sempre tem na ponta da língua, princesa? — o homem segura a tua mandíbula com força, os quadris batendo contra os seus, te fazendo sentir lá dentro todo ódio dele.
• YUTA: teimoso! O yuta é teimoso pra caralho! E o sexo de reconciliação ia partir dele, com certeza ia usar pra te convencer que ele tá certo, independente de qual seja o motivo da briga. Escorpiano, esse querido, não dá o braço a torcer nunca.
— putinha burra, teimando com o papai — a mão dele afunda ainda mais a tua cabeça no travesseiro, ele não tem pena quando bate os quadris na sua bunda te impulsionando pra frente.
• JAEHYUN: desculpa decepcionar, mas eu acho o jaehyun muito racional, não acho que ele transaria se não estivesse totalmente resolvido antes. Entretanto, se viesse acontecer, ele provavelmente iria tentar resolver logo em seguida que o sexo terminasse.
— princesa, a gente pode falar sobre isso agora? — ele acaricia tuas costas, ainda sem roupa ele cola o corpo no teu, abraça tua cintura de ladinho — odeio quando a gente briga assim, vai, vamos resolver isso.
• JUNGWOO: Se a briga partir de você, ele vai fazer um drama. Manhoso, o jungwoo pra mim é manhoso também. Você vai ter que rebolar muito pra convencer esse bonitinho transar com você depois de brigar com ele. Ele ia ceder, mas só porque te ama.
— você só me usa — jungwoo reclama. Desce os beijos do teu pescoço pra clavícula esquerda, deixa leve mordidas. Em um ato de desespero e vontade ele desliza pra dentro de você, te sentindo inteira apertar.
• MARK: na minha opinião o Mark é vaidoso, e o sexo de reconciliação aumentaria o ego dele. Quando você viesse toda manhosa pedir sexo ele te ia te fazer implorar pelo pau dele, só pra ter o gostinho de te ver se humilhando.
— Mark — você choraminga, puxa o cós da bermuda pra baixo e ele te olha de cima com ar de superioridade — vai me fazer implorar mesmo?
— vai, linda — te encoraja — pede com jeitinho pra me mamar.
• HAECHAN: vai te dar tanto pau que você vai se arrepender de pedir sexo. Não vejo o haechan como alguém brigão, mas se você brigar com ele então se prepare pra brigar de verdade.
— não queria pau? — ele debocha — agora aguenta, não quero ver uma lágrima, ouviu?
🥀🥀🥀
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Caboclo arretado,
homem de respeito,
tem seus predicados,
mas também tem defeitos,
trabalhador que se esforça para honrar seus compromissos,
não gosta de ficar parado,
sempre arrumando serviços,
seja em casa ou na rua,
trabalha debaixo do sol,
se precisar também faz extras debaixo da lua,
esse cara é engraçado,
quase que não aguento,
nas lives ele fica só de olho,
acho que é ciumento,
sua prenda tem muito bom humor,
talvez fique com medo de algum poeta roubar seu amor,
ele a ama
e ela também o ama,
mesmo com tantos contratempos sempre se resolvem na cama,
são felizes não é a toa,
e pelo sorriso dela da pra imaginar que a noite foi boa,
esse moreno parrudo
sabe como conquistar uma mulher,
muitos a desejam,
mas é só esse cara quem ela quer.
Crônica poética de Jonas R Cezar
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caotizamos · 2 years
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Feliz dia do nordestino. O povo mais arretado que eu conheço 🥰❤️
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dreenwood · 2 years
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Dia Do Nordestino...
Hoje é dia do povo mais arretado desse Brasil!
Feliz dia do Nordestino! Marca aí aquele @ que tem orgulho de ser Nordestino...
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lidia-vasconcelos · 9 months
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27 de agosto - Dia do Psicólogo. Parabéns a esses profissionais arretados da alma!!!
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Um xêro
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Na porta de Junho que para mim é o mês mais arretado do ano, Tem dia dos namorados, as festas juninas e todo calor nordestino que se espalha por todos os cantos.
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Criei essa estampa fazendo um encontro de Gustav Klimt com o Cordel nordestino e referências de J. Borges.
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Faremos uma seleção Duca com estampas exclusivas para presentear seu dengo!
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mudei-para-evoluir · 2 years
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Nordestine-se
O nordeste é maior que qualquer preconceito
O dia mais arretado do ano
Feliz dia do nordestino
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btsmoment · 1 year
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RM na vogue,arretado 🫶🏻💙
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littlevilleorpg · 2 months
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QUENTIN & LORENZZO
Quentin: Quentin é o cara do campo. Foi para Inglaterra estudar veterinária e lá, conheceu Lorenzzo e com ele viveu o grande amor da sua vida. Em um momento difícil da sua vida, ele desistiu de tudo, inclusive do amor, para voltar para Brooksville e assumir as responsabilidades que a ele cabia frente a fazenda e os negócios da família.
Lorenzzo: Lorenzzo é um italiano arretado. Com um futuro promissor, estudou Produção Comercial em Londres na Inglaterra. Foi na Inglaterra que conheceu o grande amor da sua vida e com ele, viu a sua vida se transformar radicalmente. Ao lado desse amor, também conheceu a desilusão, a tristeza e decepção. Fez carreira como Top Model desfilando para várias marcas internacional, como Gucci, Dolce & Gabbana, Coco Channel e outras. O destino fez ele desistir das passarelas para cuidar do fruto desse amor irredutível que sentia por Quentin: Julian.
Foi em um passeio em família, cinco anos depois, que Lorenzzo e Quentin se reencontraram e juntos vão enfrentar dificuldades para defender e cuidar desse amor que resistiu aos anos.
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fabioperes · 2 months
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SUBSOLO💧 VIOLÃO FOGÃO 🎸ESSA PARCERIA VAI FURAR O MUNDO E CHEGAR NO JAPÃO 💦🌵😂😂(87)98179-7335- GESSER vem conhecer dóis caboco arretado de bom que mostra toda sua cultura através da música regional e sertaneja ... via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=_-pz5eCMbvk
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flavia0vasco · 2 months
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SEQÜÊNCIA 8 - A ILHA DO PESCADOR
Separou a camiseta branca e a blusa de moletom bege siri, junto com a calça preta dela, antes de fechar a mochila. Usaria na manhã seguinte pra nova travessia. Para logo mais à noite reservara só o branco e as sandálias de couro. Também as calçaria no outro dia.
Na tarde anterior, às 5 horas, a traineira os descarregara para novas horas de lazer em Cabo Coral. A noite prometia. Um grande toldo branco estacado na areia guardava a área para a dança de casais ao som de uma grande caixa de som, sob as luzes de lâmpadas coloridas pendidas dos fios. O areião era coberto de lona preta evitando que ele se espalhasse, ou fizesse os passos mais pesados. De um lado e de outro, vinha a arquibancada. E na frente, ao sul, cadeiras de plástico brancas. Fileiras. Como uma nave de igreja. E ao norte, encabeçando um palanque, um grande holofote. Sob o qual, microfone e assento alto, além de uma mesinha com jarro e copo d’água - vestida de toalha branca rendada -, e portando o bolão giratório, figuravam. Um locutor de bingos - e correio-elegante -cantava as pedras, e nos intervalos, fazia correr o coração de papel, pelos quatro cantos, nas cestas de vime do menino Pardinho - moleque arretado, sardento, de cuca ruiva -, zunindo no passadio de tanta gente pra entregar o bilhetinho. E amores eram feitos. Ele, o Cupido. Era ele também que levava o palitinho pro espetar dos cartõezinhos da jogatina da sorte. E por prenda se tinha pares de sapatos congas, chinelos, ramalhetes florais, miçangas de conchas e cordões, cartuchos de doces de frutas cristalizadas como figo, mamão, marmelo e laranja, varas de pesca, vale-tickets para café da manhã e almoço na Pousada do Grilo, a mais afamada da região, por seus quitutes e peixada no azeite–de-dendê, jogo de panelas de alumínio, canecas de times de futebol, vestidos de chita pra crianças, tabuleiros de jogo de mesa como xadrez, dama, gamão e jogo da velha, passadeiras pra corredores, bonecas de pano e sungas de banho.
A pipoca comia solta. E o amendoim e a cocada. Tinha pastel e chupe-chupe. Maria-mole. Bolinho de peixe e tapioca. A bebida mesmo, de álcool, faltava. O mar perto desapreciava. Só mesmo uma caldeirada de leve sangria de maçã, embalsamada num susto de champanha, pra acordar o espírito. Os sucos de frutas coroavam iluminados, e adocicados o triunfo desses rigores salutares. No mais, água.
Isso tudo se passava ao largo de minha ventura própria. Perto.
No mar.
Cena “X”: (Plano Geral) (Som: vento/ camisa ricocheteando) Do alto. André rodopia de braços abertos a 100 m da quermesse.
Cena “X”: (Plano Médio) (Som: "Pescador" - Mestre Ambrósio ou "Sem Ganzá não é côco" - Chico Cézar/ burburinho ao fundo) André, braços abertos a rodopiar. Quermesse, ao fundo.
...  só, destampei a falar asneiras ao léo, bem alto, a rodopiar de braços abertos, soltos, no espocar das ondas espraiadas aos meus pés. Ao contrário dos caretas, ali atrás, impedidos de travessuras bombásticas assim, eu antes me embebi em mel e cachaça nos arrabaldes da quermesse, num cubículo de um balcão só. A temperatura do ambiente ali era alta, encardida, cor de terra queimada, recobrindo as paredes e os móveis, em meio ao converseiro do grupelho de três ou quatro, sentado, de pernas cruzadas, à porta. A entrada e saída era rápida. Reservada para a guarnição. Pitéu de siri. Ou quiche de camarão. Que vinham buscar. Em pé, enrodeados, lá fora, esperando, cada um a sua vez, ficavam. A prateleira de tábua velha, corcunda com o peso, encarquilhava garrafas e garrafas de groselha, e licores de amora silvestre, melancia e abricó. Salvava no meio deles um tonel de “marvada”, munido de bica pra quem apreciasse a bebida, pura; ou com mel. Aceitei da segunda. Mandei um, dois quiches de camarão com geléia de abricó. Que ali, numa estante pequena, tal geléia também se vendia, tanto quanto das demais frutas, a amora e a melancia. Bebi sem meias peias, o que parece muito. Mas, meu sangue puro e fraco, com pouco se entrega fácil demais às desmesuras do etanol. Logo estava embriagado.
No mar:
Cena “X”: (Plano Americano) Câmara atrás de André, voltada para o mar. Braços abertos a rodopiar.
... minha roupa branca soprava fustigada com a força do vento na beira da praia. Restos de luz me pegavam da grande cobertura e arena iluminadas por refletores e lâmpadas na agremiação. Esquecido do frio, eu girava, sob os pés descalços, livres das sandálias de couro, me rindo à toa sem motivo, e tudo ao meu redor me fazia girar. Minha cabeça, a girar. Sob o giro das coisas ao redor. Nesse momento, eu era alegria. Solto. Respirando liberdade. Feito pássaro a voar. Leve. Nada sentindo pesar. A não ser a garrafa de licor que carregava, no alto, deslocada na extensão dos meus braços, a cada gole molhando meus lábios, e tingindo-os docemente de preto rubro. Meu estômago embrulhou. O que parecia incerto - o mergulho - encontrou vazão na falência dos meus sentidos, e fui encontrar solução para o meu enjôo no mar. Mergulhei. Ninguém parecia ver. O súbito gelo a me tomar tragou de mim toda a bebedeira, trazendo-me acalante a sobriedade, e um gole revivescente da água salgada, eu trouxe na garganta abaixo, com as mãos, em concha, pra bater limpo no estômago, a cura do mar.
Devolvi meu tronco e pernas contra a correnteza no vai-e-vem das ondas, na direção da orla, vencendo estonteante, a resistência do embate. Pouco a pouco, avancei, e fui saindo inteiro. Meus cabelos castanhos a tocarem-me o rosto entre as mechas, escorreram pelo pescoço. Minha magreza era vista agora, mais anoréxica ainda. Colada, úmida, sob o manto da camisa branca franzida de encharcada água - que imóvel parecia indiferente ao vento que fazia. Meus braços vinham tombados e bambos ao longo do corpo. Volta e meia meus olhos ardentes obtiam o alívio do sal ao esfregá-los; e, as madeixas rebeldes, arrancadas da fronte, abriam-me pouco a pouco a visão. Segui adiante, sob meus passos ainda cambaleantes. Trôpego, calcei as sandálias. Alguma arruaça tinha se formado a meio caminho, com algumas crianças, e alguns adultos curiosos atentos ao que ocorria, montando vigilância a fim de acorrerem em caso de anormalidade.
Com frio trincante agora, eu me envergonhava. Mal podia olhar pra cara estupefata de uma ou outra pessoa, a cujo caminho eu atravessava. Fizera uma estrepolia. Senão inconseqüência, repreensível. E, em momento algum, quisera chamar atenção. Em momento algum. Tinha sido boa a bebedeira, apesar de não ter passado desapercebida. Mas, isso em nada me afetava, quase, afinal, pois não devia nada a ninguém. E, ali, ninguém me conhecia.
Voltei pra pousada correndo, como pude.  E me despi logo que cheguei pra me jogar de vez num chuveiro quente. A cabeça, contudo, não lavei. Deixei pra que terminasse de secar, e eu pudesse dormir mais adiante. Assim foi feito. Enquanto esperava, aproveitei pra pesquisas e anotações. Saiu o texto da pescaria.
***
André deixa atrás de si a viagem turística, e parte rumo a uma aventura junto ao desconhecido, no cerne de uma nova Utopia encantada
CANTO I
“Ó, Aclamado dia! O de fugir, longe da Civilização. Uma lancha me esperava nas margens do ancoradouro. Balouçava mansa minha bagagem, tanta, a essa altura revolta. Suja a roupa toda, a sabão merecendo a trouxa. Longe eu ia vasculhar outra terra, além-mar, Caronte a me guiar, de ilha sem algum lugar, pra eu lá chegar. Era ilha onde se vai pescar, com nome importante de gente por lá. Quase nenhuma alma a nunca lhe atravessar, o Portal da Ilha Perdida não a deixar. Comitiva nenhuma não há, também não carece surtar. Há muito que se vê lá, apesar de estória nenhuma nos chegar. É um mistério que a cerca, a Ilha do Pescador em pleno ar, sagrado seu canto louvor, da natureza intocada, infinda, que a tudo se diz não perdida estar, e dentro do mundo insertar. Basta com os olhos abertos flertar, e à sua venda descortinar, para ver o quão maciça é em seu flutuar, ao elevar-se como uma pena no ar. Ali tudo é possível, que cá: pra frente pra trás o andar, de costas de pernas pro ar, sem nunca parar de obrar: as artes que uma criança faz.
As coisas que na terra há são dadas à carniça amar, como à carcaça animal cheirar: tão fétido (!) fedor a alma a exalar entre a vida e a morte, ainda quente a estar, vendo num salto mortal a ave de rapina lhe exortar, tal qual matéria putrefata ao sol, ao luar ...
Essas, a outras cousas, são favas da vida da gente a caiar os sonhos do além-mar: o poder ser e ter um cantinho de Deus, que seja a poética prosaica, dos filhos e dos cantos do mar.
: ou, o labirinto que nos lança, o microrganismo que a tudo enreda, levando à (de)composição a vida que há. Adeus, no mundo sem vida, ao verme que a tudo dá, mas na ilha ainda ele há de calhar, com seus pontos fortes, e a todo o ciclo vital fazer girar, como na carcaça cabe lembrar ‘o que um dia era vivo e no outro dir-se-á: a morte ainda virá’”.
Estreitamos em três o caminho. As horas. Passaram rápidas. Mas, à medida que nos aproximávamos, mais lentos parecíamos ir: como um homem a deslizar num campo de horizonte de eventos à beira de um buraco negro, cuja irresistível e tremenda força de atração gravitacional, não lhe deixasse escapar, e nos parecesse de algum lugar bem longe dali, vê-lo cair cada vez mais, mais lentamente, apesar da máxima velocidade ele estando a alcançar.
Lento, lento ... muito lento. Muito lentamente. Até cair no sono, e dormir. O que vi ali, não sei se acordado ou dormindo, foi um canoeiro, que veio me buscar, com um cajado rajado, ao lado, na mão direita, em pé, apoiado, o mesmo que se lhe prestava a remar. A neblina espessa cobria os flancos de uma canoa, que na verdade, mais parecia uma galé ou nau em miniatura, trazendo desde a quilha até à proa, sobre o corpo todo, bem à frente, como carranca, a cabeça de uma cobra, bem marchetada a assustar. Em meio ao pântano, vinha abrindo caminho o canoeiro, em traje cru – ou, roupana. Quase não se movia. Movimentos curtos, lentos. A cabeça, às vezes, volvia: toda ela, careca.
Alcançou-me, deveras, nem dia nem noite fazia. Uma ausência de tempo, eu sentia. A bruma densa descorava de eivado branco, o cinza. Um bafo azinhavre subia dos vapores d’água, aquecidos, nos gases borbulhantes dos gêiseres, de cujo torto desenho fugíamos. Me cambiei pra barca de Caronte, já no outro lado do Estige. Depois, tendo estado às raias da Ilha Pedida, de nada me lembro, de ter visto como me aludira, outrora, o velho, partido. Mas, passado o limiar de qual cenário não acudido, inundou-nos tal luz, que antes que nos engolfasse fez estender Caronte a sua mão, e lembrando-me do passe a pagar-lhe, depositei nela a moeda para o Portal do Tempo defronte passar.
Um nevoeiro então enegrecido, num turbilhão envolvido, passou densamente a girar. Do centro se abriu, e mais denso ainda da borda fez a roda girar. Era um redemoinho, voraz a me tragar. Uma ventania logo se fez, quase roubando-me a roupa, difícil de controlar. Contra tanta pressão não podia meu corpo lutar. Enquanto eu rijo, enquanto pude, me dobrava como vara, ou um bambu, Caronte nem de longe mexia. Era um só bate-estaca a olhar.
Sem ter onde me agarrar, a centrifugação venceu-me a resistência e fui sugado, violentamente, naquela direção, em que um enorme bocal amedrontador e ruidoso, lançou-me num tubo de sucção, engolindo atrás de si toda a luz radiante, e deixando-me na mais profunda escuridão. Bastou esse ínterim para que num átimo de segundo a porta toda se fechasse. E já nem mais os “habitantes” da ilha, nem mesmo Caronte me vissem jamais. Eu, nesse tempo, havia zarpado.
***
Inconsciente, tombara nalgum lugar de uma floresta. O chão úmido, lodoso, encardia toda a minha vestimenta, e o rosto. Ao primeiro sinal de despertar, ocorreu-me logo como tinha ido parar ali. Em seguida, um susto de supetão me tomou, antes que visse a um braço de distância meus pertences. De alguma forma, tive um deslumbramento de que eles não seriam tão úteis assim. Mas, miraculosos. Sentia-me no meio do nada. Guardado, apenas, por sentinelas. Altas árvores recobrindo o céu. Não podia aventar o que seria de mim. Estava lançado à sorte. Cedo ou tarde o cansaço e a fome me abateriam. Precisava contar com alguém pra vir em meu encalço. Mas, quem se eu nada sabia, nem ninguém me conhecia. Esse foi meu desespero.
Desejei aquele túnel roubar-me a consciência de novo, e me livrar dali. Era desconhecido demais. Por fim, a andança e a empresa para dar cabo de empestamento de insetos, perigos incautos à espreita – que me acossariam ao longo de toda a jornada - e um sem número de manifestações sobrenaturais da natureza consumiram minhas energias, e fui dar num riacho, às margens do qual, me estirei e bebi, sedento, de suas águas, vindo a banhar-me nele para acalmar meu espírito.
Não sei quantos dias tomou. A mata cerrada escondera a lua, ocultando-me sua face. Tanto quanto o sol era parco por entre as fissuras das plantas acima. Apenas a clareira, agora, reluzia sob fúlgidos raios sentidos. O mormaço era incólume a essa abertura na atmosfera. Um oásis para o interior da floresta. Sinto que fui falindo, rendendo-me ao meu próprio peso.
Sonhei com os motores dos carros a roncarem na minha cabeça. Era tudo o que ouvia do meu quarto, em São Paulo. Rom Rom Rom ... Rom Rom Rom ... Rom Rom Rom ...
Cena “X”: André se vê correndo em disparada, acuado. (Smasch cut)
***
De repente, acorda assustado.
Deu de cara com as paredes finas de madeira rachada à sua frente. Um cheiro campeiro de pêlo de animal molhado, latrina, e esterco, profusos, no ar. Uma leve sacudidela da estrutura sob a qual estava lhe tomava a cabeça zonza. Não sem se inquietar, foi lá fora olhar: estava sobre uma palafita.
De certo com os animais enxovalhados para as bandas baixas da planície, na vazante, sobrou-lhe o merecido estábulo. Como posto provisório. Por certo. De qualquer forma, alguém tinha lhe dado a mão. Tinha sido encontrado, e não dado como morto. Ali estava ele naquele quadrante flutuante, sem poder acorrer a nenhum lugar, por ora, à espera de um salvador aportar.
E foi Terêncio ... ruguento. Foi se chegando na barca à beira do igarapé, rondilhado da água reinante. Os olhinhos miúdos, espicaçentos, por sob os cabelos pretos cortados a escovinha, vasculharam o menino-garrote, que ainda não reconhecia naquela arribação traço nenhum de pertencimento. Ainda assim, passou a cuia com pão e uma mistura à base de farinha de mandioca e feijão pra fartar a fome infame do retirante extraviado, de viagem ainda não intuída.
André não titubeou. Tomou ávido da cumbuca, e devorou o alimento. Foi o primeiro sinal que viu de que tinha encontrado um verdadeiro amigo.  Daí em diante o desenlace entre ambos não mais se deu.
***
Foi da boca de Terêncio, justamente, que pela primeira vez André ouviu uma narrativa autêntica sobre o Pescador. E foi também a partir daí, que sua admiração por aquele ser tão mitificado, se tornou mais uma obsessão em sua paixão por estórias de mar e de pescadores.
Conta a lenda que desde o ano que chegou na ilha, não se tinha notícia de ter sido visto em nenhum lugar. Vivo mesmo eram só os boatos, e lendas. Todos ignoravam a sua existência. Exceto um homem, o Criolo. Um negro quilombola, de olhos vermelhos estriados, e pele retinta azul, e unhas compridas, corpanzudo, que negava na robustez e feições atléticas a idade que tinha. Criolo passava já dos 80, e era visto a pescar de vez em quando sozinho, a falar pelos cotovelos como um doido. Todos o temiam. Achavam ser vítima de sortilégio: da vez que entrou na cabana de Zé Ramiro, lançador de rede da turma de Geovardo da Lua, nunca mais foi o mesmo; vivia escondido pelos cantos do mundo, rogando pragas ...
Muito se acreditava que o falecido morador dali, o tal Zé Ramiro, nem mesmo antes de esfriar debaixo da terra, cedeu pouso em sua habitação ao dito fantasma do Pescador, que àquela altura sem o povo o saber, de fantasma não tinha nada. Estando mesmo por obra de artifício misterioso, reputado à uma cigana e longe do conhecimento de todos, vindo a convalescer por dias a fio ali, desacordado, sobre o rudimentar catre já destituído do corpo quente de outrora. Criam os moradores do povoado - versados no mito do canoeiro e do Portal Sagrado do Tempo guardado pelo barqueiro Caronte -, que vindo dos confins da Ilha Perdida o Pescador tratava-se de um ser mitológico ancestral de há tempos imemoriais atrelado ao espírito das baleias. E, por ter sido banido e condenado pelo irmão malfeitor Thanos a se desligar da ilha foi obrigado a vagar solitário para além dos limites da realidade e do sonho, da vida e da morte, do tempo e da eternidade, passando desencarnado à deriva de sua natureza primordial, a qual era: a de lutar sempre em benefício da coexistência pacífica da ilha e a perpetuação do santuário ecológico das baleias. Tal exílio, diga-se de passagem, foi causado por ter-se quebrado um mítico tabu num antigo ritual sagrado do povo dali.  
Dito isto, vem a seguir como tudo se deu:
Foi o negro arrumar o corpo do defunto Zé Ramiro - conhecedor que era das artes de embalsamento, de ervas espirituais e do disfarçamento do forte bodum -, ... que o estranho se deu! José Maria, outro do grupo de Geovardo, correu pela porta adentro, num apavoramento, e declarou ter visto vindo do céu, o que não sabia dizer o que era, mas que feriu-lhe os olhos tão forte o clarão, e a coisa foi ter longe da praia, próximo à linha do horizonte, como um ponto de luz. Até que desse ali naquela areia branca, não se sabia que o que pousara do céu feito o vôo de uma fragata fulgurante era um barco à vela, às voltas de uma baleia, semi-destruído, sem ter em seu interior uma alma viva ou coisa outra qualquer; senão que dois estranhos objetos - sendo um deles, uma espécie de frágil caixa de madeira; e, o outro, as folhas de pardo material manuseável, logrado em tinta preta, com traços ininteligíveis, de fácil despedaçamento.
Sem poder deixar o defunto sem unção, Criolo negou-se a ir ver do que se tratava. Continuou suas rezas de raízes negras com pajelança, feito ribeirinho que era, e, surpreendentemente, três vezes condenou-o o espírito: na primeira, relutou que seus andejos pelo mundo espiritual se despregassem da ilha; na segunda, jurou-lhe perseguir caso a extricação não fosse cumprida; e, na terceira ordenou que se lhe emprestasse corpo substituto para que não vagasse sem rumo, afinal.
Na hora sem ver presteza naquilo, o pobre negro não quis aludir. Mas, sendo mais forte o pensamento daquele sobre o seu, não viu outro jeito senão tomar por solução o contato com o desaparecido náufrago, que devia estar às vias das cercanias daquela embarcação; vinda sabe-se lá de onde. Dentro, sobre o tapume, estava a Dracca, a moeda sagrada do Portal do Tempo. Desde sempre invisível aos olhos dos não predestinados. Somente a mão crioula reconheceu-lhe o peso da existência. Vista, pairou antes, breve, no ar. Reza a lenda que só quem transita magicamente entre o mundo dos vivos e dos mortos é capaz de enxergá-la. Ou, os de coração puro, sendo capazes de transmiti-la a outro iniciado.
Naquele dia, ninguém soube quem deu pouso ao Pescador na cabana. Nem mesmo Criolo. Mas, encomendou à alma do finado Zé Ramiro que tomasse o corpo do perdido náufrago, para lhe pôr os pés na ilha. E assim, se fez.
O defunto - por precaução, ou vadiagem, ou mesmo ruindade - voltou contra o seu próprio benfeitor um sortilégio em que para furtar-se a qualquer contrafeita de seus pedidos malfazejos, ao negro encantaria. E o negro aluou.
Se o espírito de Zé Ramiro vingou a contento ou não na pele do desaparecido náufrago, de sua feita pouco se sabe. A língua do povo diz que não: “o Pescador não se deixa levar”, dizem. As conversas com o quilombola mais tarde eternizadas em estórias que se espalharam por toda a ilha, parece também, dizem que não. Mas, o negro caducou.
Fato foi que, deu-se, porém, à chegada do Pescador na ilha encantada, território das baleias - únicos seres animais a reconhecê-lo em sua ancestralidade, e pôr nele os olhos - uma maldição que o acompanhou por onde fosse. A mesma cunhou na sua morte as condições para sua salvação e destino. Assim, sentenciava-se: só ser visto por puros e crédulos de coração, até o último dia de sua vida terrena. A exceção se daria exatamente nesse último dia de vida. Quando expirasse o ar de seus pulmões. Aí a maldição falhava. E todos o veriam.
Pois bem, o único a pôr-lhe os olhos quando chegou à ilha foi Criolo. Aluado, que já era. A cigana também, mas não sabia. A barreira da comunicação aparentemente intransponível entre o Pescador e o negro foi transcendida milagrosamente ao longo de imerso e intenso convívio, à espreita da vida local. Com ele Criolo tinha longas conversas desse e do outro mundo, o dos mortos. E o de onde viera o Pescador. E o de onde não se sabia onde ia se dar, o enigmático mundo vindouro. Entre ambos os amigos, desafiavam-se as leis e noções pré-estabelecidas. Mas, o Pescador pouco falava de si. Mantinha segredo de seus medos, traumas e feridas.
Criolo esteve assim na companhia do amigo por um ano, até cumprir sua sina, como pescador, e ir se estender numa esteira debaixo duma camada funda de sete palmos de massapé. Já desde os 70, bem vividos, que deixara a lida com a pesca por precisão, e se cumpria subir ou descer o rio por pura diversão. Mas, desde mesmo que o Pescador apareceu em sua vida, que recuperou foi a alegria boa de viver, das vezes e outras que dividiam boa prosa juntos nas andanças pelas matas adentro, e subiam o rio arriba em cima da mesma canoa. Gritando o negro, ao léo, nessas ocasiões, sob forte euforia em sua plena “vislumbração”: "Ó, que do lado do Pescador tudo é só uma grande alegria!”. E a loucura meio que passava.
Foi através dele, que num último suspiro, o Pescador recebeu a moeda de prata. Mágica e instintivamente ligou-se, logo, a ela. Enquanto estava moribundo, Criolo revelou, delirante, suas visões desconexas e descabidas, quanto a um futuro incerto do amigo no outro lado do mundo, apartado das demais almas, dividido entre idas e vindas sofridas ao continente de origem. Seu desgraçado apego aos erros do passado o fariam ter que se haver com os resgate de coisas terrenas e ancestrais.
Foi tudo o que me disse Terêncio.
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reliquiou · 5 months
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Bombou mesmo… junin play tava arretado essa noite… essa tua caminhoneira……..
Hauahauahuahau foi uma noite interessante anoni, nem nego
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irinaldosoares-blog · 5 months
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Um bate-e-volta até Belém com essa turma de ciclistas arretados
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dreenwood · 8 months
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E Viva o Nordeste.
🥰 #DiaDoNordestino , povo guerreiro, hospitaleiro, arretado, transformam lágrimas em sorrisos❤❤ Estão em todos os lugares do mundo. Como não amar?!!!
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