Tumgik
#addiepham
madneocity-universe · 3 months
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Baby say the words and I'm down: Addie Pham
Não me falem de datas. Não me falem de nada.
Quartas à tarde são reservadas para aulas de francês com uma tutora particular na Quinta Avenida, e não pra ficar em casa e dar a buceta.
A Addie do passado sabia disso, mas a de agora… Só quer que o namorado a foda com mais força, sabendo que ele nunca nega nada pra ela e não vai ser agora, quando o sente entrar e sair de sua buceta, metendo fundo. Enchendo seu quarto com o barulho mais obsceno dos quadris dele batendo em sua bunda enquanto ele a pega por trás.
Ela só queria uma carona antes de ver ele descer daquela moto e o achar a coisa mais atraente do mundo, assim como todas as vezes que eles se viam, com muito mais força agora; a visão dele estacionando na porta sem medo dos vizinhos contarem aos pais dela daquela pequena visita enquanto eles estavam fora, como ele caminhou até ela com o sorriso mais doce antes de agarrar sua cintura com posse e derreter seu corpo menor com um beijo lento.
Ela só queria uma carona, mas não achou que uma sessão de amassos rápida no terceiro andar ia atrapalhar. Iam ser só uns beijinhos, talvez a mão dele apertando sua bunda e seus seios também, mas só uns beijinhos. Mesmo que sua calcinha já estivesse pesada na porta.
Tão pesada quanto o tapa que ele acerta em sua bunda quando sua mente fica completamente nublada de tesão, e a única coisa que ela consegue fazer, é soluçar de prazer e sentir aquele cacete grande a perfurando e arrombando com violência. Incapaz de dizer qualquer frase coerente, até ele enrolar seu cabelo com uma mão e ordenar que ela diga cada palavra, mesmo chorando de tanto levar rola.
— É tão bom, baby. Tão bom, você tá me comendo tão gostoso — Ela chora, apertando a buceta inconscientemente ao redor dele, sentindo tudo vazar por suas pernas e deixar ele molhado também. — Você sempre me come tão gostoso.
Addie quase goza quando o escuta gemer e agarrar seus quadris com mais força, botando e tirando ainda mais rápido dentro de seu buraco encharcado, esticando ela tão bem que não consegue pensar direito, ficando mais faminta a cada estocada violenta, o chupando e apertando com a buceta. Os gritos que ela solta quando ele escorrega uma das mãos pra esfregar seu clitóris sensível, devem estar ecoando pela rua toda agora, mas ela não se importa, desesperada pra ter mais daquele cacete arrombando ela com força enquanto joga o próprio corpo para trás, encontrando cada estocada dele.
Ela fica tão perto de chegar que sente suas pernas tremerem e sua buceta o mastigar, mas é rudemente interrompida com ele a deixando vazia e usando o aperto em seus quadris pra virar seu corpo menor pra ele.
Pra onde seus olhos podem ver seu corpo marcado e quente, e a carinha de puta que ela tem enquanto abre as pernas pra ele e exibe sua buceta inchada de tanto levar a pica dele.
— Você não vai me deixar esperando, vai? — Seu tom é manhoso, mas tem um leve julgamento sobre seu namorado assistindo cada centímetro de pele exposta como se ela fosse uma imagem pra ser adorada. — Eu quero dentro.
E é tão bonito ver o rosto dele também, depois que ele para de torturar seu buraco pulsando e finalmente soca dentro dela de novo, soltando um gemido tão necessitado quanto o dela quando ele chega no fundo das paredes macias. Addie adora ver como aquele pau grosso some dentro de sua bucetinha apertada, transformando os gemidos dela em gritinhos agudos quando ela mesma dobra as pernas e as segura no ar, porque assim ele chega mais fundo. Assim ele faz ela pegar tudo.
— Baby, me deixa gozar. Você tá socando tão fundo, porra. — Bolas pesadas batendo contra sua bunda são o único som pra competir com suas súplicas, enquanto ele maceta seu ponto mais sensível. — Caralho, fode! Fode mais! Soca forte!
E não importa o tamanho do prazer que ela sente, só solta tudo quando ele diz que sim, ela pode gozar gostoso feito a putinha deliciosa que ela é. Tremendo e chorando ruidosamente pelo orgasmo mais alucinante que já teve, sentindo sua buceta vazar e molhar os lençois debaixo dela, depois de ter deixado ele encharcado também.
Leva só um segundo pra ela abrir as pernas mais uma vez, o lábio inferior preso entre os dentes enquanto esfrega o próprio clitóris, esperando ele enfiar o pau duro feito pedra nela mais uma vez. E é tão bom como ele abre sua buceta sensível de novo, socando fundo e forte sem nem deixar ela se acostumar com aquele tamanho todo sendo empurrado na xota inchada, sincronizando as estocadas com quão rápido ela esfrega seu botão sensível, abrindo a boca de prazer em um gemido sem fôlego quando goza ao redor dele de novo. Mais quente, mais molhada, mais deliciosamente satisfeita.
Ele engole seus últimos gemidos com mais um beijo, derretendo todo o corpo dela de novo, mesmo depois de fazer ela se tornar um monte de nada ao redor da rola, fazendo ela suspirar ao sentir suas mãos cobrindo seu rosto, pescoço, seios até sentir seus dedos apertando e esfregando seus mamilos rígidos. Um aviso silencioso de que ainda não acabou, mas só serve pra deixar ela com mais tesão, tão pronta pra se entregar pra ele de novo.
— Me perdoa, não era mesmo a intenção… — Addie murmura com um sorrisinho, em um tom de falsa culpa, enquanto escala o colo de seu namorado pacientemente esperando por ela, segurando sua cintura pequena com as mãos. — Eu só queria te beijar.
Acabar subindo e descendo no caralho dele era só um detalhe, que ela não se preocupa em pensar, não quando fica empalada com ele enterrado todo bem no fundo. Assim como não pensa que a luz do sol lá fora já foi embora e que passou a tarde toda dando feito uma vagabunda e mesmo assim não foi suficiente, sua buceta continua pingando faminta pela rola dele.
— Caralho, você é tão grande. Tão grande — Que ela se sente tremer de novo assim que começa a quicar, arqueando o corpo para trás, dando a visão mais bonita de seus seios pulando e sua buceta engolindo ele todo. — Só você alarga minha bucetinha assim, só você faz do jeito que eu quero.
Por isso ela monta ele com tanta vontade, gemendo tão alto, afundando naquele caralho até sentir ele começar a meter rápido nela ao segurar seu corpo quente no lugar, fazendo ela dizer tudo que ele quer que ela diga, mesmo levando uma surra de rola que leva ela à beira das lágrimas de novo.
— Eu sou só sua pra foder, sua putinha que só aceita sua rola na buceta. — O som imundo de sua bunda sendo esmurrada pelas bolas dele, é a única coisa abafando seus choramingos, enquanto ela sente todo seu corpo em colapso de novo. — Ah, caralho. Goza em mim, eu quero sua porra em mim. Baby…
Porque não tem nada mais delicioso que sentir ele leitar sua buceta e abaixar seu corpo até ela se sentar completamente em cima dele, enviando os jatos bem fundo antes de separar os corpos dos dois só pra ver tudo escorrendo da buceta dela. Mais uma estocada pra empurrar a porra de volta e é tudo que ela precisa pra gozar também.
Satisfeita, completamente derretida e tão grata por ter um namorado solícito.
— Obrigada por ter vindo, baby. — Murmura em um suspiro exausto e feliz, o puxando pra um beijo. — Você é sempre tão bom.
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madneocity-universe · 4 months
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'Cause, Hera, I'm the fucking golden goddess! Addie Pham
Nota: Feito única e exclusivamente pra narrar o dia de uma pessoa descendo, sem freio ALGUM, pro fundo do poço e pra servir de seguimento pra um jogo aí. Vocês sabem, formato "foi assim mesmo". Pode e deve ser alterado no futuro pra concordância de todas as partes envolvidas no processo, graças a Deus.
Aviso de conteúdo sensível: negligência parental, venda e compra (por menores de idade) de ilícitos, uso indevido de remédios estimulantes e injeções de cortisona (aqui, usada pra "curar" mais rapidamente lesões da personagem, mas em uso TOTALMENTE IRRESPONSÁVEL), começo (ou processo) de dependência química, reações a esses remédios todos no organismo e uma passagem leve sobre anorexia como consequência a longo prazo do uso de ilícitos. Crises de ansiedade e bullying. A personagem também mente compulsivamente nessa fase, mas não sei se chega a ser um desvio de caráter pra manter o circo dela.
Bom dia, Addie. Será que hoje vai ser um bom dia?
Com o jeito que seu corpo está doendo, mais do que nunca, ela duvida muito que vai conseguir se levantar da cama às quatro da manhã como previsto — e como ela vem fazendo desde os oito anos, quando seus pais decidiram que era hora dela começar a se comportar como alguém que quer vencer na vida e que todo o resto era irrelevante, se ela quisesse trazer honra sobre si mesma.
Mas ela sabe que isso só depende dela, e que ela é a única que pode decidir e determinar se aquele dia vai ser bom, por isso tateia a mesinha de cabeceira até encontrar a outra metade do comprimido que ela tomou no dia anterior, o pega, coloca na boca e engole sem água mesmo. Como alguém que já não tem mais medo de engasgar com remédio, e nem da onda de energia repentina que a consome minutos depois que ela o faz.
Ela não ia conseguir sair debaixo das cobertas e fazer uma skin care de 20 passos se não fosse por aquilo, nem arrumar seu cabelo todo, alinhando fio por fio, enquanto escuta um podcast de uma moça ensinando a como perder o sotaque recitando sílaba por sílaba com uma tampinha de pasta de dente presa entre os dentes; Addie sabe que não tem mais sotaque do leste asiático, mas seu pai lhe disse um dia desses que às vezes ela é asiática demais e por isso as crianças brancas não querem ser amigas dela, porque a culpa é dela, e não das crianças brancas, fazendo coisas de crianças brancas.
Já é muito difícil ter pais asiáticos fazendo coisas de pais brancos, esperando que ela entre no mesmo estado de espírito também.
— Mãe-
— Fiz um sanduíche pra você hoje.
— Isso é ótimo, mas a senhora vai-
— Eu li que ingerir fibras e vitaminas no café da manhã é muito importante, então eu espero que você coma.
— No amistoso da natação. A senhora acha que… Que… — Será possível que a primeira conversa longa das duas em um mês, vai ser sobre sua mãe olhando pra tela do notebook enquanto ela gesticula e acena buscando a atenção dela já na porta da cozinha? E se sim, esse silêncio quer dizer que ela não vai? Ah… — O comitê de pais diz que apoiar os filhos nos extracurriculares é um ato de amor e cuidado maravilhoso e encorajador.
— Vou estar lá nas competições, amistosos são feitos pra você mostrar pros seus rivais que eles não vão durar nelas depois de competirem com você. Isso, sim, é ato de amor e cuidado.
E é só o que ela vai ter naquela manhã além daquele sanduíche horroroso, então ela só aceita. Mais uma vez, é a conversa mais longa das duas em semanas. Podia ser pior. Tanto faz.
Ela não tem tempo pra isso quando chega na escola, tem coisa pra cacete pra fazer em todas as aulas enquanto balança a perna debaixo da mesa com impaciência. Ela quer responder todas as perguntas, e responde. Ela quer ser a primeira a terminar todas as atividades, e termina. Ela quer se gabar, mesmo que só um pouco, que já adiantou todos os trabalhos e leituras do próximo mês, e o faz, tanto que seus professores a usam de exemplo. Porque ela é sempre tão esforçada, tão trabalhadora e adoravelmente dedicada. Vocês deveriam ser mais como a Addie. Porque até a Addie quer ser mais como a Addie.
Mas dura só até o intervalo, que ela reserva pra tremer e chorar no último box do banheiro feminino. É a pior crise que ela já teve até hoje, e ela sabe que foi a pior, porque foi a primeira vez que ela acreditou que fosse realmente morrer de ansiedade; suou frio o caminho todo até se esconder ali, seu coração ficou tão acelerado que ela achou que fosse parar, e não importa quantas vezes ela tentou respirar ou beliscar o próprio pulso pra ficar calma, o sentimento não passava. Ela queria mandar uma mensagem para Viola, talvez ligar para Ryker, mas não queria atrapalhar as aulas da primeira, e nem preocupar seu namorado do outro lado da cidade, que não sabia daquele detalhe e nem que ela passava tanto tempo naquele estado de torpor que não conseguia comer.
Ela sabe que ele já vai fazer muito atravessando aquele caminho todo pra assistir ela no amistoso, e não quer que ele venha pra ver ela sentada no banco como se fosse uma perdedora, por isso não faz cerimônia alguma antes de injetar remédio direto na lesão que ela arranjou no tornozelo na semana anterior; dói pra cacete desde então, a treinadora diz que vai ficar ainda mais feio se ela não parar, mas nem a mulher mais velha consegue negar que ela pode nadar quando a vê cruzando o ginásio das piscinas andando sob os dois pés, sem mancar e nem reclamar.
— Você tem certeza que não quer guardar pras competições oficiais? — A mais velha pergunta mais uma vez, feito uma mãe genuinamente preocupada.
Mas Addie não se importa, nem pra ela e nem a dor controlada em seu tornozelo, sorri como se fosse só outro dia, porque na vida dela, realmente é.
— Amistosos servem pra mostrar pros nossos rivais do que nós somos capazes.
E ela não ia se dar ao luxo de não fazer aquilo, mesmo que seus pais não estivessem assistindo, ela se importava e era mais do que suficiente pra fazer e ser o seu melhor. A recompensa é o prestígio, ver que todos os seus professores foram assisti-la e torcer por ela, saber que todos aqueles adultos formados vão derramar todos os elogios do mundo escrevendo cartas de recomendação pra toda e qualquer faculdade que ela tiver interesse. A recompensa é ser a com melhor tempo e desempenho, a única entre todos os outros.
Porque a recompensa que vem quando Ryker vai vê-la e escolhe passar o resto da tarde com ela, vai muito além de fazer algo pra conseguir algo, é sobre ser escolhida — pela primeira vez na vida, ser escolhida por alguém que a considera tanto que dedica tempo só pra ela, sem ter que dar nada em troca. Sem nenhum tipo de cobrança.
Ele só quer levá-la pra passear, ouvir sobre o dia dela, adoçar sua boca com beijos e sorvete e mais beijos tranquilos e quentes no parque. Ele só quer segurar a mão dela, fazer ela rodopiar por aí e abraçá-la, mantê-la tão perto que ela consegue ouvir seu coração por cima da roupa que já tem o perfume dela misturado com o dele. Ele só quer ela, ela e ela.
E é um alívio ter algumas horas em seu dia que ela pode relaxar e não pensar em mais nada.
Ela adora visitar a casa dele, falar com a mãe dele, deixa o coração dela quente e a avó dele a faz ter ciúmes de não ter uma pra chamar de sua também. Addie gosta de ajudar no jantar, de tentar aprender palavras em coreano, conversar com os vizinhos entrando e saindo e ouvir todas as novidades do bairro depois de contar sobre o dela. Poderia dizer facilmente que é sua hora favorita do dia, ficando só atrás do momento que ele diz que precisa de ajuda com o dever, e a próxima coisa que ela sabe, é que está sendo beijada intensamente enquanto seu namorado a deita sobre a cama.
Seu momento favorito é quando ela sabe que o efeito do comprimido passou, e que a felicidade que ela sente com a cabeça apoiada em cima do peito dele, é genuína. Ela ama sentir os dedos dele acariciando suas costas nuas com carinho, depois dele deixar suas pernas bambas e sua buceta dolorida, assim como ama aquele estado delicioso de pós foda que ela está quase dormindo e que graças a ele e todo aquele calor, com toda certeza vai dormir bem e só acordar no dia seguinte. Ela esquece que não esquematizou uma mentira com Viola, mas não se importa. Ela sabe que tem aula pela manhã, mas também não liga. Ela sabe que seu carro, muito provavelmente, vai morrer para sempre se ela não o guardar em uma garagem, mas também não quer saber.
A única coisa que a faz abrir os olhos e se mexer nos braços de Ryker, é a lembrança de suas cartelas vazias: se ela ficar sem os estimulantes…
— Preciso ir pra casa — Ela sussurra perto do ouvido dele, sabendo que ele vai levar um tempo pra processar o que ela diz, por isso sai do aperto dele e das cobertas antes que ele consiga registrar. — Tenho umas coisas urgentes pra resolver.
Urgentes demais pra ela ficar e explicar, urgentes demais pra ela deixar ele levá-la e ficar com ela. Urgentes e sujas demais pra ela compartilhar com ele, também. Por isso ela não o faz.
São assuntos urgentes, são negócios urgentes, são urgências urgentes que não tem nada a ver com você. Não precisa se preocupar.
Nem ela mesma fica preocupada em se encontrar com seu novo fornecedor naquele buraco suspeitíssimo perto da NYU, já fez isso duas vezes desde que Minnie a deixou na mão, e gosta de como ele nunca pergunta e nunca fala nada antes de passar a mercadoria pra ela e pegar o dinheiro. Não que ele pareça alguém responsável e tranquilo como a Minnie, mas ainda assim, ela não para pra pensar demais: sabe que vai acabar deixando para lá se perceber que não devia comprar aquilo, principalmente as injeções prontas, na mão de qualquer pessoa.
Ela devia calcular isso sozinha, mas precisa ver Chris Seo estacionando o próprio carro perto do dela, pra perceber que aquilo não é mais tão viável assim.
— Você é patética, Addie Pham. — Ele não precisava empurrar o ombro dela daquele jeito, mas empurra mesmo assim, porque ele é um merdinha e só quer que ela saia do caminho pra resolver seus próprios assuntos com, bom, o fornecedor dos dois. — Medíocre e patética.
Mas é tarde demais. Agora ela também tem pílulas pra conseguir dormir, e ela sabe que quando jogar elas dentro da boca, vai ser menos um problema pra ter que lidar.
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madneocity-universe · 5 months
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Growing Pains: Addie Pham
Contos e fantasias. Escrevi tanto que quase passei mal. Contos e fantasias. Pode e vai ser alterado no futuro.
Contos. E. Fantasias.
Aviso de conteúdo sensível: menções superficiais a crimes de violência sexual que poderiam ter sido cometidos, menções superficiais a suicídio, uso indevido de drogas e menção a "começo" (?) de dependência química.
Minnie Xeng era a pior traficante daquela cidade e ela finalmente poderia provar.
Não importa quantas mensagens Addie lhe mande, ela não responde e nem visualiza. Não importa o quão desesperada e sinais de exclamação ela usa, duvida que a outra garota asiática tenha se ocupado a sequer olhar a barra de notificações. E mesmo quando Pham liga, liga de verdade como as pessoas dos anos 2010 faziam, ela não recebe respostas também.
Ela sabe que deveria voltar pra casa, que sair de seu carro naquele frio e enfrentar o jardim abarrotado de pessoas da casa de Tommy Howard não era coisa pra ela, mas tem essa ansiedade no fundo de seu estômago dizendo que ela não pode simplesmente voltar — para seus resumos pela metade, para suas leituras inacabadas, para seus deveres acumulados e que ela não consegue mais assimilar depois de tantas horas trancada em seu quarto estudando e aliviando a própria agenda de afazeres. Ela quer pensar que é a urgência de solucionar seus problemas que a faz trancar as portas e trombar naquelas pessoas bêbadas até a entrada da festa, mas ela sabe que a ansiedade que ela sente não é pra não ter que encarar suas responsabilidades.
É porque Minnie Xeng é a única que detém o meio pra mandar aquela sensação embora, e Addie tem medo do que pode acontecer se ela ficar mais algumas horas sem o que ela precisa. Sem o que ela necessita.
Ela vê Sony engolindo a boca da namorada de Chris assim que vira um corredor escuro, precisou olhar mais um pouco pra ter certeza que era Jung e não Seo, porque deixou seus óculos no porta-luvas e no desespero só lembrou de levar seu celular e um envelope com o dinheiro para Minnie — porque Deus a livre um dia bisbilhotarem suas transferências bancárias e descobrirem que ela paga semanalmente uma grana pra garota mais duvidosa daquele lugar —, e quando ela pensa em dar meia-volta e sair daquela situação, a porta de um dos cômodos se abre, e dela sai a irmã de Jung, Pansy, e uma garota que Addie acha que conhece de um colégio evangélico pra meninas asiáticas da comunidade perto da dela. As meninas estão manchadas de batom e tão esbaforidas quanto o casal hetero ali, e antes que ela possa ver o desenrolar do encontro inesperado, uma onda de estudantes a empurra pela festa, ficando só com a voz enfurecida e magoada de Sony por cima do barulho.
“MAS QUE PORRA VOCÊ FEZ AI DENTRO?”
Na cozinha, ela encontra Minnie com muito custo, rodeada de um grupo de meninos, os quais ela espanta com as mãos dizendo pra voltarem depois, e antes que ela possa incluir a própria Addie no grupo, a garota mais baixa segura um dos pulsos dela com delicadeza tentando chamar sua atenção.
— Você disse que ia me repassar ontem.
— Eu digo muitas coisas pra muitas pessoas, sabia?
E Minnie sabe que falhou com Addie, mas não quer admitir que foi uma cuzona e que a deixou na mão, mas uma hora sua bolsa de mercadorias estava lá, e na outra não estava mais e ela não quer admitir que foi burra suficiente pra perder dez mil dólares em narcóticos naquele lugar e que essa merda pode explodir em cima dela.
Se ela parar pra refletir, é capaz de tirar a própria vida no meio daquela sala, só pra não tomar a surra que ela sabe que vai tomar de seu vendedor.
— E agora eu vim parar na festa do doido varrido do Tommy Howard por sua causa! — Addie quer ficar puta, quer ficar brava, mas sabe que sua cara de indignação parece mais uma de birra e que ela não mete medo em ninguém, então apoia as mãos na cintura como se fosse resolver. — Eu preciso do estimulante, sabe quantos trabalhos e papéis eu preciso entregar?
— Na verdade, não. Com essas bochechinhas, jurava que você ainda tá no jardim de infância. — Xeng a provoca apertando suas bochechas, antes de erguer uma sobrancelha na direção de Pham, como se tivesse acabado de se lembrar de algo. — Mas você tem estoque pra mais um mês, você mesma disse. Tomando um comprimido por semana, não era pra ter…
— Acabado. Mas acabou. Me comprometi com mais coisas do que achei que ia dar conta e eu precisei dobrar a dose. — Addie admite de forma bem direta, tirando as mãos de Minnie de cima dela, então a cartela vazia do bolso de seu moletom grande.— Preciso de mais um daquele pacote que você me vendeu, então eu vou poder terminar esse bimes-
— Bimestre?! Mas isso é remédio pra caramba, você ia ter que tomar eles umas três vezes por semana, e dormir umas doze horas nesses sete dias, se fizer muita força. — Minnie a interrompe achando graça, jogando a mão no ar como se a outra tivesse acabado de lhe contar uma piada, o rosto se contorcendo ao perceber que, bom, pelo silêncio de Addie, aquilo foi exatamente o que ela fez. — Não. Você não ia ser tão burra assim. Você é a porra da Addie Pham, você não pode ter sido tão burra assim.
— Mas eu não posso ser a porra da Addie Pham sem os estimulantes! Eu não fiz burrice, só fiz o que tinha que fazer!
Pra conseguir ministrar as aulas de inglês na paróquia que sua avó frequentava e implorou pra ela ajudar essas senhorinhas que ainda tinham dificuldade com a língua, pra conseguir assistir todas as aulas convencionais e as que ela se meteu pra crédito extra, pra conseguir estudar pras finais e fazer todos os seus deveres de casa com antecedência e não correr o risco de ter que abrir agenda pra um teste extra nesse meio tempo. Ela precisava dos estimulantes pra levantar da cama, escovar os dentes, se maquiar e falar mandarim em casa com os pais. Ela precisava dos comprimidos pra atravessar a cidade sem dormir em cima do volante, mesmo que já estivesse esquecendo de tomar café da manhã todos os dias e o almoço ficasse na bandeja pela metade, sempre. Ela precisava daquilo pra ter um empenho melhor no coral e na equipe de natação, mesmo com Chris Seo lhe tirando a paciência e sua treinadora dizendo que ela ia acabar sendo substituída como lead, se não ganhasse todo o peso que ela perdeu nos treinos extras que ela planejava sozinha e sem autorização da nutricionista da escola.
Se ela quisesse continuar sendo essa Addie Pham que dava conta de tudo, ela precisava mais do que força de vontade, ela precisava de mais daquelas cartelas.
— Não vou vender mais pra você.
Mas era ridículo ela depender de uma maluca, ridiculamente responsável, como Minnie Xeng.
— Você não pode me deixar na mão, eu tô ocupada pra cacete!
Minnie acha graça mais uma vez, se virando pra bancada atrás dela e servindo dois copos de refrigerante quente, mantendo um pra si e oferecendo outro para Addie.
— Olha só em volta, esse bando de gente que tem a sua idade e estuda as mesmas coisas que você. — Xeng comenta, pegando o rosto de Addie, apertando suas bochechas enquanto faz mesmo ela olhar os adolescentes bêbados. — A cura pro seu problema é desocupação. Vai lá, ser uma jovem despreocupada e que não quer pensar em mais nada. Juro que vai ser tão bom quanto se drogar pra ser a rainha da pró-atividade.
Addie não gosta da palavra drogas, porque na cabeça dela, não tinha nada de errado eu se auto medicar pra conseguir fazer mais do que ela normalmente dá conta. Ela não era uma drogada, nem uma viciada, estava longe de ter uma crise de abstinência e aquela sensação ruim em seu estômago não era seu organismo pedindo mais e rápido.
Passou uma vida inteira ouvindo de seus pais que ela precisava ser sua melhor versão sempre, mesmo com sua avó dizendo que ela podia relaxar, se sentia numa espiral constante de desconforto na própria pele, como se ela não tivesse o direito de viver como as outras pessoas, como se ela tivesse uma dívida com as pessoas que tinham imigrado e se sacrificado pra dar uma vida melhor pra ela. E por mais que ela tentasse, por mais que ela se esforçasse, só conseguia quando seu coração ficava disparado e seus dedos frios e trêmulos, quando seu cérebro atropelava os próprios pensamentos pra fazer tudo acontecer. Ela só conseguia ser a porra da Addie Pham, a melhor do distrito em tudo que se propunha academicamente falando, quando ela era mais.
Sozinha, ela não era suficiente. Nem pra si mesma, que dirá pro resto do mundo.
Mas sozinha, naquele canto isolado da sala bagunçada e cheia da casa do Tommy, ela percebe que o resto do mundo não se importa com ela e que as pessoas cuidam das próprias vidas. É tudo sobre compartilhar boatos entre escolas, beber até cair, dançar na pista improvisada ao redor da mesinha de centro sem medo de ganhar um edit de meme no tiktok dos amigos cronicamente online; ser um jovem desocupado e que não tem a atenção de ninguém, ninguém além de si mesmo, consciente que festas servem pra isso.
Ela pensa que não tem a atenção de ninguém, até colocar o copo em cima de um móvel e se voltar pro outro canto da sala, encontrando uma figura que chama tanto sua atenção, mesmo de costas, que ela esquece por um segundo que está em uma festa na casa de um desconhecido.
Addie tem quase certeza que conhece aqueles ombros largos, acha que pertence a um dos garotos do time de futebol de outra escola, sabe disso porque já o viu jogar várias vezes, como a aluna exemplar que frequenta todos os eventos escolares. Reconheceria aquela postura em qualquer lugar, aqueles braços e pernas também, e diria que até sua bunda se ela quisesse admitir que já tinha o analisado mais de uma vez por aí, mas o que confirma é o perfil de seu rosto quando ele olha para o lado. O nariz bonito, os lábios gordinhos e que pareciam tão macios, os cílios mais longos que qualquer garota na idade deles morreria pra ter, e olhos intensos… Olhando pra ela de volta só um segundo depois, quando ele se vira muito rápido pra ela perceber e desviar, ficando presa — ancorada e grudada de verdade — nos olhos castanhos mais bonitos que ela já viu.
Ela já tinha visto o rosto dele antes, mas nunca desse jeito, e é por isso que ela acha que nunca vai esquecer e nem conseguir varrer aquela imagem de sua mente; como ele observa ela também, como se aquela festa não estivesse cheia de meninas de mini saia e vestidos justos e o pijama dela fosse muito mais interessante. Como sorri pra ela, a observa e analisa antes de perfurar sua alma pelos olhos mais uma vez, fazendo o corpo dela queimar e suas bochechas ficarem vermelhas também. Um momento que parece levar uma eternidade e que a tira de órbita, faz ela esquecer de seu copo e nem perceber o estranho jogando um comprimido de ácido dentro dele, faz ela pegar o mesmo copo depois pra tentar sair daquela situação da forma mais natural, se virando pra sair dali com o plástico já encostando nos lábios e sob a atenção de outra pessoa também.
Mas o que estava escrito pra acontecer naquela noite, não acontece.
Depois que o garoto a parou no meio do caminho e lhe perguntou se ela queria ir pra outro lugar com ele, ela traçou outra linha temporal no próprio destino, ao deixar aquele copo batizado em qualquer lugar e o seguir pro andar de cima da casa. Ela não fica inconsciente sem saber, ela não é ajudada pelas pessoas erradas quando desmaia e ela também não para no carro de um estranho que iria machucá-la por várias horas com outros homens. Ela não se torna vítima de um crime cruel, ela não para numa delegacia e nem fica desamparada at�� se sentir tão vazia que só vê alguma salvação acabando com tudo aquilo, por ela mesma.
Depois que o garoto da festa a beijou e a prendeu debaixo dele na cama do quarto de hóspedes, ela traçou mesmo outra linha temporal no próprio destino.
E se sente ancorada e grudada de novo, mas agora dentro dos braços dele, confortável e segura naquele abraço quente e apertado de alguém que não vai deixá-la sair daquela cama tão cedo, não depois de todas as conversas que eles já tinham tido, não depois de todas as casquinhas de sorvete que eles já tinham tomado, e não depois de todas as vezes que ele se comprometeu a esperar ela na recepção da psicóloga que ela aceitou marcar presença algumas vezes por semana. Mesmo quando ela chora e treme e começa a soluçar com todos aqueles sentimentos a atingindo depois de outra sessão reveladora, ele não a solta, só a conforta mais, principalmente quando ela abre a boca pra falar uma besteira.
— Você é a única coisa que me faz feliz e isso… Não parece justo. — Addie sussurra como se fosse um segredo, beijando o rosto dele, antes de mover uma das mãos pra secar as próprias lágrimas. — Mas você é tão bom… Você me faz tão bem… Você é o melhor e eu sei disso.
Quem mais ia aceitar ficar deitado em uma cama com ela, sem fazer absolutamente nada, só curtindo o calor um do outro enquanto música de menina tocava no fundo no notebook dela? Quem mais ia incentivar ela a procurar ajuda e se curar daquelas coisas todas? Quem mais ia apoiá-la e dar créditos sinceros pra ela, enquanto ela era incapaz de fazer isso por si mesma?
Se ele queria ficar e se importar, ela ia aceitar, porque pela primeira vez em muito tempo, ela não precisava ser a porra da Addie Pham.
Só uma garota. A garota dele.
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madneocity-universe · 10 months
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