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agentbingx · 5 months
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Manta Network (MANTA) Coin Will Be Listed on BingX Spot
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ficjoelispunk · 9 months
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The coffee of Love - Capítulo 01 - Sábado.
Avisos da fic: Bom este é o primeiro episódio, aqui não há nada além de tensão, ansiedade, e mais tensão. E lógico, nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, e brincalhão.
PRÓLOGO.
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Resumo: Mais um dia comum em sua vida, se não fosse pela presença de um homem que você nunca viu na vida, mas que alterou a química do seu cérebro em segundos. Marcus o nome dele. Você não pode evitar ser atraída como um cachorrinho por ele.
A brisa do mar mediterrâneo é seu melhor despertador. Sua cama fica posicionada num local estratégico, e quando sua janela fica aberta, a brisa fresca da manhã entra no seu quarto sem pedir licença. É bem cedo ainda, mas você gosta de fazer as coisas no seu tempo, sem pressa, então quando sentiu o vendo fresco invadindo o quarto e refrescando seu corpo, você se espreguiçou. Esticou todos os músculos o máximo que pode, sentou-se ainda na cama, o sol ainda não tinha aparecido no céu.
Se arrastou até a beirada da cama, e levantou-se preguiçosa, levantando os braços acima da cabeça, e ficando nas pontas dos pés, se espreguiçando mais uma vez. Deu pulinhos até a sua janela, ela era grande, o pé direito do seu apartamento era alto, e a janela quase batia em suas canelas, do lado de fora, tinham flores que caíram por toda a lateral dela, como se fosse uma cortina natural, com flores rosa pink. Você se encostou no vidro aberto, observou o mar, as casinhas abaixo de você e sorriu. Feliz em estar ali, naquela pontinha de pedra europeia, olhando para a imensidão do mar mediterrâneo.
“Boungiorno” um casal de senhores que passaram pela viela gritou para você.
“Boungiorno” você acenou.
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Trocou de roupa, colocou um vestido lilás de alcinha, que fazia um decote simples em seu peito, não era vulgar, mas despertava desejo em quem tivesse interesse, nos pés um Oxford batido, mas confortável. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo desleixado, alguns fios ficavam soltos na frente do seu rosto, fazendo as ondas do cabelo contornarem suas bochechas. Não se importava muito com a roupa, porque chegando na cafeteria você teria que vestir o uniforme para trabalhar.
Colocou alguns itens essenciais numa bolsa de ombro, e desceu as escadas. O caminho para a cafeteria era tranquilo, você precisava descer algumas ruas, a volta para casa sempre era mais difícil, você precisava subir, e por passar muito tempo em pé, as pernas pesavam.
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Chegando na porta do Café, você vasculhou a bolsa pela chave, abriu a porta, e entrou. Como você era apegada aquele cantinho. Olhou no relógio, 7:20 a.m. Fechou a porta atrás de você, acendeu as luzes, e foi para a área de serviço trocar de roupa.
Lorenzo, já estava lá preparando todas as delícias que vocês vendiam na cafeteria, ele arremessou um Zeppole para você, enquanto você ainda estava distraída amarrando o avental.
“Ei!” você gritou, mas conseguiu segurar a tempo, analisou a obra de arte de Lorenzo em suas mãos.
“Bongiorno” Ele falou pra você rindo, e organizando as assadeiras.
“Bongiorno” você respondeu e mordeu um pedaço da rosquinha, “hmmmm” você mastigava de olhos fechados, “Eu te amo Lorenzo” você falou ainda enquanto mastigava e ergueu o Zeppole como um troféu. Lorenzo sorriu e balançou a cabeça revirando os olhos.
Quando chegou no salão, Sr. Francesco já estava posicionado na sua mesinha, ele morava em cima da cafeteria, então era só descer as escadas e já estava pronto para o trabalho.
“Bongiorno mia bella” Ele falou te olhando por cima dos óculos, com o jornal já aberto em sua frente.
Você sorriu, “Bongiorno Sr. Fran, quais as novidades no mundo?” você perguntou enquanto já agilizava o café para ele.
“O de sempre, empresários ficando mais ricos e destruindo mais o planeta, crianças com fome, e homens fazendo coisas estúpidas de homem.”
Você se aproximou da mesa, deixando a xícara de café para ele, e mudando a página, apontando para as chamadas rápidas das matérias, “Após decepção em lançamento de livro, escritor tem reviravolta graças à bondade de um completo estranho.” Apontou para outra “Estudo internacional com pele de tilápia auxilia em cirurgia de córneas de cachorros.”
Sr. Francesco olhou para você, e sorriu, você mostrou as palmas das mãos e sorriu também. “O mundo não te merece mia bella”. Você o escutou falando enquanto você andava em direção ao balcão, sorrindo.
“Ainda existe bondade no mundo sr. Fran”
“Você vê bondade porque você é bondosa.” Ele pontuou com uma frase de efeito, como sempre.
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O dia passava como todo e qualquer dia na cafeteria, você atendia os clientes da casa, e alguns outros que estavam só de passagem, desconhecidos. Era corrido, mas sempre havia um horário da manhã que ficava mais tranquilo, você aproveitava para sentar-se no banco atrás do caixa.
Você estava lendo um livro, l’Arte Italiana de Gloria Fossi, Mattia Reiche e Marco Bussagli, com as pernas cruzadas sob os joelhos, completamente imersa naquelas imagens incríveis que você gostaria de tatuar em seu cérebro. Era incrível como alguém conseguia construir catedrais, murais, vitrais, em desenhos perfeitos, aquilo era um superpoder?
Você foi sugada para o mundo real, quando alguém bateu sobre a caixa registradora te chamando a atenção. Você levantou a cabeça, e se deparou com uma arte?! Sua boca caiu levemente, enquanto olhava para o homem em sua frente. Cabelos castanhos levemente cacheado, alto, braços definidos, musculosos, barba um pouco desleixada, mas era um charme, lábios carnudos, um olhar profundo, ligado diretamente no seu olhar, e, uma covinha que apareceu quando ele começou a sorrir para você com as sobrancelhas arqueadas, tentando entender o que você estava pensando completamente congelada encarando-o.
Você lembrou de respirar. Soltou o ar com um sorriso, enquanto balançava a cabeça, tentando organizar as ideias, você não sabia nem seu nome se ele perguntasse.
“Desculpa eu...” você inspirou o ar pela boca, enchendo os pulmões, e olhou para o livro na sua mão “me distraí” balançando o livro pra ele ver.
Ele assentiu, ainda sorrindo meio torto, o que dificultava muito a sua vida. Você nunca tinha visto aquele homem. Era certeza absoluta, porque o efeito que ele causou em você, você iria se lembrar com certeza, se já tivesse o visto.
“Arte Italiana é realmente uma distração.” Ele falou com uma das mãos no bolso, enquanto a outra ainda estava descansando em cima da caixa registradora em sua frente, ele olhou para trás, e procurando por algo. A voz rouca e grossa, fez você sentir um frio na barriga. “Então...” ele falou se inclinando para você, com as sobrancelhas arqueadas novamente.
Foi quando você se lembrou que você estava numa cafeteria, e que você era garçonete, e que ele era um cliente, e estava na sua frente, querendo fazer um pedido.
“Oh” você se endireitou no banco como em um susto, descruzando as pernas, e pulando para o chão, deixou o livro cair, “droga”, você passou as mãos no avental para ajeitar e olhou para ele “Desculpa, como posso te ajudar? Temos espresso, descaffeinato, doppio, cappuccino, Latte macchiato” foi falando enquanto entregava o cardápio para ele, “se preferir escolher um lugar para se sentar, posso anotar seu pedido quando você escolher.”
Ele ficou te olhando com um sorriso, reparando na sua ansiedade e nervosismo, mas assentiu e escolheu a mesa ao lado do Sr. Francesco. As duas mesas eram posicionadas bem no canto da cafeteria, em frente a janela que dava uma visão da rua.
Depois que ele se sentou, abriu o cardápio e passou os olhos por todo o menu. Você estava ainda respirando de forma completamente irregular, com a boca aberta, enquanto encarava o homem, um formigamento no estomago, uma ansiedade descabível.
Sem pretensão, olhou de relance para o Sr. Francesco, que estava te olhando por cima dos óculos, as sobrancelhas unidas em rugas pela testa, completamente confuso, pois nunca havia visto você agir daquela maneira. Nem você sabia o que estava acontecendo. Ele se moveu para olhar por cima dos ombros, o homem sentado de costas para ele. Olhou de novo para você, e ergueu as sobrancelhas como quem perguntava “você gostou dele?” o que te fez sorrir e balançar a cabeça, desviando o olhar. Porque dentro da sua cabeça você estava, certo, meu Deus, o que está acontecendo? Eu gostei dele? Eu gostei dele. Ele é lindo. E tem olhos lindos, e um sorriso perfeito.
“Mia bella...” Sr. Francisco te chamou, te fazendo erguer a cabeça, e notar que o homem estava pronto para fazer o pedido.
Você assentiu com a cabeça. E se direcionou a mesa dele. “Posso ajudar?” você falou meio ofegante, o que te deixou meio sem graça.
Ele sorriu, e apontou para o cardápio “Vou querer um espresso duplo, e o que seria esse Bomboloni?”
“hmmm, boa escolha, Bomboloni é como se fosse um donuts,  mas sem o furo no meio...” ele não deixou você terminar.
“Perfeito, quero um Bomboloni” ele falou olhando para você e imitando seu jeito de falar o nome do alimento.
“Ok, eu volto em um minuto com seus Bomboloni” você falou imitando o jeito dele de falar. E sorriu enquanto anotava na comanda. O que te impediu de ver a forma como ele te olhava, de cima em baixo, como se quisesse gravar sua imagem no cérebro dele, como você queria tatuar as artes italianas no seu cérebro.
Marcus nunca tinha visto uma mulher como você. Você era lindíssima, traços fortes, jeito leve de se mover, mãos bonitas, cabelo perfeito, sorriso impecável, simpática, tinha algo em você que era diferente de tudo que ele já viu. A viagem dele era para esquecer um amor. Mas ele nunca pensou que poderia ser tão rápido, aquele era o primeiro lugar que ele tinha entrado assim que saiu do hotel. Mas ele agradeceu por nada ter dado certo, e por ter entrado na primeira cafeteria, e pelos seus olhos terem sido abençoados com sua imagem.
Você foi buscar o pedido dele. E fez todo o trabalho sorrindo, feito criança. Voltou para a mesa para servi-lo, com muita concentração, você estava um pouco distraída demais essa manhã. Quando terminou de colocar todos os itens na mesa, levantou o olhar para ele. Ele já estava te olhando. Estava te estudando, os olhos cravados no seu rosto, piscando lento, passou a língua nos lábios. Tombou a cabeça de lado.
Do jeito que você se inclinou para servir o pedido dele, vocês ficavam bem próximos, Marcus conseguia sentir o cheiro do seu perfume, Frutal, fazendo com que ele quase se inclinasse para respirar você com mais atenção. Você só se deu conta da proximidade de vocês quando endireitou o corpo, e reparou nele também. Você assentiu com a cabeça, e deu um sorriso.
“Algo mais?” Você perguntou baixinho. Se demorando mais tempo do que o comum para atendê-lo.
“Sim...” ele respondeu olhando para você, como se quisesse pedir algo sem saber como. Você tombou a cabeça para o lado e ergueu a sobrancelha. Ele abriu a boca, fechou, olhou para o café o Bomboloni na frente dele, balançou a cabeça “Não, é isso mesmo. Obrigado.”
Você mordeu o canto da bochecha, os braços cruzados atrás do seu corpo, você ficou na ponta dos pés enquanto assentiu para ele, e voltou para seu posto. Nesse meio tempo, várias pessoas entraram, tomaram cafés rápidos, comprar pães, doces, e o homem ainda lá. A sua sucessora chegou, e você foi trocar de roupa, colocou seu vestido lilás, prendeu o cabelo em um coque desajeitado. E saiu.
O homem não estava mais na mesa. Você chegou perto do Sr. Fran para se despedir, “Até amanhã sr. Fran, não esqueça de fazer o pedido dos queijos por favor, e amanhã chega os frios, vou chegar mais cedo...”
“Não, mia bella, pode deixar que eu recebo, bom descanso, e cuidado na rua, qualquer coisa grite.” Ele dizia enquanto segurava sua mão.
Marcus ficou observando você, e a forma como você se comportava. Sempre tão educada e gentil com todos. Carinhosa, e cuidadosa com esse senhor.
Você tombou a cabeça com curiosidade, e ele balançou a cabeça para trás. Mas você não entendeu. Colocou a mão no ombro dele. E assentiu. Quando se virou para trás, entendeu do que ele estava falando. O homem lindíssimo por quem você se derreteu em 5 segundos de convivência, por pura carência, estava atras de vocês segurando a porta para você. Um grande cavalheiro. Você pensou enquanto passava por ele, mordendo os lábios.
“Obrigada.” Você agradeceu quando já estava na rua.
“Por nada.” Ele deu um passo ao seu lado, e você parou para olhar.
“Sabe, esse livro que você está lendo, você não acha que seria muito melhor conhecer os lugares, e as obras pessoalmente, já que você já está aqui na Itália?” Ele perguntou enquanto fazia sinal para você seguir seu caminho porque ele iria te acompanhar. Você hesitou.
Quando olhou para trás, Sr. Fran estava de pé olhando pela janela da cafeteria, o que fez você querer sair correndo dali. Você só deu passos largos, para sumir do campo de visão dele. E quando percebeu que estava em uma distância segura, voltou sua atenção para a pergunta do homem.
“Meu nome é Marcus, por falar nisso.” Ele disse virando o corpo de frente para você e dando passos de costas pra rua.
“Eu adoraria conhecer pessoalmente, mas no momento os livros me satisfazem”. Você não iria assumir que era uma quebrada para ele.
Ele olhou para o céu e balançou a cabeça indignado. “Isso é besteira!” ele soltou os braços no corpo.
Ele iria atravessar a rua de costas, e quase foi atropelado por uma vespa, mas você segurou as laterais dos braços dele, em um movimento de urgência, e puxou ele para você, impedindo o acidente.
“Pazzo!!!” o piloto buzinou e gritou depois de passar a milímetros de corpo de Marcus.
O corpo de vocês estavam um ligado ao outro. Marcus era bem mais alto que você, e grande, as costas largas, os ombros delineados. Você o puxou segurando em seus bíceps, e suas mãos não conseguiam nem chegar no meio da circunferência do braço. O cheiro dele era inebriante, e o corpo quente.
Marcus passou os braços por você e segurou seus cotovelos, as mãos grandes seguravam as costas dos seus braços também, forte, firme. Ele estava olhando para o rapaz da vespa enquanto você estava perdida nele. “O que ele disse?” ele perguntou, mas você não conseguiu responder.
Você levantou sua cabeça para olhar para ele “Você está bem?” perguntou limpando a garganta.
Ele estava empurrando você gentilmente para trás, e sua voz o fez olhar diretamente em seus olhos.
“É, estou bem.” A distância era mínima entre seus rostos, você sentiu o hálito quente dele na sua cabeça. Sua respiração ficou irregular, seu corpo começou a formigar, não conseguia entender o que estava acontecendo, mas seu corpo estava reagindo a ele.
Querendo se livrar da confusão mental e corporal que ele estava te causando, você o empurrou devagar, fazendo com seus corpos se afastassem, você olhou para o chão, abaixando a cabeça, deu mais um passo para trás, se separando dele, segurando seus braços na frente do seu corpo.
“Isso” você falou indicando para a rua, “é besteira”.
Ele riu, e concordou balançando a cabeça. “De onde você é?” Ele perguntou, te olhando com as mãos no bolso.
O cara estava realmente querendo conversar com você. Você passou a mão abaixo dos olhos, para não estragar seu rímel, e sorriu, olhando para rua.
“Desculpa não queria ser chato, nem te importunar.” Ele falou abaixando a cabeça e se afastando.
“Não, tudo bem. Não está sendo chato. Eu sou daqui, moro aqui, trabalho na cafeteria caso você tenha se esquecido, e vivo aqui.” Sua mão ajeitou sua bolsa no ombro, estava pesada por conta do seu livro que estava lá dentro.
“Você estuda arte, ou algo assim?” Ele perguntou apontando para sua bolsa, indicando o livro.
“Não...” você fez uma pausa, se envergonhando um pouco por não ter uma graduação. Mas aproveitou a oportunidade por se tratar de um desconhecido, e sem ser audaciosa completou “Mas sou pintora, eu pinto telas.”
“Ual, estou diante de uma artista.” Ele falou sorrindo. O sorriso dele era contagiante, Marcus era expansivo, caloroso, charmoso, simpático, educado.
Você apontou para seguirem o caminho. Ele te acompanhou e estendeu a mão se oferecendo para segurar sua bolsa. Como não tinha nada a ser roubado ali, você entregou.
“E você? Está de passagem? O que faz para viver?” Perguntou dando uma chance para a oportunidade.
“Eu trabalho com Arte, moro em Washington e estou de férias.” Ele disse dando de ombros.
“Com arte?” Você se virou para ele, “O que você faz? Trabalha em museu ou algo assim?” perguntou com animação.
“Algo parecido com isso...” Ele não quis aprofundar. “Então, como você mora aqui, seria muita audácia pedir para que você me ensine o que fazer nesse lugar?”.
Vocês estavam quase chegando na sua casa, você parou um pouco antes das escadas, no seu apartamento, a escada de acesso era do lado de fora. Assim separava-se a casa de baixo, com a casa de cima.
Você suspirou. “Eu não posso, vai que você é um psicopata e me sequestra para tráfico de mulheres.”
Ele sorriu, “Eu jamais faria algo do tipo, a não ser que você quisesse.”
“Então você é um psicopata?” você perguntou encenando uma cara de medo.
“Não, eu sou um cara do bem. Posso provar.” Ele disse procurando algo no bolso.
“Se você vai me oferecer dinheiro, eu juro por Deus que vou socar a sua cara. Ou se você estiver armado, eu quero avisar que também estou.” Você falou em tom de brincadeira, mas se ele oferecesse você iria ficar realmente muito ofendida.
Ele tirou uma carteira, e mostrou o distintivo do FBI. E você gargalhou, jogando o corpo pra trás.
“É isso que você usa para seduzir as mulheres?” você estava rindo muito.
“Ei, isso aqui é de verdade” Ele disse enquanto conferia o distintivo para ver se era a mesma coisa que vocês dois estavam vendo.
“Você quase foi atropelado por uma vespa a minutos atras, que tipo de agente do FBI é você?”
“O tipo que cuida do setor de Artes” ele falou balançando o corpo na última palavra para enfatizar.
Você ainda estava sorrindo, colocou a mão sobre a boca, para se controlar e balançou a cabeça para dar um certo mérito a ele. “É, faz sentido, afinal, como poderia ser perigoso né? Alguém te atingir com um pincel.”
“ha ha ha, muito engraçadinha. Para seu governo, nós combatemos quadrilhas que roubam e matam por quadros, e vários artefatos de arte raríssimos, que valem fortunas.” Ele estava palestrando, e balançando o dedo como quem dá uma bronca.
“Certo, agente. Me perdoe, você realmente é um agente que combate o crime e salva a cultura de milhares de países.” Você falou séria. Tentando segurar o sorriso e o sarcasmo.
Ele te deu um empurrãozinho leve.
“Meu trabalho também é muito importante, eu mantenho pessoas sãs e felizes com doses de cafeínas, eu entendo a responsabilidade, por isso não consigo ser sua guia.” Você indicou o caminho atrás de vocês com a mão.
“Eu sei, e isso é maravilhoso. Mas você tem a tarde livre não tem? Não custa nada, um ou dois dias me mostrar o que tem de bom nessa cidade, embora eu acredite que já tenha visto.” Ele falou com os olhos maliciosos, escurecidos.  “E, eu corro perigo nas ruas desse lugar, se não fosse por você eu estaria esmagado no chão de Positano”
O jeito que ele falou fez seu estomago gelar, era estranho pensar ou supor que ele estava se referindo a você. Seus lábios se separam, e você piscava, como se estivesse enfeitiçada. Mas, voltou a si, e fechou os olhos, balançando a cabeça, ignorando o que você supôs ser uma cantada.
Você cruzou os braços, olhou para o chão, chutou o ar, e se rendeu. “Ok, eu saio da cafeteria...”
“14:15.” Ele te interrompeu.
Você ergueu as sobrancelhas em desdém, “Muito bem, sr. Agente do FBI” você pediu para ele a bolsa que estava pendurada nos ombros dele “esteja lá esse horário, e vista algo fresco, feliz, praiano.” Você se virou para subir as escadas.
“Você acha que eu não estou com roupas adequadas?” Ele esticou a camiseta abaixo dele para olhar.
Você fez um sinal com o dedo subindo e descendo pelo corpo dele, “Só se você quiser cozinhar embaixo dessa roupa de Agente que nunca tira férias.”
“Ai.” Ele respondeu como se estivesse com dor.
“Vejo você amanhã, tente não ser atropelado por nenhuma vespa”. Você estava entrando no apartamento.
“Tão engraçadinha.”
Você passou pela porta, encostou as costas nela. Jogou a bolsa no chão. E ficou olhando pro nada, repassando aqueles minutos que passou com Marcus o agente do FBI, que trabalha com artes. O mundo é completamente maluco. Você estava com um sorriso persistente no rosto, mordiscando as peles soltas do seu lábio. Vamos ver o que pode acontecer.
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thingsiliketowatch9 · 8 months
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Louise Lombard: "Bergerac", "Capital City", "Casualty", "House of Eliott", "Mentalist", "My kingdom", "NCSI"
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manta-bae · 11 months
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Manta-Bae Masterpost
Be that bae the manta way 🌊
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Manta-baes are species of anthropomorphic manta rays! They can prevail in both aquatic and terrestrial realms. They also have a tiny cute manta-baby form!!!
It’s an open species!!! Designs are very flexible!!! Make your own manta-baes and manta-babies!!!! Join the squadron!
MANTA FACT: A group of manta rays is called a squadron!
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Links
(click on underscored text!)
Read below the cut to see traits and examples!
Manta-Bae Rules — Be kind! Make a splash!
Manta-Bae FAQ — Common questions about the species are answered here!
F2U Bases / Manta Base Database [soon] — Don’t want to draw your manta-bae from scratch? Snag free bases here! (Picrew soon when I feel like it)
Masterlist / MantaList [soon] — The species’ masterlist, or more properly named the MantaList is a place where you can find approved manta-baes! Approval is entirely optional! You can submit your manta-bae to be showcased in the MantaList by filling this form.
ToyHouse World / The Manta Bay [soon] — Join the squadron of manta-baes and submit your manta-baes here!
Discord / D’Manta Bay [soon] — Interact with the manta-bae community! Chat! Share art! Share manta-baes! Share adopts! Be silly! MANTA-MOJIS?! NO WAY!!!
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• Basic Traits
Manta-Bae
This is the form a manta-bae could poof into once they mature into an adult! You can freely adopt ANY other trait into your manta-bae character beyond the specified basics below! Go crazy with markings and colors!
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Anatomy — Manta-baes stand upright on two legs, with a human-like body structure. Their heights ranges from 100-230cm tall! Their arms are imbued within their fins, resembling the wings of a manta ray. This unique feature of theirs is called a mantle. Their mantles usually start around the sides of their head to the upper sides of their neck and diverges from their humanoid forms around their shoulder blades and armpits. They have tails that begin at the end of their mantles. On top of that, they have cephalic fins around their face or mouth and can be upright or droop downwards. Their skin has a sleek, glistening texture to aid in swimming. Nubby feet are not necessary!
Coating — A coating of slime or mucus on their skin is optional. It makes them slippery and is especially convenient for manta-baes who find themselves spending more time underwater. A manta-bae’s slime coating is much more resistant to oils than real life manta rays, so it’s fine to be touched by anyone of any skin!
MANTA FACT: The mucus coating in real life manta rays protects them by repelling bacteria. Oils from your hand could harm this mucous coating and make the manta rays more susceptible to infections or the rapid peeling of skin. So, hands off the rays!
Manta-Baby
All manta-baes have a manta-baby form but not all manta-babies have a manta-bae form. This is the form manta-baes assume before maturity. Basically a mini manta-bae. When mature, they can choose to poof into this form whenever they feel like it. You can freely adopt ANY other trait into your manta-baby character beyond the specified basics below! Go crazy with markings and colors!
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Anatomy — Manta-babies, as the name suggests, is a manta-bae in baby form. I personally call it the pancake form. These forms resemble real-life manta rays but are more reminiscent of plushie manta rays than their actual living counterparts. Their disc length (this refers to the length between their mouth and the base of their tail) ranges from 10-30cm.
MANTA FACT: Rays in real life can range from 60cm (Mobula diabolis) to 700cm (Manta birostris) wide. Big girls!!!
Coating — All manta-babies possess a coating of slime in this form whether or not their manta-bae forms have it too or not.
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• Example Manta-Baes
I present to you, the first manta-bae and debatably the species’ mascot: Nautica (they/she)!
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By @anonymocha /// You can ask them silly questions or just ask stuff about the species here! I am well aware about how they look like a rabbid.
Lemon (they/them)
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By @skal98k /// “THEY ARE THERE” -Skal
Eva (she/her) :3
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By @anonymocha /// She is an established character who I turned into a manta-bae.
More will be added soon once I return to the sea to catch them :3
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Thanks for reading! 🌊 Have a question or just want to chat? Contact me at @anonymocha here or Discord! You can also ask Nautica!
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get-whumped · 6 years
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submission from @mummychar
Wondering could you post this please,
So what is everyones most favourite whump scene/episode?
I have soooooo many!! But ones I I quite liked scorpion season 1 episode 22 the Walter whump 😍 and the mentalist season 1 episode 16, collapsing after standing up, there was a scene he crashed his own car was in lots of pain and was comfortered my being sshed! but gutted how short lived these was, so that share your favs XXX
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Those are really good ones! Some of my all-time faves are:
Psych 4x9 “Shot takes a Shot in the Dark” when Shawn is running through the woods and thinks he has finally found some help but that’s not exactly what happens 
Hawaii Five-0 5x7 “Ina Paha” basically the whole thing with McGarrett being drugged and interrogated (have I mentioned how much I love when characters get drugged?)
Limitless 1x1 “Pilot” when Brian is shot and going through withdrawal and tries to stitch himself up
I could go on forever because there’s a million from Criminal Minds and Merlin and Supernatural but those are a couple that I really like. What about y’all? 
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ficjoelispunk · 9 months
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The Coffee of Love - Capítulo 03 - Segunda-Feira. (+18)
Avisos da fic: Descrições históricas de Positano e Amalfi, descrições de lugares e cultura. Nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, brincalhão e sedutor. Tensão sexual. Masturbação. álcool. Acho que nada mais.
Capítulo 01 - Sábado.
Capítulo 02 - Domingo.
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Resumo: A conexão entre você e Marcus é algo difícil de mensurar, complicado de explicar. Seu cérebro diz uma coisa, e seu corpo grita outra completamente diferente. Existe uma confusão em você. E o tempo não vai parar para você decidir o que fazer.
Antes mesmo de você abrir os olhos a dor de cabeça fazia um zunido dolorido no seu cérebro. A ressaca de tantos Limoncellos tinha tomado conta do seu corpo, e como uma boa adulta você era incapaz de mover um musculo do seu corpo. Você tinha certeza de que demoraria três dias para se recuperar dessa ressaca horrorosa. Você gemeu na cama, e contorceu o rosto. “Escolhas ruins” você pensou enquanto esfregava a palma das mãos nos olhos.
Você estucou o braço em direção a mesa de cabeceira, para alcançar o celular, e ligar para Sr. Fran, e avisar que hoje não iria conseguir ir à cafeteria. “Irresponsável” você se culpou. Passou a mão pelos objetos da mesinha, e ainda de olhos fechados encontrou o celular, suspirou antes de abrir os olhos, e a claridade do dia, te fez ter forças para abrir apenas um olho.
Conseguiu discar o número, tentou disfarçar a voz de esbornia e recém acordada, enquanto falava com o Sr. Fran, que apesar de o mais próximo de família que você sentisse que ele era para você, ainda era seu chefe. Ele não se importou, e te tranquilizou o máximo que pode, por você não ir hoje. Afinal, era sua folga, certo? Certo.
Você ficou deitada por mais um tempo, esperando o seu corpo se acostumar com o fato de que você estava com o álcool em seu organismo ainda. E enquanto você olhava para o teto, e esticava seu corpo inteiro em uma espreguiçada que quase te causou cãibras nas pernas, você parou subitamente, e até a sua respiração ficou pausada.
O beijo. A lembrança do beijo que rolou entre você e Marcus te fez sentir um arrepio na espinha. “Oh, Deus!” você tombou a cabeça de lado, ainda olhando para o teto, e deu um leve sorriso. Porque cara, aquele beijo foi realmente bom. Marcus tinha algo, um charme, uma química que deixava o ar difícil de ser respirado, um toque que fazia seu corpo querer mais e mais..., e ele era um homem muito bonito, aqueles olhos castanhos que fixam nos seus olhos, o contato visual que ele faz com você, a forma como ele é cuidadoso, engraçado, gentil...
Como aquele homem foi entrar naquela cafeteria? Você é romântica demais, para não pensar que só poderia ser o destino. Era fácil fazer uma auto análise e perceber que ninguém fazia você se sentir da forma como aquele estranho fazia. Você se sentou na cama, e continuou pensando nele. No dia que vocês tiveram ontem. Nos olhares que vocês trocaram. Na forma como ele olhava para as coisas que você gostava e o jeito que era bom vê-lo apreciando tudo aquilo também. Uma combinação tácita.
Você se esforçou para gravar cada detalhe, o som da risada dele, o jeito dele andar, como ele passava os dedos sob a barba, a forma que ele coçava o queixo, o sorriso, o cheiro, o timbre da voz, você queria guardar essa arte que era Marcus Pike. Porque ele iria embora em breve, e se você pudesse fazer algo por você, seria aproveitá-lo. E não esperar nada em troca. Tentar programar seu coração para saber que aquilo era bom, mas finito.
Quando você se levantou, cambaleou um pouco, ainda meio tonta. Sorriu com sua jovialidade de acordar bêbada em uma segunda-feira. Café! Era o que você precisava para começar esse dia. Enquanto você preparava o café solúvel de procedência duvidosa para que sua manhã se iniciasse, você amaldiçoou você mesma quando deu o primeiro gole. Como você tomava café todos os dias na cafeteria, achava que poderia economizar com isso em casa, mas hoje você se arrependeu, e não tinha plano nenhum de sair do apartamento. Ia organizar algumas coisas, e focar nos trabalhos com as telas que você tinha deixado de lado nos últimos dias. Precisava realinhar os chakras, e isso só era possível derramando um pouco de tinta na tela branca.
Seu uniforme de pintura era um clássico. Você prendeu o cabelo em um coque alto, mas seus cabelos novos caiam na lateral do seu rosto, fazendo um penteado despojado. Camiseta branca, e uma jardineira jeans, já toda suja de tinta óleo, deixam registrada a história de todas as outras telas que você já havia produzido. Você abriu as janelas do apartamento para que o ar corresse dentro do espaço, e você conseguisse sentir o mediterrâneo entrando dentro do seu corpo através do oxigênio, e preenchendo seus sentidos com a maresia italiana.
Arrastou o cavalete para a janela que tinha vista para o mar, e agradeceu silenciosamente sr. Fran por ter te ajudado a conseguir alugar esse lugar, com essa vista privilegiada. Separou os pincéis, limpou a espátula, deixou a paleta separada ao lado. Puxou o banquinho, colocou o rádio antigo que já era do seu apartamento quando chegou, no chão perto do seu pé, e deu play, você sempre deixava sintonizada em uma rádio que tocava músicas italianas instrumentais, nesse momento tocava O Sole Mio de Jack Jazzro, você sorriu, amava o clichê, e se sentou no banco com o pedaço de carvão nas mãos para iniciar um desenho.
A tela branca olhou para você, você olhou para a tela branca, e foi como se sua mente projetasse no branco da tela a imagem que você iria desenhar. Seu cérebro muito sábio em contato com seu coração apaixonado, comandaram suas mãos para que você reproduzisse o lugar onde você levou Marcus para tomar sorbetto, depois que saíram da Chiesa di Santa Maria Assunta.
Bem em frente à barraca de sorvetes, do outro lado da rua, a mágica que Positano proporciona em relação à vista - já que a cidade é construída sobre um paredão de pedra -, é que você sempre consegue ter visões privilegiadas, e a maior parte da cidade parece mirantes de frente para a imensidão do mar. As casinhas coloridas pontuando cada espaço vazio entre o mar e a rocha em terra firme. Naquele cantinho da calçada, onde a mesinha com as cadeiras que vocês se sentaram, a vista era ímpar.
E com certeza a companhia de Marcus, tornou aquele cantinho memorável. Enquanto você desenhava, você viajava para o ontem, lembrou que mesmo sentada olhando o mar, você sentia os olhos de Marcus em você, o sentimento gelado no estomago tomando conta de você, o nervosismo, e o leve desconforto de alguém te olhando por tanto tempo tomando conta do seu ser. Era difícil alguém olhar para você, não superficialmente. Mas Marcus te olhava, parecia que queria ver sua alma. O homem era intenso. Você sorriu.
Você se afastava um pouco para olhar de longe a tela, cerrava os olhos, analisando minuciosamente o retrato que você reproduzia do local, não queria deixar escapar nada, nenhum detalhe. Mentalmente ia construindo as cores do desenho para depois se lembrar quando fosse passar a tinta sobre os contornos. Inclinava a cabeça numa tentativa de recalibrar o cérebro para que ele coordenasse suas mãos precisamente em cada linha que você traçava.
Esse momento era sua terapia. Nada no mundo podia te deixar tão a vontade como uma tela em branco para você expressar seus sentimentos. Suas memórias. Seus momentos. Despejar todo o amor, o ódio, a felicidade e a tristeza em cima de um retângulo branco, te trazia paz. Você fez uma pequena pausa olhando para a janela que estava na sua frente. Colocou os pés no banco e abraçou seus joelhos. Imersa na música e na sensação de estar ali. Fazendo o que você ama. E sendo abençoada com as cores da Itália. Como era mágico.
O barulho da campainha te assustou, e num movimento desajeitado, saltou do banquinho, esbarrando no cavalete, e quase derrubando tudo no chão. Mais do que de pressa, você segurou a tela, e ajeitou o cavalete. Ficou confusa. Talvez aquela fosse a primeira, se não a única vez que sua companhia tocou. Você tinha campainha? Nem sabia disso também. Olhou o relógio, era menos que o meio da manhã. Você demorou um pouco para voltar ao mundo real, sua bolha tinha sido muito bem construída, enquanto estava desenhando. Olhou para os lados, e caminhou até a janela ao lado da porta, para olhar quem havia tocado sua campainha.
Quando você se debruçou no parapeito da janela, depois dos olhos se acostumarem com a claridade ofuscante la fora, seu rosto já tinha sido tomado pelo sorriso aberto. Marcus estava parado no primeiro degrau da escada. Você balançou a cabeça sorrindo. Ele estava com uma camiseta branca de algodão, shorts de tactel para praia, e chinelos. O óculos pendurado na gola da camiseta. Perfeitamente lindo, simples e incrivelmente lindo. Como era possível?
“Você não foi trabalhar hoje” Marcus perguntou, sem realmente perguntar. Ele se encostava na parede com um pé na escada e outro na calçada olhando para você. As mãos fazendo sombra no rosto, enquanto olhava para cima para te ver.
Como ele sabia? Ele tinha ido te procurar? Seria legal se tivesse ido. Já que na noite anterior ele foi embora sem combinar um outro encontro entre vocês.
“Hoje é minha folga” você respondeu se inclinando um pouco na janela. “Você não consegue ficar longe de mim mais, não é mesmo?” suas sobrancelhas arqueadas, num tom arrogante e convencido, brincalhão.
Ele inclinou a cabeça de lado, arqueou os lábios, ergueu as sobrancelhas e deu de ombros “É inevitável… principalmente quando você é a única pessoa que eu conheço nessa cidade” ele balançou a cabeça ainda mais arrogante que você.
Você segurou a beirada da janela com as mãos e arqueou para trás rindo. Marcus não conseguiu te ver rindo, seu corpo ficou escondido dentro da janela.
“E eu pensei que você precisaria disso” Ele tirou do bolso aspirinas.
Você voltou a se inclinar sobre a janela, para ver o que ele mostrava, “Hmmmm, muito esperto.” Você assentiu.
“Porque eu precisei hoje de manhã” ele sorriu um pouco, e subiu mais um degrau. “Eu comprei um passeio de barco hoje.”
“Olha só para você! Todo independente. Que orgulho. Eu fui tão ruim ontem que você decidiu me dispensar na primeira oportunidade?” você fez um drama, e um beicinho se formou no seu rosto.
Marcus sorriu, “Pois é, eu comprei o passeio, mas acidentalmente eu errei nos cálculos, e comprei dois lugares” ele tirou dois tickets do bolso e segurou como cartas abertas nos dedos, na altura do rosto para que você visse.
Você franziu a testa, jogou a cabeça para trás. Passou o polegar e o indicador sobre seus olhos, e se debruçou na janela novamente, balançando a cabeça com um sorriso sem graça.
“O que você me diz?” Marcus subiu o terceiro degrau. E bateu os dois bilhetes na palma da outra mão. Analisando seu rosto enquanto esperava uma resposta.
Você mordeu a bochecha. “Marcus...”
“Não tem devolução, é inaceitável que você não venha comigo.” Ele te interrompeu, olhando para você com os olhos castanhos mais lindos que você já viu. Os braços abertos em volta do corpo.
Você mordeu os lábios. “É muito caro, eu não tenho como te pagar. Sinto muito, não posso aceitar.” Você encostou sua bochecha em seu ombro, e se encolheu agarrando seus braços um no outro.
Marcus subiu mais três degraus de uma vez. “É um presente, você não precisa pagar. Além do mais eu não confio em nenhum outro guia turístico fiel a arte e a história com tanta devoção como você.” Marcus parecia uma criança que queria convencer os pais a ganhar um presente. Os olhinhos brilhantes e implorando por um sim. “É um favor a Positano que você fará vindo me acompanhar…” ele apelou.
Você se afastou da janela, e abriu a porta.
Marcus tombou a cabeça de lado, para te observar. “Você ta passando por uma reforma ou algo assim?”
Você revirou os olhos. “Algo do tipo.” Gesticulou para ele terminar de subir as escadas, “Vou precisar trocar de roupa, entra aqui.”
Ele subiu correndo os últimos degraus, você segurou a porta para ele entrar. Era a primeira vez que alguém entrava no seu apartamento, desde quando você mudou. Não se sentia confortável em ter outras pessoas no seu ambiente. Era algo íntimo para você. Ali você podia ser quem você quisesse ser. Suas coisas nos seus lugares. Toda a sua arte ali uma em cima da outra. Não precisava se preocupar com que horas a visita iria embora. Ou com organizar a bagunça de uma festa. Você gostava de ser só você. Você amava estar presa no seu próprio mundo. Era meio individualista, mas foda-se.
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Quando Marcus entrou no seu apartamento, ele deu três passos largos para dentro e ficou parado no meio do corredor. Você fechou a porta atrás de vocês. E ficou atrás dele encostada na porta observando.
Marcus nunca tinha visto tantas telas reunidas em um só lugar, a menos que fosse um museu, ou um assalto. Eram tantas que, estavam sob o chão apoiadas na parede. E faziam uma fila de três, quatro delas uma na frente das outras. Ele deu mais passo, e você acompanhou se desencostando da porta. Você se inclinou para o lado, buscando o rosto dele, queria ver a expressão no rosto dele. Mas quando você se virou para a esquerda, ele se virou para a direita. E quando você se inclinou para a direita, ele se virou para a esquerda.
Você se lembrou dele dentro da Chiesa ontem, os movimentos eram os mesmos. Curiosos. Você andou até ele, e segurou os braços dele, virando-o de frente para você.
“Marcus?” Seus olhos estudaram a expressão dele. Ele parecia encantado. Os lábios estavam levemente separados, em surpresa. E um leve sorriso era construído, assim que os olhos dele encontraram os seus.
Ele levantou o indicador, apontando em círculos para as suas telas.
“Você fez tudo isso?”
Você mordeu o canto da boca, e assentiu.
“Posso?” Ele perguntou, pedindo permissão para seguir para o outro cômodo, o que você estava antes dele chegar.
Você assentiu. “Vou trocar de roupa, fica a vontade.” Você saiu indo para o final do corredor.
Esse cômodo era como se fosse seu ateliê, ele imaginou. Você havia dito a ele que era artista, mas ele nunca iria imaginar isso que estava diante dos olhos dele. Todo o apartamento era o seu ateliê. Mas esse cômodo em específico, era destinado para isso. Marcus foi andando por entre os cavaletes, alguns com telas prontas, e outros esperando para serem finalizadas.
Tinha uma mesa comprida, cheia de materiais que você usava para pintar, telas e tecidos. Tintas, vários frascos de vidro, com uma infinidade de pinceis, de diferentes tamanhos, cores e cortes. Muitos papeis, alguns com desenhos, esboços e outros em branco. Tintas. Uma infinidade de tintas, cores e tipos. Óleos. Solventes. Espátulas. Grampeadores. Madeiras. Eram muitas coisas.
Estantes com muitos livros de arte, de diferentes países, diferentes gêneros, diferentes artistas. O pé direito do seu apartamento era bem alto, então a luz natural deixava o lugar tão iluminado, fresco e pacífico. Você havia começado a pintar uma das paredes, o mar, as ondas levemente se formando, algo tão detalhado, Marcus podia sentir o vento do mar, enquanto olhava para aquelas ondas que você reproduziu de forma tão realista que se ele tocasse, podia achar que molharia as mãos. Os tons de azul perfeitamente sobrepostos. Trazendo uma luminosidade realística a cada ponto da água.
Marcus estava tão imerso em toda a sua arte, que só então ele percebeu o som vindo de um radio antigo no chão, ao lado de um cavalete próximo a janela. Ele caminhou até o cavalete, sorriu para a música italiana ambiente, e observou o desenho que você estava começando a fazer.
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Você tentou reunir o máximo de itens importantes para um passeio de barco, na sua maior bolsa. Mas você não fazia ideia do que levar. Então só tentou reunir o máximo de coisas essenciais como protetor solar, canga, toalha, óculos, boné, celular e carteira. Jogou tudo la dentro. E foi atrás de um biquini. Queria encontrar um que fosse bonito, mas que não chamasse muito atenção. Um que fizesse Marcus olhar para você e te achar bonita. Mas que não o fizesse pensar que você estava se exibindo. Certo, não tenho roupa. Não havia nada que fosse bom o suficiente.
Você se sentou na cama e soltou o ar pela boca. Colocou as mãos no cabelo, coçando seu couro cabeludo. Estava nervosa. Balançou a cabeça revirando os olhos. Qualquer um vai servir, foda-se. Vestiu um conjunto de biquini de top branco com pequenas borboletas azul marinho, a calcinha era da mesma estampa, um pouco mais cavada, mas era fofo. Não era sensual, era um biquini. Vestiu por cima um vestido de ilhós branco com as alças de amarrar no ombro, e um babado na bainha, ele era curto, um pouco acima dos joelhos, com um decote em V profundo nas costas.  
Calçou um chinelo de dedo colorido. Pegou um chapéu de praia que estava pendurado no cabideiro, a bolsa com as coisas. Tentou se arrumar o mais rápido que pode, e correu de volta para a sala. Marcus estava na sala de estar, que você deu lugar ao seu ateliê improvisado. Ele estava parado olhando o desenho que você estava fazendo antes dele tocar a campainha. Ele escutou você entrar na sala.
“Esse é o lugar que ficamos sentados ontem antes de entrarmos no bar...” ele perguntou, sem perguntar. Sem olhar para você, ainda com os olhos fixos na tela.
“Uhum” você caminhou até o lado dele, com os braços nas suas costas, segurando sua bolsa e seu chapéu atrás de você. Se posicionando ao lado de Marcus, que continuava olhando para o seu desenho. Você olhando para ele.
“Isso é lindo demais.” Ele apontou para a tela com o desenho. E se virou para você, mas olhando para o ambiente, e todas as suas telas. “Isso tudo é lindo demais.”
Voce olhou por cima dos seus ombros para ter a mesma perspectiva do que ele estava olhando. E sorriu sem graça, olhando para o chão.
Marcus gentilmente levantou seu queixo para que você olhasse para ele.
“Como essa beleza toda pode estar escondida aqui?” os olhos dele eram de curiosidade e admiração.
Você sentiu o calor colorindo suas bochechas. E sorriu, se virando para caminhar até a porta. “Vamos?”
Marcus girou mais umas duas vezes na sua sala, antes de caminhar para a saída. E passar pela porta. Você coçou a cabeça enquanto esperava que ele saísse. Foi a primeira vez que alguém teve contato com todo o seu material, suas obras. Você nem sabe o que Marcus viu, porque estava dentro do quarto preocupada com qual biquini usar. Foi uma sensação diferente. Você se sentiu exposta. Vulnerável.
Antes de terminar os degraus, Marcus se virou para te olhar, você estava a uns dois degraus atrás dele, o movimento dele, fez você parar. Ele estendeu a mão para você.
“Oi.” Ele sorriu enquanto te olhava. “Você está linda.”
Você tombou a cabeça, e tentou segurar o sorriso mordendo os lábios. “Obrigada.” Você segurou a mão dele, ele te puxou e beijou sua testa. Ele era impossível de não se apaixonar.
No caminho, Marcus mostrou para você os tickets do passeio que ele havia comprado, e vocês discutiram a melhor forma de irem para Amalfi, uma cidade vizinha da costa de Positano, o barco sairia de lá. O passeio duraria umas 4 horas, e vocês sairiam a tarde, depois do almoço. Então você sugeriu saírem de ônibus, o horário que vocês estavam, teria saída de um ônibus as 10:20, então poderiam chegar em Amalfi umas 11 horas, e ainda daria tempo de conhecer algo por lá, almoçar e ir para o passeio.
Marcus te acompanhou pelo trajeto até o ponto de saída do ônibus, ele foi tirando fotos pelo caminho, se encantando com a cidade. A viagem de Positano até Amalfi dura 40 minutos. Vocês se sentaram no ônibus, e foram apreciando a paisagem, lindíssima por sinal, árvores por todo o caminho. Ele perguntou se você tinha música no seu celular, e vocês dividiram o fone para ouvirem a mesma estação de rádio que tocava no radio da sua casa. Vocês foram o caminho todo com os braços entrelaçados, e as mãos dadas descansando sobre a perna de Marcus. O outro braço dele rodeando você sobre seus ombros, sua cabeça encostada no ombro dele, e as costas encostada em no peito largo dele, ambos olhando para a janela.
A última parada do ônibus em Amalfi, deixavam vocês bem próximo da Cattedrale di Sant’Andrea. Você sugeriu a ele que fossem até lá, antes de procurarem um lugar para almoçarem.
“Confio na minha guia.”
Ele direcionou a mão para as suas costas, e te acompanhou o caminho todo, conectado a você tocando a pele nua da suas costas, pelo decote do seu vestido. Era um deleite sentir as mãos de Marcus em você. Desde que vocês saíram da sua casa, de alguma forma vocês estão conectados. Ele nunca deixou de estar tocando em você. Te trazia um carinho e segurança.
Até agora ele não falou sobre o beijo de ontem. E nem você. Estava apenas vivendo o momento. Caminharam até a Cattedrale, e vocês dois concluíram que a beleza dela, é diferente da Chiesa, a Cattedrale é muito mais elaborada, é uma catedral árabe-normanda, ela é toda ornamentada, por qualquer lugar que você olhe há desenhos e formas esculpidos nas paredes, nos pilares, o teto é todo trabalhado, e pintado com diversas imagens que remete a diferentes momentos da história, as cores e o ambiente trás um ar de riqueza, a fachada bizantina é a marca registrada, tem sua beleza diferente da igreja em Positano, afinal é uma catedral.
Depois de um passeio razoavelmente rápido, vocês desceram as longas escadas da Cattedale, e Marcus insistiu que gostaria de almoçar em um restaurante indicado pelos amigos, Marina Grande. Você tentou negociar, sabia que era um restaurante chique, refinado e caro. Não queria ficar gastando um dinheiro que nem era seu. Porque sabia também que não tinha como pagar aquilo, mas Marcus era inegociável. E lá estavam vocês dois sentados no terraço do restaurante beira-mar.
“Posso te fazer uma pergunta?” Marcus falou atrás do menu, enquanto olhava as opções de almoço.
“Sempre.” Você olhava o mar, e brincava com um guardanapo, decidiu que pediria o mesmo que Marcus pedisse para ele, assim, ficaria tudo na mesma faixa de preço.
“Onde você aprendeu a pintar?”
Você hesitou, não sabia se queria entrar nesse assunto.
“Aprendi sozinha.”
Marcus ainda não olhava para você.
“Você sempre pintou?”
“Uhum, é algo que eu sempre gostei.” Seus olhos estavam perdidos na imensidão azul.
Marcus fez um gesto com a mão, e chamou o garçom, fez o pedido, e você ajudou na pronúncia dos nomes dos pratos.
“E por que você está aqui? Por que escolheu Positano? E não um lugar onde poderia te trazer mais possibilidades? Quero dizer, você está na Europa, poderia estar em Londres, onde tem várias escolas de artes, ou em Milano, já que escolheu a Itália...”. Agora ele falava enquanto olhava para você, você sentiu os olhos dele em você.
Você sorriu ironicamente enquanto ele dava as possibilidades impossíveis para você, suas mãos inquietas começaram a beliscar o canto das suas unhas. Não queria reconhecer a ele que você era um fracasso. Um caso perdido, e que no mínimo sua fama e reconhecimento viriam depois que você já estivesse morta. Como tantos outros artistas mundialmente conhecidos. Não queria explicar para ele que você não tinha dinheiro, e parou onde razoavelmente você conseguiu se estabelecer com muita sorte, e muita ajuda e compaixão de um senhor que nunca viu na vida.
Marcus era um agende federal. Ele tinha uma carreira. Reconhecimento. E por toda generosidade que ele estava tendo com você, certamente ganhava muito bem. Você não queria demonstrar essa vulnerabilidade a ele. Fazer parecer que você era alguém que precisava ser cuidada ou sustentada. Por mais que fosse ótima a ideia. Você jamais se colocaria nesse cenário. Você sempre trabalhou, e lutou pelas coisas que quis. E mesmo assim não conseguiu sair do lugar. Estava presa em uma cidade linda, que você amava, longe de tudo, para afastar a dor do fracasso. E não era ali que você reconheceria isso para ele.
“Você sabia que Amalfi é o epicentro da Costa Amalfitana, aqui é um dos pontos mais importantes de todo o litoral do Golfo de Salerno.”
Marcus deixou cair a cabeça para baixo sobre os braços que estavam cruzados sob a mesa e balançou a cabeça entendendo que você estava fugindo do assunto, e da resposta.
“Você já pensou em expor seus quadros em alguma galeria? Não sei se você tem intenção apenas de expor, mas eu tenho certeza de que choveria compradores...”
Você suspirou, e seus pés começaram a balançar. Seu corpo reprovando completamente o assunto. Você não tem tempo e nem dinheiro suficiente para visitar galerias de artes, e escolher uma que fosse apropriada para o seu tipo de obra. Como você visualizaria suas obras expostas, se você nem conseguiria visitar sua própria exposição. Você não possuía nenhum contato, não conseguiria nem mesmo iniciar um networking, para que alguém abrisse as portas para você. Não tinha contato com ninguém desse universo.
Fracasso. Fallimento! Era esse o único caminho que você estava fadada. A conversa, o vento do mar, o som ambiente. Tudo estava tornando sua respiração difícil. Um zunido na sua cabeça. Você se endireitou na cadeira.
Voce passou anos pensando no que poderia fazer, quais eram suas opções. E em todas as possibilidades, você entrava em um labirinto que levava a um único caminho.
“O que vamos fazer no passeio? Você sabe a programação?” Você perguntou.
Marcus soltou um ar pelo nariz, e esticou a mão sobre a mesa para que você cedesse sua mão para ele segurar. Você olhou o gesto, e suspirou fundo porque sabia que ele não desistiria do assunto, e você estava prestes a explodir. Não havia nada mais dolorido do que expor sua ferida, você sabia tudo que deveria fazer, tudo que poderia fazer, e sobretudo sabia melhor ainda, o que não conseguia fazer. E isso te deixava frustrada, e decepcionada consigo, e com a sua vida.
Mas você cedeu a sua mão para ele. Ele acariciou a pele da sua mão com o polegar. E colocou a outra mão livre em cima das mãos de vocês dois unidas.
“Olhe para mim” Ele pediu. De fato, você não olhava para ele desde que entraram nesse restaurante caro.
Você suspirou, e percebeu que era difícil não fazer o que ele pedia.
Marcus olhou fundo nos seus olhos. “Minha querida, você é muito talentosa...” você sorriu ironicamente, desviou o olhar, e tentou puxar sua mão. Mas ele segurou. “Olhe para mim” ele pediu mais uma vez, se inclinando sobre a mesa, para estar mais próximo de você. “Eu nunca vi tanta beleza reunida em um só lugar. A sua pintura parece uma foto, que parece a imagem real, parece que eu poderia entrar dentro da sua tela, e estar no lugar que você pintou.” Ele falava como se fosse uma súplica. “É um pecado, um crime, ter tudo aquilo ali, só para você, e não abençoar os olhos do mundo, com suas obras.”
Seu coração apertou. E você sentiu a ponta do seu nariz arder, seus olhos encherem de lágrimas. Você desviou o olhar dele. Ninguém nunca tinha falado algo sobre seu trabalho, da forma como Marcus falou. Ele entendia de arte tanto quanto você. Ele era um apreciador. Era o trabalho dele.
Era difícil saber que você poderia ter muita coisa se tivesse uma oportunidade. Mas não tem nada, e nem se quer sabe se um dia teria.
Vocês foram interrompidos pelo garçom, que trouxe os pratos de vocês. Marcus não soltou sua mão, apenas se ajeitou na mesa, para dar espaço ao garçom. E você aproveitou a distração para limpar as lagrimas que escaparam dos seus olhos.
Quando o garçom saiu, você aproveitou a deixa para que o assunto fosse perdido.
“Está com uma cara ótima, estou faminta.” Você disse olhando para o prato.
Marcus sorriu, e liberou sua mão, para que você pudesse alcançar os talheres. E então você começou a comer. Sentiu que ele te olhava por um tempo, antes de mexer na comida dele. Mas ignorou. Não queria dar continuidade aquele assunto.
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Marcus não conseguia por um momento esquecer as obras que conseguiu ver em seu apartamento. As imagens dançavam em sua cabeça. Ele estava extasiado. O caminho todo para Amalfi, ele só conseguia pensar em como você era a melhor artista que ele já tinha vista em todos esses tempos. Ele segurava suas mãos como um presente. Acariciava seus dedos com devoção.Só não conseguia entender o porquê de você estar aqui. Nessa pontinha de mar. Sendo que você deveria estar viajando o mundo e mostrando sua arte para os quatro cantos desse planeta.
Ele não conseguiu se concentrar em muita coisa. A catedral que vocês visitaram era lindíssima, mas ele só conseguia pensar nos quadros. Os que ele não conseguiu ver. Os que estavam atrás das telas empilhadas umas nas outras. Onde você aprendeu a pintar? Onde você estou? Quais eram seus objetivos? O que você já tinha tentado? Onde você queria ir?
Ele precisava dessas respostas, e ele poderia ajudá-la. Ele tem contatos em todo o mundo. Batava uma ligação. Um e-mail com fotos. E você seria conhecida por toda a indústria da arte. A quantidade de material que você possuía apenas no seu apartamento, era o suficiente para fazer duas exposições. Ele estava inquieto. Ansioso.
Durante o almoço, ele não conseguia entender o porquê de você fugir das perguntas dele. E era visível sua sensibilidade com o assunto. Nesses dois dias anteriores, ele não vislumbrou nenhum desses sentimentos pelo seu lindo rosto. E ele não queria pressioná-la mais. Era seu espaço, seus limites. Mas ele queria poder ajudar. Você não poderia estar escondida aqui. Você precisava brilhar.
Ver você com os olhos marejados após elogiar seu trabalho, mexeu com seu coração. Ele precisava que você fosse devidamente reconhecida. Jamais havia conhecido alguém como você. Você era algo cheio de dualidades. Uma beleza que doía os olhos. A pele tão macia que poderia cortar. Os cabelos tão rebeldes, que comportavam seu rosto. Os olhos tão doces e inocentes, que contrastavam seus lábios tão sensuais e cheio de luxuria. O sorriso era tão largo e sincero, que fazia esquecer os segredos que você guardava em si. O corpo tão leve e suave, que ardia com o toque quente e firme. Tão generosa e educada, que a ignorância de não a conhecer machucava.
Como Marcus voltaria para DC, e deixaria essa peça tão rara aqui? Ele já começava a pensar em formas de prolongar os dias com você. Planejava meios de voltar. Ou de quem sabe você ir. Sua companhia deixava as coisas mais interessantes. Mais bonitas. Mais legais. Mais divertidas. Seu jeito simples de ver as coisas, era tão envolvente. Marcus gostaria que você pudesse vê-la, da forma que ele a via. Marcus queria te conhecer, saber mais sobre você, sua história, seus medos, seus gostos.
Marcus estava começando a entender, que poderia estar apaixonado. Desde o beijo que vocês deram na noite anterior, a única coisa que ele pensava era em você. Seu toque, seu cheiro, seu gosto, seu corpo, seu calor. E ele estava começando a ficar desesperado. Não haveria como propor que você fosse embora com ele. Ele te conhecia a três dias. E esse erro ele já cometeu antes. Não queria errar com você. Queria fazer a coisa certa. Queria ao menos uma chance de poder tê-la por perto. Ou fazer loucuras e viver uma vida em uma semana.
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Vocês terminaram o almoço, e se dirigiram para o cais de Darsena, conversando apenas sobre o passeio, e de resto silêncio, mas um silêncio confortável, ele sempre segurava sua mão, ou descansava o braço sobre seus ombros, ou colocava as mãos na sua cintura, ou nas suas costas, jamais sem ter um contato físico com você.
Marcus reconheceu a equipe que vestia camisetas iguais, com a logo da marca da empresa responsável pelo passeio. E vocês se agruparam com outras pessoas que também dividiriam o passeio com vocês. Marcus te ajudou a entrar na embarcação, e sentaram-se. Receberam um briefing sobre a programação do dia.
A rota levou vocês para as melhores praias da Costa Amalfitana, bem como perto de arcos rochosos naturais e cavernas marinhas, dando-lhes a oportunidade de admirar as antigas torres de vigia que pontilham toda a extensão desta costa. Fizeram uma pausa em praias acessíveis apenas por mar e tiveram tempo para mergulhar em águas cristalinas e em grutas.
Você nunca havia mergulhado antes. Marcus providenciou tudo para vocês. O mergulho foi incrível. Não haveria formas de descrever. Somente a forma como Marcus ajeitou os óculos de mergulho em você, e depois acariciando seu rosto.
“Pronto” Ele falou depois de dar um beijo na testa.
Ou a forma como ele segurou sua mão quando você entrou na água. O jeito como ele sorria para você, vendo sua euforia ao ver os peixes. O modo como ele se aproximava de você. Essas coisas poderiam ser descritas. Marcus era um homem muito romântico. Ele sabia o que estava fazendo, o que aquilo poderia ocasionar, e mesmo assim fazia.
Não muito longe do ponto de partida, logo após sair do centro de Amalfi, vocês chegaram perto da Gruta de Santo André, uma enorme caverna marinha natural cheia de estalactites com o nome do santo padroeiro de Amalfi (Andrea).
Depois de passar pelas praias de Duoglio e Santa Croce, vocês fizeram uma parada no "Arco dos Amantes", um arco natural de rocha criado há milhões de anos pela erosão do mar cuja forma lembra dois elefantes no ato de se beijar.
“Sabia que não muito tempo atrás, os casais jovens costumavam se casar em cima disso.” Você apontou.
“Acho que já posso riscar o local da cerimônia então.” Marcus sorriu, e olhou para você apertando seu ombro quando puxou você para o lado dele.
Você revirou os olhos, balançou a cabeça e sorriu, “muito espertinho” você empurrou a perna dele com a sua.
Um pouco mais tarde, vocês cruzaram em frente à antiga vila de pescadores de Conca dei Marini, passando perto da vila de Sophia Loren e vendo o histórico hotel “Il Saraceno” localizado na praia de La Vite. A partir daqui vocês também tiveram uma vista deslumbrante do Mosteiro de Santa Rosa.
Você cutucou as costelas de Marcus com o cotovelo, e apontou discretamente “Ali é um antigo convento agora convertido em um hotel de luxo, antigamente era casa das freiras dominicanas.”
“Então aqui é a hospedagem para a lua de mel.” Ele olhou para você de forma maliciosa.
Você ignorou, “Foi nas cozinhas deste mosteiro que nasceu a deliciosa "Sfogliatella Santa Rosa", uma massa em forma de concha recheada com creme de ricota e pedacinhos de frutos secos, típicos da tradição culinária local.”
“Você já experimentou?” Ele perguntou sério.
Você começou a rir apenas com o ar do nariz. “Qual parte do luxuoso, você não entendeu?”
Marcos revirou os olhos e fez uma careta para você. Você beliscou de leve a cintura dele. Ele deu um pulinho com cócegas.
Depois que passaram o litoral de Conca dei Marini, você entrará em sua bacia ocidental, onde terá uma bela vista das vilas de Furore e Praiano e das ilhas de Li Galli e Capri, juntamente com as conhecidas Rochas Faraglioni. Mais para dentro desta bacia, tem uma pequena gruta, a Gruta de Runghetiello. Em seguida vocês chegaram então ao famoso Fiorde Furore, o único fiorde natural da Itália e local da competição internacional de mergulho "MarMeeting" vocês ancoraram para uma pausa para nadar ou mergulhar.
“Todos os anos em julho, mergulhadores profissionais de todo o mundo competem pulando do topo da ponte que tem 28 metros Alto. É absurdo...” Você explicou para ele.
“Teria coragem?” Marcus perguntou.
“Jamais. Nem que me pagassem.”
Vocês dois riram.
Marcus e você desceram para andar um pouco pela pequena praia que tem pelo Fiorde. Agora você teve tempo de reparar o corpo deste homem. Os braços longos definidos, bíceps bem delineado, os ombros protuberantes e malhados, as veias dos braços bem visíveis. O peito definido, e o abdome não era trincado, mas era malhado, era gostoso, você queria passar a mão por todo aquele corpo largo. O pensamento fez com que uma ardência latejante no meio das suas pernas começasse a piscar. Você movia suas pernas para tentar evitar a sensação de necessidade por um toque.
Em compensação, você ficou um pouco envergonhada, porque mergulhar só de biquini, era uma coisa mais tranquila, seu corpo estava submerso pela água. Mas agora caminhando pela pequena faixa de areia, seu corpo estava exposto. Você passou um braço na frente da sua barriga e segurou o outro braço do outro lado do seu corpo, numa tentativa de esconder a sua pele.
Mas Marcus puxou seu braço, e colocou em volta do corpo dele, atras das costas, para que você ficasse abraçada com ele, o corpo largo, quase não permitia que você alcançasse a outra extremidade da cintura dele. E ele segurou seu ombro. Vocês se desequilibraram um pouco, mas logo conseguiram andar em sintonia.
“Como você encontrou esse passeio de barco?” Você perguntou.
“O pessoal da recepção do hotel me ajudou.”
Você assentiu.
“Precisava de uma desculpa para ver você hoje de novo.” Ele olhou para você por cima dos ombros.
Você sorriu. E olhou para ele. “Você é um perigo Agente Pike.”
Marcus parou de caminhar, e segurou nas laterais dos seus braços, deixando você de frente para ele.
“É apenas a questão de combinação de lugares paradisíacos e um bom papo.”
Ele subiu as mãos lentamente até seu pescoço. O polegar dele afagando seu maxilar.
“Uhum, o ambiente causa uma confusão mental...” suas mãos seguraram o punho dele.
Ele se aproximou de você, e seus corpos quase podiam se encostar. O rosto dele estava próximo o suficiente do seu para que você sentisse a respiração quente dele.
“A minha confusão mental tem nome, e endereço...” Ele falou, enquanto uma das mãos dele passaram por entre seus cabeços na sua nuca. A sensação fez sua cabeça inclinar para trás, você fechou os olhos.
Marcus se inclinou para frente e alcançou um beijo no queixo. O toque desarmante do lábio dele, te derreteu, e você inclinou a cabeça para o lado, para ele alcançar seu pescoço. Ele desceu os lábios pelo seu maxilar até seu pescoço e pressionou um beijo lá. Você gemeu. Você sentiu a pontada em seu núcleo. Suas mãos contornaram os braços dele, e desceram para segurar a cintura dele. Ele manteve uma das mãos em seu pescoço, e a outra desceu para a sua cintura. O toque dos dedos dele em sua pele, te davam tremores, irradiavam choques.
“A sua sorte é que tem gente demais nessa praia” Ele sussurrou no seu ouvido, e mordeu levemente seu lóbulo. Seu corpo inteiro se arrepiou e ele sorriu sentindo o relevo em sua pele.
“Eu não entendo o seu conceito de sorte. Para mim isso é um azar.” Você abriu os olhos para ver o sorriso se formando naquele rosto lindo, e mostrando a covinha perfeita que ele tem. Você ficou na ponta dos pés, e moveu seus braços para envolver os ombros de Marcus. Ele se inclinou um pouco para diminuir a distância entre vocês, ele te ergueu. Você soltou um gritinho baixo.
E agora na altura dele, você segurou o rosto dele com uma mão, o beijou.
“Esperei o dia todo por esse momento” ele disse.
Você sorriu, e ele pressionou outro beijo em você. Seus lábios macios contra os seus, lentamente se abrindo para que suas línguas se encontrassem. O corpo de vocês tão junto, tão encaixado. A pele dele na sua parecia que era a combinação perfeita. Marcus te segurava com os dois braços ao seu redor. Deixando suas mãos livres, você acariciava o ombro dele, subindo para o pescoço, e agarrando seus cabelos molhados. Um beijo quente, mas gentil. Um beijo de saudade.
Vocês foram interrompidos quando foram chamados pela tripulação. Você ouviu, mas continuou beijando os lábios dele, suas línguas em perfeita sintonia. Até que ele se separou dos seus lábios, e encostou suas testas.
“Preciso daquela água relada até chegar no barco.” Ele falou meio ofegante.
Você sorriu, e ele te abaixou lentamente com cuidado até o chão.
Vocês voltaram para o barco. Navegando um pouco mais adiante até à vila de Praiano puderam ver de perto uma gruta marinha maior, a Gruta Africana, onde a água tem uma cor azul distinta graças à refração única da luz.
Finalmente, contornaram Capo Sottile e continuaram navegando até Positano, onde terá outra pausa para mergulho em uma praia acessível apenas pelo mar e, portanto, não lotada: La Porta.
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E com uma conversa muito elaborada, conseguiram ficar em Positano ao invés de voltar para Amalfi, pois o passeio terminaria de volta lá, e não em Positano. Mas conseguiram.
Vocês dois estavam muito cansados, o dia todo de passeio, caminhadas, nado, sol, calor, bebidas. Estavam exaustos. Mas Marcus insistiu em levá-la para casa.
“Meu hotel é caminho, e eu jamais deixaria você voltar sozinha.” Ele falava, uma das mãos estava segurando sua nuca, por debaixo dos seus cabelos, fazendo movimentos circulares com o polegar. E com a outra mão, segurava sua bolsa enquanto caminhavam.
Você aproveitou para abraçá-lo, enquanto caminhavam. E foram a passos curtos e lentos em direção ao seu apartamento.
Quando estavam quase se aproximando das escadas da sua casa.
“Tenho mais quatro dias aqui.” Marcus falou, pensando alto. Você olhou para ele.
“Não se preocupe, vamos dar um jeito de te manter ocupado por mais quatro dias.” Você sorriu. E ele também. Vocês dois sabendo que esse não era o problema.
“Quer jantar?” Ele parou de andar.
Você não podia fazer esse homem gastar mais dinheiro com você. E não dava pra negar que estava faminta.
“Eu posso preparar algo pra nós em casa.” Você sugeriu. “Já chegamos mesmo.”
“Tudo bem.”
Vocês dois seguiram, e entraram em seu apartamento. Você acendeu as luzes, e jogou a bolsa no chão no canto da porta.
“Vou fazer um macarrão pra nós. Fica a vontade...” Você falou dando liberdade para ele remexer no que quisesse. E viu de relance a satisfação se formando em um sorriso no rosto dele. Antes de você sair, ele segurou sua mão, e deu um beijo nela, em agradecimento.
Você foi para a cozinha, e separou um vinho, abriu e pegou as duas únicas taças que você tinha. Deu um gole. E se virou para separar os ingredientes que precisava para o macarrão. Já sabia o que iria preparar e um carbonara, sempre é algo assertivo.
Enquanto colocou a água para ferver. Você foi para o ateliê. Marcus estava parado em frente a parede olhando a pintura inacabada que você havia iniciado anos antes. Você colocou sua taça na mesa, envolveu seu braço nas costas dele, ele automaticamente ergueu o braço dele para que você se encaixasse nele, e ofereceu a taça de vinho para ele.
“É impressionante. Eu poderia ficar dias apenas olhando para isso...” Ele apontou para a parede com a mão segurando a taça.
“Eu nem terminei...” você abraçou a cintura dele, e deu um beijinho no seu peito. Se soltando para voltar para a cozinha.
Enquanto você preparava o macarrão e o molho, Marcus estava imerso em seu ateliê. Você finalizou o molho. E arrumou os pratos e talheres, acendeu algumas velas pela cozinha, e na mesa. Colocou guardanapos, e o vinho sobre a mesa.
Voltou para o ateliê, ele estava dedilhando alguns quadros que estava escondido sobre os outros na parede.
“Já tem seu favorito?” Você quebrou o silencio.  
“Hmmmmm, muito difícil. Mas vou ter. Vou esperar ele ficar pronto.” Ele indicou com o queixo o quadro com o desenho que você iniciou hoje de manhã.
Você sorriu e caminhou até ele, ficou na frente dele, de costas para o peito dele, e puxou seus braços em volta de você, direcionando-o para a cozinha. Ele descansou o queixo no topo da sua cabeça.
“O cheiro está muito bom.” Ele falou enquanto vocês andavam.
Marcus parou na entrada da cozinha. Te fazendo parar também, era impossível puxa-lo, toda a força que você fazia era porque ele permitia, o homem era uma muralha perto de você. Você se virou para olhar para ele. Ele estava mordendo o lábio, segurando um sorriso.
“É demais?” você perguntou em relação as velas.
“Eu adorei.” Ele falou baixinho em seus cabelos, te segurou mais firme contra ele. E beijou sua têmpora. Soltando o seu corpo, e seguindo ao seu lado, para se sentarem na mesa. Você serviu mais um pouco de vinho, e ergueu a taça para brindar.
“Santé” Ele falou.
“As coisas simples da vida.” Você completou.
Em seguida você serviu uma colher de macarrão para ele, e molho. Outra para você. E fez um sinal para que ele provasse, enquanto você assistia.
“Ual” Ele falou de boca cheia.
Você também experimentou, de fato estava bom.
“Tem algo que você não seja boa?” Ele perguntou enquanto limpava a boca com o guardanapo.
“Você se surpreenderia...” você olhou para ele enquanto tomava um gole do seu vinho.
Ele endireitou a postura na cadeira. Desviou os olhos, pensativos, e voltou para te encarar com um sorriso malicioso.
“Impossível.” Ele concluiu dando outra garfada na comida.
Você deu risada. “Você é pervertido.”
Ele ficou em silêncio enquanto comia.
“Obrigada por hoje.” Você falou enquanto dava mais um gole em seu vinho.
Ele te olhou, limpando a barba do guardanapo novamente.
“Eu que agradeço, sua companhia é especial.”
“Não, de verdade. Obrigada pelo passeio, nunca tinha feito esse passeio dessa forma, foi tudo muito lindo. Pelo almoço. Pela companhia. Você é muito gentil comigo.”
Ele sorriu, enquanto você estava completamente hipnotizada pelo olhar tão profundo dele. E ele balançou a cabeça.
“Por que você está me olhando assim?”  Você perguntou.
“Nada. Eu só...” Ele bebeu um gole de vinho. “Quero memorizar bem você.”
“Você pode me seguir no Instagram, facebook, as redes sociais são uma ótima aliada quando se tem amigos distantes.” Você brincou.  
Ele revirou os olhos, e seguiu te encarando. Você deu mais um gole em sua taça de vinho, sem quebrar o contato visual.
“As luzes de vela têm algo a ver com confusões mentais causadas pelos ambientes e um bom papo?”
Você desviou o olhar para a mesa, mordeu os lábios, segurando um sorriso.
“Eu jamais tentaria confundir um agente do FBI.”
Ele riu. “Você é um perigo.”
Vocês terminaram seus pratos. Marcus te ajudou a lavar a louça. Vocês organizaram a cozinha. Ele se sentou no parapeito da sua janela do ateliê, você ligou o rádio, um som ambiente agradável. Ele esticou o braço te chamando para sentar-se junto com ele. Você seguiu o comando dele, e se encostou no peito dele, no meio das coxas dele. Ficaram ali por algum tempo observando e sentindo a brisa fresca do mediterrâneo enquanto vocês finalizavam o vinho.
O calor do peito dele nas suas costas nuas pelo decote do vestido, te dava um conforto, e incitava um desejo dolorido. Marcus terminou sua taça, e colocou no chão ao lado de vocês. Colocou as mãos em volta dos seus cabelos, ainda desgrenhados pela água do mar. As duas mãos trabalhando para juntar seus cabelos e liberar um acesso ao seu pescoço, a sua nuca.
A movimentação, fez sua cabeça abaixar, seu queijo tocando seu peito. Ele ergueu levemente sua cabeça puxando seu cabelo, inclinou de lado para que pudesse beijar a sua veia pulsante do seu pescoço. Você soltou um suspiro.
Ele se sentou mais ereto, e te empurrou pra frente gentilmente, ainda segurando seu cabelo, tendo domínio total do tronco do seu corpo, apenas segurando seu cabelo. Seus lábios desceram do seu pescoço para seu ombro. Ele deslizou com a mão livre a alça do seu vestido para o seu braço. E começou a beijar levemente seu ombro, fazendo um caminho até a sua nuca.
Você segurou nas coxas dele, para se equilibrar. Marcus foi descendo os beijos pela sua espinha. Seus olhos se fecharam, você sorriu. Seu corpo inteiro foi se arrepiando, conforme o toque dos lábios dele no comprimento das suas costas. Suas mãos apertaram em torno da coxa dele, e ele soltou um riso baixinho na sua pele. Seu corpo estava formigando. Você sentia uma urgência correndo por dentro de você. Sua respiração estava erradica. Todo o seu corpo estava cedendo aos comandos e ao toque de Marcus.
Você empurrou seu corpo para trás, e ele soltou seus cabelos. Você virou para olhá-lo. E uma de suas mãos subiu para o pescoço dele para puxa-lo para você, você queria beija-lo.
“Calma.” Ele falou, enquanto a mão que antes segurava seu cabelo, estava deslizando o vestido pela sua perna, dando mais acesso a sua coxa.
Marcus estava fermentando o desejo em você. E era tão fácil de ceder. Você sentia um calor se acumulando no meio das suas pernas, um calor dolorido e carente. Você tinha urgência. Necessidade.
“A janela é um lugar perigoso para se ficar.” Você murmurou.
Ele riu. “Você sugere qual outro lugar?” Ele perguntou.
Você se levantou, Marcus acompanhou seu movimento com os olhos. Suas mãos puxaram ele e o empurraram gentilmente para o chão. Ele se sentou encostado na parede, a cabeça dele poderia descansar sobre a janela. Marcus ficou te olhando, em pé na frente dele. Com as mãos na parte de trás dos seus joelhos. Você passou a perna por cima das penas dele que estavam esticadas no chão, e se agachou, colocando os joelhos em volta do quadril dele. As mãos dele, subiram para a sua cintura. Ele te olhava com desejo e luxúria. Os olhos escuros. E um sorriso malicioso.
“Esse é um lugar perigoso para se ficar.” Ele falou com a cabeça encostada no parapeito da janela atrás dele.
Você sorriu, enquanto passava os dedos nos cabelos da nuca dele. E puxou gentilmente para que ele ficasse nivelado ao seu rosto.
Marcus estava enebriado. A forma como ele olhava para você, parecia que ele estava bêbado pelo desejo. E ele estava. Pela mesma necessidade que você tinha dele. Ele tinha de você. Enquanto seus dedos passeavam pelos seus cabelos, as mãos dele foram descendo pelo seu corpo, passaram pela bunda, e pararam embaixo da sua coxa onde o tecido do seu vestido não separavam o contato de suas peles.
Você começou a beijar a mandíbula dele, passando os lábios por sua pele, descendo para o pescoço. As mãos dele subiam para a polpa da sua bunda por baixo do seu vestido, e desciam para a parte de trás da sua coxa. As mãos firmes e fortes acariciando seu corpo. Você se movimentou no colo dele, e pode sentir o pau dele embaixo de você. O cumprimento longo e duro. Você choramingou pela camada de tecido que separava o contato de vocês. E ele rosnou, puxando você para mais perto, enquanto jogava a cabeça para trás no encosto da janela, como se você estivesse o torturando.
Você continuou em um movimento de vai e vem em cima dele, enquanto passava os lábios pelo seu pescoço, e de vez em quando parava na altura do seu ouvido pra ele sentisse o calor da sua respiração. A sensação causando arrepios na pele de Marcus. As mãos de dele estacionaram na sua bunda, onde ele apertava os dedos enquanto comandava o seu movimento, te puxando para ele, pressionando você mais contra ele. Você consegui sentir o pau dele enrijecendo embaixo da sua boceta. E sentia o molhado que começava a se formar na calcinha do seu biquíni.
Sua boceta estava latejando, quente, febril, o músculo endurecido do seu clítoris dolorido, implorando por um toque mais atencioso. Você se afastou dele, ele endireitou a cabeça, olhando para ele. Se aproximou tocando seu nariz no dele. Ele avançou em um movimento urgente, em busca dos seus lábios para te beijar, você recuou um pouco, sorrindo. Criando uma dança inocente, jogando com o desejo dele.
Uma de suas mãos desceram até os braços dele, que estavam firmes segurando sua bunda com tanta força, que você poderia jurar que ficariam marcas ali. Mas com seu toque ele suavizou o aperto, e você direcionou a mão dele para um caminho mais baixo da sua bunda, de um jeito que os dedos dele resvalaram sua boceta. O toque te fez enrijecer, e sua respiração ficou tremula. Ele assistiu a resposta carente do seu corpo ao simples toque de sua mão em sua boceta.
“Você tem certeza?” Ele perguntou com a foz rouca. Se controlando.
Você assentiu, direcionando novamente a mão dele para o seu meio.
Marcus não perdeu tempo, e pressionou os dedos sobre o tecido do seu biquini, e você gemeu de alívio, sua cabeça inclinou para trás, e você movimentou seu quadril na direção dos dedos dele. O toque que você estava febril para receber. A outra mão dele segurando firme sua bunda, agarrada a pele do seu corpo.
“Sim… preciso sentir seu toque” Você disse voltando o olhar para ele, que te olhava com os olhos semicerrados, você aproximou seus lábios do dele, ambos com as bocas abertas, respirando pesado. Marcus soltava sons baixos da garganta, e você se agarrou aos ombros dele.
Marcus afastou o tecido do seu biquini, e passou o dedo por entre você, tão molhada que os dedos dele afundaram em seu meio e deslizaram facilmente. Ele gemeu.
“Meu Deus, você está tão molhada…, tão quente.” Ele falou abafado. Sem conseguir afastar o pensamento de como seria ter o pau dele dentro de você.
Um gemido baixo ultrapassou seus lábios com a sensação do toque dele no seu cumprimento. A necessidade de mais dele, fez você ceder ao beijou. Urgente e ofegante. Seu quadril se movia junto com a mão dele embaixo de você. Fazendo seus corpos entrarem numa luta corporal, suas línguas estabeleciam um ritmo coordenado em suas bocas. Marcus enfiava mais a língua dele dentro da sua boca, quando ele descia o dedo até a borda da sua entrada. E beijava mais lentamente quando seus dedos subiam para tocar seu clítoris. Você não conseguia se concentrar no beijo, quando ele tocava seu nervo enrijecido e sensível.
Marcus circulava sua entrada molhada e sedenta por algo para preenchê-la, e arrastava para o dedo cima e para baixo, por todo seu cumprimento, lubrificando toda a sua boceta. Depois de deixar sua fenda enxarcada de você, ele começou a pressionar com mais atenção seu clítoris. Você se movimentava sobre ele, tentando perpetuar o contato.
“Marcus...” você gemeu o nome dele. Se ele continuasse naquele ritmo você iria gozar. Sua respiração estava ofegante, e você sentia o seu canal se pressionando no vazio. Você precisava de uma penetração.
“O que você precisa querida, me peça que eu farei qualquer coisa para você...” os dedos dele trabalhando seu clítoris em círculos apertados. Seu nervo estava tão rígido que você podia senti-lo dolorido. Você precisava de alívio.
Sua cabeça tombou para trás, e gemidos baixinhos saiam da sua boca, com sua respiração ofegante, Marcus beijou seu queixo, seu pescoço. Roçou a barba áspera dele na sua pele te causando arrepios pelo corpo todo. Era muita estimulação. Suas unhas cravadas no ombro dele.
Marcus poderia jurar que você estava tão molhada para ele, que você pingava. O pau dele latejava por baixo do shorts. Ele queria desesperadamente enterrar o pau dele na sua boceta molhada, até que vocês dois não tivessem mais forças para levantar. Ele sentia tanto tesão em te ver se movimento urgentemente sobre a mão dele, buscando um contato, um alívio, que ele estava pronto para te dar. A sua boceta quente deslizando em seus dedos.
Todo aquele momento era muito intenso. Seu corpo estava a muito tempo sem receber o toque de alguém. Sem o contato de alguém. Fazia muito tempo que você não tinha relação sexual com ninguém. Alguma luz acendeu no seu cérebro. E uma mensagem para recuar foi mandada as pressas.
Marcus sentiu a tensão em você. E seu ritmo frenético em busca do alívio, da liberação, ir diminuindo. As sobrancelhas dele se inclinaram nem entender.
Seu cérebro dizia uma coisa, mas seu corpo gritava outra totalmente diferente. A necessidade que você tinha por esse homem, era algo diferente de tudo que você sentiu.
Gentilmente, e ofegante, você puxou as mãos de Marcus de baixo de você. Ele não insistiu, e seguiu seu comando.
“Desculpe...” Você disse enquanto ajeitava sua calcinha.
Você podia ver o peito de Marcus subindo e descendo irregularmente assim como o seu. Sua testa encostou na dele.
“Eu não posso...” Você completou, segurando as mãos dele, nas suas.
Marcus estava te olhando confuso, o sangue não circulava direto no corpo. Ele buscou seus olhos. Tentando encontrar uma resposta. Algo que ele tenha feito de errado.
Você segurou o rosto dele entre suas mãos, e fechou os olhos. “Não posso fazer isso” Você tentava encontrar o ar, e levar até seus pulmões. “Estou muito envolvida. Parece absurdo eu sei...”
A sua respiração não deixava você completar uma frase. E você não conseguia se concentrar como deveria para formar qualquer frase.
“Eu só não quero que… é que depois você vai…”
“Tudo bem.” Marcus te interrompeu.
Você morde os lábios. “Vou sofrer. Você vai embora e eu vou sofrer. Sou estúpida eu sei.”
Marcus se afastou de você para que você olhasse para ele. “Você não é estupida” Ele passou as mãos pelos seus cabelos. “Eu entendo você. Não sei explicar como e nem o que, aconteceu nesses três dias.”
Você sorriu, e suspirou. Agradecendo por ele ser compreensivo, e te respeitar sem muitas perguntas. Você sabia que se continuasse e vocês transassem, ele tomaria conta da sua mente. “Desculpe.” Você se levantou e passou a mão pela testa, com a outra mão na cintura, tentando recuperar o Norte.
Marcus se levantou também. “Esta tarde, amanhã você trabalha, é melhor a gente descansar.”
Você passou seu ombro pela lateral do seu rosto e assentiu para ele. “Me desculpe” Você falou mais uma vez, coçando a orelha sem jeito.
Marcus, caminhou até você, pegou suas mãos nervosas e deixou cair em volta do seu corpo, você conseguia ver o pau dele duro marcado na bermuda fina de praia. E fechou os olhos, para não imaginar a sensação dele em você. Caralho!
Ele segurou seu rosto, para que você olhasse para ele. “Está tudo bem. Não tem o porquê se desculpar, ok?”
Você assentiu.
Ele inclinou com uma hesitação, em direção aos seus lábios. Olhou em seus olhos procurando vestígios de negação ou impedimentos. Mas você ficou na ponta dos pés. E ele pressionou um beijo demorado em você.
Depois que Marcus passou pela porta. Você correu para o banho, a água fria correndo em seu corpo para tentar dissipar a necessidade dele dentro de você. A lembrança dos dedos dele se movimentando em você de forma tão precisa e perfeita que você poderia jurar que se ele continuasse você conseguiria gozar só com o toque dele.
A água fria não te curou. Você só dormiu depois que se masturbou pensando e imitando o toque de Marcus em você.
Fodeu. Eu tô muito ferrada.
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ficjoelispunk · 8 months
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The Coffee of Love - Capítulo 04 – Terça-Feira. (+18)
Avisos da fic: Descrições históricas de Positano, descrições de lugares. Nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, brincalhão e sedutor. Acho que nada mais.
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Resumo: Você encontra uma saída, uma desculpa, uma justificativa plausível que seu cérebro aceite, e seu coração eventualmente entenda, para saciar o desejo do seu corpo, que só pode ser cessado com Marcus Pike.
Capítulo anterior: Segunda-Feira (+18) | Todos os Capítulos
Assim que você recobrou a consciência quando acordou, antes mesmo de abrir os olhos, a primeira coisa que você conseguiu pensar foi em Marcus. Antes de abrir os olhos, você já soltou um gemido, e enrugou todo o rosto em uma careta, virando para o lado e puxando os joelhos pra perto do peito, ainda deitada. A consciência ingrata, te lembrando que Marcus de um jeito ou de outro estava gravado na sua mente.
Automaticamente você lembrou da noite anterior, do toque dele em você, o beijo tão macio e o modo como suas bocas se encaixavam numa dança perfeita. As mãos grandes dele no seu corpo. O jeito dele. O sorriso infantil com covinha. O cabelo perfeitamente bagunçado. O jeito que as mãos dele pairam sobre as suas costas enquanto vocês caminhavam. O passeio impecável que vocês fizeram ontem. A forma como ele faz com que as coisas parecem ser naturais. A lembrança dele, fez seu coração apertar.
Você se esticou na cama, se espreguiçou, e pela primeira vez em muito tempo, a brisa do mediterrâneo na sua janela não foi relevante. Você se sentou na sua cama, apoiando a cabeça nas mãos e apertando os dedos nos olhos, na esperança frustrada de fazer com que todas aquelas memorias sensoriais e afetivas de Marcus fossem empurradas pra longe da superfície. Apertou tão forte que seus olhos piscaram pequenas estrelinhas pretas quando você abriu.
Em um infinito “não” balançando a cabeça de um lado para o outro, você se levantou, e agradeceu por ter um longo dia de trabalho, só assim para que você se distraísse de tudo. Tudo no caso, era Marcus.
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Quando você chegou na cafeteria, como de costumo apenas Lorenzo estava lá. Você se aprontou, colocou seu uniforme, e foi pra cozinha, em direção ao armário para guardar suas coisas.
“Buongiorno” Lorenzo cantarolou nas suas costas.
Você deu um sorriso apertado, e balançou a cabeça para ele em cumprimento.
Ele franziu a testa, e te olhou de canto de olho.
“Cosa sta succedendo?” Ele perguntou mais preocupado. Lorenzo nunca tinha te visto triste em todos os anos de trabalho. Ele nunca a viu reclamar, nunca a viu choramingar, nem mesmo quando você estava doente, ele nunca tinha te visto em um dia ruim, nunca. E por mais que ele soubesse que você tinha muitos deles, ele também sabia que o seu jeito de lidar com as coisas da vida, era sempre procurando algo bom através das coisas ruins, era isso que te impulsionava. Era isso que te manteve doce e gentil.
Você suspirou, fez um beicinho, mordeu a bochecha, se encostou na grande mesa da cozinha e olhou para ele.
Lorenzo colocou o pano de prato sobre o ombro e cruzou os braços e as pernas, enquanto encostava as costas em frente a pia para te olhar também.
“Tem um turista.” Você começou, e olhou para ele para analisar o julgamento dele.
“Sempre tem um turista.” Ele fez um sinal com a cabeça e tirou uma das mãos do corpo para acenar para você, te incentivando a continuar a falar. Você deu um impulso e se sentou no canto da mesa, mexendo nas peles soltas da sua unha.
“É, mas, esse cara é diferente. Eu sinto uma conexão com ele. Ele é.... ele é diferente.” Você abaixou a cabeça para continuar a falar. “Eu sei que parece papo furado. Mas ele realmente causa algo diferente em mim. Estou com medo de me envolver muito. Acho que de alguma forma já estou muito envolvida. É loucura eu sei... por que, faz o que? Três malditos dias que eu o conheço.” Você jogou as mãos pra cima em um sinal exacerbado. “Eu não sei o que está acontecendo...” Sua mão sobre para seu rosto fazendo seu polegar e indicador massagearem as suas têmporas.
Lorenzo te olha tentando esconder um sorriso.
“Quantas vezes você saiu com turistas aqui?” Ele tentou te lembrar.
“Eu sei... mas estou te dizendo. Ele não é algo superficial. A forma como em sinto com ele é algo que paira sobre mim, é denso. As coisas ao meu redor parecem que estão passando em câmera lenta. Nunca senti isso. Me sinto a merda de uma adolescente.”
Lorenzo segura o pano que estava nos ombros, e caminha até você, parando na sua frente. Esperando que você olhe para ele. Quando você o faz, ele te bate gentilmente com o pano.
“Ai” Você franze a testa, mas sorri. E revida com uma tapinha no ombro dele. “Estou abrindo meu coração pra você! Tenha piedade.”
“Si voi campari filici e cuntenti, finciti orvu, surdu e ‘gnuranti.” Lorenzo abriu os braços para você e saiu caminhando de costas, e sorrindo.
Você franziu a testa, e inclinou a cabeça para a frente. “O que sua filosofia siciliana quer dizer com isso?”
Ele revirou os olhos. “Mia Bella, se o rapaz é turista. Viva o amor que você tem para viver com ele pela temporada que ele ficar. E quando ele for embora, siga sua vida. Não se arrependa por não viver o que você tem para viver agora, por medo de como vai se sentir no futuro. Seja feliz agora. E depois, nada que muito vinho e massa não resolva seus problemas.”
Você ficou perplexa com Lorenzo. “Mas é justamente porque não quero sofrer...”
Ele te interrompeu. “Como você sabe que vai sofrer?”
Você pensou na pergunta. Ele estralou os olhos para você, querendo a resposta. Você mordeu os lábios. E de fato, você não tinha como saber. Mas você não deu o braço a torcer. Você olhou para o relógio e viu que estava quase na hora de abrir, e então desceu da mesa, e foi caminhando em direção a porta do salão arrumando seu avental.
“Ei” Lorenzo te chamou.
Quando você virou, ele estava arremessando em você uma brusqueta. Você fez uma careta e balançou a brusqueta já na sua mão, de costas para ele, enquanto passava pela porta e gritou um “Grazie” por cima do ombro.
Nada deixou você tão feliz quanto ver que você precisava ainda, dar uma boa arrumada em tudo na Cafeteria. Sr. Francesco tinha dado uma boa organizada nas coisas que haviam chegado ontem, mas ainda tinha bastante detalhes para você ajeitar. A manhã foi bastante movimentada. Você teve que repor tantas vezes os produtos nos expositores, que a última vez que foi até a cozinha para buscar outra remessa, Lorenzo avisou que alguns itens já haviam acabado.
Era exatamente 13:00 quando a máquina de expresso resolveu dar problema. Era tudo que faltava em um dia de movimento. Como de costume você ficou um bom tempo atrás da máquina tentando descobrir o que fazer para que ela voltasse a funcionar, tirou as peças, limpou, ligou e desligou, você começou a sofrer, queria ir embora se deitar, e afundar na sua cama, e ser engolida pelos lençóis.
Às 13:30 você ouviu o sino da porta da cafeteria tocar, e fez uma careta, ainda estava montando as peças da máquina.
“Só um momento.” Você gritou enquanto encaixava uma das peças. Você inclinou seu corpo para o lado, para espiar o cliente, os seus movimentos foram diminuindo a velocidade, até você estar paralisada. Foi só então que você se deu conta que, não havia pensado nele a manhã toda. Os seus olhos se voltaram para o relógio, 13:33.
Marcus estava sentado de costas para a vista do balcão, de frente para a janela. Você suspirou. Algo em você achou que não o veria mais depois da noite de ontem. Algo em você quis que ele agisse como um perfeito idiota e facilitasse as coisas para você, mas óbvio que ele não iria simplesmente sumir porque você o mandou ir embora da sua casa depois que você estava em cima dele, com ele acariciando suas partes intimas até o momento em que você teve um surto aleatório como se nunca tivesse feito um sexo casual na vida.
A lembrança fez sua barriga esquentar. Seu corpo ficou desconfortável. E você queria que já fossem 14:00, assim não precisaria atendê-lo, você sairia pelos fundos e correria até a Espanha. Mas ainda era 13:35, e você teria que fazer o seu trabalho. Você soltou o ar pela boca fazendo uma mexa de cabelo que pairava sobre seu rosto voar, deu uma ajeitada no avental, secou suas mãos, e alcançou o bloco de notas para anotar o pedido, enquanto dava a volta no balcão.
Antes de você chegar até Marcus, o perfume dele já estava enebriando seus sentidos. O ar ficou pesado. Você parou ao lado dele, ele levantou a cabeça para encontrar seu olhar - tudo parecia acontecer em câmera lenta - os olhos dele parecendo olhos de filhotes abandonados, totalmente contrastante com o leve sorriso que ele deu, a covinha ali marcando a bochecha com a barba perfeita. Você estava tonta.
“Oi” Ele falou.
Você levou um momento para responder, levou mais tempo que o necessário. Você balançou a cabeça rapidamente para se reconectar ao planeta terra. “Oi”.
Ele sorriu mais forte agora. Vendo o nervosismo através de você. Era engraçado. Você sentia a sua bochecha pegando fogo. E deu um sorriso, enquanto olhava para a folha em branco do seu bloco de notas, o que fez você lembrar que tinha um trabalho a ser feito.
“Qual vai ser o seu pedido hoje?” A sua pergunta saiu com o maior esforço da sua boca, porque sua respiração estava errática, seu estomago estava sendo revidado com o que parecia ser borboletas, suas mãos soavam e molhavam as folhas do pequeno bloco de notas que você segurava como se sua vida dependesse daquilo. A sua mente te traía trazendo flash’s da noite anterior.
“Eu gostaria de um expresso duplo, por favor.” A voz dele. A covardia pura o timbre da voz.
Você fez uma careta. Lógico que ele pediria justo o impossível. “Estamos com um problema com a máquina hoje, sinto muito, ainda não consegui arrumar.” Sua voz saiu em um tom triste, e nada profissional, parecia um pecado não atender ao pedido dele.
“Bom então, será que eu tenho a companhia para um café em um outro lugar?” Ele perguntou enquanto virava o corpo todo para você, os joelhos dele quase tocaram suas pernas, ele descansou os cotovelos sobre a mesa e o encosto da cadeira, enquanto esperava sua resposta.
Era extremamente desconcertante olhar para ele de cima para baixo, porque você não tinha controle nenhum de você mesma quando o assunto era ele. Todo o mistério, o jogo, a sedução, aquela coisa toda de paquera eram completamente inúteis, você estava praticamente derretendo na frente dele, e se ele quisesse que você se ajoelhasse ali mesmo, possivelmente você faria. O seu corpo inteiro queimava, formigando estranhamente. Uma nuvem pairou sobre vocês, e você sentia como se seu corpo estivesse sendo atraído para aquele homem que sorria lindamente, com covinhas, e olhar doce, para você. E a única coisa que você queria era beijar ele.
Você foi puxada dos seus pensamentos, pelo barulho do sino da porta. A sua sucessora havia chegado. Você olhou para o relógio 14:05. O tempo era algo extremamente relativo na presença de Marcus.
“E então?” Ele perguntou novamente.
Você engoliu em seco. Suspirou. Viu Sr. Francesco olhando para você por cima do jornal que ele segurava, sentado em outra mesa, pelo canto do olho. Você sorriu.
“Me dá 5 minutos.” Você respondeu para Marcus, e saiu, sem esperar a resposta dele, foi o mais rápido que pode para o fundo da Cafeteria.
Você passou pela porta que dava pra a cozinha, já desamarrando o avental, parecia que precisava se liberar de um aperto para que o ar chegasse até seus pulmões, e encostou suas costas se na porta por alguns minutos, suas mãos descansaram em cima dos seus joelhos, enquanto você fechava os olhos e procurava por respostas. Quem estivesse olhando para você, poderia afirmar que você estava fugindo de algo.
Sua cabeça girava em um espiral. O que eu poderia fazer? O que eu deveria fazer? Se entregar ao desejo latente que você estava tentando empurrar para longe? Ou empurrar para longe o desejo? O que eu iria fazer? Como iria se proteger de se apaixonar por ele? E se você já estivesse apaixonada, e não fosse apenas desejo? Como você poderia continuar isso, e depois não simplesmente sucumbir a uma dor de paixão?
Lorenzo colocou as mãos no seu ombro, o que te assustou um pouco, você nem tinha percebido a presença dele. Ele te entregou um copo de água. Você agradeceu. “Não sei o que fazer, acho que estou ficando meio doida.”
“Faça um acordo com ele.”
Você franziu a sobrancelha. “Que tipo de acordo?”
Lorenzo revirou os olhos. “Eu não sei… quem sabe talvez ficarem juntos até o último dia dele, sem trocarem números de telefone, endereço, e-mail, nada, e depois quando ele for embora, fingir que nada aconteceu. Seria como se ele não tivesse existido de fato. E você aproveitaria, ao invés de ficar aí se torturando querendo algo e não se permitindo ter, por medo.”
Você sorriu. “Quem te ensinou essas coisas?”
“Você.” Lorenzo arregalou os olhos e balançou a cabeça.
Você foi até o banheiro para se trocar, e enquanto se arrumada, pensou nas possibilidades. Talvez se você tivesse esse prazo de validade, sabendo que não iria vê-lo novamente. Que não teria que esperar por esse encontro de vocês. Ou esperar pela ideia da possibilidade de se verem novamente. A dor da espera de uma ligação, uma mensagem, ou um e-mail. Algo finito. Que pode ser explorado, e depois finalizado. Talvez essa ideia reconfortasse seu coração emocionado. E você poderia ceder ao desejo latente que seu corpo revelou sentir por Marcus. Porque afinal de contas, você nem sabia o que ele queria. Apesar de ter um bom julgamento a respeito de Marcus, ele não parecia ser um completo babaca. Mas você não sabia como ele estava se sentindo. Se era um sentimento recíproco. Ou se tudo não passava de uma carência sua.
Você estava olhando a sua imagem no espero, parecia que estava realmente tendo uma conversa com você. No fundo você sabia que isso não passava de uma justificativa branda que seu coração deu ao seu cérebro para que ele pudesse ceder as suas vontades, mas que no final, você sabia qual seria o resultado. Mas era uma escolha sua. Você assentiu para si mesma em frente ao espelho. E saiu.
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Marcus te esperava encostado na parede do lado de fora. Que visão. Ele sorriu para você quando atravessava a pequena rua de pedras irregulares. Ele deu um impulso, indo em sua direção, e estendendo a mão para você. A atitude fez seu coração aquecer. Ele não estava ressentido com você pela noite anterior. Ele estava sendo ele mesmo. Marcus, carinhoso, charmoso, cheiroso, forte, quente...
“Onde vamos tomar café?” Seus pensamentos foram interrompidos pela pergunta dele.
Você estava andando e olhando para seus pés.
“Acho que podemos ir para outro lugar em vez de um café, você ficaria chateado?”
“De maneira nenhuma.” Ele soltou sua mão, e colocou os braços em seus ombros, sua mão subiu para encontrar a dele, enquanto caminhavam assim por um tempo.
“Mas nós vamos ter que andar um tanto considerável.”
Marcus jogou a cabeça para trás, e bufou. Você apertou a mão dele, e deu uma cotovelada de leve nas costelas dele. Ele arqueou.
“Ok, ok. Tudo bem, vamos caminhar consideravelmente.”
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Você levou Marcus em uma rua de pequenos bares e restaurantes, onde as pessoas se sentam em mesas na calçada e nas ruas, tomam vinhos e comem massas. Algumas ficam em grupos em pé nas ruas, os bares colocaram músicas altas, e a rua se torna um evento.
Marcus e você tomaram vários vinhos, conversaram sobre seus artistas favoritos, Marcus contou sobre muitos casos que ele atuou em seu departamento. Ele dividiu com você os momentos em que ele resgatou obras famosas, que você poderia morrer tranquilamente se tivesse contato com algumas delas. Ele mostrou fotos em seu celular. Você contou coisas sobre você. Seus filmes favoritos, ele indicou alguns para que você assistisse sem falta. Vocês caminharam entre as pessoas, como um casal. Marcus não deixou de te tocar em nenhum momento. Ele segurava sua mão. Deslizava seu braço sobre seus ombros. Mantinha as mãos em sua coluna. Colocava seus cachos rebeldes para longe do rosto. Às vezes você o sentia explorando seu rosto, com aqueles olhos castanhos profundos. Vocês comeram pizza, e tomaram mais vinho.
Já era noite, a rua estava bem movimentada, quando você escutou ao fundo uma música do ABBA, e instintivamente, você puxou a mão dele para dançar no meio das pessoas que estavam eufóricas. Ele sorria para você enquanto te olhava cantar muito empolgada, e a interpretar seu próprio musical para ele. As mãos dele te giravam incentivando sua dança desajeitada. Era fácil ser você mesma com ele. Ele te puxou para ficar junto ao corpo dele, você jogou os braços nos ombros dele, e as mãos dele seguravam sua cintura, enquanto vocês dois cantavam, e dançavam juntos.
Quando a música acabou, ele continuou com as mãos em sua cintura, você se inclinou para trás rindo, “Eu amo essa música!”
Ele sorriu para você, e ficou te olhando, enquanto vocês diminuíam a empolgação da dança.
Seus olhos encontraram os dele. Ele te balançava lentamente no meio das pessoas. Você sorriu, seus olhos foram para os lábios dele. Ele te puxou para mais perto do corpo dele. E se inclinou fazendo uma pausa no meio do caminho, olhando para você procurando por uma autorização. Você se esticou nas pontas dos pés, encurtando o espaço entre vocês, ele encostou o nariz dele no seu, e você deu um pequeno impulso para alcançar os lábios dele, mas ele se afastou, você olhou para ele frustrada, e ele sorriu, brincando com você, seus olhos segurando seu olhar, até o momento que os lábios dele encontraram os seus. Suavemente.
Você pode sentir o gosto do vinho em seus lábios macios. Seus corpos presos um no outro, as mãos dele seguravam com firmeza sua cintura puxando você contra ele, pressionando o corpo quente dele contra o seu. O beijo ficou mais firme, sua língua mergulhou na boca dele, seus dedos emaranhados no cabelo dele. Suas respirações foram ficando pesadas. E ele se afastou de você.
Você procurou os olhos dele. E ele estava olhando para as pessoas na rua.
“Melhor sairmos daqui.” Ele empurrou o queixo para fora, indicando a rua.
Você segurou a mão dele, e foram caminhando, como se estivessem voltando para a sua casa. Você ficou confusa. Se perguntou se tinha feito algo errado. Pela primeira vez ficou um clima estranho.
“Marcus...” você começou a falar.
“Mhm?”
“Estive pensando em algo...” Você olhou para ele enquanto caminhavam.
Ele olhou para você, paciente.
Você mordeu os lábios. E ele parou no mesmo momento. Você ficou insegura. Olhou para a rua. Deitou sua cabeça no seu ombro.
Marcus segurou suas duas mãos, e te puxou para ele, enquanto ele se encostava na parede da calçada.
“Em que você esteve pensando?”
Seus lábios se separaram, e você tentava encontrar um meio de falar com ele, de propor algo finito. Mas se sentia estúpida fazendo isso. Você mordeu os lábios de novo.
“Se você estiver tentando me torturar” as mãos dele, foram para o seu rosto, movendo seu queixo, para que você pudesse olhar para ele. “saiba que você está fazendo um ótimo trabalho.” Ele passou o polegar pelo seu lábio, soltando a pressão que seu dente fazia sobre ele. O polegar dele, desenhou sua boca.
Sua mão subiu para segurar o pulso dele. E tentar focar.
“Estive pensando, em te fazer uma proposta.” Você finalmente conseguiu falar. Mas era quase um murmúrio.
Ele assentiu, sério. “Estou todo ouvidos”.
Você respirou. As mãos dele ainda em seu rosto. “Pensei que poderíamos combinar uma coisa...”
Você puxou a mão dele para continuar andando talvez caminhando fosse mais fácil de falar.
“Hhum...” ele estava ficando impaciente.
“Pensei que, se você quiser é claro.” Você fez uma pausa para olhar para ele. “Poderíamos nos...” Sua mão livre balançou na sua frente. “Nos... envolver. Mas com algumas condições. Por exemplo, não iriamos ter o telefone um do outro. Ou o e-mail. Não nos procuraríamos. Seriam esses dias e depois nada mais. Sem responsabilidades. Sem sentimentos. Apenas o aqui e o agora.”
Você não olhou para ele, mas você sabia que ele estava te olhando.
“Você quer dizer que, depois que eu fosse embora, não nos veríamos mais? Eu não teria mais contato com você?” Ele perguntou, analisando a sua proposta.
Você assentiu, ainda sem olhar para ele.
“Então, daqui a quatro dias, eu não teria mais contato com você?”
Você assentiu novamente.
Ele ficou em silêncio. E vocês continuaram caminhando até a sua casa.
Quando chegaram, você subiu o primeiro degrau da escada. E ele ficou parado na sua frente, uma mão dele segurava a sua, os dedos cruzados com os seus. E a outra mão passava os dedos sobre a barba, enquanto ele olhava para o chão pensativo.
“Marcus...” você falou, colocando uma mão atrás do seu pescoço e passando os dedos pelos cabelos dele. “Me desculpe, foi loucura minha propor algo assim...”
Ele te interrompeu, “Eu aceito a proposta.”
Você examinou os olhos dele.
“Aceita?”
“Aceito.”
“Sem trapaças?”
“Você tem minha palavra.”
Você soltou o ar pela boca, percebendo só agora que estava sem respirar desde então.
E então Marcus te beijou, e você sorriu contra o lábio dele. Você jogou seus braços ao redor do pescoço dele, as mãos dele desceram para sua bunda, e ele te ergueu, deixando você na mesma altura que ele, suas pernas prenderam em volta da cintura dele, e ele começou a subir a escada com você no colo dele.
“Não sabia que os agentes do FBI eram tão bem treinados fisicamente.” Você sussurrou no ouvido dele.
“Me de alguns minutos e eu te mostro mais algumas habilidades” Ele disse enquanto beijava sua mandíbula até o seu pescoço.
Você sorriu, e ele te soltou para que você abrisse a porta. Enquanto você procurava sua chave, ele se posicionou atrás de você, empurrando seu cabelo, e beijando seu pescoço, fazendo um caminho até seu ombro.
Seu corpo todo arrepiava ao toque dele. E você não encontrava a chave.
“Marcus, eu preciso...”
Ele te deu uma pausa, mas você ainda sentia a respiração quente dele, no seu pescoço, a mão dele passeando da sua cintura até a sua barriga.
A chave serpenteou na sua mão. E você suspirou aliviada. Parecia que tudo era uma briga contra o tempo. Você abriu a porta, deixou Marcus entrar, fechou a porta atrás de você, e ele imediatamente, te pressionou com o seu corpo contra a porta, segurando uma de suas mãos acima da sua cabeça, enquanto beijava seu pescoço. Sua mão livre agarrou os cabelos de sua nuca.
Você empurra seu quadril contra o corpo dele, sentindo a ereção dele, e ele geme. A mão livre dele, levanta lentamente o vestido que você usava, acompanhando a pele da sua perna, fazendo com que o toque dele fosse como um choque elétrico em seu corpo, ativando todas as terminações nervosas do seu sexo.
A mão dele chega até a sua barriga, e lentamente os dedos dele circulam a costura da sua calcinha. Você tenta abaixar sua mão que ele mantém presa, mas ele segura com mais força.
“Ansiosa?” ele murmura.
“Estou pensando nisso desde ontem.” Você sente o desejo pulsando no meio das suas pernas.
Ele sorri baixinho. E desce os dedos pelo seu meio, até encontrar seu clitóris. Você joga sua cabeça para trás, e automaticamente, separa suas pernas para facilitar o acesso dele à você. Marcus beija seu queixo. Ele assiste você mordendo os lábios. Ele escorregou os dedos pela sua fenda, esfregando seus dedos em você. Provocando você.
Enquanto ele deslizava os dedos dele em seu corpo molhado. Ele desceu beijos pelo seu pescoço e ombro. Até que ele deslizou um dedo dentro de você. Fazendo suas pernas tremerem, e você gemer. Você estava tão apertada para ele, Marcus agora apenas olhava seu rosto, analisando sua expressão enquanto o dedo dele deslizava para dentro e fora de você, e pressionava seu clitóris.
Ele coloca outro dedo dentro de você. Marcus sente você puxar mais rudemente os cabelos dele, enquanto desliza o dedo mais fundo em você, sentindo você se abrindo em torno dele, movendo seus quadris contra ele.
“Quero que você goze para mim” Marcus murmurou em seu pescoço.
Você estava ficando sem folego, agarrada aos cabelos dele, de pé ainda apenas porque ele segurava seu braço, e te pressionava com o corpo dele contra a porta. Seus quadris seguiam os dedos dele, como uma perseguição. Marcus curvou os dedos dele dentro te você fazendo você perder a respiração, seus lábios estavam separados, e ele pressionou um beijo rápido em você.
“Acha que consegue?” Ele perguntou, olhando para seu rosto.
“Sim...” Você puxou o ar pela sua boca, “Marcus...”
Você segura os cabelos dele com mais força, se não estivesse tão entorpecida pela estimulação dele, você se preocuparia em estar machucando-o, mas ele pressiona seu clitóris com mais força, fazendo sua cabeça cair nos ombros dele. Ele desliza um terceiro dedo dentro de você, e você sente suas pernas tremerem.
“Consigo sentir você ficando apertada, relaxa meu bem, goze para mim, eu sei que você está perto” 
Ele mergulha os dedos em você, circulando seu clitóris, e você não consegue mais segurar seu corpo, ele sente você estremecer nos dedos dele, e ele segura seu corpo contra o dele, enquanto você colapsa com ele.
Ele solta sua mão, que cai sobre o ombro dele, sente os dedos dele te abandonando, sua respiração pesada.
“Estou te segurando, fique tranquila” Ele fala enquanto passa o braço dele por você, te levantando, e você sorri.
“Tão cavalheiro.” Você fala enquanto ele te carrega para o seu quarto.
“Tratamento especial de agentes americanos.” Ele fala com os lábios colados em sua têmpora.
Você move sua cabeça para que você possa olhar para ele, “Eu quero você, eu quero te sentir dentro de mim.”
Ele pressiona um beijo rápido em seus lábios. E te abaixa cuidadosamente em pé em frente a sua cama. Você mantém os olhos nele, enquanto puxa seu vestido pelo seu corpo, e o deixa no chão.
Marcus olha para você de cima em baixo, os olhos dançando por cada parte de você.
“Essa é a obra mais linda que eu já vi.”
Você sorri, e da um passo em direção a ele, levantando a camisa dele. Ele termina de tirá-la e joga no chão. Você passa os dedos pelo peito dele, descendo até o cós da bermuda, e começa a desabotoar, sentindo a rigidez dele sobre a roupa, e provocando ele passando os dedos sobre o tecido, fazendo com que ele suspire, de olhos fechados, respeitando o seu tempo para despi-lo. Você desliza o zíper para abrir a bermuda e deixar cair nos pés dele. E deixa beijos suaves sobre os peitos dele, descendo até a barriga, enquanto você se senta na cama.
Marcus passa suas mãos pelo seu rosto, segurando seus cabelos, e vai se inclinando sobre você. Você se arrasta mais para cima da cama, e ele tira a cueca enquanto vai se posicionando entre suas pernas.
Você olha o pau dele, e fica hipnotizada, nunca nenhum do tamanho dele, grande, grosso. Ele sorri vendo você olhar para o corpo dele.
“Se você quiser que eu pare” Ele fala enquanto puxa sua calcinha pelas suas pernas. “Me fale que eu paro.”
Você morde os lábios, e assente com a cabeça. Dificilmente isso seria o que eu iria querer.
Ele ajustou o corpo dele, entre o seu, e segurou seu pau entre sua entrada, e deslizou a cabeça dele pelo seu meio, se molhando com você, antes de pressionar a cabeça dele na sua entrada.
Você gemeu e fechou os olhos, porra, ele nem estava dentro de você ainda, e você já estava completamente entregue.
Marcus foi deslizando para dentro de você, lentamente. E você sugou o ar, enquanto ele afundava dentro de você. Ele depositou um beijo em seus lábios, e ficou com sua boca próxima da sua. Você era tão apertada, Marcus teve que ir trabalhando em cada centímetro de você, até chegar ao fundo, o pau dele, recheando você completamente, seus quadris se encontrando.
Você ouvia a respiração pesada de Marcus em cima de você, você levantou a cabeça apenas um pouco, para encontrar os lábios dele, ele ficou parado, se acostumando dentro de você.
Fazia muito tempo que Marcus não se sentia assim, essa conexão do corpo de vocês. A necessidade latente que havia entre vocês dois, era algo quase palpável. Ele soube ali que não teria como não querer estar perto de você. De ser algo apenas dentro desses quatro dias. Ele iria querer você pelo resto da vida dele.
Ele beijou você, se pressionando mais em você, te fazendo gemer.
“Isso é tão bom” você falou entre sua respiração, e moveu seu quadril.
Marcus se moveu dentro de você, saindo e voltando lentamente, gentilmente. Os olhos em você, procurando os lugares dentro de você que te faziam perder o ar, que te faziam gemer, que te faziam puxar os cabelos dele.
Ele estava se perdendo em você, seu corpo era macio, seu cheiro era como um frenesi, a forma como você era quente e molhada para ele, os sons que você fazia quando ele estava dentro de você, ele não conseguia mais se segurar, ele aumentou a velocidade, entrando e saindo de você, sentindo você se apertando em volta dele a cada estocada que ele dava, e você o recebia mais fundo, mais apertado.
“Quero sentir você gozar no meu pau” Marcus murmurou no seu ouvido.
As palavras dele enviando uma onda diretamente para sua boceta. Você levantou sua cabeça, olhando onde seus corpos se encontravam. Passando os lábios pela pele dos ombros dele. Beijando seu pescoço, sentindo a pele dele se arrepiar.
Você direcionou a mão dele para o seu clitóris.
“Assim” você pediu, enquanto ele movia os dedos, pressionando seu clitóris. “Faz assim” você puxou o ar pela boca. E mais algumas estocadas dele em você, e você estava tremendo, soltando espasmos ao redor do pau dele, gemendo de satisfação.
“Onde eu posso gozar?” Ele perguntou quase entrando em colapso.
“Dentro de mim.”
E assim que suas palavras saíram da sua boca, Marcus se pressionou contra você o máximo que ele pode, sentindo tudo de você, pulsando dentro de você, enchendo você dele. Ele se enrolou em você, fazendo com que o corpo todo de vocês dois estivesse em contato, enquanto ele ainda pulsava dentro de você.
Você o agarrou também, puxando-o contra você, as pernas enroladas nele. As mãos fincadas na carne dele.
Ele beijou sua testa. Sua têmpora, seu nariz, seu queixo, e seus lábios. Lentamente e gentilmente.
Meu Deus, eu vou ter sérios problemas.
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ficjoelispunk · 9 months
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The Coffee of Love - Capítulo 02 - Domingo.
Avisos da fic: Descrições históricas de Positano, descrições de lugares e cultura. Nosso querido Marcus Pike sendo um galanteador, cavalheiro, charmoso, brincalhão e sedutor. Tensão sexual. Acho que nada mais.
Capítulo anterior: Capítulo 01 - Sábado.
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Resumo: Talvez você goste mais de ser guia turística do que você poderia imaginar. Dependendo é claro, de quem é o turista.
A brisa leve do mediterrâneo não foi o seu despertador hoje. Hoje você acordou no susto, toda suada e descabelada, a noite foi cheia de sonhos que você não conseguiu se lembrar exatamente o teor, mas sabia que uma pessoa em específico estava presente. Quando você olha para o relógio de cabeceira, percebe que está muito atrasada.
Pula da cama, e corre para vestir a primeira coisa que vê na frente, e simplesmente sai apressada para o serviço. O que está acontecendo comigo? Você pensa. Que dia anormal. Essa deveria ser a primeira vez que você chegaria atrasada. Ou pelo menos em cima da hora. Chegando na cafeteria, você encontra o Sr. Francesco já cuidando da entrega de suprimentos para o estoque, passa por ele se desviando das caixas, e pulando pela pilha de embalagens de cafés no chão.
“Me desculpe Sr. Fran, eu perdi completamente a hora” você entrou como um foguete na cafeteria, correndo para se trocar. “Te ajudo em um segundo” você gritou.
“O que deu nessa menina?” Sr. Francesco murmurou sobre os ombros, para um dos distribuidores enquanto tentava acompanhar seu rastro.
Alguns minutos depois, você já está carregando algumas caixas para o fundo, para que Lorenzo organize tudo como ele precisa na cozinha. Ajuda-o a separar os alimentos, e a armazená-los nos lugares corretos, enquanto Sr. Francesco fica cuidando do atendimento. Quando você entra atrás do balcão já atendendo outro cliente que aguardava, Sr. Francesco segura em seu braço enquanto você se vira para alcançar o pacote para colocar os pães, e você direciona o olhar para ele.
“Está tudo bem?” Ele pergunta, estudando seu rosto.
Você coloca a mão em seu ombro. “Sim Sr. Fran, está tudo bem, só perdi a hora, me desculpe...”
“Non preoccuparti, mia bella. É a primeira vez que isso acontece. Fique tranquila.” Ele te tranquiliza.
Você assente para ele, e continua atendendo os clientes. Lorenzo preparou uma Piadina Romagnola, para você já que não teve chance de fazer seu desjejum habitual na cozinha, antes de iniciar o trabalho. Entre um cliente e outro você apreciou o prato, Lorenzo não falava muito, mas ele cuidava de você com carinho quando se tratava de comida. E você era extremamente grata, pois as mãos de Lorenzo eram abençoadas, e a maioria das suas refeições eram feitas ali.
Domingo sempre era um dia corrido, vocês recebiam mercadoria, tinham que organizar a cafeteria, atender os clientes, arrumar estoque e dar entrada nos produtos novos, o tempo passava muito rápido, principalmente porque apenas você e Sr. Fran que cuidavam dessa parte, por isso você sempre acabava vindo na segunda-feira, que era sua folga, para conseguir terminar de deixar tudo organizado, pelo menos a parte administrativa, e não era um problema para você.
Quando sua sucessora chegou, você finalmente conseguiu respirar, e já foi se trocar. Só então que você se deu conta que seu cabelo estava um caos, lembrou que dentro da bolsa tinha um lenço, e amarrou no cabelo, numa tentativa de esconder a bagunça. Você estava usando uma camisa de linho branca, e uma saia de amarração verde. Sandalinhas, as primeiras que viu na sua frente. Se olhou no espelho. Ajeitou o lenço. Pegou sua bolsa.
“Ciao, gostei do lenço, ficou affascinante em você!” Você escutou Dona Stefania, uma cliente da casa falando para você enquanto passava pela porta do salão, e se desviava do balcão.
“Obrigada Dona Stefania, me inspirei na senhora.” Você falou, enquanto girava em torno de si mesma, e abaixou inclinando um cumprimento real para ela, sorrindo. E continuou andando em direção a porta.
Você falou alto sem saber onde ele estava mas com certeza que ele escutaria “Ciao, Sr. Fran...” mas você foi interrompida quando Sr. Francesco segurou em seu braço, e se você não estivesse dentro da cafeteria ainda, teria levado um susto, pelo movimento brusco.
“Não saia ainda, aquele homem está lá fora, acho que ele está esperando por você...” Ele estava falando em um tom preocupado e nervoso, você nunca tinha visto Sr. Fran agir daquele jeito, e enquanto ele falava, suas sobrancelhas se uniram na testa, você não estava entendendo o que estava acontecendo, então seus olhos correram pela janela, para olhar do lado de fora, quando você viu Marcus.
MARCUS! Caralho, Marcus. Na correria da sua manhã, você se esqueceu completamente que tinha combinado um passeio com o homem desenhado por Deus, que você tinha acabado de conhecer. Você foi pega de surpresa pela sua própria desordem mental, seu estomago gelou, foi inundada com o elemento surpresa do seu cérebro pregando uma peça em você. Suas mãos se levantaram para encontrar as  mãos que Sr. Fran usava para segurar seu braço, e foi caminhando com ele em direção a porta, tentando manter a calma, e fingindo que não tinha se esquecido completamente de Marcus.
“Está tudo bem Sr. Fran, ele está me esperando.” Você falou para ele enquanto caminhava em direção da porta. Agora sim, nesse momento, nessa curta caminhada até a porta em direção a Marcus, que estava encostado na parede do outro lado da rua, olhando para você, as mãos no bolso, e as pernas cruzadas, você começou a sentir um calor descabível que substituiu o frio do seu estomago, provavelmente seu sangue subiu todo para o cérebro porque você sentia suas mãos geladas, e seu corpo se enrijeceu. Você engoliu em seco. E forçou um sorriso.
“Você está nervosa?” Sr. Fran perguntou. E você apenas balançou a cabeça.
Sr. Fran acompanhou você até a porta, e assim que pisaram na calçada, ele te segurou. “Espere aqui mia bella, só um momento.” Você ficou sem reações. Ele atravessou a rua, e você simplesmente estava congelada feito uma estátua, acompanhando Sr. Fran com o olhar, não conseguia pensar e nem falar algo rápido o suficiente para impedir Sr. Fran. Ele já estava de frente para Marcus, que agora segurava a mão dele. E o escutava com muita atenção.
“Buon pomeriggio meu rapaz, quero você escute com muita atenção. Se você ferir aquela moça gentil, magoar os sentimentos dela, ou se ela ficar doente, pegar um resfriado, qualquer coisa... você é um homem acabado. Você me entendeu?” Sr. Fran disse a Marcus, as palavras pausadamente e firmes, os olhos fixos com o de Marcus, e o aperto de mão pesado e apertado e forte. Você não escutou essa parte. Era um ultimato entre os dois.
Marcus, assentiu com a cabeça, e sorriu, colocando a outra mão em cima do aperto de mãos do Sr. Francesco, “Entendido, senhor. Cuidarei dela.” Ele falou, e essas foram únicas coisas que você ouviu, porque neste momento você estava atravessando a rua também. Suas pernas te levaram até lá, espontaneamente, sem seus comandos propriamente ditos, foi automático.
Você se aproximou com as mãos entrelaçadas atras das suas costas, se equilibrando em apenas um pé, enquanto se inclinava para os dois, como quem não quisesse atrapalhar. Os dois, ainda ligados pelo aperto de mãos, e Marcus olhou para você, com carinho, com o sorriso leve. “Tudo bem, meninos?” Você perguntou com as sobrancelhas arqueadas, e curiosa.
“Sim, tudo bem, certo?” Sr. Fran falou, mas se direcionando para Marcus.
“Tudo perfeitamente bem.” Marcus respondeu. E eles se separaram do aperto de mãos.
Sr. Francesco se virou para você “Se cuide mia bella”, enquanto colocava as mãos na lateral dos seus braços.
Você sorriu e o abraçou deixando um beijo na testa de sr. Fran, que pela idade já estava quase do seu tamanho. E ele voltou para a cafeteria.
Você o esperou entrar, as mãos de volta nas suas costas, segurando os dedos atrás de você, ficou na ponta dos pés e girou para olhar Marcus. “Desculpe por isso...”
“Não precisa se desculpar.” Ele sorriu. “Ele é seu pai?” Ele perguntou com as mãos no bolso da bermuda.
Você tombou a cabeça, e inspirou fundo, olhando para o céu, que estava estupidamente azul naquela tarde. “É como se fosse.” Você apontou para a roupa dele, “agora sim você está de férias”. Ele sorriu satisfeito. Marcus estava com uma camisa florida de algodão verde bebê, um óculos aviador ray-ban pendurado no bolso esquerdo na altura do peito na camisa uma bermuda de sarja caqui, e tênis.
“Pensei que pudesse vir de terno e gravata, mas talvez deva reservar esse look para uma outra oportunidade com você.” Ele sorria enquanto falava.
Você sorriu pelo descaramento, e balançou a cabeça revirando os olhos, em resposta.
Você apontou para o caminho na frente de vocês e começou a andar, pensando, onde você o levaria já que você não tinha absolutamente nada em mente, porque você se deitou em sua cama e apagou como um blackout, e acordou completamente desnorteada hoje após sonhar com este homem, se esquecendo de tudo e todos. Por que você estava sonhando com ele? Mas seu cérebro ascendeu, e você já sabia aonde ir.
“Então... devo me preocupar? Devo perguntar para onde você está me levando?” Ele perguntou, enquanto acompanhava você, quebrando seu silêncio.
“Já tenho todo o roteiro preparado em minha mente, apenas me siga.” Você falou firme e olhando para frente, e empinou o nariz.
“Você esqueceu completamente.” Ele murmurou rindo.
“Claro que não” Você juntou as sobrancelhas, e disfarçou olhando para a rua enquanto atravessava.
“Você esqueceu mesmo!” Ele concluiu, com os olhos estralados e se apressando para ficar adiantado em sua frente e ver seu rosto.
Você o empurrou de leve, mordendo os lábios e sorrindo. Era difícil não sorrir perto dele. Suas bochechas iam doer até o fim do dia. “Cala a boca.”
“Eu preciso perguntar...” Ele estava andando na sua frente na contramão da rua novamente, como fez no dia anterior.
Você olhou de canto de olho para ele, desconfiada.
“É muito longe? Vamos ter que voltar tudo isso andando?” Ele apontou para a rua que vocês estavam descendo.
Sua boca se abriu em desdém com o que ele estava perguntando. “Como você ousa? Positano é para ser sentida! Você precisa se acalmar, e apreciar a vista. Esse ritmo frenético americano vai acabar adoecendo seu coração. Para de reclamar e dê atenção ao caminho...” você disse enquanto abria os braços na frente do seu corpo.
Ele inclinou a cabeça para o lado, puxou o ar e abriu a boca para falar alguma coisa, mas ficou quieto. Você se sentiu vitoriosa. Caminharam em silêncio, por alguns bons minutos, o silêncio era extremamente confortável entre vocês. Você via Marcus erguendo a cabeça para olhar tudo com calma, e cuidado. As casas, as flores, as arvores que lutavam para se ajeitar entre um local e outro. Em um momento você teve que parar, e esperá-lo, ele estava parado olhando uma casinha muito linda, com a parede viva, toda verde, e flores que caiam perfeitamente pelas janelas. Você o observou, enquanto ele admirava e fazia uma foto da rua. Era reconfortante vê-lo apreciando algo.
Ele se virou para você, seus olhos se encontraram, ele sorriu, e você sorriu pra ele. Esticou a mão, fez um sinal com a cabeça, para que ele viesse em sua direção e segurasse suas mãos, como um convite para continuarem. “Vamos?” você susurrou.
Ele se apressou para te alcançar, você dobrou o braço dele na frente do seu corpo, e encostou a cabeça no nó de suas mãos unidas. Um movimento tão íntimo. Marcus ficou te olhando por cima, poderia dizer que era algo malicioso, mas ele percebeu que era seu jeito. Talvez Marcus nunca tenha conhecido alguém tão intenso como ele, intenso naturalmente, sem pedir nada em troca, apenas por ser carinhoso, e atencioso genuinamente.
“Já estamos chegando, eu prometo.” Você falou para tranquiliza-lo.
De toda a aldeia de Positano você consegue ver a cúpula ou cripta da como o povo local chama, da Igreja de Santa Maria Assunta, que é coberta por azulejos coloridos. A Chiesa di Santa Maria Assunta, é um ponto turístico, e a marca registrada dos cartões postais da cidade. Fica localizada bem no centro de Positano, e não tem como passar pela cidade sem conhecer o lugar. Você escolheu ali, primeiro porque é de graça, e segundo porque ao redor tem alguns restaurantes, cafés e sorveterias que ficam ali, então é um bom lugar para passar a tarde.
Antes de vocês chegarem ao destino, você decidiu perguntar, para que não fizesse julgamentos errados. “Marcus, posso te perguntar uma coisa?”
“Sempre.” Ele disse agora imitando seu movimento anterior, e dobrando seu braço em frente ao abdômen dele. Vocês estavam andando bem juntos.
“Você gosta do que faz? Do seu trabalho?” Você levantou a cabeça para olhar para ele.
Ele fez uma pausa antes de responder, olhando o caminho que estavam fazendo, se autoavaliando, e contorcendo os lábios. “Posso responder que sim, eu gosto. Eu gosto do meu departamento.” Ele encontrou seus olhos. Você assentiu e sorriu para ele em resposta.
Quando vocês chegaram no pátio da Igreja, você soltou a mão dele, e ficou observando-o de longe, queria analisar cada expressão do rosto dele. Queria conseguir ler os pensamentos dele. Se ele era um agente de um departamento federal dos Estados Unidos, obviamente no mínimo ele deveria ser inteligente. E se ele era um agente federal de um departamento de artes, você julgou que ele era um bom apreciador de história.  
A Igreja por fora é simples. Não há nada de especial nela. Mas por dentro é algo de tirar o folego. Mas você não disse isso a ele, queria que ele sentisse por si só. Queria ver se ele iria sentir vontade de entrar, ou se ele seria um apreciador fajuto e se contentar apenas com a beleza exterior das coisas, julgando um livro pela capa.
Ele olhou para você, e fez um gesto com a mão para você chegar mais perto dele, e você obedeceu.
“O que você me diz?” Você perguntou, parada ao lado dele, em frente a igreja. Os dois olhando para ela do lado de fora.
“Simples, mas a simplicidade me encanta.”
Você gostou de ouvir as palavras dele. E sorriu.
“Ela é uma igreja do século 11.” Você falou enquanto ainda olhavam para ela.
“Eu achei a cripta muito bonita.” Ele apontou.
“Nós da cidade usamos para nos orientarmos, sabemos que aqui é o centro da aldeia. Mas antigamente, a cúpula colorida era uma referência para os marinheiros. As cores refletem a luz do sol, e ajudava a identificar terra firme.” Você indicava com o dedo, a cúpula redonda, e se virou para apontar atrás de vocês o mar mediterrâneo que brilhava mais azul do que o azul do céu.
Marcus nem se virou para olhar, os olhos dele estavam cravados em você com admiração enquanto você falava.
Ele colocou as mãos na base das suas costas, te fazendo arquear com o toque inesperado. Se inclinou próximo ao seu ouvido. “Podemos entrar?”
“Eu achei que você nunca ia perguntar.”
A primeiro momento, pela simplicidade do seu exterior você não da nada para a Chiesa, mas por outro lado, quando você entra, é deslumbrante tamanha beleza. Você olhou para Marcus estudando as reações dele.
Ele olhava para cima, com a boca aberta, e girava em círculos no próprio eixo. Ele soltou uma risada de apreciação, você poderia dizer que ele estava realizado. Marcus se virou para procurar você, depois de tantos giros, que estava parada olhando para ele, enquanto ele se divertia olhando para todos os lados da igreja. O olhar castanho dele tinha um brilho lindo, infantil. Você caminhou até ele.
“Olha esses detalhes bizantinos. É incrível.” Ele falou sorrindo.
Vocês caminharam em silencio em direção ao altar, para observarem os ornamentos.
“Existe uma lenda a respeito da imagem da Nossa Senhora.” Você indica com a cabeça, para a imagem negra com Jesus ao lado.
Ele olha para você com curiosidade.
“A lenda conta que os marinheiros haviam roubado essa imagem, e que o navio deles acabou sendo trazido pelas ondas até a costa, e eles não conseguiam retornar ao mar. Alguns escutaram uma voz dizendo “posa, posa” que significa pousar, mas nesse contexto, ancorar. Eles acreditaram ser um sinal divino e doaram a imagem para a população. Daí, o nome Positano.” Você falava de braços cruzados, enquanto observava o altar, a cabeça inclinada numa tentativa de falar mais próximo dele.
Ele balança a cabeça, enquanto te ouve com atenção. Marcus caminhou mais uns momentos pela igreja enquanto você ficou observando por um tempo. Viu ele tirando algumas fotos. E então ele já estava se direcionando para a saída. E você o seguiu.
Vocês saíram para um pequeno mirante que fica em frente a igreja, e ficaram sentindo a brisa do mar, e olhando para o horizonte.
“Gostou?” Você perguntou sem olhar para ele.
“Eu amei.” Ele fala olhando para você.
Você sente uma fisgada no estomago, balança a cabeça enquanto olha para baixo.
“O que? Não seja arrogante, eu estava falando da igreja.” Ele disse sorrindo.
Você levantou as duas mãos em sinal de desarme. E continuou olhando para o mar. Ficaram em um silêncio confortável por um tempo. E depois você enganchou seu braço no dele, e como um bom cavaleiro ele dobrou o braço para que você se apoiasse devidamente.
“Vamos, ainda tem mais.” Você o puxou.
Desceram a escadinha, da lateral da Igreja, e andaram por uma rua estreita, com várias lojinhas, até chegar em um barzinho, que servia sorvete, e tinha um deck de frente para o mar, com uma vista linda, que dava para ver a cidade subindo na vertical sobre a rocha, e as casinhas coloridas pintando a vista de Positano.
“Agora, você será obrigado a provar este sorbetto de limão siciliano.” Você apontou com o dedo para o desenho de sorvete na frente de vocês.
“Sim, senhora.” Ele concordou contente.
Você pediu dois sorbettos do mesmo sabor. Entregou um para ele, e esperou o próximo. Vasculhou a bolsa para pegar sua carteira, mas antes de você conseguir achar, Marcus já pagando, e agora segurava seu sorbetto para te entregar.
“Não. Eu ia pagar.” Você falou frustrada, ainda com as mãos dentro da bolsa.
Ele esticou o braço para você pegar o sorvete antes que derretesse. E indicou as mesinhas para vocês se sentarem. As mesinhas eram redondas e pequenas, com duas cadeiras cada.
“É um pagamento pelo passeio.” Ele falou, enquanto olhava a vista, e saboreava o seu sorbetto.
Você se sentou de lado na cadeira, cruzou as pernas, a bolsa em seu colo, um braço no encosto da cadeira, empurrando os cabelos que por vez ou outra grudavam nos seus lábios, e com a outra mão segurando seu sorbetto. Ficou ali em paz e em silencio enquanto se deliciava com o limão siciliano em massa. E observava o pôr do sol que logo iria se formar.
Depois de terminar, que você se virou para Marcus, e então percebeu que ele já havia terminado o sorbetto dele, e te encarava com um olhar malicioso, mas ao mesmo tempo carinhoso, as mãos segurando o queixo.
“Por que você está me olhando desse jeito?” Você começou a sentir a maçã do rosto pegando fogo.
Marcus não respondeu. Ele se debruçou sobre a mesa em sua direção, diminuindo a distância entre vocês dois e esticou um braço para encostar a mão em seu rosto. Você ficou imóvel acompanhando o gesto dele com os olhos. As mãos grandes segurando seu queixo, enquanto ele olhava para os seus lábios e passava o dedo perto da sua boca, para limpar o sorvete que tinha ficado por ali. Você olhava fixamente para ele. Seus lábios se abriram. Um simples gesto, e você estava completamente enebriada em seus pensamentos por ele.  Você sentiu seu coração bater no peito, e o volume do ambiente tinha diminuído atrás de vocês. Parecia que era só vocês dois, e a vista incrível, daquele lugar mágico que você tanto ama.
Vocês dois ficaram congelados ali por alguns minutos. Marcus traçava uma linha contínua entre seus olhos e sua boca, e você imitava o movimento como se fosse uma dança, um hipnotizando o outro. Seu rosto ainda nas mãos dele. Você teve a sensação da distância entre vocês estarem encurtando aos pouquinhos.
Gentilmente você colocou uma mão no braço dele que estava sob a mesa. Quebrando aquele clima tenso entre vocês.
“Obrigada.” Você murmura enquanto abaixa a cabeça, e finge ajeitar algo na bolsa.
Você estava começando a planejar uma forma de se despedir dele, mesmo que no fundo você não quisesse, e ir embora, já estava ficando tarde, e logo iria escurecer.
Marcus não recua a postura sob a mesa. E em vez disso, cruza os braços sobre ela. Continua te olhando. Você sente as bochechas vermelhas novamente. E ajeita o lenço no cabelo.
“Eu quero experimentar uma bebida.” A voz dele baixa e grossa, faz você ter um leve arrepio. Agora ele olha para o pôr do sol. Enquanto espera sua resposta.
Você tomba a cabeça para o lado, “Qual?” pergunta baixinho, ainda fuçando na bolsa.
“Ouvi falar sobre Limoncello” Ele tentou um italiano, era bonitinho o jeitinho que ele tentava falar, você sorriu.
“Limoncello.” Você repetiu da forma correta.
Ele estralou o dedo, e apontou para você. “Isso mesmo.”
Finalmente você para de mexer na bolsa, e descansa os braços no colo, olhando para ele. “Acho que aqui tem.” Você indicou para o bar atrás da barraca de sorvetes.
Ele mostrou a palma da mão para você, como um convite.
Você olhou para a mão dele, e depois olhou para ele. Olhou para o pôr do sol. Bebida alcoólica e esse homem na sua frente, não seria uma boa ideia. Fez um uma linha reta com os lábios, não tinha jeito, iria se render. Você segurou a mão dele, ele se levantou primeiro, e você o seguiu.
Entraram no bar, e você foi até o balcão fazer o pedido para ele. E pediu apenas uma dose da bebida. Limoncello é uma espécie de licor de limão siciliano.
Quando o garçom se aproximou apenas com uma dose. Marcus te olhou inconformado.
“Cada a sua bebida?” Ele apontou para o copinho solitário no balcão.
Você se contorceu. Encolheu os ombros. E franziu a cara.
“Nem pensar. Pode trazer mais uma.” Ele falou para o garçom, sem saber se ele entendia o que ele falava, mas fez mimica e apontou para o copinho, e mostrou dois dedos. O garçom entendeu.
“Não, eu não gosto de...” você tentou argumentar.
“Por favor, só para me acompanhar. Eu só quero experimentar.” Ele insistiu.
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22:47, era o horário que seu relógio estava marcando, quando você parou de dançar cansada no meio do bar. Você cerrou os olhos numa tentativa de enxergar melhor os ponteiros do relógio, mas teve que olhar mais de perto. Porque sua visão não estava nenhum pouco colaborando com você. Você conseguia ver duas unidades de tudo que você olhava.
Você e Marcus ficaram sentados ali e tomaram muitas doses de Limoncello. Você nem sabe se gostava daquela bebida. Mas a companhia dele era tão boa. Tudo fluía com muita facilidade, vocês poderiam passar horas conversando e você beberia ou comeria qualquer coisa sem questionar com aquele homem. Fazia muito tempo que você não conhecia alguém que te deixasse tão à vontade. Não tinha aquele momento em que você sai com um cara, e fica sem assunto, e o silêncio começa a pesar sobre vocês, e o medo de não ter mais assunto começa a esmagar o seu crânio, até você ter vontade de correr o mais rápido que você puder. Pois bem, não existe isso com Marcus.
Ele era um homem divertido, inteligente, sensível, charmoso, e você estava encantada. E bêbada. Encantada e bêbada.
Depois de sabe Deus quantas doses de Limoncello, vocês acharam que a música era boa para dançar, e foram os dois perto da JukeBox  vintage que tinha no canto do bar. Você foi caminhar até ele, mas o seu equilíbrio tinha ido embora a algumas doses atrás. Mas Marcus apoiou seu braço, te ajudando a ficar de pé.
“Preciso ir embora.” Você sussurrou, quase pensando que ele não poderia ter escutado.
“Chega de Limoncello por hoje.” Ele imediatamente colocou o braço em volta da sua cintura te apoiando, e sem pensar você entrelaçou os dedos na mão dele na lateral do seu corpo, e passou seu braço pelas costas dele também. Era estranho como você se sentia tão confortável ao lado desse desconhecido, que fazia você ter a sensação de que o conhecia a vida toda.
“Chega de Limoncello por esse ano.” Você reforçou. E Marcos deu uma risada leve.
Você nem viu Marcus colocando o dinheiro em cima do balcão para pagar a conta. Vocês só saíram do bar. O ar puro do lado de fora te fez recuperar um pouco a sobriedade. Graças a Deus.
Vocês refizeram o caminho de volta, a subida era torturante. Mas vocês foram com calma.
“Quantos dias você vai ficar por aqui?” Você perguntou, enquanto imitava os passos dele.
“A partir de hoje, 5 dias.” Ele contou.
5 dias. 5 dias parece pouco. Parece rápido. Mas para uma viagem, parece muito. São longos dias, para um destino tão pequeno.
“Você vai ficar só aqui, ou pretende conhecer outros lugares?”
“5 dias em Positano.” Ele afirmou.
5 dias em um destino como esse, solteiro?
“Marcus...” a bebida estava te dando coragem.
“Hmm...” Ele olhou para você por cima dos ombros.
“Por que você está aqui sozinho?” você perguntou sem pensar muito.
“Não estou sozinho, estou com você.” Ele respondeu.
Você revirou os olhos, “Sim, mas eu quero dizer...” você queria encontrar as palavras, mas seu cérebro estava alcoolizado. “Por que você está de férias, aqui, sozinho...”
“Um homem como eu não pode tirar férias sozinho?”
“Um homem como você está sozinho por opção?” você rebateu. Era o álcool falando.
“Uma mulher como você está sozinha por opção?” Ele é irritante quando quer.
Você parou de repente a caminhada. Ele soltou sua cintura, e então se virou para ficar de frente para você.
“Você pode responder a minha pergunta, sem ser com outra pergunta?” Você estava olhando para ele reivindicando um assunto sério, com as mãos na cintura.
Ele olhou pro lado sorrindo sem graça. E apertou as mãos na frente dele.
Você percebeu que ele ficou sem graça. E se sentiu mal por isso. Você deu um passo na direção dele, e colocou uma mão em cima das mãos dele que se mexiam com ansiedade, tentando acalmá-lo.
“Tudo bem, me desculpa, não queria te deixar desconfortável, eu só fiquei curiosa e pensei que...”
“Não, tudo bem.” Ele passou o polegar no meio dos olhos, mas deixou a mão que você tocava parada sem fugir do seu toque, e virou a palma, para que você colocasse sua mão ridicularmente pequena em cima da mão dele estupidamente grande. E ficou olhando para seus dedos. “Eu já fui casado. Mas não deu certo. E quando me mudei para Washington...” Ele hesitou. E você afundou seus dedos na mão dele. Vocês estavam de mão dadas.
“Quer saber... Foda-se. Não importa. Deixa pra lá.” Você puxou a mão dele na tentativa dele te seguir. Mas ele te segurou. E você voltou em direção a ele com pulinhos.
Marcus olhava para você dos pés a cabeça. Seu coração começou a bater em seu peito. Você ouvia o tum tum no seu ouvido. Ele estava acariciando sua mão com o polegar. Será que ele é comprometido?
“Eu tinha uma pessoa.” Ele começou, e seu coração errou as batidas. “Nós trabalhávamos em setores diferentes. Eu recebi uma promoção, e tive que me mudar. Ela não aceitou se mudar comigo para DC. E assumiu um relacionamento com o seu parceiro de trabalho.” Ele murmurou baixinho, mas não triste.
“Você gosta dela ainda?” Você murmurou, e deu um passo para frente.
Ele sorriu, e desviou o olhar para as casinhas que estavam dividindo o cenário com vocês.
Marcus não sabia responder essa pergunta, tinha sido algo recente, e ele ainda pensava nela as vezes. Mas nos últimos dois dias, ele só conseguia pensar em você. Em como você era bonita. Como se vestia bem. Em como você sorria. Como tratava as pessoas ao seu redor. Em como era educada e atenciosa. Como seu toque era suave e carinhoso. Em como você era cheia de si, sem medo de ser você mesma. Ele estava encantado por você.
Você se aproximou mais um pouco dele, estavam a palmos de distância um do outro agora, e Marcus ainda acariciava sua mão. Você subiu sua mão percorrendo o braço dele, passando os dedos de leve em sua pele. Fez o mesmo com o outro braço.
Marcus estava em silêncio, e você via o peito dele subir e descer em uma respiração pesada. Mas poderia ser pela subida, e o caminho íngreme.
“Que pena...” você murmurou olhando para os braços dele. “para elas.” Você completou, e levantou a cabeça para olhar para ele, e sorriu. Vocês estavam muito próximos agora.
Marcus olhava para você com os olhos escuros, semicerrados, você segurou os pulsos dele. Ele inclinou em sua direção, e colocou a testa junto da sua. Você fechou os olhos, o sentimento de conforto. Os seus narizes entraram um uma batalha gentil, fazendo carinho um no outro. Você sentia a respiração dele em você. Ele imitou você e passou os dedos pelos seus braços, subindo todo o seu contorno. Você arrepiou, ele sentiu as pequenas erupções em sua pele, na ponta de seus dedos, e sorriu. As mãos dele alcançaram o contorno do seu rosto, e aqueceram seu maxilar com o calor do seu toque.
Vocês dois saltaram, quando uma vespa passou buzinando por vocês, e os dois homens gritavam, enquanto passaram por vocês.
“Jesus!” Você falou com a mão na barriga, inclinada para frente.
“Idiotas!” Marcus falou olhando em direção dos escandalosos, segurando sua mão.
Você começou a gargalhar, e colocou as mãos na frente da boca para esconder o riso. Ele começou a rir com você também.
Você o puxou. “Vamos, não falta muito.”
Vocês fizeram o restante do caminho em silêncio, estavam muito ofegantes para conversas. E de mãos dadas. Ele te levou até a porta da sua casa, novamente, como no dia anterior. Quando chegaram, você alongou a distância entre vocês ficando na frente dele, com os braços esticados. Você estava sorrindo enquanto olhava para ele, brilhante sob a luz fraca da rua da sua casa.
“Obrigada por me trazer em segurança para casa agente.” Você brincou.
“Obrigado por não me deixar ser atropelado por uma vespa novamente.”
Você olhou para o chão e sorriu com a lembrança de minutos atrás.
Ele puxou seu braço, e foi trazendo você para mais perto dele, imitando um cabo de força, com suas duas mãos, te puxando para perto dele, enquanto você jogava seu peso para trás. Quando estavam bem próximos, ele te puxou para um abraço.
“Obrigado pelo dia de hoje, foi especial. Eu me diverti muito.” Ele falou com os braços cruzados por sobre seus ombros, e os lábios no topo da sua cabeça, onde seu lenço cobria seu cabelo.
Você cruzou os braços pela cintura dele. A cabeça encostada no peito firme dele. Você sentia o cheiro dele, o mesmo do dia anterior que te deixou enebriada. A sensação era a mesma agora. No início o abraço não tinha nenhum apelo sexual.
Mas quando você foi se afastar, ele não te soltou. E você não o soltou. Ao invés disso, as mãos dele desceram para o meio das suas costas, te pressionando um pouco mais contra ele, você passou os braços por cima dos braços dele, colocando suas mãos na nuca dele, afundando os dedos pelos seus cabelos castanhos macios, deixando os braços dele com livre acesso para o seu corpo. Ele segurou na sua cintura, e te ergueu,  você se segurou com os braços atras do pescoço dele, balançando os pés no ar. Ele te pousou no primeiro degrau da sua escada.
Você ficou pouquíssima coisa mais alta que ele. Agora, vocês olhavam um nos olhos do outro. Sua mão passando os dedos por entre os cabelos dele. Marcus fechou os olhos, e inclinou a cabeça para trás com seu carinho. Você sorriu, e encostou a sua cabeça na ponta do queixo dele. Passou o nariz de leve no pescoço dele. Marcus abaixou a cabeça para frente, você se afastou para olhar para ele.
Ele começou novamente a traçar a linha entre seus olhos e sua boca. Você sorriu, ficava tímida com ele te olhando assim, encostou o seu nariz no dele, seus olhos fechados com a sensação do carinho. As mãos dele, desceram para o seu quadril. Você começou a respirar pesado. As coisas começaram a ficar intensas dentro de você, o toque firme da mão dele no quadril, o corpo dele colado no seu, o cheiro dele, o calor do corpo dele, as suas mãos fazendo carinho no cabelo dele. Seus rostos tão próximos. Marcus inclinou a cabeça de lado, e você sentiu lentamente o lábio dele pressionando contra o seu. E ficando ali, por um tempo. Ele se afastou um pouco para procurar seu olhar.
Você abriu os olhos, e colocou a mão na nuca dele, segurando sua cabeça, e sorriu. Marcus então pressionou outro beijo em você, esse mais urgente, seus lábios se abriram, e suas cabeças se moviam lentamente, procurando o melhor ângulo para se encaixarem, enquanto suas línguas se esbarravam uma na outra, lentamente. A mão direita de Marcus subiu para apoiar sua coluna, e a outra estava apertando seu quadril, te puxando para o corpo dele.
Você sentia uma pontada entre suas pernas, com a simples agilidade da mão dele no seu corpo. O beijo dele tinha gosto de Limoncello, e o aperto da mão dele em seu quadril, te fez soltar um som do fundo da garganta. Ele se afastou do seu lábio e encostou a testa na sua, ofegante. A distância te causou incomodo. Você puxou as mãos para o rosto dele. Aproximando os lábios dele nos seus novamente, a língua de Marcus traçava uma batalha dentro da sua boca, você deixava mordidas suaves no lábio dele. A mão que estava no seu quadril, se moveu aberta por trás de você, segurando sua bunda. O aperto te fez soltar um gemido. E você começou a sentir um embrulho calorento no final do seu estomago, e um formigamento irradiou sua boceta, seu corpo pedia por mais de Marcus. Ele te beijava com paixão, suas cabeças se movimentavam, e quando suas línguas se encaixavam ele apertava sua bunda te puxando para o corpo dele. Você começou a sentir a ereção do pau dele, pressionado no seu corpo.
Ele era grande, dava para sentir o comprimento dele em você, ele puxando seu corpo pela sua bunda, para roçar o pau dele. A mão dele que estava nas suas costas, começou a procurar a bainha da sua camisa, e você sentiu o polegar dele na sua pele por baixo da sua camisa, em suas costas. Isso te causou tremores, seu corpo todo arrepiou. E agora quem fez a pausa no beijo foi você.
Você encostou sua testa na testa dele, a respiração ofegante, seus dedos acariciando o rosto dele. Gentilmente diminuindo a intensidade daquilo tudo. Seu coração estava disparado, sua respiração tentando encontrar um ritmo certo, você voltou a dar beijos leves nos lábios dele. Ele entendeu sua linguagem corporal, e estava com os braços enrolados na sua cintura, te abraçando novamente.
Você deu um último beijo nele, sorriu. “Preciso entrar.” Suas mãos ainda seguravam o rosto de Marcus, afagando suas bochechas, uma mão subiu para passar os dedos entre os cabelos dele.
Ele não te liberou do abraço que te prendia no corpo dele. Você deu um beijo no nariz dele. E finalmente abriu os olhos.
“Por favor, agente.” Você fez um beicinho.
Ele olhou para o lado, balançando a cabeça e sorriu. “Você faz jogo sujo.” Ele fala bem próximo da sua boca. Vendo a dificuldade que ele tem, em te soltar.
Você da mais um beijinho, e empurra o ombro dele gentilmente. E ele te solta, relutante, segura sua mão, olhando para você. E sorri.
“Boa noite, agente.” Você pisca para ele.
Ele beija sua mão. “Boa noite.” E te solta.
Você sobe as escadas, segurando um sorriso enquanto morde os lábios, e ele espera você fechar a porta para ir embora.
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ficjoelispunk · 9 months
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THE COFFEE OF LOVE - Série
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Sumário: O Agente Marcus Pike vai passar as férias na Itália, e o destino faz com que ele conhecesse você, uma garçonete de um café próximo ao hotel em que ele está hospedado. Ele só não imaginava que você tinha muito mais para mostrar para ele. Sete dias de viagem se tornam torturantes, e vocês resolvem fazer um trato. Mas a forma como você brilha, o faz querer que a sua luz acompanhe ele até o outro lado do oceano.
| Marcus Pike x F!Reader|
Avisos: Essa série é destinada a um público maior de 18 anos. A narrativa conta com um cenário ideológico, mas muito próximo da realidade. Consumo de bebida alcóolica. Sexo desprotegido. Sexo oral. Angústia. Indecisão.
Notas da Autora: A série é narrada através da visão do leitor. A personagem é focada, sonhadora, muito honesta e gentil. A leitura será leve. Se você gostar, por favor, compartilhe ou comente. ❤️
PRÓLOGO.
• Sábado
• Domingo
• Segunda-feira (+18)
• Terça-feira
• Quarta-feira
• Quinta-feira
• Sexta-feira
• Sábado
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ficjoelispunk · 9 months
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The Coffee of Love
Prólogo.
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Desde muito pequena você sempre teve sonhos alguns infantis como conquistar o mundo, e outros muito palpáveis como querer viver do que você ama fazer. Apesar de ser de uma família muito humilde, você sempre usou do seu maior defeito, mas que para você era uma qualidade, a teimosia, para conseguir tudo que você queria.
Quando era criança, seu pai sempre dizia que você poderia ser e ter o que quisesse. E naquela época, você acreditava tão fielmente nessa possibilidade, que hoje, mesmo sabendo como a vida realmente é, essa sementinha já foi plantada no seu subconsciente, no fundo, no fundo você ainda sonha em tornar realidade seus desejos sendo infantis ou maduros. Ainda, e quando, demore um dia, ou 100 anos. Você tem tempo, e pode passar por ele, tentando.
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Sua vida é movida pela arte. Música, teatro, cinema..., tudo que facilita a expressão do sentimento para você é arte. Você sempre foi ótima em desenhar, e desde então, você se dedicou de forma independente à pinturas em telas. E porra! você é muito boa nisso. Você tem um talento natural, suas mãos simplesmente fazem a mágica acontecer. Mas infelizmente você não tinha os caminhos necessários para seguir a vida pintando, e ganhando dinheiro com esse dom maravilhoso que você tem.
Você sempre teve que trabalhar muito duro para conseguir suas coisas. Infelizmente o trabalho, e a arte, te tomaram muito tempo e dinheiro, os materiais, as telas, e tudo mais não são tão baratos e você não tem luxos. Você teve que escolher, ou trabalhar e sobreviver, ou trabalhar e estudar. E você precisou escolher o trabalho e a sobrevivência. Mas a teimosia não fez você desistir, você tratou de estudar e conhecer o que podia sobre pintar, desenhar e tudo o mais, sozinha. E não era difícil, já que era algo que você amava.
Conforme o tempo foi passando, você começou a se sentir acomodada, aquela não era a vida que você queria para si. Você precisava de mais. Você precisava sair da ilha, para ver a ilha. Você precisava sair da zona de conforto. Você precisava viver. Não queria passar seus dias indo do trabalho pra casa, pagando contas e pintando só para você.
Então você decidiu se mudar para a Europa. Você deixou tudo para trás, sua família, amigos, casa, cidade, estado e país. Tudo. Para viver uma nova vida, em um novo lugar, com novas pessoas, e horizontes. E que horizontes hein.
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Positano é uma cidade pequena da costa italiana, construída verticalmente em cima de rochas debruçadas sob o mar mediterrâneo. As casas coloridas harmoniosamente construídas morros acima, fazem o coração e os olhos de qualquer um sair do corpo. Você trabalhou e guardou todo o seu dinheiro para conseguir vir para esse lugar, e você nunca pensou que faria uma escolha tão certa na sua vida. A cidade fala com você, Positano é para ser vista, vivida e sentida. Cada cantinho que você passa, as vistas panorâmicas..., tudo nesse lugar tiram de você os suspiros mais profundos.
Faz quase 5 anos que você está nesse lugar, e você ama cada segundo dele. Quando você chegou, conseguiu arrumar um emprego em uma cafeteria localizada em um dos becos íngremes da cidade. Apesar de Positano ser pequena, é bem movimentada, mas por turistas. Dificilmente você verá a mesma pessoa mais de uma semana, a não ser que ela more ali.
Na cafeteria você faz o turno da manhã, e cuida da cafeteria do Sr. Francesco sozinha durante seu turno. Abre pontualmente as 7:30 a.m, e passa o avental para sua sucessora as 14:15 p.m, nem sempre tão pontual. Sr. Francesco confia muito em você, afinal faz 5 anos que você está com ele. As segundas-feiras você tem uma folga, mas geralmente acaba passando na cafeteria para organizar as coisas.
O Sr. Francesco é um senhor de uns 76 anos, muito gentil e educado, viúvo e sem filhos. A família mora em outro lugar na Itália e uma vez por ano ele viaja para passar uma temporada com irmãos e sobrinhos. Hoje, com você deixando sempre tudo organizado, recebendo e conferindo mercadorias, limpando o salão, servindo as mesas, e cuidando do caixa, ele fica mais tempo lendo seu jornal, sentado todo dia na mesma mesa, como se fosse um cliente, do que cuidando realmente do seu próprio negócio.
“É uma estratégia simples! As pessoas veem que tem gente aqui dentro, e entram.” Ele brinca, quando algum freguês observa que ele está aproveitando uma espécie de aposentadoria.
Você não se importa, porque o Sr. Francesco cuidou muito bem de você quando você chegou, não foi fácil conseguir um emprego, e ele sempre foi muito correto. Te ajudou a arrumar um lugar definitivo para ficar, a burocracia é grande para conseguir um aluguel. E mesmo sem te conhecer bem, se ofereceu em conversar com alguns conhecidos, e conseguiu um apartamento para você bem próximo da cafeteria, e com uma vista incrível para o mediterrâneo.
Ele também reconhece e incentiva seu dom, a cafeteria tem vários quadros pendurados na parede que você pintou. E ele já comprou alguns para a casa dele. “Eu insisto em pagar. Uma coisa tão linda dessas não pode ser de graça.” Ele fala todas as vezes que você insiste em dizer que é um presente.
Mas você sabe que esse tratamento não veio do nada. Você trabalhou muito, e mostrou seu valor. Os clientes sempre elogiaram seu atendimento. E a forma como você é ágil e prestativa para qualquer atividade, desde limpar uma mesa, a servir o café rápido para quem está com pressa, ou ajudando com as sacolas se alguém chega com muitas compras. Sua educação resplandece. É simpática, e muito atenciosa. Gosta de olhar nos olhos, e sempre  encontra um tempo para ouvir as mais diversas histórias que já passaram por ali. E você não se esforça para ser assim, você simplesmente ama estar ali, ama ouvir as pessoas, observá-las, admirá-las. Por mais difícil que a vida seja, você quer que viver seja fácil, reserva a dificuldade para a realização dos seus sonhos. Mas viver... viver, você escolhe ser fácil.
Sempre confiou no universo. Tudo que for para ser seu, já está em algum lugar te esperando. Você é atenta aos sinais. Agarra as oportunidades. É livre.
“Não entendo, como pode uma moça tão gentil, não ter ninguém para ser gentil com ela também.” Sr. Francisco não entende o porquê de você não ter namorado, ou ser casada.
Você sorri. “Sr. Fran, eu tenho outras prioridades. Nenhum homem nunca realmente reparou em mim, além do que eu mostro exteriormente... não quero desperdiçar meu tempo, e meu amor com quem não merece recebe-lo. Quando acontecer, vai acontecer...”
E ia acontecer mesmo.
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ficjoelispunk · 9 months
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Marcus Pike - Séries.
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The coffee of Love Explícito (+18) - Em andamento - Marcus Pike x F!reader. O Agente Marcus Pike vai passar as férias na Itália, e o destino faz com que ele conhecesse você, uma garçonete de um café próximo ao hotel em que ele está hospedado. Ele só não imaginava que você tinha muito mais para mostrar para ele. Sete dias de viagem se tornam torturantes, e vocês resolvem fazer um trato. Mas a forma como você brilha, o faz querer que a sua luz acompanhe ele até o outro lado do oceano.
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manta-bae · 11 months
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• Rules
General Rules
Be a kind and respectful human being! In general!
You are free to call your characters a manta-bae without the need of interacting with the community at all (MantaList, TH world, or Discord).
You can choose to design a character using the body plan of a manta-bae without stating that your character is a manta-bae
Linking back to the species' Tumblr or ToyHouse World when putting your manta-bae character on sites like ToyHouse, ArtFight, etc. is not necessary but greatly appreciated!
This is an open species where anyone could create a character with a species under the name of "Manta-Bae". Please understand that the species' moderators could not truly control how these creators behave and are not reliable for damages outside the team's realm of moderation.
The team behind the creation of the "Manta-Bae" species will not tolerate hateful acts such as bullying, harassment, witch-hunting, racism, sexism, homophobia, transphobia, and other similarly hurtful or discriminatory performances within the community. Enacting such acts would result in immediate removal from the species' communities.
Breaking any of the rules listed here could result in your removal of presence from the species’ masterlist (MantaList), ToyHouse world, or Discord, and or getting reported plus blocked indefinitely.
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MantaList Rules
The owner of a manta-bae character listed in the MantaList can ask to take down the entry of their character at any time for any reason!
The moderator can also ignore or take down submissions or entries for any improper practice on the submitter's behalf in terms of submission or behavior.
Creating a manta-bae form of an established original character that you own is a-okay! If your design is obtained from someone else, only manta-bae designs that are approved by the original designers themselves are okay to submit.
Crossbreeding with other established open/closed species is a-okay but only open species are welcome for submission to the MantaList.
Creators or moderators of an open species may request a MantaList entry to be taken down if the character conflicts with their rules.
Designs and characters that are based on a character or setting from an existing copyrighted franchise cannot be submitted into the MantaList.
Traced art or Al art is not welcome in the MantaList. Any entries discovered containing said content will be refused or taken down.
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manta-bae · 11 months
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• FAQ
Common questions about the manta-bae species are answered here! Will be expanded with time!
The masterpost contains link and trait guide. So check it out! And if your questions didn't get answered there or here, feel free to contact me (@anonymocha on Tumblr or Discord) or ask Nautica!
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• General questions:
Q: Can I make a manta-bae?
A: Go ahead!!! It’s an open species so you don’t have to worry about MYOs or anything! Just go get designing! Don’t want to draw from scratch? Well, it’s your lucky day! We have bases! Grab them here!
Q: Can I just make a manta-baby? Without the humanoid form?
A: Absolutely. You can even submit them into the MantaList too!
Q: Are there manta rarities?
A: Nuh-uh. Every manta-bae out there have their own unique traits, selves, and quirks! All of them equally valuable.
Q: Can I make my manta-bae a hybrid of this [real-life animal]?
A: Of course! It's even approve-able for the MantaList as it counts as a classic manta-bae. Swag!
Q: Can I make my manta-bae a hybrid of this [established open/closed species]?
A: Go ahead! Whether you can submit them into the MantaList depends, though. Scroll down for more details on MantaList submission.
Q: Can I put my manta-bae in [this universe]?
A: The manta-bae species doesn't have its own laid-out lore or universe as of now so yes! Even if it gets its own universe, you can still plop them anywhere you'd like :3
Q: Who came up with the manta-bae species?
A: Me (@anonymocha). :D Hello! Thanks for checking this species out, by the way. The idea came to me at exactly 3 AM on Friday, June 30 GMT+7. I kid you not. I still have the manta-bae concept sketches I made at that hour here.
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• Questions that have something to do with MantaList approval:
Q: What’s the MantaList?
A: Where the approved manta-baes are showcased! They are categorized by classic manta-baes, manta-babies, and manta-baes that are crossbred with another open species!
Q: Do I have to submit my manta-bae for approval?
A: No, it is completely optional! The MantaList is here simply for archival/logging and showcase reasons!
Q: What are the conditions for submitting a manta-bae into the MantaList and how?
A: Your manta-bae has to be an original manta-bae character with a ToyHouse page and be tagged properly with any filters that your character may need. Here are specific manta-bae submission requirements based on category:
Classic Manta-Baes: Classic manta-baes should at least follow the basic traits of manta-baes, having cephalic fins, the iconic mantle, and a manta-baby form! Any other traits are welcome!
Manta-Babies: These types of manta-baes are basically classic manta-baes without the manta-bae (adult/humanoid) form. Submit them into this category if your manta-bae is a minor or never poofs out of their manta-baby form.
Crossbred Manta-Baes: If your manta-bae is a hybrid of another species, you can only submit it if the species is not a semi-closed/closed species (like real-life animals and open species, for example). The mods of an open species can request to take down an entry if your character conflicts with their rules, though! This category of manta-baes doesn't need to fill every basic manta-bae traits as long as it resembles the species in some way, humanoid or pancake.
I request your manta-bae’s icon to be SFW and free of common sensitive elements (gore, body horror, nudity, sexual themes, flashing lights, etc) because it will be showcased in a public database for everyone to see! You can submit a MantaList icon pic that is different from your manta-bae’s ToyHouse icon! It must be 200x200 pixels! To submit your manta-bae, fill in this form.
Q: Can my manta-bae be spooky, have elements of gore, body horror, etc?
A: It's YOUR manta-bae. Feel free to incorporate any element you like into YOUR design! However, your manta-bae cannot be submitted for approval into the MantaList unless your manta-bae is tagged properly for the respective community filters (this applies to any other potentially sensitive content). That aside, be chaotic, be cringe, be free. Please!
Q: Can I make a manta-bae fan OC of this [franchise]?
A: It's Splatoon, isn't it? Again, it's YOUR manta-bae. Place them into ANY universe you want! I encourage it! I can't accept fan characters of huge franchises (like Nintendo) into the MantaList, though! Sorry!!!
Q: Who is approving the manta-baes?
A: Me (@anonymocha). :D
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Thanks for reading! 🌊 Have a question that isn't listed here? Contact me (@anonymocha on Tumblr or Discord) or ask Nautica!
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