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#Agência Bori
cubojorbr · 1 year
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Fragmentação do território amazônico em ilhas prejudica interações vitais entre as espécies, mostra estudo
Fragmentos florestais provocados pela ação humana na Amazônia não conseguem manter as mesmas interações ecológicas das áreas de vegetação contínua.
Fragmentos florestais provocados pela ação humana na Amazônia não conseguem manter as mesmas interações ecológicas das áreas de vegetação contínua. Ou seja, a biodiversidade dessas áreas isoladas não funciona da mesma maneira como uma floresta contínua.  É o que mostra estudo publicado nesta quarta-feira (28) no periódico “Current Biology”, com a participação de pesquisadores da Universidade…
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ocombatenterondonia · 5 months
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Impacto acadêmico da ciência brasileira aumentou 21% de 1996 a 2022
O impacto acadêmico da ciência brasileira no mundo cresceu 21% de 1996 a 2002 de acordo com relatório da Agência Bori feito em parceria com a empresa de análise de dados Elsevier. Segundo o levantamento, o impacto da pesquisa é medido pelo número de vezes que um artigo científico é citado em comparação com outros da mesma área no resto do mundo, em determinado período de tempo, indicador…
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pacosemnoticias · 6 months
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Ucraniano confessou ter matado russo à facada em Viseu em 2002
Um ucraniano acusado de ter matado um russo à facada numa casa de Viseu onde viviam cidadãos da Europa do Leste, em 2002, confessou hoje ter cometido o crime, mas argumentou que só pretendia empurrá-lo para o afastar.
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"Ele estava em cima de mim. Eu já segurava a faca e comecei a empurrá-lo para o afastar", contou Sergiy Uvarov, que hoje esteve acompanhado em tribunal por uma tradutora de origem ucraniana e nacionalidade portuguesa.
Perante um tribunal de júri (constituído por três juízes do coletivo, quatro cidadãos efetivos e quatro suplentes), Sergiy Uvarov assumiu desde início que iria fazer uma confissão, mas não integral.
Sergiy Uvarov está acusado de um crime de homicídio, de que foi vítima o russo David Iliutchenko, apontado como elo de ligação entre máfias de imigração ilegal. Está também acusado de dois crimes de homicídio na forma tentada, por alegadamente ter ferido os ucranianos Valeriy Bigvava e Igor Garcucha.
A versão de Sergiy distancia-se da apresentada na acusação sobretudo no que diz respeito à forma como ocorreram os factos da tarde de 05 de maio de 2002, numa casa situada em Santiago, no concelho de Viseu.
Segundo a acusação, o arguido apareceu num quarto com uma faca de mato na mão, que apontou em direção a todos os presentes. Ao mesmo tempo, "em tom muito alterado e intimidativo", perguntou quem lhe tinha furtado o telemóvel e, "de imediato", espetou a faca no tórax de David, que estava junto à porta.
Em tribunal, visivelmente emocionado, Sergiy Uvarov explicou que se dirigiu a esse quarto depois de se ter apercebido que espancaram o seu amigo Boris Nikandrov, que encontrou "a tremer e com medo", e que procurava o telemóvel para pedir ajuda.
No dia anterior, David Iliutchenko tinha dado indicações para que ele, Boris Nikandrov e Roman Lysenko esperassem numa paragem de autocarro por uma pessoa de uma empresa de construção que lhes iria dar trabalho e alojamento, contou.
Como não aparecia ninguém, ele e Boris telefonaram para David, que inicialmente lhes ia dizendo para esperarem e depois desligou o telemóvel. Os três acabaram por passar a noite junto ao cemitério, "sem dinheiro, sem água e sem comida", e só na manhã seguinte conseguiram regressar a casa de autocarro, acrescentou.
Segundo Sergiy, Boris terá sido espancado porque confrontou David com o facto de eles os três lhe terem pago dinheiro para ele lhes arranjar trabalho e não ter cumprido o acordado.
Sergiy, que na altura tinha 24 anos, disse que pagou 300 euros a "uma agência turística" da Ucrânia e depois mais 480 euros a David, que seria a pessoa encarregada de resolver "todas as questões" em Portugal. Do dinheiro que trouxe para Portugal, ficou apenas com cerca de 50 euros.
Além deles os três, haveria mais pessoas nessa situação, porque "chegaram mais duas a discutir" com David pelos mesmos motivos, considerou.
Ao aperceber-se de que "estava sozinho e que Boris precisava de ajuda", andou à procura do seu telemóvel e, não o encontrando, deslocou-se para o quarto de onde saiam sons de conversa e se encontrava David com outros homens.
O arguido contou que, quando perguntou pelo telemóvel, David levantou-se de repente da cama em que estava sentado, mostrou-se desagradado pela forma como ele se lhe dirigiu e bateu-lhe. Um dos outros homens atirou o seu telemóvel para outra cama, na qual estava uma faca, que ele agarrou com a intenção de se proteger.
"O David queria debruçar-se por cima de mim de maneira a derrubar-me", afirmou, acrescentando que foi quando o tentava afastar que o esfaqueou.
A justiça portuguesa só conseguiu localizar Sergiy Uvarov 20 anos depois, quando este fugia da guerra na Ucrânia. O arguido tem estado detido no Estabelecimento Prisional de Viseu.
O seu advogado, Elísio Oliveira, alertou que houve seis pessoas que na altura prestaram declarações para memória futura que não estarão presentes durante o julgamento, pelo que o depoimento do arguido é essencial para apurar a verdade.
"A única versão ao vivo que o tribunal vai ouvir é esta", frisou o advogado, acrescentando que "a justiça pode tardar, mas não deve faltar", em respeito pela dor dos familiares da vítima.
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vocativocom · 1 year
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O MST na mira do agro
[ARTIGO] A extrema direita busca, via Comissão Parlamentar de Inquérito, criminalizar o movimento se apoiando no discurso direito à propriedade, mas esconde motivações originais e mais intricadas
Por Paulo Niederle / Agência Bori – Já fazia algum tempo que o MST não estava tão evidente na cena política como nessas últimas semanas. O intento da direita mais conservadora de, via Comissão Parlamentar de Inquérito, criminalizar o movimento apoia-se na velha ladainha do direito à propriedade, mas esconde motivações originais e mais intricadas.    Nos anos 1990, a legitimação da reforma…
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wrcl · 2 years
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O fracasso histórico de Liz Truss afunda o dogma neoliberal
Traduzido por conta própria do texto original publicado por El Diario.es.
Liz Truss tornou-se a primeira-ministra com o mandato mais curto do Reino Unido. Ela chegou ao poder para suceder Boris Johnson – também forçado a renunciar após uma revolta interna – encarnando o mais puro dogma neoliberal e prometendo cortes maciços de impostos em um contexto econômico desfavorável. Uma estratégia que o think tank britânico Institute for Fiscal Studies descreveu como “um imenso experimento econômico com muitos riscos”
“Olhar para tudo através das lentes da redistribuição é um erro. Pretendo fazer a economia crescer. Até agora, o debate econômico dos últimos 20 anos foi dominado por discussões sobre distribuição, mas o que aconteceu é que tivemos um crescimento relativamente baixo”, declarou Truss durante a campanha pela liderança do Partido Conservador, deixando claras suas intenções .
Segundo a primeira-ministra, a fórmula era óbvia: baixar os impostos faria a economia crescer. E ela se dispôs a fazê-lo. Depois de anunciar um limite para o preço da conta de luz , apresentou, juntamente com seu então ministro da Economia, Kwasi Kwarteng, o maior corte de impostos em 50 anos , incluindo uma redução de cinco pontos na alíquota máxima do imposto de renda e seis pontos na imposto.
A reação foi imediata. "Dada a alta pressão inflacionária em muitos países, incluindo o Reino Unido, não recomendamos grandes pacotes de cortes de impostos nesta situação, pois é importante que a política fiscal não vá contra a política monetária", afirmou o Fundo Monetário Internacional , uma das grandes instituições garantidoras do dogma liberal. "Além disso, a natureza das medidas britânicas provavelmente aumentará a desigualdade", acrescentou.
Os bancos centrais decidiram apertar a política monetária aumentando as taxas de juros para “arrefecer” a atividade econômica, prejudicar a demanda e, assim, combater a inflação, relataram Diego Larrouy e Daniel Yebra . Essas organizações assumem que se trata de uma decisão que aumenta o risco de recessão e contra a qual está indo um corte de impostos – gerando uma colisão entre a política monetária e a política fiscal–. Precisamente por isso, tanto o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra e o Federal Reserve dos Estados Unidos têm clamado por políticas fiscais e, sobretudo, ajudas dirigidas aos mais vulneráveis, aos que mais sofrem do aumento do preço da eletricidade, gasolina ou hipotecas. 
A agência de classificação Moody's também divulgou uma forte declaração dizendo que cortes de impostos não financiados são "negativos de crédito" para o Reino Unido, com o risco de um aumento estrutural nos custos de financiamento que pode prejudicar a economia.
Correções insuficientes
No mesmo dia em que Kwarteng anunciou seu corte de impostos, a libra caiu para níveis que não eram vistos desde 1985. "Os juros da dívida do governo dispararam mais em um único dia do que nunca nos últimos 30 anos", disse Paul Johnson , diretor do Instituto de Estudos Fiscais. Para acalmar os mercados, o Banco da Inglaterra foi obrigado a anunciar a compra de dívida britânica de longo prazo . 
Diante da pressão óbvia, e com relutância, Truss recuou. Primeiro, ela anunciou que estava eliminando a redução do imposto de renda para os mais ricos porque, segundo ela, se tornara uma "distração" do restante de seu plano fiscal. 
Não foi suficiente para desarmar a situação. Dias depois, nova retificação. Ofereceu a demissão de seu ministro da Economia para se salvar e a suspensão da redução do imposto corporativo. "Temos que agir agora para garantir aos mercados nossa disciplina fiscal", disse Truss, justificando sua decisão . "Parte da reforma foi mais longe e mais rápido do que os mercados podiam suportar."
Após a mudança radical de direção, o diretor do Instituto de Estudos Fiscais afirmou: "A credibilidade fiscal é difícil de ganhar, mas fácil de perder". "Os anúncios não serão suficientes para desfazer os danos causados ​​pelo desastre das últimas semanas, mas são passos claros e importantes na direção certa", acrescentou.
Outros dogmas neoliberais caídos
Os dois últimos grandes acontecimentos no continente europeu, a pandemia e a guerra, também enfraqueceram dogmas neoliberais antes inquestionáveis, como destacou Andrés Gil, correspondente em Bruxelas, nesta informação . 
Durante a pandemia, a UE criou um fundo de recuperação de 750.000 milhões baseado, pela primeira vez, em dívida comunitária conjunta, o que Angela Merkel disse há uma década que nunca aconteceria. O segundo passo decisivo foi a suspensão das regras fiscais, ou seja, a liberação dos gastos públicos, mesmo às custas do aumento da dívida e do déficit. Uma suspensão do Pacto de Estabilidade que também levou à sua reforma.
Quanto à guerra, a UE concordou, entre outras coisas, em limitar os lucros inesperados das empresas de energia envolvidas em energia nuclear, energias renováveis ​​e linhite. Ou seja, intervenção no mercado para limitar os lucros das empresas. Em outras palavras: o público decide quanto o setor privado pode ganhar. A Comissão também lembrou que não é hora de baixar impostos, muito pelo contrário. Os 27 decidiram tributar um mínimo de 33% sobre os superlucros das empresas de combustíveis fósseis. Por fim, os dirigentes da UE reúnem-se esta quinta e sexta-feira para avaliar como baixar o preço do gás.
Apesar de todo o caos gerado no Reino Unido pelas retificações e sua renúncia, Truss mantém a confiança em sua fórmula: “Impostos baixos, salários altos e economia de alto crescimento”. Talvez a primeira-ministra continue a se basear em uma das máximas de seu livro, Britannia Unchained , publicado junto com Kwasi Kwarteng e outros conservadores e no qual ambos expuseram sua fé cega no neoliberalismo: "Nos estágios iniciais de um projeto, o fracasso não não tem que ser um desastre". Mas desta vez, pareceu muito com isto.
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euaindanaodecidi · 4 years
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Le Monde Diplomatique Brasil - Março 2020
Basta de presença francesa na África! – Fanny Pigeaud (Jornalista e autora, conjunta com Ndongo Samba Sylla, de “A arma invisível na Françáfrica. Uma história do franco”.)
 Nas ruas de Bamako, no Mali, entre o fim de 2019 e o início de 2020, centenas de manifestantes se reuniram para exigir a saída das tropas da Operação Barkhane, destinada a combater os movimentos jihadistas. No mesmo momento, em Niamey, no Níger, estudantes rasgavam uma bandeira francesa.
Diante de tais protestos, autoridades francesas, inclusive o próprio presidente, Emmanuel Macron, começaram a falar em “mal-entendido” e até em uma “campanha de desinformação” liderada por uma potência concorrente – acusando, sem nomear, a Rússia. Esta aproveitou o clima desfavorável à França para tomar uma parte do mercado de segurança na República Centro-Africana. Há também algumas informações falsas ou de má fé que correm as redes, como a fotomontagem que sugeria que o Exército francês havia entregado motocicletas aos jihadistas no Mali. Entretanto a insatisfação tem origens mais profundas. “É uma revolta ao controle do Estado francês sobre nossas autoridades e, por extensão, sobre nossas economias, sobre nossos povos”, resume o economista e membro da oposição marfinense Mamadou Koulibaly, ex-presidente da Assembleia Nacional.
A crítica ao imperialismo francês tem ganhados as ruas. “Uma geração que não se preocupa mais com o que a França pode ter representado para os mais velhos”, explica Boubacar Boris Diop, escritor, junto com a ex-ministra do Mali e militante antiglobalização Aminata Dramane Traoré La Gloire des imposteurs [A Glória dos impostores, 2014]. As redes sociais amplificam e aceleram o processo.
“Uma guerra por recursos naturais”
Entre as queixas está a “cooperação monetária” com catorze países africanos desde 1960. Militantes, economistas e opositores pregam o fim da moeda herdada da colonização e atualmente dividida em duas áreas: o franco CFA da África ocidental e o franco CFA da África central. Ligada ao euro, a moeda permanece sob a tutela da França, que garante sua conversibilidade. O franco CFA dificulta o desenvolvimento de países que acabam sendo privados de parte de sua soberania.
Macron, em 2017, havia declarado que o franco CFA era um “não assunto para a França”. Em dezembro de 2019, numa visita a Abidjan (Costa do Marfim), anunciou uma reforma do franco CFA da África ocidental. Os oito Estados envolvidos não precisarão mais colocar 50% de suas divisas no Tesouro Francês. No entanto, intelectuais africanos denunciam a persistência dos “laços de subordinação monetária”, sobretudo a manutenção de paridade fixa com o euro.
Com o recrudescimento dos ataques no Sahel, a presença militar francesa na África mobiliza o grande público. Desde 1960 a França mantém uma rede de bases permanentes e temporárias em suas antigas colônias. Costuma levar ao poder ou proteger líderes aliados, como Omar Bongo, no Gabão, em 1990, ou Idriss Déby Itno, no Chade, em 2008.
Desde 2013 e a Operação Serval, que pôs fim à ofensiva jihadista em Bamako, grupos armados recuperam terreno. “A França só intervém por interesses econômicos e estratégicos ocultos”, analisa Boubacar Haidara, pesquisador do laboratório “As Áfricas no Mundo”, em Bourdeaux. “Eles realmente querem acabar com tais grupos, ou têm outros objetivos?”, pergunta Chérif Sy, ministro da Defesa de Burkina Faso.
As alianças do Exército Francês com o Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA), com os islamistas do Ansar Dine... Haidara esclarece que outras forças armadas estrangeiras provocam desconfiança, inclusive as forças da ONU.
As autoridades francesas só fazem negar as alegações. “A França não está ali com objetivos necooloniais. Estamos lá pela segurança coletiva da região e pela nossa própria segurança”, Macron em 4 de dezembro de 2019. “A França não tem nenhum interesse no Mali, econômico ou político”, presidente François Hollande, 2013. Hama Ag Mahmoud, ex-membro do MNLA e ex-ministro do Mali: “Há uma guerra por recursos minerais”.
Macron, no final de 2019, mirando nos dirigentes dos países do G5 do Sahel (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade): “espero que eles esclareçam e formalizem suas demandas.” “Estamos em uma democracia”, respondeu pela mídia o presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré. “Não podemos impedir que as pessoas expressem suas opiniões.”
Além da Rússia, outros Estados poderosos, incluindo a China e a Turquia, buscam ampliar sua influência comercial e militar no continente, multiplicando as parcerias bilaterais.
Presidentes de mãos atadas
“O que os franceses devem fazer? Resignar-se à descolonização. Eles já alongaram muito, mas é preciso aceitar o veredicto da história”, destaca Boubacar Boris Diop. Apesar do “descontentamento geral”, “do poder ou da oposição, políticos, com poucas exceções, têm pavor de dizer qualquer coisa de ruim sobre a França”.
Muitos sabem que não estariam no poder sem a ajuda da França. Nenhum esqueceu as represálias a seus antecessores que se opuseram a França, como o guineense Ahmed Sékou Touré, com diversas tentativas de desestabilização, e o burquinense Thomas Sankara, derrubado por um golpe de estado e assassinado em 1987. Em 2 de dezembro de 2019, a Costa do Marfim expulsou Nathalie Yamb, membro do partido de oposição marfinense Liberdade e Democracia para a República, por “atividades incompatíveis com o interesse nacional”. No final de outubro, Nathalie acusou a França de considerar a África “sua propriedade” e chamou os líderes da zona do franco de “lacaios da França”.
Entre os opositores, raros são aqueles para os quais a crítica ao imperialismo francês é também uma oportunidade de reavivar os ideais de desenvolvimento nacional outrora defendidos pelo malinês Modibo Keïta ou pelo burquinense Sankara. O governo francês em 2 de fevereiro de 2020 anunciou o reforço dos efetivos da Operação Barkhane, elevados de 4.500 para 5.100 homens.
   Separatismo das grandes cidades – Benoît Bréville, jornalista do Le Monte Diplomatique
Para conquistar a prefeitura de uma grande cidade francesa em 2020, todo candidato sério deverá comprometer-se a plantar árvores. Em Paris, Anne Hidalgo propõe semear 170 mil em seis anos. Em Marselha, a candidata Martine Vassal quer um número de árvores igual ao dos bebês que nascerem – perto de 70 mil. Em Lille, os candidatos rivalizam nas promessas de “florestas urbanas” e “praças verdes”.
É preciso prometer também a construção de edifícios verdes, estimular o uso da bicicleta e de veículos compartilhados, converter as cantinas escolares à alimentação orgânica, incentivar a cultura, favorecer a transição energética, dinamizar a cidade. Rechear o programa de termos como “inovação”, “transparência”, “democracia participativa”, e colar o adjetivo “sustentável” ao máximo de coisas possível: desenvolvimento sustentável, cidade sustentável, território sustentável, turismo sustentável, construção sustentável etc.
“Enquanto nações falam, as cidades agem” – Michael Bloomberg, prefeito de NY (2002-2013) e ex-presidente do Cities Climate Leadership Group (C40).
“Diplomacia das cidades”, coalizões fóruns e redes, que contava-se 55 em 1985 e hoje são mais de 200.
Tornar-se uma “trendsetting city”
Banco Mundial, ONU, inúmeras multinacionais – Ikea, Microsoft, Google, Velux e Dell – figuram entre os patrocinadores do último Congresso Mundial de Prefeitos do C40. O setor privado gosta tanto da “diplomacia das cidades” que funda, ele próprio, grupos como City Protocol, da gigante da informática Cisco, ou 100 Resilient Cities Network, da Fundação Rockfeller.
“Boas práticas” circulam de cidade em cidade. As equipes municipais pululam nos congressos, salões e exposições. Objetivo de garantir que as práticas utilizadas que já tenham dado certo em outros lugares. Changwon (Coreia do Sul), Tóquio e NY partilharam técnicas inovadoras de revestimento de tetos para refletir os raios solares e refrescar os ambientes. Barcelona, Cingapura, Auckland e Varsóvia intercambiaram tecnologias de eletrificação de ônibus. Cidades com destaque em determinadas áreas (Paris no metrô, Copenhague na bicicleta) deram apoio técnico a outras menos experientes.
C40 Bloomberg Philantropies Awards de 2019 premiou os “corredores verdes” de Medelín, os painéis solares de Seul, o programa de incentivo às energias verdes de San Francisco, os ônibus elétricos de Cantão... “São projetos que merecem ser estudados por prefeitos e administradores de cidades do mundo inteiro”, disse Anne Hidalgo. Para as cidades reforçarem sua estatura internacional, não há arma melhor. A Comissão Europeia concede anualmente o título de “capital europeia” (verde, da cultura, da juventude ou da inovação” e distribui os Access City Awards (para recompensar a atenção dada aos idosos ou deficientes). Na França, o Ministério da Economia concede o selo French Tech aos “Tech Champions” capazes e atrair investimentos estrangeiros.
Salienta Yves Viltard, um dos raros especialistas franceses em diplomacia urbana, que a guerra econômica entre grandes cidades “vem junto com uma competição que passa pela fábrica de imagens de marcas sedutoras”. Atrair investidores, empresas, trabalhadores diplomados e estudantes, além de acolher grandes eventos geradores de retorno econômico. “Há 50 cidades, talvez 100, que são o motor intelectual, cultural e econômico do mundo” – Rahm Emanuel, prefeito de Chicago de 2011 a 2019. “Precisamos tornar nossas cidades competitivas. Os empregos e empresas [que queremos atrair] não são apenas globais, mas também móveis.”
Para impressionar recorrem a agências de consultoria urbana. Por exemplo, Aix-en-Provence se apresentou aos investidores como se fosse São Francisco: “A cidade do célebre pintor Paul Cézanne soube se adaptar para ser hoje classificada como French Tech e oferecer um ecossistema atraente aos donos de projetos e criadores de empresas [...]. Cidade inteligente, conectada, resolutamente comprometida com a inovação digital e internacional, Aix-en-Provence é uma moderna, cosmopolita, cultural, dinâmica, aberta para o mundo”, gaba-se um folheto da prefeitura.
Fratura Territorial
Embora concorrentes, as metrópoles sabem se aliar para defender seus interesses e utilizar a diplomacia das cidades para fins de lobby. A rede Eurocities “influencia as políticas europeias a fim de garantir que a opinião das grandes cidades seja levada em conta na elaboração de políticas”. A CGLU se vangloria de exercer um “lobby político” junto a Bruxelas, Banco Mundial e ONU. O Iclei pressiona o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O C40 fundou a Associação Urban20, que procura influenciar ministros participantes do G20.
Metrópoles unidas para defender interesses comuns, influenciam agora os centros de decisão, do Banco Mundial à Comissão Europeia, e orientam as políticas públicas em proveito próprio, privilegiando um modelo de desenvolvimento espacialmente desigual, que esquece o campo e as cidades pequenas.
Esse fosso entre os territórios nunca foi tão largo. Uns cobrem os imóveis de verde e eletrificam os ônibus, outros fogem de prédios abandonados, sem moradores, e enfrentam os ônibus em horários pouco adaptados, que não circulam à noite, nem nos feriados ou fins de semana. Alargou-se desde a crise de 2008. Na França, o PIB por habitante no aglomerado parisiense aumentou 3% entre 2008 e 2016; no resto do país, ficou estagnado. Nos Estados Unidos, durante o mesmo período, o nível de emprego nas áreas metropolitanas cresceu 4,8%, ao passo que, nas áreas não metropolitanas, diminuiu 2,4%. Só a metrópole de Londres captou 70% das criações de empregos no país desde 2008.
Os territórios densos, mais populares, continuam a sofrer da recessão. Presos numa engrenagem em que o desaparecimento dos empregos industriais e pouco qualificados provocou o declínio demográfico, o qual forçou a baixa dos preços dos imóveis e a crise das finanças locais. Menos habitantes, menos empregos, imóveis mais baratos: menos receitas para as coletividades locais, com consequências na oferta de serviços públicos, na manutenção das infraestruturas. Perdem seu atrativo, obrigando a população a sair.
Nessas zonas a extrema direita e os partidos ditos “populares” – avessos à globalização e à livre circulação de bens e pessoas – criam raízes. Na eleição presidencial norte-americana de 2016, Trump venceu onde o aumento da renda era mais fraco, a população declinava e as taxas de mortalidade subiam. Na França e no Reino Unido, o Rassemblement National (ex-Frente Nacional) e os partidários do Brexit se saem melhor nas áreas mais afetadas pela queda dos preços dos imóveis. Os partidos “progressistas” – adeptos do livre-comércio, do capitalismo verde, da abertura e da inovação – obtêm resultados mais expressivos nas metrópoles. Em 2016, Clinton venceu em 88 dos cem condados de população mais densa (que abrigam as grandes cidades).
Na Hungria, Budapeste é governada, desde outubro de 2019, por um ecologista, virulento carrasco do primeiro-ministro Viktor Orbán. Na República Tcheca, Praga escolheu para prefeito, em novembro de 2018, um membro do Partido Pirata, que quer plantar 1 milhão de árvores e defende os refugiados, contrariando o primeiro-ministro Andrej Babis. Mesmo Istambul está em poder de um partido de oposição leigo e social-democrata. “A coalizão dos cidadãos secularizados, dos meios empresariais, da juventude, das mulheres e das minorias se mobilizou ativamente. [...] Turcos, curdos e uzbeques partilham calçadas com senegaleses, catarenses, sírios. Os naturais convivem com imigrantes, expatriados e refugiados, ligados por uma urbanidade comum”, admirou-se Washington Post.
Defesa de “valores”
Fórum Econômico Mundial de Davos: “A maioria das cidades do mundo reinventa a política, a economia e o ativismo ecológico partindo dos habitantes. Elas constroem, do futuro, uma visão positiva, inclusiva, plural, enquanto os dirigentes nacionais semeiam o medo, fecham as fronteiras e erguem muros”. O simpósio dos milionários convida as metrópoles a se organizar e reforçar sua “diplomacia urbana”.
Algumas cidades começam a organizar sua cruzada contra o populismo. Praga, Brastislava, Varsóvia e Budapeste assinaram o Pacto das Cidades Livres. Desafiam seus governos, que acusam de fomentar “o nacionalismo xenofóbico”. “Acreditamos numa sociedade aberta, baseada em nossos preciosos valores comuns de liberdade, dignidade humana, democracia, sustentabilidade, igualdade, estado de direito, justiça social, tolerância e diversidade cultural”.
Tao logo Trump se instalou na Casa Branca, os prefeitos de San Francisco, Los Angeles, Seattle, Boston, Nova York, Washington, Detroit e Chicago avisaram que não aplicariam seus decretos destinados a acirrar a luta contra a imigração clandestina. “Não somos agentes do governo federal”, disse o prefeito de Washington. Várias metrópoles declarando sua intenção de respeitar o Acordo de Paris sobre o clima, apesar da retirada decidida por Trump.
Logo após o Brexit, circulou um abaixo-assinado pedindo a independência de Londres. Em poucas semanas, recolheu 180 mil assinaturas. O prefeito Sadiq Khan, Londres, e Hidalgo, Paris, em carta aberta ao Financial Times e Le Perisien: “Juntos seremos um contrapeso poderoso à letargia dos Estados-nações e à influência dos lobbies.
Khan lançou #LondonisOpen. Apoiado pela Câmara de Comércio e Indústria, pela Corporação da Cidade de Londres e por numerosos think tanks e multinacionais, propõe a criação de um visto de trabalho válido unicamente em Londres, bem como a extraterritorialidade da capital em suas relações com o Mercado Comum. Nenhuma proposta se concretizou, mas Khan adquiriu uma estatura internacional inesperada para um prefeito, dividindo palanques com ministros e chefes de estado estrangeiros, como Trudeau, Macri e Macron.
A imprensa esquerdista saúda com entusiasmo essas resistências. A revista francesa Regards vê na rebeldia das metrópoles norte-americanas uma prova de que “existem margens de manobra para resistir à política repressiva do presidente Trump”. A ideia de que as metrópoles já não se preocupam com a sorte do resto do país contribui para acentuar as diferenças territoriais. Ela ajuda também a transformar peculiaridades sociogeográficas em conflitos de “valores”. A linha não passa mais entre os territórios que se aproveitam da globalização, do livre-comércio, da circulação de cérebros, da mão de obra barata dos imigrantes e as regiões que sofrem com isso: passa entre os espaços abertos, voltados para o futuro, e os que permanecem fechados, agarrados às suas tradições.
As grandes cidades e seus tomadores de decisões estão em contato com colegas do mundo inteiro, mas separados de uma parte de seu país. Discursos uniformemente inovadores, abertos, sustentáveis, criativos e inteligentes disfarçam muito mal a captação sem precedentes das riquezas que manipulam. Serão mesmo os mais qualificados para propor um “antídoto ao populismo”?
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potterish · 4 years
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A atriz Miriam Margolyes, conhecida entre os fãs de Harry Potter por interpretar a professora Sprout, disse que queria ver o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, morto por coronavírus (Covid-19). Ele ficou internado na UTI por uma semana após ser infectado pela doença.
A declaração veio após um apresentador de TV perguntar o que a atriz pensava a respeito das decisões de Johson para contornar a crise provocada pela doença. “É uma desgraça. Um escândalo”, afirmou Margolyes ao programa The Last Leg, da BBC.
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“Eu queria que ele morresse. Depois, pensei que não queria ser o tipo de pessoa que deseja a morte dos outros, aí quis que ele melhorasse. Ele se recuperou. Mas não melhorou como ser-humano.”
– Miriam Margolyes em entrevista ao programa The Last Leg
O Reino Unido é segundo país com mais óbitos provocados por coronavírus no mundo. Até esta quarta-feira (13), o país havia registrado cerca de 40 mil mortes, atrás somente dos Estados Unidos.
As mortes são computadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas Britânico, que considera informações da Inglaterra e do País de Gales, e por um levantamento da agência de notícias Reuters, que incluí a Escócia e a Irlanda do Norte.
Veja mais notícias sobre Harry Potter no POTTERISH
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krsa-kumiho · 5 years
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                D’art tinha mandado mensagem para o uber e já estava tudo certo. Ele saberia para onde levar ele e esperava que @krsaorion também soubesse chegar lá. Havia acabado de chegar de uma missão distante e não estava se sentindo bem depois de tudo que vivenciou no lugar. Goofy havia o sugerido que saísse um pouco para as festividades próximas para que pudesse renovar suas energias e ninguém melhor para ajudá-lo com aquilo de que seu amigo Orion. Não podia ter contato com pessoas da agência em sua missão, então tinha coisas para contar para ele.
               Havia seu cachorro, Boris, em braços e estava com sua cana dobrada em seu colo junto ao animal e esperava que não precisasse ficar muito tempo sozinho. Não gostava de ficar sozinho em lugares movimentados e não iria negar que sua cabeça estava muito turbulosa para ficar sozinho com ninguém a sua volta. Saiu do uber e deixou que D’art resolvesse o pagamento pelo cartão de crédito.
               O lugar cheirava a natal, e também a bastante fritura, o que ele não imaginava combinar muito bem com o local que havia escolhido. Usou da sua cana para encontrar um lugar para sentar e colocou Boris no chão para que o mesmo pudesse se divertir um pouco. Ele agradecia por estar sem óculos escuros (algo que odiava), pois assim ninguém pensava que ele precisava de ajuda. Pois não precisava. Se sentou no banco e ficou a esperar Orion que prometeu não demorar.
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alencarnovomundo · 2 years
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Putin recebe sanções por guerra na Ucrânia, mas pouco se sabe sobre tamanho de sua fortuna - 28/02/2022 - Mundo - Folha
Putin recebe sanções por guerra na Ucrânia, mas pouco se sabe sobre tamanho de sua fortuna
Extensão dos bens do presidente russo permanece opaca, mas ele é vinculado a bilhões de dólares em propriedades de luxo
Quando, na sexta-feira (25/02/2022), governos ocidentais anunciaram a intenção de congelar bens pertencentes a Vladimir Putin como punição pela invasão da Ucrânia, nada indicava que tivessem conhecimento de bens de grande valor que pudessem ser ligados ao presidente russo.
Na realidade, sabe-se pouco sobre o que Putin possui e onde podem estar os bens. Não obstante anos de especulações e rumores, a extensão de sua fortuna permanece opaca, embora bilhões de dólares tenham passado pelas contas de amigos próximos e imóveis de luxo tenham sido vinculados a familiares dele.
Oficialmente, segundo suas declarações financeiras públicas, Putin recebe cerca de US$ 140 mil (R$ 722 mil) ao ano e é dono de um pequeno apartamento.
Mas isso não explicaria o chamado "Palácio de Putin", uma propriedade enorme à beira do mar Negro de valor estimado em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,16 bilhões), com histórico de propriedade altamente complexo que não inclui o presidente russo, mas já foi vinculado a seu governo de diversas maneiras.
As informações oficiais tampouco explicariam o "iate de Putin", embarcação de luxo de US$ 100 milhões (R$ 516 milhões) há tempos vinculado a ele em reportagens especulativas. (O iate, chamado Graceful, foi rastreado deixando a Alemanha em direção à Rússia poucas semanas antes da invasão da Ucrânia.)
Há também o apartamento de US$ 4,1 milhões (R$ 21 milhões) em Mônaco comprado por meio de uma empresa offshore por uma mulher que seria amante de Putin. E há a mansão cara no sul da França ligada à sua ex-esposa. O problema dos EUA e seus aliados é que nenhum desses bens pode ser ligado diretamente ao presidente russo.
Lá fora
Os governos ocidentais até agora concentraram sanções contra pessoas suspeitas de atuar como representantes de Putin, na esperança de que isso aumente a pressão sobre ele.
E a maioria das novas penalidades, como as adotadas após a anexação russa da Crimeia em 2014, continua a ser voltada contra oligarcas próximos a Putin. Estes incluem Kirill Shamalov, seu ex-genro e grande acionista numa empresa petroquímica russa, o magnata da construção Boris Rotenberg e o investidor Gennady Timchenko, considerado a sexta pessoa mais rica da Rússia.
As sanções vão impossibilitar as pessoas visadas de acessar bens ou realizar transações financeiras nos Estados Unidos, no Reino Unido e na União Europeia, onde as penalidades foram anunciadas. Elas vão essencialmente congelar dinheiro e bens que possam ser vinculados aos nomes da lista, colocando dinheiro, títulos de dívida e até mesmo a venda de imóveis fora de seu alcance.
Mas as elites russas viveram sob sanções ocidentais pela maior parte dos últimos dez anos e já há tempo escondem seus bens sob um labirinto complexo de donos corporativos, para evitarem ser identificadas. Muitas vezes as negociatas só vêm à tona publicamente quando ocorrem vazamentos de firmas de advocacia offshore ou de bancos que trabalham com clientes interessados em ocultar sua riqueza.
Paul Massaro, assessor sênior da agência americana Helsinki Commission, que vem aconselhando parlamentares sobre as sanções à Rússia, disse que nem sempre fica claro às autoridades americanas quais bens serão afetados. "Quer dizer que as sanções não vão passar muito de comunicados de imprensa enfeitados, já que, sem saber quais são esses bens, não temos como congelá-los", explicou.
Para ele, porém, mesmo que os EUA tenham apenas uma visão limitada da fortuna de Putin, vale a pena impor sanções "para congelar o que podemos, congelar o que conhecemos e comunicar às pessoas que essa gente não é bem-vinda em nosso sistema". Um diplomata europeu destacou o valor simbólico do esforço, descrevendo-o como "sinal politicamente importante".
Ao ter seu nome incluído na lista de "Cidadãos Estrangeiros de Designação Especial", Putin ingressa num subgrupo pequeno, mas notório, de chefes de Estado que inclui Nicolás Maduro, da Venezuela, Kim Jong-un, da Coreia do Norte, e Bashar Al-Assad, da Síria. O chanceler russo, Serguei Lavrov, também está sujeito às sanções. "Estamos unidos com nossos aliados e parceiros internacionais para assegurar que a Rússia pague um preço econômico e diplomático pesado por sua invasão da Ucrânia", disse a secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado na sexta-feira.
As estimativas sobre a fortuna de Putin variam muito. Uma das afirmações mais sensacionais veio de Bill Browder, financista nascido nos EUA que em 2005 foi proibido de entrar na Rússia após se desentender com oligarcas do país. Em 2017, no Congresso, disse acreditar que a fortuna pode passar de US$ 200 bi (R$ 1,03 tri), um montante extraordinário que teria feito dele na época o homem mais rico do mundo.
Anders Ashlund, professor adjunto na Universidade Georgetown e autor de "Russia’s Crony Capitalism", estimou a fortuna do presidente russo em cerca de US$ 125 bi (R$ 645 bi). Ele argumentou que boa parte dela pode estar escondida numa teia de paraísos fiscais, sob o controle de aliados, amigos e parentes.
Em algumas ocasiões raras, pessoas próximas do círculo interno de Putin falaram publicamente sobre sua fortuna. Em 2010, Serguei Kolesnikov, que se disse um associado de negócios de um aliado de Putin, escreveu uma carta aberta ao então presidente russo Dmitri Medvedev, dizendo que Putin estava construindo uma mansão enorme no litoral do mar Negro que seria conhecida como o Palácio de Putin.
Na carta, que enviou depois de deixar a Rússia, Kolesnikov disse que a mansão custara mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,16 bilhões), dinheiro acumulado por meio de "corrupção, subornos e roubo".
O Kremlin insiste que Putin é um homem de gostos simples. Frequentemente distribui imagens dele acampando nas florestas da Sibéria e nega que ele possua algum palácio.
Vazamentos de informações financeiras também oferecem indícios interessantes sobre a proximidade de Putin com a riqueza, embora ele próprio não apareça nos dados. Os Panama Papers, um grande conjunto de arquivos de uma firma de advocacia offshore exposto em 2016, revelaram a riqueza secreta de muitas pessoas próximas de Putin, incluindo o violoncelista Sergei Roldugin, amigo de longa data do presidente russo, que, segundo documentos apresentados a um banco suíço, recebia mais de US$ 8 milhões (R$ 41 milhões) por ano (ele havia dito anteriormente ao New York Times: "Não tenho milhões").
No ano passado, um novo vazamento de arquivos de firmas especializadas em paraísos fiscais offshore, conhecido como Pandora Papers, mostrou que uma mulher que seria amante de Putin comprara o apartamento em Mônaco. Foi um entre vários bens que ela acumulou e que valiam conjuntamente estimados US$ 100 milhões (R$ 516 milhões).
Mas, segundo o pesquisador Nate Sibley, da Iniciativa de Cleptocracia do Instituto Hudson, em última análise Putin não precisa possuir uma fortuna imensa, isso porque ele é um autocrata "que controla tudo".
"Quando as pessoas dizem que ele possui este ou aquele tanto, o que isso significa?", perguntou. "Será que estão querendo dizer que ele vai vender seus bens, aposentar-se e ir viver em St. Tropez?"
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cubojorbr · 1 year
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Amazônia Azul: uma década para proteger nosso oceano e agir por um futuro sustentável
A ciência tem se debruçado sobre a complexidade dos sistemas naturais, para indicar caminhos de enfrentamento da crise climática
Por Ronaldo Christofoletti A ciência tem se debruçado sobre a complexidade dos sistemas naturais, para indicar caminhos de enfrentamento da crise climática. Seja pela vertente de estudos da biodiversidade, do ciclo das águas, da economia circular sustentável ou, mesmo, da valorização das comunidades originárias e povos tradicionais, tudo passa por entender como o ser humano interage com sistemas…
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nddnews · 2 years
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Boris Casoy estreia na CNN Brasil com pedido a Bolsonaro; assista
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Jornalista foi contratada pelo emissora mês passado Boris Casoy, de 80 anos, estreou nesta segunda-feira (10) como comentarista da CNN Brasil. No quadro "Liberdade de Opinião", do programa "Novo Dia", o jornalista abordou a carta divulgada pelo diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de V
Notícias Do Dia
Leia a postagem completa: http://www.noticiasdodia.info/2022/01/boris-casoy-estreia-na-cnn-brasil-com-pedido-a-bolsonaro-assista/
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vocativocom · 3 years
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Delta exige intervalo mais curto entre doses de vacina, sugere estudo
Estudo sugere que em regiões de prevalência da variante delta do novo coronavírus, o intervalo entre doses de vacina de Covid-19 precisa ser mais curto do que doze semanas para que se tenha um controle efetivo da pandemia
Agência Bori – Em regiões de prevalência da variante delta do novo coronavírus, o intervalo entre doses de vacina de Covid-19 precisa ser mais curto do que doze semanas para que se tenha um controle efetivo da pandemia. É o que sugere modelo matemático desenvolvido pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) a partir de dados preliminares da eficácia da vacina para a…
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ocentrodopoder · 3 years
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Tudo pelo clã: Coronel Jairo, pai do Dr. Jairinho, volta à cena política
Alguns dias antes de vir a público que Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, retornaria ao tabuleiro do poder fluminense, uma comitiva com cerca de dez deputados estaduais bateu à porta de sua casa, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A intenção era sondar a disposição do cacique daquela região da cidade para voltar a ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa, espaço que se abrira depois de o governador Cláudio Castro puxar para o seu secretariado o dono da cadeira, Rodrigo Bacellar. Como primeiro suplente, o coronel, filiado ao Solidariedade, tinha direito ao posto na Alerj, mas os deputados estavam lá para sugerir que seu regresso arranharia a imagem de Castro. Argumentavam que “a opinião pública” interpretaria a movimentação como um afago a ele, que vem a ser pai do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, acusado de tortura e homicídio triplamente qualificado do enteado, Henry Borel, de 4 anos, em março. “Não sou covarde”, teria bradado o PM aposentado, enfatizando que por nada abriria mão de seu assento. E em 2 de junho lá estava ele, tomando posse de um mandato que veio em boa hora. Com todo o desgaste em torno do filho, Coronel Jairo quer deixar bem claro que ainda detém força política.
Aos 71 anos, ele bate pé pelas ruas de Bangu, onde nasceu e sempre viveu, como fazia antes do bárbaro crime que chocou o país. Em 19 de junho, foi até aplaudido ao entrar em uma churrascaria do bairro para jantar. Adesivos de suas últimas campanhas eleitorais e das de Jairinho, agora preso, seguem colados em postes e vidros de carros que circulam pela região, onde residem quase 2 milhões de eleitores. “Embora preferisse que ele não tivesse tomado posse, o governador não quer bater de frente. Sabe de sua importância no cenário fluminense e o tem como eventual aliado”, avalia um parlamentar. Em seu quinto mandato, Coronel Jairo retoma os holofotes dois anos e oito meses após ser preso na Operação Furna da Onça, da Lava-Jato fluminense, acusado de integrar a quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral e de ter embolsado 2,8 milhões de reais em propina. Depois de nove meses em regime fechado e quatro em prisão domiciliar, conseguiu um habeas-corpus e, como até então não foi julgado, pôde assumir o gabinete.
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ESTRATÉGIA - Jairinho: a ideia é lançar a culpa da morte de Henry sobre a mãe –Brenno Carvalho/Agência O Globo
Jairão tem participado das sessões virtuais, mas até agora se ausentou das votações. “Passo a maior parte do tempo estudando a defesa do meu filho. Vamos provar que é inocente”, diz a interlocutores, sinalizando que a estratégia da defesa será lançar a culpa na mãe de Henry, Monique Medeiros, também acusada da morte da criança e presa. Coronel Jairo já começou, inclusive, a se mexer nos bastidores para tentar aliviar a barra de Jairinho, prestes a ser julgado pela Comissão de Ética da Câmara dos Vereadores, que deve cassá-lo. O patriarca teria mandado avisos a vereadores. “Disse que sua mulher está muito abalada e que não era para os colegas do filho tripudiarem da situação. Na verdade, todo mundo tem medo dele”, reconhece um deputado. Ele e outros ouvidos por VEJA lembram de um episódio recente que enxergam como um sinal do poderio de Jairo-pai: a recusa do governador em falar à Câmara sobre o telefonema que recebeu de Jairinho, pedindo-lhe ajuda logo após o crime.
Embora se defina como um homem romântico e até recite versos publicamente — é autor do livro de poemas Pedaços de Vida —, Coronel Jairo, relatam pessoas próximas, é do tipo que se exalta facilmente, desfere socos na mesa e adota tom ameaçador quando contrariado. Ele ostenta a maior votação já obtida por um deputado estadual na Zona Oeste (50 818 votos, em 2006) e costuma alardear que “detesta” os grupos milicianos que dominam bairros do Rio, muitos da Zona Oeste onde habita. Apesar disso, foi citado no relatório final da CPI das Milícias como um dos líderes de uma dessas organizações criminosas e ainda recai sobre ele a suspeita de que seria um dos mandantes da tortura de dois jornalistas em uma favela carioca, em 2008. O serviço Disque-Denúncia registra 66 ligações apontando elos do coronel e de seu filho com milicianos, além de irregularidades eleitorais, como compra de votos e desvio de recursos públicos. Até hoje, nada foi comprovado.
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AUSENTE - Castro: ele preferiu silenciar sobre telefonema no dia do crime –Pedro Ladeira/Folhapress/.
De volta ao xadrez político, Coronel Jairo, que preside o Ceres Futebol Clube, time da terceira divisão do Rio sediado em Bangu, foi rápido ao nomear seus assessores — entre eles, um diretor da agremiação e uma antiga funcionária envolvida em movimentações bancárias suspeitas em seu gabinete entre 2016 e 2017, de acordo com o Coaf. Nas eleições de 2018, apesar do apoio em vídeo do então candidato a senador Flávio Bolsonaro, com quem conviveu por mais de uma década no ambiente legislativo do Rio, conseguiu apenas a suplência. Com onze stents no coração, apostava todas as fichas no filho-vereador para perpetuar o clã. O regresso em momento tão delicado demonstra que seu capital político extrapola as urnas.
Publicado em VEJA de 30 de junho de 2021, edição nº 2744
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recantodaeducacao · 3 years
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Rússia convoca embaixadora e ameaça bombardear navios britânicos após incidente no Mar Negro
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Pouco após a Rússia anunciar ter disparado ‘tiros de alerta’ contra um destroier britânico que navegava em águas do Mar Negro na região da Criméia nesta quarta-feira, 24, e o Reino Unido negar a informação afirmando que navegava em águas ucranianas no momento do incidente, a embaixadora britânica em Moscou, Deborah Bronnet, foi convocada para receber uma repreensão formal diplomática sobre o que o país de Vladmir Putin considerou como uma ‘ação perigosa’ seguida de uma ‘mentira descarada’. Enquanto Londres sustenta a teoria de que estava fazendo apenas uma “passagem inocente” pela região, o Kremlin acredita que essa foi uma ação premeditada para provocar o país, que anexou a península da Crimeia, localizada na Ucrânia, em 2014 em uma “conquista” não reconhecida por uma série de países ao redor do mundo.
Um comunicado enviado a agências de notícias locais por parte do Kremlin aqueceu o tom bélico do ocorrido. “Nós podemos apelar para o senso comum e demandar respeito pela lei internacional. Se isso não funcionar, nós podemos bombardear”, afirmou trecho de documento assinado pelo diplomata Sergei Ryabkov. Ainda na quarta-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que a navegação britânica estava de acordo com a lei. “Aquelas eram águas ucranianas e era totalmente correto usá-las para seguir do ponto A ao ponto B”, disse. A versão foi reforçada por outras autoridades do país. “A Marinha Real sempre apoiará a lei internacional e não vai aceitar interferências fora da lei na nossa inocente passagem”, afirmou o ministro da Defesa britânico Ben Wallace, que acusou os russos de fazerem manobras arriscadas sobre o navio.
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Rio de Janeiro diz que vacinação contra a Covid-19 está normalizada
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janiziolima · 3 years
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#janiziolima Covid-19: Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra variante indiana As vacinas da Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra a variante indiana do coronavírus, segundo estudo da agência de saúde pública da Inglaterra divulgado na noite deste sábado (22). O estudo identificou que o imunizante da Pfizer tem eficácia de 88% contra casos sintomáticos causados pela variante indiana B.1.617.2 duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica, a efetividade é um pouco maior, de 93%. Já a vacina AstraZeneca teve 60% de efetividade contra a variante indiana após a segunda dose, contra 66% no caso da variante britânica. “Estou cada vez mais confiante de que estamos no caminho certo, porque esses dados mostram que as vacinas, depois de duas doses, funcionam com a mesma eficácia”, disse Matt Hancock em entrevista. O estudo foi feito entre os dias 5 de abril e 16 de maio e mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir os casos sintomáticos de Covid-19 por cada uma das variantes. Dados publicados pela agência neste sábado mostraram que o número de novos casos de Covid-19 na Inglaterra aumentou 10,5% nos sete dias precedentes a 22 de maio. O primeiro-ministro Boris Johnson ordenou que seja acelerada a aplicação das segundas doses restantes em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com comorbidades. Hancock afirmou que os novos dados da pesquisa reforçam como receber as duas doses da vacina é “absolutamente vital”. https://www.instagram.com/p/CPWR0aEj8uG/?utm_medium=tumblr
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infodinheiro · 3 years
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SP: só um em cada 100 mil idosos teve reação a vacinas de 2015 a 2017
Dos 15 milhões de idosos vacinados em São Paulo de 2015 a 2017, apenas 207 tiveram alguma reação adversa. Desses, 89% tiveram reações leves, como dor no local da aplicação da vacina, e 3% relataram eventos graves. Os dados fazem parte de estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, das universidades de São Paulo (USP) e Católica de Brasília (UCB).
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“O estudo mostrou que o risco é mínimo se comparado com o efeito que a pessoa pode ter, por exemplo, ao contrair uma gripe, que pode virar pneumonia, precisar de uma internação e até ir a óbito”, afirma Beatriz Aparecida Ozello Gutierrez, uma das autoras do estudo, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) da USP. Entre os casos graves, foram dois registros com hospitalização e nenhum óbito.
O levantamento foi feito a partir de notificações de eventos adversos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O programa, do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece à população idosa, no calendário nacional de vacinação e em campanhas nacionais, cinco tipos de vacinas: difteria e tétano (dT), hepatite B, febre amarela, influenza e pneumocócica 23 (Pn23).
Para a pesquisadora, os dados reforçam a segurança das vacinas e a importância da imunização. “É fundamental que outros estudos tragam isso, especialmente agora que estamos na vacinação contra a covid-19, para que a população vá se vacinar”, destaca. O trabalho contou com a divulgação da Agência Bori.
Orientação
Para diminuir ainda mais a possibilidade de efeitos adversos, que já estão previstos inclusive na bula do imunizante, é fundamental a orientação dos usuários. Beatriz acredita que isso é papel do profissional de saúde, mas também pode ser feito por meio de outros instrumentos de comunicação, como panfletos.
“Vocês toma a vacina e recebe um panfleto dizendo: ‘Olha, essa vacina pode trazer uma dor no local, pode trazer uma hiperemia, todos os efeitos que estão na bula. Existe um estudo para isso, então ele corre um risco sim de apresentar alguns desses efeitos. A população tem que ser alertada quanto a isso”, defende.
Notificação
Ainda de acordo com a pesquisadora, a análise dos dados mostrou algumas falhas nas notificações. O primeiro ponto de atenção é que “o próprio usuário daquele serviço de saúde deve ser bem orientado sobre a necessidade de, em qualquer intercorrência, procurar o serviço de saúde”.
Além disso, ela lembra que os profissionais devem estar atentos aos registros. “A notificação precisa ser muito bem feita pelo profissional de saúde. A gente viu que alguns campos estavam em branco, mostrando que o profissional esqueceu de preencher, ou que ele não perguntou para a pessoa que estava ali fazendo a notificação”. Ela defende mecanismos de educação continuada dos profissionais da área.
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